arranjo produtivo local pólo de jóias e bijuterias cresce...

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A R R A N J O P R O D U T I V O L O C A L por Gabriela Di Giulio Pólo de jóias e bijuterias cresce com informalidade e pouca inovação A cidade já foi a capital da laranja, assim como ficou conhecida por abri- gar um parque industrial com grandes empresas na área de máquinas e bens de capital. Hoje, Limeira, localizada à beira da rodovia Anhangüera no inte- rior paulista, se tornou referência nacio- nal na produção de jóias folheadas e bijuterias de metais, caracterizando-se como um exemplo de Arranjo Produtivo Local (APL) que, apesar de entraves como a informalidade e baixa automação das empresas, tem dado certo. O pólo limei- rense é formado, em sua grande maio- ria, por micro e pequenas empresas de capital social familiar, responsáveis por produzir cerca de 50 toneladas de peças por mês, comercializadas em todas as regiões brasileiras, além de exportar para América Latina e países como Estados Unidos, África do Sul, Portugal, Itália e Espanha. São 450 empresas for- malizadas e mais cerca de 200 peque- nas informais que atuam no setor. Juntas, elas geram quase 60 mil empre- gos diretos e indiretos, o que correspon- de a um terço da população local econo- micamente ativa. A forte indústria de jóias e bijute- rias da micro-região de Limeira, que agrega oito pequenas cidades, respon- deu por 60% do faturamento nacional obtido com exportação de produtos do setor em 2006 — um montante de US$ 132 milhões de um total de US$ 220 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Jóias e Gema (IBGM). Apesar da explosão recente, a história da indústria de folheados de Limeira é antiga e está relacionada às famílias tradicionais de ourives que se instala- ram na região no século passado. A pri- meira grande empresa local do setor foi fundada em 1938. Dedicada à produção industrial de jóias, a Indústria de Jóias Cardoso era considerada, na época, a maior empresa do setor no país, com mais de 100 funcionários. Com a instabilidade econômica enfrentada pelo Brasil e o aumento cons- tante do preço da matéria-prima utili- zada, o ouro, o setor de jóias entrou em declínio na década de 1960. "Com a redu- ção do poder aquisitivo da população, as jóias folheadas e bijuterias mais bara- tas passaram a ser mais procuradas pelos consumidores", explica o empre- sário Rodolfo Mereb Junior, diretor da Associação Limeirense de Jóias (ALJ). De carona nessa tendência, diversas empresas foram criadas, muitas delas tocadas por ex-funcionários da indús- tria pioneira. A tradição começou a ganhar forças. "Os funcionários come- çavam a trabalhar cedo, aprendiam a profissão e acabavam montando o pró- prio negócio, gerando centenas de peque- nas empresas familiares", diz Ana Paula Munhoz Cerron, economista pela Unicamp e mestranda em desenvolvi- mento econômico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que fez um amplo estudo sobre o APL de Limeira. O boom local do setor beneficiou-se do desaquecimento da indústria de maquinários, na década de 1990. Grande parte da mão-de-obra agrícola e metalúr- gica migrou para a produção de jóias, o que tornou Limeira um pólo de atração de novas empresas do ramo. Nos últi- mos anos, cerca de 30 empresas migra- ram para o interior paulista, provenien- tes principalmente de Guaporé (RS) e de Juazeiro do Norte (CE), considerados pólos estratégicos de produção de semi- jóias e bijuterias, aponta a pesquisa de Ana Paula. A concentração de empresas tam- bém se deve às ações implementadas no município para aquecer o setor, como a criação da ALJ. A associação de clas- se dos empresários do setor de semi- jóias tem cerca de 140 integrantes e age como intermediária comercial entre os diversos agentes que atuam no ramo. Entre as formas de apoio que a ALJ pres- ta aos empresários da área, estão o trei- PARCERIAS E CUSTOS BAIXOS ATRAEM INVESTIDORES, MAS EMPRESÁRIOS QUEREM SUPERAR ENTRAVES COMO BAIXA AUTOMAÇÃO, DIFICULDADE DE CRÉDITO E CONCORRÊNCIA EXTERNA 42

