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PRVESTIBULAR

HISTRIA GERAL E DO BRASIL

Apostila de Exerccios | Professor Ricardo Bispo

HISTRIA GERAL E DO BRASIL Prof. Ricardo Bispo

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Apresentao

Este material tem como objetivo familiarizar os vestibulandos de primeira viagem com as questes do vestibular da Universidade Federal do Acre e tentar conscientizlos de que a prova no nenhum Bicho de sete cabeas. Neste trabalho, decidi analisar as provas de Histria do vestibular UFAC nos ltimos dez anos (2001-2011) e selecionei 80 questes que j caram no vestibular para darem suporte s aulas ministradas. Durante as aulas no pr-vestibular, teoricamente, no ser apresentado nenhum contedo novo, pois se presume que todos tenham aprendido na escola o contedo programtico do vestibular, pois terminaram ou esto terminando o ensino mdio, logo so aptos a ingressarem na faculdade. Entretanto, na pratica o que vivenciamos um pouco diferente, pois no vestibular encontramos matrias da escola que esto expostas de uma forma diferente da qual estamos habituados a estudar, questes com linguagem e estrutura prontas para derrubar os mais desatentos, as famosas pegadinhas que so as verdadeiras oponentes do vestibulando. Tendo em vista esta situao, o objetivo do pr-vestibular ensinar tambm o que no se aprende na escola: macetes e artifcios para no cair nas pegadinhas que os concursos adoram aprontar. Por isso, a metodologia para resolver as questes desta apostila no apenas encontrar a alternativa correta, interessante explicar por que as demais alternativas esto erradas e tirar uma lio deste contexto. Exemplo: (5) (UFAC 2011) Durante a dcada de 1970, Asterix, um personagem de histrias em quadrinhos, alcanou grande popularidade. Gauls, Asterix liderava com a ajuda de uma poo mgica e de seu companheiro Obelix, a resistncia de sua tribo contra os invasores romanos.. ARRUDA, Jos Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a Histria: Histria Geral e Histria do Brasil. So Paulo: tica, s.d., p.95.

Por Tutatis! Digestivo Cultural. Disponvel em: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1387.

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O quadrinho acima apresenta a imagem de Asterix e Obelix, personagens de Uderzo e Goscinny. Ao observ-los e ler o texto, podemos compreender que: a) Os romanos tentavam dominar os povos brbaros para a erradicao do helenismo. b) Os gauleses foram responsveis pelo crescimento da usura, que seria uma das causas de decadncia do Imprio Romano. c) O expansionismo do Imprio Romano no significou alterao nos ordenamentos territoriais e polticos europeus. d) Os gauleses combatiam o imperialismo grego. e) A expanso do Imprio Romano ocorreu com oposio dos povos brbaros. Resoluo: Apenas uma alternativa esta correta, isso significa obviamente que todas as outras esto incorretas, mas por qu? Vamos analisar o que est certo e o que est errado: Realmente os Romanos tentavam dominar os povos brbaros, mas no para erradicar o helenismo o que no tem nada haver com o contexto histrico dos brbaros de Obelix j que helenismo representava a cultura grega e no a gaulesa. O principal objetivo da expanso Romana era conseguir mais terras, riquezas e escravos aumentando assim seu patrimnio. Por isso, a letra a est incorreta. Os gauleses no foram os responsveis pelo crescimento da usura (emprstimos com altos juros) e esta no foi uma das causas de decadncia do Imprio Romano, o que o suficiente para invalidar a letra b. Para obter a hegemonia na Itlia, Roma teve de vencer a poderosa confederao etrusca, os gauleses e as tribos latinas que se rebelaram contra a opresso romana. Posteriormente os romanos conquistaram o sul da Itlia, derrotando Pirro, aliado da cidade de Tarento que acabou conquistada. As conquistas de Roma significaram uma grande alterao nos ordenamentos territoriais e polticos europeus. Logo, a questo c tambm est incorreta. Os gauleses combatiam o Imprio Romano e no o imperialismo grego como na letra d. Portanto, a nica alternativa correta a letra e pois realmente: A expanso do Imprio Romano ocorreu com oposio dos povos brbaros.. Este exemplo a minha proposta de trabalho, o que no impede que outras formas de interpretao sejam executadas. No final da apostila esto disponveis os gabaritos e o contedo programtico de Histria do vestibular Ufac. Agora deixemos de papo e vamos luta!

Ricardo Jos de Camargo Bispo

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SumrioHistria Antiga ______________________________________________________ 4 Histria Medieval ____________________________________________________ 7 Histria Moderna ___________________________________________________ 10 Histria da Amrica_________________________________________________ 15 Histria do Brasil ___________________________________________________ 20 Histria do Acre e da Amaznia _____________________________________ 26 Histria Contempornea ____________________________________________ 37 GABARITO _________________________________________________________ 44 CONTEDO PROGRAMTICO DO VESTIBULAR UFAC ________________ 45 Consideraes Finais: ______________________________________________ 48

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Histria AntigaQUESTO 01 (UFAC 2007) A cidade-estado foi uma organizao poltica tpica da Grcia antiga. Nessa perspectiva, correto afirmar que: a) A cidade-estado no tinha autonomia poltica, na medida em era governada por um governo unificado. b) A cidade-estado tinha autonomia e funcionava a partir de suas prprias leis e governo. c) Apenas Atenas tinha autonomia, pois como fundadora da democracia, todos os cidados exerciam o poder poltico diretamente participando de assembleias realizadas na gora, localizada na praa central da cidade. d) Esparta com seu Estado militarizado no tinha leis prprias. e) Nas cidades-estados gregas todos os habitantes da pleis tinham direitos de cidadania, inclusive, escravos e estrangeiros.

QUESTO 02 (UFAC 2009) Um legislador, em 621 a.C., na Grcia Antiga, selecionou, organizou e registrou na forma escrita leis que, at ento, eram transmitidas pela oralidade e sob o domnio apenas de alguns. Mesmo produzindo um Cdigo bastante severo, mantinha privilgios polticos e sociais para alguns grupos. Assinale a alternativa correta que indica o nome desse legislador: a) Slon; b) Demiurgo; c) Drcon; d) Helieu

QUESTO 03 (UFAC 2010) Considere as assertivas sobre a civilizao grega e escolha a alternativa correta: I No seu modelo de democracia os escravos e as mulheres tinham os mesmos direitos que os homens. II O pensamento grego tinha por base a razo e supervalorizava o homem (antropocentrismo). Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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III A elite grega era muito despojada e trabalhava de forma equivalente aos escravos. IV Sua religio era de base politesta e vrios de seus deuses tinham caractersticas antropomrficas. a) O tpico III est correto, pois s os filsofos no trabalhavam. b) O tpico I o correto, pois no Brasil todos so iguais perante a lei, e nossa democracia uma rplica perfeita da democracia grega. c) O tpico II est correto porque os grandes templos gregos, como o Parthenon e o Templo de Apolo, no poderiam ter sido construdos por escravos e era trabalhando pesado que a elite se preparava para os jogos olmpicos. d) Os tpicos II e IV esto corretos, pois tanto a filosofia (pensamento), quanto religio, tinham como base a razo, inclusive seus deuses tambm podiam sofrer fraquezas humanas, tais como, paixes, dores e fracassos. e) Os tpicos I e III esto corretos, pois articulam as diversas camadas sociais, em benefcio da maioria. QUESTO 04 (UFAC 2009) O historiador que criou a verso lendria sobre a fundao de Roma na Antiguidade, em sua obra Histria de Roma, foi: a) Tito Lvio; b) Tucdides; QUESTO 05 (UFAC 2011) Na imagem abaixo, voc visualiza uma urna eletrnica brasileira. Com a sua utilizao, a Justia Eleitoral faz a propaganda, conscientizando a populao da importncia de participar das votaes. Alm da segurana da urna, um dos argumentos empregados a associao do ato de votar ao exerccio de cidadania, dentro de uma sociedade democrtica. Ao analisarmos o conceito de cidadania e a representao poltica eleitoral, ao longo da Histria, percebemos que: c) Homero; d) Herdoto; e) Patrcio

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a) Para os gregos de Atenas, a cidadania era restrita aos homens atenienses livres que fossem filhos de pai e me atenienses. b) Os conceitos de cidado e eleitor no Brasil so idnticos desde o perodo colonial, ou seja, o sufrgio universal para todos os brasileiros maiores de 16 (dezesseis) anos de idade. c) Na Amrica Colonial Inglesa, a participao eleitoral era vinculada categoria de homens bons, que exerciam funes nos chamados senados das cmaras. d) Com a Constituio de 1787 dos Estados Unidos da Amrica, se criou uma Repblica Federativa Presidencialista, com voto direto, no censitrio, sem restries de sexo, renda ou etnia. e) Na Monarquia Romana, os Senadores eram escolhidos entre brbaros e plebeus.

QUESTO 06 (UFAC 2001) Ao longo de sua tumultuada e conflituosa histria, marcada fundamentalmente pela conquista militar e expanso territorial, na antiguidade clssica, os romanos foram constituindo um impressionante conjunto de leis, talvez o seu maior legado para o mundo ocidental. Mesmo com os poderes concentrados nas mos das elites, eles formularam regras jurdicas com significativos alcances, chegando mesmo a reconhecer "os direitos legais de estrangeiros". De que maneira se subdivide o Cdigo de Leis deixado pelos romanos? a) Lex Agrria, Pax Romana e Lex Frumentria. b) Jus Naturale, Jus Gentium e Jus Civile. c) Jus Naturale, Lex Agrria e Jus Civile. d) Lex Slica, Jus Naturale e Jus Gentium. e) Lex Slica, Jus Naturale e Jus Civile.

QUESTO 07 (UFAC 2007) Em relao ao colapso do Imprio Romano do Ocidente, assinale a alternativa verdadeira: a) A causa principal da dissoluo do Imprio Romano ocorreu quando as cidades do ocidente romano tornaram-se centros econmicos do imprio em florescente processo de urbanizao. b) O Imprio Romano entrou em colapso, a partir do sculo III, quando Constantino resolveu no mais conceder liberdade de culto aos cristos.

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c) A desintegrao do Imprio Romano, no sculo V, foi provocada pela crise do escravismo, pelo colapso econmico e pelas chamadas invases brbaras. d) A desintegrao do Imprio Romano teve como causa principal a diviso do imprio em Imprio Romano do Ocidente e Imprio Romano do Oriente. e) O Imprio Romano do Ocidente teve uma durao maior do que a existncia do Imprio do Oriente. QUESTO 08 (UFAC 2004) Observando os costumes polticos, tradicionalmente cultuados entre os povos germnicos, responsveis em grande parte pela chamada desintegrao do Imprio Romano do Ocidente, correto afirmar que: a) viviam eminentemente do terror, da pilhagem e da guerra. b) o poder dos reis era ilimitado e profundamente arbitrrio. c) o nascimento fazia os reis; e o valor militar, os chefes. d) a lei era estabelecida a partir de normas escritas. e) os chefes militares eram eleitos pelos sacerdotes.

