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25/06/2019 1 Aspectos Legais da Aposentadoria Especial do Trabalhador Portuário CONTEXTO HISTÓRICO APOSENTADORIA ESPECIAL LOPS nº 3.807 Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo 50 (cinquenta) anos de idade e 15 (quinze) anos de contribuições tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços, que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder Executivo. Para melhor entender Aposentadoria Especial Legislação

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Page 1: Apresentação do PowerPoint · 2019-07-03 · Decreto 2.172 de 05/03/97: nova lista de agentes agressivos (anexo IV), revogando os anexos I, II e III dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79,

25/06/2019

1

Aspectos Legais da Aposentadoria Especial do

Trabalhador Portuário

CONTEXTO HISTÓRICO

APOSENTADORIA ESPECIAL – LOPS nº 3.807

Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo 50 (cinquenta) anos de idade e 15 (quinze) anos de contribuições tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços, que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder Executivo.

Para melhor entender

Aposentadoria Especial

Legislação

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Aposentadoria Especial

É o benefício previdenciário concedido ao trabalhador que exerce suas atividades laborais exposto a agentes nocivos, que podem causar algum

prejuízo à sua saúde e integridade física ao longo do tempo.

É concedida mediante a comprovação de que o trabalhador exerceu a atividade com exposição a algum agente nocivo definido pela legislação em

vigor à época do trabalho realizado.

Requisitos da Aposentadoria Especial e Carência

A carência mínima exigida para a concessão do benefício é de 180 contribuições. O trabalhador precisa também exercer sua atividade com

exposição à agentes nocivos por um determinado período de tempo. O

tempo de contribuição necessário pode ser de 15 anos, 20 anos ou 25 anos a depender do agente nocivo a que o trabalhador foi exposto.

Como premissa, é preciso se atentar para o seguinte: a

caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob

condições especiais deve obedecer ao disposto na legislação

em vigor na época da prestação do serviço (art. 70, § 1o,

Decreto 3.048/99).

Fundamentação legal

Constituição Federal de 1988 assim define:

“Aposentadoria por tempo de serviço aos 35 anos para homem e

30 anos para mulher ou, em tempo inferior, se sujeitos a

trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou

a integridade física, definidas em lei”. §1º, Art. 201.

Legislação

Lei nº 8.213/91 – Art. 57

A aposentadoria especial será devida, uma vez

cumprida a carência exigida nesta lei, ao

segurado que tiver trabalhado durante 15, 20 ou

25 anos, conforme a atividade profissional, sujeito

a condições especiais que prejudiquem à saúde

ou a integridade física.

Lei nº 9.032 de 29 de abril de 1995 Foi o grande marco das mudanças ocorridas na aposentadoria especial:

a comprovação sobre a exposição ao agente agressivo depende do segurado;

acrescentou a forma de exposição “permanente, não ocasional e nem

intermitente;

retirou o enquadramento conforme a atividade profissional. Ex. Motorista de

Ônibus – Engenheiro – Estivador, dentre muitas outras.

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Lei 9.032 de 29/04/95

Altera o Sistema de Conversão

“O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum”.

CONVERSÃO DE ATIVIDADE ATÉ 28/04/95

Entende-se por conversão de tempo de serviço o meio pelo qual o trabalhador, com dois ou mais períodos de atividade expostos a agentes agressivos, se equipara ao trabalhador comum e vice-versa, para fins de aposentadoria.

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TIRA O TRABALHADOR DO AMBIENTE NOCIVO ANTES

QUE SOFRA EFETIVAMENTE O DANO À SAÚDE.

APOSENTADORIA COM TEMPO MENOR EM RELAÇÃO À

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO;

NÃO EXIGÊNCIA DE IDADE MÍNIMA;

NÃO TEM APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO;

100% DO SALÁRIO-BENFÍCIO

DIFERENCIAIS NA APOSENTADORIA ESPECIAL

Valor da Aposentadoria Especial O valor do benefício é obtido pela

média aritmética de 80% do período contributivo do segurado,

referente às maiores contribuições, a partir de julho de 1994. Segue

portanto a regra geral do artigo 29, da Lei 8.213/91. Se o segurado

tem 300 meses de contribuição no total (25 anos), será considerado

apenas 240 contribuições (80%). Deverá então selecionar as 240

maiores contribuições (as 60 menores, 20%, são desconsideradas

para o cálculo). Após, divide-se essas 240 por 240 (média

aritmética simples.

