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    INESULINSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE LONDRINA

    Credenciado pela Portaria n 2.742 de 12/12/2001 do MECAv. Duque de Caxias n 1.247 Jd. Nova Londres Londrina PR

    ALCIDES GOUVEIA ANCIOTOALINE ARAGO DA COSTA

    ANA MARIA GOMES

    PERCIA CONTBIL

    Londrina2009

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    ALCIDES GOUVEA ANCIOTOALINE ARAGO DA COSTA

    ANA MARIA GOMES

    PERCIA CONTBIL

    Monografia apresentada Comissode Coordenao do Curso de Ps-Graduao em Contabilidade eControladoria Empresarial comorequisito obteno do titulo deEspecialista em Controle Interno eExterno rea de auditoria

    Orientador: Vitor Borges da Silva Junior

    Londrina2009

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    BANCA EXAMINADORA

    __________________________________Professor: Vitor Borges da Silva Junior

    __________________________________Prof. Nome

    __________________________________Prof. Nome

    __________________________________

    Prof. Nome

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    Londrina, _04 _ de Janeiro de 2009.

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho aos meusPais, fonte de minha inspirao eexemplo de esforo e dedicao,e a meus irmos e irm amigos detodas as horas e todos que diretae indiretamente me ajudaram naconcluso deste trabalho.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus, em primeiro lugar, a capacitao concedida, sem a qual no

    poderia ter sido realizada a presente pesquisa.

    Ao meu Orientador, Vitor Borges da Silva Junior a orientao concedida durante

    todo o processo de elaborao deste trabalho, em dispor do seu tempo em meu

    favor.

    Agradeo tambm a todas as pessoas que me ajudaram e me apoiaram de alguma

    forma na execuo desta monografia.

    Agradeo tambm a minha famlia em especial a meus pais, a meus irmos e Irms

    que durante o tempo dispensado para este trabalho souberam compreender os

    momentos onde foram preteridos da minha companhia para elaborao deste

    trabalho.

    E a todos que colaboram para a realizao deste trabalho.

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    RESUMO

    A pericia contbil realizada pelo profissional de contabilidade. na

    realidade, uma das atividades exercidas pelo contador da mais alta relevncia e que

    exige uma imensa gama de conhecimentos, no s da prpria contabilidade, como

    tambm de outras cincias afins, alem de uma atitude tica irrepreensvel. O

    contador, quando no exerccio da funo de perito tem a obrigao de evidenciar

    todos os esforos possveis em busca da veracidade dos fato, transcrevendo no

    Laudo Pericial os resultados que obteve do exame realizado, procurando agir

    sempre com o mximo de independncia e absoluta tica. A pericia contbil uma

    atividade ou funo nunca pode ser encarada como profisso. H ainda muitos

    problemas e obstculos a serem vencidos pela classe contbil para que a percia

    contbil, principalmente, a judicial possa ser executada com maior rigor cientifico e

    tcnico. Dentre desses problemas, um dos maiores a remunerao do perito

    Este trabalho realizou uma pesquisa entre profissionais que atuam

    em pericia h longos anos, para maior conhecimento da profisso, sua tica e sua

    amplitude de atuao.

    Palavra Chave: Pericia, Contabilidade, Normas Brasileira de Contabilidade, Papis

    de Percia, Perito

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    ABSTRACT

    The accounting expertise is performed by Professional accounting. It

    is indeed one of the activities performed by the counter of the highest importance and

    requires a vast range of knowledge, not only of his own accounting, as well as other

    related sciences, and an irreproachable attitudes ethics. The meter when exercising

    the function of expert, has an obligation to do everything possible in search of the

    truth of the facts, Laud Expertise in transcribing the results we obtained from the

    examination conducted by seeking always to act with maximum independence and

    absolute ethics. The accounting expertise is an activity or function, it can never be

    seen as a profession. There are still many problems and obstacles to be earned bythe class accounting for the accounting expertise, especially the judiciary, can be

    enforced more rigorously scientific and technical. Among these problems, one of the

    biggest is the return of the expert.

    This paper conducted a survey among professionals who work in

    expertise for many years, to increase knowledge of the profession, its ethics and its

    breadth of action.

    Key words: Skill, Accounting, Brazilian Accounting Standards, Paper for Skill, expert

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    SUMRIO

    INTRODUO .............................................................................................08

    1 BREVE HISTRICO ....................................................................................09

    2 CONCEITUAO .........................................................................................103 TIPOS DE PERCIA .....................................................................................10

    3.1 Percia Judicial..............................................................................................11

    3.2 Percia Contbil Judicial ...............................................................................11

    3.3 Percia Semi Judicial ....................................................................................13

    3.4 Percia Extra Judicial ....................................................................................13

    3.5 Percia Arbitral .............................................................................................13

    4 OBJETIVOS DA PERCIA CONTBIL.........................................................13

    5 PROVA PERICIAL .......................................................................................14

    6 UTILIZAO DE TRABALHO DE ESPECIALISTA.....................................16

    7 LAUDO PERICIAL .......................................................................................16

    8 PARECER PERICIAL CONTBIL................................................................21

    9 PERITO CONTADOR ...................................................................................21

    9.1 Saber Tcnico Cientfico ...............................................................................23

    9.2 Vivncia Profissional .....................................................................................24

    9.3 Perspiccia e Sagacidade.............................................................................249.4 ndole Criativa e Intuitiva ...............................................................................25

    10 IMPEDIMENTO ............................................................................................25

    11 HONORRIOS .............................................................................................25

    11.1 Em Processo Judicial ...................................................................................26

    11.2 Em Inqurito Policial .....................................................................................26

    11.3 Em Comisses Parlamentares de Inqurito ..................................................26

    11.4 Em Juzo Arbitral ..........................................................................................27

    12 SIGILO... ......................................................................................................27

    13 RESPONSABILIDADE DO PERITO ............................................................27

    14 TICA E A PERCIA ....................................................................................28

    15 PROCESSUALISTICA OPERACIONALIZAO DA PERCIACONTBIL 29

    ESTUDO DE CASO . ....................................................................................44

    ORGANOGRAMA ........................................................................................76

    CONSIDERAES FINAIS .........................................................................79

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................80

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    IINNTTRROODDUUOO

    Seja pela globalizao da economia, seja dos mercados, anecessidade do conhecimento do profissional para o sculo XXI, ajustou a viso

    distorcida do especialista puro, exigindo que o homem tenha conhecimentos sobre

    todas as reas que afetam sua especialidade.

    Neste sentido, a Contabilidade, sendo uma cincia social, requer do

    Contador conhecimentos gerais diferente da expresso conhecimento profundo

    de todas as cincias que se inter-relacionam, traduzindo-se em necessrio domnio

    da matemtica, especialmente a financeira, de noes de economia, direito, lgica eoutras.

    O Contador deve fazer parte desse mundo novo, pesquisando,

    atualizando-se e sendo competente e tico com seus clientes na sociedade em

    geral.

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    11 BBRREEVVEEHHIISSTTRRIICCOO..

    Observam-se indcios de percia desde o inicio da civilizao, entre

    os homens primitivos, quando o lder desempenhava todos os papeis: de juiz, de

    legislador e executor.

    H registros, na ndia, do surgimento do rbitro eleito pelas partes,

    que desempenhava o papel de perito e juiz ao mesmo tempo.

    Tambm h vestgios de Percia nos antigos registros da Grcia e do

    Egito, com o surgimento das instituies jurdicas, rea em que j naquela poca, se

    recorria aos conhecimentos de pessoas especializadas.

    Porm, a figura do perito, ainda que associada a rbitro, fica

    definida no Direito Romano primitivo, no qual o laudo do perito constitua a prpria

    sentena.

    Depois da Idade Mdia, com o desenvolvimento jurdico ocidental, a

    figura do perito desvinculou-se da do rbitro.

    Fonseca Apud Alberto (2000:38): Cita que a partir do sculo XVII,

    criou-se definitivamente a figura do perito como auxiliar da justia, e ao perito

    extrajudicial, permitindo assim a especialidade do trabalho judicial.De S (1997:13): Relata que no tempo do Brasil Colnia, relevante

    j era a funo contbil e das percias, conforme se encontra claramente

    evidenciado no Relatrio de 19 de junho de 1779 do Vice-rei Marqus do Lavradio a

    seu sucessor Lus de Vasconcelos e Souza (Arquivo Nacional do Rio de Janeiro).

    Ainda citando Fonseca Apud Oliveira (2000:38), temos que no

    Brasil, a Percia Judicial foi introduzida pelo Cdigo de Processo Civil de 1939, em

    seus artigos 208 e 254, que regulam a Percia, nomeao do perito pelo juiz eindicao pelas partes.

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    22 CCOONNCCEEIITTUUAAOO..

