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“Evolução da Legislação de Barragens no Brasil”

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“Evolução da

Legislação de Barragens no Brasil”

1

• Defesa de Interesses do Setor Mineral • Congresso Nacional [Senado e Câmara dos Deputados]

• Poder Executivo Federal

• Poder Judiciário [STF, MPF, STJ]

• Poderes dos principais Estados Mineradores (MG, PA, GO, BA, AP, SP]

• Atuação integrada com a CNI [COEMA, COAL & COINFRA]

2

• Congresso de Mineração • Exposibram (45.000 visitantes) & Congresso Brasileiro de Mineração (1.000 congressistas)

• Exposibram Amazônia (8.000 visitantes) e Congresso de Mineração da Amazônia (700 congressistas)

• Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto & Mina Subterrânea (150 papers & 500 congressistas)

• Congresso Internacional de Direito Minerário (parceria IBRAM-DNPM-EAGU) (500 congressistas)

• Reputação do Setor Mineral

3

• Programas Técnicos • Saúde & Segurança do Trabalho (Programa MinerAÇÃO)

• Comitê para a Normalização Internacional em Mineração (CONIM)

• Programa de Recursos Hídricos

• Boas Práticas para o setor mineral • Gestão de Barragens de Rejeitos, Planejamento Fechamento Mina, Inventário Emissões GEE, Boas Práticas

Socioambientais, Gestão de Rejeitos

• Comitês • Comunicação, Sustentabilidade, Planejamento Estratégico e Jurídico

PILARES DA ATUAÇÃO DO IBRAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO

2

A Mineração

A mineração é a atividade destinada a pesquisar, descobrir,

extrair e transformar os recursos minerais em benefícios

econômicos e sociais. O regime de aproveitamento dos

recursos minerais, inclusive os do subsolo, por sua relevância,

sempre mereceu tratamento diferenciado pela legislação

brasileira

O Brasil produz cerca de 80 substâncias minerais não

energéticas, destacando-se, dentre outras, as produções de

nióbio, minério de ferro, bauxita e manganês

Domínio do Empreendimento

Crédito: Prof. Romero Gomes -UFOP

estéril

minério

produtos

rejeito

Barragem de rejeito

Barragem de

contenção de

sedimentossedim

entos

Recirculação de

água industrialefluente

efluente

Abertura da cava

necessitando de

rebaixamento de

água subterrânea

Principais etapas da atividade minerária e a geração de resíduos

Os rejeitos na Mineração

A geração de resíduos é parte inerente de qualquer processo

produtivo

A indústria mineral se diferencia de outros setores:

dimensionamento de sua geração

diferenciação dos resíduos sólidos gerados nos outros

segmentos

pela existência dos resíduos sólidos de extração (estéril) e do

beneficiamento (rejeitos)

também na disposição final adequada destes resíduos

PNRS e PNSB

Existem sinergias entre:

Lei nº12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS)

Plano Nacional de Mineração 2030

Lei nº 12.334/2010 - Política Nacional de Segurança de

Barragens

Porém existe uma dissonância conceitual no entendimento do setor

mineral sobre o que seja o rejeito na mineração:

o resíduos urbanos ≠ rejeitos mineração

Barragens de Rejeitos

A disposição de rejeitos em reservatórios criados por diques ou

barragens é o método mais comumente usado como sistemas

de disposição de rejeitos.

Barragens de rejeitos de mineração podem ser de solo natural

ou podem ser construídas com os próprios rejeitos, sendo

classificadas, neste caso, como barragens de contenção

alteadas com rejeitos e as de solo natural como barragens

convencionais.

Principais tipos de barragens de rejeitos

Disposição de estéreis

Depósitos de estéreis

Pilhas de estéreis

Preenchimento de cavas exauridas

Recuperação de voçorocas

Regulatório Barragens de Rejeitos

Federal:

Lei Federal nº12.334/2010 - Política Nacional de Segurança de Barragens

Lei Federal nº12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos [apresenta o

rejeito da mineração como uma categoria de resíduo (art.13, inciso I, “k”]

Resolução CNRH nº143/2012 - Estabelece critérios gerais de classificação de

barragens por categoria de risco e dano potencial associado

Resolução CNRH nº144/2012 - Sistema Nacional de Informações sobre

Segurança de Barragens

Portaria DNPM nº 416/2012 - Cadastro das Barragens de Mineração

Portaria DNPM nº 526/2013- Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM)

Portaria DNPM nº 70.389 (17/5/2017) – Classificação de Barragens, Plano de

Segurança, Inspeção de Segurança [Regular/Especial], Revisão Periódica de

Segurança, Plano de Ações de Emergência

Importantes definições:

1.Órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas

ações de fiscalização da segurança da barragem de sua competência (Art.