Histria Medieval

QUESTO 09 (UFAC 2002) Enquanto sistema econmico, social, poltico e cultural que prevaleceu na Europa, durante o perodo intitulado pelos historiadores como Idade Mdia, o feudalismo com sua diversificada formao, recebeu influncia de vrios povos, entre os quais os romanos. Assim, dentre as principais influncias da civilizao romana, para a formao da sociedade feudal, possvel destacar: a) O Comitatus, as Villas e o Colonato. b) O Comitatus, o Direito Consuetudinrio e o Cristianismo. c) O Cristianismo, as Villas e o Colonato. d) O Cristianismo, o Direito Consuetudinrio e o Colonato. e) O Cristianismo, o Comitatus e o Colonato.

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QUESTO 10 (UFAC 2008) Considerando as heranas germnicas para a formao do Feudalismo, marque a alternativa correta. a) A proibio ao trabalho feminino na produo agrcola, que existia entre os germnicos, ficou mantida nos sculos seguintes, em toda Europa ocidental. b) O trabalho compulsrio e a mercantilizao da mo-de-obra foram as principais contribuies dos brbaros para a sociedade feudal. c) As relaes de suserania e vassalagem, caractersticas do sistema feudal, tm uma de suas origens nos bandos guerreiros germnicos denominados comitatus. Neles praticava-se o juramento de fidelidade entre os guerreiros e os chefes. d) Na sociedade feudal assim como na germnica, o trabalho artesanal era considerado a nica fonte geradora de riquezas. Por isso, em ambas as sociedades, os artesos eram valorizados como classe dominante. e) Entre os brbaros, a terra era objeto de apropriao privada. Proibindo o uso comum da terra, eles gradativamente criaram as condies para que houvesse uma enorme concentrao fundiria, como a que caracterizou o Feudalismo. QUESTO 11 (UFAC 2010) Dentre as construes mais imponentes da Europa Medieval, destacamse os castelos e as catedrais. O castelo representava, comumente, a solidez de um senhor feudal, enquanto as catedrais, igrejas, dioceses e parquias representavam no s o poder material da Igreja, como tambm seu maior enraizamento, pois ela se fazia presente em todos os nveis da sociedade. Nesse sentido, podemos afirmar que: I - O poder da Igreja s estava subordinado ao senhor feudal, pois alguns possuam muitos castelos em feudos descontnuos. II - O poder da igreja no estava restrito ao plano espiritual. III Afora os territrios controlados pelo papa, o denominado Patrimnio de So Pedro, havia, tambm, terras controladas por bispos, arcebispos e abades, alm das terras pertencentes s vrias ordens religiosas. IV A igreja era a mais importante instituio feudal. a) O tpico III refere-se, apenas, corveia. b) Os tpicos I e IV s valem para a Baixa Idade Mdia. c) O tpico III inclui as terras senhoriais. d) S o tpico I est certo. e) Os tpicos I, III e IV esto certos.

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QUESTO 12 (UFAC 2009) O chamado Cisma do Oriente se deu em 1054, quando: a) Os senhores feudais romperam com os dogmas da igreja catlica na Europa ocidental; b) O Papa da igreja catlica da Europa Ocidental fez aliana com o cristianismo de Constantinopla; c) Os religiosos do ocidente ficaram desconfiados dos hereges; d) O Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulrio, proclamou a autonomia total da Igreja Oriental em relao Igreja Catlica Ocidental; e) O Papa do ocidente se rende aos dogmas do mundo americano; QUESTO 13 (UFAC 2002) Sobre as atividades econmicas nos burgos medievais, correto afirmar que eram controladas: a) pelos senhores feudais. b) pela Igreja Catlica. c) pelos Grmios ou Corporaes de Artes e Ofcios. d) pelos servos das glebas. e) pelo Vaticano. QUESTO 14 (UFAC 2006) Falando do Perodo Medieval europeu, errado fazer a seguinte afirmao: a) Os laos de vassalagem no perodo medieval envolviam direitos e obrigaes, dentre as quais se destaca a prestao de servio militar para a proteo do suserano. b) A educao era controlada principalmente pelo clero catlico, que dominava as escolas dos mosteiros, as escolas paroquiais e as universidades. c) A cultura, em geral, estava impregnada do ideal religioso e a f superava a razo. d) A Igreja foi, durante toda a Idade Mdia, uma instituio poderosa, no apenas do ponto de vista religioso, mas tambm em termos polticos, sociais, econmicos e culturais. e) O Perodo Medieval europeu foi marcado pela total paralisao das atividades culturais, sendo corretamente chamado de Idade das Trevas.

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Histria ModernaQUESTO 15 (UFAC 2006) Referindo-se ao Renascimento, correto afirmar que: a) surgiu na Grcia por volta do sculo II d. C, tendo sido pouco influente na Itlia. b) os renascentistas criticavam o humanismo por ser uma forma de pensamento filosfico que considera o ser humano como a obra mais importante da criao. c) caracterizou-se principalmente pela valorizao da racionalidade do ser humano, isto , da capacidade humana de conhecer a realidade por meio da razo e da observao objetiva da natureza, no mais pela crena nas explicaes religiosas e na tradio. d) o Renascimento foi expresso cultural das profundas mudanas da Europa na passagem da Idade Moderna para a Idade Contempornea e teve inicio na Alemanha, no sculo XVII. e) nenhuma das alternativas acima est correta.

QUESTO 16 (UFAC 2008) Levando em conta os itens a seguir, marque como alternativa correta, aquele que considerar como sendo consequncia do Renascimento. a) Gerou o agnosticismo e o atesmo. Os pensadores renascentistas, com seu racionalismo exacerbado, criaram o clima para o questionamento completo do cristianismo. b) Criou um ambiente favorvel ao desenvolvimento educacional. Foi exatamente ao final do Renascimento que as primeiras universidades apareceram na Europa. c) Impulsionou as Grandes Navegaes. Seja porque a curiosidade cientfica despertada pela Renascena aperfeioou as tcnicas de navegao, ou, ainda, porque as crenas medievais, segundo as quais o Atlntico era habitado por monstros, caram em descrdito total. d) Levou s revolues burguesas. Livre das obrigaes feudais, a burguesia fortaleceu-se a ponto de assumir diretamente o poder, organizando um Estado compatvel com suas necessidades de classe. e) Determinou um ambiente hostil para a Igreja que, a partir da, perdeu terreno em toda Europa. Abriu-se, assim, caminho para a Reforma Protestante que, a exemplo do Renascimento, comearia tambm na Itlia.

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QUESTO 17 (UFAC 2002). Com o movimento da Reforma protestante e da Contra-reforma catlica, ocorreu uma espcie de emudecimento das aspiraes renascentistas, em particular do esprito crtico e do racionalismo que, embora sufocados, iriam reaparecer em dois outros contextos bastante significativos. Que contextos foram esses? a) Guerra dos Cem Anos e Revoluo Francesa. b) Empirismo ingls e Iluminismo francs. c) Renascimento alemo e Renascimento ibrico. d) Iluminismo francs e Guerra dos Cem Anos. QUESTO 18 (UFAC 2007) Martinho Lutero lder da chamada reforma protestante, fez crticas a Igreja Catlica na Idade Mdia. Pode-se afirmar que as crticas principais foram: a) Lutero criticou violentamente a posio da Igreja Catlica em relao predestinao absoluta, a crenas dos anabatistas que s aceitavam o batismo feito em adultos conscientes. b) A Reforma Protestante foi apenas um acontecimento religioso, no influenciando nos aspectos poltico, cultural e econmico da Idade Mdia. c) Lutero por discordar das prticas religiosas da Igreja Catlica criou sua prpria Igreja que foi posteriormente denominada de presbiteriana. d) A Venda de indulgncias negou a importncia dos jejuns apregoados pela Igreja, defendeu que o homem poderia alcanar a salvao sozinho. e) Apesar das crticas a Igreja Catlica Romana, Lutero por ser monge catlico, no foi condenado e excomungado pelo papa Leo X, em 1520, mas apenas advertido severamente. QUESTO 19(UFAC 2001) O Conclio de Trento (1545) propiciou no somente o ressurgimento de uma Igreja Catlica mais forte e disciplinada, como tambm uma instituio criada na Idade Mdia: a Inquisio ou Tribunal do Santo Ofcio, que, em nome de Cristo, condenou milhares de pessoas ao suplcio, com torturas fsicas e psicolgicas, e morte nas fogueiras "santas". Entre as principais aes dos inquisidores, podemos destacar: a) o combate aos "hereges" protestantes e a perseguio a cientistas e intelectuais. b) perseguio aos protestantes, criao dos seminrios para formao eclesistica e venda de indulgncias. c) perseguio aos protestantes e cientistas, rompimento com o celibato do clero e afirmao da hierarquia eclesistica.

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d) criao do ndex, a lista dos livros proibidos pela "Santa Igreja", como forma de expandir o mundo das letras e do conhecimento. e) perseguio aos luteranos, anglicanos e calvinistas, e divulgao dos ideais de um Vaticano aberto ao progresso cultural e cientfico.

QUESTO 20 (UFAC 2009) O Mercantilismo europeu se deu a partir do sculo XVI, quando: . a) Aprofundou-se a ntima relao entre Estado Nacional e economia, caracterizandose por ser uma poltica de controle e incentivo, buscando o Estado garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo o prprio poder; b) Os senhores feudais resolvem comercializar seus produtos junto aos burgos; c) A Igreja assume o controle das grandes viagens ao Velho Mundo; d) O Estado Nacional e suas monarquias no interferem nas relaes mercantis dos seus burgueses; e) As monarquias nacionais liberam suas colnias das amarras mercantis; QUESTO 21 (UFAC 2009) Sobre o Estado no Antigo Regime, na Idade Moderna, correto afirmar que: a) O rei assume o processo da Revoluo Francesa; b) O Estado dominado por ideias iluministas, com ascenso social dos servos; c) O Estado d Igreja Catlica o poder para assumir toda a produo fabril da Europa ocidental; d) O Estado assume uma postura democrtica e descentralizadora; e) O Estado Moderno retratou a transio do feudalismo para o capitalismo, abrindo espao ao novo grupo burgus mercantil ascendente e a instalao de monarquias nacionais, consolidando-se a concepo de um Estado interventor; QUESTO 22 (UFAC 2007) Sabe-se que a poltica econmica do Estado Moderno Absolutista foi o Mercantilismo. Pode-se caracterizar apoltica mercantilista como sendo: a) Um conjunto de prticas comerciais e financeiras vinculado ao sistema de pensamento e interveno contra os interesses feudais e favor da burguesia emergente.

