arordo de delacao - paulo roberto

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¡cx. VVG-inNinGiUt Curji6c- ?rcA.ái‘c., I 2.9109 1/OH Márcio Schiefier Fontes Juiz Instrutor Gab. Ministro Teori Zavascki MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO PARANÁ TERMO DE ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA O Ministério Público Federal - MPF, por intermédio dos Procuradores Regionais da República e Procuradores da República abaixo - assinados, com delegação do Exmo. Procurador- Geral da República, e Paulo Roberto Costa,' réu nas ações penais 5026212-82.2014.404.7000 5025676-7 1.2014.404.7000 e investigado em diversos procedimentos, incluindo a representação 5014901-94.2014.404.7000, todos em trâmite perante a 13' Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba, devidamente assistido por sua advogada constituída que assina este instrumento, formalizam acordo de colaboração premiada nos termos que seguem, envolvendo os fatos investigados no Caso Lavajato assim como fatos novos que não são objeto de investigação e os que vierem a ser revelados em razão das investigações. Parte I - Base Jurídica Cláusula l a . O presente acordo funda-se no artigo 129, inciso I, da Constituição Federal, nos artigos 13 a 15 da Lei n. 9.807/99, no art. 1°, §5°, da Lei 9.613/98, no art. 26 da Convenção de Palermo, e no art. 37 da Convenção de Mérida, nos artigos 4° a 8° da Lei 12.850/2013, bem como nos princípios gerais do Direito. Cláusula 2 a . O interesse público é atendido com a presente proposta tendo em vista a necessidade de conferir efetividade à persecução criminal de outros criminosos e ampliar e aprofundar, em todo o Pais, as investigações em torno de crimes contra a Administração Pública, contra o Sistema Financeiro Nacional, crimes de lavagem de dinheiro e crimes praticados por organizações criminosas, inclusive no que diz respeito à repercussão desses ilícitos penais na esfera cível, tributária, administrativa, disciplinar e de responsabilid e Há, ainda, eminente interesse na recuperação das vanta* .4 1 PAULO ROBERTO COSTA, brasileiro, casado, nascidoem 1/111954, filho de Paulo Bacl ann Costa e Evolina Pereira da Silva Costa, natural de Monte Alegre/Paraná, terceiro grau completo, engenheiro, portador do documento de idade 17 08889876/CREA-RJ. CPF 302.612.879-15, com endereço na Rua Ivando de Azarnbuja, casa 30, condomínio Rio Mar IX, Barra da Ti,itica, Rio de Janeiro/RJ, atualmente recolhido na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 1 de 16

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Acordo de delação

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  • cx. VVG-inNinGiUt Curji6c- ?rcA.ic., I

    2.9109 1/OH

    Mrcio Schiefier Fontes Juiz Instrutor

    Gab. Ministro Teori Zavascki

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    TERMO DE ACORDO DE COLABORAO PREMIADA

    O Ministrio Pblico Federal - MPF, por

    intermdio dos Procuradores Regionais da Repblica e Procuradores da Repblica abaixo

    -assinados, com delegao do Exmo. Procurador-Geral da Repblica, e Paulo Roberto Costa,' ru nas aes penais 5026212-82.2014.404.7000 5025676-7 1.2014.404.7000 e investigado em diversos procedimentos, incluindo a

    representao 5014901-94.2014.404.7000, todos em trmite perante a 13' Vara Federal Criminal da Subseo Judiciria de Curitiba, devidamente assistido por sua advogada constituda que assina este instrumento, formalizam acordo de colaborao premiada nos termos que seguem, envolvendo os fatos investigados no Caso Lavajato assim como fatos novos que no so objeto de investigao e os que vierem a ser revelados em razo das investigaes.

    Parte I - Base Jurdica

    Clusula l a . O presente acordo funda-se no artigo 129, inciso I, da Constituio Federal, nos artigos 13 a 15 da Lei n. 9.807/99, no art. 1, 5, da Lei 9.613/98, no art. 26 da

    Conveno de Palermo, e no art. 37 da Conveno de Mrida, nos artigos 4 a 8 da Lei 12.850/2013, bem como nos princpios gerais do Direito.

