D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A

U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S

FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

A U L A 1 5

D E R M AT O L O G I A

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia

Médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 1413 p.

A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A

PAT O L O G I A

“Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me

lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin)

h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

ANATOMIA6 / 45

Est ru tu ras

EPIDERME

DERME

HIPODERME

FOLÍCULO

GL SEBÁCEA

GL SUDOR.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

ANATOMIA7 / 45

E S T R U T U R A S

É composta da ep iderme e da derme. A pr ime i ra

compõe-se de c inco camadas: germinat iva , esp inhosa,

granu losa , lúc ida e córnea; des taca -se o quera t inóc i to .

A segunda, da camada pap i la r e da re t icu la r. A

h ipoderme ou tec ido ce lu la r subcutâneo é fo rmada por

tec ido con jun t ivo f rouxo e por tec ido ad iposo.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

FISIOLOGIA8 / 45

Funções

ÁGUA AGRESSORES OSSOS

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

FISIOLOGIA9 / 45

F U N Ç Õ E S

A pe le p ro tege con t ra t raumas de o rdem f ís ica , qu ímica

e b io lóg ica . Prev ine a des id ra tação e o encharcamento

do corpo , sendo a quera t ina impermeáve l . E par t i c ipa

da homeostase : a rad iação U V age no quera t inóc i to que

t rans fo rma 7 -des id roco les te ro l em v i tamina D3 que

es t imu la absorção de cá lc io e fós fo ro no in tes t ino .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA10 / 45

Inspeção

MORFOLOGIA ARRANJO TOPOGRAFIA

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA11 / 45

I N S P E Ç Ã O

As lesões devem ser ana l isadas med ian te t rês

aspectos , qua is se jam: a mor fo log ia (aspecto , fo rma) ,

o ar ran jo (d ispos ição loca l ) e a topogra f ia (d is t r ibu ição

corpora l . A lâmpada de Wood emi te rad iação

u l t rav io le ta , favorecendo o d iagnóst ico de a lgumas

lesões, como a p t i r íase vers ico lo r.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA12 / 45

Palpação

PRESSIONAR DESLIZAR ESTIRAR

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA13 / 45

PA L PA Ç Ã O

O des l izamento in tu i sobre loca l ização, tamanho,

cons is tênc ia , mob i l idade e sens ib i l idade da lesão. A

pressão do po legar con t ra mácu la avermelhada permi te

d i fe renc ia r o e r i tema (esvaece) da púrpura (pers is te ) .

O es t i ramento de borda de mácu la descamat iva , na

p t i r íase , l ibera escamas fu r fu ráceas (s ina l de Z i le r i ) .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA14 / 45

Ava l iação da sens ib i l idade

TÉRMICA TÁTIL DOLOROSA

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

SEMIOLOGIA15 / 45

AVA L I A Ç Ã O D A S E N S I B I L I D A D E

Usada em caso de mácu la . Venda -se o pac ien te . Tes ta -

se na pe le sã e duv idosa, a l te rnadamente . A té rmica

ava l ia -se com tubos de ensa io com água f r ia e quente ;

a do lo rosa , com a ponta e o cabo de agu lha de in jeção;

e a tá t i l , com chumaço de a lgodão. Na hanseníase ,

perde-se a sens ib i l idade na ordem supra exp l ic i tada .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES16 / 45

Class i f i cação

LESÃO

PRIMÁRIA

MÁCULA ERITEMA, CIANOSE, PÚRPURA

SÓLIDA PÁPULA, NÓDULO, TUBÉRCULO

LÍQUIDA VESÍCULA, BOLHA, PÚSTULA

SECUNDÁRIA ESCAMA, CROSTA, PLACA, EROSÃO, ULCERAÇÃO

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES17 / 45

C L A S S I F I C A Ç Ã O

A lesão pr imár ia é a o r ig ina l , aque la que pr ime i ro

apareceu na pe le . É gênero de t rês espéc ies , qua is

se jam a mácu la (mancha) , a só l ida (con teúdo só l ido) e

a l íqu ida (con teúdo l íqu ido) . A lesão secundár ia é a

consequente , a lesão resu l tan te de mod i f i cações

(escama, c ros ta , p laca , e rosão dent re ou t ras) .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES18 / 45

Mácu las vascu lossanguíneas

POSITIVA VITROPRESSÃO NEGATIVA

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES19 / 45

´M Á C U L A S VA S C U L O S S A N G U Í N E A S

As pos i t i vas desaparecem à v i t ropressão : e r i tema

(avermelhada) , c ianót ica (azu lada) , anêmica (pá l ida) e

ang iomatosa (mis ta ) . As negat ivas pers is tem à

v i t ropressão : pe téqu ia (punt i fo rme) , equ imose

(mancha) e hematoma (neocav idade com sangue) .