    A expresso Percia advm do Latim: Peritia, que em seu sentido

    prprio significa Conhecimento (adquirido pela experincia), bem como Experincia.

    Aplica-se a Percia, por incumbncia direta ou indireta dos

    interessados, para que este examine, refira e opine com relao matria.

    Atravs das citaes de Durea et al (1953:134) :(...) a percia o testemunho de uma ou mais pessoas tcnicas, no sentido defazer conhecer um fato cuja existncia no pode ser acertada ou juridicamente

    apreciada, seno apoiada em especiais conhecimentos cientficos ou tcnicos.

    (...) a percia se incluem nos meios de prova, nitidamente diferenciada dotestemunho.

    Portanto, Percia a forma de se demonstrar, por meio de laudo

    pericial, a verdade de fatos ocorridos contestados por interessados, examinados por

    especialista do assunto, e a qual servir como meio de prova em que se baseia o

    juiz para resoluo de determinado processo.

    A Percia pode ser realizada em todas as reas do conhecimento

    humano.

    Podemos observar que desde os tempos primrdios a figura do

    Contabilista esteve presente em diversos momentos da histria. Esta situao

    apenas vem demonstrar a sua importncia, tanto para a sociedade fsica quanto

    para a jurdica.

    Semelhantemente a "percia contbil", demonstrou sua necessidade

    e importncia, vindo a ser legalizada, atravs das Normas Brasileiras deContabilidade e pelo Cdigo de Processo Civil.

    33 TTIIPPOOSS DDEE PPEERRCCIIAA..

    Muitos so os casos de aes judiciais para os quais se requer a

    Percia Contbil.

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    Como fora de prova, alicerada em outros elementos que provam,

    como a escrita contbil, os documentos, entre outros, a percia especfica.

    So elas s vezes decisivas nos Julgamentos. Onde se envolvem

    fatos patrimoniais de pessoas, empresas, instituies, portanto, onde esteja a

    dvida, aparece a percia como auxiliar.

    Logo, grande o campo de ao do Perito Contbil.

    33..11 PPeerrcciiaa JJuuddiicciiaall

    A percia judicial especifica e define-se pelo texto da lei;estabelece o artigo 420 do Cdigo de Processo Civil na parte relativa ao Processo

    de Conhecimento:

    a prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliao.

    Ela se motiva no fato de o juiz depender do conhecimento tcnico

    ou especializado de um profissional para poder decidir; essas percias podem ser:

    Oficiais: determinadas pelo juiz sem requerimento das partes;

    Requeridas: determinadas pelo juiz, com requerimento das partes; Necessrias: quando a lei ou a natureza do fato impe sua realizao;

    Facultativas: o juiz determina se houver convenincia;

    Percias de presente: realizadas no curso do processo;

    Percias do futuro: so as cautelares preparatrias da ao principal. Visam a

    perpetuar fatos que podem desaparecer com o tempo.

    O profissional a realizar estas percias, dever atentar-se ao objeto

    de forma clara e objetiva, pois em todos os casos a percia ter fora de prova, e istoimplica responsabilidade para o perito, quer civil, quer criminal.

    33..22 PPeerrcciiaa CCoonnttbbiill JJuuddiicciiaall

    um importante ramo da Contabilidade, e, para sua realizao,

    faz-se necessrio profissional especializado que esclarea questes sobre o

    patrimnio das pessoas fsicas e jurdicas.

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    Para a execuo da Percia Contbil, o profissional utiliza um

    conjunto de procedimentos tcnicos, como: pesquisa, diligncias, levantamento de

    dados, anlise, clculos, por meio de exame, vistoria, indagao, investigao,

    arbitramento, mensurao, avaliao e certificao.

    A concluso da Percia Contbil expressa em laudo pericial,

    esclarecendo controvrsias.

    No entendimento de S (1997:63): A Percia contbil judicial a que

    visa servir de prova, esclarecendo o juiz sobre assuntos em litgio que merecem seu

    julgamento, objetivando fatos relativos ao patrimnio aziendal ou de pessoas.

    Ainda segundo o mesmo autor, o ciclo da Percia Contbil Judicial compe-sede trs fases:

    Fase Preliminar:

    a) a percia requerida ao juiz pela parte interessada;

    b) o juiz defere a percia e escolhe o perito;

    c) as partes formulam quesitos e indicam seus assistentes;

    d) os peritos so cientificados da indicao;e) os peritos propem honorrios e requerem depsitos;

    f) o juiz estabelece prazo, local e hora para o incio.

    Fase Operacional:

    a) incio da percia e diligncias;

    b) curso do trabalho;

    c) elaborao do laudo.

    Fase Final:

    a) assinatura do laudo;

    b) entrega do laudo;

    c) levantamento dos honorrios;

    d) esclarecimentos (se requeridos);

    Em todas as fases, existem prazos e formalidades a serem

    cumpridas.

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    A manifestao do perito sobre os fatos devidamente apurados se

    dar atravs do Laudo Pericial, onde, na condio de prova tcnica, servir para

    suprir as insuficincias do magistrado no que se refere aos conhecimentos tcnicos

    ou cientficos.

    33..33 PPeerrcciiaa SSeemmiijjuuddiicciiaall..

    a percia realizada no meio estatal, por autoridades policiais,

    parlamentares ou administrativas que tm poder jurisdicional, por estarem sujeitas a

    regras legais e regimentais, e semelhante Percia Judicial.

    33..44 PPeerrcciiaa EExxttrraajjuuddiicciiaall..

    aquela realizada fora do judicirio, por vontade das partes. Seu

    objetivo poder ser: demonstrar a veracidade ou no do fato em questo, discriminar

    interesses de cada pessoa envolvida em matria conflituosa; comprovar fraude,

    desvios, simulao.

    33..55 PPeerrcciiaa AArrbbiittrraall..

    a realizada por um perito, e, embora no seja judicialmente

    determinada, tem valor de percia judicial, mas natureza extrajudicial, pois as partes

    litigantes escolhem as regras que sero aplicadas na arbitragem.

    A arbitragem , portanto, um mtodo extrajudicial para soluo de

    conflitos, cujo rbitro desempenha funo semelhante do juiz estatal.

    44 OOBBJJEETTIIVVOO DDAA PPEERRCCIIAA CCOONNTTBBIILL..

    A Percia tem como objetivo fundamentar as informaes

    demandadas, mostrando a veracidade dos fatos de forma imparcial e merecedora de

    f, tornando-se meios de prova para o juiz de direito resolver as questes propostas.

    So objetivos especficos da Percia Contbil :

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    Objetividade;

    Preciso;

    Clareza;

    Fidelidade;

    Conciso

    Confiabilidade inequvoca baseada em materialidades, e.

    Plena satisfao da finalidade.

    Objetividade: caracteriza-se pela ao do perito em no desviar-se

    da matria que motivou a questo.

    Preciso: consiste em oferecer respostas pertinentes e adequadas

    s questes formuladas ou finalidades propostas.

    Clareza: est em usar em sua opinio de uma linguagem acessvel

    a quem vai utilizar-se de seu trabalho, embora possa conservar a terminologia

    tecnolgica e cientifica em seus relatos.

    Fidelidade: caracteriza-se por no deixar-se influenciar por

    terceiros, nem por informes que no tenham materialidade e consistncia

    competentes.

    Conciso: compreende evitar o prolixo e emitir uma opinio que

    possa de maneira fcil facilitar as decises.

    Confiabilidade: consiste em estar percia apoiada em elementos

    inequvocos e vlidos legal e tecnologicamente.

    Plena satisfao da finalidade: , exatamente, o resultado de o

    trabalho estar coerente com os motivos que o ensejaram.

    55 PPRROOVVAA PPEERRIICCIIAALL..

    Os principais meios de prova admitidos em processos judiciais pela

    legislao brasileira so: depoimento pessoal, confisso, exibio (de documento ou

    coisa), testemunho, percia, inspeo judicial. A Percia Contbil , portanto,

    considerada um meio de prova de grande valor.

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    A prova pericial contbil tem como objetivo primordial mostrar a

    verdade dos fatos do processo na instncia decisria e utilizada se o objeto da

    questo o requerer.

    Para Silva (Revista Brasileira de Contabilidade, n. 113:34). A prova

    pericial o meio de se demonstrar nos autos, por meio de documentos, peas ou

    declaraes de testemunhas, tudo que se colheu nos exames efetuados.

    A prova pericial obtida mediante procedimentos determinados pela

    Resoluo do CFC 858/99 Normas Brasileiras de Contabilidade NBC-T 13.4.1,

    da Percia Contbil.

    Os procedimentos de Percia Contbil visam fundamentar as

    concluses que sero levadas ao laudo pericial contbil ou parecer contbil, eabrangem total ou parcialmente, segundo a sua natureza e complexidade da

    matria, exame, vistoria, indagao, investigao arbitramento, mensurao,

    avaliao e certificao.

