apostila liderança e motivação

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Liderança, Motivação e Delegação www.posugf.com.br 1 Pós-Graduação a Distância Liderança, Motivação e Delegação Professor Luiz Eduardo Gasparetto

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    Liderana, Motivao e Delegao

    Professor Luiz Eduardo Gasparetto

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    Liderana 3O Lder e o Administrador 3

    Teorias sobre Liderana 3

    Liderana Situacional 6O Poder e a Autoridade, o Administrador e o Lder 9Motivao - Colaboradores Motivados 10A Vantagem Competitiva das Organizaes 10

    A Motivao nas Organizaes 11

    O Administrador pode motivar? 11

    O que o Administrador pode fazer para motivar 12

    Motivao e Estmulo 12

    Nascemos Motivados 13

    Eliminando Desmotivadores 13

    Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Abrahan Maslow 15Como utilizar os estudos de Maslow para motivar o colaborador 15Teoria Higiene / Motivao, de Frederick Herzberg 16O que deu errado? 17Delegao 17Etapas de uma Delegao Eficaz 20

    SUMRIO

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    LIDERANA

    O Lder e o Administrador

    Lideres visionrios so importantes para a organizao,

    mas grandes administradores so fundamentais.

    Tom Peters

    Esta frase dita pelo guru da administrao Tom

    Peters, destaca que tanto o lder quanto o administrador

    so importantes para a organizao, mas tambm indica

    que h uma diferena entre eles. Segundo Peters, se os

    lderes so importantes para o processo de nascimento de

    um empreendimento, os administradores so essenciais

    para que esse empreendimento cresa e se consolide no

    mundo dos negcios.

    O lder tem um esprito visionrio, uma postura de

    empreendedor, uma viso mais estratgica. Normalmente

    so grandes sonhadores e seu papel na organizao criar

    para a equipe uma clara viso de futuro, que indique aonde

    eles devero chegar. O lder est focado muito mais na

    amanh do que no hoje, mais no que fazer e no no como

    fazer. O lder aquele que, pela sua postura, entusiasma

    seus seguidores e os leva a querer fazer.

    J o administrador tem como objetivo fazer com que o

    trabalho seja executado e focaliza, prioritariamente, o aqui

    e agora. Ele mantm os processos em marcha, faz a coisas

    funcionarem e tem uma viso ttica mais apurada. Ele faz

    as coisas se movimentarem e no deixa a peteca cair.

    Um administrador faz com que os colaboradores

    caminhem em direo ao objetivo definido pela organizao

    e realizem o trabalho de acordo com as normas e

    procedimentos, seguindo o que foi planejado.

    Um administrador pode ser um lder?

    Apesar de diferenas na maneira de encarar as

    coisas, um administrador pode perfeitamente ter diversas

    caractersticas de um lder, e at bom que ele desenvolva

    algumas delas e as utilize no dia a dia, porque isso facilitar

    seu trabalho junto a sua equipe. As organizaes at

    desejam que seus administradores tenham algumas das

    caractersticas de liderana e muitas procuram desenvolv-

    las atravs de programas de treinamento.

    Vrias teorias de liderana foram desenvolvidas para

    adaptarem essa viso do lder como um empreendedor

    ao trabalho do administrador de fazer com que as coisas

    andem, procurando ajud-lo na inteno de ir alem do

    papel de gerenciamento, indicando de que maneira ele

    deve se comportar para ser, alem de um gestor de sua

    equipe, tambm um lder entre seu pessoal.

    Teorias sobre Liderana

    Dentre as muitas teorias sobre liderana desenvolvidas

    pelos estudiosos desse assunto, para serem utilizadas

    pelo administrador em seu trabalho de gerenciamento,

    trs se destacam pela influncia causada e pela facilidade

    de entendimento do seu funcionamento: Traos de

    Personalidade, Comportamental e Situacional.

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    A teoria dos traos de personalidade afirma que um lder, para exercer esse papel, precisa nascer com

    determinados traos de personalidade que facilitariam

    assumir a liderana de pessoas. Em outras palavras,

    sustenta que um lder, para ser um lder, precisa nascer

    lder. Isso significa que, sem possuir essas caractersticas

    de personalidade, uma pessoa no poderia ser um lder

    genuno.

    Portanto, o administrador que desejasse ser um lder

    deveria tambm possu-las por nascena, sem o que no

    conseguiria sucesso.

    Essa teoria foi sendo contestada e os principais

    argumentos utilizados por seus crticos diziam respeito ao

    fato de que:

    1 - nunca se chegou a uma lista definitiva de quais deveriam ser essas caractersticas to importantes para

    que uma pessoa seja um lder. A cada dia uma nova

    caracterstica se juntava a uma lista que ficava cada vez

    mais extensa e;

    2 - muitos lderes famosos exatamente pela forte liderana que exerciam tinham algumas caractersticas de

    personalidade totalmente diferentes entre si. Os crticos

    citavam como exemplo dois lderes do mesmo perodo

    da histria: Churchil e Hitler, adversrios na 2 guerra

    mundial, que sem dvida tiveram uma liderana muito

    forte em seus pases. Ambos eram lderes, mas tinham

    personalidades totalmente diferentes.

    Estes dois exemplos acabaram levando a teoria das

    Caractersticas de Personalidade a ser abandonada e, hoje,

    no se aceita mais a idia de que um lder necessariamente

    deva nascer lder e ter determinadas caractersticas de

    personalidade para exercer com eficcia a liderana.

    Tambm no se admite que pessoas com personalidades

    totalmente diferentes daquela que seria a ideal para a

    funo no possam exercer com sucesso esse papel.

    A teoria comportamental deixou de lado a idia de

    como deveria ser uma pessoa no que diz respeito a sua

    personalidade para ser um lder, e passou a desenvolver

    a idia de como um lder deve se comportar perante seus

    seguidores para ser verdadeiramente um lder reconhecido.

    A idia apresentada pela teoria de que h trs

    comportamentos possveis para quem est na liderana,

    mas s um deles um comportamento compatvel com a

    funo e que identifica a atuao do verdadeiro lder.

    O primeiro comportamento identificado pelos

    especialistas o do lder chamado de autoritrio, isto

    , aquele que d ordens, que exige ser obedecido sem

    contestao, que diz o que, como, quando e onde fazer.

    o lder que dificilmente permite a participao de seus

    subordinados com idias e sugestes e seu lema manda

    quem pode e obedece quem tem juzo.

    Este lder no seguido (caracterstica de um lder

    reconhecido), mas sim obedecido pelos seus liderados, se no

    por outros motivos, no mnimo pelo medo que eles tm das

    conseqncias que podero advir dessa falta de obedincia.

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    Na opinio dos estudiosos da teoria, este comportamento

    no o de um verdadeiro lder e, assim, esta no

    uma maneira adequada de liderar pessoas, devendo ser

    rejeitada por aqueles que pretendem ser reconhecidos

    como lderes autnticos.

    O segundo comportamento relacionado pela teoria o

    do lder chamado de permissivo, isto , o lder que no

    est nem ai para sua equipe, deixando-os totalmente

    vontade para decidirem o que, como e quando fazer. Ele

    d pouqussimas orientaes para sua equipe, deixa que

    cada um assuma a soluo dos problemas que surgem, se

    envolve pouco no trabalho executado e praticamente no

    faz acompanhamento e controle de como as coisas so

    executadas.

