apresentação da temática - marcadores sociais (social bookmarking)
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Apresentação da temática – Operacionalização das diferentes ferramentas Web 2.0 - II
Oficina de formação E-learning: Biblioteca Escolar e ferramentas Web 2.0 – ligação ao currículo e ao trabalho dos professores
Marcadores sociais (Social Bookmarking)1
Palavras-chave Social Bookmarking Tagging Folksonomias Tags O Social Bookmarking Definição da Wikipedia: O Social Bookmarking, resumidamente, é um sistema de bookmarks (também conhecido como favoritos ou marcadores) online, público e gratuito, que tem por finalidade disponibilizar seus favoritos na internet para o seu fácil acesso e para compartilhar com os usuários deste tipo de serviço. Pode ser classificado como parte do conceito que é chamado de Web 2.0. Há diversos serviços gratuitos de Social Bookmarks. Intimamente relacionado com
esta noção, encontramos o conceito de "Social Tagging", o serviço de Tags (etiquetas em
inglês), pois nestes serviços o usuário classifica os seus favoritos com palavras-chave
('etiquetas'). O objetivo desta classificação consiste nomeadamente em facilitar a posterior
recuperação da informação. Ao mesmo tempo, a utilização das tags traz vantagens ao
nível da pesquisa, pois é possível pesquisar quer nas nossas tags, quer nas tags dos outros
utilizadores. Deste modo, podemos encontrar pessoas com os mesmos interesses e
"descobrir" novos sites relacionados com o mesmo assunto, potenciando, assim, a partilha
e a colaboração.
Social bookmarking (marcadores sociais), Social Tagging, ou apenas tagging é pois
um método de armazenar e organizar a informação disponível na Internet mediante
etiquetas (tags), isto é, palavras-chave. A este processo de indexar recursos também se
costuma chamar Folksonomia (é uma analogia à taxonomia, mas inclui o prefixo folks,
palavra da língua inglesa que significa pessoas).
Existem diferentes serviços na internet de social bookmarking, sendo o del.icio.us o
mais popular. Contudo, nos exemplos deste texto, usaremos o Diigo
(http://www.diigo.com), que além de permitir organizar listas de favoritos, possibilita
também a criação de grupos e adicionar notas aos sítios guardados.
1 Adaptado de Carlos Pinheiro e João Paulo Proença. Ação: “Bibliotecas Escolares e a Web 2.0” (Formação online). 2010.
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Como funciona
O esquema de funcionamento é muito semelhante em todos os serviços e envolve
fundamentalmente três etapas:
1. Criação de uma conta de utilizador, mediante registo.
2. Instalação de uma barra de ferramentas no navegador de internet.
3. Seleção, armazenamento e etiquetagem dos recursos (páginas de internet) mediante
um clique num botão da barra de ferramentas.
Figura 1 – Exemplo de etiquetas em páginas.
Os bookmarks (favoritos) ficam armazenados num sítio de Internet e passam a
estar disponíveis em qualquer computador com acesso à rede, sendo fácil partilhá-los com
outros utilizadores. Cada recurso mostra também as etiquetas (tags) que lhe associámos.
Ao clicar numa dessas tags, são mostrados os bookmarks associados. Assim, no exemplo
da Figura 1, ao clicar em Modernismo, serão listadas as páginas 2 e 3, ao clicar em
Literatura, aparecem a 1, a 2 e a 4, etc.
Etiquetas (tags) e etiquetas relacionadas (Related tags)
As etiquetas são a base dos marcadores sociais e da sua boa utilização depende a
utilidade do social bookmarking para o trabalho da biblioteca ou do professor.
As etiquetas são sempre apresentadas na página principal do sítio de social
bookmarking e o utilizador pode definir se as apresenta pela frequência com que as utiliza,
pela frequência com que são utilizadas pela comunidade [Diigo] ou por ordem alfabética.
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Figura 2 – Apresentação das etiquetas no Diigo.
Como já dissemos, ao clicar numa das etiquetas da lista, aparecem-nos os recursos
correspondentes. Mas como cada recurso pode (e deve) ter várias etiquetas, surge aqui o
conceito de etiqueta relacionada (related tag). As etiquetas relacionadas são as etiquetas
que foram utilizadas para indexar os recursos juntamente com a etiqueta selecionada. Elas
podem ser muito úteis para encontrar recursos que, embora não tenham a etiqueta
selecionada, podem de alguma forma estar relacionados com ela.
Utilizando novamente o exemplo da figura 1, se selecionarmos a etiqueta
Literatura, obteremos as páginas 1, 2 e 4, e teremos como etiquetas relacionadas (related
tags), entre outras, a etiqueta Modernismo. Clicando nela, temos, por exemplo, acesso à
página 3, que embora não tenha a etiqueta Literatura, pode interessar para a nossa
pesquisa.
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Figura 3 – Exemplo de um sítio de marcadores sociais.
Atentemos na figura 3. Em 1, temos o endereço de um sítio de marcadores sociais.
