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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- ----- SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 21 DE SETEMBRO E CONTINUADA NOS DIAS 28 DE SETEMBRO E 19 DE OUTUBRO DE 2010. ----------------------------------------------- ----------------------------- ACTA NÚMERO VINTE E SETE ----------------------------- ----- No dia 19 de Outubro de 2010, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Dra. Deolinda Carvalho Machado, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ----------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ----- Adolfo Miguel Baptista Mesquita Nunes, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Rita Teles Patrocínio Silva, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Augusto Martins Taveira, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Maria Bento de Sousa, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria do Céu Guerra Oliveira e Silva, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira,

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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- ----- SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 21 DE SETEMBRO E CONTINUADA NOS DIA S 28 DE SETEMBRO E 19 DE OUTUBRO DE 2010. ----------------------------------------------- ----------------------------- ACTA NÚMERO VINTE E SETE ----------------------------- ----- No dia 19 de Outubro de 2010, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Dra. Deolinda Carvalho Machado, respectivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ----------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ----- Adolfo Miguel Baptista Mesquita Nunes, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Rita Teles Patrocínio Silva, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Augusto Martins Taveira, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Mário Amaral Mourato Grave, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Paulo Mota da Costa Lopes, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Maria Bento de Sousa, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria do Céu Guerra Oliveira e Silva, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira,

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Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Idalina de Sousa Flora, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Luísa Rodrigues Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Nuno Roque, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César, Paulo Miguel Correia Ferrero Marques dos Santos, Pedro Manuel Tenreiro Biscais Pereira, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rogério da Silva e Sousa, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Salvador Posser de Andrade, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Vítor Manuel Alves Agostinho, Rosa Maria Carvalho da Silva, Sara Sousa Santos, Miguel José Francisco Emídio Silva Pessanha, Nuno Vasco Cruz de Almeida Franco, Ana Maria Figueiredo Lopes Páscoa Baptista, Joana Rodrigues Mortágua, Luís Valter Tembo, João Francisco Marques Capelo. ------------------------------------------------------ ----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------- ----- Aline Gallash Hall e Paulo Alexandre da Silva Quaresma. ---------------------------- ----- Pediram suspensão do mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais:---------- ----- Manuel Falcão (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Sara Sousa Santos. -------------------------------------------------------------------- ----- António Pinheiro Torres (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Luís Valter Tembo. ------------------------------------------------------ ----- Mariana Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho da Silva. ------------------------------------------------------ ----- Jorge Chaves de Matos (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Nuno Franco. -------------------------------------------------------------------------- ----- Margarida Mota, Rui Paulo Figueiredo, Renata Andreia Lajas, Paula Santos, António Maria Henrique e Maria Helena Sobral Sousa Ribeiro, Deputados Municipais suplentes do PS, pediram a suspensão do mandato por um dia. (19 de Outubro de 2010). ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Rita Magrinho (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal Ana Páscoa Baptista. ----------------------------------------------------------------- ----- Carlos Carvalho, Deputado Municipal suplente do PCP, pediu a suspensão do mandato por um dia. (19 de Outubro de 2010). ------------------------------------------------ ----- José Casimiro (BE), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Joana Mortágua. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ----------------------------------------------- ----- Paulo Quadrado (PSD), Presidente da Junta de Freguesia da Graça, por Miguel da Silva Pessanha. ----------------------------------------------------------------------------------

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----- Justificou a falta à presente reunião, o Deputado Municipal Paulo Quaresma, do PCP. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara esteve representada pelos Srs. Vereadores: Graça Fonseca, Catarina Vaz Pinto, Fernando Nunes da Silva, Sá Fernandes e Manuela Teixeira. ----------------- ----- Estiveram ainda presentes os Srs. Vereadores da oposição: Victor Gonçalves e Carlos Moura. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Às 15 horas e 25 minutos, constatada a existência de quorum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião, terceira da Sessão Ordinária iniciada no dia 21 de Setembro, e antes de dar continuação à Ordem do Dia, leu o Voto de Pesar que a seguir se transcreve, apresentado pelo Grupo Municipal do PSD. -------------------------- --------------------------------------- VOTO DE PESAR --------------------------------------- ----- “Faleceu, vítima de doença prolongada, no passado dia 9 de Outubro o arquitecto, escritor, pintor e cenarista Paulo Guilherme D´Eça Leal. ---------------------- ----- Nascido em Lisboa em 1932, foi um homem dedicado à cultura tendo colaborado de forma regular em quase todos os jornais de Lisboa, como ilustrador, tendo conquistado inúmeros prémios de artes gráficas e publicidade. ----------------------------- ----- É descrito pelos seus amigos como “um senhor de uma extraordinária versatilidade, deu um toque de génio em todos os campos de actividade cultural em que interveio”. E foram muitos que dele deixaram palavras de sentido reconhecimento pela sua obra, como Fernando da Costa, Carlos Calvet, Filipe Lá Féria, Homem Cardoso, Cruzeiro de Seixas, Nuno Nazareth Fernandes, considerando que Lisboa e Portugal perdeu “ o último dos três grandes geómetras portugueses do último século: Almada Negreiros, Lima de Freitas e ele próprio”. ------------------------------------------- ----- Da sua imensa obra fica como espólio de Lisboa mais de cinco mil ilustrações e dezenas capas de livros, múltiplos painéis murais, além de ter trabalhado como cenarista no teatro e realizador de cinema com o seu filme “Iratan e Iracema” (1987).-- ----- Enquanto escritor deixa-nos as suas palavras em diferentes publicações, das quais se destacam “O Dilúvio de Quéops” (1993),“Este romance sem nome”, e os volumes de poemas “Ainda é cedo para ser tarde” (1997) e “Depressa, que o verso foge” (1999). ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Como arquitecto e decorador deixa obra nesta Lisboa que amava como é exemplo a Gare do terminal da ANA do Aeroporto da Portela, a Portugália-Rio (junto ao cais do gás), o Snobissímo, o restaurante Bachus e a Missão de Macau em Lisboa.-- ----- Lisboeta de nascimento, Paulo Guilherme D’Eça Leal, “o cidadão inteiro que traz Lisboa no coração, sempre!” como escreveu o Ex-presidente da Câmara, Dr. João Soares, merecia um outro reconhecimento por parte da autarquia, nomeadamente, com a devida disponibilização do Palácio de Galveias para as cerimónias de corpo presente. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Grupo Municipal do PSD, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 19 de Outubro de 2010, delibere: ---------------------------------------------- ----- 1 – Prestar sentida homenagem a Paulo Guilherme D’Eça Leal, endereçando à sua família o voto de pesar pela perda sofrida. ------------------------------------------------ ----- 2 – Guardar um minuto de silêncio em sua memória. ----------------------------------

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----- 3 – Recomendar, igualmente, à Câmara Municipal de Lisboa que atribua o seu nome a uma artéria de Lisboa e o devido desterrar duma placa no prédio onde viveu nos últimos anos situado na Rua Tomáz da Anunciação, na Freguesia de Santo Condestável, no Bairro de Campo de Ourique.” ---------------------------------------------- ----- Finda a leitura, submeteu à votação o Voto de Pesar, tendo a Assembleia deliberado aprová-lo, por unanimidade. ----------------------------------------------------------- ----- Depois, a Assembleia, de pé, guardou um minuto de silêncio em memória da referida personalidade. ------------------------------------------------------------------------------- ------------------------- CONTINUAÇÃO DA ORDEM DO DIA -------------------------- ----- Foi distribuído um segundo aditamento com os seguintes pontos: ------------------- ----- Ponto 14 – Proposta 520/2010 ------------------------------------------------------------ ----- Ponto 15 – Proposta 523/2010 ------------------------------------------------------------ ----- Ponto 16 – Proposta 525/2010 ------------------------------------------------------------ ----- Ponto 17 – Proposta 527/2010 ------------------------------------------------------------ ----- Ponto 18 – Proposta 559/2010 ------------------------------------------------------------ ----- Ponto 19 – Proposta 560/2010 ------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente informou que as propostas 452/2010, 454/2010, 459/2010, 520/2010 e 559/2010, não podiam ser discutidas e votadas nesta reunião, porquanto aguardavam ainda os pareceres das respectivas Comissões Permanentes para as quais foram enviadas. -------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, passariam agora à apreciação da Proposta 6/AM/2010, referente ao Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa. ---------------------------------------------- ----- PONTO 8 – PROPOSTA 6/AM/2010 – APRECIAR E APROVAR A PROPOSTA DE REVISÃO DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, NOS RESPECTIVOS TERMOS, AO ABR IGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ART.º 4º DO REGIMENTO MUNICIPAL DE LISBOA . -------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente disse que ia dar a palavra ao Sr. Presidente da Comissão, Dr. Diogo Bastos, a quem agradecia o trabalho realizado, os conhecimentos técnicos que pusera ao dispor da Assembleia, e a forma cordial, eficiente e profissional como dirigira os trabalhos. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Agradeceu também a todos os membros da Comissão o trabalho realizado. -------- ----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Bastos (PSD), no uso da palavra, disse que lhe cabia a si, na qualidade de Presidente da Comissão Eventual para a Revisão do Regimento, apresentar à Assembleia e dar-lhes conta do trabalho que foi realizado pela Comissão, ao longo de dez meses. --------------------------------------------------------- ----- Disse, então, que a Comissão tomara posse no dia 10 de Dezembro de 2009, contara com 15 reuniões para realizar este trabalho, nas quais participaram, entre membros efectivos e substitutos, 24 Deputados Municipais, facto que era de realçar. -- ----- Seria também prudente esclarecer que o trabalho da Comissão não se resumia às alterações que estavam plasmadas no documento final, que os Srs. Deputados Municipais, provavelmente com muito entusiasmo, já teriam lido. Dezenas de outras

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propostas foram analisadas, foram discutidas, mas por uma razão ou outra, ou não foram levadas a votação em sede de Comissão, ou foram chumbadas. -------------------- ----- E o trabalho da Comissão, que à partida poderia ser um trabalho fácil de fazer, tornara-se complicado porque a Comissão acabara por verificar que estavam perante um Regimento que mais não era do que uma manta de retalhos. --------------------------- ----- E dizia isto porque se depararam com um Regimento que, perante a sucessão de revisões que foram feitas a partir do Regimento original, tinha lá normas que claramente estavam desconexas. Por exemplo, havia remissões para normas que já não existiam, havia remissões para normas que não fazia sentido haver essas remissões, ou seja, a Comissão tomara por tarefa, desde logo, purgar o Regimento dessas desconexões. ------------------------------------------------------------------------------- ----- E o trabalho poderia ser um trabalho que se podia resumir à questão dos tempos, o que seria fácil: chegavam à Comissão, discutiam os tempos e fechavam os trabalhos, mas fora muito para além disso. Eliminaram artigos, acrescentaram artigos, fizeram toda uma reestruturação sistemática do Regimento. ------------------------------------------ ----- Se reparassem viam que a partir de agora o Regimento estava dividido em duas grandes áreas, ou seja, dois grandes capítulos: um primeiro capítulo, a que no mundo jurídico chamavam uma parte estática que, no fundo, reflectia toda a discrição da Assembleia Municipal, direitos, deveres da Mesa, dos Grupos Municipais, a Conferência de Representantes, e depois tinham um segundo capítulo, a que chamavam a parte dinâmica, que tinha a ver com o funcionamento da Assembleia em concreto. Entendia que se tornava mais fácil a leitura e a consulta de um Regimento dividido desse modo, e achava que esse fora um bom avanço. ----------------------------- ----- Em termos de alterações muito concretas, disse que provavelmente já todos teriam lido o texto, pelo que, para não maçar mais, dava apenas três ou quatro apontamentos. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma tarefa que logo à partida era importante fazer, foi enquadrar os Deputados Municipais Independentes no âmbito do funcionamento da Assembleia Municipal, cuja função estava omissa. Ou seja, o enquadramento nas várias dinâmicas da Assembleia Municipal, mas mais à frente já poderiam discutir a forma como foi feito esse enquadramento. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Também chamava a atenção para a existência de uma nova figura de debate, que eram os chamados “Debates Temáticos”, que não eram os debates específicos, mas provavelmente depois o Sr. Deputado Municipal Modesto Navarro concretizaria melhor a diferença entre debates temáticos e debates específicos. ------------------------- ----- Disse que lidaram com matérias que estavam omissas, como, por exemplo, o regresso antecipado de um Deputado Municipal suspenso; acabaram com os efectivos e suplentes nas Comissões passando a ter apenas membros efectivos; e outra matéria que estava omissa, em termos de Comissões, era a forma de substituição de um Presidente ou de um Secretário, caso faltassem, e essa matéria também já estava plasmada no Regimento. -------------------------------------------------------------------------- ----- Ainda na vertente das Comissões, disse que, se bem se lembravam, até agora todas as Comissões teriam que apresentar um relatório de actividades até ao dia 31 de

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Outubro de cada ano, e doravante passava para 31 de Dezembro, com toda a lógica. Plasmara-se também no texto que as visitas externas das Comissões seriam equiparadas a reuniões de Comissões. ---------------------------------------------------------- ----- Outra grande novidade tinha a ver com a questão de tempos, e no que achava que teria sido mais profícuo o trabalho da Comissão, foi relativamente ao Anexo D, ou seja, à Ordem do Dia. Após muita discussão, muita análise e muita troca de impressões, conseguiram que em cada proposta da Ordem do Dia fosse diminuído, na totalidade, 40 minutos de discussão, o que significava que ao fim de três propostas poupavam duas horas de discussão ao Plenário e quatro horas em seis propostas, isto no pressuposto de que o tempo seria utilizado por completo por todos os Grupos Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- E tendo em conta – fizera esse apanhado – que até à presente data deram entrada e foram discutidas na Assembleia Municipal 96 propostas, estavam a falar numa poupança potencial de 64 horas, ou seja 13 reuniões de cinco horas. Portanto, entendia que a Comissão estivera bem em preocupar-se em rentabilizar os meios e reduzir as despesas, ainda por cima no momento de dificuldades que se estava a viver. ------------ ----- Por fim, disse que todas as alterações estavam apontadas no documento que tinham em mãos, portanto podiam agora discutir todos os aspectos concretos, e aguardaria uma segunda intervenção para depois das intervenções dos Grupos Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Dias Baptista (PS), no uso da palavra, disse que em nome do Grupo Municipal do PS cabia-lhe a si intervir na discussão da proposta de alteração do Regimento. ------------------------------------------------------------ ----- Referiu que também ele fizera parte da Comissão, acabaram de ouvir o Sr. Presidente da Comissão e desejava também confirmar três coisas: primeiro que a Comissão reunira com bastante qualidade nos seus trabalhos; segundo, que foram muito bem conduzidos os seus trabalhos pelo Sr. Presidente; e, terceiro, a qualidade dos membros que compuseram a Comissão, o que lhe aprazia registar e que era justo fazer justiça desse facto. -------------------------------------------------------------------------- ----- No que tinha a ver com a proposta em concreto, disse que o PS, apesar das benfeitorias que fora possível introduzir, e muitas delas já foram referenciadas pelo Sr. Presidente da Comissão, e subscrevia, quase na íntegra, tudo aquilo que ele dissera, desejava acrescentar mais alguns dados quanto a benfeitorias que lhe parecia que seria útil referenciar. -------------------------------------------------------------------------- ----- A primeira nota, e eventualmente a mais importante, tinha a ver com o tratamento que era dado, pela primeira vez de uma forma mais detalhada, aos Deputados Municipais Independentes. A Comissão discutira bastante esse tema, porque era um tema inovador, um tema premente, encontraram um meio-termo entre aquilo que era uma proposta visando o futuro e aquilo que era a proposta para regular o funcionamento com a actual composição da Assembleia. Sobre esse ponto de vista pensava que aquilo que fora deliberado era uma proposta equilibrada, correcta, e justa porquanto fazia justiça aos Deputados Municipais Independentes, atribuindo-lhes a dignidade que o actual Regimento não tinha. Essa era uma benfeitoria óbvia e

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atempadamente efectuada, e deseja ali saudar aquilo que viria a ficar plasmado no Regimento. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- E por que é que era importante essa alteração? Porque tinham, até este momento, dois níveis de Deputados Municipais, o que era uma coisa absolutamente inaceitável, pois os actuais Deputados Municipais Independentes, quer quisessem, quer não, tinham um estatuto de menoridade que era inaceitável. Isso ficava corrigido com este Regimento, e essa era uma benfeitoria que era de todo justo destacar. Só por isso já merecia ser destacado o trabalho da Comissão, que certamente iria ser aprovado em sede de Plenário. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- E tal como referira o Sr. Presidente da Comissão, uma das alterações que também conseguiram introduzir foi, em termos de eficácia, os tempos disponíveis para debate. Mas aí diria que foi a matéria onde foram menos audazes. Entendia o PS que foi a matéria onde foram menos longe que aquilo que era desejável, foram menos longe que aquilo que era pretendido, diria mesmo que foram menos longe que aquilo que era obrigatório ter ido. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Do ponto de vista do PS, e lamentavam muito isso, disseram-no na Comissão e queriam frisá-lo hoje ali, este era o momento em que manifestamente a Assembleia Municipal perdera a oportunidade de tornar mais eficazes os seus trabalhos e perdera a oportunidade de ganhar credibilidade em termos do seu funcionamento. Essas eram duas questões absolutamente essenciais: a questão da credibilidade e a questão da eficácia, e elas estavam relacionadas as duas. ------------------------------------------------- ----- No entender do PS, quando não fossem capazes, em sede de discussão de Comissão, de apresentar propostas no sentido de optimizar as discussões, designadamente no PAOD, não só das Sessões Ordinárias mas também nas Sessões Extraordinárias, onde não só não reduziram como aumentaram o tempo, o que era uma coisa que entendiam que era absolutamente inaudito, era um erro crasso que iriam cometer na Assembleia Municipal, e o PS não podia deixar de frisar isso porque manifestamente ia ao arrepio daquilo que era necessário, ia ao arrepio daquilo que era a exigência para a eficácia dos trabalhos da Assembleia. ------------------------------------ ----- Mas havia uma coisa que queria frisar. É que o cerne da Assembleia Municipal tinha a ver com duas coisas: fiscalizar a actividade municipal e contribuir para que o Executivo Municipal pudesse funcionar, e não eram nem podiam ser, no entender do PS, função primordial os períodos de Antes da Ordem do Dia. Essa era uma questão essencial, e hoje iam perder uma oportunidade sobre essa matéria. ------------------------ ----- Por outro lado, queriam também frisar que existia ainda uma outra oportunidade perdida, eventualmente essa até mais lamentável no que dizia respeito à dignidade e à credibilidade da Assembleia, que tinha a ver com a contagem dos votos dos Deputados Municipais. O PS apresentara uma proposta, que lhes parecia que era obrigatória e imperioso que fosse posta em prática, que era que cada Deputado Municipal valia um voto, e esse voto deveria ser contado quando ele estava presente na Sala porque se não estava esse voto já não poderia ser contado. Essa parecia-lhes uma regra básica e essencial da democracia, mas, lamentavelmente, não conseguiram plasmar isso neste Regimento, o que lhes custava muito. Esse era o maior erro que

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iam cometer hoje, isso teria que ser tido em conta numa próxima revisão, não seria hoje mas teria que ser noutra forçosamente. --------------------------------------------------- ----- Portanto, por esse conjunto de razões, embora estando satisfeito com algumas das benfeitorias, o PS entendia que a pouca audácia nas decisões que não foram tomadas, não poderia levar a outra decisão que não fosse o voto contra nesta proposta. ----------- ----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, disse que sobre a matéria que foi colocada pelo Sr. Presidente da Comissão Eventual, o PCP, de facto, fizera uma proposta para caracterizar os debates específicos e os debates temáticos, proposta essa que ia no sentido de que ficasse adquirido no Regimento aquilo que era a experiência da Assembleia na realização de iniciativas abertas a convidados e à população, que eram os debates temáticos, cuja realização as Comissões, a Mesa ou um Deputado Municipal propunham. ------------------------------- ----- De resto, já havia vários exemplos retratados numa colecção de livros que foram editados com base em matérias dessas iniciativas. E isso não estava contemplado no Regimento, foi o PCP que fizera essa proposta, para além de outras. ---------------------- ----- Havia efectivamente os debates específicos, aí sobre política municipal embora incluíssem a possibilidade de fazer convites, mas deveria ser entre a Câmara e a própria Assembleia a discussão dessa matéria. ------------------------------------------------ ----- Relativamente aos Deputados Municipais Independentes, disse que na última reunião quem agarrara algumas propostas da Sra. Presidente foi o PCP, que as colocara em cima da Mesa e foram plasmadas no texto. Portanto, prestaram a maior atenção em relação a essa matéria, e foram tão longe quanto seria possível. Mas foi a Comissão toda que exercera esse papel. -------------------------------------------------------- ----- Quanto à questão da redução dos tempos, disse que de há dois mandatos a esta parte, o PS, a determinada altura acompanhado pelo PSD, reduzira tempos de intervenção, nomeadamente às forças políticas mais pequenas. Aliás, como se verificara já neste mandato e no anterior, às vezes os oradores estavam a intervir e tinham que terminar porque gastaram o tempo, e havendo grande diversidade de problemas era óbvio que havia muita matéria que se perdia. -------------------------------- ----- A Comissão estivera em completo desacordo com as propostas apresentadas pelo PS no sentido da redução dos tempos de intervenção, e ampliara ligeiramente a intervenção dos Grupos Municipais e dos Deputados Municipais eleitos. O PS votara contra, e estava no seu direito. ------------------------------------------------------------------- ----- Mas o PCP tinha uma intervenção para fazer, e ia passar a lê-la. --------------------- ----- “Na discussão e votação da proposta de revisão do Regimento para este mandato, queriam saudar a Comissão Eventual e o seu Presidente pelo trabalho realizado. ------- ----- A Comissão foi eleita pela Assembleia e assumiu claramente as suas responsabilidades. Como representantes do Grupo Municipal do PCP, fizemos propostas, estudamos e debatemos as propostas apresentadas por outros Grupos Municipais e concorremos para uma maior consistência e clareza do texto. -------------- ----- É muito positiva a evolução para aumentar, ainda que ligeiramente, os tempos de intervenção, nomeadamente para os Grupos Municipais que mal tinham tempo de

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intervir, em resultado de revisões anteriores, que encurtaram e prejudicaram a participação democrática de todos os eleitos municipais. ------------------------------------ ----- Estes pequenos aumentos não significam menor qualidade dos trabalhos. Pelo contrário, permitirão intervir com maior diversidade, profundidade e eficácia, alterando situações em que, muitas vezes, assistimos a guerrilhas e fraseados parlamentaristas que não ajudam a realizar esses objectivos. ------------------------------- ----- Estamos em condições de melhorar substancialmente os nossos trabalhos, nas reuniões plenárias e nas Comissões. O que é importante e decisivo é que os eleitos estudem as propostas e os problemas da Cidade, apresentando-se nas reuniões de forma democrática, informada e plenamente assumida. -------------------------------------- ----- Seremos nós os principais responsáveis pelo êxito e eficácia dos nossos trabalhos, contrariando tendências cada vez mais evidentes de esvaziamento, desrespeito e tentativas de desprestígio desta Assembleia e dos Grupos Municipais, exigindo que a Câmara Municipal preste contas a este órgão deliberativo que tem obrigações e poderes que o órgão executivo deve respeitar. --------------------------------- ----- Aliás, parece-nos evidente que os Grupos Municipais, os eleitos e a Mesa da Assembleia Municipal têm de assumir um papel de maior exigência, face à ausência de respostas a questões essenciais que aqui colocamos e a que a Câmara Municipal não responde ou responde de forma agressiva e, por vezes, claramente arrogante e despropositada. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Cabe a todos nós ajudar à condução dos trabalhos pela Senhora Presidente e pela Mesa, combatendo atitudes negativas e agressoras da vida democrática, prestando maior atenção e tendo o maior respeito pela intervenção dos munícipes no tempo que lhes é dedicado para trazerem a esta Assembleia os problemas, as inquietações e a necessidade de soluções melhores e mais adequadas para a Cidade. Neste aspecto há várias queixas da desatenção da Assembleia em relação àquilo que a população vem aqui trazer. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Pela nossa parte, Senhora Presidente, Senhora e Senhor Secretários, caras Deputadas e caros Deputados, estamos e estaremos disponíveis, como sempre estivemos, para participar activamente com o estudo, a análise e as propostas que esta Cidade de Lisboa merece e que exige do Município, desta Assembleia Municipal, de cada Grupo e de cada Deputado eleito. --------------------------------------------------------- ----- Apesar das demoras, problemas e dificuldades havidas no decurso desta revisão do Regimento, podemos agora assumir o nosso trabalho e passar a pô-lo em prática, contribuindo para o reforço da nossa actividade a favor da Cidade de Lisboa. ----------- ----- Aliás, e nesse sentido, queremos informar esta Assembleia que enviámos um ofício à Senhora Presidente da Assembleia Municipal, na semana passada, colocando questões sobre o estado preocupante da proposta de Carta Estratégica e a necessidade urgente de avaliarmos o que foi feito pela Câmara Municipal depois de termos apresentado e debatido os relatórios e as propostas desta Assembleia e das suas Comissões. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Devemos cumprir assim o que está legalmente estabelecido quanto à obrigatoriedade de definição e realização de um Plano Estratégico que delimite,