    Esse lder se torna quase invisvel para os seus liderados

    que, por falta de orientao, acabam fazendo as coisas da

    maneira que julgam ser a melhor, no tm o desempenho

    avaliado, no recebem elogios ou crticas, algumas vezes

    se sentindo abandonados pela liderana. Esta a maneira

    como os estudiosos viam as conseqncias da aplicao

    desse comportamento.

    Na opinio deles, este comportamento tambm no

    identifica o verdadeiro lder e no deve ser seguido por

    aqueles que lideram uma equipe de trabalho, pelo seu no

    envolvimento com a equipe.

    Finalmente, essa teoria apresenta o comportamento

    considerado ideal para um lder: o democrtico. Este o

    lder que est presente junto a equipe, orienta e aconselha,

    mas tambm pede sugestes, muitas vezes estabelece

    objetivos em conjunto com a equipe e permite que os

    liderados participem de maneira mais efetiva na soluo

    de problemas. o lder que comunica, que motiva e que

    visto com uma pessoa aberta e transparente.

    De acordo com a teoria, este o estilo ideal a ser

    adotado para que um profissional assuma totalmente o

    papel de lder de um grupo, que por esse comportamento

    o reconhece como tal e o segue, no por medo, mas pela

    sua competncia e pelo seu comportamento junto ao

    grupo. naturalmente o estilo de liderana que a teoria

    recomenda seja adotado por aqueles que pretendem ser

    reconhecidos como um lder autntico.

    Na opinio dos estudiosos que desenvolveram a teoria

    somente o comportamento democrtico traria sucesso para

    a equipe, fazendo com que os objetivos fossem atingidos

    e que os liderados atuassem com mais segurana e

    tranqilidade. Portanto, os outros dois estilos autocrtico

    e permissivo deveriam ser rejeitados a princpio, por no

    trazerem para a equipe os resultados esperados.

    Mas, a partir de determinado momento, essa teoria

    tambm comeou a ser rejeitada, porque se percebeu,

    na prtica, que muitas vezes o lder democrtico tinha

    dificuldade de liderar a equipe e os resultados esperados

    no apareciam. Tambm se notou que muitas equipes,

    comandadas por lderes ou com estilo autocrtico ou com

    estilo permissivo atingiam seus objetivos.

    A concluso foi bvia: na verdade no existe um estilo

    que seja o ideal. Qualquer um dos trs poderia trazer

    bons ou maus resultados, e isso iria depender muito do

    tipo de grupo com os quais os lderes trabalhavam. Para

    determinados grupos o estilo autocrtico de adaptava

    bem, para outros o democrtico e, para outros, at o estilo

    permissivo era o mais adequado em algumas situaes.

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    A partir da essa teoria do comportamento foi sendo

    abandonada e uma nova teoria surgiu, sendo hoje

    considerada a que melhor explica a liderana dentro das

    organizaes: a teoria chamada de liderana situacional,

    que diz que o lder deve utilizar um estilo de liderana

    que se adapte melhor maturidade do grupo com o

    qual trabalha, e maturidade no tem relao com idade

    cronolgica e sim com o conhecimento do indivduo de

    como fazer a tarefa.

    Para um grupo com nenhum ou pouco conhecimento do

    trabalho, provavelmente o estilo autocrtico seja o melhor;

    para um grupo de maturidade alta o estilo permissivo

    talvez se adapte melhor e, para outros, o democrtico o

    ideal para o atingimento dos objetivos.

    LIDERANA SITUACIONAL

    A teoria da Liderana Situacional surgiu como um

    enfoque mais prtico e de melhor compreenso para

    aqueles que pretendiam desenvolver um estilo de liderana

    que fosse eficaz e de fcil aplicao. Desenvolvida por

    dois estudiosos da liderana Paul Hersey e Kenneth

    Branchard ela colocou como um dos seus pontos

    principais a combinao entre a maturidade do colaborador,

    considerando como maturidade o nvel de conhecimento

    que ele tem sobre como fazer a tarefa, com um estilo de

    liderar que fosse o mais adequado para aquele nvel de

    maturidade.

    Quando existe uma combinao correta de maturidade

    e estilo o resultado uma liderana eficaz e o atingimento

    dos objetivos estabelecidos.

    A Liderana Situacional pede que o gestor avalie sempre

    qual a maturidade do colaborador no que diz respeito a

    tarefa a ser executada classificando-a como:

    - maturidade 1 no sabe como fazer, mas est motivado;

    - maturidade 2 sabe fazer razoavelmente, mas est um pouco inseguro

    - maturidade 3 sabe fazer corretamente, mas pode estar um pouco desmotivado;

    - maturidade 4 sabe fazer e est motivado.

    Aps identificar em qual estgio de maturidade est

    o colaborador, o administrador ir utilizar um estilo

    de liderana que esteja voltado para um dos seguintes

    aspectos:

    DIREO interesse praticamente exclusivo na realizao da tarefa;

    DIREO E APOIO interesse na realizao da tarefa, mas tambm no apoio e motivao do colaborador;

    APOIO interesse praticamente exclusivo no relacionamento, apoio e motivao com o colaborador;

    DELEGAO quase nenhuma preocupao com a tarefa e com o relacionamento.

    A combinao maturidade e estilo de liderana segundo

    teoria da Liderana Situacional:

    - Estilo 1 chamado de direo, para ser utilizado pelo administrador quando o nvel de maturidade do

    colaborador tambm 1.

    Neste momento, a grande preocupao do administrador

    diz respeito a realizao da tarefa e h pouca preocupao

    com o apoio e relacionamento. Neste estilo de liderana

    o administrador informa ao subordinado como a tarefa

    deve ser feita, quais so os padres exigidos, treina o

    subordinado para faz-la e acompanha de perto a sua

    realizao.

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    O subordinado praticamente no tem oportunidade

    de dar idias e sugestes e nem mesmo tomar decises,

    e isso natural porque sua maturidade na tarefa

    praticamente nula. Ele no sabe como fazer o trabalho

    e, por isso, vai apenas seguir instrues. Tambm no

    necessrio motiv-lo e apia-lo neste momento, porque a

    possibilidade de aprender a realizao de uma nova tarefa

    j suficiente para isso.

    - Estilo 2 chamado de treinamento, para ser utilizado pelo administrador quando o estilo de maturidade do

    colaborador tambm 2.

    Aqui, o colaborador j sabe fazer uma boa parte

    da tarefa, mas tem algumas dvidas e o administrador

    ainda precisa orient-lo. Portanto, neste momento, so

    necessrias algumas indicaes no sentido de direcion-lo

    para o trabalho e corrigir suas falhas. Mas, eventualmente,

    j possvel para o administrador ouvir alguma sugesto

    do colaborador e deix-lo tomar pequenas decises.

    Talvez neste momento o colaborador comece a ter

    algumas dvidas sobre como est executando a tarefa,

    sobre se o seu trabalho est agradando, e isso poder at

    desmotiv-lo em relao ao trabalho se ele imaginar que

    no est indo bem, e necessrio que o administrador, ao

    perceber isso, aumente o seu nvel de relacionamento com

    ele. preciso incentiv-lo, apoi-lo e permitir que, dentro

    de certo limite, a sua participao seja mais efetiva na

    tarefa. Portanto, aqui, existe uma mistura dos estilos de

    direo e apoio.

