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    A APREENSO DA FORMA DA CIDADE

    (Kohlsdorf)

    IDIA, MTODO E LINGUAGEM

    Professora: Dr. Snia Afonso

    Apresentao: Juliana Demartini

    Data: 11/05/2004

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    INTRODUOO interesse da autora pelo assunto no surgiu dentro da sala de

    aula, mas do estgio feito nas favelas de Vigrio Geral e do Morro Unio, noRio de Janeiro.

    A partir deste interesse, Maria Elaine comea a desenvolver estaabordagem sobre a apreenso da forma dos lugares.

    Assim, este trabalho destinado a todos que atuam de alguma

    maneira sobre o espao urbano, na teoria e na prtica. Teoria sim, pois oespao da cidade s poder melhorar quando for considerado efetivamenteintegrante dos processos sociais, nos quais esto presentes ospesquisadores.

    Para que fosse possvel a aproximao cientfica, foi necessriorealizar um trabalho de observao da cidade sob condies ntimas deconvivncia, abordando relaes scio-espaciais e realizando atividades juntoaos habitantes at o momento de no mais serem considerados forasteiros.

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    IDIA, MTODO E LINGUAGEM

    Uma casa deve ser como uma cidade ou no

    verdadeiramente uma casa; uma cidade deve ser como

    uma grande casa ou no verdadeiramente uma cidade.Aldo van Eyck

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    IDIA, MTODO E LINGUAGEM

    vlido antes de tudo, resgatar algumas idias sobre a cidadecomo fenmeno.

    Segundo Lewis Munford, a vida cvica apresentada como oatributo fundamental da cidade, pois nela esto articuladas funessimblicas como as atividades de troca (urbs) e administrao (civitas), quefazem da cidade apolis.

    De acordo com Singer, a cidade definida a partir da produo de

    excedente alimentar, da existncia de instituies sociais e de uma relaode domnio que assegure a transferncia do produto do campo cidade.

    A essas caractersticas conferidas cidade no se pode desvinculara componente arquitetnica, pois qualquer estruturao social no existe

    sem espao.Dessa forma, o espao arquitetnico definido como uma poro

    territorial onde se desenvolvem prticas sociais com uma gama depossibilidades muito diversificadas.

    Cf. Paul Singer, Economia poltica da urbanizao

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    Dessa forma, observar a cidade como arquitetura, requer uma

    anlise das modalidades do espao transformado por aes humanas,especificada por suas caractersticas de extenso fsica e tambm docontexto histrico e dos traos analticos.

    Assim, as questes analticas de apreenso do espao da cidadelocalizam-se tanto em sua utilizao, voltadas a aspiraes sociais, quantonas possibilidades de informao. Pois, os lugares possuem capacidade detransmitir mensagens que sero interpretadas como revelao de certossinais codificados.

    Vista Area de Florianpolis(SC) Acervo pessoal

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    IDIA, MTODO E LINGUAGEM

    A apreenso dos lugares dada a partir de sua forma fsica,

    conforme diversas abordagens arquitetnicas e geogrficas da cidade, eainda nos estudos relacionados aos mecanismos cognitivos.

    preciso que se observe os lugares como composies plsticas elementos relacionados em conjunto, ou ainda, totalidades.

    As noes de composio e totalidade foram definidas pela Teoriada Gestalt, cuja traduo mais prxima seja Teoria da Configurao. Aescola gestaltista distingue um objeto com forma de um disforme, peloconfronto entre composio e aglomerado (ambos possuem elementos

    relacionados, mas somente no primeiro se pode entender o sentido).

    Sero apresentadas a seguir as trs principais vertentes queobservam o desempenho morfolgico dos lugares para tipos diferentes deaspiraes.

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    1 - Vertente: avalia a forma dos lugares por sua resposta aexpectativas estticas dos grupos sociais

    A vertente esttica a mais antiga e defende que a arquitetura umarealizao humana, dotada de beleza.

    Aqui est encaixado o Tringulo de Vitruvio: venustas (beleza) articulada firmitas (resistncia/durabilidade) e comoditas (funcionalidade).