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b) A principal caracterstica da poltica mercantilista do Estado Moderno foi a de no se intrometer na economia do pas, deixando que a mesma funcionasse a partir das regras do mercado. c) A poltica mercantilista no tinha como preocupao fundamental um Estado forte que acumulasse muitos metais preciosos. d) A poltica mercantilista tinha por objetivo no criar barreiras alfandegrias, favorecendo a importao de produtos estrangeiros. e) A poltica mercantilista caracterizou-se pelo intervencionismo do Estado, planejando a economia, adotando uma balana comercial favorvel. A regra era: protecionismo, intervencionismo e exclusivismo. QUESTO 23 (UFAC 2006) Considerando a Revoluo Francesa, assinale a alternativa errada: a) Ela criou condies para enfraquecer o poder absoluto da burguesia e fortalecer o desenvolvimento do capitalismo comercial na Frana. b) Faz parte de um movimento global que afetou todo o Ocidente nos fins do sculo XVIII, influenciando grande parte dos movimentos revolucionrios posteriores. c) A Frana era uma sociedade agrria, organizada em trs estados: 1 estado - o clero, 2 estado - a nobreza, 3 estado - alta, mdia e pequena burguesia e o restante da populao. d) Foi o mais importante movimento revolucionrio da poca, por se tratar de uma revoluo social de massa, de alcance universal, e suas ideias influenciam o mundo at os dias atuais. e) Em termos especficos, ela marca a liquidao do Antigo Regime. QUESTO 24(UFAC 2011) A grande revoluo de 1789-1848 foi o triunfo no da indstria como tal, mas da indstria capitalista; no da liberdade e da igualdade em geral, mas da classe mdia ou da sociedade burguesa liberal; no da economia moderna ou do Estado moderno, mas das economias e Estados em uma determinada regio geogrfica do mundo (parte da Europa e alguns trechos da Amrica do Norte, cujo centro eram os Estados rivais e vizinhos da GrBretanha e Frana. A transformao de 1789-1848 essencialmente o levante gmeo que se deu naqueles dois pases e que dali se propagou por todo o mundo. Mas no seria exagerado considerarmos esta dupla revoluo - a francesa, bem mais poltica, e a industrial (inglesa) - no tanto como uma coisa que pertena histria dos dois pases que foram seus principais suportes e smbolos, mas sim como a cratera gmea de um vulco regional bem maior. O fato de que as erupes simultneas ocorreram na Frana e na Inglaterra, e de que suas caractersticas difiram to pouco, no nem acidental nem sem importncia.. HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revolues.

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A respeito do contexto poltico e social das Revolues Francesa e Industrial, a leitura do texto de Hobsbawm indica que:

a) Ambas, no por acaso, ocorreram em perodos concomitantes, com efeitos sobre os modos de vida, alterando as relaes de produo e ordenamentos polticos que se estenderam para outras partes do mundo. b) O autor enquadra as duas revolues como apenas uma grande revoluo, embora em pases diferentes, cujas consequncias so a vitria da indstria, da igualdade e da economia moderna. c) O historiador afirma terem ocorrido consequncias exclusivas sobre a Gr-Bretanha e a Frana, com incidncia sobre a indstria capitalista, a sociedade burguesa e o estado moderno. d) A citao considera a Revoluo Francesa como poltica, enquanto que a Revoluo Inglesa seria de carter industrial, com repercusso de ambas sobre a formao dos estados modernos e da criao das monarquias de carter absoluto. e) O texto caracteriza a coexistncia das duas Revolues como uma casualidade histrica, sem significado, descaracterizando o contexto social e poltico do perodo.

QUESTO 25 (UFAC 2008) O historiador ingls Eric Hobsbawm denomina o perodo que vai de 1789 a 1848 como a revoluo dupla. Como justificar tal caracterizao? a) Foram, na verdade, revolues dbias: inovadoras em suas propostas, mas conservadoras em seus resultados. b) Houve uma revoluo poltica, a Francesa em 1789 e uma Revoluo Industrial, que foi econmica e social, tambm no sculo XVIII. Ambas causaram profundas transformaes na sociedade europeia e foram concomitantes. Elas formam a dupla revoluo. c) As revolues aconteceram, simultaneamente, na Frana e na Espanha. A primeira liquidou com o absolutismo, e a segunda com o colonialismo. d) Ele certamente est se referindo ao fato de a Frana ter tido duas revolues, exatamente nas datas acima colocadas. e) Foram revolues burguesas e proletrias ao mesmo tempo. Burguesas por causa dos resultados, e proletria por causa da principal classe envolvida no processo revolucionrio.

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Histria da Amrica

QUESTO 26 (UFAC 2002). Segundo frei Bartolom de Las Casas, durante o processo de conquista e colonizao da Amrica espanhola, morreram entre 12 a 15 milhes de indgenas, devido aos mais variados tipos de violncias cometidos pelos espanhis. Tais violncias foram cometidas portadores de ilimitada: a) ambio e certeza da impunidade. b) f em Deus e senso de justia. c) ambio e senso de justia. d) f em Deus e defesa da igualdade entre os homens. e) ambio e defesa da igualdade entre os homens. em razo de que os invasores europeus eram

QUESTO 27 (UFAC 2006) Quanto aos maias, astecas e incas, assinale a alternativa errada: a) Os maias constituram uma sociedade dividida em centros polticos autnomos, formando um Estado teocrtico, sendo o poder exercido em nome de um deus. b) A economia na sociedade maia estava quase totalmente concentrada na agricultura; com plantio de milho, cacau, algodo e outros produtos. c) Na sociedade asteca, alm da caa e da pesca, havia a agricultura. A terra era dos nobres e o trabalho era feito por escravos ou por pessoas livres que a tomavam emprestada. d) O Imprio Inca desenvolveu-se na Amrica do Sul, na cordilheira dos Andes. e) Na sociedade inca, todo o poder estava concentrado nas mos dos proprietrios de terra, sendo o Imperador uma figura simblica que cuidava apenas dos assuntos religiosos.

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QUESTO 28 (UFAC 2010) Foram muitas as anotaes feitas pelos conquistadores das Amricas, durante os sculos XVI e XVII, para provar que os ndios eram inferiores, entre outras, Galeano (1999, 63) destacou:

Suicidam-se os ndios das ilhas do Mar do Caribe? Porque so vadios e no querem trabalhar. Andam desnudos, como se o corpo todo fosse cara? Porque so selvagens e no tem pudor Ignoram o direito de propriedade, tudo compartilham e no tm ambio de riqueza? Porque so mais parentes do macaco do que do homem. Banham-se frequncia? com suspeitosa

Porque so incapazes de castigar e de ensinar. Comem quando tm fome e no quando hora de comer? Porque so incapazes de dominar seus instintos. Adoram a natureza, considerando-a me, e acreditam que ela sagrada? Porque so incapazes de ter religio e s podem professar a idolatria..

Porque se parecem com hereges da seita de Maom que com justia ardem nas fogueiras da Inquisio. Acreditam nos sonhos obedecem as vozes? e lhes

Por influncia de Sat ou por crassa ignorncia. livre o homossexualismo? A virgindade no tem importncia alguma? Porque so promscuos e vivem na ante- sala do inferno. Jamais batem nas crianas e as deixam viver livremente?

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Com base no texto podemos inferir que: a) Os europeus e os amerndios, mesmo com suas diferenas, uniram-se para construir o Novo Mundo. b) As mais diversas etnias amerndias, contatadas pelos europeus, haviam desenvolvido princpios comportamentais de acordo com sua cosmogonia e com seus modos de vida. c) Os europeus compreenderam, desde o incio, que os amerndios no poderiam ser humanos como eles, pois eram selvagens e canibais. d) Os amerndios tomavam muito banho porque aqui era mais quente que na Europa e eles no haviam desenvolvido perfumes como os franceses. e) Os europeus tinham os melhores mtodos para educar seus filhos.

QUESTO 29 (UFAC 2003) Era o fim. O General Simn Jos Antonio de La Santsima Trinidad Bolivar y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domnio espanhol um imprio cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mant-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme at a semana anterior, mas na hora da partida no levava sequer o consolo de acreditarem nele. O nico que teve bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata ingls, que escreveu num relatrio oficial a seu governo: O tempo que lhe resta mal d para chegar ao tmulo. .

O trecho acima, do livro de Gabriel Garca Mrquez, O General em seu Labirinto, retrata a ltima viagem de uma das figuras mais emblemticas do processo de independncia hispano-americano, Simn Bolvar, que deixou para trs tudo o que havia conquistado e pelo qual dedicara toda uma vida. Um dos grandes sonhos e objetivos de Bolvar, a criao de uma Confederao Pan-Americana, foi inviabilizado na Conferncia do Panam (1826), em razo de ter se chocado com os interesses de: a) Indgenas camponeses e com as pretenses da Gr-Bretanha e EUA. b) Aristocratas regionais (criollos) e com as pretenses da Gr-Bretanha e EUA. c) Aristocratas regionais (criollos) e movimentos indgenas. d) Aristocratas regionais (criollos), camponeses e trabalhadores urbanos pobres. e) Indgenas, camponeses, industriais e trabalhadores urbanos pobres.

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QUESTO 30 (UFAC 2011) Com a leitura dos dois textos seguintes, que analisam a escravido, fica demonstrado que: Texto I Na simbologia europeia da Idade Mdia, a cor branca estava associada ao dia, inocncia, a virgindade; j a cor preta representava a noite, os demnios, a tristeza e a maldio divina. Essa dicotomia entre branco e preto, claro e escuro, foi transferida pelos europeus para os seres humanos quando os portugueses chegaram frica em meados do sculo XV. [...] Assim, a pigmentao escura da pele foi inicialmente apontada como uma doena ou um desvio da norma. Como os africanos apresentavam ainda traos fsicos, crenas religiosas, costumes e hbitos culturais diferentes dos que predominavam na Europa, autores europeus passaram a caracteriz-los como seres situados entre os humanos e os animais. Todas essas vises eurocntricas fizeram com que os negros fossem considerados culturalmente inferiores e propensos escravido [...]. AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Histria. So Paulo: tica, 2008, p.199. Texto II Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de menino diabo; e verdadeiramente no era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabea de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, no contente com o malefcio, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, no satisfeito da travessura, fui dizer minha me que a escrava que estragara o doce por pirraa; e eu tinha apenas seis anos. Prudncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mos no cho, recebia um cordel nos queixos, a guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mo, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, - algumas vezes gemendo, - mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um ai, nhonh! - ao que eu retorquia: - Cala a boca, besta! . ASSIS, Machado. Memrias Pstumas de Brs-Cubas. So Paulo: Globo, 2008, p.62. a) No texto I, apresenta-se o etnocentrismo como elemento de justificao do trfico negreiro. Ao passo que no texto II, demonstram-se as relaes de dominao dos escravos dentro dos espaos domsticos brasileiros durante o perodo imperial. b) A chegada dos portugueses frica, no sculo XV, foi pontuada por um estranhamento cultural, religioso e fsico, marcado no texto I. Enquanto que no sculo XVI, no perodo imperial brasileiro, de que trata o texto II, ocorria plena e pacfica integrao social entre negros e brancos. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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c) Ambos os textos pontuam os estranhamentos culturais entre brancos europeus e negros afro-brasileiros, que culminaram com a substituio total do trabalho de escravos africanos pela fora de trabalho dos negros da terra. d) O texto I expe perspectivas eurocntricas, em que se justifica a escravido do africano por ser diferente do branco europeu. Ideia que retomada no texto II, na obra de Machado de Assis, que apresenta o defunto narrador como abolicionista. e) Tanto no texto I, quanto no texto II, percebe-se a preocupao dos autores em expor os tratamentos respeitosos a que eram submetidos os povos com caractersticas fsicas e culturais diferentes dos europeus.

