indenizatória busca e apreensÃo

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ARRUDA & EDLERADVOCACIA E CONSULTORIA JURDICA

EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CVEL DA COMARCA DE CRUZ ALTA/RS

FTIMA MARROMA BICUDO DOS SANTOS, brasileira, casada, auxiliar de enfermagem, com 54 anos de idade, inscrita no RG n 9044870443, e no CPF/MF sob o n 252.195.370-91, residente nesta cidade de Cruz Alta/RS e domiciliada Rua Marechal Deodoro, n 584, vem respeitosamente presena de Vossa Excelncia, por intermdio de seus advogados, ut instrumento de mandato incluso, propor a presente AO ORDINRIA MORAIS, contra DE INDENIZAO POR DANOS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, pessoa jurdica de direito pblico, com sede na Avenida Borges de Medeiros, n 1501, Centro, na Cidade de Porto Alegre/RS, inscrito no CNPJ sob o n 87.958.641/0001-31, expondo e aduzindo os seguintes motivos de fato e razes de direito. DOS FATOS A autora moradora de longa data da Rua Marechal Deodoro, n 584, desta cidade, onde, pela idade e em razo da profisso conhecida de todos os vizinhos, com os quais possui relao amistosa e cordial. Ocorre, que como em todo bairro, onde mora a Autora, tambm existem visinhos indesejados, ou que vivem em circunstncias no convenientes, ou seja, tem condutas socialmente no tolerveis. No dia 12 de maro do ano corrente, a Polcia civil desta cidade cumpria diversos mandados de busca e apreenso em ao conjunta da Polcia Civil, no combate ao trfico de drogas, conforme comprovam os documentos que seguem anexos a presente.Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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Dentre as vrias buscas, um dos mandados era direcionado residncia de morador lindeiro casa da Autora, Sr. Nilton Csar Campos Machado, um dos investigados, inobstante, por provvel erro na expedio do referido mandado, a suplicante veio a sofrer situao inusitada, humilhante e vexatria, cujas conseqncias ainda persistem. A Busca e Apreenso de Objetos (substncias entorpecentes e armas de fogo), foi pleiteada mediante representao autuada em juzo sob o n 011/2.08.0000764-2, ocorre que, na prpria representao subscrita pela Delegada de Polcia Dra. Caroline Virgnia Bamberg, esta pleiteava busca, dentre outras, na residncia de Nilton Csar Campos machado, sita na Rua Marechal Deodoro, 584, e na Serralheria ao lado da residncia, de sua propriedade, nesta cidade. Ocorre que, conforme termos de declaraes que seguem anexos, por volta das 06h15min, quando a Autora ainda estava adormecida, foi chamada por sua filha, a qual teria escutado barulho no ptio de sua casa, quando tambm escutou vozes ao redor da mesma. Neste nterim, logo percebeu a porta sendo forada, diante do que apanhou o telefone no intuito de ligar para a Brigada Militar pois achava que seriam ladres tentando arrombar a sua casa, inobstante, foi surpreendida por agentes da Polcia Civil, que determinaram que abrisse a porta, conforme termos de declaraes prestados na Polcia Civil (IP n 004/08/150705-A) e no Ministrio Pblico. De se ressaltar, que durante a referida ao, a Autora foi constrangida de todo modo, sendo tratada como se bandida fosse, teve sua casa revistada e, ainda por diversas vezes foi indagada se era comparsa de Teio. Outrossim, ao adentrarem na residncia da Autora, no lhe foi mostrado mandado, sendo-lhe apenas perguntado sobre sua proffiso, ao queRua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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foi respondido auxiliar de enfermagem e logo, perguntaram-na se sabia ler. Quando, mediante insistncia, lhe foi mostrado o mandado por inspetor de policio Sr. Paulo, segundo e Autora e conforme cpia anexa, consta do mandado toda a discriminao do endereo da casa da Autora, porm com o nome do investigado, da casa n 574, sendo a casa da Autora, a de n 584, evidente o erro cometido pelo rgo estatal. A ao da polcia somente cessou quando um dos agentes (Sr. Paulo, que indagava a Autora enquanto revistava seu quarto) determinou a suspenso da operao aps notar que estavam na casa errada. Saliente-se, por oportuno, que segundo a autora, no dia seguinte, lhe foi informado pela Sra. Cenira, me de Milton Csar Campos Machado (investigado), que um dos policiais disse que j haviam entrado na casa da comparsa do Tio. Em anexo, segue boletim de ocorrncia comprovando que a busca foi efetivamente realizada na casa situada na Rua Marechal Deodoro, n 574, Residncia de Milton Cezar de Campos Machado Serralheria Machado, e, comprovar os fatos ora narrados, segue cpia do mandado em cujo teor consta o endereo da Autora. Com efeito, tais fatos, alm de evidente erro e imprudncia, configuram violao ao seu domiclio, a sua intimidade e a sua vida privada, bem como, afetaram de forma tortuosa a sua honra e o seu ego, uma vez que se sentiu desrespeitada e humilhada, face ao tratamento desrespeitoso que lhe foi dispensado. Os fatos ocorridos foram presenciados pela vizinhana da Autora, uma vez que diante de toda a movimentao ocorrida e do horrio,