    Clusula 2 a . O interesse pblico atendido com a presente proposta tendo em vista a necessidade de conferir efetividade persecuo criminal de outros criminosos e ampliar e aprofundar, em todo o Pais, as investigaes em torno de crimes contra a Administrao Pblica, contra o Sistema Financeiro Nacional, crimes de lavagem de dinheiro e crimes praticados por organizaes criminosas, inclusive no que diz respeito repercusso desses ilcitos penais na esfera cvel, tributria, administrativa, disciplinar e de responsabilid e H, ainda, eminente interesse na recuperao das vanta*

    .4 1 PAULO ROBERTO COSTA, brasileiro, casado, nascidoem

    1/111954, filho

    de Paulo Bacl ann Costa e Evolina

    Pereira da Silva Costa, natural de Monte Alegre/Paran, terceiro grau completo, engenheiro, portador

    do documento de idade

    n 1708889876/CREA-RJ. CPF 302.612.879-15, com endereo na

    Rua Ivando

    de Azarnbuja, casa 30, condomnio Rio Mar IX, Barra da Ti,itica, Rio de Janeiro/RJ, atualmente

    recolhido na carceragem da Polcia Federal de Curitiba.

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 1 de 16

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    econmicas ilcitas oriundas dos cofres pblicos, distribudas entre diversos agentes pblicos e particulares ainda no identificados, bem como na investigao da corrupo de agentes pblicos de diferentes setores e nveis praticada mediante oferecimento de vantagens por grandes empresas, nos termos da Lei 1 2.846/2013.

    Parte II - Proposta do Ministrio Pblico Federal

    Clusula 3'. Paulo Roberto Costa, sua esposa Marici da

    Silva Azevedo Costa 2 e seus parentes Ariana Azevedo Costa Bachmann, 3

    Marcio Lewkowicz, 4 Shanni Azevedo Costa Bachmann 5

    e Humberto Sampaio de Mesquita' esto sendo investigados e/ou processados criminalmente no mbito da Operao LavaJato, por diversos crimes tais como corrupo, peculato, lavagem de dinheiro oriundo de crimes contra a Administrao Pblica, formao de organizao criminosa e obstruo da investigao de organizao criminosa.

    Clusula 4 a . Essas apuraes esto relacionadas atividade

    do ru Paulo Roberto Costa que, enquanto Diretor de Abastecimento da Petrobrs e mesmo aps, atuou como lder de organizao criminosa voltada ao cometimento de fraudes em contrataes e desvio de recursos em diversos mbitos e formas, totalizando dezenas de milhes de reais, tendo sido a vantagem distribuda entre diversos agentes,pblicos e privados, em grande parte ainda no identificados.

    2 MARICI DA SILVA AZEVEDO COSTA, data de nascimento 6/9/1954, filha de Jocelina da Silva Azevedo e Alvaro Gomes de Azevedo, CPF 337.854.307-87, endereo Rua Ivaldo de Azambuja, n 30, Rio Mar IX, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22793-316 3 ARIANNA AZEVEDO COSTA BACHMANN, nascida em 2/2/1983, filha de PAULO ROBERTO COSTA e

    Marici da Silva Azevedo Costa, CPF 098.666.447-23, com endereo na Rua Joo Cabral de Melo Neto, 350, Bloco 1, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ.

    4 MARCIO LEWKOWICZ, casado com ARIANNA AZEVEDO COSTA BACHMANN, nascido em

    12/3/1979, CPF 078.689.907-75, com endereo na Rua Joo Cabral de Melo Neto, 350, bloco 1, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22.775-05. 5 SHANNI AZEVEDO COSTA BACHMANN, nascida em 13/08/1981, filha de PAULO ROBERTO O 'A

    e Marici da Silva Azevedo Costa, CPF 091.878.667-30, com endereo na Rua dos Jacarands, 1000, o 3 apartamento 501, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22.776-050.

    ,

    6 HUMBERTO SAMPAIO DE MESQUITA, casado com SHANNI AZEVEDO COSTA B

    N, nascido em 4/7/1974, filho de Arthur Eugnio Ferreira de Mesquita e Cintia Maria Baroo Sampaio de Mesquita, CPF 052.574.807-51, RG n 01354036010, com endereo na Rua dos Jacarands, 1000, Bloco 3, 501, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 2 de 16

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    Gab. Ministro Teori Zavascici

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    Clusula 5 3 , Em vista disto, salvaguardada a necessidade de ratificao e homologao judicial deste acordo, uma vez cumpridas integralmente as condies impostas adiante, neste acordo, para o recebimento dos benefcios, bem como no caso haver efetividade da colaborao, o Ministrio Pblico Federal (MPF) prope ao acusado os seguintes benefcios legais, cumulativamente:

    I. Pleitear que, pelos crimes que so objeto do presente acordo, o acusado fique sujeito continuidade da priso cautelar e a penas criminais nos termos seguintes:

    a) priso domiciliar pelo prazo de 1 (um) ano, com tornozeleira eletrnica ou equipamento similar, na medida da efetividade da colaborao e nos termos dos pargrafos deste artigo, sem detrao do prazo de priso preventiva cumprido;

    b)aps cumprido o perodo de priso domiciliar (cautelar

    ou penal), existindo sentena condenatria transitada em julgado, o cumprimento de parte da pena privativa de liberdade imposta em regime semi-aberto, em perodo de zero a dois anos, a ser definido pelo Juzo tomando em considerao o grau de efetividade da colaborao;

    c)aps cumprido o perodo de priso em regime semi-aberto,

    o restante da pena ser cumprida em regime aberto at o seu total cumprimento;

    d)a qualquer tempo, o regime da pena ser regredido para

    regime fechado ou semi- aberto, de acordo com os ditames do

    art. 33 do Cdigo Penal, na hiptese de descumprimento do presente acordo, e nos demais casos previstos em lei de regresso, caso em que o benefcio concedido neste artigo, como os demais, deixar de ter efeito;

    II. Promover o arquivamento de fatos novos em relao ao acusado trazidos pelo colaborador em relao aos quais no exista, na data do acordo, nenhuma linha de investigao em qualquer juzo ou instncia;

    III. Pleitear a suspenso de processos instaurados, e do respectivo prazo prescricional, por 10 (dez) anos,' em todos o casos em desfavor do colaborador no transitados em j g o, assim que atingida a pena unificada de 20 anos result

    e de condenaes transitadas em julgado;

    7 Prorrogada a cada seis meses, nos termos da lei, conforme seja necessrio para acompanhar a execuo do acordo.

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (4 1)3219-8700 3 de 16

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    Juiz Instrutor Gab. Ministro Teori Zavascki

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    IV. O Ministrio Pblico poder, a depender da efetividade da colaborao, segundo sua avaliao exclusiva, pedir o sobrestamento de inquritos e outros procedimentos pr-judiciais ou judiciais, assim como promover a suspenso de feitos antes de atingido o montante de 20 anos de condenao;

    V. Aps transcorrido o prazo de 10 anos sem quebra do acordo que venha a acarretar sua resciso, pleitear que volte a fluir o prazo prescricional at a extino da punibilidade, deixando o Ministrio Pblico de oferecer denncia em procedimentos pr

    -judiciais na hiptese de no ser rescindido o acordo.

    VI. Ocorrendo quebra ou resciso do acordo imputvel ao beneficirio, voltaro a fluir as aes penais suspensas e intentadas novas aes at o esgotamento da investigao.

    VII. O MPF ofertar aos parentes do colaborador, mencionados na Clusula 3, os quais tenham praticado ou participado da atividade criminosa que objeto deste acordo, proposta de acordo 'de colaborao premiada acessria e individual. Cada um destes acordos acessrios seguir a sorte deste acordo principal no caso de resciso, no homologao ou inefetividade deste ltimo, exceto se o Ministrio Pblico entender que a colaborao de cada beneficirio for suficiente para garantir-lhe, independentemente, os benefcios, no todo ou em parte, adiante listados.

    VIII. Em tais acordos acessrios o Ministrio Pblico oferecer os seguintes benefcios, na hiptese de cumprirem exigncias idnticas s deste acordo (as quais incluem aquelas deste item II, 8 a 10, assim como as condies da proposta do item III a XII, seguintes, adequadas a cada caso, ressalvado que h desnecessidade de pagamento de indenizao adicional), incluindo necessariamente a renncia a bens e valores que so produto e proveito de atividade criminosa ou valor equivalente:

    a) pleitear seja fixado regime aberto de cumprimento de pena nas condenaes relativas a novas acusaes oferecidas, mesmo sem o preenchimento dos requisitos legais, em analogia aos termos do art. 4", 5, da Lei 1 2.850/2013;

    b) pleitear a substituio da pena privativa de liberdad por restritivas de direitos caso condenados na ao

    b.--al 5025676-7 1.2014.404.7000;

    c) pleitear, depois de obtida uma condenao tra ita a julgado por lavagem de dinheiro oriundo de crimes contra

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    (i)

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    Administrao Pblica, a suspenso dos demais processos criminais instaurados, pelo prazo de 10 (dez) anos,' to logo oferecidas as acusaes;

    d) O Ministrio Pblico poder, a depender da efetividade da colaborao principal e/ou acessria,

    segundo sua avaliao, pedir o sobrestamento, de inquritos e outros procedimentos pr

    - judiciais ou judiciais; e) pleitear, caso transcorrido o prazo de 10 anos sem

    quebra do acordo (principal ou acessrio), que volte a correr o prazo prescricional at a extino da punibilidade;

    f)o Ministrio Pblico no considerar violado este acordo

    principal pela violao dos acordos eventualmente feitos com os familiares (acordos acessrios), mas a resciso do acordo principal acarretar a resciso dos acordos acessrios;

    e) pleitear seja fixada a pena de multa no mnimo legal, tendo em conta os valores que esto sendo pagos, a outros ttulos, pelo colaborador, conforme item III deste termo de acordo.

