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Apostila com exercícios e detalhes sobre Fluxograma.

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Page 1: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

Fluxograma

1. Introdução

O primeiro método estruturado para o fluxo de um processo, o fluxograma, foi introduzido por

Frank Gilberth aos membros da American Society of Mechanical Engineers (ASME) em 1921

durante a apresentação intitulada “Process Charts – First Steps in Finding the One Best Way”.

Após sua apresentação, a ferramenta passou a fazer parte do currículo do curso de Engenharia

Industrial. No início dos anos 30, um engenheiro industrial chamado Allan H. Mogensen

começou a capacitar alguns homens de negócio a utilizarem esta ferramenta.

Em 1944, um aluno de Mogenses, Art Spinager levou esta ferramenta para a Procter Gamble,

difundindo seu uso em um dos seus programas de melhoria. Outro aluno, Bem S. Graham,

diretor da Formcraft Engenharia, adaptou o fluxograma para que ele também informasse o fluxo

de informação, desenvolvendo um fluxograma multi-fluxo, mostrando os vários documentos

utilizados ao longo do processo e suas interações. Em 1947, ASME adotou um conjunto de

símbolos derivados do trabalho do Gilberth.

Já no universo dos programas de computadores, onde ficaram tão famosos, os fluxogramas

chegaram em 1947. Goldstein e von Neumann utilizaram vários fluxograma de programação em

seu trabalho “Planning and coding of problems for an electronic computing instrument, Part II, Volume

1”. Foi no campo dos algoritmos de computadores que os fluxogramas atingiram seu apogeu.

Porém, na década de 70 os fluxogramas começaram a perder sua popularidade, quando os terminais de

computação interativos e as linguagens de programação de terceira geração começaram a substituir os

fluxogramas. Por meio do código fonte nestas linguagens era possível expressar os algoritmos de

maneira muito mais clara e concisa do que utilizando-se os fluxogramas. Expressar o algoritmo no próprio

código fonte permitia a equipe trabalhar separadamente, pois não havia mais erros de “tradução” do

fluxograma para a linguagem de programação.

Apesar de terem sua popularidade diminuída no campo da computação, o fluxograma é ainda

uma das melhores ferramentas para se mapear e medir um processo. Com a popularização das

técnicas de melhoria de processos, como TQM, Lean e Six Sigma, e com a difusão das normas

ISO de padronização de processos, o fluxograma continua mais atual que nunca.

Page 2: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

O mapeamento de processo por meio do fluxograma é uma importante estratégia de

diagnóstico para projetos de melhoria. Um bom fluxograma é fundamental para que a equipe

consiga compreender como o processo funciona atualmente.

2. Definição

O fluxograma é uma das ferramentas básicas de melhoria que fornece uma imagem visual de

um processo que está sendo estudado. Esta imagem é feita através de uma representação

gráfica da série de atividades que definem o processo. Existem diversas razões para se preparar

um fluxograma de um processo, tais como:

Facilita o aprendizado da equipe sobre o processo que está sendo analisado;

Torna o processo atual “visível”;

Mostra as responsabilidades e relações entre etapas e áreas envolvidas no processo;

Permite identificar etapas que não agregam valor;

Permite identificar gargalos, complexidades, atrasos, ineficiências e desperdícios;

Permite medir o tempo de ciclo de atividades;

Identificar oportunidade de reduzir custos de processamento;

Identificar “quick wins”.

Page 3: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

3. Como usá-lo

a. Simbologia

A maioria dos fluxogramas utilizam três tipos principais de símbolos:

Símbolo Descrição

Círculo alongado deve ser utilizado para

começar ou terminar um fluxograma.

Retângulos são utilizados para demonstrar

instruções ou ações.

Losangos são utilizados para pontos de

tomada de decisão

Os símbolos são conectados um a um por setas, de acordo com o fluxo do processo.

Dica1: Há muitos outros símbolos que podem ser utilizados no fluxograma. Entretanto, deve-se

lembrar que um dos usos mais importantes do fluxograma é a comunicação. Se você for utilizar

símbolos muito diferentes que somente parte de sua audiência entende, há uma grande chance

de que você falhe na comunicação. Por isto, a dica é: mantenha sempre as coisas simples.

b. Como construir

Início/Fim

Instruções

Decisão

Page 4: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

Para construir seu fluxograma, comece definindo as fronteiras do seu processo. Uma ferramenta

muito útil para definir as fronteiras de um processo é o SIPOC. Determine o tipo de fluxograma a

ser utilizado e o seu nível de detalhes. Pense em todas as atividades de um processo e liste-as na

ordem em que ocorrem. Faça perguntas como: O que realmente acontece no próximo processo?