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acabaram os vizinhos por visualizar o que se passava na casa da Autora, o que inolvidavelmente veio a gerar comentrios. Alm da Autora, que sofre de hipertenso e faz demais tratamentos para depresso, conforme atestado mdico que segue anexo, em sua morada reside tambm sua filha, a qual realiza tratamento mdico constante, e sofre conseqncias que persistem at hoje em decorrncia dos fatos. O dano moral causado a Autora evidente, pois em virtude da desateno e imprudncia com que agiram os Policiais Civis, representantes de rgo investigador do Estado, a Autora enfrentou situao desgostosa e vexatria, e em decorrncia do abalo sofrido vem tendo que freqentar tratamento mdico, eis que teve piora em seu estado depressivo e de hipertenso, o que tambm ocorre com sua filha. Destaque-se ainda, que mesmo tendo sido o mandado expedido para a casa errada face ao endereo constante da representao, poderia ter sido evitada a ao em casa errada, uma vez que sabido dos policiais que iniciam uma investigao o local onde ocorre a atividade ilcita. Lado outro, o dano existe e persiste por si s, diante da exposio vexatria a que foi submetida a autora e sua famlia perante a comunidade em que residem. Nem se diga que estavam os policiais no exerccio de um dever legal, uma vez que a Autora sequer investigada era, bem como, certo que as residncias e as pessoas investigadas so diferentes, no havendo razo para cumprir erroneamente um mandado, a ponto de invadir residncia de pessoa que sequer possui registros policiais.

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DO DIREITO In casu, houve ato investigativo emanado pela autoridade policial, cumprido com crasso erro, imprudncia e abuso dos agentes estatais, erro este que se evidencia desde o relatrio de investigao onde consta o endereo equivocado para o qual a Autoridade Policial representa a busca. O que se comprova cristalinamente nos autos, o cumprimento de mandado de busca e apreenso pelos agentes estatais em local diverso do investigado, eis que ao investigar morador de uma residncia, ao cumprir o mandado, adentram na residncia vizinha, equivocadamente, causando constrangimento e tratando a moradora como se criminosa ou associada ao crime fosse. A autora pessoa de ilibada reputao, e sem qualquer passagem pela polcia, sendo totalmente injustificado o erro Estatal, que veio a causar evidente dano irreparvel ou de difcil reparao. Verifica-se pelo Relatrio de Servio que segue anexo, que sequer apontada na investigao. A responsabilidade civil, in casu, objetiva do estado por ato cometido por seus agentes, que erraram no cumprimento de mandado de busca e apreenso. Sendo os Policiais Civis agentes estatais, responsabiliza objetivamente e diretamente o Estado pelos danos da advindos. No presente caso, a responsabilidade do Estado objetiva porque se funda no risco da atividade estatal, no caso, a prpria funo desempenhada pelos policiais. Da desponta a teoria do risco administrativo, veja-se a lio de Hely Lopes Meirelles:

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A teoria do risco administrativo faz surgir a obrigao de indenizar o dano do s ato lesivo e injusto causado a vtima pela Administrao. No se exige qualquer falto do servio pblico, nem culpa de seus agentes. Basta a leso, sem o concurso do lesado. Na teoria da culpa administrativa exige-se a falta do servio; na teoria do risco administrativo exige-se, apenas, o fato do servio. Naquela, a culpa presumida da falta administriva; nesta, indeferida do fato lesivo da Administrao. Aqui no se cogita a culpa da Administrao ou de seus agentes, bastando que a vtima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ao ou omisso do Poder Pblico. (Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 24 ed. P.585) (sublinhei) J o art. 43 do novel Cdigo Civil, assim dispe: Art. 43. As pessoas jurdicas de direito pblico interno so civilmente responsveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causarem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. Veja-se o dispositivo de maior importncia que guarda a responsabilizao estatal, o 6 do art. 37, da Carta Magna, o qual preconiza que: Art. 37. [...] 6.As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. Esse preceito impe a responsabilidade objetiva ao Estado, sob a modalidade do risco administrativo, que tambm absorve os atos jurisdicionais eivados de vcio ou erro. Ao utilizar o vocbulo agente, este dispositivo legal acolhe genericamente todo aquele que prestar servio ao Estado.

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A segurana pblica e o servio de Polcia Judiciria prestado pela Policia Civil atravs do Estado um servio pblico, portanto cabe ao Estado ressarcir os danos advindos dos atos praticados por seus agentes, quando estes forem lesivos a terceiros ou eivados de erro ou vcio (dolo ou culpa do agente). Desta maneira, os Policiais Civis (agentes pblicos) em servio, agem em nome do Estado. E no caso sub judice houve causao de danos terceiro, em decorrncia do agir viciado/errneo obriga o Estado reparao, sendo a este oportunizado a ao regressiva, se averiguada ao com dolo ou culpa, consoante o esposado pelo preceito constitucional. O rgo estatal incumbido de zelar sobre a segurana dos cidados agiu de forma a perturbar a paz e a tranqilidade da autora, invadindo indevidamente seu domiclio de forma arbitrria, cometendo, de certa forma, verdadeiro esbulho. Portanto, o Estado responsvel objetiva e diretamente, deveria a autoridade policial tomar a devida cautela, pois, em se tratando de busca domiciliar, a Constituio Federal, no seu art. 5, XI, assim prescreve: a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial. Ou seja, embora realizada a busca durante o dia (06h), a mesma feriu a inviolabilidade da casa da Autora, uma vez que a busca no era para ser realizada em seu endereo. Os atos dos Delegados de Polcia e da polcia judiciria, tambm so atos do Estado, sobrevindo dano destes atos, decorrente de irresponsabilidade, imprudncia, impercia ou negligncia, os danos causados devem ser indenizados.Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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Pelo at ento exposto, demonstrado que h cabedal jurdico suficiente, na legislao ptria, inclusive na lei maior, a autorizar a indenizao por erro Estatal, bem como, restar comprovado o nexo causal entre o dano sofrido pela Autora, e a ao do Estado, o que pode se averiguar pelos documentos, em anexo. Neste sentido, nos mostra a Magna Carta: Artigo 5; Inciso V. assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem; Inciso X. so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao; DOS DANOS Dos Danos Morais Diante da resenha ftica narrada, resta claro o dever de indenizar por parte do Estado por ato mprobo de seus agentes, que, em conseqncia, veio a fazer com que a Autora passasse por maus momentos, afora o verdadeiro achaque enfrentado no momento em que a mesma e seus vizinhos viram sua casa sendo arrombada por policiais civis. Alm disso, no se olvide a vergonha que tal ao causou a mesma visto outras pessoas tomarem conhecimento da situao enfrentada, o que fez percorrerem boatos na comunidade em que vive, de que estaria a mesma sendo investigada pela polcia ou at mesmo envolvida com atos criminosos.