QUESTO 31 (UFAC 2011) Quem olha hoje para o Haiti, miservel, degradado, dificilmente poder pensar que o pas foi o cenrio da 'nica revolta de escravos bem-sucedida da Histria'. No momento da Revoluo Francesa, em 1789, a colnia francesa das ndias Ocidentais de Santo Domingo representava dois teros do comrcio exterior da Frana e era o maior mercado individual para o trfico negreiro europeu. Era a maior colnia do mundo, o orgulho da Frana e a inveja de todas as outras naes imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milho de escravos. Dois anos aps a Revoluo Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando tambm uma invaso espanhola, uma tentativa de invaso britnica com cerca de 60 mil homens e uma expedio francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleo. A derrota dessa expedio resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.. SADER, Emir. A grande revoluo negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004. Refletindo acerca da Revoluo Francesa, da Independncia do Haiti e do processo de emancipao das colnias na Amrica, pode-se concluir que:

a) Os ideais burgueses tiveram repercusso sobre as guerras de independncia das colnias hispnicas, no sculo XIX, salvo o caso do Vice- Reino do Peru. b) Os processos de emancipao das antigas colnias espanholas e portuguesas na Amrica assemelhavam-se, em todos os aspectos, inclusive na adoo do regime de governo dos novos estados. c) A burguesia disputava espao poltico na Frana. Essa luta repercutiu para alm do continente europeu e influenciou os processos de emancipao poltica nas colnias ibricas na Amrica. d) A Independncia do Brasil sofreu influncia dos ideais da Revoluo Francesa e Haitiana, o que ocasionou a Proclamao da Repblica e tambm a Abolio da escravatura. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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e) Os processos de emancipao no continente latino-americano foram influenciados, tanto pela Revoluo Francesa, quanto pela Haitiana, o que 7resultou na Independncia de todas as colnias espanholas na Amrica, ainda na dcada de 1820. QUESTO 32 (UFAC 2002) Observando a histria recente do continente latino-americano no que diz respeito aos seus aspectos poltico, cultural, ideolgico, possvel afirmar que: a) a regio o mais importante centro de produo de riquezas do mundo, e seus pases gozam de amplo desenvolvimento. b) as populaes indgenas vivem em completa harmonia com o mundo do mercado e com a sociedade branca. c) prevalece uma herana do tempo da conquista, onde se sobressaem as prticas, atitudes e os padres de comportamentos. d) sobrevive uma populao indgena e mestia, convivendo nas mesmas condies de igualdade que as populaes brancas. e) significativo processo de desenvolvimento econmico da melhoria da qualidade de vida e dos direitos humanos. regio propiciou a

Histria do BrasilQUESTO 33 (UFAC 2006) Em relao ao Sistema Colonial implantado, por Portugal, no Brasil, a nica afirmao correta : a) Havia uma grande preocupao em produzir com boa qualidade e racionalidade, utilizando o trabalho livre. b) Estimulava-se o emprego do trabalho livre e a formao de pequenas propriedades familiares. c) A grande propriedade agrcola colonial era monocultora e empregava mo-de-obra assalariada. d) A produo era agroexportadora, fundada na grande propriedade e na mo-de-obra escrava. e) Buscava desenvolver o mercado interno estimulando o artesanato e a manufatura.

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QUESTO 34 (UFAC 2008) No Brasil colonial e mesmo durante o imprio, algumas razes so atribudas como explicao para que a escravido africana predominasse em lugar da escravido dos povos indgenas. As razes alegadas podem ser identificadas : a) reao dos povos indgenas que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou captur-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses. b) um enorme preconceito que existia do europeu em relao ao indgena, e no em relao ao africano, o que dificultava enormemente o aproveitamento do indgena em qualquer atividade. c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham escravizao indgena; fugas, epidemias e legislao antiescravista indgena que a tornaram menos atraente e lucrativa. d) religio dos povos indgenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se submeterem s agruras da escravido que lhes era imposta nos engenhos de acar ou mesmo em outros trabalhos e) ausncia de comunicao entre os portugueses e os povos indgenas e dificuldade de acesso ao interior do continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do territrio e das lnguas indgenas. QUESTO 35 (UFAC 2003) Jos Bonifcio mandou prender Gonalves Ledo, que fugiu do pas em 1823. Em 1824 era sua vez de ser preso e deportado por D. Pedro I. Em 1825, o imperador ordenou a morte de Frei Caneca. Na dcada seguinte, Feij hostilizava Jos Bonifcio, tentando destitu-lo do cargo de tutor de Pedro II. Como regente, Feij celebrizou-se por combater com fria rebelies provinciais semelhantes quela liderada por Frei Caneca.... (Os Santos do Altar, citado por Jlio Simes e Laura Antunes (coordenadores) em Ptria Amada Esquartejada, So Paulo: DPH, 1992). Desenvolvendo uma refinada crtica histria oficial, o texto acima se refere aos conturbados anos do I Imprio e das regncias brasileiras e, fundamentalmente, mostra a enganosa conciliao de projetos, interesses e ideias diferentes em torno dos grandes vultos e heris da Ptria. Tal conciliao tem a finalidade de: a) Estabelecer a ideia de uma nao unificada e sem conflitos. b) Estabelecer a ideia de uma nao plural e popular. c) Apontar a diversidade de projetos na construo da nao brasileira. d) Apontar a diversidade tnica na construo da nao brasileira. e) Criar a ideia de uma nao multitnica e plurilingustica. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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QUESTO 36 (UFAC 2008) A ideologia republicana ganhou fora a partir de 1870, porque o desenvolvimento das relaes de produo capitalista em andamento no Brasil exigia mudanas que o Imprio no podia realizar. Todavia, o Movimento Republicano no foi homogneo; ele congregou diferentes segmentos sociais que, defendendo interesses especficos, opunham-se continuidade do Imprio e ao atraso por ele representado. Dentre estes segmentos sociais NO se encontrava: a) a burguesia cafeeira do oeste paulista, interessada em promover a descentralizao poltica como forma de garantir a ampliao do seu poder. b) o operariado, representado por lderes sindicais e polticos, que viam na consolidao da Repblica a possibilidade de fortalecimento da sua organizao. c) a burguesia industrial, ligada produo ainda incipiente de bens de consumo e interessada em garantir mais industrializao. d) a classe mdia dos centros urbanos, representada por idelogos liberais, defensores de um sistema federativo nos moldes da Constituio Norte-Americana. e) parte da oficialidade do Exrcito, ligada ideologia positivista e que propunha a consolidao de uma repblica autoritria. QUESTO 37 (UFAC 2002). Aps a chamada Proclamao da Repblica, instituda atravs de um golpe (militar) de estado, o Brasil passou a vivenciar, particularmente a partir do governo de Campos Sales, uma repblica oligrquica, conservadora e reacionria, na qual a poltica econmica pautou-se na supremacia da: a) industrializao de bens de consumo. b) industrializao de bens de capitais. c) agroexportao cafeeira e aucareira. d) agroexportao gumfera e petrolfera. e) agroexportao cafeeira. QUESTO 38 (UFAC 2010) A Proclamao da Repblica, no Brasil, em 1889, ou seja, um ano depois da abolio da escravatura, gerou expectativas em partes significativas da populao, de que a partir daquela data poderiam participar das decises governamentais. Contudo, a Constituio de 1891 frustrou essas expectativas. Entre as disposies que limitavam a participao popular, podemos identificar:

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a) O prprio Marechal Deodoro da Fonseca, que por ser militar, queria estender o voto aos soldados. b) O estabelecimento do voto universal masculino, no secreto, que exclua analfabetos, mendigos, mulheres, padres, soldados e menores de 21 anos. c) O sistema federativo, pois os estados saram fortalecidos, podendo cada um indicar seu prprio candidato Presidncia da Repblica. d) A adoo do sistema parlamentar de representao bicameral. e) As correntes jacobinistas, pois eram formadas por setores intelectualizados da jovem repblica. QUESTO 39(UFAC 2001) Na capital da oligrquica repblica brasileira, no incio do sculo XX, ocorreram duas grandes significativas rebelies populares: a "Revolta da Vacina" (1904) e a "Revolta da Chibata" (1910), que denunciavam o carter antipopular e antidemocrtico da nova ordem poltica da nao. A violncia com que as elites desarticularam esses movimentos, com a morte, prises e o desterro de vrios dos seus participantes, apontam para as camadas populares as contradies do que significava ser cidado numa ordem republicana. Quais as razes dessas contradies? a) A necessidade de modernizar o Brasil e garantir a "ordem e o progresso" do Pas. b) A implantao de um modelo "civilizador" "cientificista" e "universal", que considerava as camadas populares e suas culturas como coisas "rudes" e "selvagens". c) A necessidade de modernizar a sade pblica e garantir higiene e conforto a toda a sociedade. d) As contradies entre os interesses da populao negra e os dos marinheiros da "armada brasileira". e) A importao de um modelo de "civilizao" europeu que afirmava o respeito aos valores e culturas locais.

QUESTO 40 (UFAC 2003) A chamada Revoluo Constitucionalista de 1932, movimento paulista de oposio Revoluo de 1930 que levou Getlio Vargas presidncia da repblica, constituiu-se numa desesperada tentativa de retorno da velha mentalidade oligrquica e assentava-se em dois pilares ou temas bsicos, a saber: a) A luta por So Paulo e pelo retorno de Lus Carlos Prestes ao Brasil. b) A luta contra o comunismo e pela defesa do governo da Repblica Nova. c) A luta por So Paulo e pela ordem. d) A luta por So Paulo e pelo fortalecimento do governo Vargas.