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oriente e estruture o Plano Director Municipal. O processo actual está muito enviesado e não se nos afigura claro, por parte da Câmara Municipal. E, por isso, também aqui o Regimento e as leis têm de ser respeitados e cumpridos, no que respeita às obrigações do Executivo da Câmara perante a Assembleia Municipal. ------ ----- Assumimos claramente o nosso papel nas Comissões, enquanto eleitos do PCP, propondo a abordagem e a intervenção positiva das Comissões na alteração e transformação dos documentos inicialmente apresentados para formulação da Carta Estratégica. Mais razões temos para cumprirmos o que o Regimento e a legalidade democrática exigem, neste e noutros processos essenciais para o futuro da Cidade. ---- ----- Lembro aqui, que nas reuniões iniciais das Comissões, havia forças políticas que se recusavam sequer a discutir os documentos que foram apresentados, mas nós batemo-nos para que fossem realmente discutidos e que houvesse relatórios das Comissões. E houve. Portanto têm que ser considerados e têm que ser debatidos aqui nesta Assembleia como, digamos, o documento que irá dar condições ao Plano Director Municipal para ser um documento respeitador do Plano Estratégico, e não o contrário. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta intervenção tem também como significado uma declaração de voto positiva no sentido da aprovação da proposta de revisão do Regimento agora apresentada ao plenário da Assembleia Municipal.” ------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), no uso da palavra, disse que o Regimento só era um assunto político se de alguma forma condicionasse ou torpedeasse os trabalhos da Assembleia, e o Regimento que hoje estava apresentado para votação não fazia nada disso. --------------------------------------- ----- Portanto, com soluções com as quais concordavam e com as soluções com as quais também discordavam, o Regimento estava para o CDS-PP apto, eficaz e ágil para reger os trabalhos da Assembleia nos próximos anos, pelo que nada tinham a opor e a explicar politicamente. ------------------------------------------------------------------ ----- Tecnicamente o CDS-PP fizera as suas observações no momento adequado. ------ ----- E desejava, porque era de justiça fazê-lo, saudar os trabalhos da Comissão, de cada um dos seus membros e em especial do Sr. Presidente, e agradecer, inclusivamente, os contributos da Sra. Presidente, que também contribuíra para que este Regimento fosse uma solução equilibrada e adequada ao futuro. --------------------- ----- Concluiu dizendo que votariam a favor da proposta de Regimento. ------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, disse que também pertencera à Comissão Eventual de Revisão do Regimento, foi um trabalho que demorara mais tempo que o que previam, mas foi um trabalho agradável porque lhe parecia que se produzira um trabalho positivo. Isto é, fora possível passar de um Regimento que hoje em dia regia a Assembleia Municipal, e regia sem causar nenhuma perturbação e nenhuma limitação à sua actividade, para um Regimento que avançara nalgumas matérias que já foram ali expostas, nomeadamente pelo Sr. Presidente da Comissão. --------------------------------------------------------------------------

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----- Portanto, desejava deixar ali o agradecimento do BE a todos os membros da Comissão pelo trabalho desenvolvido, e muito em especial ao Sr. Presidente pela forma muito eficaz como dirigira os trabalhos. ------------------------------------------------ ----- Mas desejava também manifestar o desacordo do BE em relação a alguns aspectos ali levantados pelo PS, e que motivavam o seu voto contra. ---------------------- ----- O BE entendia que a eficácia dos trabalhos da Assembleia estaria assegurada quando todas as forças políticas ali representadas tivessem tempo para expor as suas opiniões, apresentar as suas propostas e as suas contribuições, e, portanto, a diminuição de tempo dos partidos com menor representação, ou seja, a diminuição dos tempos da maioria dos partidos representados na Assembleia Municipal, contribuiria para uma não eficácia dos trabalhos da Assembleia. --------------------------- ----- Assim como outra proposta do PS que foi rejeitada, que ia no sentido de reduzir a intervenção do público apenas às Sessões Ordinárias, ou seja, limitar a intervenção do público a cinco Sessões durante um ano na Assembleia. Enfim, iriam na mesma direcção, quer dizer diminuir ali as vozes que podiam ser contra, que podiam ser críticas, que podiam ter uma visão diferente da visão dos poderes ali maioritários. ----- ----- Felizmente nenhuma dessas propostas obtivera vencimento, portanto achavam que era um documento que avançara em relação ao documento anterior e, por isso, teria o voto favorável do BE. --------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (PPM), no uso da palavra, disse que o PPM se congratulava pela forma inteligente e democrática como o Regimento em apreciação foi elaborado, e dirigido sabiamente pelo Presidente da Comissão, que se mostrara à altura do cargo para o qual fora nomeado. - ----- Referiu que o PPM estava disposto a aprovar este Regimento, na generalidade, mas apresentava o seu voto contra o seguinte artigo: Capítulo II, Secção VI, artigo 63º, alíneas 4 e 5, por entender que no sistema de partidos políticos vigente, os partidos e os Grupos Municipais não poderiam ser condicionados por um Regimento, na escolha que deveria ser livre dos seus representantes. ------------------------------------ ----- De facto, ao limitar o número máximo de três Comissões Permanentes por cada Deputado Municipal, este Regimento condicionava a liberdade plena e a democracia dos Grupos em questão. Deveria caber aos Grupos Municipais a nomeação dos seus representantes sem qualquer restrição ou constrangimento. Que não quisessem seguir o exemplo da Constituição que na aliena b) do artigo 288º obrigava à “Forma Republicana de Governo” que não sabiam o que era. ---------------------------------------- ----- Por isso, pedia a votação desse artigo separadamente, já que o PPM concordava, na generalidade, com os restantes. --------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Franco (IND-PS), no uso da palavra, disse que o conjunto dos seis Deputados Municipais Independentes eleitos pelo “Grupo de Cidadãos por Lisboa” nas listas do PS, tinham a sua própria experiência de um ano de vida parlamentar na Assembleia Municipal, no regime estabelecido pelo Regimento em vigor, que não previa explicitamente a possibilidade dos Deputados Municipais Independentes poderem actuar para além daquilo que resultava, evidentemente, de terem assento na Assembleia e o direito de voto individual para

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cada um dos Deputados Municipais. Mal seria que isso não fosse previsto! E procuraram, com um sucesso limitado, intervir no processo de revisão do presente Regimento, tendo inclusivamente, de forma atribulada e nalguns momentos de uma forma que foi muito dolorosa para eles próprios, procurado intervir na própria Comissão Eventual que promovera a revisão do Regimento. ------------------------------ ----- E dizia que foi uma forma atribulada porque a presença dos Deputados Municipais Independentes nessa Comissão Eventual, à semelhança do que acontecera, durante largos meses, em relação a todas as Comissões, fora posta em causa de uma forma que na devida altura foi por eles comentada e consideraram o assunto suficientemente debatido no Plenário, não valendo a pena, portanto, recordar as considerações, os comentários ou as avaliações que foram produzidas a esse respeito. ----- Sendo agora confrontados com o documento que resultara dos trabalhos da Comissão, começavam por assinalar e reconhecer as melhorias técnicas, em termos procedimentais, que estavam consagradas neste texto, pelo que se associavam a vários outros Deputados e Grupos Municipais que se manifestaram no sentido de felicitar essa parte, que era uma parte muito importante, do trabalho da Comissão. Portanto, desse ponto de vista, associavam-se às felicitações que foram dirigidas pelos vários oradores que o antecederam. -------------------------------------------------------------------- ----- Relativamente a um dos tópicos que vários dos intervenientes assinalaram como tendo sido um progresso, uma melhoria deste Regimento em relação ao que ainda estava em vigor, concretamente a consagração expressa da intervenção dos Deputados Municipais Independentes, obviamente tinham que reconhecer que essa explicitação estava feita e que era melhor estar feita do que não existir. Portanto, o facto dos Deputados Municipais Independentes não serem membros de quinta ou sexta geração na Assembleia Municipal de Lisboa, mas serem-lhe reconhecidos um conjunto de direitos de intervenção era algo que consideravam, em geral, como uma coisa positiva. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que tal como a sua companheira Maria do Céu Guerra, numa intervenção que ali fizera, há uma semana atrás, a propósito do Estado da Cidade, em que se referira à experiência de trabalho dos Deputados Municipais Independentes, durante um ano, e àquilo que fora possível intervir, contribuir para deliberações do Plenário, apesar dos constrangimentos que existiam, e alguns dos quais iriam continuara existir para os eles, portanto, tal como ela dissera, desejava ali renovar essa expressão que o conjunto de seis Deputados Municipais Independentes, consideravam que a Comissão Eventual de Revisão do Regimento, ao contrário do que foi dito ali, não fora tão longe quanto podia e devia ter ido. --------------------------------------------------------------------- ----- Tinham conhecimento e consciência dos constrangimentos legais que poderiam dificultar qualquer Assembleia Municipal, a de Lisboa ou a de qualquer outro Município do País, a consagrar soluções que a Lei da República, aplicável aos órgãos autárquicos, expressamente impedisse. Mas o que sempre disseram, e iriam continuar a dizer, era que seria sempre possível, de uma forma criativa e construtiva, encontrar soluções que não contrariassem a legislação geral em vigor, e que permitissem, e era isso que constituía o empenho dos Deputados Municipais Independentes, uma

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intervenção construtiva de todos os Deputados Municipais nos trabalhos da Assembleia Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------------------- ----- Não se tratava de conquistar tempos artificialmente para que a Assembleia se tornasse numa tribuna para promover campanhas a favor ou contra quem quer que fosse. Achava que a experiência de doze meses na Assembleia já dera a todos os presentes a demonstração plena de que o conjunto de seis Deputados Municipais Independentes não estava ali para ser nem claque de apoio de ninguém, nem claque, no sentido oposto, de ataque a ninguém. Portanto, achava que têm procurado, e talvez não fosse exagero dizer que estavam a conseguir, dar um exemplo prático de como, em democracia, era possível os cidadãos e os eleitos dos cidadãos pensarem pela sua cabeça e não funcionarem apenas como claques. -------------------------------------------- ----- Portanto, sem desprimor para ninguém desejava chamar a atenção para isso, e daí que, o propósito dos Deputados Municipais Independentes tivesse sido, e iria continuar a ser, o de conseguirem com as regras regimentais que fossem aprovadas, trabalhar na Assembleia Municipal da forma mais positiva e construtiva que forem capazes. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Para não insistir muito mais nesse aspecto, apenas referia, a título de exemplo, que ainda estavam por se conseguir condições mínimas para que o conjunto de seis Deputados Municipais Independentes pudessem reunir, nos intervalos entre as reuniões, no edifício da Assembleia Municipal. Não era possível eles usufruírem de qualquer apoio logístico dos serviços da Assembleia, nem mesmo sequer era possível terem uma mesa à volta da qual se pudessem reunir no edifício que pertencia aos cidadãos de Lisboa, e para cuja Assembleia os Deputados Municipais Independentes foram eleitos. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Registavam como positivo ter-se encontrado uma solução para a participação dos Deputados Municipais Independentes nas Comissões, das quais estiveram arredados durante largos meses de uma forma que na altura fora apontada como bastante anómala, mas, por exemplo, só poderiam estar, no órgão que coadjuvava a Sra. Presidente na condução dos trabalhos, a Conferência de Representantes, se, eventualmente, fossem para isso convidados. ------------------------------------------------- ----- Por outro lado, se algum dos Deputados Municipais Independentes que estivesse numa Comissão e por impedimento de trabalho ou de saúde não pudesse comparecer a uma reunião, não poderia fazer-se substituir, ao contrário do que acontecia com todos os Grupos Municipais e isso era correctíssimo, incluindo Grupos com uma menor representatividade relativamente aos Deputados Municipais Independentes. ------------ ----- Estes, disse, eram alguns detalhes que, contudo, não destruíam o sentimento de que a Comissão Eventual para a Revisão do Regimento apresentara um trabalho tecnicamente escorreito, claramente melhor que o texto que até agora vigorara e, por essa razão, iriam associar-se à aprovação do novo Regimento. ---------------------------- ----- Aludindo a pontos que foram objecto de críticas por parte de alguns oradores que falaram anteriormente, começou por se referir aos tempos de intervenção que estavam previstos para os vários Grupos Municipais, e um minuto para cada Deputado Municipal na maioria dos casos, só naquele caso das discussões de fundo é que

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tinham previstos dois ou três minutos, respectivamente. Mas, enfim, quanto aos tempos de intervenção e quanto à dimensão do PAOD, os Deputados Municipais Independentes associavam-se aos Grupos Municipais que já se manifestaram no sentido de que a Assembleia tinha que continuar a ser um espaço livre de expressão e de discussão política sobre todos os temas que interessassem à Cidade e aos seus munícipes, independentemente de estarem ou não nas prioridades de acção do Executivo, que era missão da Assembleia ali acompanhar e fiscalizar, mas para isso funcionava a Ordem do Dia. --------------------------------------------------------------------- ----- Em relação aos pontos de Antes da Ordem do Dia, disse que os Deputados Municipais Independentes não eram especialmente favoráveis ao crescimento desmesurado dos tempos nesse período. A história parlamentar de mais de 30 anos, não se estava a referir agora à Assembleia Municipal mas falava da experiência da democracia em Portugal e às diferentes abordagens que esse assunto da contabilização dos tempos de intervenção, antes ou na Ordem do Dia, na Assembleia da República, e até na Assembleia Constituinte, fora um tema que perdurara por mais de 30 anos, consoante as correlações aritméticas que se foram observando nas respectivas Assembleias. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Era curioso, e um historiador atento algum dia haveria de fazer essa avaliação, consoante as correlações fossem mais favoráveis ou menos favoráveis a determinadas soluções e consoante a cor política que estivesse no Executivo, e no caso da Assembleia da República que estivesse no Governo, assim determinadas forças políticas defendiam uma ampliação de tempos ou a sua redução em condições de uma simetria, às vezes, obscena. ---------------------------------------------------------------------- ----- Disse que os Deputados Municipais Independentes achavam, independentemente de quem estivesse no Executivo, que os Deputados Municipais deveriam ter um tempo razoável para expor e discutir politicamente as questões que interessavam à Cidade. Era assim que viam as coisas, não queriam ser simpáticos nem antipáticos para nenhum dos presentes, mas não prescindiam de fazer uma avaliação rigorosa deste tema e não embarcariam, portanto, em campanhas pró ou contra o crescimento ou a redução dos tempos, ao sabor do que conviesse às maioria conjunturais em cada momento. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Sobre a questão da forma de votação e a contagem de votos, disse que subscreviam inteiramente as considerações que foram feitas pelo PS, no sentido de que era chegada a altura, como a Assembleia da República já o fizera, claro que apoiada por sistemas de votação electrónica e ali não os tinham, mas não seria tecnicamente impraticável fazer-se, como fora sugerido pelo PS mas não fizera vencimento na Comissão, que as votações por princípio fossem nominais e não acontecesse, como já acontecera várias vezes na Assembleia, em que se chegava rés-vés ao limite do quorum, faziam-se votações em que havia dezenas e dezenas de votos que eram contados como estando a ser manifestados, quando quase metade dessas pessoas eram os presentes que se encontravam nos momentos das votações. Achavam isso absolutamente lamentável. ------------------------------------------------------------------

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----- Claro que existia aquela válvula de escape que era antes de qualquer votação requerer-se a votação nominal, mas duvidava que com esses comportamentos em certos momentos um pedido desse tipo fosse atendido. Portanto, era uma falsa válvula de escape e achava que nesse aspecto o Regimento não fora revisto no sentido que deveria ter sido. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Por fim, num reparo de natureza estritamente formal, disse que na página 9, artigo 12º, na parte final do texto constava a alínea o), e porque ela não fazia parte do elenco dos direitos dos Deputados Municipal, sugeria que essa alínea fosse autonomizada como n.º 2, passando o conjunto das alíneas de a) a n) a constituir o n.º 1. Esta era uma questão absolutamente redaccional, mas efectivamente houve alguma precipitação na passagem do texto porque essa última alínea não era alínea mas sim, autonomamente, um número diferente do artigo 12º. ---------------------------------------- ----- A Senhora Presidente agradeceu ao Sr. Deputado Municipal e acrescentou que, apesar de tudo, não tinha muitos erros pelo que ficava contente. -------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Bastos (PSD), novamente no uso da palavra na qualidade de Presidente da Comissão Eventual para a Revisão do Regimento, depois de referir que registara com apreço as várias intervenções dos colegas Deputados Municipais, disse, começando pela última intervenção, que os Deputados Municipais Independentes participaram em três das quinze reuniões da Comissão, mas pretendia deixar claro que a Comissão não vedara a participação de nenhum Deputado Municipal nos seus trabalhos, e nem o poderia fazer porquanto o artigo 63º, n.º 8, do Regimento em vigor dava a qualquer Deputado Municipal o direito de assistir e participar nas reuniões das Comissões. --------------------------------- ----- Portanto, se os Srs. Deputados Municipais Independentes não participaram nas restantes doze reuniões não foi seguramente por a Comissão ter vedado a sua participação. Mais: há seis meses atrás, a Comissão, precisamente tendo em conta a preocupação do enquadramento dos Deputados Municipais Independentes no funcionamento da Assembleia, antecipara a questão das Comissões, remetendo para a Mesa e para a Conferência de Representantes a previsão de integração dos Deputados Municipais Independentes nas Comissões. Aliás, essa questão fora depois apresentada em Plenário, tendo sido aprovada e entrara imediatamente em vigor. -------------------- ----- Por isso, em termos de Comissão, tinha a dizer que o trabalho foi limpinho. ------ ----- Passando à intervenção do Sr. Deputado Municipal Dias Baptista, disse que ele a determinada altura referira que a Assembleia Municipal de Lisboa perdera ali uma possibilidade de ganhar credibilidade e eficácia, referindo-se depois nomeadamente ao PAOD, sendo que o Sr. Deputado Municipal José Franco até referira que o PAOD tivera um crescimento desmesurado e que era contra o crescimento desmesurado desses tempos. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Bom, passava a esmiuçar os números porque isso de se dizer que houvera um crescimento desmesurado, ficava bem mas convinha concretizar. A Assembleia Municipal, até à presente data, tivera 26 reuniões plenárias, e dessas, com PAOD, apenas tiveram duas Sessões Extraordinárias e cinco Sessões Ordinárias. E qual era o tal crescimento desmesurado que fora reflectido nesse famoso Anexo A? 25 minutos!

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----- Pessoalmente achava que não eram esses 25 minutos que iam dar cabo da rentabilização dos meios e reduzir as despesas num momento de grandes dificuldades, não conseguia perceber como era que 25 minutos a mais conseguiam obstaculizar ao eficaz funcionamento da Assembleia Municipal, tendo em conta principalmente que, seguindo a esse ritmo, num ano teriam dois PAOD’s em Sessões Extraordinárias. Aliás, o PS propunha que fosse vedada a palavra ao público nos PAOD’s das Sessões Extraordinárias. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, relativamente ao debate sobre o Estado da Cidade tinha sido levantada essa questão do aumento de tempo. Ora bem, o debate sobre o Estado da Cidade realizava-se uma vez por ano, e o aumento que era proposto era de 20 minutos. Também 20 minutos ao ano não acreditava que fosse isso que iria obstaculizar o funcionamento da Assembleia. ------------------------------------------------ ----- O que, de facto, achava que deveria ser realçado, porque a Assembleia iria ganhar, e muito, em termos de eficácia, era a tal poupança dos 40 minutos por proposta, porque estavam a falar de quatro horas ao fim da discussão de seis propostas. Aí sim, aí tirava o chapéu ao PS e ao PSD que abdicaram, sem necessidade nenhuma, de 20 minutos cada um. -------------------------------------------------------------- ----- Isto também indo ao encontro do que o Sr. Deputado Municipal José Franco referira há pouco de que os tempos eram gizados em função da conveniência e da conjuntura política de cada momento. Não! Por direito, o PS e o PSD teriam direito a 40 minutos e abdicaram livremente deles. ----------------------------------------------------- ----- Portanto, não era pelos PAOD’s que a Assembleia deixaria de funcionar melhor ou pior, mas era, isso sim, pelas propostas da Ordem do Dia. Aliás, relembrava que, conforme referira há pouco, até à presente data entraram na Assembleia Municipal 96 propostas, e se tivessem aplicado essa regra de poupança de 40 minutos por proposta, teriam um total de 64 horas o que equivalia a 13 sessões plenárias. Isso é que achava que era de enfatizar. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, importava também referir a importância que foi dada ao papel da Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo na informação escrita, já que se acrescentaram dez minutos para que a Câmara pudesse prestar os esclarecimentos que entendesse por bem prestar. Tal como nas Grandes Opções do Plano, no Orçamento, no PDM, a Câmara tinha mais 30 minutos e não era isso que iria obstaculizar o funcionamento da Assembleia Municipal de Lisboa. ---------------------------------------- ----- Seguidamente, dado que mais ninguém desejara intervir, a Senhora Presidente submeteu à votação, isoladamente, conforme proposta do PPM, as alíneas 4 e 5 do artigo 63º, Capítulo II, Secção VI, tendo a Assembleia deliberado rejeitar, por maioria, a referida proposta, com votos contra do PSD, PS, PCP e 2 IND-PS, votos favoráveis do CDS-PP, BE, 3-IND-PS, PPM, MPT e PEV, e a abstenção de 1 IND-PS. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois submeteu à votação o projecto de Regimento na sua globalidade, tendo a Assembleia deliberado aprová-lo, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PCP, 6-IND-PS, CDS-PP, BE, MPT e PEV, e votos contra do PS e PPM, o qual ficara com a seguinte redacção final: --------------------------------------------------------------------------

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------------- REGIMENTO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------- ------------------------------------------ CAPÍTULO I ------------------------------------------ ------------ Assembleia Municipal, Deputados Municipais e Grupos Municipais -------- ---------------------------------------------SECÇÃO I -------------------------------------------- -------------------------------------- Assembleia Municipal ------------------------------------ ---------------------------------------------- Artigo 1.º -------------------------------------------- -------------------------------------- Natureza e composição ----------------------------------- ----- 1 – A Assembleia Municipal de Lisboa é o órgão deliberativo do Município de Lisboa, visando a salvaguarda dos interesses municipais e a promoção do bem-estar da população. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – A Assembleia Municipal de Lisboa é constituída por membros eleitos directamente em número superior ao dos Presidentes de Junta de Freguesia, que a integram. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – Nas sessões da Assembleia Municipal participam os cidadãos que encabeçaram as listas mais votadas na eleição para as Assembleias de Freguesia da área do Município, enquanto estas não forem instaladas. ----------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 2.º --------------------------------------------- ---------------------------------------- Fontes normativas --------------------------------------- ----- A constituição, a composição e a competência da Assembleia Municipal de Lisboa são as fixadas e definidas por Lei. ----------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 3.º --------------------------------------------- ---------------------------------------- Funcionamento ------------------------------------------- ----- O funcionamento da Assembleia Municipal de Lisboa rege-se pelo presente Regimento e pelas normas legais aplicáveis às autarquias locais. ------------------------- --------------------------------------------- Artigo 4.º --------------------------------------------- ----------------------------- Competências da Assembleia Municipal ------------------------ ----- 1 – Compete à Assembleia Municipal: --------------------------------------------------- ----- a) Eleger, por voto secreto, o Presidente e os dois Secretários da Mesa; ----------- ----- b) Elaborar, aprovar e rever o Regimento; ----------------------------------------------- ----- c) Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal, dos serviços municipalizados, das fundações e das empresas municipais; ------------------------------- ----- d) Acompanhar, com base em informação útil da Câmara Municipal, facultada em tempo oportuno, a actividade desta e os respectivos resultados, nas associações e federações de municípios, empresas, cooperativas, fundações ou outras entidades em que o Município detenha alguma participação no respectivo capital social ou equiparado; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- e) Apreciar, em cada uma das sessões ordinárias, uma informação escrita do Presidente da Câmara Municipal acerca da actividade do Município bem como da situação financeira do mesmo, informação essa que deve ser enviada ao Presidente da Mesa da Assembleia Municipal com a antecedência de 5 dias sobre a data do início da sessão, para que conste na respectiva “Ordem do Dia”. -------------------------------------