    O exame a anlise dos livros comerciais de registros, os documentos fiscais

    e legais, enfim todos os elementos ao alcance do profissional,

    preferencialmente os que tenham capacidade legal de prova. O perito,

    todavia, compulsa tambm componentes patrimoniais concretos (dinheiro,ttulos, mercadorias, bens mveis, veculos, etc.), alm de tais elementos,

    lida, ainda, com instrumentaes, como normas, clculos, regulamentos, etc.

    A vistoria um exame pericial, mas distingue-se dele pela origem e por seus

    efeitos. Por ela se confirmam estados e situaes alegadas por interessados,

    para reclamar direitos, defender-se de acusaes, justificar e comprovar atos

    e, em oposio, por aqueles que sustentam obrigaes de terceiros, acusam

    ou pretendem garantir seus direitos. A indagao o ato pericial de se obter testemunho pessoal de quem tem

    conhecimento de atos e fatos pertinentes matria.

    A investigao uma tcnica pericial abrangente, que tem por finalidade

    detectar se houve sobre determinado fato, procedimento que obscurece a

    verdade, como: fraude, m-f, dolo, erro, etc.

    O arbitramento a tcnica que se utiliza de procedimentos estatsticos para

    estabelecer valores e procedimentos analgicos para fundamentar o valorencontrvel.

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    A mensurao o ato de quantificao fsica de coisas, bens, direitos e

    obrigaes.

    A avaliao o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos,

    obrigaes, despesas e receitas. a constatao do valor real das coisas por

    meio de clculos e anlises.

    A certificao est contida no laudo, que, por ser efetuado por um profissional

    habilitado formal e tecnicamente, merecedor de f pblica.

    Todos os meios so vlidos para que o perito forme a sua opinio,

    evidenciando sempre a verdade dos fatos, porm, no se esquecendo de sua

    conduta tica.

    O perito contbil em qualquer trabalho que venha desenvolver, ter

    acesso a todos os documentos necessrios para a elaborao do laudo pericial,

    inclusive, em alguns casos poder solicitar o depoimento dos envolvidos.

    66 UUTTIILLIIZZAAOO DDEE TTRRAABBAALLHHOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIISSTTAA..

    Determina atravs da Resoluo CFC n733/92 de 22/10/92 NBC P2 Normas Profissionais de Perito Contbil:

    2.8.1. O perito contbil pode utilizar-se de especialistas, de outras reas,

    como forma de propiciar a realizao de seu trabalho, desde que parte da

    matria objeto da percia assim o requeira.

    2.8.2. Na percia extrajudicial a responsabilidade do perito fica restrita a sua

    rea de competncia profissional quando faz uso do trabalho de especialista,

    com efeito determinado no laudo contbil, fato que deve constar do mesmo.

    Recorrer a especialistas de outras reas s vezes necessrio para

    suplementar tarefa ou resolver assuntos que fogem formao cultural do contador.

    Judicialmente, o perito responsvel por sua opinio e, se recorreu

    a terceiros, deve, igualmente, assumir a responsabilidade, pois dividiu a tarefa, mas

    no a responsabilidade.

    77 LLAAUUDDOO PPEERRIICCIIAALL..

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    o produto do trabalho pericial, em que o especialista se pronuncia

    sobre questes submetidas sua apreciao.

    De acordo com a Resoluo 858/99 de 21/10/99 do CFC, NBC T

    13 Da Percia Contbil - 13.5 Laudo Pericial Contbil.

    O laudo pericial contbil a pea escrita na qual o perito-contador expressa,

    de forma circunstanciada, clara e objetiva, as snteses do objeto da percia, os

    estudos e as observaes que realizou as diligncias realizadas, os critrios

    adotados e os resultados fundamentados, e as suas concluses.

    O Perito Contador o nico responsvel pela preparao e redao

    do laudo, que deve ser produzido de maneira clara e objetiva, expondo a sntese doobjeto da percia, os critrios adotados e as concluses.

    O laudo poder ser com quesitos, que sero transcritos e tero as

    respostas circunstanciadas na pesquisa efetuada, respondidos primeiros os quesitos

    oficiais e, posteriormente, os formulados pelas partes; e, quando no houver

    quesitos, a percia ser orientada pelo objeto da matria.

    O laudo dever ser datado e assinado pelo perito-contador,

    cumprindo toda a formalidade, e encaminhando mediante petio, quando judicial ouarbitral e por carta protocolada ou por qualquer outro meio que comprove a entrega,

    quando extrajudicial.

    No existe normatizao quanto estrutura do laudo, mas existem

    formalidades que compem a estrutura dos mesmos.

    Em geral, no mnimo, um laudo deve ter em sua estrutura os

    elementos seguintes:

    a) abertura:

    Nome da pessoa a quem se dirige a percia;

    N do processo se houver;

    Nome das partes envolvidas autor e ru; e

    Pargrafo introdutrio.

    No pargrafo introdutrio consta:

    Declarao formal de realizao do trabalho pericial; Identificao legal do perito;

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    N do rgo de classe;

    Declarao de observncia da legislao processual aplicvel e

    E das Normas Brasileiras de Percia e do perito-contador;

    E a declarao da espcie de laudo que se apresenta.

    b) Consideraes iniciais

    Data e nome do solicitador da percia;

    Referncia de tcnicas adotadas para exame dos autos;

    Se h necessidade ou no de diligncias.

    c) Exposio sobre o desenvolvimento do trabalho:

    Introduo ao tpico do trabalho a ser desenvolvido, referncia a normas

    profissionais e ordenamento lgico;

    Identificao do objeto da prova pericial (questo);

    Identificao do objeto da prova pericial (sua finalidade);

    Se no houver diligncia, descrio dos elementos que foram objeto de

    exame, anlise ou verificao;

    Se houver diligncia, descrio dos elementos pesquisados e vistoriados;

    Descrio de tcnicas, anlises, mtodos e raciocnios utilizados para

    concluso pericial.

    d) Consideraes finais

    Sntese da concluso;

    Opinio tcnica do perito sobre a matria;

    Sntese de apurao de valor e seu montante (se for o caso);

    Sntese da finalidade do laudo;

    Indicao de quesitos (se houver).

    e) Quesitos - Respostas

    Transcritos na ordem do laudo;

    Respondidos seqencialmente transcrio dos quesitos formulados;

    Respondidos circunstanciadamente de forma clara e objetiva.

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    f) Encerramento do laudo:

    Exposio formal do encerramento do trabalho pericial, de maneira simples e

    objetiva;

    Descrio da quantidade de pginas que compem o laudo, se rubricadas ou

    no;

    Local e data da concluso do laudo;

    Assinatura e identificao do perito.

    g) Anexos

    Os anexos que integram o laudo devem ser numerados seqencialmente e

    rubricados pelo perito;

    Dos anexos fazem parte: demonstrativo de anlise e dos documentos

    indispensvel ilustrao e bom esclarecimento do trabalho tcnico

    realizado.

    Exemplificando o relatado acima, apresentamos um modelo que

    contempla uma das formas de apresentao do Laudo Pericial.

    No existe um modelo padro para o Laudo Pericial, porm, todos

    devem conter os elementos bsicos relatados anteriormente.Anexos a folha de rosto que estamos apresentando, devem figurar

    os quesitos e outros documentos complementares, necessrios confeco do

    Laudo Pericial.

    LLAAUUDDOO PPEERRIICCIIAALL

    (TIPO DE AO)

    Processo n. (nmero do processo)...VARA CVEL DA COMARGA

    DE................................

    (caracterizao dos responsveis pela vara juiz, promotor e escrivo).

    (nome das partes)

    Requerente:

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    Requerido:

    Objeto da Percia (enumera os objetivos do trabalho pericial, conforme pedido das

    partes ou identificado nas manifestaes).

    (nome dos advogados)

    Perito do Juzo:

    (nome do perito oficial) CRM-(n. do registro)

    (nome do Assistente Tcnico)

    Requerente:

    Requerido:

    Orientao observada pelo signatrio deste quando na funo como

    perito do Juzo:

    O entendimento do signatrio que a principal funo dos tcnicosauxiliares, em particular o perito do Juzo, proporcional ao Meritssimo Juiz todos

    os elementos elucidativos das controvrsias suscitadas nos autos, principalmente

    das que so tidas por pontos cruciais ou essenciais, sem o conhecimento das qual o

    doutor juiz no se poder pronunciar conveniente e adequadamente.

    Dentro deste esprito, apresenta-se as respostas aos quesitos,

    sempre procurando isentar-se do entendimento da aplicabilidade das normas legais,

    por se tratar de mrito especificamente do Juzo, o que enseja abstrair-se dasindagaes concernentes interpretao das leis.