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e) A luta por So Paulo e pela liberdade de imprensa. QUESTO 41 (UFAC 2009) Partido Poltico rival dos getulistas, adepto do liberalismo. Era contrrio ao trabalhismo porque no aceitava o nacionalismo e nem a interveno do Estado na economia. Tambm conhecido como o partido dos Bacharis. O empresrio e jornalista Carlos Lacerda era a figura mais destacada desse Partido. Marque a alternativa correta indicando o nome desse partido: a) PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); b) PCdoB (Partido Comunista do Brasil); c) UDN (Unio Democrtica Nacional); d) PSD (Partido Social Democrtico); e) ARENA (Aliana Renovadora Nacional); QUESTO 42 (UFAC 2002) Em fins de setembro de 1937, a imprensa brasileira estampava a notcia de que os comunistas tinham um plano de tomada do poder da nao. Tudo no passava de uma grande farsa, montada pelo capito Olmpio Mouro Filho, membro das milcias integralistas, propiciando as justificativas necessrias para que o ento, presidente Getlio Vargas, prolongasse um pouco mais sua permanncia no cargo. Poucos dias depois, as eleies previstas para o incio de 1938 estavam suspensas e o governo mandava publicar, no Dirio Oficial, a nova Constituio Brasileira: estava decretado um violento processo de perseguies polticas e restries de todas as liberdades no Brasil, que ficou conhecido como: a) Nova Repblica b) Estado Novo d) Intentona Comunista c) Revoluo de 1930

c) Aliana Libertadora Nacional QUESTO 43

(UFAC 2007) Getlio Vargas criou pelo decreto 5.452 as leis trabalhistas, em 1943, reunindo e sistematizando as leis afins existentes no Brasil, articuladas atravs da CLT: Consolidao das leis do Trabalho. As leis trabalhistas criadas por Vargas, no perodo, representaram: a) Conquista evidente do movimento operrio sindical e partidariamente organizado desde 1917, defensor de projetos socialistas e responsvel pela ascenso de Vargas ao poder. b) Participao do Estado como rbitro na mediao das relaes entre patres e trabalhadores de 1930 em diante, permitindo a Vargas propor a racionalizao e a despolitizao das reivindicaes trabalhistas.

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c) Inspirao notadamente fascista, que orientou o Estado Novo desde sua implantao em 1937, desviando Vargas das intenes nacionalistas presentes no incio de seu governo. d) Atuao controladora do Estado brasileiro sobre os sindicatos e associaes de trabalhadores, permitindo a Vargas criar, a partir de 1934, o primeiro partido poltico de massas da histria do Brasil. e) Presso norte-americana, que se tornou mais clara aps 1945, para que Vargas controlasse os grupos anrquicos e socialistas presentes nos movimentos operrio e campons. QUESTO 44 (UFAC 2007) Sabemos que alguns acontecimentos polticos, durante a dcada de 1980, como o retorno eleio para governadores em 1982, como a eleio de Tancredo Neves no Colgio Eleitoral, em 1985, a realizao da Assembleia Nacional Constituinte, em 1987/8 e a eleio direta para presidente da Repblica em 1989, foram fundamentais para a redemocratizao do Brasil no ps-regime militar. Em relao queles acontecimentos pode-se afirma que: I Em 1982, a oposio elegeu a maioria parlamentar e expressiva quantidade de governadores, enfraquecendo ainda mais os mecanismos de sustentao poltica da ditadura militar. II Embora o PDS, partido de sustentao poltica da ditadura militar, no tenha elegido muitos governadores em 1982, em nada alterou a situao poltica dos militares no poder. III Embora vitorioso nas eleies indiretas Tancredo Neves foi impedido de assumir o governo pelas Foras Armadas, que fecharam questo em torno do nome de Jos Sarney. IV A nova constituio do pas, promulgado no dia 5 de outubro de 1988, por Ulysses Guimares, recebeu a denominao de constituio cidad, por garantir direitos fundamentais como: o direito de voto aos no alfabetizados e aos adolescentes entre 16 e 18 anos, jornada de trabalho de 44 horas semanais, licena-gestante de 120 dias e crimes de tortura e o racismo passaram a ser inafianveis. V A eleio de Fernando Collor de Mello, depois de 29 anos sem eleio para presidente da Repblica, terminou em abertura de processo de impeachment e a renncia de Collor em 1992, cabendo a Itamar Franco prosseguir com o processo de redemocratizao do pas. Destas afirmativas esto corretas: a) I IV e V, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) III IV e V, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II e III, apenas.

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Histria do Acre e da Amaznia

QUESTO 45(UFAC 2001) Analisando a forma como o discurso dos naturalistas viajantes que, no sculo XIX, percorreram a Regio Amaznica, o historiador amazonense Hideraldo Lima aponta como eles, no obstante seus diversificados olhares estavam em sintonia com os projetos e as falas das elites locais. Estas, de maneira preconceituosa e alardeando uma abstrata e irreal modernidade, desconsideravam a existncia de uma produo para a subsistncia, desenvolvida por ndios destribalizados ou tapuios, mestios e pequenos proprietrios da Regio. Ao "escamotearem" a realidade, como forma de fazer valer seus discursos, os viajantes e as elites amaznicas tentavam justificar a: a) necessidade de estabelecer uma produo para o mercado. b) manuteno da produo de subsistncia. c) garantia de recursos para uma maior produo agrcola e abastecimento interno. d) produo de rebanhos para atender aos interesses da comunidade local. e) necessidade de melhorar o padro de vida e o bem-estar da populao amaznica.

QUESTO 46 (UFAC 2004) Antes da chegada de diversos tipos de exploradores e colonizadores regio que, hoje, configura o Estado do Acre, milhares de indivduos pertencentes a diferentes naes e etnias indgenas habitavam seus diferentes rios e territrios. No entanto, as trajetrias, os modos de vida e toda a histria dessas populaes foram omitidos pela historiografia oficial acreana. Tal silncio pode ser atribudo, entre outras coisas, a dois fatores: a) Indiferena indgena ao explorador/colonizador e predomnio da tradio oral. b) Indiferena do explorador/colonizador ao indgena e predomnio da escrita. c) Inexistncia da escrita entre os indgenas e predomnio de uma concepo histrica positivista entre os colonizadores. d) Inexistncia da tradio oral e predomnio da escrita entre os indgenas. e) Decadncia da cultura oral e valorizao da cultura letrada entre os indgenas. QUESTO 47 (UFAC 2002) Sobre os trabalhadores nordestinos e de outras regies, que foram deslocados, desde a dcada de 1870, para constiturem-se como seringueiro na Amaznia correto afirmar que:

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a) Ao serem integrados s regras do seringal gozavam de toda liberdade para cultivar a terra, produzir borracha e comercializar sua produo. b) Eram de origem diversificada e traziam recursos financeiros para sua manuteno na Amaznia. c) Eram de origem diversificada e viajavam para a Amaznia com todas as despesas financiadas pelo Estado ou pelos seringalistas. d) Tinham que bancar os custos de sua viagem, eram proibidos de plantar ou criar animais no interior do seringal e obrigados a viver somente para o corte da seringa. e) Tinham a obrigao de cortar seringa, podiam ter saldo no barraco e controlavam pessoalmente suas dvidas com o patro. QUESTO 48 (UFAC 2004) A Corrida do Ouro Negro, como ficou conhecida a expanso da empresa extrativista da borracha nos ltimos anos do sculo XIX e incio do XX, propiciou uma violenta presso sobre os povos indgenas das bacias dos rios Juru e Purus, que foram escorraados e alvejados por intensas expedies punitivas, as chamadas correrias. Alm dessas expedies, os exploradores da borracha e do caucho utilizaram-se de outros mtodos para intimidar e amenizar a resistncia indgena contra a invaso de seus territrios. Dentre esses mtodos, um dos mais eficazes foi: a) o isolamento em reservas indgenas. b) a educao formal. c) a manuteno das tradies culturais entre os indgenas. d) o estmulo comunicao em lngua materna. e) o incentivo s rivalidades intertribais. QUESTO 49 (UFAC 2006) Assinale a alternativa que representa os elementos que foram indispensveis produo de borracha em larga escala, durante o primeiro surto da borracha na Amaznia/Acre: a) Reforma agrria; inovao tcnica no corte da seringueira; e abertura de ferrovias. b) Uma larga oferta de capitais; a incorporao de novas reas produtoras s j existentes; e um acrscimo de mo-de-obra ao processo produtivo. c) Plantio racional de seringueiras; abertura de ferrovias; e melhor qualificao da mo-de obra. d) Uma larga oferta de capitais; plantio racional de seringueiras; e abertura de rodovias. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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e) Inovao tcnica no corte da seringueira; abertura de rodovias; e seringais de cultivo. QUESTO 50 (UFAC 2008) O Sistema de Aviamento se constituiu no final do sculo XIX e incio do XX, como uma forma complexa, mas funcional, de organizao da produo e comercializao de borracha na Amaznia brasileira. Para a eficcia de seu funcionamento contriburam as articulaes realizadas entre as seguintes estruturas e sujeitos sociais: I) As chamadas Casas Aviadoras no tiveram nenhuma vinculao com as Casas Exportadoras. II) O seringueiro, como produtor direto da borracha, vendia sua produo de borracha diretamente s chamadas Casas Aviadoras. III) As chamadas Casas Exportadoras participaram do financiamento e exportao da borracha. IV) Os proprietrios dos seringais da regio acreana venderam a sua produo de borracha diretamente s Casas Exportadoras. V) Na produo e comercializao da borracha quem menos lucrou foi os seringalistas. Considerando o que est acima evidenciado marque a alternativa correta. a) Todas as afirmativas esto erradas b) Apenas as afirmativas IV e V esto erradas c) Apenas a afirmativa III est correta d) Somente as afirmativas I e III esto corretas e) Apenas a afirmativa II est errada QUESTO 51 (UFAC 2003) Ao alvorecer do sculo XX, o processo de arrendamento do Acre ao Bolivian Syndicate constituiu-se no interior de paradoxos e possibilitou chancelaria brasileira vivenciar momentos de contradies ante a irreconcilivel questo que colocava, de um lado, a dimenso jurdica e, de outro, a geopoltica, na regio da fronteira Brasil-Bolvia-Peru. A razo crucial de tudo isso se deve ao fato de que a chancelaria brasileira: a) No aceitava o estabelecimento de soberanias estrangeiras em sua rea de fronteira e encarava a questo do Acre pelo enfoque puramente jurdico. b) Aceitava parte das regras estabelecidas pelas clusulas do Bolivian Syndicate e divergia do Tratado de Ayacucho (1867). c) No aceitava o estabelecimento de soberanias estrangeiras em suas reas de fronteira e propunha uma administrao mista (trinacional) para a rea em litgio.