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----- f) Solicitar e receber informações, através da Mesa, sobre assuntos de interesse para a autarquia e sobre a execução de deliberações anteriores, o que pode ser requerido por qualquer Deputado Municipal em qualquer momento; --------------------- ----- g) Conhecer e tomar posição sobre os relatórios definitivos, resultantes de acções tutelares ou de auditorias executadas sobre a actividade dos órgãos e serviços municipais; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- h) Aprovar a convocação de referendos locais, sob proposta quer dos Deputados Municipais, quer da Câmara Municipal, quer dos cidadãos eleitores, nos termos da lei; ----- i) Deliberar sobre a constituição de delegações, comissões ou grupos de trabalho para estudo dos problemas relacionados com as atribuições próprias da autarquia, sem interferência no funcionamento e na actividade normal da Câmara Municipal; --------- ----- j) Apreciar a recusa, por acção ou omissão, de quaisquer informações e documentos, por parte da Câmara Municipal ou dos seus membros, que obstem à realização de acções de acompanhamento e fiscalização; ----------------------------------- ----- l) Votar moções de censura à Câmara Municipal, em avaliação da acção desenvolvida pela mesma ou por qualquer dos seus membros; ----------------------------- ----- m) Discutir, a pedido de quaisquer dos titulares do direito de oposição, o relatório a que se refere o Estatuto do Direito de Oposição; ------------------------------------------- ----- n) Elaborar e aprovar, nos termos da lei, o regulamento do conselho municipal de segurança; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- o) Tomar posição perante os órgãos do poder central sobre assuntos de interesse para a autarquia; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- p) Deliberar sobre recursos interpostos de marcação de faltas injustificadas aos seus membros; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- q) Pronunciar-se e deliberar sobre assuntos que visem a prossecução de interesses próprios da autarquia; ---------------------------------------------------------------------------- ----- r) Exercer outras competências que lhe sejam conferidas por lei. ------------------- ----- 2 – Compete à Assembleia Municipal, em matéria regulamentar e de organização e funcionamento, sob proposta da Câmara Municipal: -------------------------------------- ----- a) Aprovar as posturas e regulamentos do Município, com eficácia externa; ------ ----- b) Aprovar as opções do plano e a proposta de orçamento, bem como as respectivas revisões; ------------------------------------------------------------------------------ ----- c) Apreciar o inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respectiva avaliação, bem como apreciar e votar o relatório de actividades e os documentos de prestação de contas; ------------------------------------------------------------ ----- d) Aprovar ou autorizar a contratação de empréstimos, nos termos da lei; --------- ----- e) Estabelecer, nos termos da lei, taxas municipais e fixar os respectivos quantitativos; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- f) Fixar anualmente o valor da taxa de IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis - incidente sobre prédios urbanos, bem como autorizar o lançamento de derramas para reforço da capacidade financeira ou no âmbito da celebração de contratos de reequilibro financeiro, de acordo com a lei; ---------------------------------------------------

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----- g) Pronunciar-se, no prazo legal, sobre o reconhecimento, pelo Governo, de benefícios fiscais no âmbito de impostos cuja receita reverta exclusivamente para os municípios; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- h) Deliberar em tudo quanto represente o exercício dos poderes tributários conferidos por lei ao Município; ---------------------------------------------------------------- ----- i) Autorizar a Câmara Municipal a adquirir, alienar ou onerar bens imóveis de valor superior a 1000 vezes o índice 100 das carreiras do regime geral do sistema remuneratório da função pública, fixando as respectivas condições gerais, podendo determinar, nomeadamente, a via da hasta pública, bem como bens ou valores artísticos do Município, independentemente do seu valor, sem prejuízo do disposto no n.º 9 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro na redacção resultante da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro; ----------------------------------------------------------------- ----- j) Determinar a remuneração dos membros do conselho de administração dos serviços municipalizados; ------------------------------------------------------------------------ ----- l) Municipalizar serviços, autorizar o Município, nos termos da lei, a criar fundações e empresas municipais e a aprovar os respectivos estatutos, bem como a remuneração dos membros dos corpos sociais, assim como a criar e participar em empresas de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, fixando as condições gerais da participação; ---------------------------------------------------------------------------- ----- m) Autorizar o Município, nos termos da lei, a integrar-se em associações e federações de municípios, a associar-se com outras entidades públicas, privadas ou cooperativas e a criar ou participar em empresas privadas de âmbito municipal que prossigam fins de reconhecido interesse público local e se contenham dentro das atribuições definidas para o Município, em qualquer dos casos fixando as condições gerais dessa participação; ------------------------------------------------------------------------ ----- n) Aprovar, nos termos da lei, a criação ou reorganização de serviços municipais; ----- o) Aprovar os quadros de pessoal dos diferentes serviços do Município, nos termos da lei; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- p) Aprovar incentivos à fixação de funcionários, nos termos da lei; ---------------- ----- q) Autorizar, nos termos da lei, a Câmara Municipal a concessionar, por concurso público, a exploração de obras e serviços públicos, fixando as respectivas condições gerais; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- r) Fixar o dia feriado anual do Município; ----------------------------------------------- ----- s) Autorizar a Câmara Municipal a delegar competências próprias, designadamente em matéria de investimentos nas Juntas de Freguesia; ------------------ ----- t) Estabelecer, após parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, a constituição do brasão, selo e bandeira do Município, e proceder à sua publicação no Diário da República; ------------------------------------------ ----- u) Fixar o regime da atribuição de ordens honoríficas municipais. ------------------ ----- 3 – É ainda da competência da Assembleia Municipal, em matéria de planeamento, sob proposta ou pedido de autorização da Câmara Municipal: ------------ ----- a) Aprovar os planos necessários à realização das atribuições municipais; --------

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----- b) Aprovar as medidas, normas, delimitações e outros actos, no âmbito dos regimes do ordenamento do território e do urbanismo, nos casos e nos termos conferidos por lei. --------------------------------------------------------------------------------- ----- 4 – É também da competência da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- a) Deliberar sobre a criação e a instituição em concreto do corpo de polícia municipal, nos termos e com as competências previstos na lei; ---------------------------- ----- b) Deliberar sobre a afectação ou desafectação de bens do domínio público municipal, nos termos e condições previstos na lei; ----------------------------------------- ----- c) Deliberar sobre a criação do conselho local de educação, de acordo com a lei; ----- d) Autorizar a geminação do Município com outros municípios ou entidades equiparadas de outros países; -------------------------------------------------------------------- ----- e) Autorizar os conselhos de administração dos serviços municipalizados a deliberar sobre a concessão de apoio financeiro, ou outro, a instituições legalmente constituídas pelos seus funcionários, tendo por objecto o desenvolvimento das actividades culturais, recreativas e desportivas, bem como a atribuição de subsídios a instituições legalmente existentes, criadas ou comparticipadas pelos serviços municipalizados ou criadas pelos seus funcionários, visando a concessão de benefícios sociais aos mesmos e respectivos familiares; ------------------------------------------------- ----- f) Eleger, em cada mandato, o Provedor do Ambiente e da Qualidade de Vida da Cidade, nos termos do regulamento próprio. -------------------------------------------------- ----- 5 – A acção de fiscalização mencionada na alínea c) do n.º 1 consiste numa apreciação casuística e posterior à respectiva prática dos actos da Câmara Municipal, dos serviços municipalizados, das fundações e das empresas municipais, designadamente através de documentação e informação solicitada para o efeito. ------- ----- 6 – As propostas apresentadas pela Câmara Municipal referente às alíneas b), c), i) e n) do n.º 2 não podem ser alteradas pela Assembleia Municipal e carecem da devida fundamentação quando rejeitadas, mas a Câmara Municipal deve acolher sugestões feitas pela Assembleia Municipal, quando devidamente fundamentadas, salvo se aquelas enfermarem de previsões de factos que possam ser considerados ilegais. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 7 – Os pedidos de autorização para a contratação de empréstimos a apresentar pela Câmara Municipal, nos termos da alínea d) do n.º 2, serão obrigatoriamente acompanhados de informação sobre as condições praticadas em, pelo menos, três instituições de crédito, bem como do mapa demonstrativo da capacidade de endividamento do Município. ------------------------------------------------------------------- ----- 8 – As alterações orçamentais por contrapartida da diminuição ou anulação das dotações da Assembleia Municipal têm de ser aprovadas por este órgão. ---------------- --------------------------------------------- SECÇÃO II ------------------------------------------ ---------------------------------------- Deputados Municipais ---------------------------------- ---------------------------------------------- Artigo 5.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Duração do mandato ------------------------------------- ----- 1 – O período do mandato dos Deputados Municipais é de 4 anos. -----------------

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----- 2 – O mandato inicia-se com o acto de instalação da Assembleia Municipal e com a verificação de poderes dos seus membros e cessa quando estes forem legalmente substituídos, sem prejuízo da cessação individual do mandato prevista na lei ou no presente Regimento. ------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------- Artigo 6.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Suspensão do mandato ---------------------------------- ----- 1 – Os Deputados Municipais podem solicitar a suspensão do respectivo mandato, a qual pode ser motivada, designadamente, por: --------------------------------- ----- a) Doença comprovada; -------------------------------------------------------------------- ----- b) Exercício de direitos de paternidade e maternidade; -------------------------------- ----- c) Afastamento temporário da área do Município por período superior a 30 dias. ----- 2 – O pedido de suspensão, devidamente fundamentado, deve indicar o período de tempo abrangido e é endereçado ao Presidente da Assembleia Municipal, devendo ser apreciado pelo plenário na reunião imediata à da sua apresentação. ------------------ ----- 3 – A suspensão que, por uma só vez ou cumulativamente, ultrapasse 365 dias no decurso do mandato constitui, de pleno direito, renúncia ao mesmo, salvo se no primeiro dia útil seguinte ao termo daquele prazo o interessado manifestar, por escrito, a vontade de retomar funções. --------------------------------------------------------- ----- 4 – A pedido do interessado, devidamente fundamentado, a Assembleia Municipal pode autorizar a alteração do prazo pelo qual inicialmente foi concedida a suspensão do mandato, até ao limite estabelecido no número anterior. ------------------- ----- 5 – Durante a suspensão, os membros da Assembleia Municipal directamente eleitos são substituídos nos termos do nº 1 do artigo 10º. ----------------------------------- ----- 6 – O regresso antecipado deverá ser comunicado ao Presidente da Mesa, produzindo os seus efeitos a partir da data da primeira convocatória da reunião da Assembleia Municipal que venha a ser expedida após a recepção da referida comunicação. -------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------- Artigo 7.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Ausência inferior a 30 dias ------------------------------- ----- 1 – Os Deputados Municipais podem fazer-se substituir nos casos de ausência por períodos até 30 dias. ------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – A substituição obedece ao disposto no artigo 10.º e opera-se mediante simples comunicação por escrito dirigida ao Presidente da Assembleia Municipal, na qual são indicados os respectivos início e fim. ----------------------------------------------- ----- 3 – Os Deputados Municipais que sejam Presidentes de Junta de Freguesia são substituídos, em caso de justo impedimento, pelo substituto legal por si designado. --- ----- 4 – Os membros substitutos consideram-se regularmente convocados para a reunião imediatamente seguinte à comunicação da suspensão, desde que o membro substituído o tenha sido. -------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------- Artigo 8.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Renúncia ao mandato -----------------------------------

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----- 1 – Os Deputados Municipais podem renunciar ao mandato, antes ou depois do acto de instalação, mediante declaração escrita, dirigida a quem deve proceder à instalação da Assembleia Municipal ou ao seu Presidente, consoante os casos. -------- ----- 2 – O renunciante é substituído nos termos do n.º 1 do artigo 10.º. ------------------ ----- 3 – A renúncia torna-se efectiva desde a data da entrega da declaração, devendo a ocorrência ficar expressa em acta. -------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------- Artigo 9.º ------------------------------------------- ------------------------------------------ Perda de mandato ------------------------------------- ----- 1– Incorrem em perda de mandato os Deputados Municipais que: ------------------ ----- a) Sem motivo justificativo, não compareçam: ----------------------------------------- ----- i.) a três (3) sessões ou seis (6) reuniões consecutivas; ou, --------------------------- ----- ii.) a seis (6) sessões ou doze (12) reuniões interpoladas. ----------------------------- ----- b) Após a eleição, sejam colocados em situação que os torne inelegíveis ou relativamente aos quais se tornem conhecidos elementos reveladores de uma situação de inelegibilidade já existente, e ainda subsistente, mas não identificada em momento prévio ao da eleição. ------------------------------------------------------------------------------ ----- c) Após a eleição se inscrevam em partido diverso daquele pelo qual foram apresentados a sufrágio eleitoral; --------------------------------------------------------------- ----- d) Pratiquem ou sejam individualmente responsáveis pela prática dos actos previstos no artigo 9.º da Lei n.º 27/96, de 1 de Agosto. ------------------------------------ ----- 2 – Incorrem, igualmente, em perda de mandato os Deputados Municipais que, no exercício das suas funções, ou por causa delas, intervenham em procedimento administrativo, acto ou contrato de Direito público ou privado relativamente ao qual se verifique impedimento legal, visando a obtenção de vantagem patrimonial para si ou para outrem. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- 3 – Constitui ainda causa de perda de mandato a verificação, em momento posterior ao da eleição, de prática, por acção ou omissão, em mandato imediatamente anterior, dos factos referidos na alínea d) do n.º 1 e no n.º 2 do presente artigo. -------- ----- 4 – As decisões de perda de mandato e de dissolução de órgãos autárquicos ou de entidades equiparadas são da competência dos tribunais administrativos de círculo. --- ----- 5 – As acções para perda de mandato ou de dissolução de órgãos autárquicos ou de entidades equiparadas são interpostos pelo Ministério Público, por qualquer membro do órgão de que faz parte aquele contra quem for formulado o pedido, ou por quem tenha interesse directo em demandar, o qual se exprime pela utilidade derivada da procedência da acção. ------------------------------------------------------------------------- ----- 6 – A condenação definitiva dos membros dos órgãos autárquicos em qualquer dos crimes de responsabilidade previstos e definidos na Lei n.º 34/87, de 16 de Julho, implica a sua inelegibilidade nos actos eleitorais destinados a completar o mandato interrompido e nos subsequentes que venham a ter lugar no período de tempo correspondente a novo mandato completo, em qualquer órgão autárquico. -------------- ----- 7 – As acções previstas no presente artigo só podem ser interpostas no prazo de 5 anos após a ocorrência dos factos que as fundamentam. ------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 10.º -------------------------------------------

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------------------------------------- Preenchimento de vagas ------------------------------------ ----- 1 – Em caso de vacatura, suspensão do mandato ou ausência inferior a 30 dias o Deputado Municipal é substituído pelo cidadão imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista ou, tratando-se de coligação, pelo cidadão imediatamente a seguir do partido pelo qual havia sido proposto o membro que deu origem à vaga. ---------------- ----- 2 – Quando, por aplicação da regra contida na parte final do número anterior, se torne impossível o preenchimento da vaga por cidadão proposto pelo mesmo partido, o mandato é conferido ao candidato imediatamente a seguir na ordem de precedência da lista apresentada pela coligação. ------------------------------------------------------------ ----- 3 – Esgotada a possibilidade de substituição prevista no número anterior e desde que não esteja em efectividade de funções a maioria do número legal dos membros da Assembleia Municipal, o Presidente comunica o facto ao Governador Civil para que este marque, no prazo máximo de 30 dias, novas eleições. --------------------------------- ----- 4 – A nova Assembleia Municipal, eleita nos termos do número anterior, completará o mandato da Assembleia Municipal anterior. --------------------------------- ----------------------------------------------- Artigo 11.º ----------------------------------------- --------------------------------- Deveres dos Deputados Municipais ------------------------- ----- 1 – Constituem deveres dos Deputados Municipais: ----------------------------------- a) Comparecer à hora marcada em cada convocatória para o início da respectiva reunião da Assembleia Municipal, ou da Comissão, assinar a lista de presenças e permanecer até ao final dos respectivos trabalhos; ------------------------------------------- b) Desempenhar os cargos e as funções para que sejam eleitos ou designados e a que se não hajam oportunamente escusado; -------------------------------------------------------- c) Participar nas discussões e votações se, por lei, de tal não estiverem impedidos; ---- d) Respeitar a dignidade da Assembleia Municipal e dos seus membros; ---------------- e) Observar a ordem e a disciplina fixadas no Regimento e acatar a autoridade do Presidente da Assembleia Municipal; ---------------------------------------------------------- f) Contribuir, com a sua diligência, para a eficácia e o prestígio dos trabalhos da Assembleia Municipal e, em geral, para a observância da Constituição e das leis. ----- ----- 2 – A lista de presenças de cada sessão plenária encontra-se disponível nos serviços de apoio à Mesa da Assembleia até noventa (90) minutos após a hora fixada na convocatória, momento a partir do qual será entregue ao 1º Secretário. -------------- ----- 3 – A justificação da falta a qualquer reunião deve ser apresentada por escrito, à Mesa, no prazo de 5 dias, a contar da data da falta e a decisão é notificada ao interessado, pessoalmente ou por via postal, nos casos em que esta não seja aceite. --- ----- 4 – A Mesa da Assembleia manterá à disposição pública, na respectiva página de internet, os registos das faltas e justificações de todos os membros da Assembleia. ---- --------------------------------------------- Artigo 12.º ------------------------------------------- ------------------------------ Direitos dos Deputados Municipais ---------------------------- ----- Para o regular exercício do seu mandato, constituem direitos dos Deputados Municipais, além dos conferidos por lei, e reportando-se a assuntos de interesse municipal: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- a) Usar da palavra nos termos do Regimento; ------------------------------------------

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----- b) Desempenhar funções específicas na Assembleia Municipal; --------------------- ----- c) Apresentar, por escrito, pareceres, propostas, recomendações e moções; ------- ----- d) Apresentar requerimentos; -------------------------------------------------------------- ----- e) Invocar o Regimento e apresentar recursos, protestos e contraprotestos; -------- ----- f) Propor, por escrito, alterações ao Regimento; ---------------------------------------- ----- g) Propor, por escrito, a constituição de Comissões nos termos do artigo 63.º; ---- ----- h) Propor, por escrito, listas para a eleição da Mesa da Assembleia Municipal; --- ----- i) Propor, por escrito, no âmbito do exercício da competência fiscalizadora, a realização de inquéritos à actuação dos órgãos ou serviços municipais; ------------------ ----- j) Solicitar, por escrito, à Câmara Municipal, por intermédio do Presidente da Assembleia Municipal, as informações e esclarecimentos que entenda necessários, mesmo fora das sessões da Assembleia Municipal; ------------------------------------------ ----- l) Assistir às reuniões das Comissões; ---------------------------------------------------- ----- m) Receber as actas das reuniões da Câmara Municipal e o Boletim Municipal; - ----- n) Utilizar gratuitamente o parque de estacionamento subterrâneo para estacionar a viatura, nos períodos necessários para a participação nas reuniões da Assembleia Municipal, da Conferência de Representantes e das comissões. --------------------------- ----- o)Têm também direito ao pagamento do estacionamento junto à AML os Deputados Municipais que no âmbito das suas competências se desloquem às suas instalações. Neste último caso o pagamento do respectivo estacionamento carece de anuência expressa por parte do representante do Grupo Municipal. ----------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO III ----------------------------------------- ---------------------------------------- Grupos Municipais -------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 13.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Constituição ------------------------------------------ ----- 1 – Os Deputados Municipais directamente eleitos, bem como os Presidentes de Junta de Freguesia eleitos por cada partido ou coligação de partidos ou grupo de cidadãos eleitores, consideram-se, independentemente do seu número, constituídos em Grupos Municipais.-------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Ao Deputado Municipal que seja único representante de um partido ou de uma lista de cidadãos, é atribuído o direito previsto no n.º 1 do presente artigo. -------- ----- 3 – A constituição de cada grupo municipal efectua-se mediante comunicação dirigida ao Presidente da Assembleia Municipal, assinada pelos membros que o compõem, indicando a sua designação, o representante e a respectiva direcção. -------- ----- 4 - Cada Grupo Municipal indica ao Presidente o seu representante e respectivo substituto. ------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 14.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Organização e instalações -------------------------------- ----- 1 – Cada Grupo Municipal estabelece a sua organização, devendo qualquer alteração na composição da sua Direcção ser comunicada ao Presidente da Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Os Grupos Municipais têm direito, de acordo com a disponibilidade dos serviços da Assembleia Municipal, a instalações condignas, proporcionais à respectiva

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representatividade parlamentar, a concretizar no início de cada mandato autárquico no âmbito da Conferência dos Representantes dos Grupos Municipais. ---------------------- --------------------------------------------- Artigo 15.º ------------------------------------------- ------------------------ Deputados não inscritos em Grupo Municipal ---------------------- ----- Os Deputados que não integrem qualquer grupo municipal comunicam o facto ao Presidente da Assembleia Municipal e exercem o seu mandato como Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO IV ----------------------------------------- --------------------------------- Mesa da Assembleia Municipal ------------------------------ ----------------------------------------------- Artigo 16.º ----------------------------------------- ---------------------------------------- Composição da Mesa ----------------------------------- ----- 1 – A Mesa da Assembleia é composta por um Presidente, um 1.º Secretário e um 2.º Secretário. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – O Presidente é substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo 1.º Secretário e este pelo 2.º Secretário. ------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – Nas suas faltas ou impedimentos, qualquer dos Secretários é substituído pelo Deputado da Assembleia Municipal que seja designado pelo Representante do Grupo Municipal a que o mesmo pertença.------------------------------------------------------------- ----- 4 – Na ausência de todos os membros da Mesa, a Assembleia Municipal elege, por voto secreto, uma Mesa ad-hoc para presidir a essa reunião. -------------------------- ----- 5 – O Presidente da Mesa é o Presidente da Assembleia Municipal. ---------------- --------------------------------------------- Artigo 17.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Eleição e destituição da Mesa ------------------------------ ----- 1 – A Mesa da Assembleia Municipal é eleita por listas nominativas nas quais constam os cargos a desempenhar pelos respectivos candidatos. -------------------------- ----- 2 – A Mesa é eleita pelo período do mandato. ------------------------------------------ ----- 3 – A Mesa pode ser destituída por deliberação tomada pela maioria do número legal dos Deputados da Assembleia Municipal. ---------------------------------------------- ----- 4 – A eleição e a destituição realizam-se por escrutínio secreto. --------------------- ----- 5 - Aprovada a proposta de destituição da Mesa é de imediato eleita uma Mesa ad-hoc, que fica encarregue de preparar o processo eleitoral para a eleição da nova Mesa. ----- 6 - A eleição da nova Mesa da Assembleia deverá ter lugar na reunião seguinte, que deverá realizar-se no prazo máximo de 30 dias. ----------------------------------------- ----- 7 - Em caso de dissolução da Assembleia ou no termo do mandato, a Mesa mantém-se em funções até à instalação da nova Assembleia. ------------------------------ ------------------------------------------ Artigo 18.º ---------------------------------------------- -------------------------- Renúncia, suspensão e perda de mandato ------------------------- ----- 1 - Os membros da Mesa podem renunciar ao cargo mediante comunicação escrita à Assembleia. ----------------------------------------------------------------------------- ----- 2 - Aos membros da Mesa são aplicáveis, igualmente, as disposições deste regimento reguladoras da suspensão e da perda de mandato de membros da Assembleia.

