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OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NO BRASIL COMO MANIFESTAÇÃO DO PODER OLIGÁRQUICO Bráulio Santos Rabelo de Araújo INTERVOZES – Coletivo Brasil de Comunicação Social

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OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA NO BRASIL COMO MANIFESTAÇÃO DO PODER OLIGÁRQUICO

Bráulio Santos Rabelo de AraújoINTERVOZES – Coletivo Brasil de Comunicação Social

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Os meios de comunicação de massa no Brasil como manifestação do poder oligárquico

1. Breve evolução distórica: do direito à liberdade de expressão ao direito à comunicação.

1.1. Evolução histórica da imprensa.1.2. O direito à liberdade de expressão. Dimensão negativa e subjetiva.1.3. A crítica aos meios de comunicação de massa1.4. O direito à informação. Dimensão positiva e ojetiva.1.5. A insuficiência da auto-regulação da imprensa e do direito à informação1.6. O direio à comunicação. Dimensão positiva e objetiva.

2. A radiodifusão no Brasil. Breve evolução histórica.

2.1. A predominância do sistema privado-comercial e a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

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3. Os problemas atuais da radiodifusão.

Artigo 220. Concentração, monopólio e oligopólio.Artigo 221. O não cumprimento e a não regulamentação dos princípios estabelecidos

pelo artigo 221.Artigo 223. A não complementariedade entre os sistemas público, privado e estatal. A

predominância do sistema privado.Coronelismo eletrônico.

4. As alternativas. As propostas aprovadas na 1a Conferência Nacional de Comunicação.

5. Conclusões.

A não concretização do direito à comunicação em sua 1a dimensão.A não concretização do direito à comunicação em sua 3a dimensão.O não cumprimento pela imprensa de suas funções na democracia.A necessidade de uma regulamentação que permita o controle público dos meios de

comunicação de massa no Brasil.

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1.1.Evolução histórica da imprensa.

Imprensa surguiu como meio de fiscalização do poder e transmissão da reflexão pública ao Estado.

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1.1.Evolução histórica da imprensa.

Cidadãos possuíam condições isonômicas para se comunicar.Tabela 5 Custo para abertura de um jornal nos Estados Unidos 1835-1850

Ano Custo para fundação de um jornal (em dólares)

Valor atualizado para o valor do dólar em 2005

Variação com base no custo de 1835

1835 500 10400 -1840 5.000 a 10.000 106.000-212.000 Aumento de 10 a 20

vezes o gasto para abertura de jornal em 1835

1850 100000 2,38 milhões Aumento de 200 vezes o gasto para abertura de jornal em 1835

Fonte: BENKLER, Yochai, The Wealth of Networks, cit., p. 188.

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1.1.Evolução histórica da imprensa.

Limite principal à comunicação: Estado.

Formas de controle: Censura (licença prévia); imposição de tributos; processos criminais por difamação

Não obstante, não havia impedimento a que o Estado atuasse positiviamente, fornecendo estruturas necessárias ao espaço público.

Constituição dos Estados Unidos. Emenda I. Ratificada em 15/12/1791. O Congresso não legislará a respeito do estabelecimento de uma religião, ou proibindo o livre exercício dos cultos; ou cerceando a liberdade de expressão, ou de imprensa, ou o direito do povo de se reunir pacificamente, e de dirigir ao Governo petições para a reparação de seus agravos. (tradução livre do autor).

Artigo I. O Poder Legislativo. Seção 8. Poderes do Congresso. Estabelecer postos e estradas para o Correio.

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1.1.Evolução histórica da imprensa.

Industrialização e mercantilização da imprensa.

Imprensa antes era atividade essencialmente política. Não gerava grandes lucros e por isso não atraía o capital.

Evolução tecnológica. Máquinas de imprensa permitem a impressão de quantidades cada vez maiores de jornal.

Economia de escala. Quanto maior o volume produzido, menor o preço.

Mudança da fonte de financiamento. Introdução da publicidade. Venda de exemplares x publicidade.

Meios de comunicação, publicidade e público. Mercado de dois lados. Publicidade e meios querem um público cada vez maior e modificam o conteúdo para atrair mais público. Cidadãos, ao contrário, o importante é a cobertura de assuntos de interesse público.

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1.1.Evolução histórica da imprensa.

Resultados da industrialização.

1. Concentração dos meios.

Aumento de capital necessário para a atividade de comunicação. Meios de comunicação passam a ter estrutura semelhante a outras indústrias (linha de produção mecanizada).

