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ANO 1 — EDIÇÃO 2 — AGOSTO 2012 em revista

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Page 1: Araupel em Revista 40 anos - digital · que buscou ilustrar a história dos 40 anos da ... maturidade de seus 40 anos mantendo íntegra a capacidade de ... para conhecer o local onde

ANO 1 — EDIÇÃO 2 — AGOSTO 2012

em revista

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O Araupel em Revista é um informativo com circulação quadrimestral e interna da Araupel S.A. Editor responsável: Luciana GiacometJornalista Responsável: Daisy Vivian

Criação e diagramação: Sacramento DesignTiragem: 1.500 exemplares

Expediente

Luciana Giacomet

Com o apoio de muitas pessoas que compartilharam suas lembranças, relatos

que buscou ilustrar a história dos 40 anos da Araupel.

Uma história que inicia com empreendedorismo, coragem e visão de futuro. Uma

Ao longo dessa história, percebemos o quanto a Araupel faz parte da vida de gerações,

assim como faz parte do desenvolvimento de Quedas do Iguaçu. É com naturalidade que

vemos, no dia a dia da empresa, a preocupação com sustentabilidade, termo atual no

mercado, que a Araupel busca praticar desde o início e não como demanda institucional.

enraizados na empresa, preocupação antiga sem a qual não seria possível alcançar as

próximas gerações.

Assim cresceu a Araupel, empresa que comemora a maturidade de seus 40 anos

mantendo íntegra a capacidade de produzir, prosperar e obter reconhecimento naquilo

que, temos certeza, nascemos para fazer.

Um agradecimento especial a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para

Ceron, Cleoni Sartor, Vilmar Brasil, Geovane Gonçalves, Renata Pisoni e Rose Lopes.

Desejamos a todos uma boa leitura!

Vilmar de Souza BrasilSupervisor do Sistema de Qualidade25 anos de empresa

“Meu pai se aposentou na

Toda minha história veio da Araupel. Desejo que nos próximos anos a empresa se torne líder no mercado em que atua.”

Ricardo S. PereiraTesoureiro19 anos de empresa

“Trabalhar na Araupel me proporcionou crescer muito

que são uma extensão da minha família. Depois de 19 anos trabalhando aqui, não poderia ser diferente. Para os próximos 40 anos, que a Araupel se mantenha com o mesmo prestígio, com a solidez e a tradição que acompanhou toda a sua trajetória.”

Abimael S. Ribas de LemosSupervisor de SegurançaPatrimonial/Florestal8 anos de empresa

“A Araupel foi a plataforma da minha

familiar. Espero que ela se desenvolva cada dia mais porque a cidade cresce muito com ela.”

“A Araupel foi tudo para mim.Tudo o que construí, o que eu tenho, veio daqui. Que a empresa cresça sempre! E assim mais pessoas podem ter a oportunidade de fazer

Joaquim Rodrigues dos SantosAuxiliar Almoxarife33 anos de empresa

“Ela é importante não só para mim, mas para a sociedade quedense. município. Por isso espero que a empresa prossiga nesta busca de estar sempre se atualizando porque se tem um lugar onde a gente ganha reconhecimento pelo que faz é na Araupel. Todo mundo aqui tem a oportunidade de crescer dentro da empresa.”Alvaro Alves de CamargoAssessor Administrativo23 anos de empresa

“Parabéns a Araupel, minha segunda casa. Que se torne cada dia mais forte para que nossa cidade sefortaleça também.”

Samuel de PaulaAuxiliar Administrativodo Restaurante Industrial7 anos de empresa

Sandra Sirlei MofkaAuxiliar de Pessoal8 anos de empresa

“A Araupel é uma empresa séria e que oferece para a gente muitas oportunidades de crescimento. Que ela continue assim, gerando empregos e oportunidades que são tão valiosas para nossa comunidade.”

Cláudio C. MonteiroAnalista de Logística Sênior25 anos de empresa

“Meu pai também trabalhou na Araupel, onde estou há 25 anos. Devo

fazer parte dessa história. Que a Araupel continue assim, correta, priorizando a conduta ética em tudo aquilo que faz.”

