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Apostila regimes aduaneiros

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Sumário 1. REGIMES ADUANEIROS ............................................................................................. 2 2.1 Trânsito Aduaneiro ............................................................................................ 3 2.1.1 DTA ‐ Declaração de Trânsito Aduaneiro ................................................... 4 2.1.2 MIC‐DTA – Manifesto Internacional de Carga ............................................ 4 2.1.3 TIF‐DTA – Conhecimento‐Carta de Porte Internacional ............................. 4 2.1.4 DTT – Declaração de Trânsito de Transferência ......................................... 5 2.1.5 DTI – Declaração de Transbordo Internacional .......................................... 5 2.1.6 DTC – Declaração de Trânsito de Contêiner ............................................... 5

2.2 Entreposto Aduaneiro ........................................................................................ 6 2.2.1 Entreposto Aduaneiro na Importação ........................................................ 7 2.2.2 Entreposto Aduaneiro na Exportação ........................................................ 8

2.3 Admissão Temporária ........................................................................................ 9 2.4 Drawback ......................................................................................................... 10 2.4.1 Drawback Restituição ............................................................................... 10 2.4.2 DRAWBACK Suspensão ............................................................................. 11 2.4.3 Drawback Isenção ..................................................................................... 11 2.4.4 Drawback Verde‐Amarelo (Interno) ......................................................... 11

2.5 Entreposto Industrial ....................................................................................... 12 2.6 Exportação Temporária ................................................................................... 12

                

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1. REGIMES ADUANEIROS 

Regime Aduaneiro é o tratamento tributário e administrativo aplicáveis às mercadorias submetidas a controle aduaneiro,  segundo a natureza e objetivos da operação, e de acordo com as leis e regulamentos aduaneiros. 

O  regime  aduaneiro  geral  ou  comum,  como  o  nome  já  indica,  caracteriza‐se  pela generalidade das importações, com pagamento de direitos aduaneiros, ou ainda, com a concessão de isenção ou redução desses direitos.  

Consiste na importação de bens a título definitivo, ficando, portanto, autorizado o seu consumo  no  país  após  a  sua  nacionalização.  No  caso  de  exportação,  considera‐se desnacionalizada a mercadoria após o desembaraço aduaneiro. 

Já os regimes especiais são as exceções ao regime geral, visam atender a situações de temporariedade dos bens no território aduaneiro ou a concessão de benefício fiscal.  

Devido à  importância econômica significativa para o País, são denominados  também de  "Regimes  Econômicos",  ou  "Regimes  Suspensivos",  porque  suspendem  o pagamento dos direitos aduaneiros durante sua vigência. 

Algumas  características  dos  regimes  especiais:  suspensão  do  crédito  tributário; permanência no regime por prazo determinado; garantia (real ou pessoal) dos tributos em  termo  de  responsabilidade,  os  bens  ingressam  no  país, mas  não  se  integram  à riqueza nacional; os bens podem ser ou não despachados para consumo. 

A utilização de regimes aduaneiros especiais, tendo em vista a natureza de cada uma de suas espécies e respectivas aplicações, também tem outros efeitos importantes na atividade econômica, tais como: 

a) O  armazenamento,  no  País,  de  mercadorias  estrangeiras,  por  prazo determinado,  permitindo  ao  importador  a  manutenção  de  estoques estratégicos  e  o  pagamento  de  tributos  por  ocasião  do  despacho  para consumo;  

b) Realização de feiras e exposições comerciais; e c) O  transporte de mercadorias estrangeiras  com  suspensão de  impostos, entre 

locais sob controle aduaneiro. 

Afora  isso,  ao  permitir  a  realização  de  eventos  de  natureza  cultural,  esportiva  e científica,  com  a  utilização  de  bens  estrangeiros,  os  regimes  aduaneiros  especiais possibilitam maior integração do País com o exterior. 

