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“De todas as coisas humanas, a única que tem o fim em si mesma é a arte.” “Brás Cubas Uma metáfora machadiana histórica e filosófica”

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Page 1: Apresentação1

“De todas as coisas humanas, a única

que tem o fim em si mesma é a arte.”

“Brás CubasUma metáfora machadiana histórica e filosófica”

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COMO SURGIU A

IDEIA?

QUEM PARTICIPOU?

PARA QUE?

Partindo de um capítulo do livro“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, intitulado “Parêntesis” (Cap. 119), que possui algumas máximas do protagonista Brás Cubas -além de outras que aparecem nesta e em outra obra (“Quincas Borba”) do mesmo autor -, observamos a possibilidade de trabalhar um olhar metafórico e subjetivo, tanto no campo da literatura, é claro, quanto nos da história e filosofia.

A partir destas leituras, realizadas com alunos de um 3º ano do Ensino Médio, iniciou-se um trabalho interdisciplinar (português, filosofia e história), a fim de garantir várias leituras de uma obra atemporal e muito significativa da literatura brasileira.

Despertar outras leituras– histórica e filosófica – de uma obra já consagrada pela literatura brasileira.Desenvolver a consciência estética do real e do imaginário.

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PARA QUEM?

Discentes do 3º ano do EM - por elencar diversos temas necessários e já trabalhados nos anos anteriores.

O QUE OBSERVAR

?

Através da leitura da obra, analisar todos os meandros pelos quais a condição humana pode ser apresentada pelo autor. Através da escrita, demonstrar capacidade para trabalhar em equipe, criatividade, curiosidade e capacidade de pensar múltiplas alternativas - tendo Cubas como referência - sobre o homem, sobre si mesmo e sobre o mundo.Possibilitar construção de uma autonomia reflexiva e argumentativa para elaboração de sua concepção estética – própria – sobre a obra trabalhada.

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O QUE ENCONTRAMOS?

O QUE PRECISO?

Português: leitura e “leituras” metafóricas da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, observando vocabulário, estrutura narrativa, concepção psicológica dos personagens e contexto histórico-filosófico. História: História desde o fim do Primeiro Reinado até os dias atuais. Filosofia: Filosofia Política, Filosofia e Literatura, Morte, Felicidade, Determinismo, Existencialismo, Ética, Moral e Metafísica.

Livro : Memórias Póstumas de Brás Cubas.Livros Didáticos de Português/ Filosofia/ História. Filme – Memórias Póstumas de Brás Cubas, de André Klotzel (2001).Software: Move MakerWebsites: Diversos, para recortes de imagens e frases.

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RESUMO DA “ÓPERA”

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MACHADO DE ASSISJoaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, RJ, 1839 – Rio de Janeiro, RJ, 1908).De origem humilde (filho de uma lavadeira e um pintor), Machado não conseguiu fazer estudos regulares. Trabalhou como operário na Tipografia Nacional. O ano de 1855 marca o início de sua carreira literária, ocasião em que publicou um soneto no Jornal dos Pobres. A partir daí, tornou-se colaborador da imprensa da Corte. Tomou parte da fundação da Academia Brasileira de Letras, tendo sido aclamado seu primeiro presidente, cargo que ocupou até a morte.É o escritor mais importante da literatura brasileira e um dos espíritos mais lúcidos de toda nossa cultura. Criou entre nós o método universalizante, que consiste em interpretar a condição humana a partir da observação das pessoas do seu tempo, sabendo extrair dela conclusões da sociedade em que viveu.

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MEMÓRIA PÓSTUMAS DE BRÁS CUBASNesta obra, Machado de Assis inventou um defunto disposto a contar suas memórias, com a cabeça agitada de lembranças e pensamentos. Em estado eufórico por conta da morte, é um narrador fofoqueiro arguto e contundente. Por sua originalidade, é uma obra amplamente lida e estudada, tanto na forma quanto no conteúdo. O personagem Brás Cubas é o protagonista –narrador. Ele desdenha tudo e confessa-se leviano, covarde, preguiçoso, sádico, ganancioso, invejoso e maldoso. Tais confissões formam, no conjunto, uma implacável análise da existência, com digressões em tom abusado, irônico e nada convencional.O romance começa com Brás contando sobre seu funeral, sua morte para só depois falar de seu nascimento e vida. Solteirão (não levou adiante nenhum romance), desfila seu tom irônico sobre a vida alheia e sobre a sua própria.

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CONTEXTO HISTÓRICO

A obra escrita na década de 1880 retrata o tempo e os costumes da época, centralizando seus relatos no contexto da História do Brasil do Segundo Reinado.Neste período, a sociedade brasileira vivenciava algumas contradições, entre elas o desejo de modernização em contraposição à utilização de mão de obra escrava, a supervalorização da cultura europeia em detrimento do desenvolvimento da cultura da jovem nação e o recrudescimento das desigualdades sociais. Estes fatores contribuíram para o esfacelamento da ordem política vigente – a monarquia – e abriu caminhos para a implantação da República.

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“Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra,

porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.”

Personagem: Brás Cubas (vivo). História: Fim do Primeiro Reinado e Início do Período Regencial. Filósofo: George Berkeley.

“Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das

nuvens, que de um terceiro andar” Personagens: Eugênia e Brás Cubas. História: O golpe da maioridade. Filósofo: Blaise Pascal

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“Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem

seria diminuto, se todos andassem de carruagem.”

Personagens: Marcela e Brás Cubas. História: Lei de Terras (1850). Filósofo: Adam Smith.

“Crê em ti, mas nem sempre duvides dos outros.”

Personagens: Lobo Neves e Brás Cubas História: O império brasileiro entre tantas repúblicas. Filósofo: Michel Montaigne.

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“Dessa terra e desse estrume é que nasceu esta flor.”

Personagens: Pais e Brás Cubas História: Formação/Implantação da República. Filósofo: Martin Heidegger.

“Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com pedaço de pau. Esta reflexão

é de um joalheiro.” Personagens: Virgília e Brás Cubas História: Imigração estrangeira para o Brasil. Filósofo: Nietzsche.

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“Matamos o tempo, o tempo nos enterra.”

Personagem: Brás Cubas e o Emplasto. História: República da Espada. Filósofo: Sêneca.

“Aos vencidos ódio e compaixão. Ao vencedor as batatas..”

Personagem: Quincas e Brás Cubas. História: Os movimentos de contestação da República Velha. Filósofo: Augusto Comte.

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“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa

miséria.” Personagem: Brás Cubas morto. História: Brasil nos dias atuais. Filósofo: Sartre.