apostila trauma mmss e mmii com radiografia

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Traumatologia MMSS e MMII TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS SUPERIORES Luxação esternoclavicular - Luxação muito rara - Classificação: a) Anterior ( + comum) – Extremidade esternal luxa anterior Mecanismo traumático – trauma ântero-lateral no ombro. b) Posterior - Extremidade esternal luxa posterior Mecanismo traumático – trauma postero-lateral no ombro ou trauma direto sobre a extremidade esternal - Tratamento conservador: Imobilização com “8” por 6 semanas ou tipóia nos casos mais brandos. - Tratamento Cirúrgico: Fixação interna com fio de Kirschner ou ressecção da extremidade esternal. - Complicação: Subluxação permanente Fratura da clavícula - É um dos ossos que mais sofre traumatismo, principalmente na infância. - Classificação: a) Terço médio (80% dos casos) – é uma fratura instável Mecanismo traumático – trauma direto ou indireto b) Terço lateral (15%) Mecanismo traumático – trauma indireto (queda sobre o ombro) c) Terço medial (rara) Mecanismo traumático – trauma direto (normalmente cinto de segurança) Prof.: Ricardo Pereira email.: [email protected]

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Page 1: Apostila Trauma Mmss e Mmii Com Radiografia

Traumatologia MMSS e MMII

TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS SUPERIORES

Luxação esternoclavicular

- Luxação muito rara

- Classificação:a) Anterior ( + comum) – Extremidade esternal luxa anterior

Mecanismo traumático – trauma ântero-lateral no ombro.

b) Posterior - Extremidade esternal luxa posterior Mecanismo traumático – trauma postero-lateral no ombro ou trauma direto

sobre a extremidade esternal

- Tratamento conservador: Imobilização com “8” por 6 semanas ou tipóia nos casos mais brandos.

- Tratamento Cirúrgico: Fixação interna com fio de Kirschner ou ressecção da extremidade esternal.

- Complicação: Subluxação permanente

Fratura da clavícula

- É um dos ossos que mais sofre traumatismo, principalmente na infância.

- Classificação:a) Terço médio (80% dos casos) – é uma fratura instável

Mecanismo traumático – trauma direto ou indireto

b) Terço lateral (15%) Mecanismo traumático – trauma indireto (queda sobre o ombro)

c) Terço medial (rara) Mecanismo traumático – trauma direto (normalmente cinto de segurança)

- Tratamento conservador: Criança – Imobilização toracobraquial por 6 semanas Adulto – imobilização com “8” por 6 à 8 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Fixação com fio de Kirschner intramedular Placa e parafuso (principalmente em homens)

- Complicações: Pseudoartrose Compressão vasculo-nervosa

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Traumatologia MMSS e MMII

FRATURAS DA CLAVÍCULA:Fig. 1 – Fratura do terço médio.Fig. 2 – Tratamento com placa e parafuso.Fig. 3 – Tratamento com fio de Kirschner

Luxação acrômio-clavicular

- É uma luxação relativamente comum e ocorrem predominantemente em homens (90,5%)

- Mecanismo traumático: Trauma direto – queda sobre o ombro (+ comum) Trauma indireto – queda com a mão espalmada

- Sinal Clínico: O sinal clínico mais comum é o “sinal da tecla de piano”, que é a queda do

úmero e da escapula em relação a clavícula que fica aparentemente elevada.

- Classificação de Rockwood: Tipo I – Entorse. Tipo II – Subluxação com ruptura do lig. acrômio-clavicular. Tipo III – Luxação com espaço coracoclavicular aumentado de 25 à 100%,

com ruptura de todos ligamentos. Tipo IV – Luxação posterior da clavícula com ruptura de todos ligs. Tipo V – Luxação com espaço coracoclavicular aumentado de 100 à 300%,

com ruptura de todos ligs. Tipo VI – Luxação inferior da clavícula com ruptura de todos os ligs.

- Tratamento conservador: Tipóia de 6 à 8 semanas

- Tratamento cirúrgico: Fixação com fio de Kirschner.

- Complicações: Perda de redução Subluxação permanente

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Traumatologia MMSS e MMII

LUXAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULARFig. 1 – Sinal da tecla de piano em visão posterior.Fig. 2 – Subluxação acrômio-clavicular.Fig. 2 – Tratamento com parafuso coracoclavicular.

Fratura da Escápula

- São fraturas extremamente raras que normalmente ocorrem em indivíduos politraumatizados.

- Mecanismo traumático: Trauma direto (+ comum) Avulsão

- Tratamento conservador (+ comum) Repouso ou tipóia por 6 semanas.

- Tratamento cirúrgico (raro) Fixação com parafuso ou placa e parafuso.

FRATURA DA ESCÁPULA:Fig. 1 – Fratura do corpo da escápula.Fig. 2 – Fratura do tubérculo supraglenoidal fixado com parafuso.

