apresentação hospital privado em talatona

ESTUDO PRÉVIO HOSPITAL PRIVADO TALATONA

Luanda, Angola

APRESENTAÇÃO DO PROJECTO Memória Descritiva e Justificativa Novembro de 2013

O presente projecto propõe a construção de um complexo arquitectónico que alie a modernidade, conforto e eficiência energética à prática de uma Medicina de referência. Pretende‐se que a edificação se realize de forma faseada e sustentada. Assim, numa fase inicial, propõe-se o d e s e n v o l v i m e n t o d e 4 u n i d a d e s funcionais:

UNIDADE DE DIAGNÓSTICO

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

UNIDADE DE CONSULTAS EXTERNAS

CENTRO DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

-  Vista do cruzamento – edifício principal e urgências


A func ionar em pleno, a Cl ín ica contemplará, para além dos serviços descritos na 1ª fase, as seguintes unidades: INTERNAMENTO EM 30 QUARTOS SIMPLES BLOCO OPERATÓRIO COM 3 SALAS (UMA DE CIRURGIA EM REGIME DE AMBULATÓRIO) BLOCO DE URGÊNCIAS RESTAURANTE E CAFETARIA EDIFÍCIO DE 21 APARTAMENTOS DE TIPOLOGIA T1

-  Vista do Átrio/ Entrada Principal no piso 0


Em termos de construção, o resumo das fases encontra-se resumido na animação ao lado.

A primeira fase (a azul) inclui as caves, o edifício do Átrio principal , consultas externas e administração e o piso térreo dos volumes que contêm as unidades de diagnóstico, análises clínicas e MFR.

Refe re -se que uma s i tuação de faseamento é uma operação bastante delicada num edifício com este tipo de ocupação. Elementos como o ruído e a poeira poderão prejudicar gravemente o funcionamento da Clínica. Esta opção deverá ser estudada e equacionada detalhadamente pelo Dono da Obra.

A segunda fase (a laranja) contempla o piso superior ao da unidade de diagnóstico (destinado às Urgências 24 H), os pisos de internamento que se encontram superiormente às Análises Clínicas e MFR, o restaurante/cafetaria e o Bloco de Apartamentos.


-  Vista nocturna sobre o cruzamento

Pretende-se que, a nível estético, o edifício possua uma linguagem simples e coerente. Recorrer-se-á a materiais como a madeira, os painéis pré fabricados de betão e a pedra para preenchimento das fachadas. Existem grandes superfícies de vidro transparente que terá sempre de ser sombreado, quer pela própria geometria do edifício (recorrendo a palas, ou recuando vãos), quer recorrendo a materiais que possuam características que permitam esse sombreamento. É o caso do Bloco de consultas externas, cuja fachada se propõe em malha metálica. Os painéis metálicos criam um efeito dinâmico e especialmente interessante, ao mesmo tempo que servem de “filtro solar” aos envidraçados colocados na retaguarda.


O edifício de apartamentos será tratado de f o r m a s e m e l h a n t e a o B l o c o d e Internamento, permitindo assim a sua melhor integração no conjunto. A madeira marca presença, mais uma vez, no sombreamento dos vãos envidraçados e os painéis pré-fabricados de betão revestirão a restante área de paramentos verticais. Tal facto permite a optimização da gestão e recursos da Obra, o que se traduz em economia e rapidez de execução. Todos os apar tamentos possuem g e n e r o s a s á r e a s e m t o d o s o s compartimentos e amplos terraços, dispostos de um modo “aleatório” à primeira vista, mas que conferem movimento e dinamismo às fachadas do edifício.

-  Vista tardoz sobre o Bloco de apartamentos e Jardim do piso 1


O Bloco de internamento possui uma fachada dinâmica em ripado de madeira tratada para exterior. Os quartos, com generosos vãos envidraçados, são prolongados por um canteiro verde que termina apenas na fachada – cortina de madeira. Deste modo, a radiação solar directa é filtrada e os ganhos energéticos do edifício diminuídos, facto que se traduz numa significativa poupança de energia e consequente redução das necessidades de arrefecimento. A referida fachada de madeira poderá ser dotada de um sistema motorizado que realiza a abertura/ fecho de parte da mesma por quarto, de modo a que o utente consiga realizar por si próprio a visibilidade que pretende ter sobre os espaços exteriores.