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    Corpo da Percia

    Metodologia Aplicada

    Resposta aos quesitos

    Anexos

    88 PPAARREECCEERR PPEERRIICCIIAALL CCOONNTTBBIILL..

    O parecer pericial contbil importante instrumento de subsidio,

    pelo qual o Perito Contador assistente emite opinio sobre as diligncias realizadas,

    disponibilizando ao juiz e as parte significativos resultados para dirimir o litgio.

    Quanto as formalidade que norteiam os procedimentos que devem

    ser observados pelo Perito Contador assistente na elaborao do parecer pericial

    contbil, essencial a observao dos seguintes itens:

    A finalidade do parecer pericial contbil dar opinio fundamentada sobre o

    laudo;

    Sua preparao exclusiva do perito-contador assistente;

    Se houver concordncia com o laudo pericial contbil, ser expressa no

    parecer;

    No havendo concordncia com algum item do laudo, este dever ser

    transcrito na integra no parecer, no qual o perito-contador assistente emite

    sua opinio fundamentada;

    Os anexos devero ser numerados, identificados e mencionados, se houver

    necessidade de incorpor-los ao parecer;

    Ser datado, rubricado, e assinado, identificando habilitao profissional;

    Encaminhado por petio protocolada, quando judicial e arbitral, e, se

    extrajudicial por qualquer outro meio comprobatrio.

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    99 PPEERRIITTOO CCOONNTTAADDOORR..

    O Perito especialmente o Perito Contador, o encarregado de

    exercer a percia mediante os exames, anlises, investigaes contbeis e

    diligncias cabveis e necessrias a fim de mostrar a verdade dos fatos trazidos

    pelas partes, por meio da prova contbil documental, constituindo um verdadeiro

    esprito e filosofia de trabalho.

    So busca da verdade real oriunda do eficaz e efetivo

    desempenho do perito contbil nos registros, documentos contbeis, controles

    internos da entidade e de quaisquer outros elementos materiais disponibilizados

    pelas partes ou obtidos junto a terceiros, visando a promover a verdade formal mais

    prxima possvel da realidade estudada e identificada no trabalho de campo.

    Como elementos para a realizao de seu trabalho, o Perito

    Contador dispe da escriturao contbil, da escriturao fiscal, da escriturao

    societria de uma entidade econmica, que, independentemente da natureza da

    percia, judicial ou extrajudicial, lhes sero exibidas total ou parcialmente, segundo a

    necessidade de dado caso, alm de todos os controles internos gerenciais,

    operacionais, planos da entidade e demais informaes escritas.

    Alm desses elementos, existem os veculos acessrios, como adocumentao que suporta a escriturao ou outros necessrios para a

    comprovao do fato, conforme previsto no Cdigo de Processo Civil (art.429), tais

    como depoimento de testemunhas, documentos em poder de partes, reparties

    publica e outros.

    Cabe destacar que um dos procedimentos mais adequados que o

    Perito Contador deve promover quando se questiona a validade legal da escritacontbil de uma das entidades do litgio e valer-se, dentre as diversas modalidades

    de certificao oriundas da tecnologia contbil de auditoria interna, da determinada

    prova emprestada.

    Consiste na contraprova de valores registrados na escrita da

    entidade mediante a verificao, junto aos credores, ou mesmo aos participantes

    dos fatos contbeis registrados, daquele lanamento.

    Depreende-se que, para o desempenho de tal funo, o Perito deveestar dotado de habilidade, destreza e, principalmente, de conhecimento tcnico-

    cientfico de Contabilidade.

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    O Perito deve, necessariamente, ser habilitado profissionalmente

    para a realizao da percia, por que a sua interpretao de um fato contbil ir

    propiciar o descobrimento da verdade.

    Ademais, em deciso do Superior Tribunal de Justia, relatada pelo

    Ministro Adhemar Marcela e publicada no Dirio Oficial da Unio em 17/09/97, tem-

    se que a percia contbil s pode ser efetuada por CONTADOR, profissional

    portador de diploma universitrio, devidamente inscrito no Conselho de

    Contabilidade.

    O exerccio de outros profissionais, como Economistas e o

    Administrador de Empresas, representa possibilidade de nulidade de prova pericial

    contbil pela parte que se sentir lesada, onerando, protelando e dificultando aadequada prestao jurisdicional.

    Para que o desempenho dessa funo seja eficiente e eficaz, exige-

    se do Perito, dentre outros, requisitos fundamentais, que so:

    Reconhecido saber tcnico-cientfico da realidade de sua especialidade,

    dedicando-se a uma educao continuada e persistente estudo da doutrina

    em que se graduou;

    Vivncia profissional nas diversas tecnologias que a cincia de suahabilitao universitria possui, bem como experincias em percias;

    Perspiccia;

    Perseverana;

    Sagacidade;

    ndole criativa e intuitiva;

    Probidade.

    Podemos observar nos itens acima, que a responsabilidadedelegada ao Perito comea no planejamento do trabalho, na execuo e elaborao

    do laudo pericial. Sua criatividade, competncia e responsabilidade faro com que

    seu trabalho torne-se sustentvel juridicamente.

    99..11 SSaabbeerr TTccnniiccoo--CCiieennttffiiccoo..

    Alm do requisito legal do registro nos rgos fiscalizadores do

    exerccio profissional, neste caso o Conselho Regional de Contabilidade, hoje

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    plenamente definida a exigncia de que o Perito tenha formao universitria, ao

    seu lado tambm est exigncia do saber tcnico-cientfico da matria, para que

    se aprofunde cientificamente na interpretao do fato em sua especialidade, visando

    a levar aos autos a verdade real, de que resulta para qualquer das partes a

    adequada aplicao da justia no processo judicial ou a administrao de um

    patrimnio, quando a percia for extrajudicial.

    O Perito pode extrair elementos, interpreta-los e ainda delimitar um

    fato quanto tiver pleno domnio dos conhecimentos de sua realidade.

    A necessidade de educao continuada est vinculada ao constante

    aprimoramento da cincia, especialmente a contbil, mediante o qual os cientistas

    perseguem a melhor forma de apresentao do estudo da matria objeto da cincia,alm de estabelecer sempre uma condio de adequada fundamentao cientfica

    no laudo pericial.

    99..22 VViivvnncciiaa PPrrooffiissssiioonnaall..

    A vivncia profissional considerada em percia como seu elemento

    fundamental.

    A percia versa sempre sobre matria de fato, que muitas vezes no

    atingida pelos conhecimentos tericos puros de uma Cincia, resultando dessa

    condio a integrao entre conhecimento terico e experincia profissional.

    A teoria define padres de comportamento profissional, porm, a

    prtica os torna pessoais, ou seja, dois Contadores podem, sobre um mesmo

    evento, ter duas interpretaes distintas.

    Existem prticas grosseiras, e que saltam vista at de leigos em

    Contabilidade; entretanto, tambm existem prticas bastante sutis, que mesmo o

    Contador encontra dificuldades em detectar. Da a extrema necessidade do

    equilbrio e do bom-senso, advindos da vivncia profissional exigida de um Perito.

    99..33 PPeerrssppiicccciiaa ee SSaaggaacciiddaaddee..

    Conforme conceituao do dicionrio Aurlio, tem-se que estas

    palavras exprimem a qualidade profissional do Perito relativo sua capacidade deobservao, concentrao para identificar adequadamente o objeto de estudo,

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    examinando, analisando, estudando profundamente, sem se permitir desenvolver o

    trabalho de forma superficial.

    No caso do Perito Contbil, sua capacidade especial de identificar os

    fenmenos patrimoniais resultantes de determinada movimentao do patrimnio e

    procurar sua evidncias no dirio, razo auxiliar e representaes grficas

    elaboradas pelas entidades envolvidas um exemplo da materializao da

    perspiccia.

    99..44 nnddoollee CCrriiaattiivvaa ee IInnttuuiittiivvaa..

    Embora tais qualidades sejam frutos do ntimo do ser humano, emalguns desenvolvidos e aprimorados de forma mais evidente, no significa que o

    profissional, que objetiva tornar-se um Perito, desconsidere tais particularidades.

    Pode-se dizer que tais caractersticas sejam o sexto sentido do

    profissional, que encontra no trabalho pericial a sua forma plena de servir ao prximo

    e humanidade, trabalhando com a unio de seu corpo e esprito.

    1100 IIMMPPEEDDIIMMEENNTTOO..

    O Perito Contador, ao ser nomeado, escolhido ou contratado, dever

    declarar-se impedido quando:

    Participar do processo em litgio;

    Atuou como perito-contador assistente ou testemunha do processo;

    For cnjuge, parente consangneo ou afim em linha reta ou colateral, at

    segundo grau, de participantes do processo;

    Tiver interesse, por si ou por parentes, no resultado do trabalho;

    Exercer cargo incompatvel com a pericial;

    A matria periciada no for de sua especialidade;

    Ocorrer motivo de fora maior; e,

    A estrutura do profissional no permitir a assuno do encargo.