Fratura proximal do úmero

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Traumatologia MMSS e MMII

- São as fraturas do úmero mais comuns nos idosos e normalmente (80%) não apresentam desvios.

- Mecanismo traumático: Queda sobre o ombro (+ comum) Queda com mão espalmada

- As fraturas proximais do úmero são consideradas com desvio quando o afastamento entra os fragmentos for igual ou maior que 1 cm ou angulado mais de 45 º do outro fragmento.

- Classificação de Neer:

Duas partes: a) Colo anatômico – fratura rara geralmente de mau prognóstico, tem alto risco

de necrose quando existe desvio.b) Colo cirúrgico – é a mais comum e normalmente tem bom prognóstico.c) Tubérculo maior – prognóstico reservado, risco de necrose.d) Tubérculo menor – bom prognóstico.

Três partes: (são muito instáveis) a) Com fratura do tubérculo maior (pior prognóstico).b) Com fratura do tubérculo menor.

Quatro partes: (normalmente evolui pra necrose da cabeça, sendo o tratamento geralmente a prótese).

Fratura luxação a) Fratura 2 partes + luxação gleno-umeral.b) Fratura 3 partes + luxação gleno-umeralc) Fratura 4 partes + luxação gleno-umeral

Fratura da superfície articular a) Comprometimento menor que 20% da superfície (tto conservador)b) Comprometimento de 20 a 45% da superfície (tto com osteossíntese)c) Comprometimento maior que 45% da superfície (tto com prótese)

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio) Imobilização em posição de Velpeau com coxim axilar por 2 à 4 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso (placa PFS) Parafuso Prótese (Fratura 4 partes, colo anatômico com desvio e em casos de necrose)

- Complicações: Rigidez articular Pseudoartrose Necrose avascular (fratura 4 partes, colo anatômico e tubérculo maior) Lesão da artéria axilar Lesão do nervo axilar

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Traumatologia MMSS e MMII

FRATURA PROXIMAL DO ÚMERO:Fig. 1 – Fratura proximal do úmero 2 partes.Fig. 2 – Tratamento com placa e parafuso.Fig. 3 – Fratura proximal do úmero 3 partes.

FRATURA DE HILL- SACHS E LUXAÇÃO GLENO-UMERAL:

Fratura diafisária do úmero

- É uma fratura mais comum em jovens e geralmente produz grande deformidade.

- Mecanismo traumático: Trauma direto (+ comum) Trauma indireto (queda com a mão espalmada)

- No exame físico é imprescindível uma analise minuciosa das funções do nervo radial.

- Tratamento conservador (realizado em 90% dos casos) Imobilização com calha em “U” (pinça de confeiteiro) por aproximadamente 4

semanas + tipóia.

- Tratamento cirúrgico: Haste intramedular. Placa e parafuso Fixador externo

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Traumatologia MMSS e MMII

- Complicações: Lesão do nervo radial (muito comum) Pseudoartrose Lesão da vascular Consolidação viciosa.

FRATURA DIAFISÁRIA DO ÚMERO:Fig. 1 – Fratura diafisário do terço médio do úmeroFig. 2 – Tratamento com placa e parafuso.Fig. 3 – Tratamento com haste intramedular.Fig. 4 – Colo ósseo de uma fratura tratada conservadoramente.

Fraturas distais do úmero

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Traumatologia MMSS e MMII

- Existem muitas classificações para as fraturas distais do úmero, sendo que na pratica, assim como na classificação AO elas são divididas em três grupos:

Fratura supracondílea (grupo A) – muito comum em crianças e raras em adultos

Fratura unicondilar ou condilar (grupo B) – são fraturas muito raras 3 à 4% das fraturas distais do úmero.

Fratura supraintercondílea (grupo C) – São as mais comuns, chegando a 60% das fraturas distais do úmero.

- Mecanismo traumático: Trauma direto sobre a face posterior do cotovelo – mais comum nas fraturas

supraintercondíleas Trauma indireto – normalmente queda com a mão espalmada, mais comum

nas fraturas supracondíleas.

- Tratamento conservador (+ utilizado nas fraturas supracondíleas e condíleas sem desvio)

Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus, a mão pode estar em posição neutra (supracondilar), pronada (côndilo medial) ou supinada (côndilo lateral) por 6 à 8 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Parafuso. Fio de Kirschner. Placa e parafuso.

- Complicações: Contratura isquêmica de Volkman (típica da supracondílea)

Rigidez articular. Síndrome compartimental Lesão do nervo ulnar (fratura condilar medial) Cotovelo valgo ou varo. Miosite ossificante (Comum em crianças)

FRATURA DISTAL DO ÚMERO:Fig. 1 – Fratura supracondiliana AP.Fig. 2 – Fratura supracondiliana perfil.

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Fig. 3 – Fratura condilar medial AP.Fig. 4 – tratamento com placas e parafusos.

