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APREENSÃO DE CONCEITOS QUÍMICOS POR MEIO DA CONSTRU ÇÃO DA

TABELA PERIÓDICA

Autor: Márcia Bernadete Bieszczad¹ Orientador: José Carlos Bianchi²

Resumo

Este estudo relaciona-se com o processo de apreensão de conceitos químicos por meio da construção da Tabela Periódica pelos alunos do 9° ano do Ensino Fundamental. Considera-se que os conceitos de Química tem sido um conhecimento formal que representa dificuldade de entendimento pelos alunos. Assim, a confecção da Tabela Periódica constituiu uma das alternativas inovadoras no ensino de Ciências, que envolveu a compreensão dos elementos químicos presentes no seu cotidiano. Como resultado os alunos apreenderam os conceitos químicos por meio da Tabela Periódica e vincularam nos recursos utilizados diariamente, permitindo postura menos passiva frente ao que lhes é ensinado, promovendo melhoria na qualidade de vida e respeito ao meio em que vivem.

Palavras-chave : Tabela Periódica; Química; Conceitos químicos

Summary

This research is about the process of apprehension of chemical concepts through the construction of the periodic table by students of 9° year of elementary school. It is considered that the concept of chemistry has been a formal knowledge that represents the difficulty of understanding by the students. Therefore, the fabrication of the periodic table was one of innovative alternatives in science education, which involved the understanding of the chemical elements present in your everyday life. As a result, expects that the students learn about the chemical concepts by means of the periodic table and linked in resources used daily. That promotes the improvement in the quality of life and respect for the environment in which they live. Keywords : periodic table; Chemistry; Chemical concepts

¹Professora PDE com graduação em Ciências Biológicas,especialização em Tecnologias Aplicadas à Educação,docente no Colégio Estadual Hildebrando de Araújo-Curitiba-PR

²Professor orientador: Msc. José Carlos Bianchi-UTFPR

1 Introdução

O ensino de Ciências no ensino fundamental deve partir do cotidiano dos

alunos, para que eles compreendam o meio em que vivem. Deve fazer com que o

aluno observe, pesquise em diversas fontes, questione e registre o que foi estudado.

Ao selecionarmos os conteúdos específicos para o ensino de Ciências, torna-

se relevante a seleção de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos que

contribuam para que o aluno aproprie-se dos conceitos científicos de forma

significativa.

Atualmente, o estudo de Ciências é prejudicado pela falta de integração com

as diversas disciplinas que compõem o currículo escolar; entre elas está a Química,

que é vista por muitos alunos, como uma disciplina que não tem nenhum vínculo

com o seu cotidiano, tornando-se difícil o seu aprendizado, resultando em

desinteresse em estudá-la.

Apesar de que alguns conceitos químicos sejam estudados ao longo das

séries iniciais, na maioria das vezes, a Química começa a ser abordada de forma

explícita no 9º ano do ensino fundamental.

Devido à dificuldade encontrada pelos alunos em entender os conceitos

básicos de Química percebe-se a necessidade de procurar alternativas que atuem

como facilitadoras no ensino de Ciências nas séries finais do ensino fundamental. A

atribuição de culpa pela pouca qualidade dos processos educativos referidas aos

alunos e/ou às condições de trabalho não resolvem os problemas da prática

pedagógica empregada nas escolas, demonstrando desconhecimento da

importância social e da complexidade do ato educativo, e das contribuições da

pesquisa educacional. Se há desconhecimento destas contribuições por parte dos

professores, tal fato ocorre por estes conceitos não serem introduzidos nos seus

cursos de licenciatura.

Muitas podem ser as razões apontadas para a dificuldade encontrada em

ensinar os conceitos químicos, como: escassez materiais disponíveis para o

desenvolvimento das aulas; as turmas superlotadas inviabilizam aulas práticas e de

informática de qualidade, o desinteresse e apatia dos educandos, professores

despreparados e desmotivados, entre outras, contribuem para o fracasso escolar.

Este projeto vem de encontro à exigência do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, apresentando atividades desenvolvidas e implementadas com

alunos do 9° ano do Ensino Fundamental, no Colégio Hi ldebrando de Araújo, em

Curitiba – PR, onde se propôs a construção da Tabela Periódica como estratégia

educacional para motivar a aprendizagem da Química.

2 Fundamentação teórica

2.1 Ciências no ensino fundamental

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo

contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares.

A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes

metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização)

e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se de

uma transformação emancipadora. “É desse modo que uma contra consciência,

estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada

colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZAROS,

2007, p.212).

Para o ensino de Ciências, deve-se considerar o pluralismo metodológico

que considera a diversidade de abordagens, estratégias e recursos pedagógico-

tecnológico e a amplitude de conhecimentos científicos a serem trabalhados nas

escolas.

Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota-se

uma tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de

estímulo, resposta, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada

(MOREIRA, 1999).

O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações

“substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores

(nível de desenvolvimento real - conhecimentos alternativos) e o que aprende de

novo (AUSUBEL, NOVAK E HANESIAN, 1980).

A construção de significados pelo estudante é o resultado de interações por

no mínimo três elementos: estudante, conteúdos científicos escolares e o professor

de Ciências como mediador do processo ensino-aprendizagem. O estudante deverá

atribuir sentido e significado aos conteúdos científicos escolares e o professor será

responsável pelas estratégias, orientação e direcionamento do processo de

construção do conhecimento.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos

científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais,

considerando-se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY,

1991b).