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De outra banda, a Autora e sua filha padecem de depresso, e tal fato somente veio a agravar sua situao, uma vez que ficaram abaladas com tal situao, que nunca havia sido vivenciada por ambas, ou seja, pela primeira vez em suas vidas tiveram armas apontadas em sua direo, outrossim, o ocorrido se deu de modo a dispertalas, ou seja, foi a primeira situao vivenciada no dia. Situao nada agradvel!!! A Autora foi atingida frontalmente em sua dignidade e moralidade de carter cidado e me de famlia que assim ostenta, at mesmo pela nobre funo que exerce na rea da sade. Desta feita, por definio, danos morais so leses sofridas pelas pessoas fsicas ou jurdicas, em certos aspectos de sua personalidade, caracterizados, no entanto, sempre por via de reflexos produzidos, por ao ou omisso de outrem. So aqueles danos que atingem a moralidade, personalidade e a afetividade da pessoa, causando-lhe constrangimentos, vexames, dores, enfim, sentimentos e sensaes negativas. IAGO PIMENTEL, in Noes de Psicologia, 2 edio, p. 233, comenta que:Tanto o prazer como a dor podem ser fsicos ou morais. So fsicos quando resultam imediatamente de uma excitao em nossos sentidos; so morais, quando a causa que o provoca uma representao mental. J ALBERTO PIMENTEL FILHO, in Psicofisiologia, 2 edio, p. 208, Lisboa, conclui: No caso de descarga nervosa (consequentemente da representao mental) incidir sobre os nervos vasodilatadores, a circulao sangnea ativa-se, o vigor fsico aumenta, os msculos se contraem com mais energia.Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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Esse aumento de circulao sangnea aumenta a nutrio dos tecidos, todas as funes se executam melhor; sentese a plenitude da vida. E tudo isso produz um estado de conscincia agradvel, quer dizer, o tom da emoo , neste caso, o prazer. Em condies opostas, incidindo a descarga nervosa sobre os centros e nervos vasoconstritores, a circulao afrouxa, o vigor fsico deprime-se, a contrao muscular dbil, ou se paralisa. O estado de conscincia provocado por todas estas modificaes , ento, desagradvel: o tom da emoo, neste caso, a dor Neste fato, apresenta-se soberana a conduta lesiva causada pelos representantes do Demandado. Seno vejamos: A uma; a autora, me de famlia, com 50 anos de idade, responsvel e trabalhadora, auxiliar de enfermagem, mulher de conduta ilibada que sempre honrou com seus compromissos, de boa ndole e retido, foi tratada como se criminosa fosse, acabando por sofrer srio transtornos com o abalo emocional causado pela situao, e com os boatos aps a mesma. A duas; porque inexistia qualquer indcio ou ligao da mesma com o investigado, bem como, o mandado no era para a sua casa, ou seja constava seu endereo como residncia do investigado. O erro foi crasso, gerando graves transtornos fsicos e morais, face a vergonha que passou perante a vizinhana e os que vieram a saber do ocorrido. A trs, porque abalou a honra do autora, que sempre com sacrifcio, promoveu a manuteno do seu lar, e sempre manteve conduta ilibada diante de todos. Portanto, suplicante.Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

INEQUVOCO

o

abalo

moral

por

parte

da

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Com efeito, a pessoa atingida com ato dessa natureza experimenta, de regra, abalo em seu ntimo, em sua reputao, perante seus superiores e/ou colegas de profisso, seus amigos e sua famlia, vendo ipso facto atingido perniciosamente o conceito em que era tida e considerada no meio social, bem como sentindo-se, de certa forma, mal vista e mal falada em razo de ter sido tratada e confundida momentaneamente com uma pessoa criminosa. Assim, afora o atingimento da honra objetiva, tambm a subjetiva pode vir a ser comprometida seriamente, porquanto de esperar que a pessoa que se veja vulnerada no sentimento que tem a respeito de sua dignidade e decoro procure ser reparada. Veja-se entendimento jurisprudencial quanto a matria: EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ERRO JUDICIARIO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. CUMPRE AO ESTADO RESSARCIR OS DANOS MATERIAIS E MORAIS ORIGINADAS DAS FALHAS DO APARELHAMENTO JUDICIARIO POR FATO UNICAMENTE ATRIBUIVEL A SUCESSIVOS EQUIVOCOS DE SEUS AGENTES. APELOS IMPROVIDOS. SENTENCA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSARIO. (Apelao e Reexame Necessrio N 70003958196, Quinta Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Ana Maria Nedel Scalzilli, Julgado em 13/06/2002) RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO. MANDADO DE BUSCA E APREENSO. INQURITO POLICIAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR. Deferimento de mandado de busca e apreenso com fundamento em denncia annima. Ausncia de provas para a concesso da medida. Responsabilidade civil do Estado. Configurao. Dano moral. Caracterizao, impondo-se o dever de indenizar. Apelao provida. (Apelao Cvel N 70011896396, Quinta Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Pedro Luiz Rodrigues Bossle, Julgado em 01/09/2005)