 

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2. Tipos de Regimes Aduaneiros Especiais 

2.1  Trânsito Aduaneiro 

Regime  aduaneiro  especial  que  permite  o  transporte  de mercadoria,  sob  controle aduaneiro, de um ponto a outro do território nacional, com suspensão de tributos. 

Definições Importantes 

• Local  de Origem:  Local  sob  controle  aduaneiro  (Porto, Aeroporto,  EADI  etc.) que seja ponto inicial do itinerário de trânsito. 

• Local  de  Destino:  Local  sob  controle  aduaneiro,  que  seja  ponto  final  do itinerário de trânsito aduaneiro. 

• Unidade de Origem: A que tem jurisdição sobre o local de origem onde ocorra o despacho de trânsito.  

• Unidade de Destino: A que tem jurisdição sobre o local de destino onde ocorra a conclusão do trânsito.  

Modalidades de operação de Trânsito Aduaneiro 

• Entrada  –  transporte  de  mercadoria  procedente  do  exterior,  do  ponto  de descarga até o ponto de despacho; 

• Saída – transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, do local de origem até o local de embarque; 

• Passagem – passagem pelo território aduaneiro de mercadoria procedente do exterior e a ele destinada; 

• Transferência – transporte de um recinto a outro, situado na zona secundária; e 

• Especial  –  transporte  de  material  destinado  a  reposição,  conserto  de embarcações e aeronaves. 

Beneficiários do regime 

• Importador • Exportador • Depositante • Representante no País de importador • Transportador • Agente unitizador e desunitizador 

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2.1.1  DTA ‐ Declaração de Trânsito Aduaneiro 

É utilizada somente para carga procedente do exterior e amparada por conhecimento de transporte internacional.  

Elas poderão ser: 

• De entrada ou de passagem, comum ‐ cuja correspondente carga se sujeita à emissão de fatura comercial; ou 

• De entrada ou de passagem, especial  ‐ para cuja correspondente carga não é exigida a emissão de  fatura comercial,  tais como: mala diplomática, bagagem desacompanhada e semelhante.  

2.1.2  MIC‐DTA – Manifesto Internacional de Carga 

É  utilizado  somente  para  o  trânsito  rodoviário  em  viagem  internacional  de  carga proveniente e destinada a país conveniado ao acordo internacional e de acordo com a legislação específica sobre o assunto. 

Poderá ser: 

• De entrada ‐ Se carga procedente de país conveniado e destinada ao Brasil; ou • De  passagem  ‐  Se  carga  procedente  do  exterior  e  a  ele  destinada,  sendo  a 

procedência ou a origem em país conveniado.  

2.1.3  TIF‐DTA – Conhecimento‐Carta de Porte Internacional 

É, ao mesmo  tempo, um  conhecimento de  transporte e uma declaração de  trânsito aduaneiro e é utilizado somente para o trânsito ferroviário em viagem internacional de carga proveniente e destinada a país conveniado ao acordo internacional e de acordo com a legislação específica sobre o assunto. 

Poderá ser: 

• De entrada ‐ se carga procedente de país conveniado e destinada ao Brasil. • De  passagem  ‐  se  carga  procedente  do  exterior  e  a  ele  destinada,  sendo  a 

procedência ou a origem em país conveniado.  

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2.1.4  DTT – Declaração de Trânsito de Transferência 

É utilizada somente para cargas que, pelos mais diversos motivos, não se encontrem amparadas  por  conhecimento  de  transporte  internacional.  Por  conseguinte,  essas cargas  não  se  encontram  controladas  pelo  Siscomex  Mantra  ou  pelo  Siscomex Presença de Carga. 

2.1.5  DTI – Declaração de Transbordo Internacional 

É  utilizada  somente  para  carga  procedente  do  exterior  e  a  ele  destinada  em transbordo ou baldeação entre veículos em viagem  internacional, e que não  sofrerá novo transbordo ou baldeação no país, ou seja, segue direto para o exterior. 

Nota: A DTI encontra‐se disponível somente para as vias aéreas e marítimas. 