Fratura do olécrano

- É a fratura do cotovelo mais comum no adulto.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – geralmente cominutiva Trauma indireto – queda com a mão espalmada ou avulsão do tríceps.

- Geralmente é classificada de acordo com o traço.

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio) Imobilização axilopalmar com cotovelo fletito à 90 graus por

aproximadamente 6 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso. Parafuso Banda de tensão.

- Complicações: Rigidez articular. Lesão do nervo ulnar. Artrose precoce.

FRATURA DO OLÉCRANO:Fig. 1 – Fratura do olecrano.Fig. 2 – Fratura do olecrano tratada com banda de tensão (perfil)Fig. 3 - Fratura do olecrano tratada com banda de tensão (AP)

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Luxação do cotovelo

- É a segunda luxação mais comum do corpo.

- Mecanismo traumático: Trauma indireto – a maioria das luxações ocorrem por queda com a mão

espalmada e pela combinação de forças em valgo, em supinação e forças axiais.

- A luxação do cotovelo pode ser: Simples – sem fratura associada. Complexas – com fraturas associadas (mais comum cabeça do rádio)

OBS: Se a luxação do cotovelo ocorrer associada à fratura da cabeça do rádio e do processo coronóide, é caracterizada a “tríade terrível do cotovelo”, que evolui com instabilidade crônica do cotovelo.

- Classificação: Luxação posterior (mais comum). Luxação anterior. Luxação lateral. Luxação medial Luxação divergente (ulna p/ um lado e rádio p/ outro)

- Tratamento conservador (luxação simples é sempre tratada conservadoramente) Redução + tipóia ou imobilização com cotovelo fletido por uma semana.

- Complicações: Luxação simples dificilmente complica.

LUXAÇÃO DO COTOVELO E FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO:Fig. 1 – Luxação posterior do cotovelo isolada.Fig. 2 – Luxação posterior do cotovelo associada à fratura da cabeça do rádio.Fig. 3 – Luxação lateral do cotovelo isolada.

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Fratura da cabeça do rádio.

- Representam aproximadamente 33% das fraturas do cotovelo, acometendo mais indivíduos adultos.- Mecanismo traumático:

Trauma indireto - queda com a mão espalmada.

- Classificação Mason: Tipo I – sem desvio. Tipo II – Desviada. Tipo III – cominutiva. Tipo IV – Associada com luxação do cotovelo.

- Tratamento conservador (no tipo I): Tipóia americana por aproximadamente duas semanas.

- Tratamento cirúrgico: Fixação com parafuso ou fio de Kirschner. Excisão da cabeça do rádio (tipo III)

- Complicações (são raras): Instabilidade e dor no punho (no caso de excisão da cabeça do rádio) Rigidez articular

FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO:Fig. 1 – Fratura da cabeça do rádio (AP)Fig. 2 - Fratura da cabeça do rádio (perfil)Fig. 3 – Tratamento com placa e parafuso.

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Fratura de diafisária dos ossos do antebraço.

- As fraturas diafisária do antebraço correspondem a 10 – 14% das fraturas do corpo. Esta fratura pode ocorrer isolada, geralmente da ulna, ou combinada (fratura da ulna e rádio), nos dois casos a manutenção do movimento de pron-supinaçaõ é o principal objetivo do tratamento.

- A fratura isolada da ulna é conhecida como “fratura do cacetete”.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – é o mais comum, principalmente nos casos de fratura isolada

da ulna. Trauma indireto – geralmente ocorre por queda com a mão espalmada, sendo

os dois ossos geralmente fraturados.

- Nas fraturas diafisária do antebraço são aceitáveis pequenos desvios. Desvios angulares menores que 10 º são aceitáveis. No caso da fratura isolada da ulna desvios em qualquer plano menor que 50% é aceitável.

- Tratamento conservador (pouco utilizado): Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus por

aproximadamente 8 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso (permite mobilidade precoce)

- Complicações (raras): Pseudoartrose. Lesão nervosa. Lesão vascular Síndrome compartimental. Consolidação viciosa.

FRATURA ISOLADA E COMBINADA DOS OSSOS DO ANTEBRAÇO:Fig. 1 – Fratura combinada do rádio e ulna.Fig. 2 – Tratamento com placa e parafusos.Fig. 3 – Fratura isolada do terço inferior da ulna (fratura do cassetete).

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura-luxação de Monteggia.

- É uma fratura da ulna associada a luxação da cabeça do rádio.

- A fratura da ulna pode ser metafisária ou diafisária.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – é o mais freqüente.

- Tratamento conservador (normalmente feito em crianças): Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido e mão neutra por

aproximadamente 6 semanas.- Tratamento cirúrgico:

Fixação com placa e parafuso + imobilização igual anterior.

- Complicações: Pseudoartrose. Reluxação da cabeça do rádio. Perda de redução

FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA:Fig. 1 – Fratura-luxação de Monteggia.Fig. 2 – Tratamento com placa e parafusos.

