apresentação hall

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Discussões de teóricos contemporâneos: mapear a história da noção de sujeito moderno. Conceptualização do sujeito e identidade no mundo moderno - “versão particular de humano do sujeito humano”. Estabilidade na representação do eu. “centrado” pelos discursos que “moldaram as sociedades modernas” e como esta sendo “descentrado na modernidade tardia”. Analise conceitual nas mudanças que o conceito foi sofrendo, base na “identidade racional”. Falar de “descentramento” é uma idéia muito simplista, mas servirá para nortear três pontos estratégicos. Como esse sujeito passou a existir e por isso tem uma história que pode levar a “morte” desse sujeito, dar conta desse processo é o foco do texto. Individualismo: “concepção de indivíduo e sua identidade”. A individualidade existia mesmo antes da modernidade, porem, era “vivida” e “conceptualizada” de forma diferente. A diferença reside na estabilidade que esse conceito tinha no mundo medieval, e que agora perdeu os referenciais pela constante mudança. Construção do individuo iluminista: 3 seculos culmina sec XVIII: Sec XVI: Contato com a America – índios eram humanos? Base homem criação de deus, códigos teológicos para leitura do outro...nova resposta que a cosmologia teocêntrica não dava conta. Eles são humanos, mas numa escala no evolucionismo cultural (pensa-se no progresso e desenvolvimento) Ideia de cultura: pode-se cultivar as faculdades e se refinar Sec XVIII: cultivo se contrapõe a natureza...sujeito da razão...necessidade do conceitode individuo para pensar a noção de sociedade

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sobre a obra a identidade cultural na pos modernidade

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Page 1: Apresentação Hall

Discussões de teóricos contemporâneos: mapear a história da noção de sujeito moderno.

Conceptualização do sujeito e identidade no mundo moderno - “versão particular de humano do sujeito humano”.

Estabilidade na representação do eu. “centrado” pelos discursos que “moldaram as sociedades modernas” e como esta sendo “descentrado na modernidade tardia”. Analise conceitual nas mudanças que o conceito foi sofrendo, base na “identidade racional”.

Falar de “descentramento” é uma idéia muito simplista, mas servirá para nortear três pontos estratégicos. Como esse sujeito passou a existir e por isso tem uma história que pode levar a “morte” desse sujeito, dar conta desse processo é o foco do texto.

Individualismo: “concepção de indivíduo e sua identidade”. A individualidade existia mesmo antes da modernidade, porem, era “vivida” e “conceptualizada” de forma diferente. A diferença reside na estabilidade que esse conceito tinha no mundo medieval, e que agora perdeu os referenciais pela constante mudança.

Construção do individuo iluminista: 3 seculos culmina sec XVIII:

Sec XVI: Contato com a America – índios eram humanos? Base homem criação de deus, códigos teológicos para leitura do outro...nova resposta que a cosmologia teocêntrica não dava conta. Eles são humanos, mas numa escala no evolucionismo cultural (pensa-se no progresso e desenvolvimento)

Ideia de cultura: pode-se cultivar as faculdades e se refinar

Sec XVIII: cultivo se contrapõe a natureza...sujeito da razão...necessidade do conceitode individuo para pensar a noção de sociedade

Sujeito moderno (Willians): “indivisível”, “singular”.

Elementos: adensamento da consciência do eu

Reforma e o Protestantismo (salvação individual, profissão de fé, universalismo católico searação igrja e estado)

Renascença: antropocentrismo Noção universal de homem...

Revolução científica: capacidade de adquirir conhecimento, questionar e duvidar.

Descartes: dualismo mente e matéria. Deus cria e sai fora agnosticismo...seculariza a alma do medievo...pensamento desencarnada

John Locke: sujeito como “mesmidade de um ser racional”, identidade se mantém. Consciência que pode identificar o sujeito no tempo, “ação ou pensamento passado”, “sujeito soberano”. “Razão, conhecimento e prática”. Individuo: indivisivel

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(Willians) Capitalismo junto a concepção de individuo soberano?