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----- 3 - Em caso de suspensão, a substituição faz-se de acordo com o disposto no número 3, do artigo 16.º.-------------------------------------------------------------------------- ----- 4 - Em caso de renúncia ou perda de mandato, o cargo que ficar vago é preenchido por eleição a efectuar na reunião imediatamente seguinte àquela em que ocorra a vacatura. --------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 19.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Competência da Mesa ------------------------------------- ----- Compete à Mesa da Assembleia Municipal: -------------------------------------------- ----- a) Relatar e dar parecer sobre a verificação de poderes dos Deputados Municipais; ----- b) Elaborar o projecto de Regimento da Assembleia Municipal ou propor a constituição de um grupo de trabalho para o efeito; ----------------------------------------- ----- c) Deliberar sobre as questões de interpretação e integração de lacunas do Regimento; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- d) Elaborar a “Ordem do Dia” das sessões e proceder à sua distribuição; ---------- ----- e) Admitir as propostas da Câmara Municipal obrigatoriamente sujeitas à competência deliberativa da Assembleia Municipal, verificando a sua conformidade com a lei; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- f) Encaminhar, em conformidade o presente Regimento, as iniciativas dos Deputados Municipais, dos Grupos Municipais e da Câmara Municipal; ---------------- ----- g) Assegurar a redacção final das deliberações; ---------------------------------------- ----- h) Realizar as acções de que seja incumbida pela Assembleia Municipal no exercício da competência a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção introduzida pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- i) Encaminhar para a Assembleia Municipal as petições e queixas dirigidas à mesma; ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- j) Requerer à Câmara Municipal a documentação e informação que considere necessárias ao exercício das competências da Assembleia Municipal, bem como ao desempenho das suas funções, nos moldes, nos suportes e com a periodicidade tida por conveniente; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- l) Proceder à marcação e justificação de faltas dos Deputados Municipais; -------- ----- m) Comunicar à Assembleia Municipal a recusa de prestação de quaisquer informações ou documentos, bem como de colaboração por parte do órgão executivo ou dos seus membros; ---------------------------------------------------------------------------- ----- n) Comunicar à Assembleia Municipal as decisões judiciais relativas à perda de mandato em que incorra qualquer membro; --------------------------------------------------- ----- o) Dar conhecimento à Assembleia Municipal do expediente relativo aos assuntos relevantes. ------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 20.º ------------------------------------------- -------------------- Competências do Presidente da Assembleia Municipal ---------------- ----- 1 – Compete ao Presidente da Assembleia Municipal, sem prejuízo das competências previstas por lei, nomeadamente: ----------------------------------------------

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----- a) Representar a Assembleia Municipal; ------------------------------------------------- ----- b) Presidir aos plenários; ------------------------------------------------------------------- ----- c) Presidir à Conferência de Representantes; ------------------------------------------- ----- d) Dar posse às Comissões da Assembleia Municipal; -------------------------------- ----- e) Integrar e dar posse ao Conselho Municipal de Segurança; ----------------------- ----- f) Convocar as sessões ordinárias e extraordinárias, elaborando as respectivas ordens de trabalho, de harmonia com as propostas apresentadas pela própria Assembleia, nos termos da lei e deste Regimento; ------------------------------------------- ----- g) Dar seguimento a todas as iniciativas da Assembleia Municipal; ---------------- ----- h) Aceitar ou rejeitar, após consulta à Mesa e verificada a sua regularidade regimental, os requerimentos orais e os documentos apresentados à Mesa pelos Deputados Municipais, sem prejuízo do direito de recurso para plenário; --------------- ----- i) Comunicar ao representante do Ministério Público competente as faltas injustificadas dos restantes membros da Assembleia para os efeitos legais; ------------- ----- j) Dar cumprimento ao estabelecido no n.º 3 do artigo 10.º; -------------------------- ----- k) Dar orientações aos funcionários afectos à Assembleia Municipal; -------------- ----- l) Exercer os demais poderes que lhe sejam atribuídos por lei, pelo Regimento ou pela própria Assembleia. ------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Compete ao Presidente da Assembleia Municipal nos termos da lei autorizar a realização das despesas orçamentadas. ------------------------------------------------------ ----- 3 – Compete, ainda, ao Presidente da Assembleia Municipal delegar no 1º e 2º Secretários da Mesa as competências previstas nos números anteriores. ----------------- ----- 4 – Das decisões do Presidente cabe recurso para o plenário. ------------------------ --------------------------------------------- Artigo 21.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Competência dos Secretários ------------------------------- ----- Compete especialmente aos Secretários: ------------------------------------------------- ----- a) Coadjuvar o Presidente no exercício das suas funções e assegurar o expediente da Mesa; -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- b) Secretariar as reuniões e subscrever as respectivas actas; -------------------------- ----- c) Substituir o Presidente nas suas faltas e impedimentos; ---------------------------- ----- d) Exercer as competências que lhes forem delegadas pelo Presidente. ------------ --------------------------------------------- SECÇÃO V ------------------------------------------ -------------------- Conferência de Representantes dos Grupos Municipais --------------- --------------------------------------------- Artigo 22.º ------------------------------------------- ------------------------------------------- Constituição -------------------------------------------- ----- 1 – A Conferência de Representantes dos Grupos Municipais é o órgão consultivo do Presidente, que a ela preside, e é constituída pelos Secretários da Mesa e pelos representantes de todos os Grupos Municipais. ------------------------------------- ----- 2 – A Câmara Municipal, quando convocada pelo Presidente, pode participar na Conferência e intervir nos assuntos que não se relacionem exclusivamente com a Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 23.º ------------------------------------------- ------------------------------------------ Funcionamento ----------------------------------------

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----- 1 – A Conferência reúne, sempre convocada pelo Presidente da Assembleia, por sua iniciativa ou a pedido de qualquer Grupo Municipal. ----------------------------------- ----- 2 – Compete à Conferência: --------------------------------------------------------------- ----- a) Pronunciar-se sobre assuntos que tenham a ver com o regular funcionamento da Assembleia Municipal; ----------------------------------------------------------------------- ----- b) Sugerir a introdução no período da “Ordem do Dia” de assuntos de interesse para o Município; --------------------------------------------------------------------------------- ----- c) Dar parecer sobre o agendamento e organização dos debates específicos, dos debates sobre o estado da Cidade, das sessões de perguntas previstas no artigo 36.º e sessões de perguntas sobre matérias relativas às Freguesias, designadamente sobre a distribuição dos tempos pelos Grupos Municipais, nos termos do n.º 1 do artigo 43.º. ----- 3 - Sempre que tal se repute adequado pela Conferência, poderão ser convocados para participar, sem direito a voto, membros da Assembleia que não se encontrem inscritos em qualquer Grupo Municipal. ------------------------------------------------------- ----- 4 - As recomendações da Conferência, na falta de consenso, são tomadas por maioria, estando representada a maioria absoluta dos Deputados Municipais em efectividade de funções. -------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------ CAPÍTULO II ----------------------------------------- ---------------------------------------- Do Funcionamento -------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO I ------------------------------------------- ---------------------------------------- Disposições Gerais --------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 24.º ------------------------------------------- --------------------------------- Sede, instalações e funcionamento -------------------------- ----- 1 - A Assembleia Municipal de Lisboa tem a sua sede no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, n.º 14, em Lisboa, e nela devem decorrer as reuniões compreendidas no âmbito do seu funcionamento. ------------------------------------------- ----- 2 - Por decisão do Presidente ou da própria Assembleia, fundamentada em razões relevantes, o plenário e/ou as comissões podem reunir fora da sede, mas sempre dentro da área geográfica do Concelho de Lisboa. ------------------------------------------- ----- 3 - A Assembleia Municipal dispõe, sob orientação do respectivo Presidente, de um núcleo de apoio próprio, composto por funcionários do Município, nos termos definidos pela Mesa, a afectar pelo Presidente da Câmara Municipal. -------------------- ----- 4 - A Assembleia Municipal dispõe igualmente de instalações e equipamentos necessários ao seu funcionamento e representação, a disponibilizar pela Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 5 - No orçamento municipal são inscritas, sob proposta da Mesa da Assembleia Municipal, dotações discriminadas em rubricas próprias necessárias à actividade da Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 25.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Lugar na sala de reuniões --------------------------------- ----- 1 – Os Deputados Municipais tomam lugar na sala pela forma acordada entre o Presidente e os Representantes dos Grupos Municipais. ------------------------------------ ----- 2 – Na falta de acordo, a Assembleia Municipal delibera. ----------------------------

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----- 3 – Na sala de reuniões há lugares reservados para os membros da Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 26.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Lugar para a assistência ----------------------------------- ----- A sala de reuniões tem lugares próprios e perfeitamente delimitados para a presença do público, da comunicação social e de membros de apoio à Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 27.º ------------------------------------------- ----------------------------- Proibição da presença de pessoas estranhas -------------------- Durante as reuniões e salvo deliberação em contrário, não é permitida a presença no plenário de pessoas que não tenham assento na Assembleia Municipal, não estejam ao serviço desta ou não se encontrem na situação prevista no n.º 3 do artigo 33º. ---------- --------------------------------------------- Artigo 28.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Convocação das sessões ---------------------------------- ----- 1 – As sessões ordinárias são convocadas com a antecedência mínima de 10 dias. ----- 2 – As sessões extraordinárias são convocadas com a antecedência mínima de 8 dias. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – Os prazos das convocações, previstos nos números anteriores, contam-se a partir da data da sua publicação no Boletim Municipal ou em dois jornais diários, consoante a que ocorra primeiro. --------------------------------------------------------------- ----- 4 – Podem ser convocadas sessões extraordinárias, por razões de calamidade ou catástrofe, com antecedência inferior ao estabelecido no n.º 2, após recomendação favorável da Conferência de Representantes dos Grupos Municipais. -------------------- ----- 5 – O texto da convocatória, contendo a respectiva “Ordem de Trabalhos”, deve ser enviado a cada um dos Deputados Municipais, pelo menos com 8 dias de antecedência contados da data do registo de saída dos respectivos serviços. ------------ ----- 6 – Os documentos que instruem o processo deliberativo devem acompanhar o texto da convocatória ou, pelo menos, serem enviados aos membros da Assembleia Municipal com 6 dias de antecedência em relação à data da reunião, com excepção do inventário, prestação de contas, opções do plano e orçamento cuja antecedência será de 10 dias. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 7 – Os processos respeitantes aos pontos da “Ordem de Trabalhos” que vão ser discutidos devem estar presentes no Departamento de Apoio aos Órgãos do Município/Divisão de Apoio à Assembleia Municipal, instalada na Assembleia Municipal, desde o sétimo dia anterior à data da reunião, devendo, para tanto, estes serviços assegurar o cumprimento desta obrigação. ----------------------------------------- ----- 8 – As datas de continuação dos trabalhos de uma sessão podem ser anunciadas em cada uma das reuniões, para um prazo não inferior a 7 dias, podendo tais datas ser comunicadas sob qualquer forma. -------------------------------------------------------------- ----- 9 – As reuniões da Assembleia Municipal devem ser convocadas para dias diferentes das reuniões da Câmara Municipal, a fim de permitir a necessária colaboração entre os dois órgãos. --------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 29.º -------------------------------------------

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--------------------------------------------- Quórum ---------------------------------------------- ----- 1 – As reuniões da Assembleia Municipal não podem ter lugar quando não estiver presente a maioria do número legal dos seus membros. ---------------------------- ----- 2 – Feita a chamada, que deve ser iniciada até 15 minutos após a hora indicada na convocatória, e verificada a inexistência de quorum, decorre um período máximo de 30 minutos para aquele se poder concretizar. ------------------------------------------------- ----- 3 – Se, findo o prazo mencionado no número anterior, persistir a falta de quorum, o Presidente considera a reunião sem efeito e marca dia e hora para nova reunião. ---- ----- 4 - Das reuniões dadas sem efeito por falta de quórum é elaborada acta onde se registam as presenças e ausências dos membros da Assembleia, havendo lugar à marcação de falta aos ausentes. ----------------------------------------------------------------- ----- 5 - O quórum da Assembleia Municipal pode ser verificado em qualquer momento da reunião, por iniciativa do Presidente ou a requerimento de qualquer dos seus membros. ------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------Artigo 30.º -------------------------------------------- ------------------------------------Continuidade das reuniões ----------------------------------- 1 - As reuniões só podem ser interrompidas pelos motivos seguintes: -------------------- ----- a) Intervalos; --------------------------------------------------------------------------------- ----- b) Restabelecimento da ordem na sala; -------------------------------------------------- ----- c) Falta de quórum; ------------------------------------------------------------------------- ----- d) Interrupções pré-votação, no máximo de duas vezes por cada Grupo Municipal, a seu requerimento e não podendo exceder 15 minutos por agrupamento e por reunião. ----- 2 - No caso previsto na alínea c) do número anterior, mantendo-se a falta de quórum 15 minutos após o momento da suspensão dos trabalhos, o Presidente da Mesa dará a reunião por terminada. ------------------------------------------------------------ --------------------------------------------- Secção II --------------------------------------------- ---------------------------------------- Sessões e Reuniões -------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 31.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Sessões ordinárias --------------------------------------- ----- 1 – A Assembleia Municipal tem 5 sessões ordinárias por ano, em Fevereiro, Abril, Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro, que são convocadas por edital e por carta com aviso de recepção ou através de protocolo com, pelo menos, oito dias de antecedência. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 - A sessão ordinária realizada no mês de Abril destina-se à apreciação do inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respectiva avaliação, e ainda à apreciação e votação dos documentos de prestação de contas. ----------------- ----- 3 - A quinta sessão ordinária destina-se à aprovação das Opções do Plano e da Proposta de Orçamento, salvo o previsto no número seguinte. ---------------------------- ----- 4 - A discussão e aprovação das Opções do Plano e da proposta de Orçamento para o ano imediato ao da realização de eleições gerais, ou intercalares realizadas nos meses de Novembro e Dezembro, tem lugar em sessão ordinária ou extraordinária da

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Assembleia Municipal que resultar do acto eleitoral, até ao fim do mês de Abril do referido ano. ---------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 32.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Sessões extraordinárias ----------------------------------- ----- 1 – A Assembleia Municipal pode reunir em sessão extraordinária por iniciativa do Presidente, quando a Mesa assim o deliberar ou, ainda, a requerimento: ------------- ----- a) Do Presidente da Câmara Municipal, em execução de deliberação desta; ------- ----- b) De um terço dos seus membros ou de Grupos Municipais com idêntica representatividade; -------------------------------------------------------------------------------- ----- c) De um número de cidadãos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral do Município equivalente a 50 vezes o número de elementos que compõem a Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 2 – Os requerimentos deverão ser apresentados por escrito com indicação dos assuntos que os requerentes pretendem ver discutidos na sessão extraordinária, devendo no requerimento dos cidadãos eleitores ser indicado o número do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, bem como o número de eleitor de cada requerente e a freguesia do Município de Lisboa onde se encontra recenseado. ------------------------ ----- 3 – O Presidente da Assembleia Municipal, nos 5 dias subsequentes à iniciativa da Mesa ou à recepção dos requerimentos previstos no número anterior, por edital e por carta com aviso de recepção ou através de protocolo, procede à convocação da sessão para um dos 15 dias posteriores à apresentação dos pedidos, tendo em conta que a convocatória deve ser feita com a antecedência mínima de 5 dias sobre a data da realização da sessão extraordinária. ------------------------------------------------------------ ----- 4 – Da convocatória devem constar, de forma expressa e especificada, os assuntos a tratar na reunião. --------------------------------------------------------------------- ----- 5 – Quando o Presidente não efectuar a convocação que lhe tenha sido requerida, nos termos dos números anteriores, podem os requerentes efectuá-la directamente, com invocação dessa circunstância, observando o disposto no n.º 3, com as devidas adaptações, e publicitando-a nos locais habituais e por publicação em jornal lido no Concelho de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------ ----- 6 – Têm o direito de participar nas sessões extraordinárias convocadas nos termos da alínea c) do n.º 1 deste artigo 2 representantes dos requerentes, a serem convocados nos termos previstos no n.º 3 deste artigo. ------------------------------------- ----- 7 – Para o efeito previsto no número anterior, devem os requerentes indicar, no requerimento, a identificação dos seus 2 representantes. ------------------------------------ ----- 8 – Os representantes a que se referem os números 6 e 7 participam na Assembleia Municipal, sem direito a voto, podendo formular sugestões ou propostas, as quais só são votadas pela Assembleia Municipal se esta assim o deliberar, e sendo para os demais efeitos equiparados ao tempo concedido a um Deputado Municipal, salvo deliberação em contrário da Conferência de Representantes dos Grupos Municipais. ----------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 33.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Debates específicos -------------------------------------

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----- 1 – Em cada semestre a Assembleia Municipal poderá promover uma sessão, tendo como ponto único da “Ordem de Trabalhos” a realização de um debate sobre matérias específicas de política municipal. ---------------------------------------------------- ----- 2 – O modelo de debate e a distribuição dos tempos de intervenção serão acordados previamente em Conferência de Representantes, sob proposta da Mesa. ---- ----- 3 – Nestas sessões poderão ser convidadas a participar individualidades cuja presença se considere útil pelo seu conhecimento dos temas em debate. ----------------- ----- 4 – Nestas sessões não haverá período de “Intervenção do Público”, nem de “Antes da Ordem do Dia”. ----------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 34.º ------------------------------------------- ------------------------------------------ Debates temáticos -------------------------------------- ----- 1 – O Presidente da Assembleia, as Comissões Permanentes e Eventuais e os Grupos Municipais, podem propor à Conferência de Representantes dos Grupos Municipais a realização de debates sobre temas específicos. ------------------------------- ----- 2 – Os proponentes da realização do debate temático deverão, previamente, entregar à Mesa da Assembleia, documento enquadrador, contendo proposta de data, formato, preparação e organização da iniciativa, bem como outros elementos de informação considerados relevantes em relação à mesma. ---------------------------------- ----- 3 – Quando a iniciativa for de uma comissão da Assembleia, esta deverá apreciar o tema do debate, formular a respectiva proposta e elaborar relatório final sobre a iniciativa, contendo as linhas orientadoras daí retiradas e respectivos fundamentos. --- ----- 4 – Os debates temáticos poderão ser abertos à participação e intervenção de organizações, instituições, individualidades e cidadãos de Lisboa em geral, por assentimento nesse sentido tomado em sede de Conferência de Representantes dos Grupos Municipais. ------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 35.º ------------------------------------------- --------------------------------- Debates sobre o Estado da Cidade --------------------------- ----- 1 – Anualmente, a Assembleia Municipal realizará, em sessão extraordinária a convocar para o efeito, um debate sobre o Estado da Cidade. ------------------------------ ----- 2 – A sessão não poderá exceder a duração de um dia. -------------------------------- ----- 3 – A sessão abrirá com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal, em tempo não superior a uma hora. ----------------------------------------------------------------- ----- 4 – Seguir-se-á um período de perguntas e respostas, após o que o debate será generalizado. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 5 – Os tempos de intervenção serão distribuídos pelos Grupos Municipais e Deputados Municipais Independentes, nos termos do n.º 1 do artigo 43.º, conforme Anexo B deste Regimento. ---------------------------------------------------------------------- ----- 6 – Para resposta a perguntas ou para eventuais esclarecimentos, o Presidente da Câmara Municipal disporá de um período de tempo não superior a 30 minutos, situação em que poderá delegar em vereadores com competências atribuídas. ---------- ----- 7 – O debate termina com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal, em tempo não superior a 30 minutos. ---------------------------------------------------------------

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----- 8 – Nestas sessões não haverá período de “Intervenção do Público”, nem de “Antes da Ordem do Dia”. ----------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 36.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Sessões de perguntas ------------------------------------ ----- 1 – Trimestralmente, poderão ser organizadas sessões de perguntas à Câmara Municipal, agendadas pela Conferência de Representantes, de acordo com o artigo 23º. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – As sessões a que se refere o presente artigo têm natureza de sessões extraordinárias, mas a sua duração é limitada a uma única reunião de 5 horas. --------- ----- 3 – As perguntas que os Deputados e os Grupos Municipais pretendam que sejam respondidas devem ser entregues na Mesa com uma antecedência de 20 dias, devendo ser entregues à Câmara Municipal com uma antecedência mínima de 15 dias. --------- ----- 4 – A pergunta deve ser sintética e a sua exposição oral tem um limite máximo de 3 minutos. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 5 – A resposta a cada pergunta não poderá exceder 5 minutos. ---------------------- ----- 6 – O Grupo Municipal ou Deputado Municipal Independente interrogante têm o direito de, imediatamente, pedir esclarecimentos em tempo não superior a 2 minutos. ----- 7 – Seguidamente todos os outros Grupos Municipais e Deputados Municipais Independentes poderão pedir esclarecimentos, em tempo não superior a 2 minutos por cada Grupo Municipal e 30 segundos por Deputado Municipal Independente. ---------- ----- 8 – A Câmara Municipal responde aos pedidos de esclarecimento por um período que não exceda 15 minutos. --------------------------------------------------------------------- ----- 9 – Nestas sessões não haverá período de “Intervenção do Público”, nem de “Antes da Ordem do Dia”. ----------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 37.º ------------------------------------------- --------------- Sessões de perguntas sobre matérias relativas às Freguesias -------------- ----- 1 – Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, poderão realizar-se semestralmente sessões de perguntas dedicadas exclusivamente a matérias relativas às Freguesias. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – As perguntas que os Deputados e os Grupos Municipais pretendam que sejam respondidas devem ser entregues na Mesa com uma antecedência de 20 dias, devendo ser entregues à Câmara Municipal com uma antecedência mínima de 15 dias. --------- ----- 3 – O modelo de debate e a distribuição dos tempos de intervenção serão acordados previamente em Conferência de Representantes, mediante proposta da Mesa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 4 - Nestas sessões não haverá período de “Intervenção do Público”, nem de “Antes da Ordem do Dia”. ----------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 38.º ------------------------------------------- ----Processo relativo ao estabelecimento das sessões previstas nos artigos anteriores ----- As datas e a organização das sessões referidas nos artigos 33.º, 34.º, 35.º, 36.º e 37.º são estabelecidas em Conferência de Representantes, nos termos do artigo 23º. -- --------------------------------------------- Artigo 39.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Sessões e reuniões ---------------------------------------

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----- 1 – As sessões da Assembleia Municipal não podem exceder a duração de 5 dias e 1 dia, consoante se trate de sessão ordinária ou extraordinária, salvo quando a própria Assembleia deliberar o seu prolongamento até ao dobro das durações referidas. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as reuniões efectuam-se entre as 9 e as 24 horas, não podendo cada reunião ter mais do que 2 períodos de 300 minutos cada, entendendo-se por reunião o conjunto dos trabalhos realizados pela Assembleia no mesmo dia. ---------------------------------------------------------------------- ----- 3 – A duração do Debate sobre o estado da Cidade terá como limite 320 minutos. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO III ----------------------------------------- -------------------------------------- Organização dos trabalhos -------------------------------- -------------------------------------------- -- Artigo 40.º ----------------------------------------- ------------------------------------------ Período das reuniões ---------------------------------- ----- 1 - Em cada sessão há um período designado de “Antes da Ordem do Dia”, com excepção das previstas nos artigos 33.º, 34.º, 35.º, 36.º e 37.º, e outro designado de “Ordem do Dia”. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Em ambos os períodos, excepcionalmente e mediante deliberação consensual em Conferência de Representantes, podem ser utilizados meios de suporte visual, designadamente o recurso a novas tecnologias, sendo comunicado o seu conteúdo até 3 dias úteis anteriores à reunião, num período não superior a 20 minutos, garantindo o Município equidade de meios a todas as forças políticas. ----------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 41.º ------------------------------------------- ------------------------------- Período de “Antes da Ordem do Dia” ------------------------- ----- 1 – O período de “Antes da Ordem do Dia” é destinado: ----------------------------- ----- a) À apreciação das actas; ------------------------------------------------------------------ ----- b) À leitura resumida do expediente, à identificação dos pedidos de informação ou de esclarecimento que tenham sido formulados no intervalo das sessões da Assembleia Municipal, ao anúncio das respostas dadas pela Câmara Municipal e a resposta a questões anteriormente colocadas pelo público; --------------------------------- ----- c) À apreciação de assuntos de interesse local; ----------------------------------------- ----- d) Ao tratamento de assuntos relativos à administração municipal, nomeadamente para perguntas dirigidas à Câmara Municipal, que o Presidente da Assembleia Municipal transmitirá àquele órgão executivo; ----------------------------------------------- ----- e) À apresentação de votos de louvor, congratulação, saudação, protesto ou pesar sobre assuntos ou personalidades de especial relevo para o Município, que sejam propostos por qualquer membro da Assembleia ou pela Mesa; ---------------------------- ----- f) À apresentação de recomendações ou moções sobre assuntos de interesse para o Município, que sejam apresentadas por qualquer membro da Assembleia; ------------ ----- g) À votação dos documentos apresentados ao abrigo das alíneas anteriores. ----- ----- 2 – A votação a que se refere a alínea g) do n.º 1 deverá ser feita relativamente aos textos apresentados na mesma reunião, não podendo ser diferida para outra

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reunião da Assembleia Municipal, salvo deliberação unânime em contrário do plenário. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – No período “Antes da Ordem do Dia” os tempos totais de intervenção dos Grupos Municipais e da CML nas sessões ordinárias têm a duração máxima de 154 minutos e nas sessões extraordinárias de 114 minutos. -------------------------------------- ----- 4 – A distribuição do tempo no período de “Antes da Ordem do Dia” nas sessões tanto ordinárias como extraordinárias organiza-se segundo o que se estabelece no Anexo A deste Regimento. ---------------------------------------------------------------------- ----- 5 – Os votos, moções e recomendações previstos nas alíneas e) e f) do n.º 1 devem dar entrada nos serviços da Assembleia Municipal, até às 12 horas do dia anterior à reunião em que haja período de “Antes da Ordem do Dia”, directamente, por fax ou correio electrónico, devendo ser distribuídos aos Representantes dos Grupos Municipais até às 18 horas desse mesmo dia. --------------------------------------- ----- 6 – Conjuntamente com cada um dos textos previstos nas alíneas e) e f) do n.º 1, serão também obrigatoriamente votados na mesma reunião quaisquer outros que sobre o mesmo assunto sejam apresentados até ao termo do período de intervenção do público. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 7 – Os textos sobre outras matérias consideradas de interesse e com carácter de urgência, que sejam apresentados à Mesa da Assembleia Municipal até ao termo do período de intervenção do público, só serão votados na sessão se obtiverem o consenso dos Grupos Municipais; se tal não acontecer, serão votados na reunião seguinte em que haja período de “Antes da Ordem do Dia”. ------------------------------- ----- 8 – Os textos previstos nas alíneas e) e f) do n.º 1 só baixam à Comissão ou Comissões Permanentes competentes em razão da matéria por deliberação da Assembleia e desde que os partidos proponentes a tal não se oponham. ----------------- --------------------------------------------- Artigo 42.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Período da “Ordem do Dia” -------------------------------- ----- 1 – A “Ordem do Dia” é fixada pelo Presidente da Assembleia Municipal. ------- ----- 2 – O período da “Ordem do Dia” é destinado à matéria constante da convocatória. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – A “Ordem do Dia” não pode ser modificada nem interrompida, a não ser nos casos previstos no Regimento ou, tratando-se de sessão ordinária, se tal for deliberado pela maioria de dois terços dos membros da Assembleia Municipal. --------------------- ----- 4 – A sequência das matérias fixadas para cada sessão pode ser modificada por deliberação da Assembleia Municipal ou por deliberação da Conferência de Representantes, sujeita a ratificação do plenário. -------------------------------------------- ----- 5 – Os tempos de intervenção serão geridos por cada Grupo Municipal, de acordo com os Anexos C (Plano de Actividades, Orçamento, Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras, PDM, Planos de Pormenor e outros que, consensualmente, sejam decididos em Conferência de Representantes) e D (para cada um dos pontos não compreendidos no Anexo C). --------------------------------------------