-  Vista sobre o Jardim principal do edifício, situado no piso térreo.


Propõe-se, como já referenciado, que o edifício principal seja realizado em malha metálica. Os interessantes efeitos visuais que o mesmo emitirá servirão para a fácil identificação estética da Unidade, que se pretende única no País. Caso o Dono da Obra demonstre interesse, poder-se-á futuramente realizar um estudo de integração de painéis fotovoltaicos nesta fachada, o que permitirá que o edifício produza parte da sua energia de forma sustentável, com recurso aos enormes ganhos solares que o clima tropical oferece.

-  Vista tardoz sobre o Bloco de apartamentos e Jardim do piso 1


PISO 0 ENTRADA DO EDIFÍCIO

126.00 m2

A entrada pedonal para a Clínica será realizada pelo arruamento mais estreito. O átrio de entrada possui ligação a todas as unidades quer por escadas, elevadores ou directamente, no caso de as mesmas se situarem ao nível do piso 0. Trata-se de um espaço de características nobres, caracterizado por um duplo pé direito e delimitado por uma escada helicoidal de um dos lados e pelo balcão de informações do outro. As outras duas faces da sua forma rectangular serão tratadas apenas com vidro transparente, o que permitirá que o mesmo se relacione com o Jardim exterior.


PISO 0 ACESSOS AOS PISOS SUPERIORES Os acessos aos pisos das consultas externas, internamento, administração e urgências localizam-se junto ao átrio principal e incluem dois elevadores de passageiros, dois elevadores para macas e dois núcleos de escadas.


PISO 0 NÚCLEOS DE ESPERA /BALCÕES DE ATENDIMENTO Existem três núcleos de espera ao nível do piso 0: O primeiro é exclusivo da unidade de diagnóstico, o segundo pretende servir os blocos de MFR, Análises Clínicas e Internamento e o terceiro, mais informal e constituído por um núcleo de sofás, localiza-se dentro do Átrio Principal.


PISO 0 JARDIM EXTERIOR

648.00 m2

O Jardim exterior do piso 0 é o centro da Clínica . Pretende ser um espaço com vida e que transmita uma sensação de tranquilidade, onde os utilizadores possam descansar, passear ou simplesmente deslocar-se de uma unidade para a outra. Foi desenhada uma malha reticulada onde se poderão encontrar vários espelhos de á g u a , v e g e t a ç ã o e x u b e r a n t e e passadeiras em madeira e pedra, que fornecerão a frescura visual que o clima tropical necessita. Intercalados com estes elementos, existem vários bancos onde o utente se poderá sentar. É também importante a relação que o Jardim possuirá com a cafetar ia/ restaurante, já que esta poderá prolongar uma zona de esplanada para o interior do mesmo.


PISO 0 UNIDADE DE DIAGNÓSTICO

463.00 m2 I n t e g r a r á o s v á r i o s e x a m e s complementares, nomeadamente: Raio X, Mamografia, Ecografia, TAC e Ressonância Magnética. Situa-se ao nível do piso 0 e possui acesso directo através do átrio principal. Tem também acesso directo ao Jardim e ao futuro restaurante. Possui uma ampla sala de espera de uso exclusivo. Estet icamente, contempla amplos envidraçados de modo a que a ligação ao espaço exter ior seja evidenciada. Pretende-se que este espaço possua muita luz natural para que o seu usufruto seja alegre e agradável.