    Nesta vertente a esttica fundamental para a arquitetura a esttica daforma arquitetnica est presente na obra de diversos tericos at osculo XVIII; a partir de ento, abordagens tecnolgicas, econmicas esociolgicas tendem a super-la.

    Existem, neste perodo, aspiraes por beleza no espao arquitetnico semque, porm, as regras sejam universais, e sim, relacionadas sempre agrupos sociais concretos.

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    2 - Vertente: avalia a forma dos lugares por sua resposta aexpectativas psicossociais

    A vertente psicossocial observa como a forma dos lugares adquire sentidoafetivo para seus usurios. Os estudos sobres essas relaes surgem apartir do final da Segunda Guerra Mundial, principalmente na Inglaterra eEstados Unidos.

    Nesta vertente, os lugares so caracterizados como hospitaleiros, alegres,frios, montonos, estimulantes, entre outros adjetivos que expressam oafeto das pessoas com os lugares que freqentam. Assim, o espaooferece restries e indues maneira como os indivduos reagem e se

    comportam.A partir dessa vertente, pode-se colocar as expectativas emocionais em

    relao configurao dos lugares como busca de condies favorveis segurana emocional, liberdade, estabilidade psquica, interaosocial, etc.

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    3 - Vertente: avalia a forma dos lugares por sua resposta a

    expectativas de informaoA informao contida na configurao dos lugares divulgou-se principalmente

    atravs da abordagem do espao como estrutura de signos e seidentifica com a formao social da imagem do espao, ou seja, amaneira como o espao fsico torna-se espao social.

    A noo de composio como conjunto (organizao dos elementos deconfigurao fsico-espacial), regida por certas leis. Em funo disso,tem-se como hiptese que o conceito de conhecimento e a gnese de

    seu desenvolvimento possuem algumas caractersticas deuniversalidade que auxiliam a apreenso da forma dos lugares.

    Av. Beira Mar NorteFlorianpolis (SC)

    Acervo pessoal

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    IDIA, MTODO E LINGUAGEM

    O Processo Cognitivo

    Conhecer significa certa maneira de se apropriar da realidade por meio dopensamento.

    Conhecimento

    Ao/Movimento

    Ciclo da vida

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    Existem trs etapas fundamentais para os processos de aprendizado:

    1. A Anlise: a captura de informaes e sua submisso teorias. Seuobjetivo revelar regras de constituio e comportamento da realidade.

    2. A Sntese: o conjunto de operaes mentais por meio das quais sepassa dos conceitos abstratos obtidos pela anlise para aexplicao dos fenmenos observados. O conceito, uma vezformulado, precisa se referir ao objeto real para explic-lo. a passagemdo abstrato para o concreto, atravs do pensamento.

    3. A Verificao: testa as hipteses para que se confirmem os fatos, ou

    no.

    Abstrato Pensamento Concreto

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    A Apreenso do Espao Urbano

    O espao urbano se configura como uma totalidade complexa, formada poratividades, formas, significados e prticas sociais. A explicao dos lugares

    passa pela definio da sociedade que os contm.

    As Sensaes

    As sensaes so responsveis pelo primeiro contato com os lugares econstituem-se na ligao mais prxima da conscincia com a realidade. aorientao do indivduo no meio.

    A Percepo

    As sensaes so a matria-prima da percepo. A imagem percebida torna-se um retrato claro da realidade.

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    As diferentes formas dos lugares colocam condies que podem serdistintas para a sua apreenso. Pois, os lugares possuem desempenhoscognitivos, ou seja, potencialidades especficas a serem entendidas pelosindivduos.

    Certos lugares podem responder positivamente a alguns atributos enegativamente a outros.

    A ao sobre as informaes do lugar provm de atividadesfundamentais e interdependentes: a assimilao, a adaptao, a imitao e a

    identificao, se estabelecem como elos entre o indivduo e o meio, garantidoa afirmao e integrao social.

    A forma dos lugares o meio mais importante de emisso de

    informaes para a realizao do conceito de espao e, em sua recepo einterpretao, utiliza-se principalmente o sistema visual.