Necessidade de vender maior volume de exemplares para obter economia de escala. Pressão da publicidade para atingir maior público.

Redução da proporção entre o número de veículos e número de habitantes.

Não há mais condições isonômicas para que todos os cidadãos possam se comunicar. Aumento dos custos para se abrir um meio de comunicação.

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2. Mudança do conteúdo. Popularização dos meios.

Redução da cobertura da política, economia e sociedade.

Aumento da cobertura de casos policiais, violência, esportes, colunas sociais, humor, etc.

3. Censura estrutural.

Mudança das condições de concorrência (venda de exemplares x publicidade).

Meios de comunicação que contrariam interesses do capital publicitário – proveniente principalmente do empresariado e do governo – perdem espaço.

Fechamento ou redução da amplitude de veículos de comunicação de trabalhadores.

Observação: Radiodifusão percorreu o mesmo caminho. Surge como um meio possível de servir a um espaço público amplo e democrático. Condições isonômicas de participação da comunicação. Passa pela industrialização. Concentração. Chega-se assim ao mesmo cenário da imprensa escrita.

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1.2. O direito à liberdade de expressão.

Séculos XVII e XVIII.

Superação da censura prévia na Inglaterra em 1695;

Reconhecimento da liberdade de expressão nos Estados Unidos pela Constituição de Virginia (Virginia's Bill of Rights, artigo 12), de 12 de junho de 1776, e pela da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, de 1791

Reconhecimento da liberdade de expressão na França, pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 26 de agosto de 1789, posteriormente incluída na Constituição de 1791 (artigo 11).

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1.2. O direito à liberdade de expressão.

Conteúdo: direito do cidadão de se expressar sem sofrer qualquer restrição por parte do estado. 1a dimensão dos direitos fundamentais.

Trata-se de uma proibição ao Estado de limitar de qualquer forma a expressão dos cidadãos.

Conteúdo negativo: Estado deve abster de tomar qualquer medida.

Conteúdo subjetivo: Direito do indivíduo contra o Estado.

Contexto: surgimento da imprensa política; demanda de evitar a censura e repressão por parte do Estado.

Não obstante, não havia impedimento a que o Estado atuasse positiviamente, fornecendo estruturas necessárias ao espaço público.

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1.3. A crítica aos meios de comunicação de massa

Concentração dos meios de comunicação gerou críticas. Liberdade de expressão já não era de todos. Poder de fala é concentrado.

Imprensa respondeu a essas críticas com os códigos de ética da imprensa. Documento base: Relatório Hutchins.

Reconhecimento da evolução histórica, industrialização e concentração da imprensa.

Reconhecimento de que já não é mais possível que todos os cidadãos tenham o poder/direito de se comunicar.

Reconhecimento de que são poucos os que detém o poder de comunicação na sociedade do s;eculo XX.

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1.3. A crítica aos meios de comunicação de massa

Solução encontrada: ao invés de alterar a estrutura, a imprensa foi reconhecida como o espaço público; como o local no qual fluem as informações e opiniões.

Por ser esse espaço, os meios de comunicação (grandes empresas) deveriam reconhecer e assumir a sua responsabilidade social.

Deveriam ser conduzidos como empresas de interesse público (“public trustees); não poderiam ser conduzidos como qualquer negócio privado.

Não se admite entretanto (Relatório Hutchins) a intervenção do Estado no sentido de regulamentar as empresas como o fazia no caso de outras empresas prestadoras de serviço público (como universalização do acesso, controle dos preços, etc).

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Para assumir sua responsabilidade a imprensa deveria seguir determinadas regras. Código de ética. São vários os exemplos. Aqui destaco as cinco regras citadas pelo Relatório Hutchins:

1. Cobertura verdadeira, abrangente e inteligente dos eventos do dia, em um contexto que que demonstre o seu significado. Precisão e dever da verdade. Dever dos repórteres de buscar as fontes primáricas. Distinção de fato e opinião.

2. Fórum para a troca de comentários e críticas. Imprensa não deve ser obrigada a publicar todas as idéias, mas deve assumir a responsabilidade de publicar as idéias significativas, ou seja, incorporar e representar de forma equilibrada todos os pontos de vista e interesses relevantes da sociedade. Meios de comunicação como espaço público.

3. A projeção de uma imagem representativa dos grupos que constituem a sociedade.

4. A representação e esclarecimento dos objetivos e valores da sociedade.

5. O acesso completo à inteligência do dia, ou seja, à pluralidade de correntes de pensamento e informação de uma sociedade.