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Fratura-luxação de Galeazzi.

- É a fratura do rádio associada à luxação da articulação rádio-ulnar distal

- Mecanismo traumático: Trauma direto – sobre a face dorsolateral do punho. Trauma indireto – queda com a mão espalmada.

- Tratamento cirúrgico (o tratamento é sempre cirúrgico): Placa e parafuso + imobilização por 6 semanas.

- Complicações: Subluxação permanente da articulação rádio-ulnar distal. Pseudoartrose. Consolidação viciosa

FRATURA-LUXAÇÃO DE GALEAZZI:Fig. 1 – Fratura-luxação de Galeazzi.Fig. 2 – Fratura-luxação de Galeazzi (em prono).Fig. 3– Tratamento com placa e parafusos.

SHAPE \* MERGEFORMAT

Fraturas distais do rádio.

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Traumatologia MMSS e MMII

- Estão entre as fraturas mais freqüentes do corpo e são seis vezes mais comuns em mulheres e normalmente decorrem de traumas de baixa energia.

- São muitas as classificações utilizadas nas fraturas distais do rádio, mas normalmente são descritos 4 tipos mais importantes:

Fratura de Colles –fratura distal do rádio com desvio dorsal. Fratura de Smith – fratura distal do rádio com desvio anterior. Fratura de Chofer – fratura da apófise estilóide. Fratura-luxação de Barton – fratura distal do rádio intra-articular com luxação

do punho.

- Mecanismo traumático: Trauma indireto – normalmente queda com a mão espalmada.

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio): Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus e mão em leve

pronação e desvio ulnar por aproximadamente 3 semanas + luva gessada por mais aproximadamente 3 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Fixação com fio de Kirschner. Placa e parafuso (Barton) Fixador externo (fraturas cominutivas)

- Complicações: Distrofia simpática reflexa (típica desta fratura). Consolidação viciosa (+ comum). Rigidez articular. Artrose precoce.

FRATURA DISTAL DO RÁDIO:Fig. 1 – TC 3D de uma fratura distal do rádio cominutiva (AP)Fig. 2 – TC 3D de uma fratura distal do rádio cominutiva (perfil)

FRATURA DE COLLES:Fig. 1 – Fratura de Colles (AP)

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Traumatologia MMSS e MMII

Fig. 2 – Fratura de Colles (perfil), repare o desvio dorsal.

FRATURA DE SMITH:Fig. 1 – Fratura de Smith (perfil).Fig. 2 – Fratura de Smith (perfil).Fig. 3 – Fratura de Smith (AP)

FRATURA-LUXAÇÃO DE BARTON:Fig. 1 – Fratura-luxação de Barton (AP)Fig. 2 – Fratura-luxação de Barton (perfil)Fig. 3 – Fratura-luxação de Barton (perfil aproximado), repare a luxação antero-proximal.Fig. 4 – tratamento com placa em “T”.

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FRATURA DO ESCAFÓIDE:Fig.1 – Fratura do escafóide.Fig.2 – Fratura do escafóide.Fig.3 – Fratura do escafóide tratada com parafuso.

Fratura do escafóide.

- Ocorre mais freqüentemente em adultos jovens. Em geral são fraturas que produzem poucos sinais clínicos, assim sendo, é comum sua negligencia.

- Mecanismo traumático: Queda com a mão espalmada.

- Diagnostico Radiológico: Alem dos raros sinais clínicos específicos a fratura do escafóide também é de

difícil diagnostico radiológico, sendo necessário pelo menos 4 incidências para sua confirmação. As incidências necessárias são: ântero-posterior com leve extensão, perfil, obliqua com 30 graus de pronação e obliqua com 30 graus de supinação. Muitas vezes inicialmente a radiografia não mostra a fratura, nesta situação a repetição da radiografia é indicada após 2 semanas ou uma cintilografia óssea pode ser solicitada para sua confirmação.

- Classificação (nível anatômico): Fratura do terço proximal (pior prognostico). Fratura do terço médio. Fratura do terço distal.

- Tratamento conservador (sem desvio) Imobilização axilopalmar com cotovelo fletido a 90 graus e mão em posição

de segurar copo por 3 meses (após 5 semanas o cotovelo pode ser liberado).

- Tratamento cirúrgico: Fixação com fio de Kirschner ou parafuso.

- Complicações: Necrose avascular. Consolidação viciosa. Pseudoartrose.

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Traumatologia MMSS e MMII

Rigidez articular. Artrose precoce.

FRATURA DO ESCAFÓIDE:Fig.1 – Fratura do escafóide.Fig.2 – Fratura do escafóide.Fig.3 – Fratura do escafóide tratada com parafuso.

Fratura dos metacarpos e falanges.

- As fraturas dos metacarpos e das falanges correspondem a 10% das fraturas dos membros superiores e a 80% das fraturas da mão, apresentando maior incidência do primeiro e quinto raio.