“de aprendizado, uma oportunidade que tive de crescer

família. Para a Araupel desejo grande sucesso, o mesmo que ela deseja para a gente. A empresa sempre deu oportunidade de crescimento ao trabalhador que mostra o melhor de si.” Andressa C. CarvalhoAnalista de Logística Jr.9 anos de empresa

Arsonipe B. de AndradeVigilante23 anos de empresa

“A Araupel foi muito importante para mim porque foi sempre o sustento da minha família. Que tenha muito sucesso e que continue sempre assim, um lugar bom de se trabalhar.”

DEPOIMENTOS

Sede administrativa no centro da cidade, década de 80.

EDITORIAL

Agradecemos a todos aqueles que, ao longo dessa

viabilizaram a conquista dos nossos quarenta anos.

Tarso Giacomet – Diretor Administrativo Financeiro

Não podemos esquecer que a Araupel extrapola os 40 anos que está comemorando, uma vez que é continuidade de uma história de superação e conquistas que iniciou nos anos 1900, quando famílias de imigrantes italianos - Giacomet e Marodin - fundaram cada um a sua empresa.

Enio Marodin – Diretor Comercial

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Naquele tempo, telefone só na Usina de Salto Osório. “A gente

telefonar, a gente usava a linha de Salto Osório, ou pagava uma diária

em um hotel em Laranjeiras do Sul para ter direito a usar o telefone”,

lembra Octávio Marodin. A comunicação era feita também por rádio,

como salienta Pabst, mas demorou bastante para chegar o telefone,

mesma época em que as mulheres do centro da cidade começaram

a respirar um pouco melhor com a chegada da pavimentação das

dos móveis”, se diverte Pabst. Tanto o diretor industrial quanto o

gerente administrativo daquela época concordam que, nos meses

de verão, com o movimento dos veículos, não se enxergava o outro

lado da rua. Marta Casiraghi Vysoczynski, admitida em 1982 no

setor administrativo, também se lembra da época em que não havia

telefones e, pior que a poeira, para ela, era caminhar no centro em

dia de chuva porque “tudo era um barro só”.

Pabst, que permanece morador de Quedas do Iguaçu, recorda

que o povo sofreu com o vai-vém dos caminhões e a interminável

poeira, mas no começo dos anos 80, o povo quedense também

respirava melhor. “Começaram os investimentos nas rodovias,

conta ele. Logo depois, “a empresa resolveu entregar algumas de

suas linhas para a cidade para as coisas começarem a caminhar

juntas, e assim chegou telefone na mesa da delegacia, do hospital

e da prefeitura de Quedas”, comenta, orgulhoso, Octávio Marodin.

Os anos 80 também foram um marco importante para Claudio

referentes à compra da então Giacomet-Marodin. “Deu para

respirar um pouco melhor, ao mesmo tempo em que começaram

Giacomet, hoje um dos conselheiros da Araupel. Apesar de ser

necessário adquirir novas dívidas em função dos investimentos,

Projetado por Zeno Giacomet, em 1991 a sede da empresa

se mudou para onde está, na fazenda do Rio das Cobras, no dia

primeiro de agosto, também primeiro dia de trabalho de Edson

Araújo. O paranaense de Palmas, mais tarde gerente administrativo

da Araupel, explica que tudo era muito precário se comparado à

tecnologia atual. “Mas o sistema operacional e administrativo sempre

foi melhorando”, declara o morador de Quedas do Iguaçu.

Entretanto, o que mais marcou a passagem de Araújo pela

empresa foi a abertura da Araupel para a comunidade, referindo-se às

contínuas melhorias na Fundação Giacomar que ganhou academia,

quadra esportiva, salão de festas, cancha de bocha e parque infantil.

“A Débora Giacomet foi quem fez os projetos e, quando prontos,

muitas pessoas começaram a frequentar mais o ‘clubinho’, motivo

de grande orgulho e satisfação para quem trabalhava também neste

sentido, o do bem-estar do colaborador”, disse. E Octávio Marodin se

emociona ao lembrar esta parte: “Está tudo muito bom, maravilhoso!

A empresa atingiu um estágio que nunca vi antes. Tudo valeu a

pena!”, conclui o ex-diretor, hoje com 89 anos.