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1.4. O direito à informação.

Século XX. Pós-guerra.

Contexto:

Concentração da informação e do poder de comunicação pelos meios de comunicação de massa.

Utilização dos meios de comunicação pelos Estados, ao longo da guerra, para propaganda ideológica e manipulação dos fatos.

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1.4. O direito à informação.

Conteúdo: o direito à informação é o direito de ter acesso às informações acerca do exercício do poder estatal e dos temas de interesse público.

Ayrton Seelaender o define como:

“a salvaguarda jurídica do interesse dos que se encontram sob o poder, de que se lhes participe como tal poder está sendo utilizado. Consiste, dessa forma, em um direito subjetivo à recepção de informações – em um 'direito à informação verídica sobre os acontecimentos públicos'”1.

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1.4. O direito à informação.

Conteúdo positivo: Direito de ter acesso à informações. Corresponde não apenas à uma posição negativa do Estado (não intervenção). Estado deve fornecer informações sobre o exercício do poder ao cidadão e meios de comunicação privado devem informar adequadamente os cidadãos. Dever da verdade, da ampla cobertura e da representação correta e equilibrada dos grupos sociais.

Não obstante, o direito à informação afirma ainda um caráter submisso do cidadão. Vejam: direito “dos que se encontram sob o poder de que se lhes participe com como tal poder está sendo utilizado”. Quem informa e quem exerce o poder não é o cidadão. Reconhece que o poder de fala é concentrado nos meios de comunicação e no Estado.

3a dimensão dos direitos fundamentais.

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1.5. A insuficiência da auto-regulação da imprensae do direito à informação

Insuficiência das auto-regulação da imprensa. Habermas e Chomsky e Hermann.

Chomsky e Hermann: Comunicação manipulada, comunicação como propaganda é mais facilmente identificável em países em que há censura oficial e a mídia é controlada pelo Estado. Não obstante, os autores afirmam que os sistemas de mídia comercial são instrumentos de manipulação e propaganda.

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1.5. A insuficiência da auto-regulação da imprensae do direito à informação

Chomsky e Hermann: Manipulação da comunicação é mais facilmente identificável em países em que há censura oficial e a mídia é controlada pelo Estado. Não obstante, os sistemas de mídia comercial também funcionam como instrumentos de manipulação e propaganda.

5 elementos centrais que permitem o controle e a filtragem do conteúdo da imprensa pelos atores que controlam e financiam a mídia:

1. O porte, a concentração da propriedade, a fortuna dos proprietários e a orientação para o lucro das empresas que dominam a mídia de massa.

2. A propaganda como principal fonte de recursos da mídia de massa.

3. A dependência da mídia de informações fornecidas pelo governo, por empresas e por 'especialistas' financiados e aprovados por essas fontes primárias e agentes do poder. Predomínio das “fontes oficiais”.

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1.5. A insuficiência da auto-regulação da imprensae do direito à informação

4. A “bateria de reações negativas como forma de disciplinar a mídia”. Refere-se à grande capacidade que o governo e o setor privado têm para contestar e pressionar a mídia contra notícias e pontos de vista que sejam contrários a seus interesses.

5. . O anticomunismo como religião oficial e mecanismo de controle. Depois da queda da União Soviética, os autores entendem que essa ideologia foi substituída pelo apoio à ideologia do mercado como a instituição adequada para promover o bem estar e a democracia.

Por ser instrumento de manipulação, a mídia de massa não é capaz de cumprir suas principais funções dentro do espaço público, quais sejam (i) a de informar devidamente o público acerca dos assuntos públicos de relevância, (ii) a de controlar o poder estatal e o poder privado, e (iii) a de oferecer uma estrutura de comunicação na qual os cidadãos tenham condições equilibradas para se comunicar.

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1.5. A insuficiência da auto-regulação da imprensae do direito à informação

Chomsky e Herman não pressupõe que esses elementos estruturais exerçam uma dominação homogênea. Os autores reconhecem que as organizações da mídia e os indivíduos que dela fazem parte possuem uma autonomia relativa e que há valores profissionais e individuais que informam o trabalho e que, em conjunto, permitem a cobertura de fatos e a inclusão de opiniões contrárias aos interesses dos atores que controlam e financiam a mídia. Na verdade, essa falta de homogeneidade serve para legitimar e assim fortalecer o sistema. Permite a existência de um pequeno espaço para a cobertura de uma diversidade de fatos e opiniões, mas os mantém em uma posição marginal, que não ameaça a preponderância das notícias, pautas e pontos de vista da agenda oficial. Da mesma forma, o modelo não pressupõe a existência de uma política de controle da mídia estabelecida formalmente, nem administrada de forma centralizada pelos atores que a controlam e a financiam. Sustenta, ao contrário, que a estrutura da mídia privada e concentrada permite que o governo e o setor privado exerçam uma influência predominante sobre o seu conteúdo sem praticarem uma censura direta.