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Outras Mudanças Significativas na Legislação:

Lei 9.528 de 10/12/97, Art. 5º § 2º: Exigência de

informação sobre a utilização dos EPI e EPC; obriga as

empresas a manter laudo técnico de condições

ambientais atualizado; fala-se pela primeira vez no PPP e

fixa multa para quem não mantiver atualizado o LTCAT.

Decreto 2.172 de 05/03/97: nova lista de agentes

agressivos (anexo IV), revogando os anexos I, II e III

dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, respectivamente;

Decreto 4032/2001: Introduziu o PPP, regulamentado e em vigor

a partir de 01/2004.

Decreto 4882/2003: Trouxe o enquadramento da atividade

especial em conformidade com a legislação trabalhista, em

especial ruído acima de 85 decibéis.

O Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, instituído

pela LPS e exigível desde 1960 para ruído e estendido pela Lei nº 9.032, de

1995, para os demais agentes ambientais, é uma peça técnica, assinada por um

especialista – Engenheiro ou Médico do Trabalho – que deve, entre outros,

apresentar conclusão clara e objetiva acerca da efetiva exposição do

trabalhador a agentes ambientais, para efeitos de elaboração do PPP – Perfil

Profissiográfico Previdenciário na avaliação da concessão da

aposentadoria especial.

Isto é um sub-título de exemplo

TURMA NACIONAL DE UNIFICAÇÃO - TNU

TNU Nº. 68 - O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado. Diário Ofícial da União (DOU) de 24/09/2012, página 114.

Isto é um sub-título de exemplo

“Documento histórico-laboral, individual do

trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a

prestar informações ao INSS relativas à efetiva exposição

a agentes nocivos que, entre outras informações,

registra dados administrativos, atividades

desenvolvidas e registros ambientais com base no

LTCAT e resultados de monitorização biológica com base na NR-7 e na NR-9”

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Instrução Normativa do INSS nº 45/2010,

mais precisamente o § 4º do art. 272 - O

PPP deverá ser emitido pela empresa

empregadora, no caso de empregado; pela

cooperativa de trabalho ou de produção, no

caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor

de mão-de-obra, no caso de trabalhador

avulso portuário e pelo sindicato da

categoria, no caso de trabalhador avulso não

portuário.

Isto é um sub-título de exemplo

INSTRUÇÃO NORMATIVA – IN 69/2013 – 09/07/2013

Alterou o § 4º do art. 272 da IN n.º 45/2010, “Art. 1º Fica alterada a redação do § 4º do art. 272 da Instrução Normativa nº 45/PRES/INSS,

de 6 de agosto de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 272. (...) § 4º O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de

produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor de mão de

obra ou pelo sindicato da categoria, no caso de

trabalhador avulso portuário que exerça suas

atividades na área dos portos organizados e pelo

sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso portuário que exerça suas atividades na área dos terminais de uso privado e do não

portuário." (NR).

Contorno distinto se observa no caso de trabalhador avulso portuário. O INSS se defende que o PPP foi assinado pelo Presidente do Sindicato da Categoria Profissional a que pertence o autor. Isso não retira sua força probatória, já que o autor é trabalhador

avulso, e nesses casos compete ao Sindicato a que pertence ou ao OGMO fornecer esse tipo de documento. Não podia ser diferente já que o demandante não é vinculado

a nenhuma empresa. Saliento aqui que o Poder Judiciário não está vinculado a Instruções Normativas internas do INSS, tal qual a nº 45/2010, mais precisamente o § 4º do art. 272 (O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado;

pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor

de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no

caso de trabalhador avulso não portuário). Não vejo por que desconsiderar o PPP porque ele

foi assinado pelo Sindicato da sua categoria, em vez de ser pelo órgão gestor de mão-de-obra. Dessa forma, a 2ª Turma Recursal já se manifestou neste sentido nos autos do

processo 0503818-97.2012.4.05.8311.