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d) Aceitava as clusulas do consrcio e ampliava o debate sobre a redefinio da fronteira e da geopoltica da regio. e) No reconhecia o Acre como territrio boliviano e propunha uma rediscusso jurdica sobre a questo do Acre. QUESTO 52 (UFAC 2008) O processo de anexao do Acre ao Brasil teve como ponto culminante, a assinatura do Tratado de Petrpolis, realizado em 17 de novembro de 1903, quando autoridades dos governos brasileiro e boliviano estabeleceram os limites fronteirios entre Bolvia e Brasil. Pelo acordo anterior conhecido como Tratado de Ayacucho, o governo brasileiro reconhecia como sendo de direito da Bolvia a maior parte das terras que hoje compreendem o Estado do Acre. Diante do exposto analise as proposies a seguir: I) Antes do Tratado de Petrpolis o governo brasileiro no reconhecia as terras hoje pertencentes ao Estado do Acre, como sendo do Brasil. II) O governo boliviano desde o tratado de 1867, estimulou seus concidados a produzirem borracha nos gomais do Acre. III) O governo brasileiro do comeo ao fim esteve solidrio aos seringalistas da regio do Acre. IV) Galvez do comeo ao fim teve o apoio imprescindvel de todos os seringalistas da regio, hoje acreana. V) Plcido de Castro contou o tempo todo com o apoio do governo brasileiro na luta contra os bolivianos. Das proposies acima marque a alternativa correta. a) Apenas a proposio I est correta b) Somente a proposio IV est errada c) Todas as proposies esto corretas d) As proposies III e IV esto corretas e) As proposies II e V esto corretas QUESTO 53 (UFAC 2002) A assinatura do Tratado de Petrpolis (1903), o marco que sinaliza o fim dos conflitos de fronteiras entre o Brasil e a Bolvia. Esse tratado, ao passo que institucionalizou o reconhecimento do territrio acreano, como brasileiro, estabeleceu uma indenizao ao Estado boliviano, cujo pagamento tema de debate entre historiadores brasileiros e bolivianos. Quais os principais elementos dessa indenizao?

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a) Construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor e entrega da regio de Pando Bolvia. b) Construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor e pagamento de dois milhes de libras esterlinas Bolvia. c) Construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor e garantia de livre navegao pelos rios da Amaznia brasileira, aos navios e embarcaes bolivianas. d) Pagamento de dois milhes de libras esterlinas e garantia de livre navegao pelos rios da Amaznia brasileira, aos navios e embarcaes bolivianas. e) Pagamento de dois milhes de libras esterlinas e entrega da rea de fronteira entre Brasilia e Assis Brasil ao Estado Peruano. QUESTO 54(UFAC 2011) O pai era bom seringueiro. Trabalhava trs estradas da colocao, alternadamente, na poca do fabrico. Iniciava o corte s duas horas da madrugada e o fechava cerca de meio-dia. Na embocadura do varadouro, comia a minguada refeio que trouxera da barraca, uma farofa de banha misturada com uma fita de balata. J quase noite voltava barraca e ia direto ao defumador, para no correr o risco de ver, com qualquer demora, o ltex transformado em sernambi. A borracha colhida, entretanto, nunca dava para pagar o dbito do Barraco, para comprar nada alm da banha, do tabaco, do feijo, do arroz, do querosene, do sabo, do acar e do sal.. FERRANTE, Miguel J. O seringal. So Paulo: Clube do Livro, 1973, p.24-5. Ao ler e examinar o trecho da obra O seringal, de Miguel de Ferrante, pode-se assegurar que: a) H apresentao do seringueiro e de seu modo de vida nos seringais acreanos, inseridos no sistema de aviamento. b) A distribuio de territrio para o trabalho dos seringueiros dentro dos seringais, no incio do sculo XX, era marcada pelo espao da colocao composta pelo Barraco. c) Trata-se de referncia literria que narra eventos relativos aos conflitos decorrentes da pecuarizao do Acre. d) Tratam da explorao da borracha, de acordo com os termos dos Acordos de Washington, assinados entre o Bolivian Syndicate e o Estado Independente do Acre. e) Foram expostos os modos de vida dos seringalistas e seringueiros, segundo as proposies do Conselho Nacional do Seringueiro (CNS), para as relaes de trabalho nos seringais amaznicos.

QUESTO 55 (UFAC 2003) A substituio da monocultura da borracha deu-se, principalmente, a partir de 1912, ante a queda da produo gumfera amaznica no mercado internacional, e foi marcada pela: a) Introduo de prticas alternativas de explorao madeireira com sustentabilidade. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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b) Introduo da agropecuria e da produo de soja na regio da Amaznia Sul-Ocidental. c) Produo de bolsas, peas ornamentais, colares, castanha cristalizada, artefatos com produtos da floresta. d) Produo de borracha, alternada com o plantio de subsistncia, caa, pesca e a coleta/extrao de castanha, aa, copaba e outros. e) Produo de feijo, arroz, milho, soja e fabricao de mveis utilizando-se de tecnologias regionais e do manejo madeireiro. QUESTO 56 (UFAC 2007) Uma das formas de participao do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi atravs da produo e exportao de borracha da Amaznia em grande escala, mas para que esse objetivo fosse atingido milhares de pessoas foram enviadas para a Amaznia na condio de soldados da borracha. Sobre a chamada batalha da borracha, defina as alternativas verdadeiras: I Os responsveis pelo recrutamento de trabalhadores utilizaram, entre outros argumentos, para convencer as pessoas a se deslocarem para a Amaznia: quem optasse em no se deslocar para os seringais amaznicos como soldado da borracha iria servir front de guerra. Outro argumento: vir para Amaznia como soldado da borracha significa cumprir um dever moral de servir a ptria. Ou promessa: quem viesse para Amaznia te assistncia financeira e assistncia mdico-sanitria II Com base em dados confiveis pode-se afirmar que morreram mais soldados da borracha de malria Amaznia do que brasileiros enviados para campos de batalhas na Europa, integrando a Fora Expedicionria Brasileira - FEB. III Os soldados da borracha realmente contriburam com os esforos de guerra, embora s tenham sido reconhecidos pelo governo brasileiro recentemente quando passaram a receber uma aposentadoria. IV Na composio dos soldados da borracha, tinha gente apenas do nordeste e caboclos residentes na Amaznia, embora alguns estudiosos afirmem que cariocas, paulistas, mineiros, goianos, capixabas e pessoas de todas as profisses classes sociais tambm viveram a mesma realidade. V Os chamados Acordos de Washington, assinados em maro de 1942, pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos da Amrica tiveram como objetivo principal no a ampliao e exportao borracha para atender os aliados, mas a oficializao da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Analisando as afirmativas acima, assinale as alternativas que esto corretas: a) As alternativas I, IV e V esto corretas. b) Apenas as alternativas II, III e V esto corretas. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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c) As alternativas I, II e III esto corretas. d) As alternativas III, IV e V esto corretas. e) As alternativas I, IV e V esto erradas. QUESTO 57 (UFAC 2008) A denominada Batalha da Borracha foi travada, principalmente, pelos sujeitos sociais que ficaram conhecidos como Soldados da borracha. O termo Soldados da borracha surgiu no perodo da Segunda Guerra mundial, quando milhares de nordestinos foram convocados pelo governo de Getlio Vargas a contriburem com esforo de guerra, vindo produzir borracha nos seringais amaznicos para ajudar os aliados. Sobre os acontecimentos envolvendo os Soldados da borracha e o governo brasileiro na Segunda Guerra mundial, assinale a alternativa correta. a) A aposentadoria para os Soldados da borracha, foi um direito reconhecido somente na Constituio brasileira de 1967, 22 anos aps o fim da referida guerra. b) A aposentadoria para os Soldados da borracha assegurada nos Acordos de Washington (onde o governo americano destinou inicialmente cinco milhes de dlares para garantir a produo de borracha na Amaznia), no foi cumprida por conta do fim da ditadura Vargas, em 1945. c) A aposentadoria para os Soldados da borracha, como recompensa aos seringueiros que produziram borracha para o chamado esforo de guerra, quando o governo Vargas, decidiu em 1942, entrar na guerra ao lado dos aliados, s foi garantida com a Constituio brasileira de 1988. d) A aposentadoria para os Soldados da borracha foi garantida na constituio de 1946, um ano aps o fim da Segunda Guerra mundial. e) A aposentadoria para os Soldados da borracha, foi prevista em 1942, quando da assinatura dos Acordos de Washington, entre os governos de Roosevelt e o de Getlio Vargas. QUESTO 58 (UFAC 2002) Na dcada de 1970-80, em pleno perodo da ditadura militar que governava o Pas, no Acre e Sul do Amazonas, surgiram diversificados movimentos e sujeitos sociais que, emergindo do interior da floresta, passaram a desafiar as polticas governamentais dos grandes projetos econmicos para a regio. Dentre esses sujeitos sociais, possvel destacar os seringueiros e as populaes de diferentes etnias indgenas que buscavam: a) A manuteno de seus tradicionais modos de vida, desenvolvendo os empates contra a devastao da floresta e/ou lutando pela demarcao e autodemarcao de suas terras.

