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Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas
LGN 5799 – Seminários em Genética e Melhoramento de Plantas
AplicaAplicaçção de novos marcadores ão de novos marcadores moleculares no melhoramento de plantasmoleculares no melhoramento de plantas
Aluno: Bruno Mello Mulato
Orientador: José Baldin Pinheiro
Departamento de GenéticaAvenida Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 83, CEP:13400-9710 - Piracicaba - São Paulo - Brasil
Telefone: (0xx19) 3429-4250 / 4125 / 4126 - Fax: (0xx19) 3433-6706 - http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php
Introdução
Evolução dos marcadores moleculares
• Isoenzimas
RFLP, Minissatélites
• Marcadores de DNA
RAPD, Microssatélites, AFLP
• Marcadores de DNA baseados em PCR
SNP, arrays
• Seqüenciamento de DNA
Introdução
Comparação entre marcadores moleculares
Introdução
Novos marcadores são mais informativos?
• Simples e menor custo
• Relações de dominância
• Neutralidade
• Informatividade
• Distribuição no genoma
• Confiabilidade
Introdução
Schlötterer (2004)
Introdução
• SNP
• TRAP
• NBS
• DArT
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• Alteração de uma única base
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• mutações em células germinativas:
transmitidas às gerações seguintes
podem se fixar na população
SNPFreqüência mínima de 1%
• SNP: abundante no genoma humano, animal e de plantas
Regiões não-codificadoras: freqüência de 1 SNP a cada 31 pb1 deleção a cada 85 pb
Regiões codificadoras: freqüência de 1 SNP a cada 124 pb
Ching et al. (2002)
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
regiões codificadoras regiões não-codificadoras
sinônimos não-sinônimos
não conservativa conservativa
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
Tipo Conseqüência
SNPs não-sinônimos em regiõescodificadoras
Alteração de aminoácido na proteína, problemas na conformação protéica.
Podem alterar o splicing
SNPs em regiões promotoras oureguladoras
Podem afetar o nível, localização oumomento da expressão gênica
Úteis como marcadores
SNPs Sinônimos em regiõescodificadoras
SNPs em outras regiões
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
Métodos de genotipagem
• Hibridização • Primers • Ligação
Kwok, 2001
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
Microarray de SNP
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
Objetivos:
• selecionar conjunto SNPs para identificação de
cultivares de soja
• estimar potencial de utilização destes marcadores
• comparar dados SNP com SSR
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• Diferenciação cultivares soja: caracteres morfológicos,
fisiológicos, bioquímicosnº cultivares + difícil distinção = Marcadores Moleculares
abundantes genoma soja• SNPs: mais robustos
automatizado; multiplex (bialélico)
Soja: 4 a 5 milhões SNPs baseado no padrão de amplificação de 280 SNPs cobrindo cerca de 76.3 kpbde seqüências em 25 genótipos diferentes.
• baixo padrão mutação: SNP – 10-8 ; SSR – 10-3
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• 96 cultivares soja
Metodologia
cultivares coreanas cultivares modernos Am. Nortecultivares ancestrais Am. Norte
Representam 85% variabilidade alélica do germoplasma Am. Norte
• Extração DNA
• Busca genes interesse GenBank – desenho primers
• PCR
• Seqüenciamento
• Detecção SNPs (PolyBayes SNP)
• Mapeamento SNPs
• Seleção 58 SNPs
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• Seleção primária de 40 SNPs de acordo com diversidade
Distribuição da diversidade dos SNPs
Diversidade dos SNPs
Núm
ero
de S
NP
s
181614121086420
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
mais similares
mais distintas
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• Seleção 23 SNPs distribuídos por 19 GLLocos Grupos de Diversidade
ligação do SNP
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
nº genótipos nº genótipos nº genótipos Freqüência genótiposdistinguíveis indistinguíveis indistinguíveis