É importante a seleção de conteúdos específicos para o ensino de Ciências

e as abordagens, estratégias e recursos pedagógicos para que contribuam para que

o estudante se aproprie de conceitos científicos, e o professor possa estabelecer

critérios de avaliação; deverá também levar em conta o desenvolvimento cognitivo

dos educandos.

Muitos alunos apresentam dificuldades em assimilar os conteúdos de

Química, nos diversos níveis de ensino, por não perceberem o significado daquilo

que estudam.

Quando os conteúdos não são contextualizados, não há interesse e

motivação dos alunos.

Há dificuldade de alguns professores em relacionar conteúdos específicos

com a vida cotidiana, resumindo a Química em conteúdos, gerando uma espécie de

analfabetismo químico que deixa lacunas na formação dos cidadãos.

Em geral, os professores de Ciências têm formação deficiente em Química,

por isso é necessário o debate e a reflexão sobre essa problemática, para que a

Química possa contribuir através da vivência cotidiana, a melhoria na qualidade de

vida dos alunos.

A prática pedagógica de cada professor manifesta suas concepções de

ensino, aprendizagem e conhecimento,bem como suas crenças,seus sentimentos,

seus compromissos políticos e sociais (Aragão 2000).

Chassot (1992) diz que “o conhecimento químico deve permear toda a área

de Ciências de 5ª a 8ª séries, e não se restringir a um semestre isolado, no final do

primeiro grau, onde em geral se antecipam conteúdos do segundo grau”. O autor

critica o fato da área de Ciências ser fracionada em disciplinas.

Conforme expressam Driver et al. em artigo número 9 da QNEsc:

Aprender ciências não é uma questão de simplesmente ampliar o conhecimento dos jovens sobre os fenômenos - uma prática talvez denominada apropriadamente como estudo da natureza - nem de dinâmica e mecanismos de transformações químicas, nós, da área de educação em química, nos envolvemos com educação de pessoas (alunos e professores) e com a dinâmica do conhecimento nas aulas de química. (Schnetzler e Aragão, 1995, p.28).

Para Santos e Schnetzeler (2003), “[...] torna-se fundamental a

contextualização do ensino, de modo que ele tenha algum significado para o

estudante, pois assim que ele se sentirá comprometido e envolvido com o processo

educativo [...]” (Ibid, 2003, p.31).

Em relação aos conhecimentos da química, que podem ser obtidos a partir

do cotidiano do aluno, Cardoso; Colinvaux (2000, p.401) afirmam:

O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida. Cabe assimilar que o entendimento das razões e objetivos justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas baseadas na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado.

Mediante as dificuldades encontradas na construção de conhecimentos

básicos no ensino de Química para o 9º ano, optou-se em desenvolver uma

metodologia que despertasse o interesse dos alunos. O tema em estudo foi a

Apreensão dos conceitos básicos de Química por meio da construção da Tabela

Periódica.

Percebe-se que o estudo de diversos conceitos químicos tem sido um

conhecimento formal que representa dificuldade de apreensão dos alunos. Assim, a

construção da Tabela Periódica constituiu uma das alternativas no ensino de

Ciências, envolvendo a compreensão e relação dos estudos da Química com o seu

dia -a -dia; tornando-o um cidadão consciente do meio em que vive, proporcionando

melhoria na qualidade de vida.

2.2 Tabela Periódica

Disponível em:

http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=16

&letter=T

A descoberta dos elementos químicos foi o primeiro passo para a construção

da Tabela Periódica.

A primeira classificação foi a divisão dos elementos em metais e não metais.

John Dalton no início do século XIX organizou os elementos químicos de

acordo com sua massa atômica. Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner agrupou os

elementos em tríades, separadas por suas massas atômicas e com propriedades

químicas semelhantes. Mas, muitos metais não podiam ser agrupados em tríades.

Um segundo modelo, foi sugerido em 1864 por John A.R. Newlands, em que

os elementos poderiam ser agrupados num modelo periódico de oitavas, ou grupo

de oito, na ordem crescente de suas massas atômicas. Este modelo colocava o lítio,

sódio e potássio juntos, esquecendo o cloro, bromo e iodo, e metais comuns como o

ferro e o cobre. A Chemical Society recusou a publicação do seu trabalho periódico.

O químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleev, nasceu em Tobolsk, no oeste

da Sibéria, foi o primeiro a enunciar cientificamente a seguinte lei: “As propriedades

físicas e químicas dos elementos são em função da massa atômica.”

Segundo as palavras de Mendeleev: ''Vi num sonho uma tabela em que

todos os elementos se encaixavam como o requerido. Ao despertar, escrevi-a

imediatamente numa folha de papel”. Em seu sonho, Mendeleev compreendeu que

quando os elementos eram listados na ordem dos seus pesos atômicos, suas

propriedades se repetiam numa série de intervalos periódicos. Por este motivo,

chamou sua descoberta de Tabela Periódica dos Elementos.