2.1.6  DTC – Declaração de Trânsito de Contêiner 

É utilizada somente para operações de transferência de contêineres, contendo carga, transportada  pelo  modal  marítimo,  descarregados  do  navio  no  pátio  do  porto  e destinados a armazenagem em recinto alfandegado jurisdicionado na mesma unidade da SRF.  

Transportadores e Exigências Aduaneiras 

As transportadoras para efetuarem transportes em Trânsito Aduaneiro, só podem com habilitação  prévia  pela  SRF.  E  a  concessão  e  aplicação  serão  sempre  requeridas  à autoridade aduaneira na unidade de origem. 

Essa autoridade aduaneira poderá: 

• Estabelecer a rota a ser cumprida; • Fixar prazo para execução da operação; • Adotar cautelas julgadas necessárias à segurança fiscal. 

São cautelas fiscais aplicáveis isolada ou cumulativamente no Trânsito Aduaneiro: 

• Lacração – aplicação, em ponto determinado do volume, recipiente ou veículo de selo ou qualquer dispositivo que impeça o acesso ao conteúdo ou ao interior do veículo; 

• Sinetagem – gravação de lacração por meio de estampa ou sinete: • Cintagem  –  aplicação  de  cinta  ou  amarras  que  impeçam  a  abertura  dos 

volumes. 

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• Marcação – aplicação de etiquetas ou outras marcas; e • Acompanhamento Fiscal – determinado somente em caso especiais, mediante 

despacho fundamentado da autoridade concedente do regime.  

2.2  Entreposto Aduaneiro Local de Operação do Regime 

O regime de entreposto aduaneiro, na  importação e na exportação, será operado em Porto  Seco,  recinto  alfandegado  de  uso  público  localizado  em  aeroporto  ou  porto organizado,  instalação  portuária  de  uso  público  ou  instalação  portuária  de  uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal  

O Entreposto Aduaneiro poderá ser operado, ainda, em: 

I. Recinto  de  uso  privativo,  alfandegado  em  caráter  temporário  para  a exposição  de  mercadorias  importadas  em  feira,  congresso,  mostra  ou evento semelhante, concedido ao correspondente promotor do evento; e 

II. Local  não  alfandegado,  de  uso  privativo,  para  depósito  de  mercadoria destinada  a  embarque  direto  para  o  exterior,  por  empresa  comercial exportadora  

Mercadorias usadas e mercadorias cuja importação ou exportação esteja proibida não são passíveis de serem admitidas no regime de entreposto aduaneiro. 

Além  disso,  as  mercadorias  armazenadas  nos  entreposto  não  estão  sujeitos  à assinatura de termo de responsabilidade, mas o depositário responde pelos tributos e demais acréscimos legais. 

E  a  qualquer  momento  a  autoridade  aduaneira  poderia  exigir  a  apresentação  da mercadoria  submetida ao  regime de entreposto aduaneiro, proceder a  inventários e outros elementos de fiscalização prévia que entender necessários. 

Ocorrendo  extravio  ou  avaria  de  mercadoria  submetida  ao  regime,  o  depositário responde pelo pagamento: 

• Dos  impostos  suspensos,  da  multa,  de  mora  ou  de  oficio,  e  dos  demais acréscimos  legais  cabíveis,  quando  se  tratar  de  mercadoria  submetida  ao regime de entreposto aduaneiro na  importação, ou na modalidade de regime comum, na exportação; e 

• Dos  impostos que deixaram de ser pagos e dos benefícios  fiscais de qualquer natureza  acaso  auferidos,  da  multa,  de  mora  ou  de  ofício,  e  dos  demais acréscimos  legais  cabíveis,  no  caso  de mercadoria  submetida  ao  regime  de entreposto aduaneiro, na modalidade de regime extraordinário, na exportação. 

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Responde pela guarda das mercadorias: 

• O  permissionário  ou  concessionário  do  recinto  alfandegado  de  uso  público credenciado; ou 

• O beneficiário do regime, nos demais casos. 