- Mecanismo traumático: Trauma direto (mais comum) - acidentes de trabalho, pratica de esporte e

quedas

- Classificação (não há classificação especifica, normalmente se descreve o ponto anatômico fraturado)

Cabeça. Colo. Corpo (diáfise). Base.

- Tipos especiais de fraturas dos metacarpos: Fratura luxação de Bennett – fratura intra-articular da base do primeiro

metacarpo + luxação do polegar. Fratura de Rolando – fratura cominutiva da base do primeiro metacarpo. Fratura de Boxer – Fratura do colo do quinto e/ou quarto metacarpo.

- Tratamento conservador (mais comum): Normalmente é feito com imobilização de todos os dedos em posição

“intrínseca plus” (metacarpo-falangiana fletida a cerca de 70 graus e interfalangiana em extensão ou 10 graus de flexão) por cerca de 4 semanas.

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Traumatologia MMSS e MMII

- Tratamento cirúrgico: Fio de Kirschner. Parafuso. Placa e parafuso (fraturas diafisária)

- Complicações: Rigidez Consolidação viciosa. Artrose precoce (nas intra-articulares)

FRATURA-LUXAÇÃO DE BENNETT:Fig. 1 – Fratura-luxação de Bennett.Fig. 2 – Tratamento com fio de Kirschner.

FRATURA DE ROLANDO:Fig. 1 – Fratura de Rolando.

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FRATURA DE BOXER:

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Traumatologia MMSS e MMII

Fig. 1 – Fratura de Boxer em um adolescente (quinto meta).Fig. 2 – Fratura de Boxer (quinto meta).Fig. 3 – Fratura de Boxer fixada com fio de Kirschner.

FRATURA DOS METACARPOS E FALANGES:Fig. 1 – Fratura da diáfise do segundo metacarpo.Fig. 2 – Fratura da cabeça das metacarpos.Fig. 3 – Fratura por avulsão da base da falange média.

TRAUMATOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES

Fraturas da pelve

- As fraturas da pelve instáveis comumente estão associadas a lesões de órgãos e estruturas da cavidade pélvica. Nos casos de fraturas expostas a mortalidade chega a 50%.

- Mecanismo traumático: Em idosos normalmente é provocada por traumas diretos de baixa energia

(queda da própria altura). Em jovens pode ser provocada por traumas diretos e indiretos de alta energia

(acidentes de carro)

- Classificação (são muitas as classificações utilizadas pra essas fraturas, contudo o prognostico e o tratamento depende diretamente da estabilidade da fratura, assim a classificação quanto a estabilidade, descrita a baixo, torna-se muito utilizada).

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura sem ruptura do anel pélvico.a) Avulsão – Espinha ilíaca ântero-superior ou tubérculo isquiático.b) Ramo púbico.c) Ísquio – Por trauma direto.

Fratura com ruptura do anel pélvico estável.a) Asa do ílio.b) Assoalho do acetábulo.c) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico homolateral.

Fratura com ruptura do anel pélvico instável.a) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico bilateralb) Asa do ílio ou sacro com ruptura da sínfise.c) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico + asa homolateral

- Tratamento conservador (fraturas sem ruptura do anel pélvico): Repouso

- Tratamento cirúrgico: Parafuso. Placa e parafuso. Fixador externo.

Obs: Carga só após 12 a 16 semanas.

- Complicações: Doenças tromboembólicas. Pneumonias. Lesão nervosa. Lesão urogenital Consolidação viciosa (principal causa de dor no pós operatório)

Obs: Nos casos de fraturas instáveis o paciente deve permanecer no leito por aproximadamente 6 semanas e os exercícios ativos só devem ser liberados após 3 semanas.

Fratura da asa do Ílio (1), do acetábulo (1 e 4) e dos ramos ísquio-púbicos (3)

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Traumatologia MMSS e MMII

Tratamento cirúrgico de uma fratura do acetábulo (1), fratura bilateral dos ramos ísquio-púbicos (2) e luxação da sínfise púbica com fratura do sacro (3)

Fraturas do acetábulo.

- Há basicamente dois grupos de pacientes com fraturas do acetábulo. O primeiro composto de idosos com ossos osteoporóticos, associada a traumatismo de baixa energia. O outro é formado por jovens, vítimas de acidentes de alta energia, geralmente politraumatizados. Essas fraturas estão freqüentemente associadas a lesões de partes moles.

-Classificação: Fratura anterior – fratura muita rara e de bom prognóstico, pois não afeta a

área de carga do acetábulo. Fratura posterior – comum a associação a luxação do quadril. Fratura transversa – normalmente é estável. Fratura complexa – mais comum e normalmente de mau prognóstico.