Maior complexidade das sociedades, maior coletivização. As ideologias individualistas deveriam dar conta de um Estado e da democracia moderna. Burocratização (Weber) problema do contexto que o âmbito político tem que dar conta. Eu construído nas interações mas que possui uma coerência...sujeito produzido e ele produz o social...educação: ser lugar de construção desse sujeito, noção

Concepção mais social do sujeito: Biologia (explicações biológicas do ser humano) e Ciencias Sociais (participação desse sujeito em redes sociais mais amplas, e os papeis que os ind. Desempenham para manter essas estruturas).

Goffman: eu como papéis que são constantemente negociados.

Crise do sujeito cartesiano e sociológico - Modernismo: individuo: pessoalidade, isolado, alienado/ metrópole: impessoalidade, lei. Sujeito como parte de algo maior, sendo um componente nas representações da sociedade.

Descentrando o sujeito: perda da autonomia...autonomia dentro

Cinco grandes avanços na teoria social que impactaram o descentramento do sujeito cartesiano

Marx: fazer a história sob certas condições, a idéia de atores que constroem a própria história é delimitada pelo contexto (desloca a “agencia individual”).

Freud: critica ao sujeito racional cognoscente pela descoberta de mecanismos insconscientes que funciona com uma “lógica” diferente; Lacan: o “eu” como totalidade é formado aos poucos, formado na relação com outros (espelho) e não parte do individuo isolado, sistemas simbólicos fora da criança; cria-se assim uma fantasia do eu como se estivesse já formado e estabelecido e no processo da vida as divisões (oposições binárias do pensamento; nega o masculino ou feminino, etc.) que aparecem criam a noção de identidade; Jogo da identidade: como nós imaginamos ser vistos pelos outros, “eus divididos” que geram a busca de uma “plenitude”. Critica: falta de uma prova. Agora são eus não oposição binária.

Saussure: as escolhas estão predeterminadas pelo sistema em que os sujeitos estão inseridos (limitação nas combinações, significados fixos); “língua é um sistema social e não individual”; sou eu em relação a um não eu ou outro, que você não pode ser; Virada lingüística – Derrida: Palavras multimoduladas: carregam ecos de outros significados que elas colocam em movimento, apesar de nossos melhores esforços para cerrar um

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significado. Não se pode “fixar o significado de uma forma final”, assim como a identidade (fechamento: identidade, perturbada pela “diferença”).

Em um contraponto, os pós-estruturalistas colocam a constituição das identidades como possuidoras de um caráter temporário e destinando-se a um fim especifico no jogo político através do discurso. As políticas multiculturalistas eus que estavam sendo produzidas é que criavam essas identidades e mantinham ou preservavam as mesmas, dessa forma autores como Staurt vão propor uma sociologia política das negociações culturais, que apontam para uma “política multiculturalista autocontida”, que focaria no ambito de proporcionar as articulações das identidades e diferenças sem considerar sujeitos e estruturas pré estabelecidos encapsular noções de pessoa identidade

Stuart Hall usam o conceito de “différance”, um aspecto que não aponta a diferença nos termos multiculturalistas essecialistas, mas mostra como a diferença não é anterior a sua manifestação nos discursos, e sim que ela se produz nas “cadeias de significações”, onde sujeitos e estruturas são cambiantes adquirindo ou perdendo significações (o jogo semântico esta sempre incompleto). Essa critica se opõe as categorias de oposição binária, o eu/outro, um nós/eles, mostrando como a constituição da diferença é negociada nos jogos linguísticos por meio de relações que se dão de forma provisória. É nesse sentido que o opera a ideia de descentramento do sujeito de Hall, onde o sujeito não possui uma identidade permanente nem essencial (como trabalhado também nos trabalhos mais tardios de Focault construção no discurso), mas ele só ganha forma a medida que se posiciona nos espaços produzidos pelos discursos sociais.