2.2.1  Entreposto Aduaneiro na Importação 

Regime  especial  de  entreposto  aduaneiro  na  importação  é  o  que  permite  o armazenamento  de mercadoria  estrangeira  em  recinto  alfandegado  de  uso  público, com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação. 

São beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na Importação: 

• O consignatário da mercadoria entrepostada; • O promotor de feira, congresso, mostra ou evento semelhante, em recinto de 

uso privativo, previamente alfandegado para esse fim; • Pessoa física, desde que o regime seja em porto seco e a pessoa física investido 

da condição de agente de venda do exportador; e • O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado, desde que figurado 

como  consignatário  da  mercadoria,  devendo  ser  observada,  neste  caso,  a restrição estabelecida.  

O  regime  de  entreposto  aduaneiro  na  importação  será  requerido  com  base  em declaração  de  admissão  formulada  pelo  beneficiário  no  Sistema  Integrado  de Comércio Exterior (SISCOMEX) 

Prazo de Permanência no Regime  

A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na  importação pelo  prazo  de  até  um  ano,  prorrogável  por  período  não  superior,  no  total,  há  dois anos, contato da data do desembaraço aduaneiro de admissão. 

Em situações especiais, poderá ser concedida nova prorrogação, respeitando o  limite máximo de três anos. 

Na  hipótese  de  a  mercadoria  permanecer  em  feira,  congresso,  mostra  ou  evento semelhante,  o  prazo  de  vigência  será  equivalente  àquele  estabelecido  para  o alfandegamento do recinto.  

  

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Extinção do Regime 

A mercadoria deverá ter uma das seguintes destinações, em até quarenta e cinco dias do término do prazo de vigência do regime, sob pena de ser considerada abandonada: 

• Despacho para consumo; • Reexportação; • Exportação; ou • Transferência para outro regime aduaneiro especial. 

2.2.2  Entreposto Aduaneiro na Exportação 

O regime de entreposto aduaneiro na exportação é o que permite a armazenagem de mercadoria destinada à exportação.   

O entreposto aduaneiro na exportação compreende as seguintes modalidades: 

• Modalidade Regime Comum  ‐ Permite‐se a armazenagem de mercadorias em recinto de uso público, com suspensão do pagamento de impostos.  

• Modalidade  Regime  Extraordinário  ‐  Permite‐se  a  armazenagem  de mercadorias em recinto de uso privativo, com direito a utilização dos benefícios fiscais previstos para  incentivo  à exportação, antes do  seu efetivo embarque para O exterior.  

São beneficiários do Entreposto na Exportação 

• Na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em recinto credenciado, mercadoria destinada ao mercado externo; e  

• Na modalidade de regime extraordinário, a empresa comercial exportadora.   

Prazo de Vigência do Regime  

• Na modalidade  de  regime  comum,  subsistirá  a  partir  da  data  da  entrada  da mercadoria na unidade de armazenagem, por um ano, prorrogável por período não superior, no total, há dois anos; e  

• Na modalidade de regime extraordinário, subsistirá a partir da data da saída da mercadoria  do  estabelecimento  do  produtor  vendedor,  por  noventa  dias, podendo ser prorrogado por igual período.   

 

 

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2.3  Admissão Temporária 

Conceito 

A  admissão  temporária é o  regime especial que permite  a  Importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão de tributos. 

Concessão e Aplicação 

O interessado pleiteia o regime, através de requerimento, que deve ser apresentado à repartição  onde  será  processado  o  despacho  aduaneiro  da  mercadoria,  devendo constar de  seu pedido, entre outros, o enquadramento  legal  cabível, a  finalidade, o prazo pretendido, a descrição pormenorizada do bem e o local onde a mercadoria será utilizada. 

Indeferida  a  admissão  temporária, os bens devem  ser  reexportados no prazo de 30 (trinta) dias da ciência da decisão ou, alternativamente, nacionalizados e despachados para consumo, desde que observadas as exigências  legais e regulamentares,  inclusive as relativas ao controle administrativo das importações. 