-Tratamento conservador (raramente é realizado. Só é utilizado nas fraturas sem desvio):

Repouso com restrição de carga.- Tratamento cirúrgico:

Placa e parafuso. Artroplastia do quadril (fraturas complexas em indivíduos idosos)

- Complicações: Tromboembolismo. Lesão vascular. Lesão nervosa. Calcificação heterotópica. Artrose pós-traumática.

Luxação do quadril.

- As luxações do quadril raramente ocorrem sem fraturas associadas.

-Classificação: Luxação central (só ocorre com fraturas, sendo abordadas de acordo com a

complexidade da fratura). Luxação anterior (corresponde a 10 a 15%) – Clinicamente a coxa fica rodada

externamente, abduzida e ligeiramente fletida.

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Traumatologia MMSS e MMII

Luxação posterior (mais comum) - Clinicamente a coxa fica rodada internamente, aduzida e em leve flexão; alem de encurtada.

Aspecto clínico da luxação post. (1) e da luxação anterior (2) Radiog. luxação post. (3)

- Tratamento conservador (é sempre a opção nos casos de luxação sem fratura) Redução incruenta sob anestesia.

- Complicações: Necrose da cabeça do fêmur. Artrose precoce. Miosite ossificante. Lesão nervosa. Lesão vascular

Fratura do colo do fêmur.

- São fraturas típicas de idosos e acometem predominantemente mulheres (5 : 1), provavelmente pela maior incidência de osteoporose nas mulheres.

- Mecanismo Traumático. Em Jovens normalmente é provocada por traumas indiretos de alta energia. Em idosos pode ser provocada por traumas de baixa energia (queda da

própria altura).

- Classificação de Garden Tipo I – Fratura impactada em valgo (adução) ou incompleta. Tipo II – Fratura completa sem desvio. Tipo III – fratura com desvio de até 50%. Tipo IV – Fratura com desvio maior de 50%.

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Traumatologia MMSS e MMII

Os 4 estágios das fraturas do colo de fêmur de acordo com Garden

- Tratamento conservador (tipo I) Repouso com restrição de carga.

- Tratamento Cirúrgico: Fio de Kirschner. Parafusos canulados. Placa DHS (Dynamic Hip Screw) Prótese (necrose)

OBS: A carga só é liberada após a consolidação, aproximadamente 12 semanas. Com exceção das tratadas com placa DHS.

- Complicações: Necrose da cabeça. Artrose. Pseudoartrose (20 a 30%). T.V.P. Pneumonias (idosos)

Fratura transtrocantérica.

- É uma fratura típica das mulheres da terceira idade e é descrita como a fratura proximal do fêmur mais comum.

- Pode ser simples ou associada à fratura dos trocânter maior ou menor.

- Mecanismo Traumático: Normalmente é provocada por uma queda da própria altura sobre a face

lateral da coxa.

- Tratamento cirúrgico (é sempre tratada cirurgicamente) Placa DHS. (a carga é liberada precocemente)

- Complicações (são raras): T.V.P. Perda de redução Consolidação viciosa

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Traumatologia MMSS e MMII

Fraatura de colo de fêmur fixada com 3 parafusos (1), fratura transtrocantérica(2), placa D.H.S. (Dynamic Hip Screw) e haste P.F.N. (Proximal Femural Nail).

Epifisiólise da cabeça do fêmur (coxa vara do adolescente).

- É o deslocamento da epífise superior do fêmur em relação ao colo, em ossos imaturos.

- Ocorre pouco antes da puberdade (12 anos meninas e 15 anos meninos) e pode estar relacionada com distúrbios endócrinos ou obesidade.

- Causa – incerta, mas pode está relacionada com trauma.

- A incidência é maior em meninos.

- Tipos: Crônica (mais comum) – Tem inicio insidioso Aguda – Tem inicio súbito, geralmente após um trauma Crônica agudizada – Tem inicio insidioso e subitamente os sintomas pioram,

geralmente após um trauma.

- Quadro clinico: Claudicação Coxa rodada externamente. Dor na região inguinal. Rotação interna diminuída. Abdução diminuída.

- Classificação de Wilson:Grau 0 – alargamento da fise.Grau I – deslizamento de até 1/3 da largura do colo.Grau II – deslizamento de 1/3 a 1/2 da largura do colo.Grau III – deslizamento maior que ½ da largura do colo.

- Tratamento cirúrgico. Fixação com parafusos ou fio de Kirschner.

- Complicações: Varismo de coxa.

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Traumatologia MMSS e MMII

Necrose da cabeça. Artrose Bilateral (15 a 30%)

Epifisiólise (1) e tratamento com 3 fios de Kirschner na epifisiólise (2).

Fratura diafisária do fêmur

- É uma fratura que freqüentemente lesa o quadríceps e acomete mais indivíduos adultos jovens. Seu tratamento é essencialmente cirúrgico. No passado o tratamento conservador com tração transesquelética até a consolidação da fratura era freqüentemente realizado e produzia muitas complicações.