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Em casos anlogos, assim j foi decidido: EMENTA: APELAO CVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. MANDADO DE BUSCA E APREENSO. DENNCIA ANNIMA. ABUSO DE AUTORIDADE EVIDENCIADO. RECONHECIMENTO DO DEVER DE INDENIZAR. EXPOSIO VEXATRIA E DESNECESSRIA DOS AUTORES PERANTE A COMUNIDADE EM QUE RESIDEM. A falta de razoabilidade, moderao e prudncia no cumprimento de exerccio de um direito e de um dever legal, constrangendo os autores, que em nada estavam envolvidos no ilcito objeto da investigao policial, impe o ressarcimento dos prejuzos causados parte, pelo Estado. QUANTUM INDENIZATRIO. MANUTENO. HONORRIOS ADVOCATCIOS. POSSIBILIDADE DE COMPENSAO. SMULA N. 306 DO STJ. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelao Cvel N 70013975602, Sexta Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Jos Aquino Flores de Camargo, Julgado em 04/10/2007) ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. DANO MORAL. SUMULA N.54 DO STJ. 1 - NAO SE CONHECE DE AGRAVO RETIDO, NAO REQUERIDA EXPRESSAMENTE NAS RAZOES DE APELACAO SUA APRECIACAO PELO TRIBUNAL (CPC, ART.523, PAR-1). 2 - PEDIDO MANDADO DE BUSCA E APREENSAO PARA BUSCA DOMICILIAR EM UM ENDERECO. E IRREGULAR SEU CUMPRIMENTO POR AGENTES ESTATAIS EM OUTRO, GERANDO OBRIGACAO DE INDENIZAR DANOS MORAIS CAUSADOS. 3 - O QUANTUM DA INDENIZACAO FOI BEM FIXADO EM CEM SALARIOS MINIMOS. 4 - EM SE TRATANDO DE RESPONSABILIDADE CONTRATUAL, OS JUROS CORREM A PARTIR DA DATA DO EVENTO (SUMULA N.54 DO STJ). NAO-CONHECIMENTO DO AGRAVO RETIDO, IMPROVIMENTO DA APELACAO E CONFIRMACAO DA SENTENCA EM REEXAME NECESSARIO. (6FLS.) (Apelao Cvel N 598046373, Primeira Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Luiz Felipe Silveira Difini, Julgado em 11/08/1999) Os danos morais, na definio arguta do renomado civilista e Juiz do Primeiro Tribunal de Alada de So Paulo, professor Carlos Alberto Bittar, so:

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leses sofridas pelas pessoas fsicas ou jurdicas, em certos aspectos de personalidade. Em razo de investidas injustas de outrem. So aquelas que atingem a moralidade e a afetividade da pessoa, causando-lhe constrangimentos, vexames, dores, enfim, sentimentos e sensaes negativas. (""Reparao Civil por Danos Morais, artigo publicado na Revista do Advogado/AASP. Nmero 44, 1994, p. 24). (grifou-se). NECESSIDADE DE REPARAO: A TEORIA DA

RESPONSABILIDADE CIVIL. Havendo dano, surge a necessidade de reparao, como imposio natural da vida em sociedade e, exatamente, para a sua prpria existncia e o desenvolvimento normal das potencialidades de cada ente personalizado. que investidas ilcitas ou antijurdicas no circuito de bens ou de valores alheios perturbam o fluxo tranqilo das relaes sociais, exigindo, em contraponto, as reaes que o Direito engendra e formula para a restaurao do equilbrio rompido. Atingem as leses, pois, aspectos materiais ou morais da esfera jurdica dos titulares de direito, causando-lhes sentimentos negativos; dores; desprestgio; reduo ou diminuio do patrimnio, desequilbrio em sua situao psquica, enfim transtornos em sua integridade pessoa, moral ou patrimonial. Constituem, desse modo, perdas, de ordem

pecuniria ou moral, que alteram a esfera jurdica do lesado, exigindo a respectiva resposta, traduzida, no plano do direito, pela necessidade da restaurao do equilbrio afetado, ou compensao pelos traumas sofridos que na teoria em questo se busca atender. que de bens espirituais e materiais necessitam as pessoas para a consecuo de seus objetivos.

