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BIOSSEGURANÇA Professora Patrícia Cé Hermann Blumenau – Complexo Educacional Curso Técnico em Saúde Bucal

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BIOSSEGURANÇA Professora Patrícia Cé

Hermann Blumenau – Complexo Educacional Curso Técnico em Saúde Bucal

Anti-sepsia

É a inativação do número de microrganismos presentes em um

tecido vivo, com substâncias anti-sépticas.

Desinfetantes de pele e mucosas

A sua concentração não pode ser tóxica para as células. São

exemplos o álcool etílico (70º), peróxido de hidrogênio (10

volumes), eosina (para Gram-positivos), permanganato de

potássio, hipoclorito de sódio (0,48%)

e iodopovidona (derivado do iodo, altamente eficaz, excepto

no caso da hepatite B).

Desinfecção

É a inativação ou redução do número de microrganismos

presentes em um material inanimado, não implicando na

eliminação de todos os microrganismos viáveis. Porém

elimina a potencialidade infecciosa do objeto ou superfície

de trabalho.

Desinfecção de Alto nível

Destrói todos os microrganismos na forma vegetativa com

exceção de esporos bacterianos. Requer enxague do material

com água estéril e manipulação com técnica asséptica.

É indicada para itens semi-críticos (ex.: lâminas de

laringoscópio, equipamento de assistência respiratória,

endoscópios flexíveis).

Formaldeído, Glutaraldeído, Ácido Peracético,

Pasteurizadora, Termodesinfetadora.

Desinfecção de Médio nível ou intermediário

Os agentes aplicados são eficientes para destruir as bactérias

vegetativas (incluindo micobactérias da tuberculose), a

maioria dos vírus e fungos.

Indicado para itens não-críticos e superfícies.

Álcool etílico 70%, fenóis (alta toxicidade, tende ao desuso),

hipoclorito de sódio (1.000 ppm de cloro disponível).

Desinfecção de Baixo nível

Os agentes utilizados apresentam atividade antibacteriana

sobre a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, porém

não inativam microrganismos mais resistentes

(micobactérias e esporos bacterianos).

Itens não-críticos e superfícies.

Álcool etílico 70%, fenóis, hipoclorito de sódio, quaternário

de amônio (apenas para desinfecção de superfícies).

Nível de Desinfecção

ALTO MÉDIO BAIXO

Células vegetativas + + +

Bacilo tuberculose + + -

Esporos + + - -

Fungos + + + -

Vírus lipídicos + + - +

Vírus não lipídicos + + - + -

Desinfecção Calor Úmido Fervura, Vapor 75°, Pasteurização 75° a 30M. Calor Seco Passar ferro Líquidos Químicos Aldeídos, fenólicos, clorados, Peróxido de hidrogênio Gases Químicos Formaldeído

CARACTERÍSTICAS DE UM DESINFETANTE IDEAL

Ação rápida

Amplo espectro

Ativo em presença de matéria orgânica

Atóxico

Compatível com diversos tipos de materiais

Efeito residual na superfície

CARACTERÍSTICAS DE UM DESINFETANTE IDEAL

Inodor ou de odor agradável

Econômico

Solúvel em água

Não poluente

Ser compatível com sabões, detergentes e outros produtos químicos

Classificação dos anti-sépticos e desinfectantes de acordo com a sua natureza química

Fenol e compostos fenólicos: (ex. hexaclorofeno)

Eficaz contra Gram-positivos; Pouco activo contra Gram-negativos; Ineficaz na presença de sangue.

Halogéneos

Derivados do cloro (hipoclorito de sódio) – actuam inibindo a actividade das proteínas celulares e a síntese de DNA; Derivados do Iodo (iodopovidona, iodofor) – interagem com enzimas e proteínas inibindo-as por reacção de oxidação de grupos –SH e por ligação do iodo ao grupo –NH dos aminoácidos.