    1. O Ministrio Pblico pleitear que a priso domiciliar com tornozeleira, referida na presente clusula, seja a forma de execuo da custdia cautelar (art. 318 do CPP) at o trnsito em julgado das aes penais em desfavor do colaborador e, caso se encerrem todas, que tal priso, limitada em seu total ao montante especificado neste artigo, corresponda ao modo de incio de execuo da pena. O Ministrio Pblico pleitear que, depois de decorrido o prazo da priso domiciliar com tornozeleira, o modo de execuo de eventuais penas privativas seja o regime semi-aberto, por at dois anos, ou o regime aberto comum, nos termos deste artigo.

    2. A avaliao da produtividade do acordo, para fins de fixao do tempo de regime semi-aberto a cumprir, entre O e dois anos, ser feita pelo Juzo com base em relatrios a serem apresentados pelo Ministrio Pblico e pela defesa, e dever tomar em considerao fatores tais como nmero de prises, investigaes, processos penais e aes cvei resultantes, assim como valores recuperados no Brasil Exterior.

    8 Prorrogada a cada seis meses, nos termos da lei, conforme seja necessrio para acompanhar a execuo acordo.

    M-do SchiefierFontes Juiz Instrutor

    Gab. Ministro Teori Zavascki

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  • Mrcio Schiefler Fontes Juiz Instrutor

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    3 . A pena cumprida cautelarmente, seja de priso comum,

    seja de priso domiciliar, assim como a pena de priso domiciliar, seja cautelar ou penal, no interferiro no tempo de pena de at dois anos em regime semi-aberto estabelecido em sentena. O tempo de eventual trabalho tambm no interferir para fins de progresso do regime.

    4 0. O Ministrio Pblico pleitear a converso da priso

    preventiva comum em priso cautelar domiciliar com monitoramento eletrnico apenas depois de colhidos todos os depoimentos por meio dos quais o colaborador trouxer todas as informaes e provas disponveis sobre os fatos em investigao e sobre todos e quaisquer crimes de que tenha conhecimento, tenha ou no deles participado, envolvendo, direta ou indiretamente: a) a Petrobrs; b)

    a Administrao Pblica direta ou indireta, seus atos ou contratos; c) pessoas fsicas e jurdicas que tenham se relacionado de algum modo com a Administrao Pblica direta ou indireta; d) recursos, total ou parcialmente, pblicos.

    5. O prazo mencionado no pargrafo anterior, de priso comum, o prazo em que ser permitido ao colaborador declinar todos e quaisquer fatos que queira ver includos no objeto de sua colaborao sem que o acordo seja considerado rescindido por omisso ou ocultao de fatos e/ou provas.

    6. O prazo de priso cautelar comum, em qualquer hiptese, no ser inferior a 15 dias contados da data deste acordo, e no ser superior a 30 dias, a contar da assinatura do presente acordo.

    7. O prazo da priso domiciliar com tornozeleira ter seu marco inicial, para efeitos de contagem, 15 dias depois da assinatura deste acordo, ainda que o acusado seja mantido por prazo superior sob recluso cautelar comum (nos term.. d.

    pargrafos antecedentes), de modo que o tempo de segr*: o cautelar comum que exceda 15 dias a partir da dat-

    .-

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 6 de 16

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    Mrdo Schiefler Fontes Juiz Instrutor

    Gab. Ministro Tem Zavascki MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    acordo ser diminudo do prazo de priso domiciliar com tornozeleira a cumprir.

    8. Os benefcios no abrangem fatos ilcitos posteriores data do acordo, em qualquer hiptese, nem fatos anteriores que sejam (estes ltimos) completamente dissociados do objeto deste acordo.

    9 . Os benefcios propostos no eximem o colaborador de

    obrigaes ou penalidades de cunho administrativo e tributrio, eventualmente exigveis.

    10. Se o investigado, por si ou por seu procurador, solicitar medidas para garantia de sua segurana, a Polcia Federal, o MPF e o Juzo Federal adotaro as providncias necessrias para sua incluso imediata no programa federal de proteo ao depoente especial, com as garantias dos artigos 8 e 15 da Lei n. 9.807/99.

    11. O Ministrio Pblico concordar com a liberao dos passaportes do colaborador ao final do perodo de priso domiciliar, ficando, contudo, sua sada do pas submetida a autorizao judicial at a extino da pena.

    12. Qualquer mudana de endereo durante o perodo da priso domiciliar ser excepcional e previamente autorizada pelo juiz competente.