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----- 6 – A apresentação de cada proposta, pelo Deputado Municipal proponente ou pela Câmara Municipal, dever-se-á limitar à indicação sucinta do seu objecto e fins que se visam prosseguir e não poderá exceder o total de 15 minutos. -------------------- ----- 7 – A apreciação a que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 4.º deste Regimento constitui, obrigatoriamente, o primeiro ponto da “Ordem do Dia” e processa-se da seguinte forma: ------------------------------------------------------------------------------------ ----- a) Intervenção inicial do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa ou do seu substituto legal, por um período máximo de vinte minutos; -------------------------------- ----- b) Intervenção dos Grupos Municipais e Deputados Independentes; ---------------- ----- c) Resposta do Presidente da CML, ou do seu substituto legal, ou dos vereadores em que aqueles delegarem para as respostas sectoriais, com um tempo máximo de vinte minutos de intervenção total. ------------------------------------------------------------- ----- 8 – Para efeitos do número anterior o Executivo da CML dispõe de 40 minutos e os Grupos Municipais de um total de 155 minutos, distribuídos nos termos do ANEXO E. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- 9 – Nos pontos da “Ordem do Dia” que incluam propostas da Câmara Municipal de Lisboa e que esta venha a retirar após se ter iniciado o debate ou já tenham sido objecto de análise das Comissões da Assembleia Municipal: ------------------------------ ----- a) Os partidos representados na Assembleia terão direito a um período de 3 minutos para uma declaração política sobre a matéria em apreço. ------------------------ ----- b) Nestes casos deverão também ser do conhecimento da Assembleia os pareceres emitidos pelas Comissões. ----------------------------------------------------------- ----- c) O disposto na alínea b) não se aplicará quando a Câmara Municipal de Lisboa retirar qualquer proposta antes de se iniciar a discussão. ----------------------------------- ----- 10 – Os Deputados Municipais poderão apresentar recomendações relativas a propostas ou outras matérias agendadas, aquando da sua discussão, fazendo a sua apresentação e entregando-as, em seguida, à Mesa para apreciação e votação. --------- --------------------------------------------- Artigo 43.º ------------------------------------------- ----------------- Distribuição dos tempos e organização das intervenções ---------------- ----- 1 – Os tempos de intervenção a utilizar pelos Grupos Municipais são distribuídos proporcionalmente ao número de eleitos de cada agrupamento, assegurando-se um tempo mínimo a cada um destes. --------------------------------------------------------------- ----- 2 – As perguntas a formular nos termos dos artigos 36.º e 37.º são distribuídas proporcionalmente ao número de membros de cada Grupo Municipal, assegurando-se um número mínimo a cada um deles e aos Deputados Independentes. ------------------- ----- 3 – É da exclusiva responsabilidade dos Grupos Municipais, dos Deputados Independentes e da Câmara a gestão dos tempos de intervenção que o Regimento lhes atribui, devendo a Mesa providenciar para que as intervenções sejam feitas alternadamente. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- 4 – Nos restantes casos, a palavra é dada pela ordem de inscrição, devendo a Mesa, sempre que se justifique e seja possível, conceder a palavra intercaladamente aos Deputados Municipais inscritos dos diferentes Grupos Municipais. -----------------

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----- 5 – É autorizada, a todo o tempo, a troca entre quaisquer oradores inscritos, bem como a cedência de tempo entre Grupos Municipais e Deputados Independentes nos casos em que haja fixação de tempo. ----------------------------------------------------------- ----- 6 – Com excepção dos requerimentos feitos nos termos do artigo 51.º, nenhum documento que tenha dado entrada na Mesa durante os trabalhos pode ser votado sem que previamente tenha sido fornecida cópia a cada Grupo Municipal e aos Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO IV ----------------------------------------- ------------------------------------------ Uso da palavra ---------------------------------------- ---------------------------------------------- Artigo 44.º ------------------------------------------ -------------------------- Uso da palavra pelos Deputados Municipais ---------------------- ----- 1 – A palavra é concedida aos Deputados Municipais para: -------------------------- ----- a) Exercer o direito de defesa quando contra o próprio seja intentada acção para perda de mandato; --------------------------------------------------------------------------------- ----- b) Tratar de assuntos de interesse municipal; ------------------------------------------- ----- c) Participar nos debates; ------------------------------------------------------------------- ----- d) Emitir votos; ------------------------------------------------------------------------------ ----- e) Invocar o Regimento ou interpelar a Mesa; ------------------------------------------ ----- f) Apresentar recomendações, propostas e moções sobre assuntos de marcado interesse para o Município; ---------------------------------------------------------------------- ----- g) Produzir declarações de voto; ---------------------------------------------------------- ----- h) Fazer protestos e contraprotestos e interpor recursos; ------------------------------ ----- i) Formular ou responder a pedidos de esclarecimento; ------------------------------- ----- j) Fazer requerimentos; --------------------------------------------------------------------- ----- l) Reagir contra ofensas à honra ou consideração; ------------------------------------- ----- m) Tudo o mais contido no presente Regimento. --------------------------------------- ----- 2 – Será, ainda, concedida a palavra a cada Deputado Municipal, por tempo máximo de 5 minutos, direito a ser exercido uma vez por ano, independentemente da vontade da sua bancada, não contando este tempo no período atribuído a cada Grupo Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 3 – O tempo de uso da palavra pelos Deputados Municipais, nos termos constantes dos artigos 50.º e 54.º não é considerado para a contagem do tempo global de cada Grupo Municipal ou Deputado Municipal. ------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 45.º ------------------------------------------- -----------------------------Uso da palavra pelos membros da Mesa ------------------------- ----- Se os membros da Mesa da Assembleia Municipal quiserem usar da palavra em reunião plenária na qual se encontrem em funções, não podem reassumir os lugares na Mesa enquanto estiver em debate ou votação, se a estes houver lugar, o assunto em que tenham intervindo. --------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 46.º ------------------------------------------- -------------------- Uso da palavra pelos membros da Câmara Municipal ----------------- ----- 1 – A palavra é concedida ao Presidente da Câmara Municipal, ao seu substituto, ou aos vereadores que aqueles designem para: -----------------------------------------------

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----- a) No período de “Antes da Ordem do Dia”, prestar os esclarecimentos que lhe forem solicitados pelo Presidente da Assembleia, não podendo exceder o tempo total de 15 minutos; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- b) No período da “Ordem do Dia”: ------------------------------------------------------- ----- (i) Prestar a informação nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 4.º deste Regimento; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (ii) Apresentar os documentos submetidos pela Câmara Municipal nos termos legais à apreciação da Assembleia; ------------------------------------------------------------- ----- (iii) Intervir nas discussões, sem direito a voto; ---------------------------------------- ----- (iv) Exercer, quando o invoque, e dentro do tempo da Câmara Municipal, o direito de resposta; -------------------------------------------------------------------------------- ----- (v) Invocar o Regimento ou interpelar a Mesa; ----------------------------------------- ----- (vi) Fazer protestos e contraprotestos. ---------------------------------------------------- ----- 2 – A palavra é concedida aos vereadores no período da “Ordem do Dia” para: -- ----- a) Intervir sem direito a voto nas discussões, a solicitação do plenário da Assembleia Municipal, ou com a anuência do Presidente da Câmara ou do seu substituto legal; ------------------------------------------------------------------------------------ ----- b) Exercer, quando o invoquem e dentro do tempo da Câmara Municipal, o direito de resposta; -------------------------------------------------------------------------------- ----- c) Fazer protestos e contraprotestos. ------------------------------------------------------ ----- 3 – O Presidente da Câmara, o Vice-Presidente e os vereadores da Câmara Municipal podem ainda intervir para o exercício do direito de defesa da honra ou consideração, com o tempo limite de 3 minutos. --------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 47.º ------------------------------------------- --------------------------------- Uso da palavra pelo público ---------------------------------- ----- 1 - A palavra é concedida ao público para intervir nos termos do artigo 71º. ------ ----- 2 – Salvo casos excepcionais devidamente autorizados pela Mesa, o mesmo munícipe não poderá usar da palavra por mais de 2 vezes em cada período de 6 meses. --------------------------------------------- Artigo 48.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Fins do uso da palavra ------------------------------------ ----- 1 – Quem solicitar a palavra deve declarar para que fim a pretende. ---------------- ----- 2 – Quando o orador se afaste da finalidade para que lhe foi concedida a palavra, é advertido pelo Presidente, que pode retirar-lha se o orador persistir na sua atitude. -- --------------------------------------------- Artigo 49.º ------------------------------------------- --------------------------------------Modo de usar da palavra ---------------------------------- ----- 1 – No uso da palavra, os oradores dirigem-se ao Presidente, à Assembleia Municipal e aos representantes da Câmara Municipal. -------------------------------------- ----- 2 – O orador não pode ser interrompido sem o seu consentimento, não sendo, porém, consideradas interrupções as vozes de concordância ou análogas. --------------- ----- 3 – O orador é advertido pelo Presidente quando se desvie do assunto em discussão ou quando o discurso se torne injurioso ou ofensivo, podendo o Presidente retirar-lhe a palavra se persistir na sua atitude. -----------------------------------------------

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----- 4 – O orador pode ser avisado pelo Presidente para resumir as suas considerações quando se aproxime o termo do tempo regimental. ------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 50.º ------------------------------------------- ------------------------ Invocação do Regimento e interpelação à Mesa -------------------- ----- 1 – O Deputado Municipal que pedir a palavra para invocar o Regimento indica a norma infringida, com as considerações indispensáveis para o efeito. -------------------- ----- 2 – Os Deputados Municipais podem interpelar a Mesa quando tenham dúvidas sobre as decisões desta ou a orientação dos trabalhos. -------------------------------------- ----- 3 – Não há justificação nem discussão das perguntas dirigidas à Mesa. ------------ ----- 4 – O uso da palavra para invocar o Regimento e interpelar a Mesa não pode exceder 3 minutos. -------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 51.º ------------------------------------------- ----------------------------------------- Requerimentos ------------------------------------------- ----- 1 – São considerados requerimentos apenas os pedidos dirigidos à Mesa respeitantes ao processo de apresentação, discussão e votação de qualquer assunto ou ao funcionamento da reunião. ------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Os requerimentos podem ser formulados por escrito ou oralmente, podendo o Presidente, sempre que o entender conveniente, determinar que um requerimento oral seja formulado por escrito. ----------------------------------------------------------------------- ----- 3 – Os requerimentos orais, assim como a leitura dos requerimentos escritos, se pedida, não podem exceder 2 minutos. -------------------------------------------------------- ----- 4 – Os requerimentos, uma vez admitidos, são imediatamente votados sem discussão. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 5 – A votação dos requerimentos é feita pela ordem da sua apresentação. --------- ----- 6 – Não são admitidas declarações de voto orais. -------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 52.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Recursos ---------------------------------------------- ----- 1 – Qualquer Deputado Municipal pode recorrer, para o Plenário, de decisão do Presidente ou da Mesa. --------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – O Deputado Municipal que tiver recorrido pode usar da palavra para fundamentar o recurso por tempo não superior a 3 minutos. ------------------------------- ----- 3 – Para intervir sobre o objecto do recurso pode usar da palavra, por tempo não superior a 3 minutos, um representante de cada Grupo Municipal. ------------------------ ----- 4 – Não há lugar a declarações de voto orais. ------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 53.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Pedidos de esclarecimento -------------------------------- ----- 1 – A palavra para esclarecimentos limita-se à formulação concisa da pergunta e da resposta sobre dúvidas resultantes da intervenção que tenha acabado de ocorrer. --- ----- 2 – Os Deputados Municipais que queiram formular pedidos de esclarecimento devem inscrever-se no termo da intervenção que os suscitou, sendo formulados pela ordem de inscrição e respondidos em conjunto se o interpelado assim o entender. -----

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----- 3 – O orador interrogante e o orador respondente dispõem de 3 minutos por cada intervenção, sendo que se este optar por responder, em conjunto, no fim de todos os pedidos, a sua intervenção não poderá exceder os 10 minutos. ---------------------------- --------------------------------------------- Artigo 54.º ------------------------------------------- ------------------------ Reacção contra ofensas à honra ou consideração ------------------- ----- 1 – Sempre que um Deputado Municipal considere que foram proferidas expressões ofensivas da sua honra ou consideração, pode, para se defender, usar da palavra por tempo não superior a 3 minutos, imediatamente após a intervenção que a tenha provocado. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – O autor das expressões consideradas ofensivas pode dar explicações por tempo não superior a 3 minutos. ---------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 55.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Protestos e contraprotestos --------------------------------- ----- 1 – Por cada Grupo Municipal e sobre a mesma matéria apenas é permitido um protesto. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – O tempo para o protesto não pode ser superior a 3 minutos. --------------------- ----- 3 – Não são admitidos protestos a pedidos de esclarecimento e às respectivas respostas, bem como a declarações de voto e defesa da honra. ---------------------------- ----- 4 – Os contraprotestos não podem exceder 3 minutos por cada protesto, nem 5 minutos no total. ----------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 56.º ------------------------------------------- -------------------------- Proibição do uso da palavra no período da votação -------------- ----- Anunciado o período de votação, nenhum Deputado Municipal pode usar da palavra até à proclamação do resultado, excepto para apresentar requerimentos respeitantes ao processo de votação. ----------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 57.º ------------------------------------------- ------------------------------------------ Declaração de voto ------------------------------------ ----- 1 – Cada Grupo Municipal ou cada Deputado Municipal, a título individual, tem direito a produzir, no final de cada votação, uma declaração de voto esclarecendo o sentido da sua votação. --------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – As declarações de voto podem ser escritas ou orais, quando produzidas pelos agrupamentos políticos e apenas escritas quando produzidas a título individual. ------- ----- 3 – As declarações de voto orais não podem exceder 3 minutos, salvo quanto às alíneas a), b) c) e d) do n.º 2 do artigo 4.º, casos em que podem ser de 5 minutos. ----- ----- 4 – As declarações de voto escritas são entregues na Mesa da Assembleia Municipal, o mais tardar, até 24 horas após o termo da reunião. -------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO V ------------------------------------------ ------------------------------------ Deliberações e votações ------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 58º. ------------------------------------------- --------------------------------------------- Maioria ----------------------------------------------- ----- As deliberações são tomadas à pluralidade de votos, com a presença da maioria do número legal dos membros da Assembleia Municipal, não contando as abstenções para o apuramento da maioria. ------------------------------------------------------------------

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--------------------------------------------- Artigo 59.º ------------------------------------------- ----------------------------------------------- Voto ------------------------------------------------- ----- 1 – Cada Deputado Municipal tem um voto. -------------------------------------------- ----- 2 – Nenhum Deputado Municipal presente pode deixar de votar, sem prejuízo do direito de abstenção. ------------------------------------------------------------------------------ ----- 3 – Não é permitido o voto por procuração ou por correspondência. ---------------- ----- 4 – Os membros da Mesa da Assembleia Municipal só exercem o direito de voto quando o entenderem. ---------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 60.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Formas de votação --------------------------------------- ----- 1 – As votações realizam-se por uma das seguintes formas: -------------------------- ----- a) Por braço no ar, que constitui a forma usual de votar; ------------------------------ ----- b) Por escrutínio secreto, sempre que se realizem eleições, estejam em causa juízos de valor sobre pessoas ou ainda quando a Assembleia Municipal assim o delibere; -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- c) Por votação nominal, quando requerida por qualquer dos Grupos Municipais e aceite por maioria da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------- ----- d) As votações nominais devem ser solicitadas antes da proposta ser votada. ----- ----- 2 – Nas votações por braço no ar, a Mesa apura os resultados de acordo com a distribuição de votos pelos Grupos Municipais e Deputados Independentes, especificando o número de votos individualmente expressos em sentido distinto do respectivo Grupo e a sua influência no resultado, quando exista. -------------------------- --------------------------------------------- Artigo 61.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Processo de votação ------------------------------------- ----- 1 – Sempre que se tenha que proceder a uma votação, o Presidente anuncia-o de forma clara, a fim de que os membros da Assembleia Municipal possam tomar, atempadamente, os seus lugares. ---------------------------------------------------------------- ----- 2 – Não participam na discussão, nem na votação, os Membros da Assembleia que se encontrem, ou se considerem, impedidos em relação à matéria em apreço. ----- ----- 3 - Aquando da votação por escrutínio secreto, procede-se à chamada nominal de todos os membros da Assembleia Municipal, findo o que se efectua uma segunda chamada, desta vez apenas dos Deputados Municipais que não responderam à primeira. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4 – O Presidente da Assembleia Municipal vota em último lugar. ------------------- ----- 5 - Terminada a segunda chamada, é encerrada a urna, procedendo-se de seguida à contagem dos votos e ao anúncio dos resultados. ------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 62.º ------------------------------------------- ---------------------------------------- Empate da votação --------------------------------------- ----- 1 – Em caso de empate na votação, o Presidente da Assembleia Municipal dispõe de voto de qualidade, excepto se a votação se tiver realizado por escrutínio secreto. -- ----- 2 – Havendo empate em votação por escrutínio secreto, proceder-se-á imediatamente a nova votação e, se o empate se mantiver, adiar-se-á a deliberação para a reunião seguinte. --------------------------------------------------------------------------

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----- 3 – Mantendo-se o empate na primeira votação da reunião seguinte, procede-se a votação nominal. ---------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO VI ----------------------------------------- --------------------------------------------- Comissões -------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 63.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Constituição ------------------------------------------ ----- 1 – A Assembleia Municipal pode deliberar a constituição de Comissões Permanentes ou Eventuais. ---------------------------------------------------------------------- ----- 2 – A iniciativa de constituição de Comissões pode ser exercida pelo Presidente, pela Mesa ou por um Grupo Municipal. ------------------------------------------------------- ----- 3 – O elenco das Comissões Permanentes e as suas áreas de acompanhamento são fixados no início de cada mandato, podendo ser alterados no seu decurso. --------- ----- 4 – As Comissões Eventuais são constituídas para a prossecução de um objectivo determinado, extinguindo-se quando o mesmo seja concluído ou se torne impossível. ----- 5 – As Comissões Permanentes podem deliberar a constituição de subcomissões, dando conhecimento à Mesa desse facto. ------------------------------------------------------ --------------------------------------------- Artigo 64.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Competência ----------------------------------------- ----- 1 – Compete às Comissões apreciar e acompanhar os assuntos objecto da sua constituição e todos que lhe forem encaminhados pelo Presidente da Assembleia, apresentando os respectivos relatórios e pareceres nos prazos que lhes forem fixados, respectivamente, pela Assembleia e pelo Presidente. ---------------------------------------- ----- 2 – Os prazos referidos no número anterior podem ser prorrogados pela Assembleia Municipal ou, no intervalo das reuniões, pelo Presidente desta. ------------ --------------------------------------------- Artigo 65.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Composição ------------------------------------------ ----- 1 – A composição das Comissões Permanentes é fixada pelo Plenário da Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – As Comissões devem integrar representação de todos os Grupos Municipais, bem como os Deputados Independentes, ressalvadas, com as devidas adaptações, as situações previstas nos números 4, 5 e 6. ------------------------------------------------------ ----- 3 – A indicação dos membros que integram as Comissões compete aos respectivos Grupos Municipais e, individualmente, aos Deputados Independentes, devendo ser efectuada no prazo fixado pela Assembleia Municipal ou pelo Presidente. ----- 4 – Cada Deputado Municipal pode integrar, simultaneamente, até 2 Comissões Permanentes. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 5 – Exceptuam-se do previsto no número anterior os casos em que a composição numérica do Grupo Municipal o impeça, sendo nesta situação possível a cada membro desse Grupo Municipal integrar o máximo de 3 Comissões Permanentes. --------------- ----- 6 – Não é impeditivo do funcionamento das Comissões o facto de algum Grupo Municipal não querer, ou não poder, indicar representantes. ------------------------------- ----- 7 – Os Grupos Municipais podem, quando o julgarem conveniente, proceder à substituição dos membros que indicaram. -----------------------------------------------------

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----- 8 – A faculdade prevista no número anterior não é aplicável aos Deputados Municipais Independentes. ---------------------------------------------------------------------- ----- 9 – Perde a qualidade de membro da Comissão o Deputado Municipal que: ------ ----- a) deixe de pertencer ao Grupo Municipal pelo qual foi indicado; ------------------- ----- b) o solicite; ---------------------------------------------------------------------------------- ----- c) seja substituído na Comissão, em qualquer momento, pelo seu Grupo Municipal. ----- 10 – Qualquer Deputado Municipal tem o direito de assistir e intervir nas Comissões de que não faça parte, sem direito a voto. --------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 66.º ------------------------------------------- -------------------------------------- Presidente e Secretários ----------------------------------- ----- 1 – Os trabalhos de cada Comissão são coordenados por um Presidente, coadjuvado por um Secretário. ------------------------------------------------------------------ ----- 2 – As presidências e os lugares de secretários serão distribuídos em função da representação proporcional dos Grupos Municipais. ---------------------------------------- ----- 3 – O Presidente é substituído, nas suas faltas ou impedimentos, pelo membro da Comissão que o respectivo Grupo Municipal indicar. Na falta de indicação, é substituído pelo vogal mais antigo do respectivo Grupo Municipal, ou pelo vogal de mais idade do respectivo Grupo Municipal, no caso de os vogais possuírem a mesma antiguidade. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4 - O Secretário é substituído, nas suas faltas ou impedimentos, pelo membro da Comissão que o respectivo Grupo Municipal indicar. Na falta de indicação, é substituído pelo vogal mais moderno do respectivo Grupo Municipal, ou pelo vogal mais jovem do respectivo Grupo Municipal, no caso de os vogais possuírem a mesma antiguidade. ---------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 67.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Reuniões --------------------------------------------- ----- 1 – Compete ao Presidente da Assembleia Municipal convocar a primeira reunião das Comissões e empossar os seus membros. ------------------------------------------------- ----- 2 – As reuniões das Comissões são ordinárias ou extraordinárias. ------------------ ----- 3 – As reuniões ordinárias realizam-se bimestralmente. ------------------------------- ----- 4 – As reuniões extraordinárias das Comissões são convocadas pelo respectivo Presidente, por iniciativa própria ou a requerimento de um terço dos Deputados Municipais membros da Comissão. ------------------------------------------------------------ ----- 5 – A realização das reuniões extraordinárias deve ser previamente comunicada ao Presidente da Mesa, que dará posteriormente conhecimento à Conferência de Representantes. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- 6 – As reuniões das Comissões não podem realizar-se em simultâneo com as reuniões plenárias, excepto em situações excepcionais e essenciais para o funcionamento do próprio plenário. ------------------------------------------------------------ ----- 7 – As reuniões das Comissões realizam-se na sede da Assembleia Municipal, não devendo prolongar-se para além das 20 horas e 30 minutos, salvo motivo ponderoso que exija a adopção de outro tempo de funcionamento. -----------------------

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--------------------------------------------- Artigo 68.º ------------------------------------------- ----------------------------------------- Funcionamento ------------------------------------------ ----- 1 – O quorum necessário ao funcionamento das comissões é de um terço dos seus membros. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Sem prejuízo do ponto anterior, as Comissões poderão deliberar desde que os membros presentes representem mais de metade do número ponderado de votos. ------ ----- 3 – Na falta de consenso, as deliberações são tomadas por maioria, sendo o voto dos membros das Comissões ponderado em função da representação na Assembleia Municipal dos respectivos Grupos Municipais, devendo no relatório ou parecer constar a posição dos vencidos. ----------------------------------------------------------------- ----- 4 – De cada reunião será lavrada acta que conterá um resumo do que nela tiver ocorrido, a qual é elaborada pelo Secretário, devendo, depois de aprovada, ser assinada por este e pelo Presidente da Comissão. -------------------------------------------- ----- 5 – As regras internas de funcionamento de cada Comissão serão por ela definidas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 6 – As Comissões devem, anualmente, elaborar relatórios de actividades, reportadas à actividade desenvolvida até 31 de Dezembro de cada ano ou até ao término dos seus trabalhos, quando este se verifique em momento anterior. ------------ --------------------------------------------- Artigo 69.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Contactos externos e visitas -------------------------------- ----- 1 – Os contactos externos das Comissões com a CML, órgãos de soberania ou entidades públicas ou privadas processam-se por intermédio da Mesa da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 2 – As Comissões podem realizar visitas de trabalho, as quais devem ser previamente comunicadas ao Presidente da Assembleia Municipal. ---------------------- ----- 3 – As solicitações e comunicações previstas nos números anteriores devem conter a indicação dos objectivos, locais, e entidades a contactar e/ou a visitar. -------- ----- 4 - As visitas realizadas nos termos dos números anteriores são equiparadas, para todos os efeitos, a reuniões das comissões. ---------------------------------------------------- --------------------------------------------- SECÇÃO VII ---------------------------------------- ------------------------------------------ Direito de petição ------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 70.º ------------------------------------------- ------------------------------------------ Direito de petição ------------------------------------- ----- 1 – É garantido aos cidadãos o direito de petição à Assembleia Municipal de Lisboa sobre matérias do âmbito do Município. ---------------------------------------------- ----- 2 – As petições, individuais ou colectivas, são dirigidas ao Presidente da Mesa da Assembleia Municipal devidamente assinadas pelos respectivos titulares e com a identificação completa de um dos signatários. ------------------------------------------------ ----- 3 – O Presidente encaminha as petições para uma das Comissões, tendo em atenção a respectiva matéria, podendo fixar prazo para a sua apreciação. ---------------- ----- 4 – A Comissão procederá às diligências que considerar necessárias, ouvindo os peticionários se o entender, e requerendo à Câmara Municipal e aos serviços as informações adequadas. --------------------------------------------------------------------------