Mendeleev publicou a Tabela Periódica em seu livro Princípios da Química,

em 1869. Criou uma carta para cada elemento químico conhecido. Cada carta

incluía o símbolo do elemento, massa atômica e suas propriedades físicas e

químicas. Arranjou estas cartas em ordem crescente de suas massas atômicas,

reunindo-os em elementos com propriedades semelhantes, constituindo assim, a

Tabela Periódica. Quando os elementos não se encaixavam em nenhum padrão,

deixava lacunas que seriam ocupadas um dia por elementos ainda não descobertos.

A vantagem da tabela de Mendeleev é que mostrava similitudes, não apenas

em pequenos grupos como as tríades; mostravam proximidades numa rede de

relações vertical, horizontal e diagonal. Em 1906, Mendeleev recebeu o Prêmio

Nobel por este trabalho. Foi por meio dos seus estudos que se fez possível

desenvolver o modelo atual da Tabela Periódica.

Henry Mosseley ,em 1913, descobriu que o número de prótons no núcleo de

certo átomo, era sempre o mesmo. Aplicou esse estudo para o número atômico de

cada átomo. Quando os átomos foram ordenados de acordo com o aumento do

número atômico, as dificuldades encontradas na tabela de Mendeleev

desapareceram.

A Tabela Periódica atual está fundamentada no número atômico dos

elementos.

Com o passar do tempo, os químicos foram aprimorando a Tabela Periódica

atual, aplicando novos dados, sempre em função dos conceitos originais.

Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel em Química, pelo seu estudo. O

elemento químico seabórgio recebeu este nome em sua homenagem.

O sistema de numeração dos grupos da Tabela Periódica atual é sugerido

pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC); é organizada em

algarismos arábicos de 1 a 18, começando da esquerda para a direita, nas colunas

verticais e são denominadas famílias.

As filas horizontais são designadas períodos. Neles, os elementos químicos estão

arranjados na ordem crescente de seus números atômicos.

Os elementos químicos oficialmente reconhecidos são divididos em classes:

metais, ametais, gases nobres e hidrogênio.

Os metais são elementos químicos que possuem várias propriedades

específicas, como brilho, condutibilidade elétrica e térmica, maleabilidade e

ductibilidade. À temperatura de 25°C e 1 atm de pressã o, todos os metais são

sólidos, exceto o mercúrio, que é líquido. Têm facilidade em formar cátions.

Um metal puro pode não apresentar as propriedades desejáveis para determinadas

aplicações, por esta razão formam-se as ligas metálicas.

Os ametais são maus condutores elétricos, quase não apresentam brilho,

não são maleáveis e dúcteis e tendem a formar ânions.

Os gases nobres não se combinam com outros elementos químicos, em

condições normais. São raros e na temperatura ambiental são todos gasosos.

A classe do hidrogênio é constituída só pelo hidrogênio, por ele apresentar

características próprias: mais leve dos elementos químicos, à temperatura ambiente

(25°C) é um gás incolor e inodoro.

3 Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE

O PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional é uma política pública

de Estado do Paraná, regulamentado pela Lei 130 de 14 de julho de 2010 que

estabelece o diálogo entre os professores do ensino superior e os da educação

básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a

produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola

pública paranaense. Seu maior objetivo está em proporcionar aos professores da

rede pública estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de

ações educacionais sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua

prática. (BRASIL, 2012).

Nesse sentido, o PDE assume os seguintes pressupostos: a)

reconhecimento dos professores como produtores de conhecimento sobre o

processo ensino-aprendizagem; b) organização de um programa de formação

continuada atento às reais necessidades de enfrentamento de problemas ainda

presentes na Educação Básica; c) superação do modelo de formação continuada

concebido de forma homogênea e descontínua; d) organização de um programa de

formação continuada integrado com as instituições de ensino superior; e) criação de

condições efetivas, no interior da escola, para o debate e promoção de espaços para

a construção coletiva do saber. (SEED, 2012).

O PDE constitui um conjunto de atividades organizadas que compreendeu

três momentos:

- Pesquisa bibliográfica: permitiu aporte teórico sobre tema escolhido:

Apreensão de conceitos químicos por meio da construção da Tabela periódica.

- Grupo de Trabalho em Rede – GTR: em ambiente virtual moodle, com um

grupo de professores da Rede Pública Estadual do Paraná, cujo trabalho objetivou o

estudo, a discussão e a reflexão do referencial teórico do projeto e a sua relação

com a prática pedagógica.

O GTR também promove a inclusão virtual dos Professores como forma de

democratizar o acesso da Educação Básica aos conhecimentos teórico-práticos

específico das áreas e disciplinas trabalhadas no Programa. Para o desenvolvimento

dessa atividade são ofertados aos professores cursos de Informática Básica, Tutoria

em EAD e ambientação em SACIR e MOODLE. (SEED, 2012). Os encontros virtuais

ocorrem pelo endereço eletrônico e-escola, que é o Ambiente Virtual de

Aprendizagem da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em que o professor

tem acesso por meio da plataforma moodle aos seguintes meios: a) Fórum: espaço

para discussões e troca de experiências; b) Diários: são realizados os registros das

tarefas requisitadas pelo professor-tutor (professor PDE); c) Biblioteca: onde

constam os materiais de apoio, como: textos, artigos, entre outros, que contribuem

para as discussões em grupo.

4 Métodos e procedimentos

4.1 Do GTR – Grupo de Trabalho em Rede.

Ao intencionar um projeto sobre estratégias educacionais para ensino de

Ciências com alunos do 9° ano do ensino fundamental, tom ou-se o cuidado em

propor recursos e ações referentes ao tema em estudo, de forma contextualizada.