    Parte III - Condies da Proposta

    Clusula 6'. O colaborador renuncia, em favor da Unio, a qualquer direito sobre valores mantidos em contas bancrias e investimentos no exterior, em qualquer pas, inclusive mantidos no Royal Bank of Canada em Cayman (aproximadamente USD 2,8 milhes sob os nomes dos familiares Mareio e Humberto) e os aproximadamente USD 23 (vinte e trs) milhes mantidos na Sua (em contas em nome de Marici, Paulo Roberto e Arianna), controladas direta ou indiretamente por ele, ainda e mediante empresas offshores e familiares, incluindo os v

    ,ares mantidos por meio das offshores AQUILA HOLDING LT ,

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 7 de 16

  • 13GJ VOLZ nc C444.bc, --tcrls n 12.01 11

    Mrcio Schlefler Fontes Juiz Instrutor

    Gab. Ministro Teori Zavascki

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    SERVICES LTD, GLACIER FINANCE INC, INTERNATIONAL TEAM

    ENTERPRISE LTD, LAROSE HOLDINGS SA, OMEGA PARTNERS SA, QUINUS SERVICES SA, ROCK CANYON INVEST SA, SAGAR HOLDING SA, SANTA CLARA PRIVATE EQUITY, SANTA TEREZA SERVICES LTD, SYGNUS ASSETS SA, os quais reconhece serem todos, integralmente, produto de atividade criminosa O colaborador se compromete a prontamente praticar qualquer ato necessrio repatriao desses valores em benefcio do pas, assinando, em anexo, desde logo, termo nesse sentido.

    Clusula 7'. O colaborador autorizar o Ministrio Pblico ou outros rgos, nacionais ou estrangeiros indicados pelo Ministrio Pblico, a acessarem todos os dados de sua movimentao financeira no exterior, mesmo que as contas no estejam em seu nome (p. ex., em nome de offshores ou

    inclusive familiares), o todos os documentos

    assinaturas, dados relativos

    Clusula 8'.0 colaborador se compromete a pagar, de modo irretratvel e irrevogvel, a ttulo de indenizao cvel, pelos danos que reconhece causados pelos diversos crimes (no s contra a Administrao Pblica mas de lavagem de ativos, dentre outros), o valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhes de reais), a serem depositados perante a 13 a

    Vara Federal Criminal, no prazo de dois meses contados da assinatura do acordo, bem como a entregar, a ttulo de compensao cvel de danos tambm, os seguintes bens que reconhece serem produto ou proveito de atividade criminosa ou seu equivalente em termos de valor: lancha COSTA AZUL, em nome da empresa SUNSET (R$ 1.100.000,00); terreno adquiridos pela SUNSET, em Mangaratiba/RJ, matrcula 20721 (R$3.202.000,00); valores apreendidos em sua residncia quando da busca e apreenso (R$ 762.250,00, USD 181.495,00 e EUR 10.850,00); bem como veiculR, EVOQUE recebido de Alberto Youssef (R$300.000,00). Desde

    1.4. o colaborador concorda com a reverso dos valores bloq A em banco no Brasil para substituir o imvel ref ido da matrcula 20721.

    e identificao crdito, aplicaes de beneficirios de transaes financeiras, logo, termo anexo nesse sentido.

    interpostas pessoas, exemplificativamente, extratos, cartes de

    que inclui, cadastrais,

    a cartes de depositantes e

    assinando, desde

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3* 8 de 16

  • V Cein-1 -11-10.\ ck CWMDC._ I 0'3

    1201 11

    Fls. 2-7 Mrdo Schiefle Fontes

    Juiz Instrutor Gab. Ministro Teori Zavascki

    Rubnca

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    1. O colaborador oferece neste ato, em garantia do pagamento dos valores, os bens que esto j bloqueados pela 13a Vara Federal Criminal, sendo que as garantias podero ser reduzidas medida em que pago o valor da indenizao, ressalvada a manuteno do bloqueio dos bens necessrios para a fiana estabelecida na clusula 10.

    2. Os bens bloqueados pela 13' Vara Federal Criminal podero servir para o pagamento da multa compensatria estipulada neste artigo.

    Clusula 9'. Se forem identificados outros bens alm daqueles que constam na ltima declarao de imposto de renda do colaborador ou daqueles que j foram bloqueados na ao cautelar patrimonial por pertencerem formalmente ao colaborador, aps a assinatura do acordo, os quais constituam produto ou proveito da atividade criminosa, ser dado perdimento a eles em sentena, ou mediante ao penal declaratria inominada posterior sentena, com direito a contraditrio e ampla defesa, sem prejuzo da resciso do acordo.

    Clusula 10. Para garantir seu comparecimento em juzo, o acusado oferecer fiana, que consistir na apresentao de imveis para garantia, que totalizem o valor de R$ 5.000.000,00, indicando para tanto, desde logo, os imveis que

    foram bloqueados pela 13a Vara Federal Criminal.

    1. O colaborador, no prazo de 60 dias, individualizar os imveis que pretende que faam parte desta fiana criminal, podendo substitui-los por fiana bancria.