    Logo, a anlise dos espaos urbanos, em termos de identificao eorientao das pessoas, requer anlises da forma a partir dos seus

    elementos visualmente relevantes.

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    Os elementos e as relaes caractersticas da percepo do espao esto

    reunidas na Tcnica de Anlise Seqencial, cujo objetivo representar apassagem progressiva do visto para o percebido.

    Esta tcnica baseia-se em vrios eventos, agrupados em trs conjuntos:

    1. Eventos Gerais: encontram-se aqui as principais caractersticasseqenciais derivadas da noo de movimento: as estaes e osintervalos.

    Estaes so momentos durante o trajeto onde h registro perceptivo.As estaes so definidas porintervalos de tempo e/ou espao.

    2. Campos Visuais: cada estao constituda por campos visuais, ouseja, uma poro de espao abrangida pela vista do observador.

    3. Efeitos Visuais: representam a maneira como a realidade chega percepo. Os efeitos visuais, como eventos da anlise seqencial,reproduzem a estruturao topolgica e perspectiva do espaopercebido.

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    Alargamento e Estreitamento: efeitos visuais, onde as paredes parecem se

    afastar ou se aproximar do observador.Envolvimento e Amplido: o primeiro experimentado em um espaolimitado por elementos fsicos marcantes; a amplido o efeito oposto,experimentado em espaos onde os limites fsicos encontram-se distantes ouso insignificantes.

    Exemplo de EstreitamentoFonte: KOHLSDORF, 1996.

    Exemplo de Alargamento

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

    Exemplo de Amplido

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

    Exemplo de EnvolvimentoFonte: KOHLSDORF, 1996

    O O G G

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    Direcionamento: ocorre quando se enfatiza a continuidade longitudinal do

    espao pela estrutura fsica bem definida pelos planos laterais.

    Exemplo de Direcionamento

    Maquete de Braslia Acervo pessoal

    IDIA MTODO E LINGUAGEM

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    Impedimento: quando a viso interrompida, porm, pode-se visualizar o

    final do campo.Emolduramento: o campo visual delimitado por um primeiro planto verticalvasado, que no interrompe a cena.

    Exemplo Emolduramento: Sede do governo deSacramento (USA) Acervo pessoal

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    Mirante: considerado um lugar onde se tem uma viso privilegiada, pois ascondies de visualizao so maiores e mais abrangentes.

    Exemplo de Mirante: Florianpolis Acervo pessoal

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    Realce: o efeito que tem como caracterstica a atrao do indivduo paraum determinado elemento que se destaca na cena observada.

    Efeito em Y: a cena mostra uma bifurcao do espao.

    Exemplo de Realce

    Central Park USA / Acervo pessoal

    Exemplo de Efeito em y

    Time Square USA / Acervo pessoal

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    A imagem mental caracteriza-se por ser uma imitao interior, diferentemente

    da percepo, que uma imitao pela ao dos mecanismoscognitivos.

    Tcnicas Tradicionais de Caracterizao Imagtica

    So mtodos geralmente empricos, onde so utilizados procedimentosexperimentais que envolvem a participao dos usurios do espao.

    A seguir, sero apresentadas as estratgias mais utilizadas:a) Mapas Mentais: so cartas subjetivas nas quais so expressos os

    valores visuais da cidade;

    b) Perfis de Polaridade: so representaes de imagem como umasndrome conceitual diferenciada e com escala. Refere-se qualidadesatribudas aos lugares abordados. Ex.: ordenado, estranho, bonito, etc.

    c) Diferencial Semntico: semelhante estratgia anterior, porm os

    atributos, neste caso, alocam-se por oposio. Ex.: feio-belo, etc.

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    d) Anlise Visual Segundo Lynch: esta tcnica organiza os lugares

    mentalmente representados por intermdio de cinco elementosconstantes em todo e qualquer espao urbano existente:

    1. Caminhos: so vrios trajetos que o observador registra na imagem dos

    lugares. So bsicos na formao das representaes mentais, pois por meio deles que as informaes morfolgicas so percebidas para amemorizao.