As atividades do GTR foram realizadas em três etapas, todas fundamentadas no

Material Didático Pedagógico. A primeira etapa foi a apresentação e um fórum

contendo uma introdução sobre o tema do Projeto de Intervenção. Também houve

atividades como diário e interações sobre o assunto, através da explanação do

Material Didático fornecido. Na segunda etapa houve consenso por parte dos

cursistas sobre a importância do tema. E na última etapa, com os exemplos e

aplicações das atividades propostas, concluiu-se junto aos cursistas a importância

de buscarmos novas estratégias de ensino para estudar os conceitos químicos

devido à dificuldade encontrada pelos alunos em entendê-los.

Muitas foram as sugestões, opiniões e posições com relação ao tema e suas

aplicações. A turma foi participativa, envolvida e comprometida com o curso e com o

conteúdo.

Durante a apresentação das ações de implementação os professores deveriam

sugerir uma atividade a ser desenvolvida, com os objetivos pretendidos, informando

a área de atuação e relacioná-la com as ações da proposta de implementação. Entre

as sugestões, destacam-se as seguintes: pesquisa dos elementos químicos

presentes no corpo humano; substâncias ou elementos químicos usados no

tratamento da água e esgoto; estudo das classes da tabela por meio de confecção

de cartazes apresentando aplicações, características e conceitos (Z, A, símbolo e

nome); jogos como batalha naval e bingo; temas atuais que podem ser pesquisados

e discutidos em sala de aula, por exemplo, elementos radioativos empregados no

tratamento de doenças e acidente nuclear no Japão, entre outros. Atividades estas

complementadas com o uso da Tabela Periódica.

Os cursistas analisaram e aplicaram algumas atividades propostas na Unidade

Didática (em anexo) e o Projeto de Intervenção (em anexo), e fizeram alguns

comentários, como:

As atividades desenvolvidas na Unidade Didática permitem a construção do

conhecimento químico. O educando será capaz de ter informações e contextualizá-

las; passará a entender o conteúdo e se apropriar dele.

As atividades propostas são simples, fáceis de realizar e atrativas (por

exemplo, a eletrólise da água). Permitem uma abordagem problematizadora,

inserindo pesquisas, atividades em grupo, experimentação e uso de tecnologia,

propiciando motivação e facilitando a aprendizagem.

Um professor aplicou a atividade proposta sobre a eletrólise da água e

verificou que os alunos ficaram fascinados ao observarem as bolhas desprendidas

durante o processo. O grau de associação da prática com o uso da tabela foi

excelente.

Outra atividade relatada foi a desenvolvida com a análise de rótulos em que

os alunos assimilaram os conteúdos de forma satisfatória, prazerosa e divertida,

comprovado na execução de exercícios, brincadeiras e debates durante as aulas.

Outras atividades como jogos, cruzadinha e tabela interativa online também foram

aplicados pelos professores, com bons resultados; os alunos mostraram-se

motivados e interessados em desenvolvê-las.

Um cursista relatou que este GTR foi de fácil desenvolvimento e que aplicou

várias atividades propostas na Unidade Didática; observando que os alunos

passaram a entender melhor os conceitos químicos e o uso da Tabela Periódica;

percebendo que a Química está presente no seu cotidiano.

Segundo o participante A este projeto veio de encontro aos questionamentos

que nós professores de Ciências temos em relação ao ensino de Química no Ensino

Fundamental. Considerou relevante a construção da Tabela Periódica relacionando a

Química com o seu cotidiano, e que por meio de uma consciência crítica sobre o

ambiente em que vive possa trazer-lhes benefícios em relação à qualidade de vida.

Para o participante B a construção da Tabela Periódica poderá despertar o

interesse dos alunos para o estudo da Química, levando-os a pesquisar e descobrir

o seu uso no dia-a-dia.

4.2 Implementação do Projeto de Intervenção Pedagóg ica na escola

Os trabalhos de PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional 2010,

foram criteriosamente elaborados e implementados, sob orientação e fontes de

estudos a fim de garantir os resultados previstos inicialmente no projeto de

intervenção.

Durante os cursos de aperfeiçoamento pessoal e profissional, intencionou-se

a pesquisar sobre estratégias educacionais para motivar o ensino de Ciências com

alunos de 9° ano, através do tema “Como facilitar a ap rendizagem dos conceitos

básicos de Química para que possam atuar como pré-requisitos para o Ensino

Médio”, por se tratar de um assunto que abrange Ciências e por ser de grande valor

para a sociedade.

O projeto de intervenção intitulado “Apreensão de conceitos químicos por

meio da construção da Tabela Periódica ” foi implementado no Colégio Estadual

Hildebrando de Araújo, localizado na Av. Prefeito Omar Sabbag, 721, Jardim

Botânico,em Curitiba-PR, com alunos do 9º ano do ensino fundamental. Participaram

do projeto 35 alunos, com idade compreendida entre 13 e 15 anos.

O trabalho de implementação do projeto iniciou-se com embasamento

teórico acerca dos conceitos químicos; para que ao aplicar as atividades propostas

na unidade didática, os alunos pudessem refletir sobre o conteúdo em estudo e os

contextos que os envolvem.