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1.6. O direito à comunicação

Contexto: crítica aos meios de comunicação de massa. Insuficiência do direito à liberdade de expressão e do direito à informação.

Direito de comunicar não se resume ao direito de receber comunicação ou de ser informado. Comunicação é processo bidirecional, cujos participantes individuais ou coletivos devem ter condições de manter um diálogo democrático e equilibrado. Idéia de diálogo contraposta à de monólogo. Comunicação como fluxo bidirecional.

Necessidade de ampliar o poder de fala aos cidadãos. Cidadãos ou, ao menos, os diversos grupos sociais devem ter possibilidades isonômicas de se comunicar.

Definição: Direito à comunicação é o direito do cidadão de participar com igualdade de condições no processo de comunicação pública.

Conteúdo positivo: Estado tem a obrigação de atuar positivamente para garantir condições estruturais à realização desse direito. 3a dimensão dos direitos humanos.

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1.6. O direito à comunicação

Relatório MacBride

Reconhecimento da existência de limites evidentes e não evidentes ao direito à comunicação.

Limites evidentes:

Dimensão negativa do direito à comunicação. 1a dimensão dos direitos fundamentais. Limites que resultam da interferência do Estado sobre o direito de expressão do indivíduo.Censura.Tributação.Perseguição a jornalistas.Falta de autonomia dos meios de comunicação.

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1.6. O direito à comunicação

Limites não evidentes. Estruturais.

Concentração da propriedade.Predomínio da comunicação comercial em prejuízo da comunicação pública não estatal.Comunicação não é mercado. Comunicação é um direito humano. É um direito fundamental.

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2. A radiodifusão no Brasil. Breve evolução histórica.

Primeira emissão ocorreu em 1922, no centenário da independência brasileira.

Primeira estação de rádio. Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Roquete Pinto e Henry Morize no Rio de Janeiro em 1923.

No início, radiodifusão voltava-se a finalidades educativas e culturais.

Financiamento: formação de clubes e pagamento de mensalidades. Situação financeira precária.

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2. A radiodifusão no Brasil. Breve evolução histórica.

Predomínio da sociedade civil. Não atraía grande capital nem o governo.

Desinteresse do governo. A falta de disposição do Estado brasileiro em considerar a comunicação como uma atividade relevante é ilustrada pelo caso do padre brasileiro Roberto Landell de Moura, que desenvolveu e chegou a patentear nos Estados Unidos aparelhos telegráficos e radiofônicos mas, em 1904, teve seu pedido de auxílio negado pelo presidente Rodrigues Alves, além de ter sido taxado de “louco” (DANTAS, 2002, p. 131; 135; RODRIGUES, 2009, p. 163).

Não obstante, desde o início identifica-se a relação próxima entre empresários radiodifusores e Estado:

Rádio Sociedade foi aberta com equipamento importado do governo. Outra rádio também assim o fez. Houve auxílios governamentais para a montagem de rádios e importação de equipamentos.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

1930. Novo Contexto.

Centralização do Estado. Fim das oligarquias regionais.

Desenvolvimento do aparelho estatal de intervenção no domínio econômico, social e na segurança pública (liberdades individuais – aparelho de repressão estatal).

Estado centralizado: cresce o interesse sobre a radiodifusão.

Surge uma nova regulamentação da radiodifusão. Decretos 20.047/1931 e 21.111/1932.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

O modelo comercial

Surge uma nova regulamentação da radiodifusão. Decretos 20.047/1931 e 21.111/1932. Posteriormente, decreto 24.655/1934.

Sistema adotado: modelo privado comercial, rigidamente controlado pelo Estado.

Financiamento: publicidade.

O Decreto 16.657/1924 (primeira norma que regulamentou a radiodifusão) permitia a veiculação de publicidade apenas mediante a autorização do governo.

Decreto 21.111/1932 permitiu 10% do tempo da programação em publicidade. Decreto 24.655 aumentou para 20%.