    - Estilo 3 chamado de apoio, para ser utilizado pelo administrador quando o nvel de maturidade do

    colaborador tambm 3.

    Aqui, o colaborador j sabe como fazer a tarefa,

    d sugestes e toma decises sobre ela, e apenas

    eventualmente o administrador precisar dar alguma

    orientao mais direta a ele, a no ser em casos de

    mudana no padro. A tarefa executada da maneira

    como deve ser e no prazo e nvel de qualidade exigidos.

    O colaborador j experiente e, por isso, seu nvel de

    maturidade alto. Entretanto, com o passar do tempo,

    ele poder ter problemas no que diz respeito a sua

    motivao, poder ficar inseguro em coisas que no esto

    ligadas diretamente a tarefa ou ento por problemas

    pessoais.

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    Neste momento, hora do administrador aumentar o

    nvel de seu apoio e relacionamento com esse colaborador,

    no sentido de motiv-lo, incentiv-lo, apia-lo e mostrar

    ao colaborador que ele est ali para auxili-lo. O estilo

    quase que somente de apoio, porque o colaborador j

    atingiu o nvel de maturidade exigido pela tarefa.

    Estilo 4 chamado de delegao, para ser utilizado pelo administrador quando o estilo de maturidade do

    colaborador tambm 4. Aqui, o colaborador j sabe como

    fazer a tarefa, toma as decises necessrias, assume suas

    responsabilidades e est motivado para realiz-la.

    O administrador fica a disposio do colaborador se

    este necessitar de alguma orientao e faz um controle

    da tarefa atravs de pontos de checagem, mas com pouca

    interferncia no dia a dia. O colaborador est plenamente

    consciente das suas responsabilidades e as assume com

    tranqilidade. Seu nvel de maturidade extremamente

    alto, permitindo ao administrador realizar outras tarefas

    com maior tranqilidade. O estilo de liderana a ser

    utilizado no exige nem direo e nem apoio.

    Para os administradores que pretendem utilizar a teoria

    da Liderana Situacional preciso lembrar que, dentro da

    equipe, ele poder ter colaboradores classificados dentro

    dos quatro estilos de maturidade: um colaborador antigo

    que sabe fazer a tarefa, um novato em comeo de sua

    carreira no setor, outro que sabe fazer, mas est com

    problemas pessoas e assim por diante.

    Por isso, ele precisar utilizar mais de um estilo de

    ldierana quando estiver tratando com eles. No possvel

    que um gestor tenha apenas um estilo de liderana para

    todo o grupo e seja rgido em sua aplicao, a ponto de

    no musar de estilo de acordo com os colaboradores da

    equipe.

    Tambm, preciso lembrar que os colaboradores

    podem mudar de um estilo para outro quando h grandes

    alteraes na tarefa ou ento quando mudam de tarefa.

    Um colaborador que est no nvel de maturidade 4 em

    determinada tarefa poder passar para o nvel 1 em uma

    tarefa que ele no sabe executar e que agora de sua

    responsabilidade.

    Como administrador, voc no pode querer tratar todos

    os colaboradores da mesma maneira, utilizando do mesmo

    estilo de liderana. preciso ter jogo de cintura para

    caminhar de um estilo de lideranba para outro conforme a

    necessidade e adaptando-se a maturidade do colaborador.

    Nvel de maturidade Estilo apropriado

    D1DESENVOLVIMENTO BAIXO

    Pessoas que no tm competncia tcnica nem

    segurana, embora possam at estar motivadas.

    E1DIREO

    Muita direo e quase nenhum apoio.

    D2DESENVOLVIMENTO ENTRE

    BAIXO E MODERADOPessoas que tm alguma competncia tcnica e

    alguma confiana em si.

    E2TREINAMENTO

    Comportamento de direo alto e apoio alto.

    D3DESENVOLVIMENTO ENTRE

    MODERADO E ALTOPessoas que tm competncia tcnica, mas esto inseguras

    e /ou desmotivadas.

    E3APOIAR

    Comportamento de direo baixo e apoio alto.

    D4DESENVOLVIMENTO ALTO

    Pessoas competentes e seguras.

    E4DELEGAR

    Comportamento de direo baixo e apoio baixo.

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    O PODER E A AUTORIDADE, O ADMINISTRADOR E O LDER

    PODER: O DIREITO DE DIZER A UMA PESSOA

    FAA ASSIM OU NO FAA ASSIM.

    Uma das diferenas existentes entre o lder e o

    administrador a fonte do poder de cada um. A fonte do

    poder indica a origem do poder que foi atribudo ou ento

    conquistado pelo lder e pelo administrador.

    Basicamente podemos dizer que existem duas fontes

    de poder dentro de uma organizao:

    >> PODER DO CARGO EXERCIDO

    >> PODER PESSOAL

    O PODER DO CARGO EXERCIDO o poder tradicional,

    aquele que atribudo a todo administrador dentro de

    uma organizao. um poder que no emana do prprio

    administrador, mas uma fonte externa a ele, isto ,

    algum, com mais poder que ele, lhe delegou uma parte

    desse poder.

    Podemos exemplificar dizendo que o presidente da

    empresa atribui parte do seu poder para um diretor, que

    pode atribuir parte dele para um gerente que pode atribuir

    uma parte dele para um supervisor. Este poder passa

    de um administrador para outro atravs da ferramenta

    chamada delegao.

    O Poder do Cargo normalmente expresso atravs do

    comportamentos do administrador referente a tomada de

    decises, a recompensas oferecidas aos colaboradores ou

    ainda na punio de colaboradores relapsos, e se divide

    em:

    - Poder Legtimo ou Formal Quando o colaborador obrigado a obedecer porque o administrador o chefe;

    - Poder da Recompensa Quando o colaborador recebe uma recompensa em troca de obedincia;

    - Poder da Coero Quando o administrador ameaa ou pune o colaborador para ser obedecido.

    Para tipos diferentes de poder do cargo imposto

    pelos administradores existem respostas diferentes dos

    colaboradores que so submetidas a esses poderes.

    Assim, submetidos ao poder legtimo ou de recompensa,

    eles tendem submisso, mesmo que discordem do que

    est sendo exigido ou proposto. Apenas obedecem, ou

    porque o chefe mandou ou ento porque recebero uma

    recompensa.

    J quando submetidos ao um poder de coero, a

    tendncia dos colaboradores resistirem, de maneira

    explcita ou implcita, desobedecendo deliberadamente

    orientaes ou ordens recebidas, faltando ao trabalho,

    fazendo greves, atendendo mal o cliente, cometendo mais

    erros do que de costume e outras formais mais sutis.

    Estes trs tipos de poder do cargo so, preferencialmente,

    caractersticos da funo de administrador.

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    O PODER PESSOAL, ao contrrio, uma fonte interna

    de poder, basicamente uma ferramenta utilizada pelo

    lder, e se divide em:

    PODER DE ESPECIALISTA QUANDO UMA PESSOA,

    MESMO NO TENDO FORMALMENTE O CARGO DE

    ADMINISTRADOR, RECONHECIDA COMO LDER DE

    UM GRUPO PELA SUA EXPERINCIA NUM DETERMINADO

    ASSUNTO OU TAREFA.