O INÍCIO

A Araupel tem muitas histórias. E nada melhor do que a

memória de alguns protagonistas para resgatar as mais antigas

lembranças. Assim, detalhes foram surgindo. “O Sady (Sady

Giacomet, diretor comercial) queria muito fazer o negócio. Ele

vislumbrava um futuro”, relembra Octávio Marodin, diretor

industrial dos anos 70. Para quem se impressiona com a atual

indústria, é difícil imaginar que tudo começou com foices nas

mãos de seus idealizadores. E sobre os acontecimentos seguintes,

Marodin faz jus a sua boa memória. “Naquela época, a gente levou

lanche e saiu abrindo ‘picada’ para ver o local adequado para as

instalações”, explica ele. Marodin ainda recorda que nas terras

compradas havia uma serraria que então passou a ser chamada

de Serraria 1. As Serrarias 2 e a 3 foram instaladas mais tarde.

muitos quilômetros para conhecer o local onde seriam montadas

as serrarias 4 e 5”. Na mesma época em que eram instaladas, a

empresa adquiriu mais uma serraria que passou a ser chamada

de Serraria 6. “Era um negócio grande, que tinha futuro. Mas ao

mesmo tempo dava medo porque, mesmo comprada parcelada, um

dia teria que pagar. E será que teríamos condições de pagar esse

investimento?”, lembra Marodin.

O período em que a empresa se preocupava com pagamentos

também foi mencionado por Claudio Pedro Giacomet, diretor

preocupação. A gente precisou trabalhar muito porque além dessas

parcelas de aquisição das terras a gente também precisou de

Os esforços renderam seus frutos. Depois de um ano, as serrarias

4 e 5 começaram a funcionar. Simultaneamente, pessoas vinham de

Pabst, contador que se aposentaria como gerente administrativo

em 1995. Gaúcho que cresceu em Curitiba, Pabst foi contratado

para passar um tempo em Quedas do Iguaçu. O que ele não sabia

é que estava conhecendo aquilo que seria seu ambiente de trabalho

por 23 anos. “Quedas era interessante, uma vilazinha no meio de

viviam e que não descendiam dos poloneses vieram para trabalhar na

Giacomet-Marodin ou na construção da Usina de Salto Osório que só

Na avenida Pinheirais esquina com Juazeiro, em frente à

transportadas por caminhões e os trabalhadores podiam almoçar

em casa ao meio-dia. “Hoje os colaboradores são transportados por

ônibus terceirizados, mas naquele tempo eles habitavam em vilas

construídas muito próximas das serrarias”, explica Pabst.

Quedas era interessante, uma

com 1500 habitantes

O Sady Giacomet queria muito fazer

o negócio. Ele vislumbrava um futuro

Sady recebendo o prêmio “Melhores e Maiores”, no setor de Madeira e Móveis da Revista Exame, em 1984.

Nova sede, 1991.Caminhões de transporte. Quedas do Iguaçu, 1973.

Serraria antiga.

Nodário Azeredo, Zeno Giacomet, Octávio Marodin e Sady Giacomet. IV Fenamaco - Esteio, 1988.

Octávio Marodin.

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HISTÓRIAS PARA CONTAR

Desde sua fundação, em 1972, a Araupel

registrou mais de 18 mil trabalhadores. De

todos os setores da empresa, porém, foi a

Indústria o que mostrou os maiores avanços,

o que não poderia ser diferente. Com o

desenvolvimento tecnológico caminhando a

passos largos, diversos foram os momentos

em que a modernidade aterrissou nos

pavilhões da Araupel, contemplando todo

dos produtos da madeira. Para quem

precisava ajeitar as toras com as mãos

para que ela fosse serrada, ver o sistema

hidráulico trabalhando é, no mínimo,

uma grande satisfação. É o que conta João

nesta função deste 1973. O gaúcho de Lagoa

Vermelha, contratado como circuleiro, usava

luvas, bota e capacete, os equipamentos de

segurança adequados para a época, mas

que não se comparam à tecnologia de 40

anos depois. “Não tinha nada dessas coisas,

não. Era a força do braço mesmo”, lembra

Sampaio, aposentado desde 1997 mas

disposto a trabalhar “até quando Deus me

permitir”.

Assim também pensa João André

Ribeiro. Na Serraria desde 1979, o

trabalhador, que já desenvolveu diferentes

atividades na empresa, também espera

trabalhar enquanto sua saúde e sua vida

permitirem. O catarinense de Joaçaba

chegou em Quedas do Iguaçu, cidade

com fama de ter vagas de trabalho, em

setembro daquele ano. “Eu cheguei na

trabalhar no outro dia”, lembra o operador

de empilhadeira que já foi estoquista.