50 50 0 0100 100 0 0500 500 0 0
1,000 1,000 0 01,500 1,500 0 02,000 2,000 0 02,200 2,200 0 02,500 2,497 3 0.12
Conjunto 23 SNPs selecionados
gerados
SNPs selecionados
nº genótipos nº genótipos Freqüência genótiposdistinguíveis indistinguíveis indistinguíveis
50 0 099 1 1.01
494 6 1.21981 19 1.90
1,452 48 3.201,888 112 5.602,075 125 5.702,355 145 5.81
Conjunto 23 SNPs aleatórios
SNPs aleatórios
SNP (Single Nucleotide Polymorphism)
• Comparação com 13 SSRs: correlação boa e significativa
Conclusões
• A seleção de um conjunto de marcadores SNP altamente informativo aumentou a eficiência na identificação dos cultivares• Os resultados obtidos com marcadores SNP foram semelhantes aos dados SSR, demonstrando a eficiência de ambos
• Facilidade RAPD
• Altamente reproduzível
• Polimorfismo abundante AFLP
• Seqüências expressas (ESTs)
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
• Marcador funcional
• Ferramentas bioinformática
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
• Combinação primers
primer fixo: genes-alvo
primer arbitrário: literatura
GENE-ALVOPF
PAPA
• Genotipagem
Nitrato de prata
SeqüenciadorHu & Vick, 2003
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
Saccharum Miscanthus Erianthus
Crop Science 46:448-455 (2006)
Metodologia:
• Extração DNA - 30 genótipos• Desenho primers fixos: 6 genes-alvo (GenBank)
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
Objetivo: verificar o potencial dos marcadores TRAP em acessar a diversidade genética no germoplasma de cana
5 genes envolvidos no metabolismo da sacarose
1 gene relacionado à tolerância ao frio
• 3 primers arbitrários: obtidos em literatura• PCR: 18 combinações primers• Genotipagem• Seqüenciamento
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
Combinação Bandas Bandas Porcentagem Primer observadas polimórficas polimorfismo
SuSy + Arbi 1 20 20 100.00 0.32SuSy + Arbi 2 32 32 100.00 0.28SuSy + Arbi 3 15 14 93.33 0.20SuPS + Arbi 1 19 17 89.47 0.33SuPS + Arbi 2 48 47 97.91 0.24SuPS + Arbi 3 29 21 72.42 0.14SAI + Arbi 1 39 34 94.87 0.26SAI + Arbi 2 28 28 100.00 0.22SAI + Arbi 3 46 40 86.95 0.21StSy + Arbi 1 41 31 75.60 0.20StSy + Arbi 2 50 41 82.00 0.24StSy + Arbi 3 28 28 100.00 0.21PODK + Arbi 1 36 31 86.11 0.27PODK + Arbi 2 29 22 75.86 0.36PODK + Arbi 3 32 27 84.37 0.29CPDK + Arbi 1 29 29 100.00 0.11CPDK + Arbi 2 21 19 90.47 0.25CPDK + Arbi 3 58 48 82.75 0.23Total 600 529Média 33.33 29.38 88.14 0.24
PIC
88% bandas
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
0,36 0,51 0,65 0,79 0,94
SrSrSoSsiSbSrSbDwDwHyHySoCuCuCuCuSrSoSrCuSoSspSspSspSspSspSspSspMiEr
Grupo 2Mi – MiscanthusEr – ErianthusSsp – S. spontaneum
Grupo 1
So – S. officinarumSsi – S. sinenseSb – S. barberiSr – S. robustumDw – MutanteHy – HíbridoCu – Cultivar
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
S. espontaneum
S. officinarumS. robustumS. barberiS. sinenseCultivares Híbridos
ErianthusMiscanthus
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
Conclusão
• TRAP foi eficiente em acessar a diversidade genética do germoplasma de cana;
• permitiu distinção dos 3 gêneros;
• BLAST apresentou similaridade com genes-alvo em outras sp (ex. sorgo, milho, citronela)
TRAP (Target Region Amplification Polymorphism)
Perspectivas
• Mapeamento de QTL
• Diversidade genética
• Busca genes-alvo
• Caracterização e manejo de germoplasma
• SAM
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Melhoramento de Plantas
Obtenção de cultivares resistentes à patógenos
Melhoramento clássico Seqüenciamento
Genes de resistência (genes R)
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Identificação de genes R
• Diferentes tipos de genes R
• Família NBS-LRR
• Mecanismo de defesa em plantas
ATP reconhecimento de virulência
NBS (Nucleotide-Binding Site)
• Marcadores moleculares
• Primers degenerados
• Análogos de genes de resistência (RGAs)
Genes R
• Regiões altamente conservadas
NBS (Nucleotide-Binding Site)
• Marcador funcional
• Multilocos
• Dominante