Classificação dos anti-sépticos e desinfectantes de acordo com a sua natureza química

Sais metálicos

Compostos mercuriais (mertiolato): combinam-se com –SH de enzimas e inibem a sua actividade; Sais de prata (nitrato de prata); Compostos de zinco (matam fungos); Compostos de cobre (matam algas).

Oxidantes (peróxido de hidrogénio, permanganato de potássio)

Oxidam lípidos de membrana e DNA.

Álcoois (etanol)

Coagulam proteínas e lípidos de membrana.

Classificação dos anti-sépticos e desinfectantes de acordo com a sua natureza química

Compostos de amónia quaternária (Cetrimina a 1%, Benzalcónio)

Inactivados pela presença de material orgânico.

Clorexidina

Promove a desorganização estrutural e funcional da membrana citoplasmática.

Óxido de etileno

Agente alquilante que inactiva enzimas e proteínas; Usado em mistura não explosiva com CO2 ou com hidrocarbonetos halogenados.

Classificação dos anti-sépticos e desinfectantes de acordo com a sua natureza química

Aldeídos (formaldeído (muito tóxico) e glutaraldeído)

Inactivação de proteínas e ácidos nucleicos.

Beta-propriolactona

Possui características cancerígenas, mas os seus vapores são usados

na esterilização.

Glutaraldeído

Desinfetante de alto nível. Mais utilizado para tratamento de

materiais termo sensíveis.

Ação germicida- alteração do DNA, RNA e síntese proteíca.

Sua ação pode variar de poucos minutos (vírus) até 10hs (formas

esporuladas). Contra mycobactérias requer no mínimo 20 minutos

em concentração não inferior a 2%.

Esterilização a frio: no mínimo 8-10 hs.

Glutaraldeído

Apresentação- solução ácida e básica.

Concentração para compra- no mínimo 2%. Exigir laudo do Ministério da

Saúde.

Controle de utilização- para instrumentos reutilizados e inseridos

diretamente na árvore traqueobrônquica: utilizar solução recém ativada ou

fita teste para medir a concentração e utilizar somente se estiver a 2% ou

mais.

Cidex® (Jonhson & Jonhson), Glutacide ® (Ceras Jonhson), Glutalabor ®.

Álcool

Ruptura da membrana celular e rápida desnaturação das proteínas com

subsequente interferência no metabolismo e divisão celular.

Rápido e amplo espectro de ação contra bactérias vegetativas, vírus e

fungos, mas não é esporicida.

Apresentação mais frequente- álcool etílico e álcool isopropílico.

Concentração entre 60 e 90%.

Álcool 70% tem maior rapidez microbicida.

Álcool

Compatibilidade com materiais- mais indicado para

superfícies externas dos materiais e superfícies de

vidro.

Como evapora rapidamente sua ação é limitada,

havendo necessidade de submersão de objetos para

uma ação mais ampla.

Hipoclorito de Sódio

Quanto maior concentração e/ou tempo maior o espectro de ação, pode

ser utilizado como desinfetante de baixo a alto nível.

Amplo espectro de ação, chegando a ter ação sobre esporos de B. subtillis.

Atua em concentrações baixas como 25ppm para microrganismo mais

sensíveis. Mais usualmente utilizada em concentração de 1000 ppm.

É o desinfetante mais amplamente utilizado. Apresenta ação rápida e baixo

custo.

Hipoclorito de Sódio

É bastante corrosivo, principalmente de metais e tecidos de algodão e

sintéticos.

Utilizado em superfícies fixas. Altamente utilizado e recomendado para

tratamento de tanques e de água.

Bastante instável e inativado por matéria orgânica.

Ação do Hipoclorito de Sódio

0,15 a 0,25ppm (0,000015%) elimina bactérias vegetativas em 30 segundos;

100ppm (0,01%) elimina fungos em menos de 1 hora;

200ppm (0,02%) elimina 25 tipos de vírus em menos de 10 minutos;

100ppm (0,01%) elimina 107 tipos de S. aureus e P. aeruginosa em menos

de 10 minutos.

