D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A

U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S

FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

A U L A 1 1

I C T E R Í C I A

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia

Médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 1413 p.

A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A

PAT O L O G I A

“Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me

lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin)

h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO6 / 31

Coloração amare lada

AMARELÃO SINAL AMARELÃO

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO7 / 31

A M A R E L Ã O

I c te r íc ia ou amare lão é um s ina l , ou se ja é a lgo que o

méd ico percebe ao examinar o seu pac ien te e que

cons is te na co lo ração amare lada da pe le , das mucosas

e das esc le ró t icas em razão do excesso e do

consequente acúmulo de b i l i r rub ina no sangue.

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO8 / 31

Não é ic te r íc ia

ALIMENTOS

REMÉDIOS

PELE

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO9 / 31

N Ã O É I C T E R Í C I A

Não é ic te r íc ia a co lo ração amare lada reconhec ida

tão somente na pe le e em razão da impregnação des ta

por p igmentos ou t ros que não a b i l i r rub ina , como por

exemplo o caro teno presente em a lguns a l imentos

(cenoura , mamão e tomate) e a qu inacr ina , p r inc íp io

a t ivo de a lguns med icamentos (an t ima lár icos) .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO10 / 31

Não é ic te r íc ia

LIPÍDIOS

ETNIA

ESCLERA

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCEITO11 / 31

N Ã O É I C T E R Í C I A

Não é ic te r íc ia a co lo ração amare lada reconhec ida

tão somente nas esc le ró t icas e em razão da

impregnação des tas por l ip íd ios , uma f ina camada de

gordura . Es te fenômeno é exc lus ivo da raça negra .

Neste caso, a pe le e as mucosas es tão normais .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

FISIOLOGIA12 / 31

Quar te to ana tômico

PLASMA

FÍGADO

INTESTINO

RINS

LIS LIS LIS RED

EO -------- HEMOGLOBINA -------- HEME -------- BILIVERDINA -------- BI + ALBUMINA└ GLOBINA └ FE

CON EXC EXC

BI -------- BD (HIDROSSOLÚVEL) -------- BÍLIS -------- DUODENO (EMULSIFICAÇÃO)

MET OXI EXC

BD -------- ESTERCOBILINOGÊNIO -------- ESTERCOBILINA -------- FEZESMARROM

REA FIL OXI EXC

BD -------- SANGUE ------- UROBILINOGÊNIO -------- UROBILINA -------- URINAAMARELO

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

FISIOLOGIA13 / 31

Q U A R T E TO A N AT Ô M I C O

A hemác ia é ver t ida em hemoglob ina , es ta em heme,

este em b i l i verd ina , es ta em b i l i r rub ina ind i re ta e es ta

é con jugada em b i l i r rub ina d i re ta . Par te des ta so f re

reabsorção e nos r ins é conver t ida em urob i l inogên io e

es te em urob i l ina . O res tan te é metabo l izado em

es tercob i l inogên io e es te conver t ido em es tercob i l ina .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

PATOLOGIA14 / 31

Hiperb i l i r rub inemia

COLESTASE MET HEMÓLISE COLESTASE OBS

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

PATOLOGIA15 / 31

H I P E R B I L I R R U B I N E M I A

Pode dar -se por hemól ise (doença hemol í t i ca

per ina ta l , anemia fa lc i fo rme, púrpura t romboc i to -

pên ica , doenças au to imunes, in fecções e re t rov i ra is ) ,

co les tase metabó l ica (neonata l f i s io lóg ica , ges tac iona l ,

enz imát ica e hepat i tes) ou co les tase obs t ru t iva (a t rés ia

b i l ia r, co le l i t íase e tumor da cabeça do pâncreas) .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA16 / 31

Carac teres semio lóg icos

COR DA URINA COR DAS FEZES PRURIDO

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA17 / 31

A R A C T E R E S S E M I O L Ó G I C O S

Em face da ic te r íc ia impõe -se a inves t igação de t rês

carac teres semio lóg icos , qua is se jam a co lo ração da

ur ina , a co lo ração das fezes e a ex is tênc ia de prur ido .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA18 / 31