Focault: “poder disciplinar”, controle do individuo, do corpo, através das instituições; domesticar o ser humano ao máximo; apesar de ser uma coerção coletiva individualiza os sujeitos. Burocratização: Fixa a individualidade de forma escrita (documentação individual)

Feminismo, revolta estudantil, movimento juvenil contracultural, direitos civis, movimentos terceiro mundo, 68: contra política cap. E estalin.; subj. e obj. na política; criticavam a burocrac. pela espontaneidade; fragmentação das organizações políticas em massa por movimentos sociais separados; cada movimento apelava a uma identidade – femin. Mulheres, racial. Negros, nascimento das políticas de identidade. Questionou o suj cartesiano e sociológico pela questão privado e publico: pessoal é político; novas áreas: família, divisão doméstica, cuidado com crianças; politizou a subjetividade: pais/filhos, mulheres/homens; formação de identidades sexuais e gênero; questionou o homem genrico como homem e mulher pela questão da diferença sexual;

*Questão teórica e políticas publicas na construção de identidades para os grupos. As políticas multiculturalistas que estavam sendo produzidas criavam as identidades e mantinham ou preservavam as mesmas, dessa forma, autores como Hall vão propor uma sociologia política das negociações culturais, que apontam para uma “política multiculturalista autocontida”, que focaria no âmbito de proporcionar as articulações das identidades e diferenças tidas como fluidas.. Essa analise critica as categorias de oposição binária, o eu/outro, um nós/eles, mostrando como a constituição da diferença é negociada nos jogos linguísticos por meio de relações que se dão de forma provisória.

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*Aporte teórico construído pelas teorias acadêmicas e a criação de politicas publicas pelo Estado. “Na verdade, o “multiculturalismo” não é uma única doutrina, não caracteriza uma estratégia política e não representa um estado de coisas já alcançado. Não é uma força disfarçada de endossar algum estado ideal ou utópico. Descreve uma série de processos e estratégias políticas sempre inacabados.” (Hall, 2003: p. 52-53).

Para Hall há a importância da diferença como produzindo “diversas posições do sujeito”, isso como “identidades para os indivíduos”, nas diversas “divisões” e “antagonismos” na sociedade moderna. Essas posições seriam mobilizadas em conjunto, parcialmente, a estrutura permanecendo aberta. A relação entre sujeito e estrutura se relaciona a um âmbito “provisório e circunstancial”, onde o próprio “sujeito falante” e um “sujeito falado, reflexivo” posterior a esse, apontam para a não sujeição a um conjunto determinado de ideias imutáveis. É nesse sentido que o opera a ideia de descentramento do sujeito de Hall.

Filme:

O que a sociedade nos permite ser:

Como eventos do dia a dia afetam a pessoa que nos tornamos e prove a mudança social.

Como o novo substitui o velho e se torna o modo de vida que achamos importante.

Mudanças na Inglaterra desde a guerra, mudanças no dia a dia e não eventos grandes que afetam suas vidas e seu senso de história.

Um aspecto da mudança: envelhecimento: mudança de identidade

Emergencia de vários países nos conflitos mundiais.

Crises em Suez e na Hungria em 1950; Guerra no Vietnan 55-75; Thacherism 1980

Da colônia a pós colônia: questão da tonalidade da pele como um fato social sobre o autoconhecimento do sujeito. Na Jamaica colônia era uma questão importante, pois se podia saber a classe, educação e estatus disso. Voltar a origem começa a significar não uma, mas varias origens, o que se tornou uma experiência comum no mundo moderno.

Globalização: culturas parecem estar bem enraizadas em bases nacionais estatais, mas isso acabou, processos econômicos e culturais começam a mostrar a penetração do 1° mundo no 3°, do 2° no 1° culturalmente. O que significa que perguntar a alguém de onde ele é remete a uma resposta ampla. Pessoas vivem com percepções universais contraposto pela constante revolução. Quem os jovens vão ser, o que eles vão ser, o que suas sociedades encorajam eles a ser? (questão para qualquer um). O preço do pertencimento ao mundo é mudar. Entrar o mundo adulto é adentrar um mundo hostil, entrar em um mundo é abandonar outro. Quem é você, a que lugar pertence? Pertencimento a duas culturas. Isso é a experiência multicultural na modernidade.

