TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO: PENSAMENTO E LINGUAGEM 

A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E A SUA

CONTRIBUIÇÃO NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Doutorando 

EDIMILSON ANTÔNIO MOTA 

Profª. Drª. 

CELESTE AZULAY KELMAN  

Rio de janeiro, 2012

Considerações teóricas: pensamento e linguagem

A Geografia é uma ciência social e o seu objeto é o espaço.

O espaço é o lugar, o produto da relação social. Como tal, ele é feito de lugares que são constituídos com coisas, do tipo: casa, móveis, roupas, alimentos, brinquedos, objetos que são pontos de referências na orientação para cima, para baixo, à direita, à esquerda, ao lado, em frente, mais longe, mais perto, utilizados desde os primeiros anos, pela criança.

A luta pelo reconhecimento do espaço começa com o nascimento do bebê. O corpo da mãe é primeiro lugar com o qual o bebê inicia-se o seu contato social (FERREIRA,2007).

A criança como propriedade privada (VYGOTSKY, 1999).

É o outro quem apresenta o bebê para o mundo social. O outro é o mediador, é quem estimula a criança a sair da fase egocêntrica, do seu mundo ilógico.

A criança é um sujeito com potencial determinado para o desenvolvimento natural e cultural a atuar ativamente no espaço.

A sua relação social, inicialmente, se desenvolve na família, a base de sua interação e de sua integração com a cultura.

O desenvolvimento social infantil está na vivência do lugar, bem como nas coisas do lugar significadas pela cultura.

CONTRIBUIÇÃO DAS TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Associacionista;

Behaviorista;

Histórico-cultural ou dialética.

Proposta pedagógica para o ensino de Geografia

Metodologia: conceitos e aplicabilidade

Co-construção: a produção do conhecimento, o “objeto de discurso” é compartilhado entre os pares, na sala de aula. (PONTECORVO, 2005).

Paisagem: é tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança é a paisagem (SANTOS, 1998).

Lugar: significa o espaço vivido, aquilo que é familiar, o espaço da experiência, da memória, o lugar com o qual a pessoa se identifica (CAVALCANTI, 2005).

Proposta curricular: visa a discussão, em que a criança perceba que a paisagem é dinâmica e que o homem, através do uso das técnicas, e do trabalho, é o responsável pelas mudanças que ocorrem no espaço (RCN, 1998).

IDENTIFICAÇÃO DA IMAGEM 01

Favela da Rocinha, e o bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. Fonte: Google

APONTAMENTOS DE ENSINO

O professor deverá coordenar as “vozes”, as opiniões de cada aluno, na medida em que eles forem respondendo às questões abaixo:

1. O que você está vendo na imagem?

2. As casas são diferentes ou são iguais? Por quê?

3. Descreva os tipos de casas.4. Quais são os outros

lugares que apareceram na imagem?

IDENTIFICAÇÃO DA IMAGEM 01

Imagem 02. Rio Ururaí, Campos dos Goytacazes. Fonte: Blog do Roberto Moraes

1. Como será a vida das crianças que moram à margem do rio?

2. Quais são as suas brincadeiras?3. Como vivem no período de chuva em que o rio

transborda?

O professor deve tomar a sala de aula como uma usina de talentos, ou seja, deve-se colocar na posição de provocador e mediador sobre o desempenho argumentativo de seus alunos.É fundamental, porém, que as crianças possam estabelecer relações entre a imagem apresentada e o seu cotidiano, vinculando aspectos sociais e naturais. Neste sentido, devem ser propostas perguntas para que elas possam responder:

Considerações Finais

O estudo da cognição e da linguagem sempre foi matéria de interesse da psicologia, que, desde então, vem contribuindo, de maneira significativa, como uma ciência, para explicar os processos e o desenvolvimento da aprendizagem humana. Com isso, a contribuição tem sido grande, para o ensino de Geografia, em que se utiliza a imagem como linguagem e ferramenta didática facilitadora, na compreensão do espaço e suas contradições.

Entendeu-se que o ensino de Geografia, como um campo pedagógico, deve utilizar tipos de linguagem variadas para trabalhar a dinâmica do espaço. Nesse sentido, foi sugerido o uso de imagens (fotografias), como um tipo de linguagem, para abordar o espaço e as suas contradições com crianças da faixa etária de seis anos, ainda não alfabetizadas, e utiliza da oralidade para se expressar. Conclusão: os resultados serão positivos certamente.

MUITO OBRIGADO !