    CAMINHOS

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

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    2. Bairros: so pores das reas em estudo ou partes da cidade. SegundoLynch, a principal caracterstica do bairro sua temtica contnua,conjunto de formas, atividades e significados especficos, que o tornauma individualidade em relao aos demais.

    BAIRROS

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

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    3. Limites: so caracterizados como elementos lineares, constituem-se em

    rupturas entre duas partes do espao urbano.4. Pontos Focais: so elementos de imagem que na verso original de

    Lynch, caracterizam-se mais pelo uso do que pela forma dos lugares.

    LIMITESFonte: KOHLSDORF, 1996.

    PONTOS FOCAISFonte: KOHLSDORF, 1996.

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    5. Marcos Visuais: so pontos de referncia exterior ao observador. Suasprincipais caractersticas so a singularidade e o contraste em relaoao entorno, por isso, podem ser analisados pela relao entre figura efundo.

    MARCOS VISUAISFonte: KOHLSDORF, 1996.

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    Este nvel possui dois grandes objetivos:

    1. Trazer informaes precisas, codificadas e j submetidas a toda sorte deelaboraes possveis, oferecendo possibilidades de uma aproximaontima ao fenmeno estudado;

    2. Definir com exatido o referencial morfolgico que foi objeto depercepo e de representao imagtica.

    A seguir sero apresentadas as tcnicas de caracterizao:Tcnica de Caracterizao pelas categorias morfolgicas estruturais do

    espao urbano: Trieb e Schmidt utilizam a representao geomtricasecundria do espao para verificar as condies imagticas das

    situaes abordadas e realizar os respectivos projetos de modo agarantir a permanncia de uma boa qualidade de sua imagem.

    Dedicaram-se a formular os elementos estruturais do espao urbano apartir de analogias com o espao do edifcio, afirmando uma correlaoentre estes elementos.

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    As seis categorias morfolgicas estruturais de Trieb e Schmidt:

    1. Categoria Stio Fsico: examina como o contexto de paisagem naturalparticipa ou se ausenta da configurao dos lugares. Abrange elementosdo meio fsico, seja ele natural ou construdo por aes humanas. Atuana configurao dos lugares atravs da composio plstica de

    determinados elementos do contexto paisagstico: Solo: observa o papel do relevo da composio geolgica;

    SOLO

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

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    Sistema Hdrico: examina-se a configurao de rios, crregos, lagos, etc;

    Vegetao: a participao dos vegetais na configurao dos lugaresdeve ocorrer por meio de seus tipos mrficos (forma e proporo);

    SISTEMA HDRICO

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

    VEGETAO

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

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    Clima: o elemento de caracterizao morfolgica dos lugares na

    medida em que lhes comunica condies de luminosidade, sombras ouinsolao que influenciam na percepo das formas.

    CLIMAFonte: KOHLSDORF, 1996.

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    2. Categoria Planta Baixa: significa, por analogia, um corte analtico no

    espao considerado, projetado ortogonalmente no plano horizontal. Aconfigurao de planta baixa pode ser lida atravs de alguns elementosde anlise:

    Tipos de Malha: so obtidos

    por colocao em evidnciados eixos dos canais decirculao em planta baixa,formando composio de linhas

    mestras;

    Malha - BrasliaFonte: KOHLSDORF, 1996.

    Malha - VenezaFonte: KOHLSDORF, 1996.

    Malha - Nova YorkFonte: KOHLSDORF, 1996.

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    Tipos de Parcelamento: refere-se maneira como o solo dividido paravrios tipos de ocupao, sejam edifcios ou reas abertas;

    Relaes entre cheios e vazios: procura se observar, neste elemento, acomposio que se estabelece entre a base, formada pelo solo liberadode volume, e estes volumes atravs se sua representao cartesianano plano horizontal.

    Cheio x VazioFonte: KOHLSDORF, 1996.