As ações neste plano de trabalho foram organizadas dentro de uma

abordagem simples e problematizadora, inserindo pesquisas, atividades em grupo e

experimentais, e uso de tecnologia (laboratório de informática); que permitiram aos

estudantes fazer correlação dos estudos da Química com o seu cotidiano. A

metodologia e os materiais utilizados estão em anexo (Unidade Didática).

A atividade sobre análise de rótulos permitiu aos alunos identificarem alguns

elementos químicos, por exemplo, cálcio, zinco, potássio e sódio. Em seguida

consultaram a Tabela Periódica e verificaram a sua classificação.

Entre os elementos químicos pesquisados, destacaram o sódio que está presente

no sal de cozinha e em alimentos industrializados, como salgadinhos, embutidos e

enlatados, e que seu consumo deve ser feito com moderação porque pode

ocasionar o aumento da pressão arterial. Evidenciaram que o cálcio está presente

nos ossos e dentes; o zinco é encontrado em vários tipos de alimentos como as

carnes vermelhas, ostras e mariscos; a falta de zinco pode provocar diversas

doenças no organismo, como o retardamento no crescimento, perda de cabelo,

cansaço, depressão, entre outras. Entre as características do potássio as mais

evidenciadas foram a sua utilização na produção de sabões e na preservação das

fibras musculares e nervos. Concluíram que estes alimentos fazem parte de sua

alimentação diária e a necessidade de evitar o consumo de alimentos

industrializados por provocar danos à saúde.

Esta atividade pode ser complementada com uma pesquisa sobre ação dos aditivos

químicos no organismo para que os alunos percebam a importância de uma

alimentação saudável.

A experiência desenvolvida sobre a eletrólise da água foi a que mais

chamou a atenção dos alunos e os objetivos foram alcançados, pois entenderam as

características dos gases e composição da molécula da água, verificado durante a

discussão dos resultados apresentados. Posteriormente verificaram que os

elementos químicos H e O estão presentes na Tabela Periódica, retirando

informações como número atômico, número de massa e o período e a família à qual

pertencem.

Apresentaram algumas propriedades físicas e químicas do hidrogênio e do

oxigênio, evidenciando a importância destes gases na indústria, produção dos

alimentos e na composição dos seres vivos, entre outras.

A atividade realizada no laboratório de informática, intitulada como tabela

periódica interativa provocou a curiosidade dos alunos e mediante a orientação do

professor observaram que a classe mais numerosa da Tabela periódica é a dos

metais. Também perceberam que os metais, ametais e gases nobres estão

presentes no seu cotidiano, tornando-se mais fácil o entendimento das mesmas.

Na atividade sobre as características dos elementos químicos foi necessária

a interferência do professor, orientando-os e questionando-os para que os mesmos

chegassem à dedução dos elementos pesquisados; os grupos tiveram dificuldade

em descobrir os elementos descritos nas amostras. Facilmente concluíram que o

hidrogênio é o elemento constituinte de 75% da massa do universo; que o sal de

cozinha é composto por cloreto de sódio e que o fósforo é inflamável e luminoso.

Para perceberem que o nitrogênio é o principal componente da atmosfera terrestre

foi necessário rever os conteúdos que foram estudados no 6° ano porque muitos

alunos já não lembravam mais dos mesmos. Em relação ao creme dental tiveram

dificuldade em interpretar o texto, mas muitos já sabiam o nome do elemento

componente. Para relacionar os elementos das amostras de barras de ferro,

termômetro e grafite foi sugerido que os mesmos pesquisassem na internet ou em

livros para a finalização da atividade. Tomou-se o cuidado para não informar as

respostas aos alunos, induzindo-os à curiosidade e construindo desta maneira o

conhecimento.

Notou-se que os alunos aprenderam a escrever corretamente os símbolos dos

elementos químicos, localizando o grupo à qual pertencem e que estes possuem

características físicas e químicas semelhantes. E que os elementos que estão numa

mesma linha horizontal compõem um período; verificaram que os elementos estão

dispostos ao longo da tabela em ordem crescente do seu número atômico.

Constataram que ao saber coletar e interpretar corretamente os dados da tabela

periódica torna-se fácil a sua compreensão, sem a necessidade de memorizá-la.

Sugere-se nesta atividade que legenda seja simplificada para que os resultados

sejam mais satisfatórios.

No desenvolvimento da atividade sobre as propriedades dos elementos

químicos observou-se que foi uma tarefa complexa aos alunos porque requer leitura

e interpretação; dificuldades estas que ocorrem ao longo do ensino fundamental.

A maioria dos alunos destacou as principais aplicações dos elementos que estão

relacionados ao seu cotidiano, desta forma houve mais facilidade para retirar as

informações do texto sugerido pelo autor.

Ao finalizar as atividades propostas na Unidade Didática foi possível verificar

que a construção do conhecimento químico por meio de atividades práticas permite

ao aluno acumular, organizar e relacionar as informações obtidas para a elaboração

dos conceitos fundamentais da disciplina e sua correlação com o cotidiano dos

alunos. Evidenciou-se que as aulas experimentais contribuem para a motivação dos

alunos em aprender química, comprovado pela curiosidade e participação nas aulas,

questionamentos e argumentações apresentadas. A dificuldade em aplicar esta

metodologia consiste na falta de um laboratorista e turmas superlotadas. O professor

pode optar por aulas demonstrativas como uma forma de minimizar estes

obstáculos.