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    1111 HHOONNOORRRRIIOOSS..

    Os honorrios periciais esto regulados pelo CPC, artigo 19, 20 e

    33, e pela Resoluo 857/99 NPC-P2, do Perito Contbil:

    2.5.1.O Perito Contador e o Perito Contador Assistente devem estabelecer

    previamente seus honorrios, mediante avaliao dos servios, considerando-

    se entre outros os seguintes fatores:

    A relevncia, o vulto, o risco e a complexidade dos servios a executar;

    As horas estimadas para a realizao de cada fase do trabalho;

    A qualificao do pessoal tcnico que iraparticipar da execuo dos servios;

    O prazo fixado, quando indicado ou escolhido, e o prazo mdio habitual de

    liquidao, se nomeado pelo juiz;

    A forma de reajuste e de parcelamento se houver;

    Os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho; e.

    No caso de perito-contador assistente, o resultado que, para o contratante,

    advir com os servios prestados, se houver.

    Os honorrios devem ser encarados de forma tica, levando-se em

    considerao a complexidade da matria, as horas despendidas entre os outros

    elementos, para que os valores no venham a comprometer a iseno e perfeio

    da percia, a qualidades tcnica e moral do trabalho e para que no ocorra

    aviltamento.

    1111..11 EEmm PPrroocceessssoo JJuuddiicciiaall..

    Os honorrios so requeridos mediante petio. No processo

    judicial, a responsabilidade pelo pagamento dos honorrios da parte que requereuo exame, ou do autor, quando o exame de oficio ou requerido pelas partes. Os

    honorrios podem ser solicitados na forma de depsito prvio, ou no final do

    processo, com os acrscimos legais.

    Na Justia do Trabalho no se exige a antecipao dos honorrios,

    pois, em aes trabalhistas, o autor geralmente no tem condies de faz-lo, e o

    valor dos honorrios comum ser arbitrado pelo juiz.

    Os honorrios periciais compem as despesas do processo e, seno pagos, passam a constituir um ttulo executivo. Quando os honorrios so

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    levados apreciao do juiz, passam a ser aprovados por deciso judicial,

    merecendo f.

    1111..22 EEmm IInnqquurriittoo PPoolliicciiaall..

    Quando a percia efetuada por funcionrio do Estado ligado

    Criminalstica, no h falar em honorrios, mas, quando no se tm esses

    profissionais qualificados, os peritos tm de observar os moldes dos honorrios do

    perito nomeado em juzo, de acordo com o CPC (Cdigo de Processo Civil).

    1111..33 EEmm CCoommiisssseess PPaarrllaammeennttaarreess ddee IIiinnqquurriittoo..No caso de necessidade do Perito Especializado, no havendo, nos

    rgos pblicos, especialistas na matria, esses so solicitados pela comisso.

    Deveria ser mediante licitao, mas, dada urgncia de alguns

    casos, isso no ocorre, e devem ser observados os critrios j existentes.

    1111..44 EEmm JJuuzzoo AArrbbiittrraall..

    O juzo arbitral institudo pela vontade das partes, e cada umadelas responde pelos honorrios.

    1122 SSIIGGIILLOO..

    De acordo com a Resoluo CFC n. 733/92 de 22/10/92 NBC

    P-2 Normas Profissionais de Perito Contbil, item 2.6 - Sigilo:

    2.6.1. O perito contbil deve respeitar e assegurar o sigilo do que apurar

    durante a execuo de seu trabalho, no divulgando em nenhuma

    circunstncia, salvo quando houver obrigao legal de faz-lo, dever que se

    mantm depois de entregue o laudo ou terminados os compromissos

    assumidos.

    O que se conhece em razo de confiana no pode ser divulgado,

    sendo crime faz-lo. O CPC em seu artigo 144 diz Ningum pode ser obrigado a

    depor de fatos, a cujo respeito, por estado de profisso, deva guardar segredo..

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    1133 RREESSPPOONNSSAABBIILLIIDDAADDEESS DDOO PPEERRIITTOO..

    Estabelece a Resoluo CFC n. 733/92 de 22/10/92 NBC P-2

    Normas Profissionais de Perito Contbil, item 2.7 Responsabilidade e Zelo:

    2.7.1. o perito contbil deve cumprir os prazos e zelar por suas prerrogativas

    profissionais nos limites de sua funo, fazendo-se respeitar e agindo sempre

    com seriedade e discrio.

    2.7.2. Os peritos contbeis, no exerccio de suas atribuies, respeitar-se-o

    mutuamente, defesos elogios e crticas de cunho pessoal..

    No desempenho da atividade, o Perito Contador e o Perito

    Assistente esto obrigados a portar-se com tica, lealdade, idoneidade e

    honestidade em relao ao juiz e s partes litigantes.

    Se, porventura, o Perito Contador cometer qualquer prtica

    incorreta, especificamente que possa trazer danos s partes, responder por estes e

    ainda estar sujeito a punies do Conselho Regional de Contabilidade de sua

    jurisdio e sano da Lei Penal.

    1144 TTIICCAA EE AA PPEERRCCIIAA..

    Muitas so as definies de tica, todas relacionando-a com a Moral

    e o comportamento irrepreensvel do ser humano, na busca de qualquer de seus

    objetivos, que podem ser apenas de felicidade pessoal, ou xito intelectual,

    profissional ou econmico.

    A tica, como principio contbil, envolve aspectos objetivos em que

    sua aplicao no depende de opo ou escolha do profissional, mas

    conseqncia da prpria natureza da Contabilidade, contida no princpio contbil, a

    qual precisa ser respeitada.

    Assim, como no se pode alegar ignorncia da lei, para no cumpri-

    la, tambm no se podem ignorar exigncias tcnicas e culturais para o exerccio da

    profisso.

    Quanto maior a falta de conhecimento, menos condies tm o

    profissional de conscientizar-se de que est errado. Essa ignorncia caracteriza

    tambm falta de tica, embora o indivduo, por carncia de conhecimento possa

    aceitar como certo aquilo que est errado.

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    Da mesma forma, quando o indivduo no tem boa formao tica,

    tambm no sabe se est ou no cometendo ato atico. Quando incompetente e

    mal formado, seu erro pode abranger os dois aspectos, ou seja, ele erra no

    julgamento de seus prprios atos e na aplicao da tica contbil.

    O respeito tica deve estar implcito no exerccio de qualquer

    profisso, mas em especial na Profisso Contbil, no somente por envolver

    interesses de pessoas que podem estar apenas indiretamente ligadas ao patrimnio,

    cujos fenmenos registramos, analisamos, interpretamos e sobre os quais damos

    informaes e orientao, muitas vezes imprescindveis para a tomada de decises,

    mas tambm porque a tica est implcita na prpria cincia contbil, como um

    Princpio Fundamental de Contabilidade.O Conselho Federal de Contabilidade, com poderes concedidos por

    Lei, aprovou o Cdigo de tica Profissional do Contabilista. Resoluo CFC n

    803/96, de 10 de outubro de 1996, incluindo as alteraes da Resoluo CFC n.

    819/97, de 20 de novembro de 1997.

    1155 PPRROOCCEESSSSUUAALLSSTTIICCAA EE OOPPEERRAACCIIOONNAALLIIZZAAOO DDAA PPEERRCCIIAA CCOONNTTBBIILL

    A operacionalizao da percia Contbil judicial, e sua

    processualstica, compreendem dois momentos distintos que podemos classificar

    como Atos Preparatrios e Atos de Execuo.

    CChhaavvee ddee RReessppoossttaass

    1. Quando ser nomeado o perito?

    Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento tcnico oucientfico, o juiz ser assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.

    1o Os peritos sero escolhidos entre profissionais de nvel universitrio,devidamente inscrito no rgo de classe competente, respeitado o disposto noCaptulo Vl, seo Vll, deste Cdigo. (Includo pela Lei n. 7.270, de 1984)

    2o Os peritos comprovaro sua especialidade na matria sobre que deveroopinar, mediante certido do rgo profissional em que estiverem inscritos. (Includopela Lei n 7.270, de 1984)

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    3o Nas localidades onde no houver profissionais qualificados quepreencham os requisitos dos pargrafos anteriores, a indicao dos peritos ser delivre escolha do juiz. (Includo pela Lei n 7.270, de 1984),:

    Art. 421. O juiz nomear o perito, fixando de imediato o prazo para a entregado laudo. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    1o Incumbe s partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimao dodespacho de nomeao do perito:

    I - indicar o assistente tcnico;

    II - apresentar quesitos.

    2o Quando a natureza do fato o permitir, a percia poder consistir apenas nainquirio pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasio da audincia deinstruo e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmenteexaminado ou avaliado. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992), e

    Art. 441. Ao realizar a inspeo direta, o juiz poder ser assistido de um oumais peritos.