Decisões Importantes

Supremo Tribunal Federal

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EPI´S STF ENTENDEU QUE:

“SE EFICAZ FIM DO DIREITO” ... O Supremo Tribunal Federal, no

julgamento do ARE 664.335/SC em

04/12/2014, fixou duas (02) teses

distintas, que servirão para o reconhecimento de tempo de serviço

sob condições prejudiciais.

Faz referência ao uso de EPI (equipamento de proteção individual) sugerindo que, se comprovadamente houve o uso eficaz do EPI, não poderá ser reconhecido o direito ao tempo de atividade

especial.

tese

tese

Também relativa ao uso do EPI, é mais especifica, uma vez que se relaciona a exposição ao agente físico ruído. Entendeu o Tribunal que a despeito do uso de EPI de forma eficaz, caso o nível de

exposição ao agente físico ruído esteja acima do nível de tolerância previsto na legislação pertinente (atualmente é a NR-15, que prevê

como nociva a exposição ao ruído acima de 85 decibéis).

“na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos

limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no

âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no

sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual -

EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para

aposentadoria”

I

II

DECISÃO AFASTANDO

A EFICÁCIA PELA

MERA DECLARAÇÃO A simples menção no Perfil Profissiográfico

Previdenciário de que o uso de EPI é eficaz não

se mostra suficiente para se entender que o seu

uso se deu de forma a neutralizar a agente

nocivo, sem que as informações previstas na

NR-06 sejam visualizadas; Quer seja visualizadas

no campo “observações” do PPP ou que o laudo

técnico pericial venha a informar tais

circunstâncias de uso. Nesse sentido a decisão

do eminente Juiz Federal e doutrinador JOSE

ANTÔNIO SAVARIS, que nos autos do RECURSO

CÍVEL Nº 5005117-43.2012.404.7007 /PR, em

julgado de 25/02/2015.

.

A circunstância de o contato com os agentes biológicos não perdurar

durante toda a jornada de trabalho não significa que não tenha

havido exposição a agentes nocivos de forma habitual e permanente,

na medida que a natureza do trabalho desenvolvido pela autora, no

ambiente laboral hospitalar, permite concluir por sua constante

vulnerabilidade. Questão que se resolve pelo parâmetro qualitativo, e

não quantitativo. 3. Na hipótese, a instância ordinária manifestou-

se no sentido de que, sendo evidente a exposição a agentes de

natureza infectocontagiosa, não há como atestar a real

efetividade do Equipamento de Proteção Individual – EPI. (REsp

1.460.401. Rel. Min. Sérgio Kukina. Dj 16/03/2017)

OUTRAS DECISÕES

AGENTES BIOLÓGICOS: “EFICÁCIA DO EPI”

Benzeno: vide Memorando-Circular

n.º 08/DIRSAT/INSS, DE 08/07/2014

“Orientamos aos peritos médicos que, na análise dos benefícios de Aposentadoria Especial oriundos da exposição ao agente químico Benzeno, seja adotado e critério qualitativo e que não sejam considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e/ou individual, uma vez que os mesmos não são suficientes para elidir a exposição a esse agente químico”

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(...) Ipso facto, afigura-se contra legem a interpretação segundo a qual o período em que o segurado está em gozo do beneficio previdenciário de auxílio - doença, se intercalado com períodos de atividade, pode ser contado tanto para fins de tempo de contribuição como para carência. Se intercalado o período em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença, é de ser contado como tempo de serviço/contribuição, mas jamais como período de carência, exatamente porque esta última pressupõe efetivo pagamento de contribuição.

(STJ - REsp: 1749442 SP 2018/0142673-0, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Publicação: DJ 04/09/2018)

SÃO CONSIDERADOS PERÍODOS ESPECIAIS

A Turma Nacional de Uniformização também se manifestou a respeito do assunto, editando a súmula nº 73:

O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social.

• EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. REVISÃO. CONVERSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO EM APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTO DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM ATIVIDADE ESPECIAL. ENQUADRAMENTO EM CATEGORIA PROFISSIONAL. PERÍODO EM GOZO DE AUXÍLIO-DOENÇA. CONVERSÃO TEMPO DE TRABALHO COMUM EM ESPECIAL. TEMPO INSUFICIENTE. AVERBAÇÃO. CONSECTÁRIOS LEGAIS. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA.