Coloração da ur ina

CLARA COLORAÇÃO ESCURA

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA19 / 31

C O L O R A Ç Ã O D A U R I N A

A ur ina c la ra ocor re na v igênc ia da h iperb i l i r rub inemia

i nd i re ta , pos to ser a b i l i r rub ina ind i re ta l iposso lúve l

pe lo que não é f i l t rada pe los r ins ( fa l ta u rob i l ina) . Já a

u r ina escura , que é conhec ida por co lú r ia , ocor re

quando ins ta lada a h iperb i l i r rub inemia d i re ta , i s to

porque nes ta s i tuação ocor re rá o excesso de urob i l ina .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA20 / 31

Coloração das fezes

CLARA COLORAÇÃO ESCURA

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA21 / 31

C O L O R A Ç Ã O D A S F E Z E S

As fezes c la ras compões a chamada aco l ia o que

t raduz a p resença da h iperb i l i r rub inemia ind i re ta em

razão da escassez de es tercob i l ina . Por ou t ro lado, as

fezes demas iadamente escuras ocor rem na v igênc ia da

h iperb i l i r rub inemia d i re ta pe lo excesso de do p igmento .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA22 / 31

Prur ido

ICTERÍCIA LEVE PRURIDO ICTERÍCIA GRAVE

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA23 / 31

C O L O R A Ç Ã O D A S F E Z E S

O prur ido ocor re em função do acúmulo de sa is

b i l ia res , pe lo que sua presença ass im como sua

in tens idade es tão d i re tamente re lac ionados com a

grav idade do quadro c l ín ico supor tado pe lo pac ien te .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA24 / 31

Exame f ís ico gera l

PELE MUCOSAS ESCLERÓTICAS

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA25 / 31

E X A M E F Í S I C O G E R A L

Ava l ia -se a pe le de todo o corpo e ne la se reconhece

co lo ração que va i do amare lo ao amare lo esverdeado.

As mucosas con jun t iva is e do f re io da l íngua são os

loca is idea is para se reconhecer os casos mais leves .

As esc le ró t icas devem ser ava l iadas , cu idando -se para

ev i ta r e r ros d iagnóst icos em pac ien tes de pe le negra .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA26 / 31

Concent ração p lasmát ica de b i l i r rub ina

INDIRETA TOTAL DIRETA

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

SEMIOLOGIA27 / 31

C O N C E N T R A Ç Ã O P L A S M Á T I C A D E B I L I R R U B I N A

O to ta l norma l é de a té 1mg/d l . A ic te r íc ia é percep t íve l

a par t i r de 2mg/d l . O l im i te da b i l i r rub ina ind i re ta é de

0,7mg/d l ; ac ima d isso conota hemól ise aumentada ou

hepatopat ia (co les tase metabó l ica) . O l im i te da

b i l i r rub ina d i re ta é de 0 ,3mg/d l ; ac ima ind ica co les tase

obs t ru t iva (a t rés ia b i l ia r, co ledoco l i t íase , tumores) .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

TRATAMENTO28 / 31

Vincu lado ao grau da ic te r íc ia

ESPECTANTE FOTOTERAPIA HEMODIÁLISE

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

TRATAMENTO29 / 31

V I N C U L A D O A O G R A U D A I C T E R Í C I A

A ic te r íc ia leve d ispensa t ra tamento especí f i co ,

desaparecendo espontaneamente . A moderada reso lve -

se com fo to te rap ia , p rocesso no qua l fó tons são

absorv idos pe la pe le e degradam a b i l i r rub ina em

excesso. A in tensa pede pe la hemodiá l i se , na qua l o

d ia l i sador f i l t ra o sangue removendo a b i l i r rub ina .

PAULO DE TARSO

I C T E R Í C I A

CONCLUSÃO30 / 31

INTRODUÇÃO

FISIOLOGIA

PATOLOGIASEMIOLOGIA

ANATOMIA

F I M