2º, inciso V);

2.O empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem,

cabendo-lhe o desenvolvimento de ações para garanti-la (Art. 4º, inciso III);

3.A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das

ações fiscalizatórias dos órgãos ambientais integrantes do Sistema

Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) (Art. 5º):

(...)

III - à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição

final ou temporária de rejeitos;

Conceitos na Lei 12.334/2010

Âmbito estadual:

Estado de Minas Gerais:

Decreto nº 46.933/2016: Institui a Auditoria Técnica Extraordinária de Segurança

COPAM nº 62/2002, nº 87/2005 e nº 124/2008: que dispõem sobre critérios de

classificação de barragens de contenção de rejeitos, de resíduos e de reservatório

de água em empreendimentos industriais e de mineração

Outros requisitos

ABNT:

NBR 13028/2017 – Mineração ― Elaboração e apresentação de projeto de

barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação

de água ― Requisitos.

NBR 13029/2017 - Mineração - Elaboração e apresentação de projeto de

disposição de estéril em pilha.

Portaria DNPM nº 70.389: principais pontos

Histórico de 5 anos de implementação das Portarias 416/2012 e

526/2013

Necessidade latente de se criar sistema robusto para a gestão de

mais de 800 barragens de mineração brasileiras.

Definição ampliada e mais clara de “barragens de rejeitos”

Novo conceito de Zona de Alto Salvamento

Novos conceitos incorporados

Criado o Sistema Integrado de Gestão para Barragens de

Mineração (SIGBM)

Dam break obrigatório para todas as barragens de mineração por

modelo simplificado e PAEBM com mais critérios

Sistema de monitoramento obrigatório para todas as barragens

Plano de Segurança de Barragens obrigatório.

• DPA alto ou DPA médio quando o item “existência de população a

jusante” atingir 10 pontos OU o item “impacto ambiental” atingir 10

pontos, também deve incluir Plano de Ação de Emergência.

As is [após Lei 12.334] & As built [construídas antes]

As Inspeções de Segurança Regulares (antes anuais), agora passam a ser

semestrais, sendo que uma delas deve ser elaborada, obrigatoriamente, por

empresa externa contratada para este fim.

Revisão Periódica de Segurança de Barragens [3,5,7 anos]. Alteadas

continuamente: 2 anos ou 10 metros

PAEBM Plano de Ações de Emergência para Barragens de Mineração

• Documento técnico e de fácil entendimento elaborado pelo

empreendedor, no qual estão identificadas as situações de emergência

em potencial da barragem, estabelecidas as ações a serem executadas

nesses casos e definidos os agentes a serem notificados, com o objetivo

de minimizar danos e perdas de vida

Principais pontos:

NBR 13028/2017 e NBR 13029/2017

Primeiras normas datam de 1993, esforços do DNPM e especialistas.

Apresentam pontos questionáveis e terminologia inadequada;

Normas de 2006, esforços do setor mineral e especialistas;

PNSB 2010, necessidade de adequação das normas;

Fevereiro/2015 – início do processo de revisão das normas, sob

liderança do IBRAM, envolvendo múltiplos atores;

Principais pontos tratados:

•Revisão/adequação da terminologia e definições

•Explicitar critérios mínimos de projeto (p.ex. – TR, FS).

•Recomendar “como fazer” em vez de recomendar “não fazer”

Novembro/2015 – ruptura da barragem de Fundão

Hiato de 6 meses visando compreender as causas da falha

Histórico

Reuniões retomadas no início de 2017;

Norma submetida à consulta pública duas vezes;

Principais pontos de destaque na atual revisão da norma:

o Revisão da terminologia específica;

o Adoção de critérios de análise mais abrangentes (por exemplo:

liquefação, condição de ruptura não drenada, análises sísmicas,

rejeitos perigosos, etc.);

o Utilização de critérios hidrológicos para dimensionamento do sistema

extravasor em função das consequências de ruptura ou dano

potencial associado.