Há alguma decisão que precisa ser tomada antes do próximo passo? ou Quais aprovações são

necessárias antes da próxima tarefa? Para ajudá-lo na tarefa de elaboração do fluxograma, é

fundamental que esteja acompanhado por pessoas que conheçam o processo e que consigam

lhe ajudar à cria-lo.

Comece o fluxograma desenhando um círculo alongado e escreva “início” dentro. Então vá para

a primeira atividade ou pergunta, utilizando um retângulo ou o losango para representa-los.

Escreva a atividade ou a pergunta dentro do retângulo ou do losango e ligue a forma até a

próxima atividade.

Trabalhe por meio do processo todo, mostrando as atividades e as perguntas na ordem em que

ocorrem. Conecte-as por meio de flechas para mostrar qual é o fluxo do processo. Nos locais em

que houver perguntas, desenhas as flechas saindo do losango para cada uma das possibilidades e

nomeie as saídas. E lembre-se de mostrar o final do processo utilizando a mesma forma utilizado

para mostrar o início, porém desta vez, dentro da forma escreve a palavra “fim”.

Por último, desafio seu fluxograma. Faça isto perguntando para você mesmo se cada uma das

atividades e dos pontos de decisão listados estão corretos e na ordem correta. E, se você estiver

utilizando o fluxograma para uma atividade de melhoria, olhe cada atividade e busque por

aquelas que não agregam valor sob a ótica do cliente para eliminá-las. Olhe também se as

atividades estão sendo feitas pelas pessoas certas e da maneira certa. Olho clínico neste

momento poderá trazer ganhos importantes no seu processo.

Dica 2: fluxogramas podem rapidamente tornar-se muito complicados a ponto de você não mais

conseguir mostra-los e uma folha de papel. Quando isto acontecer você deverá utilizar os

conectores (pequenos círculo com um número dentro) em que o fluxo de atividades conecta-se a

uma outra atividade que está em outra página. Utilizando o mesmo número nos conectores, é

possível acompanhar o fluxo mesmo quando este pula de página.

Page 5: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

Dica 3: descreva o processo como ele é hoje. Nunca descreva num fluxograma um processo ideal.

Dica 4: inicia o desenvolvimento do fluxograma com uma versão macro, caso contrário vai acabar

se perdendo em detalhes. Com o fluxograma bem entendido na versão macro, se necessário,

parta para a versão micro.

Dica 5: não utilize mapeamento feito no passado. Eles podem estar muito desfasados ou podem

não terem sido feitos utilizando-se do cuidado necessário.

4. Tipos de fluxograma

Quando trabalhamos com fluxograma, podemos dividi-los em duas categorias principais:

a. Fluxograma multifuncional: possui um foco nas unidades organizacionais,

permitindo que seja compreendido o fluxo do processo entre os departamentos. É

muito útil para os processos que não se completam em uma única área, indicando

assim os responsáveis por cada etapa e permitindo identificar problemas que

acontecem quando os processos passam de uma área para a outra.

b. Fluxograma vertical: é o mais utilizado em atividades de melhoria. Possibilita

enxergar as relações entre atividades, pontos de decisão, inspeção, loops de

retrabalho e sua complexidade. Para sua elaboração, é necessário começar pelo nível

mais elevado e depois ir adicionando os detalhes.

c. Diagrama espaguete: método que utiliza uma linha contínua para rastrear o caminho

percorrido por um item ou por pessoas durante a realização de um processo. Por

haver muitas idas e vindas ao mesmo ponto, o desenho assemelha-se à um prato de

espaguete. Muito usado para expor layouts ineficientes que geram desperdícios.

Neste diagrama pode ser mostrado o fluxo de materiais, informações e pessoas.

5. Exemplo (colocar os exemplos “dentro” da descrição de cada fluxograma)

Fluxograma multifuncional

Page 6: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

Fluxograma vertical

Diagrama espaguete

Page 7: Apostila fluxograma EDTI

Fluxograma

6. Exercício

Elabore um fluxograma completo da principal atividade que você executa para a Oxipress.