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----- 5 – A Comissão elabora um relatório no prazo fixado ou, na ausência de fixação, no prazo de 30 dias, podendo, em função do interesse municipal do assunto, propor o seu agendamento à Conferência de Representantes. ----------------------------------------- ----- 6 – Com base no relatório, será sempre dada resposta aos peticionários e informação ao plenário. -------------------------------------------------------------------------- ----- 7 – A apreciação dos relatórios relativos às petições subscritas por um mínimo de 250 cidadãos é obrigatoriamente inscrita na “Ordem de Trabalhos” de uma sessão ordinária da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------ --------------------------------------------- SECÇÃO VIII --------------------------------------- --------------- Publicidade dos trabalhos e dos actos da Assembleia Municipal ---------- ----------------------------------------------- Artigo 71.º ----------------------------------------- ------------------------------------ Carácter público das reuniões ------------------------------ ----- 1 – As reuniões da Assembleia Municipal são públicas. ------------------------------ ----- 2 – Em cada sessão ordinária e extraordinária, à excepção dos debates específicos e sessões de perguntas, o Presidente da Assembleia Municipal fixa um período de intervenção aberto ao público, que terá lugar imediatamente após a abertura dos trabalhos e não sendo superior a 45 minutos, com vista à apresentação de assuntos de interesse municipal, bem como a formulação de pedidos de esclarecimento dirigidos à Mesa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 3 – A intervenção do público será feita em local condigno, de molde a que possa falar de frente para o plenário da Assembleia Municipal. ----------------------------------- ----- 4 – Terminado o período fixado nos termos do número 2, a Mesa dará resposta às perguntas formuladas. ---------------------------------------------------------------------------- ----- 5 – Se a Mesa não estiver, de momento, habilitada a prestar os esclarecimentos solicitados, remeterá o assunto à Comissão Permanente respectiva para acompanhamento, posterior resposta aos requerentes e informação ao plenário. ------- ----- 6 – Cada interveniente usa da palavra por uma só vez, só devendo a Mesa aceitar um máximo de 15 inscrições por cada período de intervenção do público sendo rateados em partes iguais, por intervenção, não podendo nunca exceder 5 minutos por pessoa. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 7 – A nenhum cidadão é permitido, sob qualquer pretexto, intrometer-se nas discussões e aplaudir ou reprovar as opiniões emitidas, as votações feitas e as deliberações tomadas. ---------------------------------------------------------------------------- ----- 8 – A Conferência de Representantes deve receber, através do Presidente da Assembleia Municipal, esclarecimentos acerca das respostas da Câmara Municipal às perguntas e questões formuladas pelos munícipes, no respectivo período de intervenção. ---------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 72.º ------------------------------------------- ----------------------------------------------- Actas ------------------------------------------------ ----- 1 – De tudo o que ocorrer nas sessões é lavrada acta. --------------------------------- ----- 2 – As actas são lavradas pelos secretários da Mesa e submetidas à votação de todos os Deputados Municipais no final da respectiva reunião ou no início da seguinte, sendo assinadas, após a aprovação, pelos Secretários e pelo Presidente. -----

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----- 3 – As actas ou o texto das deliberações mais importantes podem ser aprovadas em minuta, no final ou durante as reuniões, conforme o caso, desde que tal seja deliberado pela maioria dos membros presentes. --------------------------------------------- ----- 4 – As deliberações só podem adquirir eficácia depois de aprovadas as respectivas actas ou depois de assinadas as minutas, nos termos do número anterior. - --------------------------------------------- Artigo 73.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Publicidade das deliberações ------------------------------- ----- 1 – As deliberações destinadas a ter eficácia externa, assim como o resumo dos trabalhos da Assembleia Municipal, são obrigatoriamente publicadas no Boletim Municipal e devendo ser colocados no site da Assembleia Municipal. -------------------- ----- 2 – A publicação das deliberações da Assembleia Municipal em Boletim Municipal ou ainda, quando incidir sobre matéria em que tal seja legalmente exigível, em Diário da República será assegurada pelo Departamento de Apoio aos Órgãos do Município/Divisão de Apoio à Assembleia Municipal. ------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 74º -------------------------------------------- ----------------------------- Requerimento e Pedidos de Informação ------------------------- ----- 1 – A Mesa da Assembleia providenciará, com regularidade mensal, para que sejam publicados no sítio electrónico da Assembleia Municipal de Lisboa os requerimentos e pedidos de informação entregues nos termos e para os efeitos previstos na alínea f) do n.º 1 do Artigo 4º e das alíneas d) e j) do Artigo 12º. ---------- ----- 2 – A publicação dos requerimentos e pedidos de informação, deverá conter informação que identifique os respectivos autores, data de apresentação e situação referente à existência ou não de resposta. ----------------------------------------------------- ----- 3 – Quando existam respostas aos requerimentos e pedidos de informação, deverão ser objecto de publicação. ------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 75.º ------------------------------------------- ------------------------------------ Anúncio das convocatórias --------------------------------- ----- Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 28.º, a convocatória das sessões deve ser anunciada em dois jornais diários com indicação sumária dos assuntos a debater. - ------------------------------------------ SECÇÃO IX ------------------------------------------- ---------------------------------------- Disposições Finais --------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 76.º ------------------------------------------- --------------------------------- Entrada em vigor e publicação ------------------------------- ----- 1 – O Regimento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e dele é fornecido um exemplar a cada membro da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 2 – O Regimento da Assembleia Municipal é publicado no Boletim Municipal. -- ----- 3 – Nos termos da lei, quando da instalação de uma nova Assembleia Municipal, enquanto não for aprovado e publicado o Regimento, continuará em vigor o anteriormente aprovado. ------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 77.º ------------------------------------------- ------------------------------- Interpretação e integração de lacunas --------------------------

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----- Compete à Mesa da Assembleia Municipal, com recurso para o plenário, interpretar o presente Regimento e integrar as suas lacunas. ------------------------------- --------------------------------------------- Artigo 78.º ------------------------------------------- --------------------------------------------- Alterações -------------------------------------------- ----- 1 – O presente Regimento pode ser alterado pela Assembleia Municipal, por proposta de um Grupo Municipal ou de, pelo menos, 20% dos seus membros. --------- ----- 2 – Admitida qualquer proposta de alteração, a sua apreciação é feita por uma comissão expressamente criada para o efeito. ------------------------------------------------ ----- 3 – As alterações do Regimento devem ser aprovadas por maioria absoluta dos membros em efectividade de funções, entrando em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4 – O Regimento, com as alterações inscritas no lugar próprio, é objecto de nova publicação. ----------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------- ANEXOS ---------------------------------------------- -------------------------------------------- ANEXO A -------------------------------------------- ------------- Período de Antes da Ordem do Dia (PAOD) – artº 39º Regimento ---------- --------------------------------------- Sessões Ordinárias----------------------------------------- ----- Critério: 30 segundos por cada Deputado Municipal + 10 minutos por cada Grupo Municipal (arredondamento por excesso para a unidade/minuto). ---------------- ----- PSD…………………………….. 31 minutos ------------------------------------------- ----- PS………………………………. 30 minutos ------------------------------------------ ----- PCP……………………………...15 minutos ------------------------------------------- ----- CDS……………………………..12 minutos ------------------------------------------- ----- BE……………………………….12 minutos ------------------------------------------- ----- MPT……………………………. 11 minutos ------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 11 minutos ------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 11 minutos ------------------------------------------- ----- D.M. Independente ………………1 minuto -------------------------------------------- ----- CML: …………………………... 15 minutos ------------------------------------------ ------------------------------------ Sessões Extraordinárias ------------------------------------- ----- Critério: 15 segundos por cada Deputado Municipal + 8 minutos por cada Grupo Municipal (arredondamento por excesso para a unidade/minuto). ------------------------- ----- PSD…………………………….. 19 minutos ------------------------------------------- ----- PS………………………………. 18 minutos ------------------------------------------ ----- PCP……………………………...11 minutos ------------------------------------------- ----- CDS…………………………….. 9 minutos -------------------------------------------- ----- BE………………………………. 9 minutos ------------------------------------------- ----- MPT……………………………. 9 minutos ------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 9 minutos -------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 9 minutos -------------------------------------------- ----- D.M. Independente ……………..1 minuto ---------------------------------------------- ----- CML: …………………………...15 minutos ------------------------------------------- ---------------------------------------------ANEXO B ---------------------------------------------

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----------------- Debate sobre o Estado da Cidade – artº 25º e artº 41º Regimento ------- ----- Tempo total de duração da sessão: 320 minutos ---------------------------------------- ----- CML: 120 minutos -------------------------------------------------------------------------- ----- AML: 200 minutos -------------------------------------------------------------------------- ----- Critério AML: 1,5 minutos por cada Deputado Municipal (arredondamento por excesso para a unidade/minuto), com distribuição do tempo sobrante pelos 6 Grupos Municipais com menor tempo de intervenção. ----------------------------------------------- ----- PSD…………………………….. 62 minutos ------------------------------------------- ----- PS………………………………. 59 minutos ------------------------------------------ ----- PCP……………………………...23 minutos ------------------------------------------- ----- CDS……………………………..13 minutos ------------------------------------------- ----- BE……………………………….11 minutos ------------------------------------------- ----- MPT……………………………. 7 minutos -------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 7 minutos -------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 6 minutos -------------------------------------------- ----- D.M. Independente ……………..2 minutos -------------------------------------------- ----- CML: …………………………120 minutos -------------------------------------------- ---------------------------------------------ANEXO C --------------------------------------------- ------------------------ Período da Ordem do Dia – artº 40º Regimento --------------------- ----- Discussão e votação das Grandes Opções do Plano e Orçamento; Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras; Planos Directores Municipais; Planos de Pormenor; outros assuntos que, consensualmente, sejam decididos em Conferência de Representantes. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Critério: 3 minutos por cada Deputado Municipal + 12 minutos por cada Grupo Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- PSD……………………………..135 minutos ------------------------------------------ ----- PS……………………………….129 minutos ------------------------------------------ ----- PCP……………………………... 39 minutos ------------------------------------------ ----- CDS…………………………….. 24 minutos ------------------------------------------ ----- BE………………………………. 21 minutos ------------------------------------------ ----- MPT……………………………. 18 minutos ------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 18 minutos ------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 15 minutos ------------------------------------------- ----- D.M. Independente …………….. 3 minutos -------------------------------------------- ----- CML: 20 minutos para a apresentação da proposta ------------------------------------ ----- Mais 20 minutos para esclarecimentos solicitados pela AML. ----------------------- -----------------------------------------------ANEXO D ------------------------------------------ --------------------------- Período da Ordem do Dia – artº 40º Regimento ------------------ ----- Critério: 1 minuto por cada Deputado Municipal acrescido de 10 minutos por cada Grupo Municipal. Contudo, os dois maiores Grupos Municipais estão limitados à utilização de 31 e 29 minutos, respectivamente. ---------------------------------------------- ----- PSD…………………………….. 31 minutos ------------------------------------------- ----- PS………………………………. 29 minutos ------------------------------------------

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----- PCP……………………………...19 minutos ------------------------------------------- ----- CDS……………………………..14 minutos ------------------------------------------- ----- BE……………………………….13 minutos ------------------------------------------- ----- MPT……………………………. 12 minutos ------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 12 minutos ------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 11 minutos ------------------------------------------ ----- D.M. Independente ……………... 1 minuto -------------------------------------------- ----------------------------------------------- ANEXO E ------------------------------------------ -------------------------- Período da Ordem do Dia – artº 40º Regimento ------------------- ----- Apreciação da Informação Escrita do Presidente --------------------------------------- ----- Critério: 30 segundos por cada Deputado Municipal + 12 minutos por cada Grupo Municipal (arredondado para a unidade/minuto). ------------------------------------ ----- PSD…………………………….. 33 minutos ------------------------------------------- ----- PS………………………………. 32 minutos ------------------------------------------ ----- PCP……………………………...17 minutos ------------------------------------------- ----- CDS……………………………..14 minutos ------------------------------------------- ----- BE……………………………….14 minutos ------------------------------------------- ----- MPT……………………………. 13 minutos ------------------------------------------- ----- PPM……………………………. 13 minutos ------------------------------------------- ----- PEV……………………………. 13 minutos ------------------------------------------- ----- D.M. Independente ……………...1 minuto --------------------------------------------- ----- CML: 20 minutos (intervenção inicial) -------------------------------------------------- ----- Mais 20 minutos (esclarecimentos solicitados pela AML). --------------------------- ----- PONTO 15 – PROPOSTA 523/2010 – APROVAR A ACEITAÇÃO DA DOAÇÃO DA PARCELA DE TERRENO, CORRESPONDENTE À ÁREA REMANESCENTE DO PRÉDIO SITO NA RUA DE S. SEBASTIÃO DA PEDREIRA NºS. 122 A 122B, FREGUESIA DE S. MAMEDE E AFECTAÇÃO DA MESMA AO DOMÍNIO PÚBLICO, NOS TERMOS DA PROPOSTA , AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO Nº 4 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ---------------------------------------------------------------- ------------------------------------- PROPOSTA 523/2010 ------------------------------------- ----- Pelouro Património Vereadora Maria João Mendes e Vice-Presidente Manuel Salgado --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Serviço: DPI/Divisão de Estudos e Valorização do Património Imobiliário – DEVPI ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que: ------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A cedência à CML de uma parcela com a área de 39m2 de terreno a destacar da propriedade - Império Bonança, situada na Rua de S. Sebastião da Pedreira, nº 122 a 122 B, freguesia de S. Mamede, destinada a integrar o domínio público municipal, resulta duma rectificação de alinhamentos e consta do P.P. 67/1ª/O/63 (P.E. 78/63) - Proposta nº 2655/63; ------------------------------------------------------------------------------

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----- 2. Embora o anterior proprietário – Lisbon Motor Company, Lda., nunca tenha promovido a escritura, esta parcela de terreno já está a ser usada como leito de via pública (passeio). ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. No processo supracitado, estava aprovada a venda da referida parcela à CML valor de 1.950$00), mas o actual proprietário através da carta de 15 de Abril de 2010, deseja que a forma de transmissão seja através de doação, pelo que é necessário submetê-la aos órgãos municipais, para que se possa proceder em conformidade à respectiva escritura. ------------------------------------------------------------------------------- ----- 4. Esta legalização é necessária, dado que foi solicitada à requerente em 12-02-2010 pela Notificação nº 2533/NOT/DZOR/GESTURBE/2010, a apresentação da outorga da escritura sobre a cedência de 39 m2, conforme consta no processo supra referido, como condição necessária para autorização de utilização do edifício da sua propriedade. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo do artigo 64º, nº 1, h), e do artigo 53.º, nº 4, alínea b), ambos da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro: ---------------- ----- 1. A aceitação da doação da parcela de terreno com a área de 39 m2,

correspondente à área remanescente do prédio situado na Rua de S. Sebastião da Pedreira, nº 122 a 122 B, freguesia de S. Mamede, representada a cor cinzenta na cópia da planta n.º 10/016/04 do Departamento de Património Imobiliário (DPI), à qual se atribui, apenas para efeitos de registo, o valor de 195 € (cento e noventa e cinco euros). --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Submeter à Assembleia Municipal a afectação ao domínio público da parcela referida em 1. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- CONFRONTAÇÕES DA PARCELA A AFECTAR: --------------------------------- ----- Norte – R. S. Sebastião da Pedreira nº 136 a 140 --------------------------------------- ----- Sul – R. S. Sebastião da Pedreira nº 110 a 110 A -------------------------------------- ----- Nascente – o próprio – Império Bonança; ----------------------------------------------- ----- Poente – CML – R. S. Sebastião da Pedreira -------------------------------------------- ----- ANEXOS: ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Planta n.º 10/016/04 ------------------------------------------------------------------------- ----- (Processo n.º 20433/CML/2010 e P.P. 67/1ª/O/63) ------------------------------------ ----- (P.E. nº 78/2ª/O/1963)” --------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, dado que ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 523/2010, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PSD, PS, PCP, 6 IND-PS, BE, PPM, MPT e PEV, e a abstenção do CDS-PP. ------------------------------------------------------- ----- PONTO 16 – PROPOSTA 525/2010 – APROVAR A REPARTIÇÃO DE ENCARGOS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONCEPÇÃO PARA AS ILUMINAÇÕES DE NATAL/2010, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ----------------------------------------------------------------

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------------------------------------- PROPOSTA 525/2010 ------------------------------------- ----- PELOURO: Espaço Público --------------------------------------------------------------- ----- SERVIÇO: Direcção Municipal de Ambiente Urbano -------------------------------- ----- “Considerando que: ------------------------------------------------------------------------- ----- 1. Pela Deliberação que recaiu sobre a Proposta nº 49/2010, aprovada em reunião de Câmara de 12 de Fevereiro de 2010, foi autorizado dar início ao procedimento pré-contratual para o “Concurso de Concepção para as Iluminações de Natal/2010”, na modalidade de Concurso Público, para seleccionar o melhor projecto global de iluminação para Lisboa, centrada na temática do Natal; ------------------------------------ ----- 2. Em reunião de Câmara de 28 de Julho de 2010, com a aprovação da Proposta nº 464/2010, foi aprovado o Relatório Final do procedimento pré-contratual, de concepção na modalidade de concurso público para o projecto das Iluminações de Natal/2010, bem como a consequente aprovação da decisão de selecção do trabalho candidato nº 3 A, que obteve a classificação de 2,52, para posterior abertura dos invólucros dos “Concorrentes” para efeitos de Identificação dos mesmos e posterior notificação do teor do Relatório Final a todos os que apresentaram Trabalhos, conforme previsto no nº 3 do artigo 233º do Código dos Contratos Públicos (CCP); -- ----- 3. Nesta conformidade, e nos termos constantes dos nºs 1, 2 e 9 do artigo 231º conjugado com a alínea c) do nº 1 do artigo 69º, ambos do CCP, o Júri procedeu à abertura dos invólucros respeitantes à identificação dos concorrentes, conforme Acta nº 2, a qual faz parte integrante da presente proposta, e consequente notificação de todos os concorrentes, agora identificados, através da plataforma www.bizgov.pt; ----- ----- 4. A decisão de selecção recaiu sobre o trabalho identificado pelo nº 3A, que obteve a classificação de 2,52, identificado após abertura dos invólucros respeitantes à identificação dos concorrentes, como sendo apresentado pelo agrupamento constituído por J. C. Decaux Portugal, Mobiliário Urbano e Publicidade, Lda. e Castros, Iluminações Festivais, S.A., com o valor de € 699.125,00, à qual acresce o IVA à taxa legal em vigor de 21%; --------------------------------------------------------------------------- ----- 5. De acordo com o disposto no ponto 1.3 dos Termos de Referência, o presente procedimento prevê a posterior celebração de um contrato, por ajuste directo, para concretização e desenvolvimento do trabalho de concepção seleccionado em 1º lugar, nos termos previstos na alínea g) do nº 1 do artigo 27º conjugado com o nº 2 do artigo 219º, ambos do CCP; ----------------------------------------------------------------------------- ----- 6. A despesa inerente ao contrato a celebrar é de € 699.125,00, à qual acresce o IVA à taxa legal em vigor de 21% no valor de € 146.816,25, o que totaliza € 845.941,25, com cabimento na R. O. 09.04 02.02.25.02, repartida por dois anos económicos da seguinte forma: ----------------------------------------------------------------- ----- - Ano de 2010: 0,00 € ----------------------------------------------------------------------- ----- - Ano de 2011: 845.941,25 € -------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara delibere: --------------------------------------- ----- 1. Aprovar autorizar a adjudicação da Prestação de Serviços de Concepção para as Iluminações de Natal/2010, ao agrupamento constituído pela J. C. Decaux Portugal, Mobiliário Urbano e Publicidade, Lda. e Castros, Iluminações Festivais, S.A., que

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obteve a classificação de 2,52, pelo valor de € 699.125,00, acrescido do IVA à taxa legal em vigor de 21%, no valor de € 146.816,25, o que perfaz € 845.941,25; ---------- ----- 2. Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 77º do CCP (Código dos Contratos Públicos) autorizar a notificação ao candidato vencedor da adjudicação e prestação da caução no montante de € 34.957,00 (trinta e quatro mil novecentos e noventa e sete euros); ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Nos termos do nº 1 do artigo 98º do CCP (Código dos Contratos Públicos), e após a prestação da caução referida no ponto anterior, autorizar subdelegar no Sr. Presidente da CML, e subsequentemente, deste no Vereador do Pelouro, a competência para aprovação da minuta do contrato em anexo, que faz parte integrante da presente Proposta; ----------------------------------------------------------------------------- ----- 4. Nos termos do artigo 22º do DL 197/99, de 8 de Junho, do disposto na alínea a) do nº 6 do artigo 64º conjugado com o nº 1 da alínea r) do artigo 53º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, submeter à aprovação da Assembleia Municipal a seguinte repartição de encargos: --- ----- - Ano de 2010: 0,00 € ----------------------------------------------------------------------- ----- - Ano de 2011: 845.941,25 €.” ------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Vereador Sá Fernandes, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que o que vinha à Assembleia Municipal era a repartição de encargos de uma proposta que foi aprovada pela Câmara relativamente às iluminações de Natal. Tem sido costume, ao longo dos anos, a Cidade ter iluminações de Natal e mais uma vez assim se pretendia. Fizera-se o respectivo caderno de encargos, procedera-se ao concurso, houve várias propostas em análise, um júri escolhera uma, a qual, como também acontecia nos outros anos, vinha à Assembleia Municipal para a repartição de encargos porque o pagamento era feito no ano seguinte, já que só no fim da quadra festiva era pago o respectivo encargo. --------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), no uso da palavra, começou por dizer que o CDS-PP se iria abster na votação desta proposta, congratulava-se com o facto de ela ter aparecido em tempo, por comparação com a do ano passado, o que significava que o trabalho apurado e atempado dava os seus frutos. ----- Mas aproveitava esta intervenção para lançar um apelo, que já não podia ser aplicável a este ano, mas que era para o próximo. A ver pelas contas da antecedência necessária para fazer este concurso, era natural que o Sr. Vereador estivesse já a ponderar, como era normal, o lançamento de um concurso para o próximo ano, e, aproveitando esta oportunidade, pedia-lhe que reconsiderasse – era eventualmente isso que estaria a fazer – a possibilidade de não ser a Câmara a pagar pelas iluminações de Natal. ----------------------------------------------------------------------------- ----- As contas da Câmara estavam, como tivera oportunidade de referir numa sua intervenção anterior, num estado pouco aconselhável, a crise também aconselhava alguma moderação por parte das entidades públicas, os cidadãos estavam hoje a par das dificuldades que atravessava o País e os orçamentos das entidades públicas, portanto estariam abertos a essa sensibilidade que manifestava ao Sr. Vereador. Portanto, o CDS-PP vinha lançar o apelo, que depois formalizaria através de uma