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Aps transcrito estes entendimentos resplandecente fica a incidncia do dano moral na esfera ntima do Autora, em razo da negligncia, erro e imprudncia, na ao da polcia, quando do cumprimento do mandado de busca e apreenso, assim caracterizando o dano oriundo do Poder Pblico a Autora. Data vnia, difano o entendimento, que, para se obter a indenizao por dano moral basta comprovao do agravo sofrido pela Requerente. A autora junta cpia de peas do inqurito policial da pessoa investigada, bem como, requer desde j, seja oficiado ao Cartrio da Direo do Foro desta comarca para que traga aos autos Folha Corrida e Certido Criminal em nome da Autora. Novamente retomando a legislao ptria, a Carta Magna, em seu artigo 5, garante aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas, a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, e em especial nos incisos: V- assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, ALM DA INDENIZAO POR DANO MATERIAL, MORAL OU IMAGEM; X- so inviolveis a intimidade, a vida privada, A HONRA E A IMAGEM DAS PESSOAS, ASSEGURADO O DIREITO A INDENIZAO PELO DANO MATERIAL OU MORAL DECORRENTE DE SUA VIOLAO. A Lei substantiva Civil clara em seus artigos 186, 927 e 942, quando diz:

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Art. 186 - Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito E CAUSAR DANO A OUTREM, AINDA QUE EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILCITO. Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo. Art. 942. Os bens do responsvel pela ofensa ou violao do direito de outrem ficam sujeitos reparao do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos respondero solidariamente pela reparao. Por fim, a verificao da culpa e a avaliao da

responsabilidade regulam-se pelos artigos 944 e seguintes deste diploma. DO QUANTUM MORAL Muito apropriadas ao este caso, continuam sendo as palavras proferidas na fundamentao de um voto, h vrios anos, pelo ex-presidente da Associao dos Magistrados Brasileiros - AMB - Desembargador MLTON DOS SANTOS MARTINS, a propsito deste tema: .... sempre atribumos mais valores s coisas materiais do que s coisas pessoais e do esprito. No se indenizam as ofensas pessoais, espirituais e se indenizam os danos materiais. Quer dizer, uma bicicleta, um automvel, tem mais valor do que a honra e a boa fama do cidado. No se mediria a dor. Esta no tem preo, indigno at cobrar. Tem-se de comear a colocar no pice de tudo no o patrimnio, mas os direitos fundamentais vida, integridade fsica, honra, boa fama, privacidade, direitos impostergveis pessoa. O direito feito para a pessoa. No se concebe que se queira discutir, ainda hoje, se indenizveis ou no o chamado dano moral. (RJTJRS) -grifo nosso-

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Note-se a importncia dada a reparao do dano moral, j em 1911, pelo eminente magistrado Raul de Souza Martins1, que afirmara: A reparao do dano moral, no h dvida, to justamente devida como a do dano material. As condies morais do indivduo no podem deixar de merecer uma proteo jurdica igual a sua condio material, e quem por um ato ilcito a diminui deve necessariamente ser obrigado reparao. Neste sentido, dignas de compilao so as palavras recentemente emanadas pela festejada Maria Helena Diniz: Na responsabilidade civil so a perda ou a diminuio verificadas no patrimnio do lesado e o dano moral que geram a reao legal, movida pela ilicitude da ao do autor da leso ou pelo risco. O autor do dano tem o dever de indenizar, fundado sobre a responsabilidade civil para suprimir a diferena entre a situao do credor, tal como esta se apresenta em conseqncia do prejuzo, e a que existiria sem este ltimo fato. A reparao do dano moral , em regra, pecuniria, ante a impossibilidade do exerccio do jus vindicatae, visto que ele ofenderia os princpios da coexistncia e da paz sociais. A reparao em dinheiro viria neutralizar os sentimentos negativos de mgoa, dor, tristeza e angstia, pela supervenincia de sensaes positivas de alegria ou satisfao, pois possibilitaria ao ofendido algum prazer que, em certa medida, poderia atenuar seu sofrimento. Trata-se da reparao por equivalente, ou melhor, da indenizao entendida como remdio sub-rogatrio, de carter pecunirio, do interesse atingido. Na avaliao do dano moral, o rgo judicante dever estabelecer uma reparao eqitativa, baseada na culpa do agente, na extenso do prejuzo causado, e na capacidade econmica do responsvel. A reparao do dano moral cumpre, portanto, uma funo de justia corretiva ou sinalagmtica, por conjugar, de uma s vez, a natureza satisfatria da indenizao do dano moral para o lesado, tendo em vista o bem jurdico danificado, sua posio social, a repercusso do agravo1