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A R R A N J O P R O D U T I V O L O C A L

por Gabriela Di Giulio

Pólo de jóias e bijuterias cresce cominformalidade e pouca inovação

A cidade já foi a capital da laranja,assim como ficou conhecida por abri-gar um parque industrial com grandesempresas na área de máquinas e bensde capital. Hoje, Limeira, localizada àbeira da rodovia Anhangüera no inte-rior paulista, se tornou referência nacio-nal na produção de jóias folheadas ebijuterias de metais, caracterizando-secomo um exemplo de Arranjo ProdutivoLocal (APL) que, apesar de entraves comoa informalidade e baixa automação dasempresas, tem dado certo. O pólo limei-rense é formado, em sua grande maio-ria, por micro e pequenas empresas decapital social familiar, responsáveis porproduzir cerca de 50 toneladas de peçaspor mês, comercializadas em todas asregiões brasileiras, além de exportarpara América Latina e países comoEstados Unidos, África do Sul, Portugal,Itália e Espanha. São 450 empresas for-malizadas e mais cerca de 200 peque-nas informais que atuam no setor.Juntas, elas geram quase 60 mil empre-gos diretos e indiretos, o que correspon-de a um terço da população local econo-micamente ativa.

A forte indústria de jóias e bijute-rias da micro-região de Limeira, queagrega oito pequenas cidades, respon-deu por 60% do faturamento nacionalobtido com exportação de produtos dosetor em 2006 — um montante de US$132 milhões de um total de US$ 220milhões, segundo dados do Instituto

Brasileiro de Jóias e Gema (IBGM).Apesar da explosão recente, a históriada indústria de folheados de Limeira éantiga e está relacionada às famíliastradicionais de ourives que se instala-ram na região no século passado. A pri-meira grande empresa local do setor foifundada em 1938. Dedicada à produçãoindustrial de jóias, a Indústria de JóiasCardoso era considerada, na época, amaior empresa do setor no país, commais de 100 funcionários.

Com a instabilidade econômicaenfrentada pelo Brasil e o aumento cons-tante do preço da matéria-prima utili-zada, o ouro, o setor de jóias entrou emdeclínio na década de 1960. "Com a redu-ção do poder aquisitivo da população,as jóias folheadas e bijuterias mais bara-tas passaram a ser mais procuradaspelos consumidores", explica o empre-sário Rodolfo Mereb Junior, diretor daAssociação Limeirense de Jóias (ALJ).De carona nessa tendência, diversasempresas foram criadas, muitas delas

tocadas por ex-funcionários da indús-tria pioneira. A tradição começou aganhar forças. "Os funcionários come-çavam a trabalhar cedo, aprendiam aprofissão e acabavam montando o pró-prio negócio, gerando centenas de peque-nas empresas familiares", diz Ana PaulaMunhoz Cerron, economista pelaUnicamp e mestranda em desenvolvi-mento econômico pela UniversidadeFederal do Paraná (UFPR), que fez umamplo estudo sobre o APL de Limeira.

O boom local do setor beneficiou-sedo desaquecimento da indústria demaquinários, na década de 1990. Grandeparte da mão-de-obra agrícola e metalúr-gica migrou para a produção de jóias, oque tornou Limeira um pólo de atraçãode novas empresas do ramo. Nos últi-mos anos, cerca de 30 empresas migra-ram para o interior paulista, provenien-tes principalmente de Guaporé (RS) ede Juazeiro do Norte (CE), consideradospólos estratégicos de produção de semi-jóias e bijuterias, aponta a pesquisa deAna Paula.