“Antigamente, a gente deixava a madeira

estocada na rua mesmo, no sol, e às vezes,

quando chovia muito, se perdia parte dela.

Hoje tem as estufas e isso não acontece

mais”, explica o trabalhador, pai de dois

admissão na Giacomet-Marodin.

Antigamente, a gente deixava a madeira estocada na rua mesmo, no sol, e às vezes,

quando chovia muito, se perdia parte dela. Hoje tem as estufas e isso não acontece

Ele conheceu a motosserra e já viu muita cascavel no meio do

mato. “Mas eu devia ser muito feio porque elas fugiam de mim”.

Isso é o que conta José Milton da Rocha, o Miltinho, admitido como

operador de trator em 1981. O colaborador que gradeava a terra,

passava a roçadeira e plantava o pinhão, lembra que aqueles tempos

eram mais difíceis, embora não deixassem de ser divertidos. De suas

memórias, Miltinho chama a atenção para a necessidade de quatro

colegas, além de um balizador, para se fazer o plantio do pinhão.

Outra história resgatada por ele era a forma como se descascavam

as toras, trabalho hoje realizado de forma automatizada na Serraria.

“Naquele tempo era na mão mesmo, com um machadinho. Depois

eu virava a tora com a Skide ou o Trator Esteira e eles terminavam

Miltinho que acompanhou a chegada da primeira Harvester

em 2000. Ele também não se esquece da marmita e lembra com

alegria a chegada do refeitório. “Ficou dez! Comidinha quente, bem

preparada. Aí, nossa! Até engordei!” conclui o risonho gaúcho de

Três Passos que completou 31 anos de Araupel em maio desse ano.

Já 34 anos de empresa está fazendo Arino Xavier de Castro. O

auxiliar de produção, que ingressou em 1978, teve seu pai, Florêncio

Xavier de Castro, como seu supervisor na antiga Serraria 4. “A gente

era de Guaraniaçu e viemos pra cá porque tinha trabalho”, conta o

que, segundo ele, facilitou enormemente o trabalho das máquinas.

“Por mim já passaram cinco carregadeiras diferentes, uma sempre

melhor do que a outra. Sou do tempo em que ela era aberta, a

gente precisava de capa de chuva para trabalhar. Hoje tem cabine

e ar condicionado, dá vontade de ficar trabalhando a noite inteira

de tão geladinho que é”, comemora Castro, pai de Leandro Enéas

de Castro, Inspetor de Qualidade da Araupel.

Castro

Miltinho

João SampaioEstufas João Ribeiro

Pinhão utilizado no plantio da Araucária.

Harvester.

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1. 2. 3.

5. 6.

1 - Serraria 1, 1972. 2 - Depósito na década de 70. 3 - Pedro Valmor Giacomet, Octávio Marodin, José Richa e Claudio Pedro Giacomet.4 - Colaborador Araupel, Laury Paulo Giacomet, Claudio Pedro Giacomet, Carlos e Neusa Giacomet.

7. 8.

5 - Armando Giacomet, Julio Grazziotin, Joaquim Viana Neto, Leonildo Carmo dos Reis e Nodário Azeredo. 6 - Laury Paulo Giacomet e Pedro Valmor Giacomet. 7 - Desdobro madeira, 1986. 8 - Manfredo Velho e Tarso Giacomet, 1987. 9-XIV Fenam, 1986. 10 - Produto Araupel embalado para exportação.

9. 10.

4.

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COMERCIAL

No início, a Giacomet-Marodin estava

subordinada às cotas da exportação, assim

como as demais empresas produtoras de

madeira serrada de araucária. A política das

cotas estabelecida pela Comissão Coorde-

nadora da Exportação de Madeiras (CCEM)

limitava a exportação para os países em que

a CCEM mantinha o monopólio das vendas

de madeira. Porém, as cotas eram aplicadas

somente para a madeira serrada de araucária,

assim que a empresa passou a comercializar

seus produtos, sob forma de produtos manu-

faturados. Assim conquistamos clientes na

América do Norte e até na África porque se

tratavam de mercados não contingenciados”,

explica Tadeu Giacomet, responsável pelas

exportações de 1973 a 1997.