    PODER DE REFERNCIA QUANDO UMA PESSOA

    LIDERA INFORMALMENTE UM GRUPO POR SER UMA

    PESSOA RECONHECIDA COMO DE ATITUDES CORRETAS,

    PELA JUSTIA DE SUAS DECISES OU POR DEFENDER OS

    INTERESSES DO GRUPO. VIDEO OU EXEMPLOS

    O poder pessoal gera comprometimento dos liderados

    em relao ao lder, ao contrrio do poder do cargo que

    gera, no mximo, a obedincia. Por isso, o poder pessoal

    tambm chamado de Autoridade ou poder informal,

    diferenciando-o assim do poder do cargo, exercido apenas

    porque se tem uma autoridade delegada e que chamado

    tambm de poder formal.

    O interesse das organizaes que um administrador

    seja tambm um lder para seus comandados, isto , que

    ele tenha tanto o poder formal quanto o informal, tanto

    o poder propriamente dito como a autoridade. O poder

    dado enquanto a autoridade reconhecida.

    PoderForar ou coagir a pessoa a fazer algo que voc quer

    que ela faa, mesmo que ela no queira fazer.

    AutoridadeLevar a pessoa a fazer, de boa vontade, algo que voc

    quer que ela faa.

    MOTIVAO - COLABORADORES MOTIVADOS

    Conceito: Motivar conseguir que as pessoas faam,

    satisfeitas, aquilo que precisa ser feito.

    A Vantagem Competitiva das Organizaes

    O que hoje diferencia uma organizao dos concorrentes

    a qualidade da equipe que ela possui. Mas no basta

    apenas ter uma equipe tecnicamente qualificada: preciso

    que essa equipe esteja motivada para realizar as tarefas,

    isto , necessrio que essa equipe esteja identificada com

    os valores da organizao e que trabalhe com satisfao.

    Trabalhar com satisfao uma garantia de que a tarefa

    que precisa ser feita ser feita com qualidade e dentro

    dos prazos e custos previstos. Uma equipe que trabalha

    satisfeita uma equipe motivada para a realizao e que

    far com que os resultados organizacionais sejam atingidos.

    O pessoal que trabalha com voc est satisfeito

    por trabalhar no seu setor? E por trabalharem na

    sua organizao? E por trabalharem com voc? Estas

    perguntas precisam ser feitas pelo administrador porque

    ter colaboradores motivados uma de suas preocupaes

    mais constantes e uma tarefa difcil de ser realizada.

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    A Motivao nas Organizaes

    Hoje, sofremos uma crise de desmotivao nas

    organizaes. Uma pesquisa detectou que 70% do

    pessoal que trabalha nas organizaes pesquisadas est

    menos motivado hoje do que estava h algum tempo.

    Dos colaboradores pesquisados, 60% afirmaram que

    fazem apenas o necessrio para no serem demitidos.

    Desmotivao total.

    Isto fcil de ser confirmado. Basta caminhar pela

    organizao em dois momentos diferentes: s 14, 15 ou

    16 horas, durante o horrio de trabalho, e verificar que

    boa parte dos colaboradores apresenta um olhar perdido,

    falta de energia, uma verdadeira preguia fsica e mental.

    DESENHO/HISTRIA AGUARDANDO A SADA

    Mas, no horrio da sada, esses mesmos colaboradores

    que antes estavam desanimados mostram uma energia

    no vista durante o expediente. Todos animados, alguns

    indo para o clube, outros para a faculdade, outros ainda

    para encontrar os amigos ou a namorada ou namorado.

    Onde estava toda essa energia e motivao h algumas

    horas? SADA VOLTA A MOTIVAO.

    Percebe-se que o problema no est nos colaboradores.

    Nossos trabalhadores no so preguiosos ou indolentes,

    mas na verdade eles no esto encontrando, dentro da

    organizao, condies para realizarem seus anseios,

    sonhos e desejos.

    O Administrador pode motivar?

    Ser possvel para um administrador motivar seu

    pessoal? possvel algum motivar algum? A resposta

    : NO!

    Um conceito de motivao nos faz compreender melhor

    porque um administrador no consegue motivar um

    colaborador ou ningum consegue motivar ningum.

    MOTIVO um desejo ou impulso existente no interior

    da pessoa e que a leva a agir de modo a alcanarseus

    objetivos (conscientes ou inconscientes), que satisfaam

    uma necessidade isatisfeita.

    o porque do comportamento, algo dentro do

    indivduo que o impulsiona. a mola da ao.

    Portanto, motivao nada mais do que uma

    necessidade insatisfeita que a pessoa deseja satisfazer e

    que a leva a realizar determinadas aes para satisfaz-

    la. Motivao o que MOTIVA a AO. Veja o esquema

    grfico de como funciona a motivao.

    Uma necessidade insatisfeita, dentre as vrias que

    temos, comea a fazer presso. Isso cria na pessoa uma

    tenso muito grande que o leva a realizar uma ao

    para aliviar a tenso. Assim que ele consegue, uma nova

    necessidade comea a pressionar, e o ciclo se repete.

    Portanto, a motivao algo interno na pessoa, uma

    necessidade que ele tem e que precisa ser satisfeita. Se

    uma necessidade insatisfeita o que motiva a ao, e se

    eu no posso criar uma necessidade dentro da pessoa, a

    concluso que no posso motivar ningum.

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    12

    O que o Administrador pode fazer para motivar

    Mas ento no existe nenhuma ao que possa ser

    tomada pelo administrador? Ele nada pode fazer?

    Ele pode e deve fazer algo. Ele pode criar as condies

    dentro da organizao para que o colaborador satisfaa

    suas necessidades insatisfeitas.

    Se a necessidade insatisfeita bsica, do tipo

    alimentao, por exemplo, o administrador pode estabelecer

    um sistema de remunerao que pague ao colaborador

    um salrio justo, que lhe permita alimentar sua famlia e

    ele prprio. Ou trein-lo para que ele possa ascender a um

    cargo de maior responsabilidade e remunerao.

    Se a necessidade insatisfeita do colaborador de

    reconhecimento do seu trabalho, o administrador pode

    criar um sistema de avaliao do desempenho e premiao

    que reconhea os desempenhos excepcionais. Ou criar um

    programa chamado de melhor colaborador do ms.

    Se a necessidade insatisfeita a de maior participao

    na empresa o administrador pode criar um sistema

    de sugestes, ou ento de reunies peridicas dos

    colaboradores com os gestores para discutirem assuntos

    de interesse geral.

    Com isso o colaborador, ao realizar aes para atender

    suas necessidades individuais, tambm atinge os objetivos

    da organizao.

    Motivao e Estmulo

    Alguns administradores, ao pensarem estar motivando

    seus colaboradores esto, na verdade, estimulando-os,

    mas no motivando-os. Qual a diferena entre motivao

    e estmulo?

    A diferena principal que a motivao, como j vimos,

    interna a pessoa, um desejo ou necessidade insatisfeita

    que est dentro dela pedindo para ser atendida e que a leva

    a executar determinadas aes. J o estmulo externo,

    no est necessariamente ligado a uma necessidade

    insatisfeita ou desejo da pessoa, mas provocado por um

    agente externo.

    Na motivao, a pessoa realiza uma ao porque sente

    que ela importante para que atingir um objetivo. No

    estmulo, ela realiza uma ao provocada por um agente

    externo e que, muitas vezes, no est levando a pessoa a

    atingir um objetivo desejado por ela, mas apenas a reagir.