A concentração de empresas tam-bém se deve às ações implementadasno município para aquecer o setor, comoa criação da ALJ. A associação de clas-se dos empresários do setor de semi-jóias tem cerca de 140 integrantes e agecomo intermediária comercial entre osdiversos agentes que atuam no ramo.Entre as formas de apoio que a ALJ pres-ta aos empresários da área, estão o trei-

PARCERIAS E CUSTOS BAIXOSATRAEM INVESTIDORES, MAS

EMPRESÁRIOS QUEREM SUPERAR ENTRAVES COMO

BAIXA AUTOMAÇÃO, DIFICULDADE DE CRÉDITO ECONCORRÊNCIA EXTERNA

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Profo

fa

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namento de mão-de-obra e a promoçãode eventos como a Feira Internacionalde Jóias Folheadas, Brutos, Máquinas,Insumos e Serviços — conhecida comoAljóias. Criada em 2001, acontece sem-pre em agosto e atrai empresas e com-pradores nacionais e internacionais.Como um braço da Aljóias, em 2006 foirealizada a primeira edição da AbrilFashion, feira destinada a lançamentode coleções. "Isso mostra que o pólo temvocação para se transformar em umgrande vendedor com ênfase na criaçãoe torna-se importante também no lan-çamento da moda", diz o diretor da ALJ.

PARCERIAS A existência de um APL pressupõe

que empresas locais disponham de

apoios governamentais, centros de ensi-no e pesquisa e entidades que ajudema viabilizar projetos e a dinamizar osetor. Um dos apoios na região vem doIBGM, por exemplo, que busca atenderas necessidades do setor em termos detecnologia, capacitação gerencial e derecursos humanos, design e promoçãomercadológica. Outro é o Sindicato dasIndústrias de Jóias de Limeira(Sindijóias), com palestras e cursos, ela-boração de políticas ambientais e que,em parceria com o Serviço de Apoio àMicro e Pequena Empresa (Sebrae/SP),promove o Núcleo de Inovação e Designde Limeira (NID), para estimular empre-sas a usarem o design como elementode agregação de valor em produtos eprocessos.

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No entanto, mesmo que em Limeiraas parcerias aconteçam, a cadeia pro-dutiva do APL ainda não é completa. "Aregião tem estrutura de produção indus-trial bastante diversificada, que abran-ge a fabricação de componentes e aces-sórios, passa pela etapa de fabricaçãode brutos (peças de bijuterias sem aca-bamentos e que não foram banhadas) egalvanoplastia, e vai até a comerciali-zação dos produtos. Mas algumas maté-rias-primas, como o ouro e outros metais,produtos químicos para tratamento depeças e algumas máquinas e equipa-mentos não são produzidos na cidade",diz a economista.

Um tipo de processo de fabricação dejóias e bijuterias, conhecido como micro-fundição, é o que predomina nas cadeias

Produção de jóiafolheada: APL

de Limeiraresponde

por 60% do faturamento

nacional no setor

Assessoria de Im

prensa da Aljoias

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italianas e espanholas desse setor. Porse tratar de uma produção mais meca-nizada, com maior número de etapas aserem seguidas e que exige maioresinvestimentos, permite a produção depeças mais detalhas e maior facilidadeno acabamento. Em Limeira, a produ-ção artesanal é a mais comum, princi-palmente nas empresas informais. Nestecaso, as peças metálicas são fabricadascom manipulação manual em bigorna,martelo e maçarico.

NECESSIDADE DE FORMAÇÃODE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA

De olho nas exportações, o setor temse preocupado em reverter o perfil daprodução, ainda basicamente manual,e está interessado em investir em moder-nização, o que inclui o design das jóias.Para enfrentar essa demanda, as empre-sas contam com o apoio de três impor-tantes instituições de ensino: o SenaiLuiz Vargas, a Escola Técnica EstadualDr. Trajano Camargo do Centro PaulaSouza — o Ceeteps — e a Faculdade deAdministração e Artes de Limeira (Faal).