Tendências

No regulatório:

“Endurecimento” no licenciamento ambiental de projetos com

barragens

Limitação do uso de barragens com alteamento à montante e de “cota”

máxima

Nova sistemática de auditoria de segurança de barragens

Novas exigências para o monitoramento da operação das barragens

Limitação da construção de barragens em sequenciamento em vales

em “V” agudos

Intensificação da participação do MP em licenciamentos

Profusão de iniciativas dos Legislativos de novas Leis, inclusive para

NMRM, PNSB, Lei de Crimes Ambientais

Tendência

s Nas empresas:

Busca por novas tecnologias de disposição de rejeitos

Reengenharia de minas e processos visando reduzir a geração de

rejeitos

Priorização dos temas barragens & rejeitos no nível corporativo

estratégico

Mais transparência e maior interação com as comunidades em relação

à barragens e aos Plano de Ação de Emergência das Barragens de

Mineração (PAEBM)

Pequenas e médias empresas vão enfrentar mais dificuldades para

operar

Caminhos de auto-regulação do setor [guias, melhores práticas, etc.]

Publicações Recentes do IBRAM

21

22

Conheça mais sobre a Mineração em

http://portaldamineracao.com.br/

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Portaria nº 416/2012 Portaria nº 70.389/2017

Barragens de Mineração: barragens, barramentos, diques, reservatórios, cavas exauridas com barramentos construídos, associados às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, utilizados para fins de contenção, acumulação ou decantação de rejeito de mineração ou descarga de sedimentos provenientes de atividades em mineração, com ou sem captação de água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas associadas.

Barragens de Mineração: barragens, barramentos, diques, cavas com barramentos construídos, associados às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, construídos em cota superior à da topografia original do terreno, utilizados em caráter temporário ou definitivo para fins de contenção, acumulação, decantação ou descarga de rejeitos de mineração ou de sedimentos provenientes de atividades de mineração com ou sem captação de água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas associadas, excluindo-se deste conceito as barragens de contenção de resíduos industriais;

Conceituações

Portaria nº 416/2012 Minuta Final

Zona de autossalvamento: região a jusante da barragem que se considera não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em caso de acidente.

Zona de autossalvamento: região do vale a jusante da barragem em que se considera que os avisos de alerta à população são da responsabilidade do empreendedor, por não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em situações de emergência, devendo-se adotar a maior das seguintes distâncias para a sua delimitação: a distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km.

Zona de Segurança Secundária: Região constante do Mapa de Inundação, não definida como ZAS.

Conceituação: Novos conceitos incorporados para melhor compreensão do texto proposto.

I. Barragem de mineração ativa: estrutura em operação que esteja recebendo rejeitos e/ou sedimentos oriundos de atividade de mineração;

II. Barragens de mineração em construção: estruturas que estejam em processo de construção de acordo com o projeto técnico;

III. Barragens de mineração existentes: estrutura cujo início do primeiro enchimento ocorrer em data anterior à publicação desta Portaria;

IV. Barragens de mineração novas: estruturas cujo início do primeiro enchimento ocorrer após a publicação desta Portaria;

V. Barragem de mineração em processo de fechamento: estrutura que não opera mais com a finalidade de contenção de sedimentos e/ou rejeitos mas ainda mantém características de barragem de mineração;

VI. Barragem de mineração descaracterizada: aquela que não opera como estrutura de contenção de sedimentos e/ou rejeitos, não possuindo mais características de barragem de mineração sendo destinada à outra finalidade;

VII. Barragem de mineração inativa ou desativada: estrutura que não está recebendo aporte de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim mantendo-se com características de uma barragem de mineração;

VIII. Níveis de controle da instrumentação; SIGBM; CNBM...

Mapa de inundação

1. Obrigatório para todas as barragens de mineração por modelo simplificado;

2. Necessitando de PAEBM, executar mapa de inundação com mais critérios (em gráficos e mapas georreferenciados as áreas a serem inundadas, explicitando a ZAS e a ZSS, os tempos de viagem para os picos da frente de onda e inundações em locais críticos abrangendo os corpos hídricos e possíveis impactos ambientais);

3. Deve ser elaborado por responsável técnico com ART, 4. Barragens a jusante: analisar em conjunto; 5. Deve refletir o cenário atual da barragem de mineração e

estar em conformidade com sua cota licenciada; 6. Deve ser executado com base topográfica atualizada em

escala apropriada, de acordo com as Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Brasileira constantes do Decreto nº 89.817/1984 ou norma que a suceda, para a representação da tipologia do vale a jusante;

7. Devem considerar o cenário de maior dano.