    2 Os imveis indicados pelo colaborador sero submetidos

    a avaliao judicial, comprometendo-se o acusado a complementar a fiana at o montante de R$ 5 milhes.

    3. No sero liberados os bens bloqueados que sejam necessrios para garantir essa fiana, enquanto ela no fo estabelecida, resguardados bens suficientes independentes par garantir o pagamento de indenizao, tal como estabelecido n clusula 8'.

    Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro - Curitiba/PR - CEP 80.060-010 - PABX (41)3219-8700 9 de 16

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    mnjoSChlefierFOntet Juiz Instrutor

    Gab. Ministro Teori Zavascki MINISTRIO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    Clusula 11. A defesa e o acusado concordam com a suspenso de todas as aes penais em andamento em relao a ele, bem como com o adiamento de atos processuais, sem que isso caracterize ou venha a caracterizar excesso de prazo de priso, uma vez que so feitos em seu interesse, na hiptese de o Ministrio Pblico entender necessrio seu sobrestamento para avaliar a produtividade da colaborao ou adotar outras medidas pertinentes colaborao.

    Clusula 12. A defesa desistir de todos os habeas corpus impetrados no prazo de 48 horas, desistindo tambm do exerccio de defesas processuais, inclusive de discusses sobre competncia e nulidades.

    Clusula 13. Para que do acordo derivar os benefcios elencados na colaborao do investigado deve efetiva, eficaz e conducente:

    proposto pelo MPF possam Parte II deste termo, a ser voluntria, ampla,

    a) identificao de todos os coautores e partcipes da organizao criminosa sob investigao no Caso LavaJato e das infraes penais por eles praticadas, que sejam ou que venham a ser do seu conhecimento;

    b) revelao da estrutura hierrquica e a diviso de tarefas da organizao criminosa;

    c) a recuperao total ou parcial do produto e/ou proveito das infraes penais praticadas pela organizao criminosa, tanto no Brasil, quanto no exterior;

    Clusula 14.Para tanto, o acusado se obriga, sem malcia ou reservas mentais, e imediatamente, a esclarecer cada um dos esquemas criminosos apontados nos diversos Anexos deste termo de acordo, fornecendo todas as informaes e evidncias que estejam ao seu alcance, bem como indicando provas potencialmente alcanveis. Cada Anexo assinado pelas partes diz respeito a um fato ou pessoa, em relao ao qual o colaborador contribuir para indicar diligncias que possam ser empregadas para sua apurao em carter sigiloso. O sigilo estrito das declaraes ser mantido sob pena de prejuzo efetividade das investigaes em curso, razo pela qual o sigilo de cada Anexo ser levantado assim que no houver risco

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    a tal efetividade, segundo entenderem o Ministrio Pblico, o Poder Judicirio e a Polcia, nos termos da smula vinculante n. 14 do STF.

    Pargrafo nico. Os depoimentos colhidos sero registrados em uma nica via, de que no ter cpia o colaborador, resguardado o seu direito de receber, a cada depoimento, um termo declarando que prestou declaraes em determinado dia e horrio no interesse de determinada investigao.

    Clusula 15.Para que do acordo derivem benefcios, ainda, o colaborador se obriga, sem malcia ou reservas mentais, e imediatamente, a:

    a) falar a verdade, incondicionalmente e sob compromisso, em todas as investigaes - inclusive nos inquritos policiais, inquritos civis e aes cveis e processos administrativos disciplinares e tributrios - e aes penais, em que doravante venha a ser chamado a depor na condio de testemunha ou interrogado, nos limites deste acordo;

    b) indicar pessoas que possam prestar depoimento sobre os fatos em investigao, nos limites deste acordo, propiciando as informaes necessrias localizao de tais depoentes;

    c) cooperar sempre que solicitado, mediante comparecimento pessoal a qualquer das sedes do MPF, da Polcia Federal ou da Receita Federal, para analisar documentos e provas, reconhecer pessoas, prestar depoimentos e auxiliar peritos na anlise pericial;

    d) entregar todos os documentos, papis, escritos,

    fotografias, bancos de dados, arquivos eletrnicos etc., de que disponha, estejam em seu poder ou sob a guarda de terceiros, e que possam contribuir, a juzo do MPF, para a elucidao dos crimes;

    e) cooperar com o MPF e com outras autoridades pblicas por este apontadas para detalhar os crimes de corrupo, peculato, lavagem de capitais, sonegao fiscal, evaso de divisas e outros delitos correlatos a estes.

    f) colaborar amplamente com o MPF e com outras autoridades pblicas por este apontadas em tudo mais que diga respeito ao caso e aos fatos que o colaborador se compromete a elucidar;

    g) no impugnar, por qualquer meio, o acordo de

    colaborao, em qualquer dos inquritos policiais ou aes penais nos quais esteja envolvido, no Brasil o no exterior,