    Quando o colaborador est realmente motivado ele

    caminha por si s para o ponto desejado pelo administrador,

    sem necessidade de nenhum empurro (psicolgico ou

    literal). Se apenas estimulado, o colaborador tambm

    caminha para um ponto desejado pelo administrador, mas

    apenas at que o efeito do estmulo desaparea, e ai torna-

    se necessrio novo estmulo por parte do administrador

    para que ela continue caminhando.

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    13

    o que acontece, por exemplo, quando o administrador

    imagina que, aumentando o salrio de um colaborador

    (recompensar) que apresenta desnimo ele o est

    motivando. Na realidade ele est apenas estimulando,

    porque depois de algum tempo o aumento incorporado

    ao salrio, o colaborador sobe um pouco no patamar

    de ganho, se acostuma com aquela nova situao e o

    desnimo volta. E a se torna necessrio novo estmulo,

    isto , um novo aumento. Mas isso possvel?

    O que o administrador conseguiu foi apenas um

    entusiasmo aparente e superficial que, naturalmente,

    apareceu logo aps o aumento salarial, mas logo as

    coisas voltam a ser como eram, porque as necessidades

    do colaborador no foram satisfeitas e ele volta a ficar

    desanimado.

    Talvez a maior necessidade insatisfeita do colaborador

    no fosse a de aumentar seus ganhos, mas sim realizar um

    trabalho mais desafiador, ter oportunidade de aperfeioar

    seus conhecimentos, atuar numa filial no exterior etc. Se o

    administrador desse a ele a oportunidade de atender essa

    necessidade ai sim ele se motivaria.

    Nascemos Motivados

    A motivao interna o que podemos chamar de a

    verdadeira motivao. Ela inata: todos ns nascemos

    altamente motivados e podemos observar isso na criana,

    um timo exemplo da automotivao que j nasce com a

    pessoa. Vdeo youtube criana descobrindo o ambiente.

    A criana naturalmente curiosa, observadora de

    tudo o que acontece, est sempre aprendendo com as

    diversas situaes que vive no dia a dia, criando solues

    surpreendentes para os problemas que enfrenta, e tudo

    isso totalmente independente de qualquer estmulo

    externo fornecido por outra pessoa. Ele tem motivao

    interna.

    J no adulto a situao um pouco diferente e a

    motivao interna, que nasceu com ele, tende a diminuir

    em funo dos acontecimentos do meio ambiente em que

    esse adulto vive. So as restries impostas por diversas

    fontes com as quais ele tem contato: a famlia, a escola,

    a religio e, uma das mais fortes fontes de restrio

    curiosidade, a iniciativa e motivao, que a organizao

    com suas normas, procedimentos e cultura.

    Essa situao da falta de motivao interna pode levar

    uma pessoa a ficar paralisada e, para se manter em ao,

    ele fica cada vez mais dependente dos estmulos (externos)

    provocados dentro da organizao pelos administradores,

    atravs de ameaas ou recompensas. Faa que lhe dou

    um dia de folga ou faa que lhe dou um aumento de

    salrio ou faa seno o demito. Ele faz, mas no foi

    motivado a fazer e sim estimulado a fazer.

    Eliminando Desmotivadores

    Existem diversas situaes dentro de uma organizao

    que poderamos chamar de situaes desmotivadoras.

    So situaes que dificultam o colaborador a atingir

    seus objetivos e, algumas vezes, se apresentam como

    verdadeiras barreiras no caminho profissional.

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    14

    O administrador, identificando a existncia dessas

    barreiras, deve tratar de elimin-las, favorecendo assim

    a motivao de seu pessoal. O administrador deve agir

    como um verdadeiro limpador de trilhas, isto , vai

    frente abrindo caminho e removendo obstculos para que

    seu pessoal, motivado, caminhe na direo dos objetivos.

    O autor do livro Supermotivao -Dean R. Spitzer

    - lanado no Brasil pela Editora Futura, identificou os

    principais desmotivadores dentro das organizaes que

    devem ser objeto de ateno por parte dos administradores:

    01. Mensagens contraditrias - Freqentemente a organizao envia mensagens contraditrias que

    confundem no lugar de orientar (Seja criativo/faa

    conforme sempre foi feito! Seja participativo/No d

    palpites!). Outras vezes orientam um tipo de ao, mas

    acabam por recompensar outra contrria.

    02. Regras desnecessrias - regras tendem a proliferar muito alm do necessrio para alcanar um

    nvel aceitvel de controle organizacional. A maioria delas

    negativa e dizem o que no fazer. Quando se est

    concentrado em evitar as negativas, no se consegue

    trazer contribuies positivas.

    03. Competio interna - em geral estimula o aumento de envolvimento com as atividades, mas a mdio

    prazo e se mal administrada mina a confiana, reduz a

    cooperao e gera emoes negativas.

    04. Desonestidade - qualquer forma de alegao falsa, encobrindo um erro ou deixando de revelar um fato

    importante, fere profundamente s pessoas.

    05. Hipocrisia - revelada atravs da incoerncia entre discurso X prtica.

    06. Sonegao de informaes - h um sentimento de traio quando informaes importantes sobre a

    organizao so recebidas por outro canal (imprensa, por

    exemplo).

    07. Injustia - tratamento preferencial, privilgios e favores.

    08. Respostas desencorajadoras - resistncias do administrador e/ou da organizao s iniciativas, idias,

    questionamentos, sugestes.

    09. Crticas desencorajadoras - comunicao negativa (verbal e no-verbal). Observaes desagradveis,

    depreciaes, censuras, olhares de desprezo.

    10. Excesso de controles - ao invs de disciplinar pode destituir as pessoas de uma noo da responsabilidade

    pessoal, orgulho e auto-estima.

    11. Cancelamentos - direitos, benefcios e projetos, instalados a partir de programas mal elaborados e que

    precisam ser retirados depois.

    12. Reunies Improdutivas - das quais se sai com a sensao de que nada foi resolvido ou que houve

    manipulao.

    13. Invisibilidade das gerncias - aqui no se refere apenas ausncia fsica, mas tambm ao distanciamento

    dos diversos nveis de gesto dos nveis de execuo, que

    causa insegurana e sensao de menos valia.

    14. Tolerncia a desempenho inferior em nome de um tratamento mais humano, tolera-se que

    colaboradores tenham um desempenho inferior ao

    desejado. um sinal de fraqueza e indeciso da gerncia

    ou da poltica da organizao. Algumas at recompensam

    o desempenho inferior, concedendo aumentos salariais,

    acreditando que com isso conseguiro a cooperao dos

    colaboradores.

    15. Ignorar pessoas que fazem um bom trabalho, mas em silncio, so muitas vezes ignoradas, recebendo

    pouco feedback positivo e pouco reconhecimento, quase

    nunca sendo elogiados.

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    15

    16. Falta de Avaliao do Desempenho a Avaliao de Desempenho formal no existe e os gestors

    ou no avaliam os subordinados ou avaliam de acordo com

    critrios desconhecidos.

    17. Falta de Reconhecimento os esforos dos colaboradores no so reconhecidos, no se recebe

    agradecimentos ou obrigado.