Essas t rês ú l t imas são espéc ies do gênero púrpura .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES20 / 45

Mácu las p igmentadas

ENDÓGENAS PIGMENTO EXÓGENAS

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES21 / 45

M Á C U L A S P I G M E N TA D A S

As endógenas compor tam a h iperc rômica (ex. c loasma

grav íd ico) , a h ipocrômica (ex. micose an t iga) e a

acrômica (ex. v i t i l igo) . As exógenas admi tem a ic te r íc ia

(h iperb i l i r rub inemia ) , a caro tenemia (caro teno) e a

ta tuagem ( t in ta ) . Endógena tem haver com melan ina e

exógena tem a ver com p igmento ou t ro qua lquer.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES22 / 45

Lesões pr imár ias só l idas

P-N-T-T P-V-V-U E-I-Q-L

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES23 / 45

L E S Õ E S P R I M Á R I A S S Ó L I D A S

São duras e regu la res a pápu la (a té 1cm) , o nódu lo (1 -

2cm), o tubércu lo (2 -3cm) e o tumor (a lém de 3cm) . O

pap i loma é d ig i t i fo rme. A vegetação, um agrupamento

de pap i lomas. A ver rucos idade tem super f íc ie dura . A

u r t i ca cursa com er i tema, edema e p rur ido . O edema

tem Godet . O l íquen tem acentuação das pregas.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES24 / 45

Lesões pr imár ias l íqu idas

< 1CM; SEROSA < 1CM; PUS PUS; HIPO> 1CM; ∆

VESÍCULA PÚSTULA BOLHA ABCESSO

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES25 / 45

A B C E S S O , B O L H A , V E S Í C U L A E P Ú S T U L A

O abcesso es tá na h ipoderme e é puru len to .

Os t rês ou t ros es tão en t re a ep iderme e derme. A bo lha

tem d iâmet ro super io r a 1cm e o con teúdo seroso ,

sangu ino len to ou puru len to . A ves ícu la tem d iâmet ro

in fe r io r a 1cm e conteúdo seroso . E , a pús tu la tem

d iâmet ro in fe r io r a 1cm e conteúdo puru len to .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES26 / 45

Lesões secundár ias

PLACA CROSTA ESCLEROSE ESCAMA

PÁPULAS SORO SECO LAMINARENDURAÇÃO

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES27 / 45

P L A C A , C R O S TA , E S C L E R O S E E E S C A M A S

A p laca é a reun ião de pápu las . A c ros ta , o resu l tado

do ressecamento de soro , sangue ou pus sobre uma

l esão pr imár ia . A esc le rose , uma área c i rcunscr i ta de

endurec imento cu tâneo de tec táve l somente à pa lpação.

E , as escamas são cé lu las super f ic ia is corne i f i cadas

de aspecto laminar ou pu lver izado, f i xas ou so l tas .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES28 / 45

Lesões secundár ias

EROSÃO ULCERAÇÃO FISSURA FÍSTULA

EPIDERME DERME DRENORAGÁDIA

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES29 / 45

E R O S Ã O , U L C E R A Ç Ã O , F I S S U R A E F Í S T U L A

A erosão é um es fo lado super f ic ia l , a lcançando apenas

a ep iderme; ao regred i r, não de ixa c ica t r iz . A

u lceração, um es fo lado pro fundo, a t inge a derme; e

de ixa c ica t r iz . A f i ssura é uma so lução de cont inu idade

l inear que a lcança a derme. A f ís tu la , um per tu i to pe lo

qua l d rena pus de um foco supura t ivo p ro fundo.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES30 / 45