O número 2 é a barra de ferramentas do serviço (neste caso, o Diigo), e o 3 a etiqueta
selecionada. O 4 mostra a etiqueta selecionada e as etiquetas relacionadas com ela
(Related tags). O 5 indica o número de recursos com essa etiqueta, sendo 6 o exemplo de
um recurso. Como se pode ver neste exemplo, cada recurso, além do título, pode ter um
breve resumo e mostra as etiquetas (tags) que lhe foram atribuídas.
Figura 4 – Alguns dos serviços de social bookmarking
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É importante referir que a maior parte dos serviços de marcadores sociais (social
bookmarking) permite importar os favoritos que já temos armazenados no nosso
computador.
Para uma boa utilização das etiquetas
Como já vimos, a tarefa de etiquetagem é a mais importante no social
bookmarking e dela depende uma recuperação eficaz do recurso. Contudo, e dada a
inexistência de regras de etiquetagem, essa levanta muitas interrogações:
O que fazer quando a etiqueta é constituída por mais de uma palavra? (a maioria
dos serviços, por exemplo o del.icio.us, apenas permite palavras isoladas. O Diigo permite
etiquetas com várias palavras, desde que colocadas entre aspas). Exemplo, para etiquetar
Idade Média, ora se usa idademédia, ora idade-média, ora idade_média (a tendência é o
underscore: idade_média)
Devemos usar o singular ou plural (biografia ou biografias)?
Que língua utilizar?
Classificamos ou descrevemos?
Devemos usar etiquetas subjetivas ou objetivas?
Dadas as características da Web 2.0, nenhuma das perguntas tem uma resposta
definitiva. Contudo, será importante que a equipa da biblioteca/professor defina um
critério uniforme, que torne mais fácil a recuperação da informação e faça das etiquetas
um instrumento útil para os utilizadores dos recursos.
No seu artigo sobre a literacia de tags, Ulises Ali Mejias sugere um conjunto de
boas práticas na seleção de tags.
Elas incluem:
Utilizar o plural em vez do singular
Utilizar minúsculas
Agrupar as palavras utilizando o travessão baixo (underscore)
Seguir a convenção de tags iniciada por outros
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Agregar sinónimos.
Para concluir, pode-se acrescentar que devemos ser exaustivos na atribuição das
etiquetas, procurando descrever o recurso com o maior número possível de etiquetas,
mas sem cair num exagero gerador de ruído. Antes de começarmos a etiquetar, devemos
também visitar diversos sítios de social bookmarking em bibliotecas e familiarizarmo-nos
com as convenções adotadas.
Tipos de etiquetas
Na sua recente passagem por Portugal (V Encontro das Bibliotecas Escolares de
Oeiras), Felipe Zayas apresentou um esquema com tipos de etiquetas, que poderão ajudar
a tarefa de etiquetagem:
Figura 5 – Tipos de etiquetas (adaptado de Felipe Zayas)
Como se pode ver, o recurso pode (deve) ser etiquetado tendo em conta a sua
tipologia, o seu conteúdo e até a sua utilidade para o público-alvo. Poderemos utilizar um
modelo semelhante na utilização de marcadores sociais na nossa biblioteca ou no nosso
trabalho.
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Marcadores sociais no trabalho da biblioteca/do professor
A utilização de marcadores sociais em ambientes de aprendizagem tem inúmeras
potencialidades, desenvolvendo a capacidade de conceptualizar e de estabelecer relações
entre conceitos e estimulando a aprendizagem colaborativa.
Para o trabalho da biblioteca, por exemplo, é uma excelente ferramenta que, de
forma fácil, permite selecionar, organizar, classificar e partilhar a informação disponível na
Internet (inclusive no blogue Ciberleituras). Sabendo que uma das principais dificuldades
dos nossos alunos é a capacidade de encontrar na Internet informação de qualidade para a
realização dos seus trabalhos, a disponibilização de um serviço de marcadores sociais
disponibilizado pelo professor constitui uma ferramenta excelente de promoção de
literacia e um exemplo de atividade centrada nas necessidades dos utilizadores.
Bibliografia
DELGADO, Antonio, Marcadores sociales: guardar y compartir información [em linha]. 14
de Março de 2008 [Consult. em 7/11/2010] Disponível em
http://www.consumer.es/web/es/tecnologia/internet/2008/03/14/174706.php
GUY, Marieke e TONKIN, Emma, Métodos De Clasificación: Folcsonomía Y Tags [em linha].
17 de Janeiro de 2006 [Consult. em 7/11/2010] Disponível em
http://www.masternewmedia.org/es/2006/02/02/metodos_de_clasificacion_folcsonomia
_y.htm
MEJIAS, Ulises Ali,Tag Literacy, [em linha]. 26 de Abril de 2005 [Consult. em 7/11/2010]
Disponível em http://blog.ulisesmejias.com/2005/04/26/tag-literacy/
A formadora
Isabel Ramos