500ppm (0,05%) elimina 106 tipos de HBV, em 10 minutos a 20°C.

50ppm (0,005%) elimina 105 tipos de HIV, em 10 minutos a 25°C.

Formaldeído e Vapor de formaldeído

Monoaldeído que é um gás solúvel em água.

Desvantagens principais- menor rapidez de ação e carcinogenicidade.

Ativo apenas na presença de umidade para formação do grupo metanol.

Exposição máxima no ambiente 0,1 a 0,5ppm.

Biodegradabilidade de 1 a 2 dias.

Tóxico

Vapor de formaldeído

Gerado em máquina própria a partir de formol a 2%.

Indicado para materiais termosensíveis.

Embalagem: papel grau cirúrgico.

Indicador biológico: B. stearothermophillus

Ciclo de 3 horas e meia entre 50° e 60°.

É extraído na fase líquida, não havendo exposição pessoal.

Clorexidina

Ruptura da membrana celular e precipitação do conteúdo celular.

Espectro de ação contra bactérias Gram+ e fungos.

Solução aquosa a 4%, 2%, 0,2%, 0,12% para sepsia da pele e mucosa;

Solução alcoólica a 0,5% (campo cirúrgico).

Solução aquosa mais detergente (assepsia das mãos).

Clorodex 2, Clorodes tópico, Clorodex solução aquosa, Periogard.

PRODUTO NÍVEL DE DESINFECÇÃO

TEMPO DE EXPOSIÇÃO

RESTRIÇÕES DE USO

Glutaraldeído a 2% Alto 45 minutos Materiais porosos retem o produto

Ácido peracético + peróxido de hidrogênio

Alto 30 minutos

Danifica metais

Hiplocorito de sódio a 1%

Médio 30 minutos

Danifica metais e mármore

Álcool a 70% Médio 30 segundos

Danifica acrílico e borracha

Quaternário de Amônia

Baixo 30 minutos

Não há

Produtos utilizados na desinfecção

Novos germicidas

Orthophtalaldeído

Desinfetante de alto nível com ação semelhante a do glutaraldeído, porém

com menos odor e menor ação corrosiva.

Água super oxidada

Desinfetante de alto nível menos tóxico e menos corrosivo, trata-se de água

super oxidada por reação química obtida pela eletrólise da água (com

titânio e corrente elétrica).

Áreas dos serviços de saúde

As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco

de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em

cada local. Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a

transmissão de infecções, além de facilitar a elaboração de

procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços

de saúde.

Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita

considerando o risco potencial para a transmissão de infecções, sendo

classificadas em áreas críticas, semicríticas e não-críticas.

(Yamaushi et al., 2000; Brasil, 2002; Apech, 2004).

Áreas Críticas

São os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de

infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem

pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. São

exemplos desse tipo de área: Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, UTI,

Unidade de Diálise, Laboratório de Análises Clínicas, Banco de Sangue,

Setor de Hemodinâmica, Unidade de transplante, Unidade de

Queimados, Unidades de Isolamento, Berçario de Alto Risco, CME,

Lactário, Serviço de Nutrição e Dietética, Farmácia e Área suja da

Lavanderia.

Áreas Semicríticas

São todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças

infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas.

São exemplos: enfermarias e apartamentos hospitalares,

ambulatórios, banheiros, postos de enfermagem, elevador e

corredores.

Áreas não-críticas

São todos os demais compartimentos dos estabelecimentos

assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se

realizam procedimentos de risco.

São exemplos: vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifados,

secretaria, sala de costura.

Atualmente, essa classificação é questionada, pois o risco de infecção

ao paciente está relacionado aos procedimentos aos quais ele é

submetido, independentemente da área em que ele se encontra.

Entretanto, essa classificação pode nortear o líder, supervisor ou

encarregado do Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em

Serviços de Saúde na divisão de atividade, dimensionamento de

equipamentos, profissionais e materiais.

BOM FINAL DE SEMANA !!!