Lesões secundár ias

ATROFIA POIQUILODERMIA C. ATRÓFICA C. HIPER

VASOS ARANHAS QUELÓIDECLARA

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

LESÕES ELEMENTARES31 / 45

AT R O F I A , P O I Q U I L O D E R M I A E C I C AT R I Z

A a t ro f ia é a pe le f ina , com aspecto p regueado e que

permi te a v isua l ização de vasos sanguíneos

super f ic ia is . A po iqu i lodermia é a a t ro f ia com

h iperp igmentação e te langectas ias . E , a c ica t r ização é

o tec ido f ib roso d iscre to (a t ró f ica) ou g rosse i ro

(h iper t ró f ica) que subs t i tu i ou tec ido normal des t ru ído .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES32 / 45

SARAMPO RUBEOLA

VARICELAH. SIMPLESH. ZOSTER

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES33 / 45

D O E N Ç A S V I R A I S

No sarampo há exantema e pápu las re t roaur icu la res e

descendentes , inex is te adenomega l ia e a febre é a l ta .

Na rubéo la há exantema e pápu las re t roaur icu la res e

descendentes , ex is te adenomega l ia e a febre é ba ixa .

O herpes admi te as fo rmas s imp les , zos te r e var ice la ,

compondo o t ra tamento o an t iv i ra l e o ana lgés ico .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES34 / 45

MOLUSCO

CONDILOMAV. VULGAR V. PLANTAR

MOLUSCO

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES35 / 45

D O E N Ç A S V I R A I S

No molusco contag ioso , pápu las b r i lhan tes , de

super f íc ie l i sa e com depressão cent ra l . As ver rugas

são causadas pe lo Papi lomaví rus humano , admi te as

fo rmas vu lgar, p lana e gen i ta l e o t ra tamento pode ser

pra t icado com e le t ro ou qu imiocauter ização .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES36 / 45

FOLICULITE CELULITE

ACNE IIIACNE I ACNE II ACNE IV

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES37 / 45

D O E N Ç A S B A C T E R I A N A S

A fo l i cu l i te é causada pe lo Esta f i lococcus aureus ,

mani fes ta -se por pús tu la e o t ra ta -se com ant ib ió t ico .

A ce lu l i te é causada por Est rep tococcus do grupo A,

cursa com er i tema e edema e t ra ta -se com pen ic i l ina .

A acne decor re de h ipersecreção sebácea, man i fes ta -

se por comedão) , pápu la (2 ) , abcesso (3 ) e c ica t r iz (4 ) .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES38 / 45

SÍFILIS 2ª

SÍFILIS C.

SÍFILIS 1ª SÍFILIS 3ª

SÍFILIS C.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES39 / 45

D O E N Ç A S B A C T E R I A N A S

A s í f i l i s é causada pe lo Treponema pa l l idum , abrange

as fo rmas congên i ta , p r imár ia , secundár ia e te rc iá r ia e

o t ra tamento é executado com pen ic i l ina G benzat ina .

Na pr imár ia observa -se o cancro duro , ú lcera ún ica e

indo lo r. Na secundár ia percebe -se exantema. E na

te rc iá r ia ocor rem as gomas e os tubércu los .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES40 / 45

T. CORPOT. COURO CAB. TINHA BARBA

T. DEDOST. VERSICOLOR T. CRURAL T. UNHAS

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES41 / 45

T I N E A

A micose é causada por fungos. Man i fes ta -se por

er i tema anu lar com bordos de f in idos e descamação

(cen t ro ) ; e ves ícu la , pápu la , pús tu la e c ros ta

(per i fe r ia ) , sendo marcante o p rur ido . É gênero de

espéc ies : do couro cabe ludo, da barba , do corpo . O

t ra tamento é fe i to com ant i fúng ico , tóp ico ou s is têmico .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES42 / 45

PSORÍASE VITILIGO

DERMATITE C.DERMATITE S.DERMATITE F.

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

DERMATOSES43 / 45

D O E N Ç A S A U TO I M U N E S

Na psor íase há p lacas er i tematosas com escamas

pra teadas em cabeça, dobras , co tove los e joe lhos .

No v i t i l igo há manchas h ipocrômicas de ins ta lação

len ta em face , mãos, pés , dobras e gen i tá l ia .

Na dermat i te há er i tema em reg iões como barba

(sebo) , c ru ra l (u r ina) ou pés (con ta to com sandá l ia ) .

PAULO DE TARSO

D E R M ATO L O G I A

CONCLUSÃO44 / 45

INTRODUÇÃO

FISIOLOGIA

PATOLOGIASEMIOLOGIA

ANATOMIA

F I M