    18. Impossibilidade de Crescimento a organizao no adota uma poltica de aproveitamento interno visando

    o crescimento profissional dos colaboradores.

    19. Dificuldade para atualizao profissional

    a organizao no se preocupa com o desenvolvimento

    profissional e pessoal de seus colaboradores.

    TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES, DE ABRAHAN MASLOW

    Segundo Maslow, para que uma pessoa esteja motivada preciso criar um ambiente no qual existam

    objetivos adequados e disponveis, que possam satisfazer

    as suas necessidades. Os objetivos esto fora da pessoa

    e podem ser vistos como prmios para os quais os

    motivos se dirigem.

    Podemos perguntar: todas as necessidades ocorrem

    ao mesmo tempo? A resposta no, pois elas no

    possuem a mesma fora. A necessidade que determinar

    o comportamento ser aquela que, naquele momento,

    possuir a maior fora.

    Diante disso, Maslow percebeu algo muito interessante

    e que explicava como funcionam as nossas necessidades:

    elas se organizam de forma hierrquica e podem ser assim

    definidas:

    Necessidades fisiolgicas

    Tendem a ser as mais intensas, enquanto no forem

    de alguma forma satisfeitas. So as necessidades bsicas

    para a prpria subsistncia: alimento, roupa, moradia.

    Necessidade de segurana essencialmente a necessidade de estar livre de medo

    de perigo fsico e da privao das necessidades fisiolgicas

    bsicas. a necessidade de autopreservao.

    Necessidade social ou de participaoComo as pessoas so seres sociais, sentem necessidade

    de pertencer a vrios grupos sociais e de serem aceitas

    por eles.

    Necessidade de estima (auto-estima e reconhecimento por parte dos outros)

    A maioria de ns tem necessidade de elevada valorizao

    de si mesma, firmemente baseada na realidade, ou seja,

    no reconhecimento e no respeito dos outros.

    Necessidade de auto-realizao a necessidade que as pessoas sentem de maximizar

    seu prprio potencial seja ele qual for. Portanto, a auto-

    realizao o desejo de tornar-se aquilo de que se capaz.

    COMO UTILIZAR OS ESTUDOS DE MASLOW PARA MOTIVAR O COLABORADOR

    Fisiolgicas Pagamento em dia, frias completas, perodos de

    descanso, intervalos para caf e refeies, banheiros

    limpos, ar puro, gua potvel, ambiente mais refrigerado.

    SeguranaTreinamento, segurana no trabalho, benficos em

    geral, assistncia mdica, seguro de vida.

    SociaisParticipao em equipes de trabalho e em reunies,

    grmio recreativo, atividades promovidas cela organizao.

    StatusPromoo, smbolos de status em geral, elogios,

    prmios e reconhecimento pblico.

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    16

    Auto-realizao Delegar atribuies desafiadoras, trabalhos criativos,

    aproveitamento do potencial.

    TEORIA HIGIENE / MOTIVAO, DE FREDERICK HERZBERG

    SATISFAO e INSATISFAO so palavras um tanto

    vagas, mas um estudioso do comportamento humano

    encontrou uma maneira de especific-las quando se

    aplicam ao trabalho. Esse estudioso foi Frederick Herzberg,

    que apresentou as seguintes interpretaes para essas

    palavras:

    SATISFAO para os colaboradores, provm unicamente

    de alguns fatores de motivao como, por exemplo, um

    trabalho interessante e desafiador, a utilizao total de

    sua capacidade, a oportunidade de fazer alguma coisa

    significativa que contribua para o resultado da organizao,

    o reconhecimento por uma realizao e a responsabilidade

    pelo seu prprio trabalho.

    INSATISFAO ocorre quando alguns fatores no se

    encontram presentes: boa remunerao, boas condies

    de trabalho, colegas com quem se tm afinidades,

    benefcios, etc.

    Herzberg leva em conta essas definies para

    desenvolver sua teoria motivacional, onde ele afirma que

    as pessoas possuem dois traos motivacionais.

    O primeiro de nvel inferior, de natureza animal, que

    visa somente a sobrevivncia, enquanto o segundo, de

    nvel superior e de natureza humana, orientado para a

    satisfao dos objetivos pessoais.

    Herzberg denomina o primeiro conjunto de fatores de

    FATORES DE HIGIENE, ou de MANUTENO. Precisamos

    satisfaz-los para nos manter vivos. As pessoas procuram

    evitar a dor e os contratempos na vida: a mesma coisa

    vlida para o trabalho. A satisfao dessas necessidades

    vai proporcionar apenas higiene pessoa, isto , ela

    apenas no ficar insatisfeita, mas no ir motiv-la.

    Se esses fatores no estiverem presentes no local de

    trabalho o funcionrio ficar insatisfeito e poder procurar

    um outro emprego que lhe proporcione esses fatores.

    Entretanto, no ir trabalhar com maior empenho quando

    esses fatores lhe so proporcionados.

    Por exemplo: a contratao de uma organizao

    para alimentao dos colaboradores no prprio local de

    trabalho poder evitar que um funcionrio se demita, mas

    raramente motivar um funcionrio a trabalhar com mais

    afinco.

    Por outro lado, afirma Herzberg, existem outros

    fatores que proporcionam uma real motivao nos

    colaboradores, permitindo que eles participem mais do dia-

    a-dia da organizao, consigam realizar no trabalho seus

    objetivos pessoais, etc. Esse segundo conjunto de fatores

    chamado por Herzberg de FATORES MOTIVACIONAIS.

    Podemos verificar que, de maneira geral, a organizao

    deve proporcionar os fatores que evitam a INSATISFAO

    (Fatores Higinicos), enquanto o administrador deve

    proporcionar aos seus colaboradores os fatores que

    possibilitam atingir seus objetivos e uma real MOTIVAO,

    isto , os Fatores Motivacionais.

    Fator higinico: restaurante assistncia Mdica,

    salrios, etc. BENEFCIOS

    Reconhecimento oportunidade de carreira maior

    par6ticipao nas decises.

    Isto verdade, porque poucos administradores dentro

    da organizao podem estabelecer, por exemplo, novos

    benefcios ou novos valores para os salrios. Mas quase todos

    podem gerar motivao nos subordinados atribuindo-

    lhes tarefas de maior responsabilidade, reconhecendo

    seus esforos, dando-lhes metas desafiadoras, algum

    poder para decidir atravs da Delegao, e poder para

    influir em suas prprias tarefas.

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    17

    O QUE DEU ERRADO?

    O Caso

    Nossa organizao produz papel e celulose e nossa

    matria prima vem de grandes florestas artificiais, que

    nos fornecem a madeira. Essas florestas precisam ser

    constantemente renovadas, j que uma rvore que est

    sendo cortada hoje foi plantada h 15 anos atrs.

    Um dos cuidados com a rea de reflorestamento

    a limpeza peridica que feita em volta das mudas,

    removendo a vegetao que ali nasce e que poderia

    prejudicar o crescimento. H pouco tempo tivemos que

    fazer a limpeza de uma rea e contratamos para esse

    trabalho, de maneira temporria, um pessoal que mora

    prximo do local a ser limpo.

    Estabelecemos que a tarefa e o pagamento seriam

    dirios e fixos: eles deveriam limpar, cada um, 100 ps de

    mudas por dia, ganhando para isso R$ 10,00. Se limpassem

    menos de 100 mudas teriam um pagamento proporcional.