    2. O perito poder ser nomeado no juzo deprecado? E os assistentes tcnicospodero ser indicados nele?

    Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poder proceder-se nomeao de perito e indicao de assistentes tcnicos no juzo, ao qual serequisitar a percia.

    3. Quando o juiz nomear contador para apurar haveres? Art. 993. Dentro de 20 (vinte) dias, contados da data em que prestou o

    compromisso, far o inventariante as primeiras declaraes, das quais selavrar termo circunstanciado. No termo, assinado pelo juiz, escrivo einventariante, sero exarados: (Redao dada pela Lei n 5.925, de1.10.1973)

    Pargrafo nico. No caso previsto no art. 993, pargrafo nico, o juiz

    nomear um contador para levantar o balano ou apurar os haveres. II - a apurao de haveres, se o autor da herana era scio de sociedade que

    no annima. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

    4. A quem incumbe a indicao dos assistentes tcnicos?

    Art. 421. O juiz nomear o perito, fixando de imediato o prazo para a entregado laudo. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    1o Incumbe s partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimao dodespacho de nomeao do perito:

    I - indicar o assistente tcnico;

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    5. Qual o dever do perito ao ser intimado na nomeao?Quando pode o peritoescusar-se?

    Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofcio, no prazo que Ihe assina alei, empregando toda a sua diligncia; pode, todavia, escusar-se do encargoalegando motivo legtimo.

    Pargrafo nico. A escusa ser apresentada dentro de 5 (cinco) dias,contados da intimao ou do impedimento superveniente, sob pena de sereputar renunciado o direito a aleg-la (art. 423). (Redao dada pela Lei n8.455, de 1992)

    Art. 422. O perito cumprir escrupulosamente o encargo que Ihe foi cometido,independentemente de termo de compromisso. Os assistentes tcnicos sode confiana da parte, no sujeitos a impedimento ou suspeio. (Redaodada pela Lei n 8.455, de 1992)

    Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado porimpedimento ou suspeio (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgarprocedente a impugnao, o juiz nomear novo perito. (Redao dada pelaLei n 8.455, de 1992).

    6. Qual ser o procedimento do juiz nos casos de recusa ou impedimento doperito?

    Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado porimpedimento ou suspeio (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgarprocedente a impugnao, o juiz nomear novo perito. (Redao dada pelaLei n 8.455, de 1992).

    7. Qual deve ser o procedimento do perito quando no concluir a percia doprazo?

    Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, no puder apresentar o laudo dentro doprazo, o juiz conceder-lhe-, por uma vez, prorrogao, segundo o seu prudentearbtrio.

    Pargrafo nico. (Revogado pela Lei n 8.455, de 1992)

    8. Quando ser substitudo o perito? E qual a punio cabvel no caso de nocumprir o encargo no prazo que lhe foi determinado?

    Art. 424. O perito pode ser substitudo quando: (Redao dada pela Lei n 8.455, de1992)

    I - carecer de conhecimento tcnico ou cientfico;

    9. Como os peritos sabero dos prazos?

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    Art. 422. O perito cumprir escrupulosamente o encargo que Ihe foi cometido,independentemente de termo de compromisso. Os assistentes tcnicos so deconfiana da parte, no sujeitos a impedimento ou suspeio. (Redao dada pelaLei n 8.455, de 1992)

    10. Quando e como poder ser sancionado o perito?Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informaes inverdicas,responder pelos prejuzos que causar parte, ficar inabilitado, por 2 (dois) anos, afuncionar em outras percias e incorrer na sano que a lei penal estabelecer.

    Art. 424. O perito pode ser substitudo quando: (Redao dada pela Lei n 8.455, de1992)

    I - carecer de conhecimento tcnico ou cientfico;

    II - sem motivo legtimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que Ihe foiassinado. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    Pargrafo nico. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicar a ocorrncia corporao profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixadatendo em vista o valor da causa e o possvel prejuzo decorrente do atraso noprocesso. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    11. Quem pagar os honorrios do perito e/ou assistente tcnico?

    Art. 33. Cada parte pagar a remunerao do assistente tcnico que houverindicado; a do perito ser paga pela parte que houver requerido o exame, ou peloautor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofcio pelo juiz.

    Pargrafo nico. O juiz poder determinar que a parte responsvel pelopagamento dos honorrios do perito deposite em juzo o valor correspondente aessa remunerao. O numerrio, recolhido em depsito bancrio ordem do juzo ecom correo monetria, ser entregue ao perito aps a apresentao do laudo,facultada a sua liberao parcial, quando necessria. (Includo pela Lei n 8.952, de

    1994)

    12. Quais as condies em que o juiz ordenar o exame pericial na reproduomecnica?

    Art. 383. Qualquer reproduo mecnica, como a fotogrfica, cinematogrfica,fonogrfica ou de outra espcie, faz prova dos fatos ou das coisas representadas, seaquele contra quem foi produzida Ihe admitir a conformidade.

    Pargrafo nico. Impugnada a autenticidade da reproduo mecnica, o juiz

    ordenar a realizao de exame pericial

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    13. Quando poder ser antecipada a percia?

    Art. 848. O requerente justificar sumariamente a necessidade da antecipao emencionar com preciso os fatos sobre que h de recair a prova.

    Pargrafo nico. Tratando-se de inquirio de testemunhas, sero intimados osinteressados a comparecer audincia em que prestar o depoimento.

    Art. 849. Havendo fundado receio de que venha a tornar-se impossvel oumuito difcil a verificao de certos fatos na pendncia da ao, admissvel oexame pericial.

    14. Pode o juiz formular quesitos?Quando?

    Art. 426. Compete ao juiz:

    II - formular os que entender necessrios ao esclarecimento da causa.

    15. Qual o prazo para que as partes apresentem quesitos e/ou indiquemassistentes tcnico?

    Art. 421. O juiz nomear o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega dolaudo. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    1o Incumbe s partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimao dodespacho de nomeao do perito:

    I - indicar o assistente tcnico;

    II - apresentar quesitos.

    16. No caso de juntada de novos quesitos, como deve proceder o escrivo emrelao s partes?Art. 425. Podero as partes apresentar, durante a diligncia, quesitossuplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dar o escrivo cincia partecontrria.

    17. Quem fixar os prazos para entrega do laudo?Art. 421. O juiz nomear o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega dolaudo. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    18. Em que consiste a prova pericial?Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliao.

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    19. Pode o perito ouvir testemunhas ou requisitar documentos?Art. 429. Para o desempenho de sua funo, podem o perito e os assistentestcnicos utilizar-se de todos os meios necessrios, ouvindo testemunhas, obtendo

    informaes, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou emreparties pblicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias eoutras quaisquer peas.

    20. O que o juiz mandar trasladar na carta de ordem, na carta rogatria ou nacarta precatria?

    Art. 202. So requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatria e da cartarogatria: 1o O juiz mandar trasladar, na carta, quaisquer outras peas, bem como instru-lacom mapa, desenho ou grfico, sempre que estes documentos devam ser

    examinados, na diligncia, pelas partes, peritos ou testemunhas.

    21. Quando se trata do documento, carta de ordem, rogatria ou precatria, o queser remetido?

    Art. 202. So requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatria e da cartarogatria 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este serremetido em original, ficando nos autos reproduo fotogrfica.

    22. Nas audincias de instruo e julgamento, qual o prazo para a apresentaodo laudo e dos pareceres?

    Art. 433. O perito apresentar o laudo em cartrio, no prazo fixado pelo juiz, pelomenos 20 (vinte) dias antes da audincia de instruo e julgamento. (Redao dadapela Lei n 8.455, de 1992)

    23. Quem apresentar laudo e quem apresentar parecer?

    Art. 433. O perito apresentar o laudo em cartrio, no prazo fixado pelo juiz,

    pelo menos 20 (vinte) dias antes da audincia de instruo e julgamento. (Redaodada pela Lei n 8.455, de 1992)

    Pargrafo nico. Os assistentes tcnicos oferecero seus pareceres no prazocomum de 10 (dez) dias, aps intimadas as partes da apresentao dolaudo.(Redao dada pela Lei n 10.358, de 2001)

    24. O laudo pericial pode constituir produo de prova antecipada? Em quecasos?

    Art. 846. A produo antecipada da prova pode consistir em interrogatrio da parte,

    inquirio de testemunhas e exame pericial.

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    25. Poder o juiz dispensar o laudo pericial e a percia consistir somente emargio?