Forte desenvolvimento da radiodifusão. Crescimento do número de rádios.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

O modelo comercial

Televisão seguiu o mesmo rumo. Desde o início se estabeleceu sob o modelo privado e comercial.

Publicidade das redes de rádio e televisão foi importante para a industrialização e para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil = Formação de mercado consumidor.

Data da mesma época a entrada das grandes agências de publicidade no país.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Havia na década de 1930 a intenção de se instalar um sistema estatal. Decretos falam sobre a criação de uma rede nacional de radiodifusão.

Lembrar da inclinação de Vargas pelos regimes fascistas, onde havia controle estatal da radiodifusão.

Não obstante, a iniciativa estatal limitou-se(i) ao programa nacional - “A Hora do Brasil”;(ii) à obrigação das emissoras de transmitirem em rede nacional quando solicitada pelo governo.querendo ser modelo estatral; e (iii) ao rígido controle das emissoras privadas.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

O rígido controle das emissoras privadas

Censura: de 1930 a 1988.

De 1930 a 1945, especialmente na época do Estado Novo, censura era forte.

A partir de 1946: Mesmo com a Constituição mais liberal, a censura deixou de se aplicar às transmissões ao vivo e à programação jornalística, mas continuava a se aplicar sobre outras produções de radiodifusão como novelas.

Na época da ditadura a censura voltou a se realizar.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

O rígido controle das emissoras privadas

Concessionárias de radiodifusão poderiam ter o serviço suspenso por prazo indeterminado sem pagamento de indenização. Poderiam também ser desapropriadas a qualquer momento.

Prazo das concessões era de no máximo 10 anos, ou seja, não havia prazo fixo definido.

Até 1962, não havia garantia nem critérios de renovação. A renovação ou não submetia-se ao juízo do governo.

Até 1962, a regulamentação da radiodifusão era feita mediante decreto.

Jânio Quadros. Decreto n. 50.840/1961. Redução do prazo das concessões de no máximo 10 anos para no máximo 3 anos.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

1962. O Código Brasileito de Telecomunicações.

1962. Código Brasileiro de Telecomunicações. Unificação da regulamentação da radiodifusão e das telecomunicações no Brasil. Vitória dos empresários da radiodifusão.

Prazo fixo de 10 anos para rádio e de 15 anos para televisão.

Garantia de renovação mediante o atendimento às normas aplicáveis à radiodifusão.

Poucas regras contra a concentração da propriedade. Inexistência de regras contra a formação de redes.

Limite de publicidade vai a 25%.

Inexistência de estímulo à produção regional e independente.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Persiste a proximidade e a influência do Estado.

Até 1996, outorga de concessões e permissões de radiodifusão não era precedida de licitação.

Pior: Havia edital para apresentação das propostas e o Ministério das Comunicações (antes o Contel) emitia parecer classificando as propostas conforme determinados critérios, v.g., o volume de serviço noticioso.

Não obstante, o Presidente podia escolher livremente a proposta vencedora.“Art. 16. Findo o praz do Edital, o CONTEL verificará quais as proposta que satisfazem os requisitos constantes do mesmo, ea) em se tratando de concessão, o CONTEL emitirá parecer sôbre as condições de execução do serviço, indicando, para a livre escolha do Presidente da República, as pretendentes que atenderam às exigências do Edital;”

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Persiste a proximidade e a influência do Estado.

Mesmo após 1.996, para as concessões de radiodifusão educativa, não há necessidade de licitação.

Resultado: Instrumentalização política das outorgas pelo Estado.

Outorgas de radiodifusão:

(i) são distribuídas aos preferidos do governo; e(ii) são utilizadas como moeda de troca de favores políticos

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Instrumentalização política das outorgas pelo Estado.

Sociedade mais liberal que se formou a partir da Constituição de 1946 permitiu que camadas populares, setores nacionalistas e partidos de oposição tivessem acesso aos meios de radiodifusão. Amorim (AMORIM, p. 58-59) relata , por exemplo, que

“emissoras de rádio importantes, por sua colocação geográfica, prestígio e potência, como a Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, e a Marconi, em São Paulo, mantinham uma orientação progressista. Mesmo emissoras de televisão, cuja sobrevivência hoje [o texto data de 1983] dentro de uma linha editorial próxima da ideologia oficial, estiveram na década de cinqüenta nas mãos de diferentes facções partidárias”(grifo nosso)2.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Instrumentalização política das outorgas pelo Estado.

Após 1964, no entanto, o sistema se fecha e se concentra em torno da burguesia radiodifusora aliada ao Estado ditatorial.