Sobre a década de 70, Giacomet faz

referências à conjuntura internacional da

-

cado madeireiro. “A crise do Petróleo de

1972/73 causou um impacto positivo sobre

as exportações da Giacomet-Marodin, que

paralelamente passou a comprar cotas de

exportação de outras empresas, permitindo

a ampliação de seu volume de vendas ao

mercado externo, ampliando sua área de

atuação”, acrescenta. Com o preço do bar-

ril do petróleo triplicando em um período

de 6-9 meses, países produtores de petróleo

começaram a importar madeira do Brasil. “A

aumento do preço do barril. De uma hora

para outra ela se viu capitalizada e pode

incrementar sua infra-estrutura, comprando

muita madeira para móveis e para a construção

civil”, disse ele.

Quanto aos produtos inicialmente

comercializados, Giacomet destaca os

lambris, vendidos principalmente para a

Alemanha e a Holanda, e componentes de

escada e madeiras aplainadas nas 4 faces

(S4S), esses exportados para o Reino Unido.

“Mas até cabo de vassoura era um item

importante na década de 70”, enfatiza Tadeu.

“A cunha para colocar a empresa no mercado

foi o produto manufaturado, situação que

fez da Giacomet-Marodin líder do segmen-

”.

Gian Carlo Marodin, gerente comercial,

recorda esse tempo por relatos dos antigos

colegas e complementa: “Houve uma

mudança substancial a partir dos anos 90,

com a substituição da exploração de pinhei-

-

-

so e a Araupel se tornou a pio-

neira dessa tecnologia no Brasil. “Naquela

época a empresa visualizou o potencial do

mercado de millwork nos Estados Unidos

e começou a preparar sua indústria para

a produção de blocks, blanks

molduras que se tornariam nosso produto

principal”, explica Marodin.

-

ção do quadro executivo da Araupel, a em-

presa voltou-se exclusivamente para o mer-

cado norte-americano. “Os Estados Unidos

já tinham um mercado consolidado para

molduras de pinus e apresentava demanda

e se especializou, vendíamos apenas para a

América do Norte”, salienta Marodin.

A partir de 2006, com a reaproxi-

,aserpme an railimaf oãtseg ad oãçam

foi retomada a diversificação de merca-

dos, e tornou-se necessário o desenvolvi-

mento de novos produtos. Para a Itália e

Espanha foram atendidos os fabricantes

de quadros; para a Inglaterra e França,

indústrias de portas e escadas. Para a Aus-

trália, Holanda e Suécia a Araupel passou

a atuar com distribuidores de materiais de

construção. “Nossa carteira para os merca-

dos mundiais se consolidaram e os Estados

Unidos respondem hoje por cerca de 60%

do volume comercializado”, comemora o

gerente.

Atualmente, o mercado brasileiro

absorve em torno de 9% do volume de

produtos manufaturados da Araupel, que

aproveita o bom momento da construção

civil para a demanda de guarnições e batentes,

além de painéis para a indústria moveleira.

Nossa carteira para os mercados mundiais se

consolidaram e os Estados Unidos respondem hoje por

cerca de 60% do volume comercializado

A Araupel, sempre comprometida em obter resultados com sustentabilidade, potencializa

industriais. Ao longo da nossa história, todos os resíduos oriundos da madeira tornaram-se novos produtos, utilizados como matéria-prima e insumos para variados segmentos de mercado.

RESULTADOS COM SUSTENTABILIDADE

Produtos resultantes do processo:

* Fl

uxog

ram

a m

eram

ente

ilus

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sem

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etal

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ento

de

todo

o p

roce

sso.

Hélio Marodin (em baixo à direita) e Tadeu Giacomet (em cima, o terceiro da dir. para esquerda) - Feira HOUT-75 em Rotterdam.

Utilizado para geração de energia térmica (vapor),

e suínos), indústrias de papel e celulose e indústrias alimentícias em geral, como óleo de soja, embutidos, secagem de grãos, fábrica de ração animal, margarinas, empanados, massas, etc.

É utilizado para geração de energia térmica e elétrica, assim como o cavaco verde.

É utilizada em camas de aviários que, após o uso, seguem para as lavouras onde são utilizadas como adubo orgânico em diversas culturas.