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b) A manuteno de seus tradicionais modos de vida, desenvolvendo os empates contra a devastao da floresta e procurando participar da modernizao econmica da regio. c) A demarcao e autodemarcao das terras indgenas e o controle das reas produtoras de minrios. d) A demarcao e autodemarcao das terras indgenas e a consolidao de uma estrutura de investimentos em agropecuria. e) O fim da explorao no interior dos seringais e a consequente substituio da economia gumfera pela extrao racional de madeira. QUESTO 59 (UFAC 2009) Empates pela vida e em defesa da floresta um movimento de resistncia socialmente constitudo, articulado pelos seringueiros do Acre. Tal forma de resistncia, no caso os empates, ocorreu mais frequentemente a partir da dcada de 70 no Acre quando: a) Os comerciantes acreanos invadiram terras indgenas, provocando reaes dos seringueiros; b) Os fazendeiros compradores de grandes reas de seringais no Acre - tentaram realizar derrubadas de floresta para a formao de pastos para a criao de gado, com a perspectiva de expulsar os seringueiros de suas colocaes de seringa, provocando reaes dos trabalhadores; c) Os trabalhadores empataram que seus vizinhos comprassem suas casas; d) Os religiosos catlicos lutaram em defesa dos seringueiros e dos dzimos; e) Nenhuma das alternativas acima; QUESTO 60 (UFAC 2010) A dcada de 70 do sculo passado marca uma virada significativa na configurao socioeconmica e poltica da histria do Acre. A tentativa de transformar a economia extrativista, com base na produo de borracha e na coleta de castanha, em uma economia de base pecuria, colocou em conflito os antigos moradores dos seringais contra os novos donos das terras, em sua maioria fazendeiros e grileiros vindos de outros estados, que aqui eram denominados como paulistas. Nesse conflito, os seringueiros desenvolveram uma forma de resistncia denominada empate. Sobre os empates podemos afirmar: a) Que tinham na Ordem dos Advogados do Brasil- OAB Seccional Acre, sua principal aliada para mover processos contra os fazendeiros violentos. b) Eram movimentos que recebiam financiamentos estrangeiros, principalmente das Organizaes No Governamentais - ONGs, para criarem obstculos ao desenvolvimento do estado. c) Era um movimento dirigido, por subversivos e padres comunistas, que objetivava criar uma guerrilha na Floresta Acreana. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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d) Que recebiam apoio do estado, mesmo assim eram contra as derrubadas, porque elas agrediam o meio ambiente. e) Que tiveram o apoio de alguns setores da Igreja Catlica, (Comunidades Eclesiais de Base CEBs e Comisso Pastoral da Terra - CPT), da Confederao dos Trabalhadores na Agricultura- CONTAG e de alguns militantes de esquerda (clandestinos na sua maioria), para sua organizao. QUESTO 61(UFAC 2011) Tu no viu que, para eles, a gente menor que pichilinga de galinha? Carece, s, de Firmino continuar calado e escondido. Eles no esto a fim de atucanar ns. [...] Agaildo deu de ficar acordado at tarde. Rondava o varadouro, descia ao igarap, vigiava o roado. Tinha vez de at dormir no casco, que amarrava perto do sumidouro do aude. s vezes ficava olhando o irmo, uma pontinha de inveja: devia de ser bom saber ler, clareava as ideias. Firmino entendia dessa histria de reforma agrria, reserva florestal, Empate, e tanto nome mais que ele nem lembrava!. ESTEVES, Florentina. O empate. Rio de Janeiro: Oficina do Livro, 1993, p. 42. O contexto tratado, na obra referenciada de Florentina Esteves, permite associ-lo, Historicamente: a) desarticulao do extrativismo vegetal de borracha e pichilinga no Acre, em prol da pecuria bovina, executada com apoio dos governos federais e estaduais brasileiros. b) organizao dos seringueiros no intuito de resistir derrubada da mata e s tentativas dos paulistas de expuls-los de suas colocaes. c) formao do Conselho Nacional dos Seringalistas como entidade defensora dos interesses das populaes tradicionais da Amaznia. d) Ao modelo de desenvolvimento e ocupao territorial da Amaznia, imposto pelo Regime Militar, em que se desestruturava a produo pecuria regional em favor do extrativismo vegetal e mineral. e) substituio do sistema de aviamento pela produo pecuria nas terras do MST no Acre.

QUESTO 62 (UFAC 2003) ... Minha vinda para o Acre, o contato direto, especialmente nas nascentes Comunidades Eclesiais de Base, com o povo simples, pobre, injustiado, a ajuda dos padres amigos e muito sensveis aos problemas do povo, homens lcidos, corajosos e extremamente evanglicos; a confiana em mim depositada pelas vtimas dos problemas de terra que comearam, em 1973, a se agudizar. Neste campo, fatos bem concretos levaram-me a tomar uma posio: ou assumia a causa dos pobres ou negava minha misso e mesmo minha prpria f. Este trecho da entrevista do Bispo Dom Moacir Grechi, citada no livro Comunicao Alternativa do socilogo Pedro Vicente, retrata um pouco o papel da igreja catlica diante das tenses e conflitos ocorridos na Amaznia acreana, no contexto das dcadas de 1970-80,

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caracterizados por novas alternativas de ocupao e uso da terra e marcados por um processo de:

a) Constituio das grandes reservas extrativistas na regio. b) Formulao de uma nova poltica de desenvolvimento e sustentabilidade. c) Incorporao da mo-de-obra indgena ao extrativismo da borracha. d) Incorporao do Acre ao Brasil. e) Expropriao/expulso de trabalhadores extrativistas do interior da floresta. QUESTO 63(UFAC 2001) Em 23 de janeiro de 1990, o Presidente da Repblica do Brasil, cedendo no somente a presses de setores e grupos organizados da sociedade nacional e internacional, mas, fundamentalmente, s reivindicaes e lutas histricas dos trabalhadores rurais pela permanncia na floresta, criou a primeira Reserva Extrativista no Estado do Acre, com uma rea aproximada de 506.186 hectares. Onde se localiza essa reserva? a) Alto (rio) Acre c) Serra do Ma b) Rio Purus d) Rio Abun e) Alto (rio) Juru

QUESTO 64 (UFAC 2010) Aps a eleio de Jorge Viana (Frente Popular do Acre - FPA), para o Governo do Acre, em 1998, dois vocbulos passaram a fazer parte do dia-a-dia dos acreanos, so eles: florestania e sustentabilidade. Sobre o termo florestania podemos afirmar: a) um vocbulo que no tem explicao prtica, porque o Acre um Estado com alto ndice de desmatamento. b) um neologismo criado pelas ONGs, para captar recursos para seus projetos. c) Expressa a tentativa de estender as aes do estado s populaes, at ento no assistidas por este, fundada numa nova concepo da relao homem-natureza. d) um vocbulo que exprime oposio ao conceito de cidadania. e) um conceito que se ope ao de sustentabilidade, pois prev a presena do homem na floresta, causa principal de sua destruio.

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QUESTO 65 (UFAC 2011) No Hino Acreano existem vrias referncias ao processo de incorporao do Acre ao Brasil, a exemplo das passagens abaixo apresentadas:

Que este sol a brilhar soberano Sobre as matas que o vem com amor Encha o peito de cada acreano De nobreza, constncia e valor. Invencveis e grandes na guerra, Imitemos o exemplo sem par Do amplo rio que briga com a terra Vence-a e entra brigando com o mar. [...]

Mas se audaz estrangeiro algum dia Nossos brios de novo ofender, Lutaremos com a mesma energia Sem recuar, sem cair, sem tremer, E ergueremos, ento, destas zonas, Um tal canto vibrante e viril Que ser como a voz do Amazonas Ecoando por todo o Brasil

Fulge um astro na nossa bandeira Que foi tinto no sangue de heris, Adoremos na estrela altaneira O mais belo e o melhor dos faris. MANGABEIRA, Francisco; DONIZETTI, Mozart. Hino Acreano.

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A anlise da conjuntura histrica e cultural relatada nos trechos do Hino Acreano, nos permite entender que: a) Ao falar do Amazonas, os autores nos remetem influncia de migrao e participao poltica daquele Estado no processo de separao do Territrio acreano, que era, at ento, ligado ao Equador. b) As passagens: invencveis e grandes na guerra e audaz estrangeiro fazem referncias a conflitos armados e polticos, tais como a Revoluo Acreana, na qual os acreanos lutaram pelo direito sua independncia, em relao Bolvia, Peru e Paraguai. c) A meno guerra, ao sangue de heris, ao amor pelas matas acreanas, demonstram o apreo a terra, que foi o exclusivo motivo da disputa territorial com os pases andinos vizinhos. d) A composio faz aluso aos embates armados que movimentaram as questes polticas e econmicas causadoras da anexao das terras no descobertas ao Brasil. No entanto, no faz uma interpretao profunda das condies sociais em que os habitantes do Acre se tornaram brasileiros. e) A letra do hino faz referncia ao Estado Independente do Acre, criado pelo espanhol Luis Galvez, assim como aos seringueiros e esposas, que se opuseram opresso brasileira por meio da tomada da Intendncia de Mariscal Sucre.

Histria ContemporneaQUESTO 66 (UFAC 2010) Embora o conceito de raa tenha sido desautorizado pela cincia atual, a prtica do racismo permanece ativa. Para Hernandez (2005. 131-2): Essa situao a partir da modernidade tem razes histrico-estruturais no trfico atlntico de escravos, elemento fundamental do sistema colonial do sculo XVI, e foi reforado pelo imperialismo colonial de fins do sculo XIX na frica. Mas, enquanto este tem sido por vezes qualificado como contingente, o racismo integra um corpo ideolgico que antecede e transcende o imperialismo colonial. O texto acima nos permite afirmar que: a) O eurocentrismo e a ideia de que uns so mais capazes, mais aptos do que os outros consideram, como natural, a submisso de povos dominados, notadamente na frica. b) Como o Brasil no mais colnia, racismo coisa do passado. c) O racismo atualmente s identificado nas piadas de programas humorsticos. Pr- Vestibular | Associao Nova Vida

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d) O racismo existe dos dois lados porque h negros que no gostam de brancos e vice-versa. e) O racismo saudvel, pois nos Estados Unidos essa prtica levou ao desenvolvimento e, atualmente, temos um negro na presidncia daquele pas. QUESTO 67(UFAC 2001) A partir de 1870, as naes industrializadas da Europa passaram a experimentar um novo "boom" de tecnologias e processos sofisticados, impulsionados, fundamentalmente, pelo advento da energia eltrica e da indstria qumica. Tal fato imps "civilizao europeia" a necessidade de criar uma economia global, ligando pases desenvolvidos entre si e ao mundo no desenvolvido. O desenvolvimento tecnolgico europeu dependia, agora, de matrias primas que, devido ao clima ou ao acaso geolgico, seriam encontradas exclusiva ou profusamente em lugares remotos, a exemplo da frica do Sul, Amaznia e Oriente Mdio, como afirma o historiador britnico Eric Hobsbawm. Iniciava-se, assim, a chamada expanso do capital financeiro ou imperialista pelo mundo, constituindo um novo sistema de dominao das raas brancas sobre as raas no brancas. Que sistema era esse? a) Neocolonialismo c) Ps-modernismo b) Neoliberalismo d) Imperialismo Monrquico e) Sistema Colonial

QUESTO 68(UFAC 2001) surgimento do Imprio Alemo e a formao do Reino da Itlia bem como toda uma srie de conflitos pelo controle da regio dos Estreitos de Bsforo e Dardanelos esto inseridos no contexto daquilo que ficou conhecido, no panorama poltico europeu de meados do sculo XIX, como a "poltica das nacionalidades". A consolidao da unificao italiana e alem, no entanto, somente se completaria nos anos 1870-1871. O que estava por trs desses conflituosos processos de unificao? a) A afirmao de um poder aristocrtico. b) A vitria dos ideais polticos e econmicos do liberalismo. c) A consolidao do Vaticano como expresso maior de poder sobre aquelas regies. d) A derrota dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade expandidos pela revoluo francesa. e) A consolidao do prestgio e poder de Napoleo III sobre aquelas regies.