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recomendação quando o PAOD assim o permitisse, no sentido de que para o ano de 2011 a Câmara Municipal de Lisboa, através de um outro mecanismo, não gastasse qualquer montante com as iluminações de Natal. -------------------------------------------- ----- Era esse o apelo que deixavam ao Sr. Vereador, sendo certo que viabilizariam, pela abstenção, esta proposta. ------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal John Rosas (MPT), no uso da palavra, disse que o seu Grupo Municipal analisara a proposta em debate e documentação anexa, tendo decidido votar contra a mesma, com os seguintes fundamentos. ------------------- ----- A Câmara Municipal de Lisboa, através da proposta 525/2010, vinha submeter à Assembleia Municipal um pedido de autorização para a repartição de encargos no montante de 845.941,25 €, com IVA, para a adjudicação da prestação de serviços de concepção para as iluminações de Natal de 2010, ao agrupamento constituído pela J. C. Decaux Portugal, e Castros, Iluminações Festivais, S.A. -------------------------------- ----- Antes de mais, desejava referir que o MPT não pretendia contestar o carácter festivo dessa quadra nem a animação da Cidade própria da época natalícia. De facto, era sabido que o interesse em promover as tradicionais iluminações de Natal tinha vindo a constituir um motivo de atracção para os munícipes, ou mesmo para os transeuntes que visitavam ou trabalhavam em Lisboa, o que desde já o MPT não contestava. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- No entanto, no que respeitava aos valores avançados na proposta, o MPT, considerando que eles eram verdadeiramente abusivos, num momento como o actual de agravada crise económica, não pretendia ver o seu bom-nome envolvido em mais uma medida despesista da Câmara Municipal, como era esta. ----------------------------- ----- Efectivamente, no actual quadro de penúria das contas públicas e de contenção da despesa, que ultimamente tem sido largamente invocadas pelo Executivo para a seu bel-prazer poder cortar a torto e a direito na realização da despesa camarária em geral, sem que para tanto formulassem quaisquer critérios de ponderação, não conseguia o MPT entender, ou sequer aceitar, como era que os membros desse mesmo Executivo tinham a ousadia, e até a leviandade, de virem agora propor à Assembleia tamanha monstruosidade despesista. ---------------------------------------------------------------------- ----- Era lamentável, se não fosse preocupante, que num ano que não havia dinheiro e em que se pedia um esforço redobrado aos lisboetas, começando já, aliás, no dia 1 de Janeiro do próximo ano com o agravamento do fardo fiscal, se quisesse obrigar o Município de Lisboa a ter que suportar uma despesa que em nada diminuía o impacto negativo da crise para os munícipes. ----------------------------------------------------------- ----- Portanto, em nome daqueles que nada tinham, daqueles que no silêncio envergonhado da miséria escondida não sabiam nem podiam gritar contra as injustiças da sociedade, e corrompida pelos seus correligionários partidários, daqueles que mal sobreviviam com as miseráveis reformas a que tinham direito, daqueles velhos esquecidos que para poderem comer deixavam de pagar a conta na farmácia, o MPT dizia: basta, haja decoro. ------------------------------------------------------------------------- ----- Disse, ainda, que muito gostariam que este Executivo, em vez de perder tempo na congeminação de propostas gravosas para os interesses do Município e dos seus

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munícipes, reservasse um pouco mais do seu precioso tempo e atenção para esses irmãos de infortúnio, e ponderasse em apresentar propostas que de algum modo pudessem minimizar o infortúnio e o sofrimento daqueles em nome dos quais o MPT clamava por justiça. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Seria que a única medida de conter a crise foi ter poupado na elaboração do caderno de encargos, que de facto nesta proposta nem rasto? ------------------------------ ----- Terminou dizendo que por uma questão de decência e de coerência, se não havia dinheiro para o que era fundamental também não poderia haver para os regabofes e as festanças. Usando o conhecido aforismo, “quem não tem dinheiro não tem vícios”. Portanto, face aos motivos alegados, o MPT iria votar contra esta proposta, por entender que a mesma era lesiva dos interesses do Município. ---------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra, disse que com a proposta 525/2010, o Executivo requeria autorização para: ------------ ----- Primeiro, adjudicar a prestação de serviços de concepção para as iluminações de Natal de 2010; segundo, despender um valor de quase 700 mil euros, acrescido do IVA, que, atenção, ainda não sabiam se seria à taxa de 21 ou de 23%; e, terceiro, requerer a prestação de uma caução às empresas seleccionadas, bem como a necessária delegação da competência para aprovação da minuta do contrato em anexo, que fazia parte integrante da presente proposta. ---------------------------------------------- ----- Acontecia que o referido contrato nada especificava sobre a tipologia e as características das iluminações, nem sobre os locais onde seriam montadas, nem referia as responsabilidades dos dois outorgantes, pelo que “Os Verdes” gostariam de ser esclarecidos sobre quem ficaria responsável pela fiscalização das iluminações de Natal. É que, em Dezembro de 2009, a Comissão Europeia investigara cerca de 200 produtos, tendo concluído que 30% das iluminações de Natal eram perigosas e podiam provocar incêndios e electrocussões, quando não fossem devidamente homologados. Pela proposta, também não entendiam que outras eventuais parcerias poderia a Câmara vir ainda a estabelecer. ----------------------------------------------------- ----- Por outro lado, em Novembro de 2007, as iluminações de Natal em Lisboa haviam sido orçamentadas em cerca de 406.000 euros, pelo que conviria alertar a Assembleia que, no ano corrente, a verba chegava a cerca de 700.000 euros, como já referiram, a que acrescia ainda o IVA. Ou seja, praticamente com um acréscimo de 100%. Mais ainda: nessa altura, a iluminação da zona central, fora executada com base num patrocínio, no qual vários dos arruamentos a iluminar estavam abrangidos por um anterior protocolo assinado entre a Câmara e a União das Associações de Comerciantes do Distrito de Lisboa. ----------------------------------------------------------- ----- Não punham em causa a beleza da época natalícia, mas tendo em conta as dificuldades financeiras da Câmara, “Os Verdes” não encontravam justificação para o facto de o Executivo fazer disparar as despesas do Município, pois, como diria o Sr. Vereador, “este dinheiro vai sair do Orçamento”, ou seja, dos impostos cobrados aos munícipes. ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Sr. Vereador diria também que ainda iria à procura de patrocínios. Seria que o que tinha em mente era o género de publicidade natalícia agressiva com referências comerciais estampadas? -------------------------------------------------------------------------- ----- Quem não se lembrava da polémica com as iluminações natalícias em 2008? A Câmara até afirmara que tinha encontrado a fórmula de organizar e concretizar as iluminações de Natal tentando conjugar uma maior riqueza visual, dinâmica e urbana, com a autonomia e sustentabilidade financeira da autarquia. E dera no que dera: ou seja, publicidade implícita espalhada pela Cidade. ------------------------------------------- ----- A implementação desse projecto implicara várias contrapartidas para o prestador de serviços de iluminação e animação da Cidade, com produção de ruído e utilização do espaço público com publicidade agressiva, que não passara de mera pseudo-iluminação de Natal, e que mais não significava que um deplorável aluguer do espaço público à propaganda comercial, constituindo um atentado à dignidade dos lisboetas, à Lisboa monumental e ao bom senso que deveria predominar nessas épocas festivas. -- ----- E pelo que fora possível constatar, não se tratara de uma tentativa bem sucedida, pois foram inúmeras as queixas pelo facto de as praças do Rossio, do Marquês de Pombal e do Terreiro do Paço terem passado, durante semanas, a pertencer a uma empresa de telecomunicações e a uma marca de automóveis. O espaço público era, ou deveria ser, um espaço partilhado pelos cidadãos, não devendo ser apropriado por ninguém em particular. Perante essa cedência, foi com algum desagrado que os lisboetas assistiram à privatização do espaço público em Lisboa e ao agressivo apelo ao consumo com publicidade avulsa. ---------------------------------------------------------- ----- Terminou referindo que “Os Verdes” esperavam que essa desagradável situação não se repetisse este ano, sendo que tinham muitas reservas sobre a mesma, no entanto aguardavam por respostas às questões ali colocadas. ------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Filipe Pontes (PSD), Presidente da Junta de Freguesia da Sé, no uso da palavra, disse que em relação à proposta em apreciação, era entendimento do PSD, até pela conjuntura actual que viviam, recomendar ao Executivo a maior possibilidade de poupança, pelo menos nessa área, e a utilização de todos os canais alternativos, nomeadamente a obtenção de patrocínios para a concretização de uma iluminação de Natal digna da Cidade, que também o merecia. - ----- Mas era também altura de fazer o ponto da situação sobre aquilo que era o passado. O que estava em causa nesta proposta era, obviamente, um deferimento do custo para o ano de 2011, a explicação do Sr. Vereador, do ponto de vista prático era perceptível, mas do ponto de vista contabilístico sabiam que, na prática, era empurrar para o ano de 2011 um custo que em termos de custeio do ano económico seria aplicável em 2010. Porém, apesar de tudo, era perceptível o fundamento do Sr. Vereador. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas também nesta altura seria bom fazer um paralelo em relação ao que se passara no ano anterior. No que dizia respeito às Juntas de Freguesia e aos Srs. Presidentes de Junta ali presentes, e a ele próprio também nessa condição, de facto muitos deles, no ano passado, apresentaram a vontade de decorar e enfeitar as suas

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freguesias da forma mais digna possível, e entregaram as verbas correspondentes a esse orçamento. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Sabia que foi aprovado este verão, não se recordava de qual a reunião, a proposta em anexo, mas a verdade era que já passaram muitos dias desde a aprovação dessa proposta, e ainda não entrara nos cofres das Juntas de Freguesia, pelo menos nas do PSD, e isso não conferia com aquilo que na semana passada lhes fora transmitido no debate sobre o Estado da Cidade, pela Sra. Vereadora das Finanças, sobre a redução inequívoca do prazo médio de pagamento a fornecedores. É que se as Juntas eram fornecedoras para umas coisas e eram obrigadas a prestar a sua transparência do ponto de vista de contribuintes sem dívidas fiscais, também gostariam que, neste caso, fossem tratados da mesma forma. -------------------------------------------------------------- ----- Disse, ainda, que uma vez que estavam a iniciar um segundo processo, obviamente colhia e percebia a prudência nos custos que recomendava ao Sr. Vereador. Portanto, tentaria no seu caso em concreto, e achava que todos os Srs. Presidentes de Junta o fariam, conter tanto quanto possível essa despesa. --------------- ----- No entanto, chamava a atenção de que tendo o ano passado sido ano de eleições, vários Presidentes de Junta foram eleitos pela primeira vez, pelo que o modus operandi dos anos anteriores fora fácil de aplicar a quem já se encontrava em exercício de funções, mas não fora tão perceptível para outras freguesias cuja mudança de liderança criara algumas dificuldades, porque naquela altura de Novembro estariam todas as fazer as tomadas de posse e não propriamente preocupadas em mandar um fax para o Sr. Vereador a solicitar autorização para decorar a freguesia. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Referia, a título de exemplo, o que se passara na Freguesia de Alcântara. Fora-lhe transmitido pela Sra. Presidente que realmente na freguesia houve um passado, no mandato anterior, em que nem sempre fora seguida a mesma regra, mas a verdade era que no ano anterior, e ao abrigo da igualdade de direitos que todas as Juntas de Freguesia deveriam ter perante o Sr. Vereador, para além de outros imputes e outros critérios que julgasse entender e introduzir, levavam-no a recomendar nesta altura, que neste ano, se não fosse possível corrigir a situação do ano anterior, pelo menos a partir deste ano fosse transmitido claramente às Juntas aquilo com que podiam contar para que dessa forma fosse possível planear, porque não era só a Câmara que tinha que planear o seu próximo ano. As Juntas de Freguesia também o faziam, e para o fazerem da melhor forma deveriam possuir todos os elementos. -------------------------- ----- Esta era uma altura conjuntural complicada, a recomendação que transmitia o Sr. Vereador podia acreditar que também a interiorizava, mas essencialmente achava que era uma boa altura para pensarem nessa forma de modus operandi das candidaturas às iluminações, para que não houvesse, por parte das Juntas, uma desigualdade de critérios. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Dias Baptista (PS), no uso da palavra, disse que inicialmente não pensavam intervir sobre esta proposta, porque ela lhes parecia clara, bem elaborada e foi muito bem apresentada pelo Sr. Vereador, o que queriam também saudar e registar. ------------------------------------------------------------------------

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----- Contudo, a intervenção do Sr. Deputado Municipal John Rosas obrigara-o a intervir para fazer alguns comentários sobre a proposta, e sobretudo quanto à demagogia que utilizara à volta da mesma. --------------------------------------------------- ----- Em primeiro lugar, a proposta era muito clara, óbvia e evidente quanto àquilo a que a Assembleia Municipal era chamada a pronunciar-se, que era apenas a autorização para a repartição de encargos. E a repartição de encargos que lhes era proposta, como fora dito pelo Sr. Deputado Municipal Filipe Pontes, era perfeitamente consensual e normal que fosse repercutida no próximo ano, porque a despesa iria ser realizada no final do ano em curso. E não se tratava de empurrar uma despesa para o ano futuro, mas sim uma forma de correcta de realizar a despesa. ------ ----- Por outro lado, também queria registar que esta era uma despesa feita com sentido das responsabilidades, porque, ao contrário daquilo que fora dito, a Câmara Municipal propunha-se gastar com essa adjudicação menos em 2010 do que gastara em 2009. E isto era importante dizer-se porque era exactamente o inverso daquilo que procurara ser transmitido. ------------------------------------------------------------------------ ----- E, a propósito das expressões utilizadas, cada um dos Deputados Municipais quando dizia “nesta Assembleia” deveria sentir-se responsabilizado pela forma e pelos termos que utilizava, e realmente o Sr. Deputado Municipal John Rosas, lamentava dizê-lo, era useiro e vezeiro em utilizar termos incorrectos, a usar expressões que eram absolutamente inaceitáveis em qualquer debate, porquanto fazia alusões maliciosas que todos percebiam que eram feitas com um sentido de total desrespeito para com quem ali apresentava as propostas e, do ponto de vista do PS, isso era absolutamente inaceitável. ------------------------------------------------------------- ----- Portanto, não ficariam bem se não dissessem que esta proposta estava bem formulada, estava bem apresentada e era uma proposta que não era despesista. E mais: ela procurava dar resposta a um anseio e a uma necessidade da Cidade de Lisboa, do seu comércio, nomeadamente do pequeno comércio da Cidade. --------------------------- ----- Aliás, era bom que se dissesse que, ao contrário do que o Sr. Deputado Municipal John Rosas expressara, Lisboa, como Cidade capital do País, tinha exigências porquanto era uma Cidade que cada vez mais estava em confronto com o resto da Europa em termos de grandes cidades, e por isso tinha que dar uma imagem de grande dignidade, de qualidade e de ambição, e a ambição de Lisboa, obviamente, era competir com os melhores. E era evidente que para o pequeno comércio a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa com as iluminações do Natal, que era já um ex-libris da Cidade de Lisboa, era absolutamente essencial. ---------------------------------------------- ----- Portanto, também por isso, toda a maledicência que ali foi dita o Grupo Municipal do PS rejeitava completa e frontalmente. ----------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, começou por dizer que o PCP gostava das iluminações de Natal, e pessoalmente gostava também das iluminações de Natal. Agora, o problema era aquilo que já colocaram na reunião da Câmara Municipal, que era essa estranha associação entre a J. C. Decaux e os Irmãos Castro. E já tiveram umas experiências para trás com a mercantilização das iluminações do Natal, com a introdução, como já ali disseram

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“Os Verdes”, de sons, de imagens concretas de propaganda publicitária. E isso, de facto, subvertia, e aí colocava-se, curiosamente, numa situação oposta, segundo julgava, à do CDS-PP, que era contra a introdução de mensagens publicitárias na iluminação de Natal. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Portanto, era nesse sentido que entendiam que a Câmara deveria ter procurado a articulação com as Juntas de Freguesia, com as entidades locais que com certeza tinham propostas e soluções interessantes, para então poder chamar a atenção para o pequeno comércio, que não era só no centro da Cidade, mas era também nos bairros. E era para isso que a Câmara Municipal deveria voltar o seu esforço e a sua criatividade, conjugando com as Juntas e as instituições as iluminações de Natal. ----- ----- Daí que, como não se configurara assim na proposta e não tinham só que debater a repartição de encargos mas tinham também a ver, obviamente, com a questão do conteúdo, se o conteúdo não respeitava a quadra em si – era ele, um comunista, a dizê-lo – se a tentava mercantilizar, então era o contrário do espírito do Natal, porque era óbvio, as compras seriam menores que no ano passado devido à situação que atravessavam. O estímulo era pela luz, pela cor, pela alegria, pelo calor, e as pessoas sabiam, elas próprias, havia as que gostavam de fazer compras, tem uma filha que já dedicara uns dias às compras de Natal, achava muito estranho porque ele era umas horas antes ou no dia anterior que comprava umas coisas, mas havia esses hábitos que seriam prejudicados este ano, ainda para mais devido às dificuldades financeiras das famílias. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas, por causa dessa configuração mercantilista, o PCP votaria contra a proposta.--------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Rita Silva (BE), no uso da palavra, disse que o BE iria votar favoravelmente a proposta, por dois motivos fundamentais: ------------ ----- Primeiro, porque consideravam que era importante para o pequeno comércio e para o emprego que ele gerava. O pequeno comércio tinha vindo a perder muito com uma série de políticas erradas que têm sido desenvolvidas, que privilegiavam outro tipo de comércio, e era importante que pelo menos isto se mantivesse porque era bom para a manutenção do pequeno comércio local. ---------------------------------------------- ----- Segundo, notavam que o investimento era menor que nos anos anteriores, e achavam bem uma vez que a conjuntura actual assim o obrigava. ------------------------ ----- Relativamente à possibilidade de patrocínios e publicidade, disse que o BE não estava em desacordo, mas deixava um apelo forte à questão da transparência e à questão de se resistir fortemente ao excesso visual e à usurpação do espaço público. -- ----- O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (PPM), no uso da palavra, disse que o PPM apoiava a “nega” manifestada pelo Sr. Deputado Municipal Modesto Navarro relativamente à proposta em apreciação, porque perante a sua confissão de ter visto a luz, não precisavam de iluminações de Natal. --------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Nuno Roque (PSD), Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, no uso da palavra, disse que não era para intervir sobre esta proposta, mas depois das intervenções que ouvira não queria deixar passar sem lembrar algumas questões. -----------------------------------------------------------------------

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----- Disse, então, que a Cidade de Lisboa, capital do País, era uma Cidade que tinha comércio, uma Cidade onde a população tinha tradições, e desejava lembrar ali que como Presidente de Junta que era há nove anos, instituíra, por alturas do Natal, um circuito que era “Lisboa Iluminada”, e já há muito tempo as pessoas se andavam a inscrever na Junta para darem a volta pela tal “Lisboa Iluminada” pelo Natal. ---------- ----- A população reconhecia a necessidade de uma Lisboa iluminada pelo Natal, pelo que dizer que nesta quadra Lisboa ficava sem iluminação do Natal, não fazia sentido nenhum que alguém ali fosse defender isso. -------------------------------------------------- ----- Relativamente às Juntas, disse que só queria lembrar ao Sr. Vereador Sá Fernandes, contra o qual nada tinha quanto à forma como a proposta estava elaborada para merecer a sua viabilização pela Assembleia Municipal, que não sabia se com as outras Juntas se estava a passar a mesma coisa que com a do Lumiar, mas a verdade era que a Câmara, para 2009, aprovara, em Sessão de Câmara, a transferência para as Juntas de Freguesia, e essa transferência ainda não lhes chegara. ------------------------- ----- Mas certamente o Sr. Vereador iria chamar a atenção das Finanças da Câmara para que as propostas que eram aprovadas fossem efectivamente cumpridas. ----------- ----- O Senhor Vereador Sá Fernandes, novamente no uso da palavra, disse que queria prestar dois esclarecimentos adicionais. ----------------------------------------------- ----- Primeiro: esta proposta não incluía qualquer publicidade nas iluminações de Natal, sendo que poderia haver a hipótese de lançarem outro tipo de concurso, exactamente para tentarem arranjar patrocínios para o pagamento dessas iluminações, sendo que, se isso acontecesse, teria que ir à Câmara para analisar se as publicidades eram excessivas ou não. Portanto, em relação a esta proposta em concreto, não havia publicidades associadas. ------------------------------------------------------------------------- ----- Segundo: em relação às Juntas de Freguesia, como agora mesmo acabara de ser solicitado pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, transmitiria à Sra. Vereadora das Finanças para ver o que se passava com as iluminações de Natal de 2009. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente, dado que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 525/2010, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PS, 6 IND-PS e BE, votos contra do PCP, MPT e PEV, e a abstenção do PSD e CDS-PP. ---------------------------- ----- O PPM não tomou parte na votação desta proposta por se encontrar ausente da Sala. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- PONTO 17 – PROPOSTA 527/2010 – APROVAR O CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO PARQUE RECREATIVO DOS MOINHOS DE SANTANA, BEM COMO O PROGRAMA DE CONCURSO E CADERNO DE ENCARGOS, DESIGNAR O JÚRI E DELEGAR NO M ESMO A COMPETÊNCIA PARA A AUDIÊNCIA PRÉVIA, NOS TERMOS D A PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------

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------------------------------------- PROPOSTA 527/2010 ------------------------------------- ----- PELOURO: Ambiente e Espaços Verdes ------------------------------------------------ ----- SERVIÇO: DMAU/DAEV ---------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que é necessário o “Fornecimento de Serviços de Manutenção e Conservação do Parque Recreativo dos Moinhos de Santana” ----------------------------- ----- Considerando que o prazo de execução do fornecimento com inicio previsto em 1 de Outubro de 2011 é de doze meses, prorrogável por mais dois períodos iguais nas mesmas condições até ao limite máximo de três anos; -------------------------------------- ----- Considerando que o valor base estimado para a totalidade do fornecimento é de €310.230,00 (trezentos e dez mil duzentos e trinta euros), a que acresce o IVA à taxa legal em vigor na rubrica orçamental 09.01.02.02.25.02 no âmbito da acção “ Gestão dos Espaços Verdes”, código 03/04/A102/01 do Plano de Actividades. ------------------ ----- Considerando que, nos termos do art. 22º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, e do art. 13º, n.º 4.2 do Regulamento do Orçamento para o ano de 2010, é necessária autorização da Assembleia Municipal para a abertura de procedimentos relativos a despesas que dêem lugar a encargo orçamental em mais de um ano económico. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que tal despesa implica o lançamento de Concurso Público Internacional para o referido fornecimento, nos termos no disposto na alínea b) n.º 1 do art. 16º, do CCP e o Regulamento (CEE) n.º 3696/93 do Conselho de 29 de Outubro. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que, nos termos do nº 1 do art. 67º do Decreto-Lei n.º 18/08, de 29 de Janeiro, é necessário proceder à nomeação do Júri, a quem compete a realização de todas as operações do concurso. ---------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor, ao abrigo do art. 64º, n.º 7, alínea d) da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, que a Câmara Municipal de Lisboa delibere: ------------------------- ----- I. Submeter à Assembleia Municipal para autorização, nos termos dos arts. 18º e 22º, nºs 1 e 6, do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, conjugado com o art. 12º, n.º 4.2 do Regulamento de Orçamento em vigor, o seguinte: ---------------------------------- ----- A abertura do Concurso Público Internacional como procedimento destinado à contratação do Fornecimento de Serviços de Manutenção e Conservação do Parque Recreativo dos Moinhos de Santana.”, Com fundamento no disposto na alínea b) n.º 1 do art. 16º, e o Regulamento (CEE) n.º 3696/93 do Conselho de 29 de Outubro, pelo valor global de € 310.230,00 (trezentos e dez mil duzentos e trinta euros), a que acresce o IVA à taxa legal em vigor de 21% no valor de €65.148,30 (sessenta e cinco mil cento e quarenta e oito euros e trinta cêntimos), totalizando €375.378,30 (trezentos e setenta e cinco mil trezentos e setenta e oito euros e trinta cêntimos), a processar pela rubrica orçamental 09.01/02.02.25.02, no âmbito da acção “ Gestão dos Espaços Verdes”, código 03/04/A102/01 do Plano de Actividades, conforme abaixo se indica: --------------------------------------------------------------------------------------------

2010 - € 0,00. 2011 - € 17.235,00, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor 2012 - € 103.410.00, a que acresce o IVA, à taxa legal em vigor

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2013 - € 103.410.00, a que acresce o IVA, à taxa legal em vigor 2014 - € 86.175,00, a que acresce o IVA, à taxa legal em vigor

----- Nos termos do Programa de Concurso e do Caderno de Encargos, constantes em anexo à Presente Proposta, como peças do procedimento concursal. --------------------- ----- II Designar, nos termos estipulados no nº 1 art. 67º do CCP, o Júri do Concurso, a quem competirá a condução de todas as operações do concurso, com a seguinte constituição: ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Presidente: Eng.º Arq. Rosa de La Anunciacion Conde Rodrigues da DAEV/DM ----- 1º Vogal Efectivo: Um elemento da Divisão de Aprovisionamento a ser designado ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2º Vogal Efectivo: Dra. Maria de Fátima Fernandes do DAEV ---------------------- ----- 1º Vogal Suplente: Um elemento da Divisão de Aprovisionamento a ser designado ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2º Vogal Suplente: Eng.ª Inês Maria da Silva M. Ferreira da DAEV/DM ---------- ----- Nas suas faltas e impedimentos, o Presidente será substituído pelo 1º Vogal Efectivo. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- III. Delegar, ao abrigo do disposto no n.º 2 do art. 69º do CCP, no Júri do Concurso, competência para a realização da audiência prévia dos concorrentes.” ------ ----- O Senhor Vereador Sá Fernandes, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que ia falar dela e também da proposta 560/2010, que dizia respeito a uma repartição de encargos, que era a última do segundo aditamento e tinha a ver com a manutenção dos espaços verdes. -------------------------------------------------------------- ----- Tal como referira na última reunião da Assembleia, ou na penúltima, não se recordava agora, em breve apresentaria ali uma proposta de estratégia em relação à manutenção dos espaços verdes. Era evidente que ela estava também muito dependente do Orçamento de Estado do próximo ano pois, como sabiam, provavelmente, não se poderia contratar ninguém no próximo ano, portanto estavam com uma dificuldade séria para aquilo que tinha sido previsto, mas antes de a apresentar teriam que acautelar o que iriam ter para o ano em termos orçamentais para que a proposta fosse apresentada com princípio, meio e fim. ------------------------------ ----- Enfim, sabia o que a Câmara pretendia nessa área, mas tinham que saber se tinham os meios para o fazer. ------------------------------------------------------------------- ----- Portanto, continuava a dizer que apresentaria durante este ano a proposta para a manutenção dos espaços verdes, mas, como compreenderiam, não se poderia precipitar nessa apresentação enquanto não tivesse os dados todos para o fazer. ------- ----- Em relação à proposta 527/2010, disse que, como era sabido, ela tem sido mantida por outsourcing porque não tinham neste momento meios para fazer a manutenção dos Moinhos de Santana, e a proposta 560/2010 tinha a ver apenas com uma nova repartição de encargos. Estes processos eram muito demorados e exigiam muito dos serviços, tinham muita burocracia associada, reclamações, etc., e, portanto normalmente quando eram aprovadas na Assembleia Municipal para lançar o concurso, durante o concurso havia várias vicissitude e o tempo que demorava o concurso fazia com que a repartição de encargos também tivesse que ser outra. --------