Utilizado por ceramistas para queima da argila no processo de fabricação de

(3.850kcal/kg) e fácil combustão (explosão).

São separados e utilizados como preenchimento de porta e para molduras para quadros.

É utilizada como adubo e substrato para cultivo de plantas ornamentais e/ou mu-

Cavaco verde

Cavaco seco

MaravalhaMicro-pó

Blocks com medula

Casca de pinus

nosso produto na gôndola, em visita a Lowe´s Charleston, EUA – outubro de 2011.

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FLORESTAL

Entenda a diferença entre as espécies

20m³ ha/ano.

28 anos, com árvores com diâmetro médio de 32 centímetros e altura média de aproximadamente 20 metros.

Utilizada principalmente para a produção de caibros, tábuas, molduras,

Sul da América do Sul, ocorrendo no extremo nordeste da província de Missiones na Argentina, no leste do Paraguai e principalmente no Brasil, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O plantio é realizado diretamente no campo com o auxilio de uma plan-tadeira puxada por um trator agrícola, que distribui os pinhões em distâncias preestabelecidas.

* Descrição referente ao método utilizado na época em que a empresa plantava araucária.

30m³ ha/ano.

18 anos, com árvores com diâmetro médio de 33 centímetros e altura média de aproximadamente 25 metros.

Utilizada principalmente para a produção de celulose e papel, movelaria, tábuas, lâminas, marcenaria, compensa-

América do Norte, o pinus teve intenso plantio nos anos 60 e 70 no

O objetivo era a composição de uma base de biomassa lenhosa como fonte de matéria-prima.

O plantio é realizado através de sementes. Armazenadas em tubetes, as mudas germinam em casas de vegetação para posterior plantio a campo.

60m³ ha/ano.

12 anos, com diâmetro médio de 36 centímetros e altura média de aproximadamente 40 metros.

Utilizada principalmente para a produção de celulose e papel, move-laria, tábuas, lâminas, marcenaria, compensados, molduras, painéis, entre outros.

Austrália, passa a ser conhecido no Brasil em 1825 como planta

econômicos teve início em 1903, empregado na produção de dormentes ferroviários e lenha para combustível das locomotivas, o transporte daquela época. Atualmente, o Brasil, ao lado da África do Sul, é considerado o país que detém as tecnologias mais avançadas

eucalipto, este responsável por 25% da madeira utilizada no país, havendo uma tendência crescente nesse uso.

O plantio é realizado da mesma forma que o Pinus sp. Também pode ser realizado pelo processo de estaquia, utilizado no plantio clonal, que reproduz árvores com as mesmas características da árvore matriz.

Araucaria angustifolia

Crescimento médio

Rotação para corteraso, diâmetro e altura

Uso

Origem

Método de cultivo

Pinus sp

Curiosidades

Eucalipto grandis

A Araupel Araucaria angustifolia , Eucalipto grandis e o Pinus sp . Conheça algumas particularidades de cada.

Araucaria angustifolia

Pinus sp

Eucalipto grandis

Estudos demonstram que a árvore de eucalipto é a que retém maior quantidade de dióxido de carbono da atmosfera, uma vez que é transformado em oxigênio através do processo fotossintético que ocorre ao nível das suas folhas. Este fenômeno está relacionado ao rápido crescimento desta espécie.

A idade de algumas espécies de árvores pode ser medida através dos anéis de crescimento. Os claros correspondem aos meses quentes, e os escuros ao período de dormência, o que ocorre no inverno.

O Pinus e a Araucária apresentam boa propriedade, boa aparência e possuem baixa densidade, o que con-tribui para as aplicações no mercado americano de molduras.

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COMEMORAÇÃO

casamento", diz orgulhosa a mãe de Hudson Henrique, de seis anos,

que recebe diariamente orientação de Leonel Chaves, encarregado

da produção industrial. Chaves aprova a ideia da contratação dos

jovens e diz que orientá-los é uma grande satisfação, muito antes que

um dever. "Todos são muito esforçados e têm vontade de aprender",

conclui o colaborador.

Cuidar do futuro e ampliar os horizontes do conhecimento

também faz parte das aspirações de 40 jovens estudantes de Quedas

do Iguaçu, um grupo renovado a cada 12 meses que compõe o quadro

da Força Verde Mirim do Estado do Paraná, atualmente renomeados

Guardiões da Natureza. Criado pelo Batalhão Ambiental da Polícia

do Paraná, os jovens têm suas aulas práticas e teóricas patrocinadas

pela Araupel desde 2009. O objetivo é transformar crianças e

adolescentes em agentes de conscientização ambiental, uma forma

de exercerem cidadania.