In Revista Jurdica Consulex, Ano XI, n 259, de 31 de outubro de 2007, p. 45.Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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em sua vida privada e social e a natureza penal da reparao para o causador do dano, atendendo sua situao econmica, a sua inteno de lesar (dolo ou culpa), a sua imputabilidade, etc. A indenizao pelo dano/direito moral/fundamental deve refletir, de modo expressivo, no patrimnio do lesante, de modo que este venha a sentir a resposta da ordem jurdica, enquanto efeito do resultado lesivo produzido. Por isto, a indenizao no caso deve levar em conta, alm da condio pessoal do Autor, sobretudo, a situao econmica do soberano Demandado, que no presente caso o Estado. A advertncia formulada por Wilson Melo da Silva (O Dano Moral e sua Reparao, p. 368, 2 ed.), por Yussef Said Cahali (Dano e Indenizao, p. 26), e pelo Desembargador Amilcar de Castro (Rev. Forense, vol. XCIII, p. 528). Portanto, a reparao feita atravs de uma compensao, via indireta do dinheiro. como muito bem salientou o consagrado Caio Mrio da Silva Pereira: O problema de sua reparao deve ser posto em termos de que a reparao do dano moral, a par do carter punitivo imposto ao agente, tem de assumir sentido compensatrio. Tal carter punitivo e devido reincidncia de vrios erros que esto a prejudicar os jurisdicionados sero comprovados nos autos para a melhor avaliao do quantum a ser arbitrado. Maria Helena Diniz, (Curso de Direito Civil Brasileiro, p. 81).por sua vez, com propriedade fala da importncia do juiz na fixao do quantum reparatrio, ao ensinar:Rua Voluntrios da Ptria 812, esquina Rua Joo Manoel Sala 4 Cruz Alta-RS CEP 98025-770 Fone 055-3303-4484

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Grande o papel do magistrado, na reparao do dano moral, competindo, a seu prudente arbtrio, examinar cada caso, ponderando os elementos probatrios e medindo as circunstncias, preferindo o desagravo direto ou compensao no econmica pecuniria sempre que possvel ou se no houver riscos de novos danos Neste sentido: "ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DANO MORAL VALOR DA INDENIZAO. 1. O valor do dano moral tem sido enfrentado no STJ com o escopo de atender a sua dupla funo: reparar o dano buscando minimizar a dor da vtima e punir o ofensor, para que no volte a reincidir. 2. Posio jurisprudencial que contorna o bice da Smula 7/STJ, pela valorao jurdica da prova. 3. Fixao de valor que no observa regra fixa, oscilando de acordo com os contornos fticos e circunstanciais. 4. Recurso especial parcialmente provido." (Segunda Turma, REsp n. 604.801/RS, relatora Ministra Eliana Calmon, DJ de 7/3/2005.) Neste entendimento, temos que o valor devido a Autora deve ser medido pelo agravo moral sofrido por esta, levando em conta o poderio econmico do ente estatal, no fixando a indenizao em montante inferior a 100 salrios mnimos. DA GRATUIDADE DA JUSTIA Conforme restou demonstrado, a Autora exerce funes de auxiliar de enfermagem em hospital desta cidade. Conforme documento anexo, percebe proventos inferiores a trs salrios mnimos mensais, tendo que arcar com despesas de gua e luz, ainda, alimentao, vesturio e as demais necessidades suas e de sua filha.