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    salvo por fato superveniente homologao judicial, em funo de descumprimento do acordo pelo MPF ou pelo Juzo Federal;

    h) afastar-se de suas atividades criminosas,

    especificamente no vindo a contribuir, de qualquer forma, com as atividades da organizao criminosa investigada;

    i) comunicar imediatamente o MPF caso seja contatado por qualquer dos demais integrantes da organizao criminosa, por qualquer meio; e

    j) pagar a multa que for fixada na ao penal, oferecendo ainda garantia idnea ao cumprimento desta obrigao.

    Pargrafo nico. A enumerao de casos especficos nos quais se reclama a colaborao do acusado no tem carter exaustivo, tendo ele o dever genrico de cooperar, nas formas acima relacionadas, com o MPF ou com outras autoridades pblicas por este apontadas, para o esclarecimento de quaisquer fatos relacionados ao objeto deste acordo.

    Parte IV - Validade da Prova

    Clusula 16. A prova obtida mediante a presente avena de colaborao premiada ser utilizada validamente para a instruo de inquritos policiais, procedimentos administrativos criminais, aes penais, aes cveis e de improbidade administrativa e inquritos civis, podendo ser emprestada tambm ao Ministrio Pblico dos Estados, Receita Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional, ao Banco Central do Brasil e a outros rgos, inclusive de pases e entidades estrangeiras, para a instruo de procedimentos e aes fiscais, cveis, administrativas (inclusive disciplinares), de responsabilidade bem como qualquer outro procedimento pblico de apurao dos fatos.

    Parte V - Garantia contra a autoincriminao, direito ao silncio e direito a recurso

    Clusula 17. Ao assinar o acordo de colaborao premiada, o colaborador, na presena de seu advogado, est ciente do direito constitucional ao silncio e da garantia contra a autoincriminao. Nos termos do art. 4, 14, da Lei 12.850/2013, o colaborador renuncia, nos depoimentos em que prestar, ao exerccio do direito ao silncio e estar sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. O colabor renuncia ainda, ao exerccio do direito de recorre 'djd

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    Mrdo Schie er Fontes Juiz Ins rutor

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    sentenas penais condenatrias proferidas em relao aos fatos que so objeto deste acordo, desde que elas respeitem os termos aqui formulados.

    Parte VI - Imprescindibilidade da Defesa Tcnica Clusula 18. Este acordo de colaborao somente ter

    validade se aceito, integralmente, sem ressalvas, pelo investigado PAULO ROBERTO COSTA e por seu defensor, Dra. BEATRIZ CATTA PRETA, inscrita na OAB/SP, sob o n. 153879.

    Pargrafo nico. Ademais, nos termos do art. 4, 15, da Lei 12.850/2013, em todos os atos de confirmao e execuo da presente colaborao, o colaborador dever estar assistido por defensor.

    Parte VII - Clusula de Sigilo Clusula 19. Nos termos do art. 7, 3, da Lei

    12.850/2013, as partes comprometem-se a preservar o sigilo sobre a presente proposta e o acordo dela decorrente, at que o termo seja juntado aos autos.

    1.O acusado se compromete ainda a preservar o sigilo a respeito da existncia e do contedo das investigaes apontadas nos Anexos, perante qualquer autoridade (fiscal, bancria etc.) distinta do Ministrio Pblico, Poder Judicirio e Polcia Federal responsveis pela administrao do acordo de colaborao, enquanto o Ministrio Pblico no entender que a publicidade no prejudicar a efetividade das investigaes.

    2 . Aps o recebimento da denncia, eventuais acusados incriminados em virtude da cooperao de colaborador podero ter vista deste termo, mediante autorizao judicial, sem prejuzo dos direitos assegurados ao colaborador, nos termos do art. 5 da Lei 12.850/2013, bem como do Anexo respectivo que tenha embasado a investigao que ensejou a denncia. Os demais Anexos, no relacionados ao feito, sero mantidos em sigilo enquanto for necessrio para a preservao do sigilo das investigaes, nos termos da Smula Vinculante 14 do STF.

    Parte VIII - Ratificao pelo Procuradoreral da Rep\ ca

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    Clusula 20. Na hiptese de que a colaborao eventualmente venha a implicar autoridades que gozam de prerrogativa de foro perante o E. Supremo Tribunal Federal e E. Superior Tribunal de Justia, o presente acordo fica sujeito a ratificao do Procurador-Geral da Repblica, que tomar as medidas cabveis junto respectiva Corte.