- Mecanismo Traumático: Normalmente é provocada por traumas de alta energia direto ou indireto,

muito comum em acidentes automobilísticos e atropelamentos.

- Clinicamente é de fácil diagnostico, isso porque quase sempre produz deformidade.

- Tratamento Conservador: Não é mais realizado por causa das complicações.

- Tratamento cirúrgico: Haste intramedular (carga liberada de acordo com a tolerância do paciente) Placa e parafuso. Fixador externo.

- Complicações: Pseudo-artrose Retardo de consolidação Consolidação viciosa.

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura diafisária de fêmur e tratamento com haste (1 e 2).

Tração transesquelética.

Fratura distal do fêmur.

- São fraturas mais comuns em jovens e normalmente com grande potencial de desvio. Clinicamente produz deformidade e edema no joelho.

- Mecanismo traumático: Trauma indireto – é o mais comum.

- Pode ser extra-articular (melhor prognostico) ou intra-articular.

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio): Imobilização com tubo gessado com joelho fletido a 20 graus por

aproximadamente 10 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso. Parafuso.

- OBS: No pós-operatório pode ser indicado o uso do aparelho de CPM no período hospitalar.

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Traumatologia MMSS e MMII

Aparelho de movimento contínuo (CPM)

- Complicações: Artrose precoce. Rigidez. Pseudo-artrose.

Fratura distal de fêmur e tratamento com placa e parafuso de compressão dinâmica.

Fratura da patela.

- Representam 1% de todas as fraturas do corpo e acometem mais homens de meia idade.

- Mecanismo Traumático: Trauma direto com joelho fletido.

- Classificação: Sem desvio. Com desvio (desvio maior que 3mm)

- Classificação quanto ao traço: Transversa. Vertical. Polar superior. Polar inferior. Cominutiva.

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Traumatologia MMSS e MMII

- Tratamento conservador (fraturas incompletas): Tubo gessado com joelho em extensão por 6 semanas aproximadamente.

- Tratamento cirúrgico: Banda de tensão. Fio de Kirschner. Patelectomia total e parcial.

- Complicações: Refratura. Pseudoartrose. Artrose precoce. Tendinite patelar. Ruptura do tendão patelar.

Fratura transversa (1), fixação em banda de tensão (2 e 3) e fio de proteção dinâmica.

Fratura do platô tibial

- São fraturas mais comuns em indivíduos idosos (8%) do que no resto da população (1%).

- Mecanismo Traumático: Trauma direto – mais comum do côndilo lateral. Trauma indireto – traumas axiais.

- A fratura do côndilo lateral por trauma direto é conhecida por “fratura do pára-choque”.

- Tratamento conservador (fratura sem desvio): Tubo gessado com joelho fletido a 20 graus por aproximadamente 10

semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso (placa em contraforte). Parafuso.

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Traumatologia MMSS e MMII

- OBS: No pós-operatório pode ser indicado o uso do aparelho de CPM no período hospitalar.

- Complicações: Artrose precoce. Rigidez Pseudo-artrose.

Fratura do platô tibial (1) e fixação com placa em contraforte e parafusos (2 e 3)

Fratura diafisária da tíbia e fíbula.

- São as fraturas dos ossos longos mais freqüentes e pode ocorrer de forma isolada ou combinada.- A fratura da diáfise da tíbia é a fratura exposta mais comum.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – atropelamento. Trauma indireto – geralmente associado a força de torção.

- A classificação das fraturas da tíbia levam em consideração os seguintes aspectos: Aberta ou fechada. Traço. Instável e estável.

- Tratamento conservador da tíbia: Imobilização inguinopodálica por 4 - 6 semanas + suropodélica por mais 4 – 6

semanas.

- Tratamento cirúrgico da tíbia: Haste intramedular (carga de acordo com tolerância do paciente). Fixador externo. Placa e parafusos (pouco comum)

- OBS: As fraturas dos 2/3 superiores da fíbula deve ser negligenciada.

- Complicações: Lesão nervosa.

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Traumatologia MMSS e MMII

Lesão vascular. Consolidação viciosa. Pseudo-artrose. Síndrome compartimental.

Fratura diafisária e tratamento com haste intramedular (1 e 2); fixador ext. circular e linear (3 e 4).

Fratura do pilão ou teto tibial

- Possui o nome de pilão pois a fratura é provocada pelo impacto do tálus sobre a tíbia.

- Mecanismo Traumático: Trauma indireto – é provocado pelo impacto do tálus no teto tibial.

- Tratamento conservador (raro): Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas.

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso. Parafuso.

- Complicações: Rigidez. Pseudoartrose. Artrose precoce.

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura do teto tibial e tratamento com placa e parafuso (1 e 2).

Fraturas Maleolares.

- São fraturas muito freqüentes e podem ocorrer no maléolo lateral, medial ou bimaleolar.