O uso da Internet como ferramenta educacional abre novas possibilidades

educacionais, novos processos e estruturas que estimulam e facilitam os

conhecimentos individuais, que contribuem para a construção em grupo. Isto foi

observado durante as atividades no laboratório de informática. As atividades online

foram bem produtivas porque os alunos têm domínio e gostam desta tecnologia; mas

houve a necessidade de intervenção do professor porque há muita informação

disponível na internet, fazendo com que ocorra uma tendência a se dedicar um

tempo menor para o desenvolvimento das atividades propostas, devido à

curiosidade em navegar e descobrir outras páginas, usando-as como

entretenimento, prejudicando a compreensão e concentração requisitadas para a

pesquisa e o estudo. Cabe ao professor evitar que os alunos fiquem dispersos

enquanto realizam suas pesquisas. É um problema difícil de ser resolvido, uma vez

que a maioria dos alunos passa por um período de encantamento com as diversas

mídias, e não conseguem focar-se em um só site ou tema de cada vez.

Além desse problema tem-se a questão da segurança e da qualidade de

alguns sites disponíveis na Internet enquanto fontes de pesquisa, uma vez que

existem opiniões divergentes sobre um assunto e até mesmo informações falsas ou

inexatas. Portanto, o professor deverá orientar seus alunos de que é importante

filtrar as informações e conferir suas fontes.

Vale ressaltar que as inovações tecnológicas só têm importância se

colaborarem para a melhoria na qualidade de ensino; verificado nas atividades

desenvolvidas neste plano de ensino.

As ações propostas na unidade Didática possibilitaram a inter-relação destes

conceitos com a os dados fornecidos na Tabela Periódica.

4.1.1 Construção da Tabela Periódica

A intenção deste trabalho de construção da Tabela Periódica é apresentar aos

educandos uma forma lúdica e prazerosa de aprender os conceitos de Química, sua

relevância social, a des(construção) da representação de que a Química está longe

da realidade do seu cotidiano, já que a prática em memorizar os elementos químicos

da tabela ainda está presente nas salas de aula.

Teve como objetivo aprimorar o conhecimento dos alunos, provocar

questionamentos, discussões e reflexões sobre o tema estudado, sem induzi-los aos

resultados esperados.

Cada equipe estudou sobre os elementos químicos, fazendo a sua

correlação com o cotidiano. Após a finalização da construção da tabela os alunos

apresentaram as suas conclusões para a turma. Cada grupo apresentou um

elemento de cada classe, indicando na tabela construída por eles o símbolo, número

atômico e de massa, o período e as famílias à qual pertencem. Comprovou-se com

esta atividade que houve entendimento sobre o uso correto da tabela porque ao

confeccioná-la era necessário estar atento a posição correta do elemento na tabela,

ao usar diversas cores para destacar as classes não houve necessidade de

memorização das mesmas, já que cada equipe ficou responsável por vários

elementos de cada classe. Um erro constante durante as aulas teóricas é a forma

correta de escrever os símbolos dos elementos, dificuldade esta que foi sanada pela

maioria dos alunos após a conclusão do trabalho.

Foi solicitado que eles apresentassem as propriedades e aplicações de alguns

elementos de cada classe, o obstáculo encontrado está na falta de interesse de

alguns alunos, e ao apresentarem fizeram apenas leitura. Outros alunos recusaram-

se a apresentar a pesquisa solicitada.

Mesmo utilizando-se de métodos diferenciados, algumas equipes não foram

responsáveis pelo uso dos materiais, promovendo o desperdício; alguns alunos

erraram as medidas por não saberem utilizar a régua corretamente, fizeram recortes

dos quadrados sem observar as cores para cada classe, mostrando falta de atenção

no desenvolvimento das atividades.

A turma superlotada atrasou o desenvolvimento dos trabalhos porque não era

possível atender várias equipes no mesmo horário, havendo a necessidade de que

alguns membros se dispusessem a vir ao colégio em outro turno. No cotidiano de

um professor, além das dificuldades apresentadas, está a postura de alguns alunos

durante o desenvolvimento de um trabalho distinto.

Algumas equipes mostraram-se motivadas e envolvidas com o trabalho

proposto e produziram slides e filmes para complementação e ilustração dos estudos

feitos por sua equipe. Ao promover questionamentos e discussão sobre o que

apresentaram ficou evidente que houve a apreensão dos conceitos químicos e que

relacionaram os mesmos com o seu cotidiano; mostrando que por meio de

estratégias diferenciadas o estudo da Química pode ser simplificado e entendido.

É importante destacar que os estudantes do 9º ano apresentam dificuldades

em correlacionar a teoria e a prática, havendo a necessidade de que o professor

oriente-os durante o desenvolvimento das aulas para que os conceitos químicos

sejam assimilados e compreendidos.

Algumas sugestões: usar materiais alternativos (cartolina, papel cartão),

medidas inferiores as utilizadas nesta construção e uso do pincel atômico para todas

as representações do elemento químico.

As disciplinas que podem se inter-relacionar neste projeto são Artes, Língua

Portuguesa, Geografia e Matemática.

Ao finalizar o trabalho o professor poderá agendar uma visita à Mineropar em

que os alunos poderão observar a Tabela Periódica que destaca as várias

aplicações dos elementos químicos.