• O PERÍODO EM QUE O SEGURADO ESTEVE EM GOZO DO AUXÍLIO-DOENÇA, NA VIGÊNCIA DE CONTRATO DE TRABALHO EM ATIVIDADE ESPECIAL, DEVE SER COMPUTADO COMO TEMPO ESPECIAL. PRECEDENTES. NUMERAÇÃO ÚNICA: AC 0020357-62.2012.4.01.3800 / MG; APELAÇÃO CIVEL. RELATOR. JUIZ FEDERAL RODRIGO RIGAMONTE FONSECA. ÓRGÃO 1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS. PUBLICAÇÃO. 24/11/2016 E-DJF1. DATA DECISÃO. 07/11/2016

O AUXÍLIO DOENÇA COMUM E O TEMPO DE ATIVIDADE ESPECIAL

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PROVAS CLÁSSICAS

www.akop.co

A MP 1.523 de 13/10/1996, passa a exigir

Laudo Técnico de Condições Ambientais

de Trabalho para todas as funções . Essa

Medida Provisória foi regulamentada,

primeiramente pelo Decreto 2.172 de

05.03.1997 para depois ser transformada

na Lei nº 9.528/97

ART. 261 – O que pode complementar ou substituir o

LTCAT?

Formulários: SB40 - DIRBEN

8030 - DSS 8030; PPP.

ENQUADRAMENTO CONFORME

POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ Recurso Especial de nº 1.398.260/PR

PROVAS INº 77

www.akop.co

Art. 261. Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, e ainda de forma complementar, desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos relacionados no art. 262, os seguintes

documentos: I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa, emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de trabalho; II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO; III - laudos emitidos por órgãos do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE; IV - laudos individuais acompanhados de: a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu empregado; b) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado; e c) data e local da realização da perícia. V - as demonstrações ambientais: a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR; c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; e d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.

AS PROVAS NA POSENTADORIA ESPECIAL

RUÍDO

www.akop.co

RUÍDO ACIMA DE 90 DB

ENTRE 06/03/97 E

18/11/2003 Decretos

2.172/97 e 3.048/99 RUÍDO ACIMA DE 85 DB A

PARTIR DE 19/11/2003 Dec. 3.048/99 Decreto

4.882/03

RUÍDO ACIMA DE 80 DB ATÉ

05/03/97 - Decreto 53.831/64

ENQUADRAMENTO CONFORME POSICIONAMENTO FIRMADO PELO STJ Recurso Especial de nº 1.398.260/PR

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RUÍDO VARIÁVEL MÉDIA ARITMÉTICA

TNU – Turma Nacional de Unificação Justiça Federal

O STJ ao reafirmar a tese de que se tratando de agente nocivo ruído com exposição a

níveis variados sem indicação de média ponderada, deve ser realizada a média aritmética simples, afastando-se a técnica de “picos de ruído” (a que

considera apenas o nível de ruído máximo da variação. Questão de Ordem nº 20 da

TNU e TRF4: Em se tratando de ambiente laboral com exposição dos segurados a ruído

variável, os índices mais elevados aferidos em determinados setores têm o condão de

encobrir a pressão sonora inferior emitida por outros setores/equipamentos, com o que atribuir ao trabalhador a sujeição eventual ao menor índice acarretaria claro prejuízo, eis

que se estaria desconsiderando sua exposição continuada ao maior nível de pressão

sonora.

O STJ, no julgamento do Recurso Especial de nº 1.398.260/PR em 05.12.2014,

esposou entendimento no sentido de que o limite de tolerância para o agente agressivo ruído, no período de 06.03.1997 a 18.11.2003, deve ser aquele previsto

no Anexo IV do Decreto n. 2.172/97 (90 dB), sendo indevida a aplicação retroativa

do Decreto nº 4.882/03, que reduziu tal patamar para 85dB.