- Mecanismo traumático: Quase sempre provocada por uma entorse do tornozelo.

- Estão freqüentemente associadas à lesão ligamentares.

- Classificação de Weber e Danis (maléolo fibular): Infrasindesmal – provocada por inversão é uma fratura por avulsão dos

ligamentos laterais (pode estar associada à fratura do maléolo tibial). Transindesmal – provocada por eversão (pode estar associada à lesão da

sindesmose, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial). Suprasindesmal – provocada por eversão (pode estar associada à lesão do

lig. deltóide, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial. A sindesmose está sempre lesada).

- Tratamento conservador (fratura sem desvio, infra ou transindesmal): Imobilização suropodálica por 6 semanas aproximadamente.

- Tratamento cirúrgico (sempre na suprasindesmal): Placa e parafuso. Fio de Kirschner (maléolo medial) Parafuso (maléolo medial).

- Complicações: Pseudoartrose. Rigidez. Artrose precoce. Edema residual.

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura bímaleolar suprasindesmal (1 e 2) e fratura bímaleolar transindesmal (3 e 4)

Fratura do tálus.

- São fraturas raras e potencialmente graves pelo risco de necrose e artrose.

- Mais de 60% superfície do tálus é coberta por cartilagem isso explica o alto risco de necrose e artrose.

- Mecanismo traumático:

Trauma indireto - o tálus é comprimido entre o calcâneo e a tíbia.

- A fratura do tálus pode ocorrer nos seguintes níveis: Cabeça. Colo (+ comum) Corpo.

- É comum a associação com outras fraturas como: Maléolo medial (comum). Calcâneo Metatarso

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio) Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas. (sem carga)

- Tratamento cirúrgico: Parafuso (sem carga por 6 semanas) Artrodese subtalar nos casos de fraturas cominutivas em idosos (sem carga

por no mínimo 8 semanas)

- Complicações: Necrose. Artrose precoce. Rigidez Consolidação viciosa.

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura do colo do tálus e fixação com parafusos (1 e 2)

Fratura do calcâneo.

- São lesões comuns em jovens.

- Estão freqüentemente associadas as fraturas de tornozelo.

- Mecanismo traumático. Trauma direto – normalmente impacto do calcâneo no solo.

- As fraturas do calcâneo podem ser: Extra-articular – 25% Intra-articular – 75%

- Tratamento conservador (fraturas sem desvio): Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas (sem carga).

- Tratamento cirúrgico: Placa e parafuso (sem carga por 6 semanas). Parafuso (sem carga por 6 semanas) Artrodese subtalar nos casos de fraturas cominutivas em idosos (sem carga

por no mínimo 8 semanas).

- Complicações: Artrose. Rigidez. Síndrome compartimental. Tendinite dos fibulares.

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Traumatologia MMSS e MMII

Fratura do calcâneo e fixação com placa (1 e 2) e fratura por avulsão do calcâneo.

Fratura-luxação de Lisfranc

- É a fratura da base do segundo metatarso (95% das vezes) + luxação da articulação tarso-metatarso (art. de Lisfranc).

- É uma lesão rara.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – queda de objeto sobre o pé. Trauma indireto – trauma sobre o antepé com plantiflexão do pé.

- Tratamento é sempre cirúrgico: Fio de Kirschner ou parafuso + imobilização suropodálica por 4 – 6 semanas.

- Complicações: Consolidação viciosa. Síndrome compartimental.

OBS: Uma outra fratura-luxação do pé é a de “Chopart” definida como: Fratura do navicular + luxação calcâneo-cubóide e talo-navicular.

Fratura-luxação de Lisfranc em incidência AP e oblíqua (1 e 2).

Fratura de Jones

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Traumatologia MMSS e MMII

- É a fratura por avulsão da base do quinto metatarso.

- É a fratura metatarsal mais comum e acomete predominantemente mulheres.

- Mecanismo traumático: Avulsão pelo fibular curto.

- Tratamento conservado (mais comum) Imobilização suropodálica por 4 -6 semanas.

- Tratamento cirúrgico (com desvio): Fio de Kirschner + imobilização.

- Essa fratura raramente complica.

Fratura de Jones

Fraturas dos metacarpos e falanges.

- São as fraturas mais freqüentes do pé.

- Mecanismo traumático: Trauma direto – queda de objeto sobre o pé (+ comum). Trauma indireto – geralmente força de torção.

- Podem ocorrer nas seguintes regiões: Cabeça. Colo. Diáfise. Base.

- Tratamento conservador (+ comum) Bota gessada por 4 – 6 semanas (sem carga no antepé por 2 semanas)

-Tratamento cirúrgico: Fio de Kirschner + bota gessada por 6 semanas (sem carga no antepé por 4

semanas)

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Traumatologia MMSS e MMII

- Essa fratura raramente complica.

Fratura extrarticular do 4º e 5º metatarso

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