Para  a  concessão  do  regime,  a  autoridade  competente  deve  observar,  ainda, relativamente aos bens, o cumprimento cumulativo das seguintes condições: 

• Sejam  importados  com  o  caráter  de  temporariedade,  comprovada  esta condição por qualquer meio julgado idôneo. 

• Sejam importados sem cobertura cambial. • Sejam adequados à finalidade para a qual foram importados. 

Extinção do Regime 

Extingue‐se a admissão temporária com a adoção de uma das seguintes providências, que deve ser requerida pelo beneficiário, dentro do prazo fixado para a permanência dos bens no País: 

a) Reexportação; b) Entrega  à  Fazenda  Nacional,  livres  de  quaisquer  despesas,  desde  que  a 

autoridade aduaneira concorde em recebê‐los; c) Destruição, às expensas do interessado;  d) Transferência para outro regime especial; e) Despacho para consumo, se nacionalizados. 

Os  prazos  de  validade  do  regime  de  admissão  temporária  são  contados  a  partir  do desembaraço aduaneiro, podendo  ser dispensada a garantia para algumas empresas idôneas. 

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Não  pode  ser  concedido  o  regime  de  admissão  temporária  à  importação  de  bens doados, a qualquer título, devendo‐se utilizar do regime comum de importação. 

2.4  Drawback 

Conceito 

O  Drawback  é  o  regime  aduaneiro  especial  que  consiste  na  importação,  com restituição  dos  tributos  pagos,  suspensão  ou  isenção  dos  tributos  incidentes  nas importações  de  mercadorias  destinadas  à  fabricação,  complementação, beneficiamento e/ou acondicionamento de produtos exportados ou a exportar. 

A aplicação deste regime visa a dar poder competitivo à produção nacional, através da redução do custo final dos produtos que foram ou que serão exportados, conseguida pela  redução  da  carga  tributária  incidente  sobre  as mercadorias  estrangeiras  neles utilizadas. 

O Drawback é um estimulo à exportação e pode ser concedido à empresa industrial ou comercial. 

Como  se  trata  de  estímulo  à  exportação,  a mercadoria  importada  sob  o  regime  de Drawback  não  está  sujeita  ao  exame  de  similaridade  nem  à  obrigatoriedade  de transporte em navio de bandeira brasileira. 

Os incentivos do Drawback abrangem:  

• Imposto de Importação; • Imposto sobre Produtos Industrializados ‐ IPI; • Imposto  sobre  Circulação  de  Mercadorias  e  Serviços  de  Transporte  e  de 

Comunicação ‐ICMS; • Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. 

2.4.1  Drawback Restituição 

É a modalidade de Drawback que possibilita a restituição do valor dos tributos pagos na  Importação de mercadorias, desde que estes tenham sido utilizados na fabricação de produtos já exportados. 

Ex: Uma  empresa  importa  100 microprocessadores  pagando  os  tributos  devidos  na importação. Fabrica, com os processadores importados, 100 microcomputadores, que são exportados. Adquire, em  razão do  Incentivo do Drawback Restituição, direito de requerer a concessão do crédito fiscal para ser utilizado em futuras importações. 

 

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2.4.2  DRAWBACK Suspensão 

É a modalidade de Drawback que permite ao beneficiário importar, com suspensão de tributos, matérias primas,  insumos, partes, peças e  componentes para aplicação em produtos que deverão ser exportados. 

Ex: Ao  importar 100 microprocessadores para fabricação de 100 microcomputadores, o  importador  sabe que os  computadores  serão exportados,  requer a  suspensão dos tributos devidos, mediante garantia que se extinguira com a comprovação da efetiva exportação. 

2.4.3  Drawback Isenção 

É a modalidade de Drawback que permite ao beneficiário, através da importação com isenção,  a  reposição  de  estoque  de  mercadorias  em  quantidade  e  qualidade equivalente às utilizadas nos produtos exportados. 