RUÍDO NÃO RETROTIVIDADE

Decisão: STJ

QUESTÕES PONTUAIS E PRÁTICAS APOSENTADORIA ESPECIAL

A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais

Federais (TNU) fixou tese, durante a sessão de 30 de agosto, em

Porto Alegre (RS), sobre o reconhecimento da especialidade do

trabalho prestado sob incidência de fonte natural de calor,

segundo a qual após o Decreto n° 2.172/97 se tornou possível o

reconhecimento das condições especiais do trabalho exercido

sob exposição ao calor proveniente de fontes naturais, de forma

habitual e permanente, desde que comprovada a superação dos

patamares estabelecidos no Anexo 3 da Norma

Regulamentadora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego,

calculado pelo Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo

(IBUTG), de acordo com a fórmula prevista para ambientes

externos com carga solar. Processo nº 0501218-

13.2015.4.05.8307).

EXPOSIÇÃO AO CALOR DE FONTE NATURAL

O Decreto 2.172/97 (05.03.1997) estabelece que são considerados especiais os "trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15, da Portaria no 3.214/78".). O trabalho executado em ambiente cuja temperatura seja superior aos limites de tolerância estabelecidos na NR-15 (a partir de 06.03.1997), os quais estão estabelecidos em "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG"

(TRF-3 - Ap: 00005233520164036142 SP, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL INÊS VIRGÍNIA, Data de Julgamento: 25/03/2019, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:04/04/2019)

EXPOSIÇÃO AO CALOR DE FONTE NATURAL

• .

Artigo 57 § 8º da Lei 8.213/91, Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. Art. 46 – Lei 9032/1995 - O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

A regra em questão não possui caráter protetivo, pois não veda o trabalho especial, ou mesmo sua

continuidade, impedindo apenas o pagamento da aposentadoria. Nada obsta que o segurado permaneça

trabalhando em atividades que impliquem exposição a agentes nocivos sem requerer aposentadoria especial;

ou que aguarde para se aposentar por tempo de contribuição, a fim de poder cumular o benefício com a

remuneração da atividade, caso mantenha o vínculo; como nada impede que, aposentando-se sem a

consideração do tempo especial, peça, quando do afastamento definitivo do trabalho, a conversão da

aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria especial. A regra, portanto, não tem por escopo a

proteção do trabalhador, ostentando mero caráter fiscal e cerceando de forma indevida o desempenho de

atividade profissional.(…) 6. Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 8º do artigo 57 da Lei nº 8.213/91.

E SE VOLTAR OU CONTINUAR

TRABALHANDO?. CONSEQUÊNCIA ...

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E SE VOLTAR OU CONTINUAR ...

VISÃO DO JUDICIÁRIO

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. DESNECESSIDADE DE AFASTAMENTO DO TRABALHO.

A Corte Especial deste Tribunal (Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade n.º 5001401-77.2012.404.0000, Rel. Des. Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, julgado em 24/05/2012) decidiu

pela inconstitucionalidade do § 8º do art. 57 da Lei de Benefícios, (a) por afronta ao princípio constitucional que garante o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão (art. 5.º, XIII, da

Constituição Federal de 1988; (b) porque a proibição de trabalho perigoso ou insalubre existente no art. 7.º, XXXIII, da Constituição Federal de 1988, só se destina aos menores de dezoito anos, não havendo vedação ao segurado aposentado; e (c) porque o art. 201, § 1.º, da Carta Magna de 1988,

não estabelece qualquer condição ou restrição ao gozo da aposentadoria especial, assegurada, portanto, à parte autora a possibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitas a

condições nocivas após a implantação do benefício. (TRF4, AC 5021193-80.2018.4.04.9999, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC, Relator JORGE ANTONIO MAURIQUE, juntado aos autos em 18/10/2018)

TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL NO STF

Tema 709 - Possibilidade de percepção do benefício da aposentadoria especial na hipótese em que o segurado permanece no exercício de atividades laborais nocivas à saúde. Relator: MIN. DIAS TOFFOLI (RE 791961)

TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL NO STF

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O QUE ESTÁ PROPOSTO PELA PEC 06/2019?

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Jonhnathas Santiago OAB 33751 – PE

SANTIAGO & SANTIAGO - Advogados Associados

Rua Assembleia, nº 67 – Ed. São Gabriel, 7º Andar – Sala 71B (81) 3033.4875