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Os imigrantes indianos chegam a Inglaterra e não imaginam quão grande é o ajustamento. Em busca de aprimorar os estudos ou trabalhar. Para os britânicos os indianos, assim como outros estrangeiros, tendem a parecer os mesmos (uma pessoa com uma pele negra, mas presa numa mascara branca). A população inglesa teve que lidar com o fato de terem negros da antiga colônia britânica vivendo entre eles. Por motivos econômicos era de interesse do Estado manter brancos e negros vivendo e trabalhando na Inglaterra; toda nova configuração tem massas da antiga, o novo não é algo completamente uma ruptura com o antigo, mas como uma reconfiguração de elementos do passado com alguns elementos que são novos, mudanças de perspectiva e de paradigma advém disso. As mudanças políticas e econômicas permitiram uma a ascendência de classe na sociedade inglesa, assim com a noção de autotransformação os sujeitos mudam as condições econômicas e políticas ao redor deles.

Séc. XX: expansão do papel do Estado na sociedade (Orwell). As ex colônias agora insistem em autogoverno, pois em parte eles determinam que querem Sr tratados como iguais. Oposição entre liberdade e igualdade: a idéia de igualdade que esta movendo as pessoas para apoiar movimentos nacionalistas. O que eles enfrentam são desigualdades (econ., soc., racial etc.), ser livre é não ser desigual. Os governos modernos usam ferramentas culturais a sua disposição para mobilizar apoio popular; o que eles querem que seus cidadãos acreditem.

Caribe: questão da identidade: todos vieram de algum lugar diferente, seriam híbridos, o proprio autor é escocês, africano e judeu português, protótipo da identidade no século 21; Tem que se lembrar de onde (questão de identidade anterior) veio mas pra onde vai (educação de classes inglesa). Caminhos não raízes, ate onde o sujeito chega a ser o que ele é...varios caminhos ate chegar a ser o que é.

Publicações “New Left Review” revista de Hall: debater poilica e cultura ir alem da dualidade da guerra fria; invasão sovietica da Hungária e invasão do Egito – idéia de políticas de uma democracia socialista antiimperialista nasce; Cultura jovem dramatizando na musica, na vestimenta a revolta;

Achamos que alguma coisa vai nos dar a definição de quem realmente somos, posição de classe, posição nacional, origem geográfica, de onde nossos ancestrais vieram. Contradição: essas coisas não podem ser reduzidas à umas as outras, nós sempre estamos negociando entre as noções de pessoa.

“Estamos sempre tentando negociar entre noções de nós mesmos e dos nossos significados culturais, e os valores que nos permitem viver que não são traduzidos de um para outro, isso é a condição moderna”, isso tem ocorre em diferentes velocidades ao redor do mundo.

Identidade não é uma essência que existe em cada sujeito, ela sempre é construída em diálogos entre nós mesmos e as ideologias políticas de fora, apesar de parecer como se fosse algo intrínseco, absolutamente seu, é um dialogo sem fim com todos a sua volta, é parte como eles te vêem.

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Sociedade de classes – sociedade de massa: televisão, musica

Formas de protesto social contra tradições socialmente estabelecidas

Não é uma crise de raça, mas a raça pontua e periodiza a crise.”A raça é a lente através da qual as pessoas percebem que a crise esta acontecendo, é o quadro através do qual a crise é experienciada”. 70’ s Os negros se sentiam alienados da possibilidade de ser britânicos (profunda crise de identidade), a assimilação era impossível em ambos os lados (os negros descobriram que as coisas que os faziam negros não poderiam ser negociadas).

Feminismo: mudar a cultura patriarcal (casamento como uma forma de escravidão). Pessoas são guidas a identificar elas mesmas como uma minoria sexual quando confrontam a cultura ao redor que cria uma particular valorização para a normalidade, assim um grupo se mobiliza através de uma identidade

Tacher:” não existe uma coisa chamada sociedade, existem somente homens e mulheres como indivíduos”...na verdade existem redes de relações que alguém tem que articular, que alguém tem que cuidar, ou fundar. (exemplo Hall)

Deriva multicultural: nos encontramos nos mesmos em uma situação em que estamos cercados por pessoas com diferentes backgounds raciais e étnicos.