Ex: Ao importar 100 microprocessadores para fabricação de 100 microcomputadores, a empresa  não  cogitava  a  exportação  dos  computadores.  Entretanto,  encontrando melhores  condições  comerciais  no  mercado  externo,  promoveu  a  exportação  dos produtos.  Ao  efetivar  a  exportação,  a  empresa  obteve  direito,  através  do  regime especial  de  Drawback  Isenção,  de  importar  outros  100  microcomputadores,  com isenção de tributos, para a reposição de seu estoque. 

2.4.4  Drawback Verde‐Amarelo (Interno) 

Este incentivo à exportação consiste em isentar de impostos internos matérias‐primas, produtos intermediários e material de embalagem, de fabricação nacional, destinados à venda, no País, a empresas que irão industrializar esses insumos e depois exportar o produto final. 

O Drawback Verde‐Amarelo  não  é  um  regime  aduaneiro  especial.  É  um  incentivo  à exportação,  que  utiliza  sistemática  à  utilizada  no  regime  aduaneiro  especial  de Drawback. 

O Drawback Verde‐Amarelo  também denominado de Drawback  Interno,  restringe‐se ao IPI e ao lCMS 

 

 

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2.5  Entreposto Industrial 

Conceito 

É  o  regime  aduaneiro  especial  que  permite  a  determinado  departamento  de  uma indústria  importar,  com  suspensão  de  tributos,  mercadorias  que,  depois  de submetidas à operação de industrialização, devem destinar‐se ao mercado externo. 

Todavia, é permitido que parte da produção do entreposto industrial seja destinada ao mercado  interno,  desde  que  pagos  os  tributos  suspensos  relativos  às mercadorias importadas utilizadas nos produtos finais. 

O regime de entreposto industrial visa a: 

• Facilitar  a  importação  de  insumos  industriais  para  serem  beneficiados  ou agregados a produtos nacionais destinados à exportação; 

• Reduzir os custos dos produtos finais. 

Concessão do Regime 

Compete  ao  Coordenador‐Geral  do  Sistema  Aduaneiro,  por  subdelegação  de competência  da  Secretaria  da  Receita  Federal,  autorizar  a  instalação  de  entreposto industrial, bem como fixar condições e prazo para o seu funcionamento. 

Permissionários  e  Beneficiários:  As  empresas  industriais  permissionárias  são  as beneficiárias do regime de entreposto industrial. 

Benefícios na Exportação: as mercadorias produzidas no entreposto industrial, quando destinadas  ao mercado  externo,  gozam  de  todos  os  benefícios  fiscais  concedidos  à exportação. 

2.6  Exportação Temporária 

Conceito 

Considera‐se  exportação  temporária  a  saída,  do  País,  de  mercadoria  nacional  ou nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado ou após submetida a processo de conserto, reparo ou restauração. 

O regime visa a facilitar a salda dos bens que vão ao exterior para exposições, feiras, competições,  testes, promoções,  reparos,  consertos,  restaurações, ou em  auxilio ou apoio  a  pessoa  que  viaja  ao  exterior  deles  necessitando  para  o  exercício  de  suas atividades profissionais ou de  lazer. Tem, portanto, grande  importância econômica e cultural. 

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O  imposto  de  exportação  é  garantido  por  termo  de  responsabilidade  e  exaure‐se quando de  sua  concessão, não  cabendo mais discuti‐lo quando da  reimportação,  se este for o caso. 

Reimportação: Considera‐se reimportação a entrada no País de mercadoria que tenha sido  exportada,  definitivamente,  ou  em  regime  aduaneiro  especial  de  exportação temporária. 

Concessão do Regime: poderá ser requerida à repartição que jurisdiciona o exportador ou aquela que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos bens para o exterior. 

A  entrada  no  território  nacional  de  produto  reimportado  que  não  cumpriu  as condições do regime de exportação temporária constitui  fato gerador do  imposto de importação.