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Destarte, a Autora postula, neste momento, a benesse da concesso da assistncia judiciria gratuita, uma vez que no possui condies financeiras de arcar com as custas processuais, distribuio e pagamento de carta precatria e de oficial de justia e honorrios advocatcios.sem o comprometimento de seu sustento e de sua famlia. Ademias, o E. Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, tem entendido que no se exige prova da miserabilidade, mas de que a parte no detenha condies momentneas de arcar com os custos sem acarretar dificuldades ao seu sustento ou de sua famlia, sob pena de ocasionar bice ao acesso justia. Neste sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAO FIDUCIRIA. AO REVISIONAL. GRATUIDADE DA JUSTIA. O benefcio da gratuidade da justia tem por escopo proporcionar acesso justia queles que realmente no possuem condies de arcar com as despesas processuais. No caso concreto, de ser concedido o benefcio diante dos documentos acostados e da ausncia de elementos capazes de afastar a afirmao de necessidade (JSM N. 70014473946/2006) A Eminente Desembargadora Judith dos Santos Mottecy da Dcima Quarta Cmara desta Corte Gacha, Relatora da deciso acima proferida, oportunamente manifestou-se acerca do quantum concedido, o que nem de perto o Autor aufere por ms, veja: (...) Alis, o enunciado n 2 da Coordenadoria Cvel de Porto Alegre dispe: o benefcio da gratuidade judiciria pode ser concedido, sem maiores perquiries, aos que tiverem renda mensal at dez salrios mnimos. Trata-se, evidentemente, de parmetro fixado sem atentar s peculiaridades de cada caso, mas que serve como ponto de referncia ao julgador. No caso, o salrio do agravante est dentro deste patamar(...) (grifou-se).

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DO PEDIDO Ex Positis, requer a Vossa Excelncia se digne em receber a presente petio, em todos os seus termos, postulando desde j: a) Que seja concedido a Autora o beneplcito da Assistncia Judiciria Gratuita, nos termos da Lei 1.060/50, eis que no dispe de recursos para o pagamento das custas judiciais e honorrios advocatcios, sem desfalque do necessrio a sua subsistncia e dos seus; b) Seja determinada a citao do Ru, Estado do Rio Grande do Sul, na pessoa de seu representante legal, para oferecer resposta sob forma de contestao, sob pena de confisso sobre a matria de fato e, querendo, acompanh-la at o final; c) Seja o Demandado condenado a indenizar a Autora pelos Danos Morais causados por seus agentes/representantes, a serem arbitrados por Vossa Excelncia, segundo os critrios mencionados nos fundamentos desta petio, nos termos do artigo 944 do Cdigo Civil, devendo o valor no ser inferior a 100 (cem) salrios mnimos, devidamente atualizado tambm segundo os critrios legais at a data do efetivo pagamento, acrescidos ainda de juros de mora taxa legal a partir da citao; d) Ao final, que seja julgada totalmente procedente a presente demanda, em todos os seus termos e pedidos, condenando o Demandado alm dos danos causados, ao pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios, que devero ser arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenao; e) Requer ainda, seja oficiado a Delegacia Regional de Polcia Civil de Cruz Alta, para que, em 48 horas, fornea Cpia Integral dos Inquritos Policiais nmeros 004/08/150705-A, 1508/08 e 1588/08;

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f) Seja oficiado a 2 Promotoria de Justia Criminal de Cruz Alta/RS, para que preste informaes sobre eventuais providencias tomadas no que se refere ao presente caso; Requer a produo de todos os meios probantes em direito admitidos, dentre eles, a prova documental, testemunhal, depoimento pessoal das partes envolvidas, sob pena de confisso se no comparecer, ou, comparecendo, se negar a depor. Para fins fiscais, d-se a causa o valor de R$ 41.500,00 (Quarenta e um mil e quinhentos reais). Nestes termos, Pede deferimento. Cruz Alta, 29 de maio de 2007. Gabriel Octacilio Bohn Edler CPF: OAB/RS 65.137 Jorge Augusto Banza de Arruda CPF: 003.604.430-01 OAB/RS 69.350

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