4 Conclusão

Ao desenvolver o projeto sobre a” Apreensão de conceitos químicos por

meio da construção da Tabela Periódica” possibilitou aos alunos envolvidos, além da

aprendizagem interdisciplinar, a compreensão de que a Química faz parte do seu

cotidiano.Este trabalho permitiu a reflexão e a busca de novas estratégias para

desmistificar o ensino dos conteúdos tidos como difíceis e distantes da realidade dos

alunos.

Ao realizar atividades experimentais foi possível verificar o interesse e a

curiosidade dos alunos, estabelecendo relação entre a teoria e a prática; os alunos

foram os sujeitos ativos da aprendizagem, construindo o conhecimento.

As atividades que foram desenvolvidas no laboratório de informática

permitiram a percepção de que a Internet é uma ferramenta que estabelece relações

no processo ensino-aprendizagem, promove a atividade reflexiva, o senso crítico e a

autonomia dos alunos, assim como a sua formação pessoal e social. Observou-se

que há necessidade do professor adequar-se às novas tecnologias, já que fazem

parte da vivência dos alunos, e desta maneira os mesmos se sentem mais

motivados pelo estudo.

Este projeto colaborou para compreender melhor o processo de ensino-

aprendizagem, sem deixar de desenvolver os conteúdos propostos para o 9º ano do

ensino fundamental, constituiu uma metodologia atrativa e eficaz, verificado durante

as apresentações, discussões e realização das propostas deste plano de ação.

As ações desenvolvidas neste estudo podem ser adaptadas à realidade das

diversas escolas, utilizando-se de materiais alternativos, é possível produzir

experimentos que conduzem à construção de conceitos pelos alunos. Por meio de

atividades experimentais simples e com uso de materiais presentes no cotidiano dos

alunos é possível vencer os obstáculos entre a motivação e a aprendizagem

propriamente dita.

Cabe a nós professores, buscarmos atividades diferenciadas e

contextualizadas, estimulando discussões e reflexões sobre os temas estudados,

afim de que haja conexão entre o conhecimento científico e o cotidiano dos alunos, e

consequentemente a melhoria na qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

ALVES, W.F. A formação de professores e as teorias do saber doc ente:

contexto, dúvidas e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo,

v.33.n.2.p.263-2807, maio/ago.2007.

CARDOSO, S.P; COLINVAUX, D. Explorando a Motivação para Estudar Química,

Química Nova . Ijuí: Unijuí, v.23, n.3, 2000

CHASSOT, A. A educação no Ensino de Química , Ijuí: Unijuí, 2003, 3. ed.

INFOESCOLA. Disponível em www.infoescola.com Acesso em maio 2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO- Portal do Professor- Disponível em

<http://mec.gov.br/index.html>. Acesso em 20 set. 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares de Ciências: Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Portal Dia-a-dia Educação. Disponível

em <http://diaadiaeducacao.pr.gov.br> Acesso em maio. 2011

EDUCAREDE- Portal Educarede- Disponível em http://www.educared.org/educa/

Acesso em abril 2012

Revista Escola. Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br> Acesso em

jun.2011.

5 ANEXOS

UNIDADE DIDÁTICA

ATIVIDADE 1 ANÁLISE DE RÓTULOS ( Elementos químico s)

Objetivo: Verificar por meio da análise de rótulos de produtos industrializados a

presença de elementos químicos, previamente estudados, identificando o seu

símbolo e nome.

Material necessário: diversos tipos de rótulos

Desenvolvimento:

Solicitar aos alunos que tragam diversos rótulos de produtos industrializados,

recortar e colar no caderno. Escrever o símbolo e o nome dos elementos

relacionados nos rótulos.

Problematização

a) Ao analisar os rótulos, você percebeu que há presença de elementos químicos

nos produtos utilizados ou consumidos no seu cotidiano? Justifique sua resposta.

b) Escolha 4 elementos químicos que foram citados nos rótulos e pesquise as suas

aplicações e propriedades.

Atividade 2 Elementos químicos em nosso cotidiano

Objetivo: identificar as principais características dos elementos químicos nas

amostras estudadas.

Materiais: caderno, lápis, amostras das substâncias para os elementos químicos

sugeridos para o estudo: Hidrogênio (eletrólise da água), Sódio e Cloro (sal de

cozinha), Ferro (barras de ferro), Mercúrio (termômetro), Carbono (grafite), Fósforo

(caixa de fósforos), Nitrogênio (ar), Oxigênio (eletrólise da água), Flúor (creme

dental).

Poderão ser utilizadas outras amostras e elementos químicos.

Obs. Para o desenvolvimento da aula, os alunos não terão acesso às informações

de quais elementos estão presentes nas amostras; deverão consultar a tabela com

as características e deduzir à qual elemento ela pertence.

Desenvolvimento

Dividir a classe em grupos e distribuir as amostras. Propor aos grupos que observem

e analisem em que estado físico se encontra os materiais de sua responsabilidade e

quais são os elementos químicos que os compõe. As equipes deverão consultar a

tabela abaixo para retirar as informações e definir o(s) elemento(s) químico(s) que

compõem a(s) amostra(s).

Material Legenda

Água de

torneira

Gás incolor, inodoro e constitui aproximadamente 75% da massa

elementar do universo

Sal de

cozinha

Abundante na natureza, encontrado no mineral halita, se oxida com o

ar, reage com a água. O outro elemento presente no sal de cozinha é

encontrado na natureza sob a forma de cloretos.