QUESTO 69 (UFAC 2009) O Neocolonialismo europeu do sculo XIX se caracteriza: I Pela necessidade de novas fontes de matrias-primas e de outros mercados consumidores para a crescente produo industrial; II Pelo crescimento demogrfico europeu e a consequente necessidade de novas regies para receber o excedente populacional;

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III Pela necessidade de aplicao dos capitais excedentes da economia industrial; IV Nova presso dos pases da Amrica do Sul e africanos para que a Europa aplicasse seus capitais em suas riquezas locais; V Pela ajuda europeia ao fortalecimento do Imprio do Japo na Malsia; Diante do exposto, marque a alternativa correta: a) Somente os itens IV e V esto corretos; b) Somente os itens I, II e III esto corretos; c) Somente os itens I e V esto corretos; d) Somente os itens I e IV esto corretos; e) Todos os itens esto corretos; QUESTO 70 (UFAC 2006) Em relao Revoluo Russa de 1917, errado fazer a seguinte afirmao: a) Iniciada em novembro de 1917, a Revoluo Vermelha, liderada por Lnin, marcou a ascenso dos bolchevistas ao poder. b) Os bolcheviques pregavam que os trabalhadores poderiam conquistar o poder atraindo a simpatia poltica da alta burguesia. c) A NEP Nova Poltica Econmica, introduzida por Lnin, em 1921, caracterizou-se por um certo retorno a formas econmicas capitalistas. d) Com a morte de Lnin, em 1924, houve uma grande disputa pelo poder na Unio Sovitica entre Trotski e Stalin, por suas ideias divergentes em torno da expanso ou no da revoluo. e) Os bolcheviques defendiam a ideia de que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionria, com a formao de uma ditadura do proletariado. QUESTO 71 (UFAC 2003) Filas de rostos plidos murmurando, mscaras de medo, Eles deixam as trincheiras, subindo pela borda, Enquanto o tempo bate vazio e apressado nos pulsos, E as esperanas, de olhos furtivos e punhos cerrados, Naufragam na lama. Jesus, fazei com que isso acabe!

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O fragmento do poema acima, citado pelo historiador britnico Eric Hobsbawm em seu livro A Era dos Extremos, remete-nos aos campos de batalha das guerras mundiais. A primeira delas, ocorrida entre 1914 e 1918, foi caracterizada como guerra de trincheiras e ficou conhecida, para a traumatizada memria de ex-combatentes europeus, particularmente, britnicos e franceses, como a Grande Guerra, em razo de que a maior parte deste conflito ocorreu na chamada: a) Frente Ocidental c) Frente Aliada QUESTO 72 (UFAC 2009) O Dia D durante a II Guerra Mundial ocorreu quando: a) A frente aliada desembarcou na Normandia, norte da Frana, no dia 6 de junho de 1944, anulando as foras alems estacionadas no norte da Europa, avanando pelo continente e apertando o cerco sobre o Terceiro Reich; b) A frente aliada desembarcou na Normandia, norte da Frana, no dia 6 de junho de 1945, anulando as foras alems estacionadas no norte da Europa, avanando pelo continente e apertando o cerco sobre o Terceiro Reich; c) A frente aliada desembarcou na Inglaterra no dia 06 de junho de 1945, derrotando o exrcito alemo; d) Hitler suicidou-se; e) Hitler entregou-se s foras aliadas no dia 06 de junho de 1945; QUESTO 73 (UFAC 2003) Aps a II Guerra Mundial, aproveitando-se da instabilidade propiciada pela Guerra Fria, desencadeou-se um processo de lutas em que um conjunto de pases, intitulados Terceiro Mundo, passou a lutar por sua libertao contra as grandes potncias do capital monopolista internacional. Tal processo ficou grafado para a histria do mundo contempornea como: a) Neocolonialismo b) Primavera dos Povos c) Independncia das Colnias Americanas d) Revoluo Chinesa e) Descolonizao Afro-Asitica. b) Frente Oriental d) Batalha da Normandia e) Batalha de Stalingrado

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QUESTO 74 (UFAC 2003) Eleito presidente dos EUA, no incio da dcada de 1960, John Kennedy foi responsvel pela constituio de uma nova poltica para a Amrica Latina. Tal poltica, conhecida como Aliana para o Progresso, caracterizava-se pela proposio de uma srie de mudanas na conjuntura dos pases do continente latino-americano, amparadas na realizao de: a) Reformas urbanas visando redemocratizao do continente. b) Reformas na poltica interna dos pases do continente como, por exemplo, reforma agrria, judiciria, educacional, entre outras. c) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista o aumento da liberdade aos partidos socialistas. d) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista a superao dos crnicos problemas que impediam o desenvolvimento do continente. e) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista a constituio de governos mais democrticos no continente. QUESTO 75 (UFAC 2010) A ascenso de Ronald Reagan presidncia dos Estados Unidos e de Margareth Thatcher ao cargo de Primeira Ministra da Gr-Bretanha, na virada da dcada de 70 para a de 80, desencadeou o processo de construo de uma nova ordem mundial que preconizava o Estado mnimo, no sentido dos investimentos sociais, alm de recomendar a privatizao das empresas estatais. Na Amrica Latina alguns pases, entre eles o Brasil, seguiram risca essas recomendaes, produzindo efeitos impactantes, marcadamente pela gerao de desnacionalizaes, desindustrializao, desconstitucionalizao, desregulamentao de leis que amparavam os trabalhadores e, por fim, desemprego. O texto acima se refere a alguns efeitos: a) Da crise econmica mundial contempornea. b) Do desenvolvimento da indstria petrolfera, especialmente da prospeco em guas profundas, praticada pela Petrobrs. c) Da fase primitiva da globalizao, a partir do sculo XVI. d) Da expanso do neoliberalismo. e) Do esgotamento do capitalismo.

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QUESTO 76 (UFAC 2002) Tudo menino e menina no olho da rua / O asfalto, a ponte e o viaduto ganindo pra lua ......................................................................................................................................................... ................................................. E o cano da pistola que as crianas mordem / Reflete todas as cores da paisagem da cidade ......................................................................................................................................................... ................................................. Alguma coisa est fora da ordem / Fora da nova ordem mundial. (Caetano Veloso, Fora da Ordem) O trecho acima reflete uma crtica chamada Nova Ordem Mundial, surgida em fins da dcada de 1980, no contexto do fim da: a) Guerra do Golfo e da Queda do Muro de Berlim. b) Guerra da Iugoslvia e Invaso do Afeganisto. c) Guerra Fria e Invaso do Afeganisto. d) Guerra Fria e Incio da Guerra do Golfo. e) Guerra Fria e Queda do Muro de Berlim QUESTO 77(UFAC 2011) O grupo palestino Hamas disse que lutar at que Israel atenda suas exigncias para um cessar-fogo. O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu incio quando: a) Na Declarao de Balfour, em que foi concedido apoio britnico para a criao de uma ptria judaica na Palestina. b) A ONU, no ano de 1947, fez a diviso entre os territrios da Palestina e Israel. Ao que desencadeou um ataque da Liga rabe ao Estado de Israel. c) No movimento sionista, criado no sc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propsito a formao de um estado judaico com reconhecimento internacional da Palestina. d) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordncia na negociao para a devoluo do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza. e) Na Intifada e no Haganah.

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QUESTO 78 (UFAC 2007) O processo de globalizao tende a transformar o mundo em um grande e nico mercado e uniformizar as economias de todos os pases, segundo o modelo imposto pelo neoliberalismo. Esse procedimento tem gerado controvrsias. A respeito da poltica de globalizao pode-se afirmar que: a) Tem merecido apoio, em geral, pelos efeitos positivos referentes s questes sociais. b) Tem sido criticada apenas por setores de esquerda. c) Tem recebido mais resistncia nos ex-imprios asiticos e nos velhos Estados europeus que na frica e Amrica Latina. d) Tem-se expandido em todo o mundo sem que haja reao a ela. e) Tem merecido crticas severas de todos os setores de direita QUESTO 79 (UFAC 2008) A globalizao da economia um fenmeno mundial que faz parte do nosso cotidiano. Marque a alternativa que no correta. a) O grau de liberdade das economias perifricas recua frente ao capital sem fronteiras. b) Os blocos econmicos perdem sua importncia com o avano do capital sem ptria. c) A mundializao do capital faz-se sob a hegemonia da economia norte-americana. d) A difuso dos avanos tecnolgicos contribui para a reduo dos custos da produo. e) Os oligoplios suplantam os Estados no controle das economias nacionais. QUESTO 80 (UFAC 2004) Acerca do complexo termo globalizao, e das suas consequncias, presente em nosso cotidiano desde as duas ltimas dcadas do sculo XX, de forma geral incorreto afirmar que: a) propiciou desenvolvimento e bem-estar em escala planetria. b) o desenvolvimento da informtica impulsionou vertiginosamente as comunicaes e os transportes. c) ocorreu a integrao dos mercados e a formao de megablocos econmicos. d) se ampliaram as diferenas e as desigualdades sociais entre pases ricos e pobres. e) ocorreu uma profunda alterao na lgica e nas noes de tempo e espao.

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GABARITO

1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) 25)

B C D A A B C C C C NULA D C E C C B D A A E E A A B

26) 27) 28) 29) 30) 31) 32) 33) 34) 35) 36) 37) 38) 39) 40) 41) 42) 43) 44) 45) 46) 47) 48) 49) 50)

A E B B A C C D C A B E B C C C B B A B C D E B C

51) 52) 53) 54) 55) 56) 57) 58) 59) 60) 61) 62) 63) 64) 65) 66) 67) 68) 69) 70) 71) 72) 73) 74) 75)

A A B A D C C A B E B E D C D A A B B B A A E D D

76) 77) 78) 79) 80)

E B C B A

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CONTEDO PROGRAMTICO DO VESTIBULAR UFAC

Histria Geral

Histria Antiga: A escravido na Antiguidade Clssica; A plis grega e o advento da democracia ateniense; A expanso do Imprio Romano: unidade e poder; A crise do Imprio Romano;

Histria Medieval: Origem e evoluo do feudalismo; Cultura na sociedade feudal; Invases brbaras e a formao do mundo medieval; O Renascimento do Comrcio e das Cidades; O papel da Igreja Catlica na Idade Mdia; O perodo Carolngio.

Histria Moderna: A transio do feudalismo para o capitalismo: sua relao com a emergncia do capitalismo em sua fase mercantil. Ascenso da burguesia e seus confrontos com a nobreza feudal. Renascimento. Reforma e Contra-Reforma. Formao das monarquias nacionais. A expanso colonialista europeia nos scs. XVI e XVII. Cercamentos e a Revoluo Inglesa no sc. XVII. A afirmao do Parlamento em oposio ao poder absoluto d