    Calculou-se que para limpar os 100 ps, cada trabalhador

    levaria 8 horas.

    Na prtica verificou-se que no haveria necessidade de

    se trabalhar 8 horas por dia para ganhar R$ 10,00. Os

    100 ps estavam sendo cuidados em no mximo 6 horas

    de trabalho e com certa tranqilidade. Os trabalhadores

    tinham, portanto, 2 horas sobrando.

    Pensando em aproveitar melhor o dia de trabalho,

    foi feita uma modificao no sistema de pagamento.

    Aumentou-se o salrio dirio para R$ 12,20, que

    seriam pagos pela mesma quantidade de 100 mudas, e

    estabeleceu-se um prmio de produtividade: ao nmero

    de mudas que superasse as primeiras 100, corresponderia

    um pagamento adicional.

    Pensou-se que os trabalhadores cuidariam, em mdia,

    de 100 mudas em 6 horas, (o que eles j estavam fazendo)

    ganhando R$ 12,20, e trabalhariam pelo menos mais

    umas duas horas cuidando de aproximadamente mais 20

    mudas, para ganhar o prmio de produtividade. O que de

    fato aconteceu?

    Os trabalhadores passaram a trabalhar o suficiente

    apenas para ganharem os mesmos R$ 10,00 que ganhavam

    antes, ou seja, passaram a trabalhar um nmero ainda

    menor do que as 6 horas e, por isso, cuidavam de menos

    mudas. A organizao estava pagando os mesmos R$

    10,00 do incio, para a limpeza de apenas 83 ps.

    DELEGAO

    ESCOLHA ALGUNS HOMENS CAPAZES E COLOQUE-OS

    COMO CHEFES DE MIL, DE CEM, DE CINQENTA E DE DEZ.

    DEVEM SER HOMENS QUE MEREAM CONFIANA E QUE

    SEJAM HONESTOS EM TUDO. ELES JULGARO SEMPRE AS

    QUESTES DO POVO. OS CASOS MAIS DIFCEIS SERO

    TRAZIDOS A VOC, MAS OS MAIS FCEIS ELES MESMOS

    PODERO RESOLVER. ILUSTRAO

    (Jetro orientando seu genro Moiss em xodo 18.1-27)

    NA BBLIA EST A PRIMEIRA LIO DE DELEGAO

    REGISTRADA PELA HISTRIA. UMA LIO DE MILHARES

    DE ANO, MAS QUE MUITOS ADMINISTRADORES AINDA

    NO APRENDERAM.

    NA VERDADE, A NICA ALTERNATIVA DO

    ADMINISTRADOR SEM TEMPO PARA REALIZAR SUAS

    MLTIPLAS TAREFAS DELEGAR MAIS TAREFAS PARA

    SEUS SUBORDINADOS REALIZAREM.

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    18

    Queixas cada vez mais comuns nas organizaes:

    (imagem)

    Quer que eu faa todas as coisas exatamente iguais,

    da forma como ele faz. Isso me deixa muito chateado e

    irritado. Afinal das contas, cada um tem o seu jeito de

    realizar o trabalho, desde que no haja prejuzo para os

    resultados finais.

    O meu gerente no delega absolutamente nada. Ele

    um tremendo centralizador. Tudo depende dele. Por

    isso estou completamente desmotivado. O meu pavio

    est quase apagando. Ele est sempre querendo saber de

    detalhes pouco relevantes nos trabalhos que realizo. No

    desgruda do meu p.

    O meu gerente sempre tem que incluir algum toque

    pessoal no meu trabalho. Outro dia, numa carta que redigi

    para um cliente, ele alterou prezado para estimado e atenciosamente, para cordialmente. No agento mais!!!. Isto completamente desestimulante.

    Para justificar estes comportamentos, ele se auto-intitula

    de perfeccionista. Mas na realidade um baita de um

    pentelho. Acha que s ele faz tudo certo e perfeito

    Quando observamos o desempenho de alguns

    administradores que comandam equipes muitas vezes

    constitudas de pessoas comuns, com formao e

    experincia comuns, e observamos os resultados

    excepcionais que essas equipes alcanam, ficamos nos

    perguntando qual ser o segredo desse administrador

    para fazer com que isso acontea.

    E o que muitas vezes nos intriga ainda mais e constatar

    que outros administradores, com equipes formadas por

    pessoas mais talentosas e preparadas, no conseguem

    obter os mesmos resultados. Qual o segredo?

    O segredo muito simples: o administrador que obtm

    os melhores resultados aquele que usa, de maneira eficaz,

    uma ferramenta de administrao chamada delegao.

    Atravs dela o administrador treina os subordinados, passa

    a eles a autoridade e responsabilidade sobre realizao

    de algumas tarefas e, com isso, consegue multiplicar seus

    esforos, seus conhecimentos e suas experincias. Delegar

    autoridade e responsabilidade para seus comandados

    o segredo desses administradores. E os colaboradores

    trabalham mais motivados ao sentirem que possuem

    autoridade dentro de seus cargos.

    Conceito de delegao

    Quando observamos a atuao de alguns

    administradores, que se valem da delegao para se

    livrarem de suas obrigaes, somos levados a concluir

    erroneamente que delegar ....

    A ARTE DE DEIXAR QUE ALGUM RESOLVA O PROBLEMA

    QUE EU DEVERIA RESOLVER, MAS NO RESOLVO!

    Evidentemente esse no um conceito correto, porque

    identifica um administrador que se vale da desculpa da

    delegao para no cumprir sua obrigao de solucionar

    problemas.

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    19

    Na verdade, um conceito de delegar ...

    TRANSFERIR UMA TAREFA, CUJA REALIZAO DE

    RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR, PARA A

    RESPONSABILIDADE DE UM SUBORDINADO, ATRIBUINDO

    A ELE A RESPECTIVA AUTORIDADE PARA REALIZ-LA.

    Duas definies importantes que devem sempre estar

    presentes na delegao:

    >> Autoridade

    >> Responsabilidade

    Autoridade o poder que o administrador tem de

    dizer a um subordinado faa assim ou no faa assim.

    A autoridade vem de cima para baixo na hierarquia

    organizacional e transferida ao administrador pela

    organizao atravs da delegao.

    Responsabilidade a obrigao que tem a pessoa que

    recebeu a autoridade de prestar contas da realizao da

    tarefa a quem a delegou. Ela vem de baixo para cima na

    hierarquia organizacional. O delegado presta contas a

    quem delegou.

    A delegao exige que o administrador passe para

    o subordinado uma parte de sua autoridade, para que

    este possa resolver os problemas que surgem referentes

    tarefa delegada. No existe delegao apenas de

    responsabilidade, a autoridade sempre deve vir junto.

    VANTAGENS DA DELEGAO:

    A delegao traz muitas vantagens para o administrador

    que delega e tambm para o subordinado que a recebe.

    Entre essas vantagens podemos citar:

    a. aumenta o senso de responsabilidade de quem a

    recebe, porque ele percebe que sua funo recebeu nova

    autoridade e, por isso, ele se torna mais responsvel;

    b. amplia a viso do subordinado, pois ao receber

    nova tarefa ele receber novas informaes sobre o

    trabalho que ir realizar e que ele ainda no tinha;

    c. aumenta a satisfao do subordinado que

    recebeu a delegao, porque ele sente que seu esforo

    reconhecido e sente a valorizao da sua funo;

    d. a delegao utilizada como treinamento para o

    subodinado, o que aumenta a capacitao da equipe;

    e. o administrador abre mo de algumas tarefas, o

    que lhe permite ter mais tempo para se dedicar a outras

    coisas.