PISO 0 LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

220.00 m2

Esta unidade integra o centro de recolha e o Laboratório. Situa-se ao nível do piso 0, com acesso directo pelo jardim. Possui zona de atendimento/ espera comum com a Medicina Física e de Reabilitação e a unidade de Internamento e comunica directamente com o átrio principal do edifício. O Centro de recolha de sangue possui amplos envidraçados para o Jardim de modo a criar um clima relaxante. A recolha de outros fluidos é realizada em 2 gabinetes privados e independentes. Propõe-se que o Laboratório se divida por 5 salas: Análise de Bactereologia, Hematologia, Química Clínica, Paludismo e Tratamento de Amostras. Servirá quer os pacientes do atendimento exterior, quer os d o e n t e s d a f u t u r a u n i d a d e d e Internamento.


PISO 0 MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

345.00 m2

A MFR ou centro de fisioterapia situa-se ao nível do piso 0 e possui zona de atendimento/ espera comum com o Laboratório de Análises Clínicas e a Unidade de Internamento. Contempla uma área de boxes / observação, ginásio, instalações sanitárias para ambos os sexos, vestiários, área de hidroterapia e piscina interior. Todas os espaços descritos possuem amplos envidraçados que confinam com uma zona exterior privativa que poderá servir de prolongamento aos mesmos em caso de boas condições climatéricas (a abertura das janelas para o espaço exterior poderá ter resultados positivos nos tratamentos, nomeadamente na piscina que passará a ter características de exterior).


PISO 0 RESTAURANTE/ CAFETARIA

363.00 m2

O restaurante/ cafetaria situa-se no extremo oposto ao Átrio de Entrada. Pretende servir pessoal clínico, doentes e utentes do exterior. É composto por uma ampla sala interior, envidraçada para o Jardim principal, instalações sanitárias para ambos os sexos e um jardim exterior exclusivo a tardoz que poderá, por exemplo, ser destinado a doentes de internamento. No Jardim principal poderá funcional também uma segunda zona de esplanada.


PISO 1 URGÊNCIAS 24 H

600.00 m2

A unidade de Urgências localiza-se ao nível do primeiro piso relativamente à entrada principal do edifício. Como a morfologia do terreno possui um desnível de 3 metros na sua largura, conseguiu-se r e a l i z a r u m a e n t r a d a d i r e c t a e individualizada, quer de veículos, quer pedonal, para este bloco através do arruamento principal. Possui, para além da sala de espera/recepção três gabinetes médicos, triagem, sala de Observação para 8 macas, sala de Reanimação, gabinetes de Inaloterapia, Pequena Cirurgia e Gessos. Situa-se no piso superior ao da Unidade de Imagiologia e possui ligação directa ao Internamento/Bloco Operatório quer de utentes, quer de pessoal técnico através de duas galerias individualizadas.


PISOS 1 e 2 INTERNAMENTO

1515.00 m2

A unidade de internamento encontra-se dividida em dois pisos e desenvolve-se superiormente ao Laboratório de Análises e MFR. Contempla um total de 30 quartos (15 em cada piso) individuais e um núcleo de enfermaria por piso. Possui atendimento conjunto com as unidades atrás mencionadas e comunica com as Urgências através de uma Galeria e com o Bloco Operatório e Unidade de Consultas através de Núcleo de escadas e Elevadores.


PISO 1 JARDIM

322.00 m2

Para além do espaço exterior do piso 0, foi contemplado um segundo Jardim no piso superior. Este espaço, correspondente à cobertura do restaurante, reveste-se de características contemplativas já que se encontra junto aos quartos da unidade de Internamento.


PISO 1 ESPAÇOS PARA PESSOAL CLÍNICO

229.00 m2

Entre os Blocos de Urgências e Internamento existem vários espaços intersticiais absolutamente necessários ao pessoal Clínico. É o caso dos vestiários, zonas de descanso, copa, instalações sanitárias e sala de lavagem/esterilização de utensílios. Entre os dois Blocos existe uma Galeria destinada unicamente a funcionários, que permite a sua comunicação pelo interior.