Fundada em 2000 para melhor qua-lificar a mão-de-obra na região, a facul-dade oferece cursos como o de gradua-ção em design com habilitação em pro-jeto de produto e ênfase em formação dejoalheiros. "Na própria faculdade, há oCentro de Design, que desenvolve ino-vação em produtos e processos e pos-sui uma máquina de prototipagem quetransforma modelos gráficos de peçasde joalheria em moldes reais, o que faci-lita a determinação de novos produtos.Esse serviço é oferecido, inclusive, àsempresas da cidade", destaca Ana Paula.

LIMITAÇÕES Terceirização, informalidade e pou-

ca inovação são as principais limita-ções do pólo de Limeira. "Apesar dosprodutores do pólo de Limeira benefi-ciarem-se da proximidade com os gran-

des centros de consumo, de importan-tes rodovias paulistas — o que facilitao escoamento da produção —, de forne-cedores locais especializados e de mão-de-obra qualificada e treinada, o apro-veitamento de vantagens decorrentesda cooperação entre os agentes locaisainda deixa a desejar", afirma a econo-mista.

Segundo ela, as relações de coope-ração entre as empresas ainda são limi-tadas, em geral envolvendo principal-mente trocas de informações técnicassobre a produção ou sobre a operaçãode máquinas. "A região ainda é inci-piente na cooperação para o desenvol-vimento de tecnologias em produção,design e gestão. Informações sobre odesenvolvimento de novos produtos eprocessos quase nunca são comparti-lhadas, sendo mantidas em segredo,já que os produtores temem a cópia",explica.

Com a informalidade e a própria ter-ceirização para serviços de montagemdas peças, as chances de cópia de designsão grandes. Por isso, muitas empresasinventam diariamente novos modelosde jóias. Para garantir o desenvolvimen-to desses produtos, existe forte intera-ção entre os fabricantes e os fornecedo-res de máquinas que cedem equipamen-tos novos para teste, antes de lançaremuma nova linha no mercado ou produ-zirem máquinas com especificidadesconforme o pedido de cada produtor."Isto facilita a adequação da máquina acada tipo de produção e diminui custos.Assim, apesar de serem técnica e tec-nologicamente inferiores que a maio-ria da importadas, em especial as ita-lianas, as máquinas limeirenses são demaior funcionalidade para os produto-res locais", compara.

Outro ajuste que falta para o pólomelhor concorrer no mercado exter-

Imagens da Abril Fashion

2006, feira internacional

do setor

Divulgação/A

LJ

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no é a grande exigência quanto à qua-lidade do material bruto e ao contro-le de espessura de camadas de reves-timento. No Brasil, em geral, não háexatidão na fabricação do produto, oque demonstra possíveis falhas noprocesso de manufatura. "As peçasnão são uniformes e o processo debanho é feito por peso, o que dificul-ta a utilização de parâmetros maisprecisos de controle de espessura ede outras características do produto",diz a economista.

China e Espanha são os principaisconcorrentes no mercado internacio-nal, oferecendo mais qualidade e sofis-ticação, no caso europeu, e preços bai-xos diante da alta escala de produçãochinesa, que tem mão-de-obra barata esubsídios oficiais.

RECURSOS FINANCEIROSO empresário Rodolfo Dib Mereb,

um dos sócios da empresa MerebBijuterias Ltda, reclama da alta cargatributária como fator de baixa compe-titividade. Para ele, o setor não tem pro-blemas com falta de tecnologia, mascom o acesso a ela. "O desafio é ter aces-so ao crédito para conseguir investirem novos maquinários, em novos pro-cessos de fabricação", afirma.