    Agora uma pergunta que no quer calar: se a delegao

    traz tantos benefcios para o administrador e para o

    subordinado, POR QUE MUITOS ADMINISTRADORES NO

    DELEGAM OU DELEGAM POUCO?

    A lista de justificativas, que na verdade no so

    justificativas e sim desculpas, enorme, mas poderamos

    resumi-la nas principais: O ADMINISTRADOR NO DELEGA

    PORQUE...

    a. ... para delegar preciso ensinar, e ele acredita

    que ensinar demora. O administrador no percebe que, na

    verdade, existe um investimento de tempo para ensinar,

    mas depois ele recupera com juros esse tempo investido,

    quando o subordinado passa a executar o trabalho

    aliviando o administrador;

    b. ... acredita que assim que o subordinado receber

    a delegao ele vai exigir um aumento de salrio.

    Se a delegao temporria, e isso deve ficar claro

    para o subordinado, no h porque exigir aumento. O

    administrador explica que ele est aprendendo uma

    nova tarefa que, no futuro, poder ser definitivamente

    executada por ele e que, a partir dai, um aumento de

    salrio ser natural;

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    20

    c. ... somente est seguro quando v o que est

    sendo feito. Administrador inseguro tem essa dificuldade

    de se afastar da tarefa, acompanhando apenas seus

    resultados. Ele precisa acompanhar todo o proceso e fica

    difcil delegar uma tarefa que ser executada por outra

    pessoa;

    d. ... acredita que, se alguma coisa der errado, ele

    ser o culpado e a sua cabea que ir rolar. Isso no

    verdade, pois nenhum administrador demitido porque

    delegou corretamente uma tarefa e ela no foi executada

    como previsto.

    A no ser que a delegao tenha sido mal feita ou

    no tenha existido acompanhamento, nenhuma empresa

    demite um administrador que usou a delegao. Agora,

    aquele que no delega......

    e. ... algumas tarefas ele mesmo gosta de executar,

    ele se identifica com ela por algum moptivo e, por mais

    simpels que seja, faz questo de executar;

    f. ... acha que ninguem far mehor que ele essa

    tarefa.

    Etapas de uma Delegao Eficaz

    1 ETAPA Planejamento do que pode ser delegado

    Definir quais as responsabilidades que devem

    permanecer com o administrador e quais podero ser

    delegadas aos subordinados, lembrando que existem

    tarefas que:

    o ADMINISTRADOR deve ele mesmo fazer, so

    indelegveis;

    o ADMINISTRADOR poderia fazer, mas um

    subordinado poderia ajud-lo;

    os subordinados deveriam fazer, mas o

    ADMINISTRADOR pode auxili-los em uma emergncia;

    os subordinados devem fazer.

    Planejar delegar o urgente para ficar com o importante,

    o programvel para ficar com o no programvel, o rotineiro

    para ficar com o que requer inovao, e evite o desejo de

    delegar as atividades que no so de seu agrado. Procurar

    incluir entre o que delegar algumas tarefas que exijam

    criatividade e que sejam desafiantes para o subordinado.

    Isto ser motivador para ele. Depois s identificar o

    profissional em condies de receber a delegao e quais

    os recursos que ele necessitar para atingir os objetivos

    esperados.

    2 ETAPA Definir exatamente qual a tarefa a ser

    realizada

    Definir com clareza qual a atividade, os resultados

    esperados, o prazo e o sistema de acompanhamento que

    ser utilizado pelo administrador. Evitar determinar todos

    os procedimentos dando possibilidade para o subordinado

    descobrir formas novas e mais eficazes de executar a

    tarefa.

    3 ETAPA Delegar a responsabilidade e autoridade e

    inform-las aos interessados

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    21

    Ao delegar a responsabilidade pela execuo o

    administrador deve delegar, tambm, a autoridade

    necessria para sua realizao. Deve ficar bem claro o

    limite de autoridade de quem recebe a delegao, para

    que no haja abusos, e os outros colaboradores, bem

    como pessoas de outros setores envolvidos, devero estar

    informados do nvel de autoridade que tem o responsvel

    pela tarefa, para que possam auxili-lo.

    4 ETAPA Treinar quem recebe a delegao e apoi-lo

    No se fala em delegao sem pensar em treinamento.

    Cabe ao administrador dar todas as informaes

    necessrias, orientar, treinar. Deve ainda estar aberto

    para receber sugestes, apoiar iniciativas, incentivar a

    criatividade e respeitar o ritmo do colaborador. Deve

    tambm acompanhar a execuo. O treinamento e o

    acompanhamento reduziro a possibilidade de erro, mas

    ele pode ocorrer. Neste caso identificar a causa, procurar

    corrigi-la e orientar o delegado para evitar que o erro se

    repita.

    5 ETAPA Acompanhar o desempenho

    O administrador que sabe delegar avalia a realizao

    da tarefa, verifica o progresso e identifica desvios a tempo

    de corrigi-los. Se possvel, estabelece datas ou etapas do

    trabalho em que se far um acompanhamento formal.

    Quanto menor a experincia do colaborador, quanto maior

    a complexidade da tarefa, mais freqente dever ser o

    acompanhamento. Outro cuidado evitar uma contnua e

    excessiva fiscalizao que inibiria o processo de delegao.

    O QUE NO DELEGAR

    Algumas tarefas no devem ser delegadas pelo

    administrador, ele quem deve execut-las.

    O QUE POSSVEL DELEGAR

    Voc tem algumas tarefas para serem realizadas hoje.

    Como voc est sobrecarregado, e ainda tem que participar

    de uma reunio com outros gerentes, voc resolveu

    delegar algumas dessas tarefas para seus subordinados.

    DELEGAO INVERSA

    Voc delegou a Luiz, um dos seus subordinados, a

    tarefa de investigar e corrigir dificuldades operacionais que

    esto atrasando a entrega de certos produtos. Ai voc o

    encontra no corredor, algum tempo depois, e Luiz lhe diz:

    Chefe, temos um problema!

    Mas o que ser que ele pretendeu realmente dizer com

    o plural TEMOS? Por que TEMOS um problema?

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    - Qual o problema, voc pergunta inocentemente,

    sem perceber que pode estar caindo numa armadilha. Ele

    lhe explica o problema que est enfrentando; so algumas

    dificuldades em obter determinados materiais no setor do

    Almoxarifado e tambm algumas dificuldades com o setor

    de Compras. Naturalmente no so assuntos que voc

    possa decidir ali, de imediato, em p no corredor. Por isso

    voc responde:

    - Pode deixar Luiz, volto a falar com voc sobre isso.

    Pronto: NS j no temos mais um problema. Agora

    VOC quem tem um problema e o Luiz, seu subordinado, a

    quem voc tinha originalmente delegado uma tarefa, pode

    descansar tranqilamente enquanto fica esperando que

    VOC tome alguma deciso.

    O imagina o que foi que aconteceu naquele encontro

    no corredor?

    D SUA OPINIO SOBRE O QUE ACONTECEU.