    Clusula 21. Na hiptese de que a colaborao eventualmente venha a implicar autoridades submetidas a outros foros, os signatrios gestionaro buscando a adeso dos outros membros do Ministrio Pblico aos termos do presente acordo.

    Parte IX - Homologao Judicial Clusula 22. Para ter eficcia, o presente termo de

    colaborao ser levado ao conhecimento do Juiz Federal responsvel pela 13' Vara Federal Criminal de Curitiba, bem como aos Tribunais competentes para a apreciao dos fatos contidos nos Anexos deste Acordo, juntamente com as declaraes do colaborador que digam respeito competncia da respetiva Vara ou Tribunal e de cpia das principais peas da investigao existente at a presente data, nos termos do art. 4, 7 0

    , da Lei 12.850/2013, para homologao.

    Parte X - Resciso Clusula 23. O acordo perder efeito, considerando

    rescindido, ipso facto: a) se o colaborador descumprir, sem justificativa, qualquer

    das clusulas, subclusulas ou itens em relao s quais se obrigou;

    b) se o colaborador sonegar a verdade ou mentir em relao a fatos em apurao, em relao aos quais se obrigou a cooperar;

    c) se o colaborador vier a recusar-se a prestar qualquer informao de que tenha conhecimento;

    d) se o colaborador recusar-se a entregar documento ou prova que tenha em seu poder ou sob a guarda de pessoa de suas relaes ou sujeito a sua autoridade ou influncia;

    e) se ficar provado que o colaborador sonegou, adultero. destruiu ou suprimiu provas que tinha em seu po r ou s disponibilidade;

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    Gab. Ministro Teori Zavascki MINISTRIO PBLICO FEDERAL

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    f) se o colaborador vier a praticar qualquer outro crime, aps a homologao judicial da avena;

    g) se o colaborador fugir ou tentar furtar-se ao da Justia Criminal;

    h) se o MPF no pleitear em seu favor os benefcios legais aqui acordados;

    i) se o sigilo a respeito deste acordo for quebrado por parte do colaborador e da Defesa ou pelo MPF;

    j) se o colaborador no efetuar o pagamento da multa compensatria ou no oferecer as garantias a ttulo de fiana com que se compromete;

    k) se no forem assegurados ao colaborador os direitos previstos no art. 5 da Lei 12.850/2013, quando cabveis; e

    1) se o acusado, direta ou indiretamente, impugnar os termos deste acordo ou a sentena que for exarada nos limites acertados neste acordo.

    Clusula 24. Em caso de resciso do acordo, o colaborador perder automaticamente direito aos benefcios que lhe forem concedidos em virtude da cooperao com o Ministrio Pblico Federal, e ser considerada quebrada a fiana, prevista na clusula 10, com a manuteno da validade das provas j produzidas.

    1. Se a resciso for imputvel ao MPF ou ao Juzo Federal, o acusado poder, a seu critrio, cessar a cooperao, com a manuteno dos benefcios j concedidos e validade das provas j produzidas.

    2.O colaborador fica ciente de que, caso venha a imputar falsamente, sob pretexto de colaborao com a justia, a prtica de infrao penal a pessoa que sabe inocente, ou revelar informaes sobre a estrutura de organizao criminosa que sabe inverdicas, poder ser responsabilizado pelo crime previsto no art. 19 da Lei 12.850/2013, cuja pena de recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos de priso, e multa.

    Parte XI - Durao Temporal

    Clusula 25. O presente acordo valer, caso no resciso, at o trnsito em julgado da(s)

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    Gab. Ministro Teori Zavascki

    MINISTRIO PBLICO PBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPBLICA NO PARAN

    Janurio Paludo Carlos Ferna o

    Procurador da Repblica Procurado Re

    Santos Lima R pblica

    Orlando Martello Procurador Regional da Repblica

    Beatr atta Preta

    Advogada, OAB 153879

    rges de iendona dor da repblica

    aulo R berto Costa Col borado

    condenatria(s) relacionadas aos fatos que forem revelados em decorrncia deste acordo, j investigados ou a investigar em virtude da colaborao, inclusive em relao aos processos de terceiros que forem atingidos.

    Parte XII - Declarao de Aceitao Clusula 26. Nos termos do art. 6, inc. III, da Lei

    12.850/2013, o colaborador e seu defensor declaram a aceitao ao presente acordo de livre e espontnea vontade -reconhecendo, inclusive, que a iniciativa do acordo foi do prprio acusado, quem procurou o Ministrio Pblico por meio de sua advogada constituda a fim de colaborar com a Justia -e, por estarem concordes, firmam as partes o presente acordo de colaborao premiada, em trs vias, de igual teor e forma.

    Curitiba/PR, 27 de agosto de 2014.

    Pelo MPF:

    Deltan Martinazzo Dallagnol Procurador da Repblica

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