O uso do aço inox na produção depeças, por exemplo, implica em maisdesafios à empresa de Mereb. "Estamossonhando em comprar uma máquinapara trabalhar com esse material, maso preço dela é de US$ 165 mil. Porenquanto, vamos continuar sonhando,já que o financiamento ainda é difícilpara micros e pequenos empresários",diz. Há 18 anos no ramo e empregando14 funcionários em duas unidades,Mereb diz que, apesar do crescimentosetorial de 30% no último ano, suaempresa cresceu menos, o que reduzsua capacidade de investir em tecnolo-gia e inovação.

TRABALHO INFANTIL E PROBLEMAS OCUPACIONAIS

O pólo industrial de jóias de Limeira tem outros desafios, além do financiamento e aces-so à tecnologia. Recente estudo, amplamente divulgado na mídia, apontou exploração da mão-de-obra infantil e problemas ocupacionais em empresas locais. Num universo de 30,8 mil alu-nos do sistema estadual de educação de Limeira, a pesquisa mostrou que cerca de 27% deles —8,3 mil alunos — fazem trabalhos de montagem e soldagem de jóias e bijuterias em domicílioe 62,1% fazem trabalhos repetitivos. O estudo, feito pelo engenheiro Marcos Antonio LibardiFerreira para sua dissertação de mestrado em engenharia de produção pela UniversidadeMetodista de Piracicaba (Unimep), apontou que o trabalho infantil é caracterizado pelo gran-de número de estudantes na faixa etária de 11 a 17 anos.

Além da entrada prematura no mercado de trabalho, a pesquisa constatou que um traba-lhador, na montagem e soldagem das peças, repete até 4 mil vezes o ato em um dia de traba-lho. O resultado disso é que "desses estudantes, 32% têm dores nas mãos e nos braços e 42,1%têm dores nos ombros, pescoço e coluna", afirma Ferreira.

O Ministério do Trabalho conhece o estudo e, segundo o pesquisador, se comprometeu ainiciar um trabalho voltado a minimizar o trabalho infantil e informal existente na produçãoterceirizada de jóias e bijuterias em Limeira.

DANOS AMBIENTAIS O mesmo estudo apontou problemas de poluição ambiental decorrentes do lançamen-

to de metais pesados no esgoto. "Os riscos ambientais do processo produtivo da indústriade jóias e bijuterias, envolvendo principalmente a galvanoplastia, implicam na existênciade metais pesados no esgoto urbano de Limeira, o que é preocupante". O engenheiro acres-centa que alguns elementos ligados à galvanoplastia das peças aparecem com índices ele-vados em diversas bacias hidrográficas, podendo refletir a existência desse processo pul-verizado em quase todo o município.

Para os empresários locais, a divulgação dos resultados do estudo criou problemas."Lamentavelmente veio a público de forma equivocada e sensacionalista", diz o empresá-rio Odair Zambom, diretor da ALJ. Para discutir a pesquisa e propor ações remediadoras,empresários locais se reuniram com o governo municipal e formaram uma comissão de tra-balho para enfrentar o problema. "Temos conhecimento de mães que trabalham em casa,colocam os filhos para fazer algum tipo de trabalho ao seu lado para que não fiquem nasruas". O empresário questiona qual a idade que o pesquisador considera como infantil, jáque no trabalho são envolvidos também jovens de 14 a 17 anos. "Nossa legislação diz que apartir de 14 anos, o jovem pode ser inserido no mercado de trabalho como Jovem Aprendiz,no projeto Primeiro Emprego. Quanto aos relatos de lesão e dores por esforços repetitivos,hoje não é um problema específico do setor e estudantes que não trabalham muitas vezestambém apresentam estes sintomas, devido às carteiras e cadeiras inadequadas", argumen-ta Zambom.

Para os possíveis problemas ambientais, empresários do setor garantem que há parceriascom órgãos públicos, como a Cetesb, para garantir a implantação de programas sócio-ambien-tais, como tratamento e descarte de resíduos. "É essencial e demanda ampla articulação entreas empresas locais, administração pública e demais órgãos voltados à questão ambiental", dizo diretor da ALJ, Rodolfo Júnior.

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