Oposição ou as camadas populares não tiveram mais acesso à radiodifusão, exceto como convidados de programas ou como personagens de noticiários3.

Outorgas de concessões foi largamente utilizada pelo Executivo como forma de uniformizar a orientação no sistema de radiodifusão brasileiro4.

' ����������� ��������������������������������������� ��!���"�#$��%$�&! &�$4 MATTOS, Sérgio, História da Televisão Brasileira, cit., p. 91.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

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5 LOBATO, Elvira. FHC distribuiu rádios e TVs educativas para políticos. Folha de São Paulo, 25.08.2002. Disponível em: [http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/asp280820025.htm] Acesso em: 10.04.2010.

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

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Período de redemocratização. Entre 1985 e 1988, o governo José Sarney distribuiu 91 outorgas de radiodifusão diretamente a deputados e senadores constituintes (MOTTER, 1994, p. 89-115). Dos 559 constituintes, 146 parlamentares, ou 26,1% do total, eram controladores de empresas prestadoras do serviço de radiodifusão (MOTTER, 1994, p. 89-115).

O governo Fernando Henrique Cardoso distribuiu 357 outorgas de radiodifusão educativa, entre as quais ao menos 23 foram direta ou indiretamente para políticos (LOBATO, 2002).

O Governo Lula, por sua vez, havia distribuído, até agosto de 2006, 110 outorgas de emissoras educativas, entre as quais ao menos 7 canais de TV e 27 de rádio foram distribuídos a fundações ligadas a políticos (LOBATO, 2006).

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2.1. A predominância do sistema privado-comerciale a instrumentalização política das outorgas pelo Estado

Instrumentalização política das outorgas pelo Estado.

Lima e Lopes apontam que das 2205 rádios comunitárias autorizadas pelo Ministério das Comunicações de 1999 a 2004, 1106 (50,2%) tinham vínculos políticos (LIMA; LOPES, 2007, p. 40).

Na atual legislatura, 52 deputados (10,15%) e 18 senadores (22%) são sócios ou associados de pessoas jurídicas concessionárias, permissionárias ou autorizatárias de radiodifusão (TRANSPARÊNCIA BRASIL, 2011).

Objetivo da imprensa é controlar a conduta dos que exercem o poder Estatal. Radiodifusão é o principal órgão de imprensa no Brasil. Como pode a imprensa controlar quem a controla?

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3. Os problemas atuais da radiodifusão

A falta de concretização das normas constitucionais.

Concentração do mercado de radiodifusão. Rede Globo concentra 74,5% das verbas publicitárias. Principais redes comerciais concentram 99.1%. Monopólio ou, ao menos, oligopólio (Art. 220 da CF).

Concentração geográfica da produção. Falta de estímulo à produção regional (art. 221 da CF).

Concentração empresarial da produção. Falta de estímulo à produção independente (art. 221 da CF).

Falta de complementariedade dos meios de radiodifusão (artigo 223 da CF). Sistemas público, privado e estatal. Predomínio do sistema privado. Carência do sistema público. Perseguição ao sistema comunitário.

Violação aos direitos humanos. Má e sub representação dos grupos sociais (art. 221 e outros da Constituição).

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4. As alternativas.

As propostas aprovadas na 1a Conferência Nacional de Comunicação.

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5. Conclusões

O direito à comunicação é fruto de uma evolução das demandas sociais e das mudanças no espaço público (tecnologias, mercado, Estado e sociedade civil).

Direito à liberdade de expressão: direito de se expressar sem intervenção do Estado. 1a

dimensão.

Direito à informação: direito à receber informações corretas sobre os acontecimentos sociais relevantes. 3a dimensão.

Direito à comunicação: direito de participar com igualdade de condições no processo de comunicação pública. 3a dimensão.

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5. Conclusões

No Brasil, os principais desafios referem-se à dimensão estrutural do direito à comunicação:

Necessidade de regulamentação.Controle da propriedade.Fortalecimento do sistema público.Fortalecimento da radiodifusão comunitária.Controle público dos meios de comunicação privados.

Não obstante, sequer realizamos a 1a dimensão do direito à comunicação. Não há autonomia dos meios de comunicação perante o Estado.

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5. Conclusões

A não concretização do direito à comunicação em sua 1a dimensão.

A não concretização do direito à comunicação em sua 3a dimensão.

O não cumprimento pela imprensa de suas funções na democracia.

A necessidade de uma regulamentação que permita o controle público dos meios de comunicação de massa no Brasil.

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