Pensando ainda na educação e na cultura, em parceria com o

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR),

a Araupel recentemente doou terreno com 98 mil m², o que dará

início à licitação para viabilizar a construção da extensão do Campus

os jovens da região. Sobre os cursos a serem oferecidos, Odélio Pires

de Lima, Secretário da Educação de Quedas do Iguaçu, explica que

serão os cursos mais indicados para a realidade local. “Se a obra tiver

início este ano, esperamos turmas presenciais a partir de 2014”,

comemora o secretário.

Com 40 anos de existência, a Araupel faz parte da vida de

gerações de colaboradores, uma vez que passaram pelos corredores

de Oliveira Moura é auxiliar de produção na Serraria 1 desde 1981.

pai de Vanessa Aparecida Moura dos Santos, que estreou na Araupel

em 2012. Moura narra as condições em que seu pai trabalhava

antes mesmo da compra das terras em 1972. “Não era isso que é

é tudo automatizado”, esclarece o recém-aposentado. Completados

depender de Vanessa, a terceira geração vai ainda mais longe: “Vou

colaboradora.

Vanessa não está sozinha nas intenções de mostrar aquilo que

sabe fazer. Seguindo o decreto 5.598 de 01/12/2005, 21 jovens de

Quedas do Iguaçu também estão tendo a oportunidade de ingressar

no mercado de trabalho. Pensando no futuro, o Programa Jovem

a trabalharem na empresa, um dos critérios observados pelo

departamento de Recursos Humanos durante a análise de currículos.

nossos vínculos com as famílias que tanto apoio nos tem dado

nesses quase 40 anos de crescimento conjunto", explica o diretor

Soares, que há 25 anos trabalha no setor de manufaturado. Embora

veja frequentemente o pai no restaurante industrial da Araupel,

Márcia prefere almoçar na companhia de suas colegas de trabalho.

começa a arquitetar um sonho antigo. "Estou agora planejando meu

para fortalecer nossos vínculos

com as famílias que tanto apoio nos

tem dado nesses quase 40 anos de

crescimento conjunto

Márcia Soares, Leonel Chaves (encarregado), Dheivetty Correia.

FUTURO

Colaboradores Colaboradores, familiares e comunidade

- Missa na Igreja Matriz Imaculado Coração de Maria - Missa Igreja Evangélica Assembléia de Deus,

Aniversário de 40 anos da Araupel!

Nos seus 40 anos de atividade, a Araupel preparou uma animada programação para você, sua família e para a comunidade.

*Em caso de chuva, o evento poderá ser adiado.

Contamos com a sua presença para a benção na empresa no pátio em frente ao prédio da Administração. Também será plantada uma árvore em comemoração aos 40 anos da Araupel, simbolizando o crescimento e o respeito pela natureza.

No Restaurante Industrial, será entregue um presente para cada colaborador em comemoração aos 40 anos.

Dia

Dia

Dia

Dia

Das

Às

A partir das

Logo apósshow da banda Metrópole

Fique ligado!

Não perca!

Às

27/0801/09

29/08

29/08

16h 30 às 17h19h

20h

12h

Turno A – durante o horário de almoço.Turno B – durante o horário do jantar.

Na Avenida Pinheirais, próximo à Praça Pedro Alzides Giraldi, o Projeto Gente estará no palco mostrando todo o seu talento.

Você também vai conhecer um pouco mais da história da Araupel e de Quedas do Iguaçu: um painel ilustrativo e um vídeo foram elaborados especialmente para esta data!

Durante o evento haverá a premiação dos alu-nos vencedores do concurso artístico “Araupel em minha vida”.

Boa festa e aproveite!

No Restaurante Industrial, os colaboradores autores das três melhores frases do concurso literário “Araupel 40 anos” serão premiados com

lugar) e MP4 Player (3° lugar).

Page 9: Araupel em Revista 40 anos - digital · que buscou ilustrar a história dos 40 anos da ... maturidade de seus 40 anos mantendo íntegra a capacidade de ... para conhecer o local onde

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