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----- O Senhor Deputado Municipal Rui Cordeiro (PSD), no uso da palavra, começou por dizer que, desta vez, o Sr. Vereador Sá Fernandes resolvera apresentar umas notas em relação à proposta, o que muito aprazia ao PSD porque sendo uma novidade, era uma novidade que ia no bom caminho e esperavam que isso se mantivesse no futuro. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Disse, depois, que não havia da parte do PSD nenhuma perseguição em relação à pessoa do Sr. Vereador nem em relação ao trabalho que vinha desenvolvendo. Aliás, registavam que até ao momento apresentara na Assembleia Municipal 24 propostas, o PSD abstivera-se em 17, em quatro votara contra e três votara a favor. E com isto queria dizer que não havia uma questão pessoal, mas havia uma questão política, e era por isso que se batiam. --------------------------------------------------------------------------- ----- Aliás, o PSD tinha-se vindo a bater por essa questão da procura de uma estratégia efectiva para Cidade de Lisboa. O Sr. Vereador referira, hoje, a existência de um estudo para o futuro, que remetia para a existência de uma estratégia comum para a Cidade, mas mantinha a mesma prerrogativa: “estamos à espera, há restrições, há constrangimentos, o estudo há-de ser feito”. -------------------------------------------------- ----- O PSD ia aguardar, mas era um facto que hoje se mantinha a mesma prerrogativa. Não havia estudo, não sabiam qual seria o futuro da política para os espaços verdes, e isso remetia-os apenas para uma condição. Hoje, uma vez mais, o Sr. Vereador Sá Fernandes apresentava uma proposta que remetia para uma empresa a manutenção de espaços verdes, podendo, no entender do PSD, hipotecar o tal estudo que pretendia apresentar no futuro. ------------------------------------------------------------- ----- E a preocupação do PSD era precisamente essa. É que hoje, uma vez mais, apesar de, como referira, haver um estudo, que desconheciam, mas que poderia ir no sentido de uma política comum, podiam dar um passo para hipotecar a viabilidade desse estudo para os próximos três anos. Pedia que atentassem para esse pormenor, porque era muito simpático vir dizer que estavam atentos ao estudo, que havia trabalho nesse sentido, mas não havia nada feito para apresentar. ------------------------------------------- ----- Portanto, o PSD, nesta matéria, coerente com a sua posição, enquanto a Câmara Municipal, através do Sr. Vereador, não apresentasse, de facto, a sua proposta para os espaços verdes da Cidade, manteria o mesmo sentido de voto no final do debate. ------ ----- O Senhor Deputado Municipal Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), no uso da palavra, disse que o Sr. Vereador referira, há pouco, que iria apresentar, tão breve quanto possível, a política da Câmara para os Espaços Verdes e que, portanto, estas contratações, ou esta contratação em particular, tinha a ver com a necessidade evidente de acautelar o futuro até que essa política fosse tomada, e desejava que o Sr. Vereador esclarecesse por que é que não era opção assumida e expressa neste concurso ser só para um ano, e já se admitir a prorrogação automática por mais dois anos. Ou seja, se não seria preferível e mais coerente fazer a contratação apenas por um ano. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT), no uso da palavra, disse que o Grupo Municipal do MPT analisara a proposta em debate e a documentação anexa, tendo detectado algumas situações duvidosas. ---------------------

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----- Quanto ao presente pedido de autorização para o lançamento de um concurso público internacional para a contratação do fornecimento de serviços de manutenção e conservação do Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, pelo valor total de 310.230 euros, que o Executivo municipal ora submetia à Assembleia, o MPT desejava, desde já, referir o seguinte. ---------------------------------------------------------- ----- Em primeiro lugar, desejava informar que da análise efectuada aos documentos anexos à proposta, programa de concurso e caderno de encargos, se verificava existirem algumas incongruências no âmbito dos referidos documentos. Se olhassem com alguma atenção para o programa do concurso, no artigo 1º, e o caderno de encargos na Cláusula I, ponto 1.1, viam que eles referiam que o concurso em causa tinha por objecto a aquisição da prestação de serviços de manutenção e conservação do Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, com execução de serviços referentes a limpeza e conservação dos espaços, equipamentos e cortes de árvores, pelo período de doze meses, eventualmente prorrogável por mais dois períodos iguais, no valor de 310.230 euros, sendo que já no texto da proposta 503/2010 se estipulava um prazo não de doze meses mas sim, ao que parecia, de quatro anos, 2011-2014. ---------------- ----- Referiu que não batiam certos os valores da proposta com os valores do programa de concurso e do caderno de encargos, nem batiam certo os prazos para a prestação do serviço em causa, entre os referidos na proposta e no programa de concurso e no caderno de encargos. ------------------------------------------------------------ ----- Aliás, também não se compreendia porque era que na proposta se referia que o prazo de execução do fornecimento, com início em 1 de Outubro de 2011, fosse lançado a treze meses de distância. ------------------------------------------------------------- ----- De igual forma, também não se entendia a suposta repartição da despesa, referida no corpo da proposta, quando nem no programa de concurso, nem no caderno de encargos, se referia a tal repartição da despesa. ---------------------------------------------- ----- Seguidamente, dirigindo-se directamente ao Sr. Vereador Sá Fernandes, como responsável máximo do Pelouro que apresentara esta proposta, perguntou-lhe quais foram, se é que os houvera, os critérios para indicar que no ano de 2011 o valor seria de 17.235 euros, nos anos de 2012 e 2013, 103.410 euros cada um, e no ano de 2014 86.175 euros. É que em lado nenhum da documentação que o Sr. Vereador juntara à proposta, se encontravam quaisquer critérios para essa diferenciação. ------------------- ----- De facto, da leitura efectuada ao programa de concurso e ao caderno de encargos, decorria que a prestação de serviços seria efectuada pelo período de 12 meses, com o valor total estimado em 310.230 euros. Que se reparasse nos números 1 e 2 do artigo 1º do programa de concurso, e Cláusula I, ponto 1.1 do caderno de encargos. ---------- ----- Na realidade, desde logo se compreenderia que estariam perante a adjudicação de serviços para doze meses, pelo total de 310.230 euros, com a possibilidade de, na prática, prorrogar o contrato por mais três anos, contrariando, dessa forma, a previsão de vigência do prazo do contrato superior a três anos, como referia o artigo 440º, do CCP. Era certo que o próprio n.º 1 desse artigo, na parte final, excepcionava essa proibição ao referir: “salvo se tal se revelar necessário ou conveniente em função da natureza das prestações, objecto do contrato ou das condições da sua execução”. ------

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----- No entanto, em nenhum dos documentos referidos, programa de concurso ou caderno de encargos, existia qualquer critério para aferir da existência de condições que fundamentassem o recurso ao regime de excepção referido, nem sequer qualquer indicador de gestão, mediante o qual se pudesse aferir da oportunidade, ou não, das renovações. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Resultava do exposto, que a contratação pretendida seria para um prazo de doze meses, com a possibilidade de prorrogação por mais três anos, perfazendo o total de quatro, contra o total de 310.230 euros. ------------------------------------------------------- ----- Disse que face a toda essa trapalhada, julgavam que a proposta não era de modo nenhum clara e que violava o princípio da transparência, que constituía o princípio da garantia preventiva da imparcialidade, que impunha que a administração actuasse de forma a dar uma imagem de objectividade, isenção e equidistância dos interesses em presença, de molde a projectar para o exterior um sentimento de confiança. Mas nada disso transparecia nesta proposta. --------------------------------------------------------------- ----- Continuando, disse que o actual Executivo, que tem vindo a recorrer constantemente a mecanismos de contratualização outsourcing e parecerias, já deveria ter adquirido alguma experiência nessa área para apresentar as suas propostas com mais cuidado. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma outra questão que desejava levantar tinha a ver, segundo disse, com o facto de na 41ª reunião de Câmara, realizada no passado dia 8 de Setembro, o Pelouro dos Espaços Verdes ter apresentado propostas idênticas, concretamente a proposta 503/2010, para aprovar o lançamento do concurso público para a prestação de serviços e manutenção e conservação da zona sul do Parque Florestal de Monsanto, e a proposta 504/2010, para aprovar e submeter à da Assembleia Municipal a abertura do procedimento do concurso público para a prestação de serviços e manutenção e conservação dos parques recreativos do Alto da Serafina e do Alvito, cujas áreas se encontravam implantadas na zona geográfica do Parque Florestal de Monsanto, pelo que não se vislumbrava qual a necessidade de autonomização dos referidos espaços para efeitos de lançamento de concursos públicos com objecto idêntico. ---------------- ----- Portanto, do ponto de vista político, restava perguntar ao Sr. Vereador se essa contratação era realmente oportuna numa altura em que existia uma forte contenção orçamental, e se não seria mais oportuno, e menos oneroso para os cofres do Município, que as tarefas em causa fossem realizadas pelos 2.000 funcionários da Direcção Municipal de Ambiente e Espaços Verdes, mesmo que para isso tivesse que se recorrer à execução dessas tarefas em regime de trabalho extraordinário. ------------ ----- Por isso, a pergunta que gostaria de fazer era como é que o actual Executivo pretendia justificar aos funcionários da Câmara o não pagamento de horas extraordinárias quando, imediatamente a seguir, recorria ao outsourcing para a execução de tarefas que eles poderiam executar. --------------------------------------------- ----- Estaria o Sr. Vereador Sá Fernandes a querer esvaziar o seu Pelouro das competências que lhe foram atribuídas? Com que motivo? Seria que o passo seguinte passaria pelo despedimento de centenas de funcionários camarários afectos ao Pelouro

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do Sr. Vereador do Ambiente, invocando motivos de falta de trabalho para assim os poder dispensar? ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Perguntou ao Sr. Presidente da Câmara o que era feito da promessa de reabrir a Escola de Jardinagem e os viveiros, e de seguida perguntou também ao Sr. Vereador Sá Fernandes o que andava ele a esconder. --------------------------------------------------- ----- Por fim, disse que, face ao exposto, o MPT votava contra esta proposta por entender que num momento como o da actual crise económica, em que tudo se deveria fazer para conter a despesa, a contratação dos serviços em causa que o Executivo camarário pedia, era lesiva para os interesses do Município, e gravosa para os interesses dos funcionários camarários. ---------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, começou por recordar que ainda recentemente foram rejeitadas duas propostas com estas características pela Assembleia Municipal, o Sr. Vereador comprometera-se, perante a Assembleia, a apresentar um estudo para discussão destas matérias, e parecia-lhe de facto pouco avisado apresentar-lhes uma proposta tão rapidamente com as mesmas características. ----------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que o Sr. Vereador sabia, porque estas matérias já tinham anos de discussão na Assembleia Municipal, que o PCP defendia o reforço do quadro de trabalhadores da Câmara e o exercício dessas funções pela Câmara Municipal e não a entrega a entidades privadas, e que era possível reforçar o quadro, era possível reabrir a Escola de Jardineiros e Calceteiros. Tudo isso já fora imensamente falado ali. ------- ----- Só que, recentemente, as coisas mudaram um bocado. Até aí era o PCP, e mais alguns, a colocar essas questões e começaram a votar contra, mas agora a oposição tornara-se mais ampla e realmente deveria ser mais eficaz o Pelouro e a Câmara Municipal, no sentido de rapidamente lhes apresentar ali um estudo e uma proposta clara sobre como era que iria proceder em relação a todas essas matérias, para que realmente pudessem ultrapassar essas situações, que eram difíceis mas que colocavam questões tão graves quanto essa da prorrogação por mais dois ou três anos. Afinal de contas, onde era que estava o estudo? Onde era que estava a perspectiva para realmente resolver o problema no interior da Câmara Municipal? ------------------------ ----- Perante tudo isso, disse a rematar, a votação do PCP continuaria a ser contra estas propostas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, disse que já intervieram na anterior reunião desta Sessão sobre esta matéria, portanto não tinham agora muito acrescentar. ------------------------------------------------------------------------- ----- No entanto, resolvera intervir porque o Sr. Vereador referira que face ao Orçamento do próximo ano não sabia se haveria dinheiro para fazer novas contratações de pessoas que pudessem directamente fazer o trabalho. ------------------- ----- E quanto a essa matéria vinha pôr a questão que punha sempre. Onde estava o estudo que provasse que era mais barato contratar uma firma exterior do que pôr pessoal a trabalhar? O BE estava convencido que não era e, por isso, continuava a votar contra. ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Vereador Sá Fernandes, no uso da palavra para responder às questões colocadas, disse que estas propostas e estas discussões eram recorrentes, os argumentos já foram várias vezes ali apresentados pelas várias forças políticas e por ele próprio, mas também não lhe custava nada repetir alguns dos seus argumentos em relação a esta matéria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- E o primeiro argumento era que a Câmara tinha cerca de 100 jardineiros, as pessoas estavam convencidas que tinha 2.000, 1.500 ou 1.000, mas não, tinha 100 jardineiros! O resto do pessoal afecto à Direcção Municipal tratava da limpeza urbana, e a maior parte recebia horas extraordinárias, ou seja, aqueles que estavam ao serviço da limpeza urbana, e que também não chegavam para esse serviço, têm feito um esforço enorme para, de uma forma ou outra, terem a Cidade mais ou menos limpa. -- ----- E os 100 jardineiros eram manifestamente insuficientes para tratarem da manutenção dos espaços verdes da Cidade, esse era o primeiro facto. Com eles, podiam ter a manutenção do Parque Eduardo VII e mais dois ou três sítios, pouco mais podiam ter. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Desse modo, como vinha sendo tradição ao longo dos últimos anos, a Câmara tem recorrido para a prestação desses serviços ao outsourcing como forma de manter os espaços verdes, sendo que parecia haver a percepção que as coisas na manutenção dos espaços verdes não estavam assim tão más. Quer dizer, as pessoas tinham uma sensação de que os espaços verdes estavam razoavelmente mantidos na Cidade, pelo menos naquelas partes que estavam em Monsanto, que era um dos casos que estavam ali a tratar. Monsanto estava com uma boa manutenção, e o caso dos Moinhos de Santana era exactamente em Monsanto. Portanto, o sistema com esta ou aquela variante tem resultado, ou pelo menos nos últimos tempos puderam aperceber-se da manutenção dos espaços verdes, nomeadamente Monsanto. ------------------------------- ----- Era evidente que existia a dicotomia entre contratar pessoas ou manter o outsourcing em algumas das zonas, ou ainda alargar as manutenções das Juntas de Freguesia. Era precisamente essa matéria que teriam que discutir e debater ali, sendo que era um dado absolutamente impossível de esquecerem. É que face ao que vinha no Orçamento de Estado para 2011 e as notícias, era impossível à Câmara contratar, mesmo que quisesse. Mesmo que um eventual estudo indicasse que a Câmara teria que contratar jardineiros em vez do outsourcing, era impossível contratá-los se esse Orçamento fosse aprovado. Como era que a Câmara ia contratar pessoas se estava impedida de o fazer? ------------------------------------------------------------------------------ ----- Portanto, pensava que teriam que analisar isso e teria que haver algum bom senso nessa matéria. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em relação aos concursos, disse que ouvira ali um Deputado Municipal chamar isso de trapalhice, mas as pessoas teriam que ter a noção que um concurso desta dimensão demorava meses. Não se fazia um concurso de um dia para o outro! Para ser um concurso transparente, para que houvesse audiências, para que houvesse possibilidade de apresentação das propostas, isso era uma coisa que demorava meses. ----- Por exemplo, na proposta seguinte, porque o concurso demorara meses, teria que se ratificar a respectiva repartição de encargos porque entretanto os prazos foram

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ultrapassados. Ora, se um concurso demorava meses, fazia sentido que a adjudicação se fizesse por um ano mas com possibilidade de prorrogação, porque a Câmara tinha sempre a possibilidade de ao fim de um ano rescindir o contrato sem nenhum prejuízo para a Cidade. Mas se entendesse que deveria prorrogá-lo já não teria que fazer outro concurso com a burocracia toda a ele associada. --------------------------------------------- ----- Por conseguinte, era bastante razoável, do seu ponto de vista, que se fizessem concursos para um ano com a possibilidade de prorrogação por três ou quatro anos, porquanto ficava sempre na possibilidade da Câmara poder rescindir o respectivo contrato ao fim de um ano. ---------------------------------------------------------------------- ----- Disse que as posições já estavam marcadas, e todos estavam muito bem conscientes do que se passava em relação a esta matéria. Iriam votar, ele estava a defender a proposta que apresentara, mas que não apresentara só agora porque houve uma série de propostas que vieram para a Assembleia Municipal, umas foram agendadas para uma Sessão outras para esta, não fazia tenção nenhuma de trazer ali propostas deste género para depois terem esta discussão, sendo que mantinha a promessa que até ao fim do ano apresentaria ali uma estratégia em relação aos Espaços Verdes. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas não queria deixar de dizer o seguinte. Achava que em relação à estratégia, na prática do que tem acontecido nos espaços verdes, ela parecia-lhe que podia ser perfeitamente vista. Se visitassem o Príncipe Real, a Praça Paiva Couceiro, o Jardim Constantino, o Jardim Cesário Verde, Monsanto e uma série de espaços verdes da Cidade, haveriam certamente de reparar que existia a estratégia do os manter bem. Não só de os manter mas de os requalificar. -------------------------------------------------- ----- Por outro lado, se visitassem a exposição do Plano Verde, que neste momento estava no Mercado de Santa Clara, perceberiam que existia uma visão verde para a Cidade. E se reparassem as posições que têm sido divulgadas em relação às áreas verdes da Cidade, perceberiam igualmente que existia uma visão verde para a Cidade. ----- Mas, enfim, admitia que outros pensassem ao contrário, e como estavam numa Assembleia democrática os Srs. Deputados Municipais decidiriam como bem entendessem. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, visto que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 527/2010, tendo a Assembleia deliberado rejeitá-la, por maioria, com votos contra do PSD, PCP, BE, MPT e PEV, votos favoráveis do PS e 1 IND-PS, e a abstenção do CDS-PP e 5 IND-PS. ------------ ----- O PPM não tomou parte na votação desta proposta, por se encontrar ausente da Sala. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- PONTO 19 – PROPOSTA 560/2010 – APROVAR UMA NOVA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO DO PARQUE DO VALE FUNDÃO, VALE DO SILÊNCIO, MADRE DEUS E ÁREAS VERDES DA PISCINA MUNI CIPAL DO VALE FUNDÃO, (PROCESSO Nº 45-DMSC-DA/2008), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º

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53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------ ------------------------------------- PROPOSTA 560/2010 ------------------------------------- ----- PELOURO: Departamento de Ambiente e Espaços Verdes – Vereador José Sá Fernandes ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- SERVIÇO: DMAU/DAEV ---------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que a Câmara Municipal de Lisboa, aprovou a Proposta nº 455/2008, relativo ao lançamento do Concurso Público Internacional para a “Prestação de Serviços de Limpeza e Manutenção do Parque do Vale Fundão, Vale do Silêncio, Madre Deus e Áreas Verdes da Piscina Municipal do Vale Fundão” (Processo nº 45/DMSC-DA/08); ---------------------------------------------------------------- ----- Considerando que o Relatório Final do Júri que analisou as propostas, elaborado nos termos do disposto no nº 1 do artigo 109º do Decreto-Lei nº 197/99 de 8 de Junho; ----- Considerando que o prazo do fornecimento de serviços é de 1 ano (12 meses prorrogável até ao limite máximo de duração do contrato de 2 anos); -------------------- ----- Considerando que a despesa resultante, embora dando lugar a encargo orçamental em mais de um ano económico, não está prevista em Plano Plurianual aprovado no âmbito do Decreto Lei nº 54-A/99, de 22 de Fevereiro, porque reveste, em sede de classificação económica das despesas públicas, natureza de despesa corrente; -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que a Assembleia Municipal em reunião de 15 de Julho de 2008, autorizou a “abertura de procedimento relativa a repartição dos encargos referentes à realização da despesa”; --------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que, havendo necessidade de adequar a repartição de encargos à real situação do mencionado Fornecimento de Serviços, deve aprovar uma nova repartição de encargos; --------------------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor, que a Câmara Municipal de Lisboa delibere: ------------ ----- 1. Adjudicar, nos termos do disposto no artigo 54 e nº 2 do artigo 109º do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho, a “Prestação de Serviços de Limpeza e Manutenção do Parque do Vale Fundão, Vale do Silêncio, Madre Deus e Áreas Verdes da Piscina Municipal do Vale Fundão” (Processo nº 45/DMSC-DA/08), à empresa Fitonovo Lda., pelo valor de 221.044,76€ (duzentos e vinte e um mil e quarenta e quatro euros e setenta e seis cêntimos) acrescido de IVA à taxa de 21% no valor de 46.419,40 (quarenta e seis mil quatrocentos e dezanove euros e quarenta cêntimos) perfazendo um total de 267.464,16€ (duzentos e sessenta e sete mil quatrocentos e sessenta e quatro euros e dezasseis cêntimos) ------------------------------ ----- 3. Aprovar, nos termos do disposto no artigo 64º do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho, a Minuta de Contrato anexa, referente ao Contrato a celebrar com o adjudicatário, Parques e Jardins – Projectos e Construções Lda., no âmbito do Fornecimento de Serviços indicado em 1. ----------------------------------------------------- ----- 3. Aprovar e submeter à Assembleia Municipal, para aprovação por este órgão deliberativo, uma nova repartição de encargos relativa ao Fornecimento de Serviços indicado em 1, com incidência nos anos económicos de 2011 a 2013, fixando o limite

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máximo do encargo correspondente a cada ano económico, o qual será processado pela rubrica orçamental 09.01/02.02.25.02, no âmbito da acção “ Espaços Verdes”, código 03/04/A102/01 (D1.02.P002.01) do Plano de Actividades, conforme abaixo se indica: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 2010 - €0,00 2011 - € 82.891,79, a que acresce o IVA, no montante de € 17.407,27,

totalizando € 100.299,06. 2012 - € 110.522,38, a que acresce o IVA, no montante de € 23.209,70

totalizando € 133.732,08. 2013 - € 27.630,60, a que acresce o IVA, no montante de € 5.802,42,

totalizando € 33.433,02. ----- O Senhor Deputado Municipal Dias Baptista (PS), no uso da palavra, depois de referir que, como era evidente, o PS iria votar a favor da proposta, disse que apenas queria chamar a atenção que, tal como explicara o Sr. Vereador, e muito bem, esta era uma proposta diferente da anterior. Ou seja, aquilo que a Assembleia certamente iria aprovar era apenas a alteração de uma repartição de encargos que já fora anteriormente aprovada. -------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, uma vez que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e de seguida submeteu à votação a proposta 560/2010, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos favoráveis do PS e 6 IND-PS, votos contra do BE, e a abstenção do PSD, PCP, CDS-PP, MPT e PEV. ------------------------ ----- O PPM não tomou parte na votação desta proposta por se encontrar ausente da Sala. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Rui Cordeiro (PSD) fez a seguinte declaração de voto: --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Queria registar que nesta matéria o PSD resolveu abster-se na votação, uma vez que não é a abertura de um novo procedimento, mas sim a alteração de uma proposta já aprovada.” --------------------------------------------------------------------------------------- ---- Daí, como vos disse, a nossa abstenção.” ------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente disse que não sabia quando seria a próxima reunião visto que não tinham matéria para isso, dependia das propostas que chegassem da Câmara e das respostas das Comissões, onde estavam algumas propostas para estudo. ------------ ----- Seguidamente, deu por encerrada a reunião. --------------------------------------------- ----- Eram 17 horas e 45 minutos. --------------------------------------------------------------- ----- E eu, , Primeiro Secretário, fiz lavrar a presente acta que subscrevo juntamente com a Segunda Secretária, . ---- ---------------------------------------- A PRESIDENTE ------------------------------------------

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