PISO 1 ENTRADA PARA O BLOCO DE APARTAMENTOS E ESTACIONAMENTO

245.00 m2

A tardoz do Bloco de Urgências e em zona independente e reservada é realizada a entrada para o Bloco de Apartamentos e estacionamento em cave através de uma rampa com entrada pelo arruamento principal.



PISOS 2 e 3 UNIDADE DE CONSULTAS EXTERNAS

1068.00 m2

Esta unidade encontra-se dividida em dois pisos e desenvolve-se dentro do edifício principal no segundo e terceiro pisos. Possui acesso directo pelo átrio de entrada da Clínica através de dois núcleos de escadas e elevadores e contempla um total de 14 gabinetes, zona de atendimento individualizada, 3 salas de espera de utentes e acamados e instalações sanitárias. O piso inferior comunicará com as Unidades de Internamento e Urgências quando as mesmas se encontrarem em funcionamento.

PISO 4 ADMINISTRAÇÃO

522.00 m2

A zona destinada à Administração ocupa o último piso do Bloco Principal. Contempla dois gabinetes, instalações sanitárias e uma ampla sala de conferências/congressos destinada à comunidade médica. Dada a generosa área do piso, poder-se à considerar, se necessário, parte da mesma como zona de expansão dos pisos das Consultas Externas.


PISOS 2 a 8 BLOCO DE APARTAMENTOS

279.00 m2 x 7 pisos

Localizado a tardoz do Bloco de Urgências e em zona mais resguardada, o Bloco de Apartamentos pretende servir pessoal clínico expatriado e, eventualmente, familiares de utentes internados. Contempla 21 apartamentos de tipologia T1, distribuídos por 7 pisos, à razão de 3

por cada andar.


PISO -1 BLOCO OPERATÓRIO

1053.00 m2

O Bloco encontra-se localizado em Cave sob as zonas de Análises Clínicas e MFR. Constitui-se por 3 salas de operação (podendo uma delas ser para regime em Ambulatór io) e todos os espaços c o m p l e m e n t a r e s , n e c e s s á r i o s e obrigatórios estipulados na legislação Portuguesa actual (farmácia, esterilização, vestiários, sala de recobro, etc.). Possui l igação di recta aos p isos Internamento através de Escadas/ Elevadores. C o m u n i c a t a m b é m c o m o estacionamento, permitindo a entrada directa dos Técnicos de Saúde.


PISO -1 GRUPO GERADOR

116.00 m2

O Grupo Gerador localiza-se ao nível da primeira cave e sob zona não construída. É importante salientar este facto, pois a ausência de ruídos de reverberação é critério primordial neste tipo de edifícios. Poderá, se necessário, possuir uma entrada directa pelo exterior, e o abastecimento dos depósitos poder-se-á fazer directamente pelo piso 0 e sem recurso à entrada no edifício, através de conduta própria, já que se situa junto ao arruamento.


PISO -1 COZINHA DO RESTAURANTE/ INTERNAMENTO

125.00 m2

Pressupõe-se que uma unidade deste tipo terá de possuir uma cozinha que consiga fornecer as refeições de forma autónoma aos utentes do internamento e ao restaurante de apoio. Deste modo, foi considerada uma cozinha industrial ao nível da primeira cave, com a c e s s o d i r e c t o a d e s c a r g a s d e mercadorias de fornecedores e ligação directa ao restaurante do piso superior através de um núcleo de escadas e plataforma elevatória (se necessário).


CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao nível da primeira cave não foram descritos todos os espaços pois tal facto dependerá também da definição do projecto em fase posterior. Serão necessários vários compartimentos de características técnicas específicas que serão distribuídos de acordo com as necessidades e evolução do projecto. Existirá uma segunda cave destinada unicamente a estacionamento. Será posteriormente analisado com o Dono da Obra se será necessária a existência de um maior número de caves. O presente estudo teve por base a leg is lação Por tuguesa em v igo r, nomeadamente: - Decreto - Lei 13/93 de 15 de Janeiro

- Decreto Regulamentar 63/94 de 2 de Novembro


apresentação hospital privado em talatona

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