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Lactuca sativa
Hordeum vulgareSolanum tuberosum
Lycopersicon esculentum
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Metodologia
• Digestão do DNA
• Ligação dos adaptadores
• Amplificação: primers âncora e específico
• Genotipagem
• Seqüenciamento
• Blast
NBS (Nucleotide-Binding Site)
nº bandas sequenciadas nº bandas com (nº enzimas) homologia à RGAs
NBS2 12 (4) 8 3 1 (retrotransposon)NBS5 25 (4) 22 2 1 (proteína quinase)NBS7 6 (3) 3 1 proteína quinase; 5S rDNA
Não identificado Outros genes
Tabela 1. Similaridade das bandas seqüenciadas com genes R e RGAs
nº Primer Similaridadebanda Enzima (nº nt)
Batata 51 NBS3/Rsa I NL27 ( batata) 92% (100) Synchytrium endobioticum (Schilb.) PercBatata 162 NBS5/Hae III Hero (tomate) 87% (270) Globodera pallida (Stone) BehrensTomate 107 NBS5/Mse I Mi ( tomate) 99% (308) Meloidogyne incognita (Chitwood 1949)Tomate 118 NBS2/Rsa I Mi (tomate) 93% (270) Meloidogyne incognita (Chitwood 1949)Tomate 251 NBS5/Rsa I Hero (tomate) 92% (229) Globodera pallida (Stone) BehrensTomate Le 8.6 NBS2/Rsa I Prf (tomate) 100% (278) Pseudomonas syringae (van Hall 1902)Tomate Le.1.2 NBS2/Rsa I I2C2 (tomate) 100% (300) Fusarium oxysporum f.sp. lycopersiciCevada 89 NBS5/Rsa I PIC25 (cevada) 98% (281) Puccinia graminis Pers.Alface 5.04 NBS5/Rsa I RCG2 (alface) 80-90% (200) Bremis lactucae Regel
Resistência contraEspécies Homologia
Tabela 2. Bandas NBS-Profiling com alta similaridade a genes R e RGAs
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Figura 1. Alinhamento da seqüência de aa traduzidos das bandas obtidas com NBS5. Área cheia: motivo de aa típico dos domínios NBS-LRR dos genes de R. Área tracejada: primer NBS5.
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Figura 2. Alinhamento da seqüência de aa traduzidos das bandas obtidas com NBS2. Área cheia: motivo conservado P-loop do gene R, flanqueado pelo primer NBS2.
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Cevada Alface Tomate
Figura 3. Padrão NBS utilizando primer NBS5 e enzima RsaI em cevada (A), alface (B) e tomate (C). Setas: bandas que se mostraram idênticas ou muito próximas dos genes R e RGAs conhecidos e mapeados.
NBS (Nucleotide-Binding Site)
Conclusões
• NBS foi eficiente em gerar marcadores próximos a genes R
• Pode ser utilizado em diferentes espécies
• Importante ferramenta: estratégia de melhoramento
caracterização germoplasma
estudos de biodiversidade
DArT (Diversity Arrays Technology)
• Dependentes de gel
• Pré-identificação de polimorfismo
• Dificuldades em relacionar bandas em gel
Métodos de Genotipagem
• Trabalhosos e lentos
DArT (Diversity Arrays Technology)
• Plantas de pouco retorno econômico
• SNPs
• Custo proibitivo
• Recursos financeiros limitadosManihot esculenta
DArT (Diversity Arrays Technology)
• Comparação de representações genômicas
• Não necessita seqüências
• Independência de géis
• Genomas de qualquer tamanho
• Baixo custo
DArT (Diversity Arrays Technology)
DArT (Diversity Arrays Technology)
Metodologia
• Métodos de redução de complexidade
Enzimas de restrição (ER), digestão, adaptadores, PCR
Representações
• Biblioteca Genômica
• Microarrays
DArT (Diversity Arrays Technology)
Metodologia
• Construção de Painéis de Diversidade
• Marcação por fluorescência
• Hibridização
• Análise da imagem
DArT (Diversity Arrays Technology)
• Perfis genéticos
DArT (Diversity Arrays Technology)
Objetivos:
• testar a metodologia em cevada, uma planta de genoma complexo.
• gerar e analisar a qualidade do mapa genético
PNAS, 29 de Junho, 2004 VOL 101 n°26 9915-9920
DArT (Diversity Arrays Technology)
Objetivos:
• relações genética entre cultivares de trigo.
• mapa integrado de DArT, SSR, RFLP,AFLP e STS
DArT (Diversity Arrays Technology)
Objetivos:
• Analisar a diversidade genética entre diferentes acessos do gênero Mahinot
DArT (Diversity Arrays Technology)
Perspectivas
• Caracterização de germoplasma
• SAM
• Genes alvos
• Mapas Genéticos
• QTLs
Obrigado!