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    3. Categoria Conjunto de Planos Verticais: estuda a composio plstica

    das projees ortogonais no plano vertical, que tradicionalmentefornecem cortes e fachadas. As silhuetas so analisadas por:

    Linhas de Coroamento: delimitam a silhueta em sua parte superior,definindo-as como figuras planas colocadas em contraste como o fundo;

    Linhas de Coroamento

    Centro de Florianpolis (SC) Acervo pessoal

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    4. Categoria Edificaes: observam-se nesta categoria, os atributos

    morfolgicos dos edifcios localizados na situao considerada, atravsde:

    Relaes Intervolumtricas;

    Relaes da edificao com o lote e o espao pblico;

    Volumetria;

    Fachadas;

    Dimenses;

    Propores;

    Zoneamento;

    Coroamento;

    Aberturas;

    Materiais, cores, texturas e elementos decorativos.

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    5. Categoria de Elementos Complementares: contm os demais

    elementos de configurao do espao urbano, como construesmenores entre outros. So, s vezes, os principais responsveis pelaimagem dos lugares. Esta categoria utiliza os seguintes elementos declassificao:

    Elementos de Informao Apostos: elementos de sinalizao epropaganda;

    Pequenas Construes: Bancas de revistas, abrigos de transporte

    coletivo, etc. Mobilirio Urbano: bancos de logradouros, lixeiras, postes, etc;

    Quadro de Sntese

    Fonte: KOHLSDORF, 1996.

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    A satisfao das necessidades de orientao e identificao do indivduo noslugares tem requisitos configurativos que constroem capacidades decertas situaes e podem atender satisfatoriamente ou no aos anseiostopoceptivos.

    Dessa forma, deve-se primeiramente definir as relaes entre as classes deanlise do nvel de representao geomtrica secundria com cada um

    dos dois primeiros nveis de apreenso dos lugares, para ento,examinar-se o desempenho topoceptivo de suas representaes.

    Os parmetros para a satisfao da necessidade de orientao do indivduo,baseiam-se no equilbrio harmnico da quantidade de informaes.

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    Parmetros de Avaliao TopoceptivaA capacidade topoceptiva do espao apresenta-se em graus diferentes como

    forte orientabilidade ou identificabilidade fraca possibilidades que serealizam por uma srie de estratgias de composio plstica.

    A tradio de avaliao morfolgica ainda encontra-se frgil e recente, mas jexistem elementos que permitem classificar estes parmetros deavaliao topoceptivas:

    1 Grupo Qualidades Semnticas: aborda a forma dos lugares como umsistema de signos;

    Espao Atributos Morfolgicos Observador

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    A principal qualidade semntica a Legibilidade, que por sua vez, utiliza-se de trs outras qualidades:

    Pregnncia: relaciona-se ao registro de um objeto de maneira indelvel. ATeoria da Gestalt apia-se na lei da pregnncia como condio quepossibilta a percepo das totalidade;

    Individualidade: modo singular e inconfundvel de como determinada aforma apresentada;

    Continuidade: um arranjo das partes de um sistema de elementosinterdependentes fornecida por um sistema estrutural invarivel.

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    2 Grupo Fenmenos de Configurao: de acordo com Trieb eSchmidt, existem quatro pares de elementos que formam este grupo:

    a) Unidade x Diversidade: estabelece o grau de semelhana oudiferenciao entre elementos, relaes e atributos das composiesplsticas;

    b) Comum x Especial: mostra o grau de contraste entre elementos,relaes e atributos das composies plsticas;

    c) Tipo x Metamorfose: apresenta o grau de distanciamento doselementos, relaes e atributos das composies plsticas, dos seusrespectivos tipos originais;

    d) Continuidade x Mudana: estabelece o grau de transformao deelementos, relaes e atributos das composies plsticas,independente da permanncia de tipos.

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    3 Grupo Leis de Composio Plstica: so leis de organizao dasformas que examinam a natureza e as relaes entre seuscomponentes, partindo do princpio de que toda configurao umatotalidade produzida pela articulao de elementos morfolgicos entre

    si.

    BIBLIOGRAFIA:

    KOHLSDORF, Maria Elaine. A Apreenso da Forma da Cidade. Braslia,Editora Universidade de Braslia, 1996.