    Art. 421. O juiz nomear o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do

    laudo. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    2o Quando a natureza do fato o permitir, a percia poder consistir apenas nainquirio pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasio da audincia deinstruo e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmenteexaminado ou avaliado. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 1992)

    26. O que poder o ru impugnar e qual o papel do perito na impugnao?

    Art. 261. O ru poder impugnar, no prazo da contestao, o valor atribudo causa

    pelo autor. A impugnao ser autuada em apenso, ouvindo-se o autor no prazo de5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-se, quandonecessrio, do auxlio de perito, determinar, no prazo de 10 (dez) dias, o valor dacausa.

    Pargrafo nico. No havendo impugnao, presume-se aceito o valor atribudo causa na petio inicial.

    27. Na autenticidade da letra e firma, quais os procedimentos alternativos?

    Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade dedocumento, ou for de natureza mdico-legal, o perito ser escolhido, de preferncia,entre os tcnicos dos estabelecimentos oficiais especializados. O juiz autorizar aremessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao diretor doestabelecimento. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994)

    Pargrafo nico. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra efirma, o perito poder requisitar, para efeito de comparao, documentos existentesem reparties pblicas; na falta destes, poder requerer ao juiz que a pessoa, aquem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por cpia, ou sob

    ditado, dizeres diferentes, para fins de comparao.

    28. Como devem proceder as partes para pedir esclarecimento ao perito e/ouassistente tcnico?

    Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente tcnico,requerer ao juiz que mande intim-lo a comparecer audincia, formulando desdelogo as perguntas, sob forma de quesitos.

    Pargrafo nico. O perito e o assistente tcnico s estaro obrigados a prestar

    os esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) diasantes da audincia.

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    29. Quando poder o juiz designar nova Percia?

    Art. 437. O juiz poder determinar, de ofcio ou a requerimento da parte, a

    realizao de nova percia, quando a matria no Ihe parecer suficientementeesclarecida.

    30. Podem os advogados intervir, apartear ou contestar o perito e/ou assistentetcnico durante seus depoimentos? Em que situaes?

    Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente tcnico,requerer ao juiz que mande intim-lo a comparecer audincia, formulando desdelogo as perguntas, sob forma de quesitos.

    Pargrafo nico. O perito e o assistente tcnico s estaro obrigados a prestaros esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) diasantes da audincia.

    Art. 452. As provas sero produzidas na audincia nesta ordem:

    I - o perito e os assistentes tcnicos respondero aos quesitos deesclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435;

    31. Como sero produzidas as provas na audincia?

    Art. 452. As provas sero produzidas na audincia nesta ordem:

    I - o perito e os assistentes tcnicos respondero aos quesitos deesclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435;

    II - o juiz tomar os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do ru;

    III - finalmente, sero inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo ru.

    32. Os crditos originrios de servios prestados justia constituem ttulos? Deque tipo?

    Art. 585. So ttulos executivos extrajudiciais: (Redao dada pela Lei n 5.925,de 1.10.1973)

    I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque;(Redao dada pela Lei n 8.953, de 13.12.1994)

    II - a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo devedor; o

    documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumentode transao referendado pelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelosadvogados dos transatores;(Redao dada pela Lei n 8.953, de 13.12.1994)

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    III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e cauo, bem comoos de seguro de vida; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    IV - o crdito decorrente de foro e laudmio; (Redao dada pela Lei n 11.382,

    de 2006).

    V - o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel,bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de condomnio;(Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    VI - o crdito de serventurio de justia, de perito, de intrprete, ou de tradutor,quando as custas, emolumentos ou honorrios forem aprovados por deciso judicial;(Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    VII - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditosinscritos na forma da lei; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    VIII - todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei atribuir foraexecutiva. (Includo pela Lei n 11.382, de 2006).

    1o A propositura de qualquer ao relativa ao dbito constante do ttuloexecutivo no inibe o credor de promover-lhe a execuo. (Redao dada pela Lein 8.953, de 13.12.1994)

    2o No dependem de homologao pelo Supremo Tribunal Federal, paraserem executados, os ttulos executivos extrajudiciais, oriundos de pas estrangeiro.O ttulo, para ter eficcia executiva, h de satisfazer aos requisitos de formaoexigidos pela lei do lugar de sua celebrao e indicar o Brasil como o lugar decumprimento da obrigao. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

    33. Pode o perito efetuar avaliaes?

    Art. 680. A avaliao ser feita pelo oficial de justia (art. 652), ressalvada aaceitao do valor estimado pelo executado (art. 668, pargrafo nico, inciso V);

    caso sejam necessrios conhecimentos especializados, o juiz nomear avaliador,fixando-lhe prazo no superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo. (Redaodada pela Lei n 11.382, de 2006).

    34. O que dever constar do laudo de avaliao?

    Art. 681. O laudo da avaliao integrar o auto de penhora ou, em caso depercia (art. 680), ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter:(Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    I - a descrio dos bens, com os seus caractersticos, e a indicao do estadoem que se encontram;

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    II - o valor dos bens.

    Pargrafo nico. Quando o imvel for suscetvel de cmoda diviso, oavaliador, tendo em conta o crdito reclamado, o avaliar em partes, sugerindo os

    possveis desmembramentos. (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    35. Como se atribuiro valores aos ttulos mobilirios?Art. 682. O valor dos ttulos da dvida pblica, das aes das sociedades e dosttulos de crdito negociveis em bolsa ser o da cotao oficial do dia, provada porcertido ou publicao no rgo oficial.

    36. Quais as regras aplicveis pelo perito na avaliao?

    Art. 681. O laudo da avaliao integrar o auto de penhora ou, em caso de

    percia (art. 680), ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter:(Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    I - a descrio dos bens, com os seus caractersticos, e a indicao do estadoem que se encontram;

    II - o valor dos bens.

    37. Qual o papel do perito na apreenso da coisa vendida?

    Art. 1.071. Ocorrendo mora do comprador, provada com o protesto do ttulo, ovendedor poder requerer, liminarmente e sem audincia do comprador, aapreenso e depsito da coisa vendida.

    1o Ao deferir o pedido, nomear o juiz perito, que proceder vistoria da coisae arbitramento do seu valor, descrevendo-lhe o estado e individuando-a com todosos caractersticos.

    38. A quem se aplica os motivos de impedimento e suspeio?

    Art. 134. defeso ao juiz exercer as suas funes no processo contencioso ouvoluntrio:

    I - de que for parte;

    II - em que interveio como mandatrio da parte, oficiou como perito, funcionoucomo rgo do Ministrio Pblico, ou prestou depoimento como testemunha;

    III - que conheceu em primeiro grau de jurisdio, tendo-lhe proferido sentenaou deciso;

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    IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cnjuge ouqualquer parente seu, consangneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral ato segundo grau;

    V - quando cnjuge, parente, consangneo ou afim, de alguma das partes, emlinha reta ou, na colateral, at o terceiro grau;

    VI - quando for rgo de direo ou de administrao de pessoa jurdica, partena causa.

    Pargrafo nico. No caso do no IV, o impedimento s se verifica quando oadvogado j estava exercendo o patrocnio da causa; , porm, vedado aoadvogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.

    Art. 135. Reputa-se fundada a suspeio de parcialidade do juiz, quando:

    I - amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

    II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cnjuge ou deparentes destes, em linha reta ou na colateral at o terceiro grau;

    III - herdeiro presuntivo, donatrio ou empregador de alguma das partes;

    IV - receber ddivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar algumadas partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender sdespesas do litgio;

    V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

    Pargrafo nico. Poder ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo ntimo.

    Art. 138. Aplicam-se tambm os motivos de impedimento e de suspeio:

    I - ao rgo do Ministrio Pblico, quando no for parte, e, sendo parte, noscasos previstos nos ns. I a IV do art. 135;

    II - ao serventurio de justia;

    III - ao perito; (Redao dada pela Lei n 8.455, de 24.8.1992)

    IV - ao intrprete.

    1o A parte interessada dever argir o impedimento ou a suspeio, empetio fundamentada e devidamente instruda, na primeira oportunidade em queIhe couber falar nos autos; o juiz mandar processar o incidente em separado e semsuspenso da causa, ouvindo o argido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando aprova quando necessria e julgando o pedido.

    2o Nos tribunais caber ao relator processar e julgar o incidente.

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    39. Quando e como a parte interessada dever argir o impedimento oususpeio do perito?