Barras de

ferro

É o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre, é extraído da

natureza sob a forma de minério. No nosso organismo associa-se a

hemoglobina e auxilia no transporte de oxigênio.

Grafite

Dependendo das condições de formação, pode ser encontrado na

natureza em diversas formas alotrópicas: carbono amorfo e cristalino,

em forma de grafite ou ainda diamante

Caixa de

fósforos

Único macronutriente que não existe na atmosfera, se não

unicamente quando encontrado em forma sólida nas rochas. Muito

inflamável e luminoso.

Creme dental

É o mais eletronegativo e o mais reativo de todos os elementos

químicos. Sempre se encontra combinado na natureza e tem

afinidade por muitos elementos, especialmente o silício, não podendo

ser guardado em recipientes de vidro. Apresenta-se como um gás

amarelo-esverdeado, de odor irritante e propriedades tóxicas.

Neste momento, cada grupo irá analisar por meio de observação as características

dos materiais. A seguir, os alunos localizarão os elementos constituintes dos

materiais na Tabela Periódica. Ao visualizarem a tabela teremos os dados de

massa, número atômico, o símbolo e o nome do elemento. Os grupos deverão expor

os materiais que lhes foram destinados, atentando para: elementos que constitui

cada material, localização de cada elemento na tabela periódica, família ou grupo, o

período ou série e o número atômico.

Atividade 2.1 Eletrólise da água

Objetivo: Identificar os elementos químicos presentes na água e descrever suas

propriedades.

Materiais: 3 pilhas grandes(1,5V),fita isolante,alicate de bico,2 pedaços(30cm)de fio

grosso,2 pedaços de fio fino(30cm),sal de cozinha ,copo de Becker(1000ml),2 tubos

de ensaio, caixa de fósforos.

Desenvolvimento

Juntar as três pilhas de forma que o pólo negativo de uma esteja encostado ao

pólo positivo da outra. Conecte o fio grosso ao fio fino (2 jogos) ligue os fios finos

cada um em um dos pólos da pilha.

Modele o fio grosso de modo que forme um S e sirva de apoio ao tubo de ensaio,

quando este for emborcado dentro da solução de água e sal de cozinha.

Encha 2 tubos de ensaio com a solução de sal de cozinha;emborque-os cada um em

um dos eletrodos que devem estar dentro do copo de Becker.

Termômetro

È um líquido prateado, na temperatura normal é metal e inodoro,

perigoso quando inalado, ingerido ou em contato, causando irritação

na pele, olhos e vias aéreas.

Bexiga cheia

de ar

É o principal componente da atmosfera terrestre, este elemento chega

ao solo através de compostos orgânicos (restos vegetais e animais)

e/ou inorgânicos.

Imediatamente iniciará o processo de decomposição e perceberá a subida de bolhas

de gás. Quando houver uma boa quantidade de gases em cada tubo, desconectar

os fios das pilhas e retirar os tubos de ensaio. O tubo de ensaio ligado ao pólo

negativo da pilha deverá ficar de boca para baixo; introduzir no tubo um palito de

fósforo em brasa e observar.

O tubo ligado ao pólo positivo da pilha deverá ficar com a boca para cima; colocar

um palito de fósforo em brasa e observar.

Problematização

a ) Quais são os elementos químicos envolvidos no processo de eletrólise da água?

b)Quais são os gases que se desprendem após a eletrólise da água?Qual gás é

comburente?E qual é combustível?

c) Relacione as propriedades e aplicações dos elementos químicos que participaram

do da eletrólise.

Para a formalização das atividades sugere-se que os alunos preencham a tabela a

seguir:

Nome do

Elemento Símbolo Grupo

Massa

Atômica

Número

Atômico

Período e

Família

Hidrogênio

Sódio

Ferro

Mercúrio

Carbono

Fósforo

Nitrogênio

Oxigênio

Flúor

Cloro

• Quais são os critérios utilizados para localizar um elemento químico na

Tabela periódica?

Atividade 3 Tabela Periódica interativa

Objetivo: consultar a Tabela Periódica online e descrever suas principais

características.

Desenvolvimento

Na sala de informática os alunos deverão acessar o site determinado pelo

professor:<http://<www.tabela.oxigenio.com> e responder às questões sugeridas

abaixo:

Problematização

a)Como estão dispostos os elementos químicos ao longo da Tabela Periódica?

b) Qual é a classe da Tabela Periódica que possui maior número de elementos

químicos. Cite suas principais características.

d) Descreva as características dos gases nobres.

e) Defina os ametais.

Em sala de aula será feita a apresentação dos dados coletados.

Atividade 3.1 Propriedades dos elementos químicos

Objetivo: destacar as propriedades de alguns elementos químicos

Desenvolvimento

Na sala de informática acessar o site http://<www.tabela.oxigenio.com> e descrever

as propriedades físicas e químicas dos seguintes elementos químicos: Li, Be, K, Ba,

Mg,Si,S e B

Problematização

Em sala de aula, os alunos deverão preencher um quadro utilizando as informações

retiradas da Tabela Periódica.

Elemento Químico Propriedades

Lítio

Berílio

Potássio

Bário

Magnésio

Silício

Enxofre

Boro

Alumínio

Cálcio