    Art. 138. Aplicam-se tambm os motivos de impedimento e de suspeio:

    Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimentoou suspeio (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnao,o juiz nomear novo perito. (Redao dada pela Lei n 8.455, de 24.8.1992)

    40. Os prazos para assistentes tcnicos sero os mesmo para o perito ou serodiferentes?

    Art. 433. O perito apresentar o laudo em cartrio, no prazo fixado pelo juiz,

    pelo menos 20 (vinte) dias antes da audincia de instruo e julgamento. (Redaodada pela Lei n 8.455, de 24.8.1992)

    Pargrafo nico. Os assistentes tcnicos oferecero seus pareceres no prazocomum de 10 (dez) dias, aps intimadas as partes da apresentao dolaudo.(Redao dada pela Lei n 10.358, de 27.12.2001

    41. Em que situao o perito ser escolhido, de preferncia, entre tcnicos deestabelecimentos oficiais?

    Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade dedocumento, ou for de natureza mdico-legal, o perito ser escolhido, de preferncia,entre os tcnicos dos estabelecimentos oficiais especializados. O juiz autorizar aremessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao diretor doestabelecimento. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994)

    Pargrafo nico. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra efirma, o perito poder requisitar, para efeito de comparao, documentos existentesem reparties pblicas; na falta destes, poder requerer ao juiz que a pessoa, aquem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por cpia, ou sob

    ditado, dizeres diferentes, para fins de comparao.

    42. Como se rege a segunda percia?

    Art. 439. A segunda percia rege-se pelas disposies estabelecidas para aprimeira.

    Pargrafo nico. A segunda percia no substitui a primeira, cabendo ao juizapreciar livremente o valor de uma e outra.

    43. A segunda percia substitui a primeira?

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    Art. 439. A segunda percia rege-se pelas disposies estabelecidas para aprimeira.

    Pargrafo nico. A segunda percia no substitui a primeira, cabendo ao juiz

    apreciar livremente o valor de uma e outra.

    44. O que se entende por fora ou valor probante dos documentos?

    Art. 439. A segunda percia rege-se pelas disposies estabelecidas para aprimeira.

    Pargrafo nico. A segunda percia no substitui a primeira, cabendo ao juizapreciar livremente o valor de uma e outra.

    45. Alm dos originais, como se fazem a eficcia probatria do documentoparticular?

    Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:

    I - as certides textuais de qualquer pea dos autos, do protocolo dasaudincias, ou de outro livro a cargo do escrivo, sendo extradas por ele ou sob suavigilncia e por ele subscritas;

    II - os traslados e as certides extradas por oficial pblico, de instrumentos oudocumentos lanados em suas notas;

    III - as reprodues dos documentos pblicos, desde que autenticadas poroficial pblico ou conferidas em cartrio, com os respectivos originais.

    46. Quando um documento pblico tem a mesma eficcia probatria de umdocumento particular?

    Art. 367. O documento, feito por oficial pblico incompetente, ou sem a

    observncia das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesmaeficcia probatria do documento particular.

    47. O que caracteriza a eficcia probatria de um documento particular?

    Art. 368. As declaraes constantes do documento particular, escrito eassinado, ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relao ao signatrio.

    Pargrafo nico. Quando, todavia, contiver declarao de cincia, relativa adeterminado fato, o documento particular prova a declarao, mas no o fato

    declarado, competindo ao interessado em sua veracidade o nus de provar o fato.

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    48. Quando se reputa autntico um documento?

    Art. 369. Reputa-se autntico o documento, quando o tabelio reconhecer afirma do signatrio, declarando que foi aposta em sua presena.

    49. Na dvida e/ou impugnao, como se determina a data de um documentoparticular?

    Art. 370. A data do documento particular, quando a seu respeito surgir dvidaou impugnao entre os litigantes, provar-se- por todos os meios de direito. Mas,em relao a terceiros, considerar-se- datado o documento particular:

    I - no dia em que foi registrado;

    II - desde a morte de algum dos signatrios;

    III - a partir da impossibilidade fsica, que sobreveio a qualquer dos signatrios;

    IV - da sua apresentao em repartio pblica ou em juzo;

    50. Como se caracteriza o autor do documento particular?

    Art. 371. Reputa-se autor do documento particular:

    I - aquele que o fez e o assinou;

    II - aquele, por conta de quem foi feito, estando assinado;

    III - aquele que, mandando comp-lo, no o firmou, porque, conforme aexperincia comum, no se costuma assinar, como livros comerciais e assentosdomsticos

    51. A quem compete admitir a autenticidade da assinatura e a veracidade dodocumento particular?

    Art. 372. Compete parte, contra quem foi produzido documento particular,alegar no prazo estabelecido no art. 390, se Ihe admite ou no a autenticidade daassinatura e a veracidade do contexto; presumindo-se, com o silncio, que o tem porverdadeiro.

    Pargrafo nico. Cessa, todavia, a eficcia da admisso expressa ou tcita, se odocumento houver sido obtido por erro, dolo ou coao.

    Art. 390. O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau dejurisdio, incumbindo parte, contra quem foi produzido o documento, suscit-lo na

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    contestao ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da intimao da sua juntada aosautos.

    52. O documento particular divisvel?

    Art. 373. Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo anterior, odocumento particular, de cuja autenticidade se no duvida, prova que o seu autor feza declarao, que Ihe atribuda.

    Pargrafo nico. O documento particular, admitido expressa ou tacitamente, indivisvel, sendo defeso parte, que pretende utilizar-se dele, aceitar os fatos queIhe so favorveis e recusar os que so contrrios ao seu interesse, salvo se provarque estes se no verificaram.

    53. O documento particular gerado por transmisso (telegrama, radiograma, faxetc.) tem fora probante?

    Art. 374. O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de transmisso tema mesma fora probatria do documento particular, se o original constante daestao expedidora foi assinado pelo remetente.

    Pargrafo nico. A firma do remetente poder ser reconhecida pelo tabelio,declarando-se essa circunstncia no original depositado na estao expedidora

    54. Cartas e/ou registros domsticos tm valor probante?

    Art. 376. As cartas, bem como os registros domsticos, provam contra quem osescreveu quando:

    I - enunciam o recebimento de um crdito;

    II - contm anotao, que visa a suprir a falta de ttulo em favor de quem apontado como credor;

    III - expressam conhecimento de fatos para os quais no se exija determinadaprova.

    55. Anotaes em ttulos ou documentos representativos de obrigaes tm foraprobante?

    Art. 377. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documentorepresentativo de obrigao, ainda que no assinada, faz prova em benefcio dodevedor.

    Pargrafo nico. Aplica-se esta regra tanto para o documento, que o credorconservar em seu poder, como para aquele que se achar em poder do devedor.

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    56. Os livros de um comerciante podem ser utilizados como prova contra eleprprio?

    Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. lcito aocomerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que oslanamentos no correspondem verdade dos fatos.

    57. Os livros de um comerciante podem ser utilizados como prova a favor deleprprio?

    Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei,provam tambm a favor do seu autor no litgio entre comerciantes.

    58. A escriturao contbil indivisvel?

    Art. 380. A escriturao contbil indivisvel: se dos fatos que resultam doslanamentos, uns so favorveis ao interesse de seu autor e outros Ihe socontrrios, ambos sero considerados em conjunto como unidade.

    59. Em quais situaes o juiz poder ordenar ao comerciante exibir seus livros edocumentos?

    Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibio integral doslivros comerciais e dos documentos do arquivo:

    I - na liquidao de sociedade;

    II - na sucesso por morte de scio;

    III - quando e como determinar a lei.

    60. Sumas e/ou reprodues podem ser extradas dos livros comerciais?Art. 382. O juiz pode, de ofcio, ordenar parte a exibio parcial dos livros e

    documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litgio, bem comoreprodues autenticadas.

    61. Quando as reprodues fotogrficas ou por processo valem como provas?Art. 384. As reprodues fotogrficas ou obtidas por outros processos de

    repetio, dos documentos particulares, valem como certides, sempre que oescrivo portar por f a sua conformidade com o original.

    62. A cpia de documentos particular tem valor probante?

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    Art. 385. A cpia de documento particular tem o mesmo valor probante que ooriginal, cabendo ao escrivo, intimadas as partes, proceder conferncia ecertificar a conformidade entre a cpia e o original.

    1o

    - Quando se tratar de fotografia, esta ter de ser acompanhada dorespectivo negativo.

    2o - Se a prova for uma fotografia publicada em jornal, exigir-se-o o original eo negativo.

    63. Em que consiste a falsidade de documento particular?

    Art. 387. Cessa a f do documento, pblico ou particular, sendo-lhe declaradajudicialmente a falsidade.

    Pargrafo nico. A falsidade consiste:

    I - em formar documento no verdadeiro;

    II - em alterar documento verdadeiro.

    64. Quando cessa a f do documento particular?

    Art. 388. Cessa a f do documento particular quando:

    I - lhe for contestada a assinatura e enquanto no se Ihe comprovar averacidade;

    II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.

    Pargrafo nico. Dar-se- abuso quando aquele, que recebeu documentoassinado, com texto no escrito no todo ou em parte, o formar ou o completar, por siou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatrio.

    65. A quem cabe o nus da prova na falsidade de documento?

    Art. 389. Incumbe o nus da prova quando:

    I - se tratar de falsidade de documento, parte que a argir;

    II - se tratar de contestao de assinatura, parte que produziu o documento.

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