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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

1

CA

Versão Preliminar

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Vana Rousseff

MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO Afonso Florence

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL Jerônimo Rodrigues Santos

DELEGADO FEDERAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO Dieter Metzner

ARTICULADORA REGIONAL SDT/MDA Ervanda Timm

ARTICULADOR ESTADUAL SDT/MDA Vitor Hugo Garbin

ASSESSORA TÉCNICA TERRITORIAL DO ALTO PARAGUAI Vanessa de Souza Ribeiro

CENTRO DE TECNOLOGIA ALTERNATIVA - CTA Francisco Alexandre dos Santos

INSTITUTO ACÁCIA DE AGRICULTURA FAMILIAR - IAAF Medson Janer da Silva

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO BUGRES

EMPAER

STTR DE BARRA DO BUGRES

CÂMARA DE VEREADORES DE BARRA DO BUGRES

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

3

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas APL Arranjo Produtivo Local ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CONAB Companhia Nacional de abastecimento CNPq Conselho Nacional de Pesquisa CIDES-AP Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social do

Alto do Rio Paraguai CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CTA Centro de Tecnologia Alternativa DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio DIPOA Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal DRS Desenvolvimento Regional Sustentável EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa agropecuária EMPAER Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural FETAGRI Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura IAAF Instituto Acácia de Agricultura Familiar IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INDEA Instituto de Defesa Animal do Mato Grosso MDA Ministério de Desenvolvimento Agrário MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MCT Ministério da Ciência & Tecnologia PAA Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar PNE Plano de Negócios do Empreendimento PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PROINF Ação de Apoio à Infraestrutura e Serviços Territoriais PRONAT Programa Nacional de Desenvolvimento dos Territórios Rurais PVC Poli cloreto de vinila RIISPOA Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem

Animal SDT Secretaria de Desenvolvimento Territorial SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEDRAF Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do

Mato Grosso SEPLAN Secretaria de Estado de Planejamento do Mato Grosso SIF Serviço de Inspeção Federal SISE Serviço de Inspeção Sanitária Estadual UBA União Brasileira de Avicultores UCDB Universidade Católica Dom Bosco UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development UNEMAT Universidade Estadual do Mato Grosso

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização Geográfica. 17

Figura 2. Mercados potenciais para o Frango Semicaipira. 29

Figura 3. Mapa do Território de Identidade do Alto Paraguai 30

Figura 4. Tamanho dos Mercados para o Frango Semicaipira (2011). 31

Figura 5. Tipo de Galpão 35

Figura 6. Modelo Tradicional de Galinheiro 36

Figura 7. Galpão caipira na Aldeia Terena Babaçu em Miranda/MS. 36

Figura 8. Aviário em Marcelândia/MT, 2006 37

Figura 9. Aviário em Cláudia/MT, 2005 37

Figura 10. Tipo de Cortina 38

Figura 11. Cama para pintainhos 40

Figura 12. Proteção lateral da estufa dos pintainhos 41

Figura 13. Estufa dos pintainhos com forro de jornais. 41

Figura 14. Modelo de comedouro infantil em material de PVC. 42

Figura 15. Comedouro metálico com base em PVC. 43

Figura 16. Comedouros com materiais alternativos. 43

Figura 17. Modelos de bebedouros em material de PVC. 44

Figura 18. Modelo de bebedouro automático. 45

Figura 19. Bebedouro alternativo de tubo PVC. 45

Figura 20. Campânula de metal e com operação a gás. 46

Figura 21. Limpeza da parte interna do galpão. 48

Figura 22. Visão de uma estufa completa e montada. 49

Figura 23. Estufa com calor bem distribuído. 51

Figura 24. Terreiro com boa pastagem 54

Figura 25. Croqui do Abatedouro de frango semicaipira 66

Figura 26. Cadeia Produtiva do Frango Semicaipira Tradicional 77

Figura 27. Esquema do processo de gestão do Abatedouro. 84

Figura 28. Fluxograma da cadeia produtiva cooperativada do frango semicaipira 90

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Mercados promissores para o Frango Semicaipira. 31

Quadro 2. Modelo de ficha para controle mensal do plantel de frangos semicaipiras. 55

Quadro 3. Composição Bromatológica do Cynodon dactylon. 76

Quadro 4. Resumo das Ações do Abatedouro 85

Quadro 5. Visão de Futuro do Abatedouro de Frango Semicaipira. 95

Quadro 6 . Principais atividades de apoio à produção e beneficiamento do frango caipira (2011/2021).

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. População estimada e residente dos municípios 18

Tabela 2. Rebanho Avícola (Galinhas, Galos, Frangas, Frangos e Pintos) 18

Tabela 3. Produção programada do Abatedouro (2011-2020) 19

Tabela 4. Comparativo das características físico-químicas entre frango industrial e caipira francês.

34

Tabela 5. Medidas dos galpões modelos Caipira Francês 39

Tabela 6. Capacidades dos diferentes galpões 39

Tabela 7. Estimativa de consumo diário de água em ml por frango. 52

Tabela 8. Esquema de controle de doenças patogênicos e parasitárias nas diferentes fases do desenvolvimento das aves.

57

Tabela 9. Exemplo de uma ração formulada a partir de vários ingredientes e considerando-se as diferentes fases de desenvolvimento das aves.

58

Tabela 10. Desempenho esperado para as aves no sistema alternativo de criação de frangos semicaipiras.

59

Tabela 11. Cronograma Anual de Produção de Frango Semicaipira 78

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PNE DO FRANGO SEMICAIPIRA ................................................ 10

2. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 12

2.1 Geral .......................................................................................................................................... 12

2.2 Específicos ................................................................................................................................. 12

3. JUSTIFICATIVAS .................................................................................................................. 13

4. METODOLOGIA ................................................................................................................... 15

5. CARACTERIZAÇÃO DO ABATEDOURO ................................................................................. 17

5.1 Descrição ................................................................................................................................... 17

5.2 Tipo de Atividade ....................................................................................................................... 18

5.3 Recursos Disponíveis.................................................................................................................. 18

5.4 Dimensão do .............................................................................................................................. 19

6. AMBIENTE DO ABATEDOURO ............................................................................................. 20

6.1 Interno ....................................................................................................................................... 20

6.2. Ambiente Externo ..................................................................................................................... 25

7. ASPECTOS DO MERCADO.................................................................................................... 27

7.1 Projeção da Oferta ..................................................................................................................... 28

7.2 Fluxos e Canais de Comercialização............................................................................................ 32

8. ASPECTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO .................................................................................. 34

8.1 Processo de Produção do frango semicaipira ............................................................................. 34

8.2 O Abatedouro de Aves ............................................................................................................... 59

8.3 Inspeção sanitária e Certificação ................................................................................................ 75

8.4 Fluxograma da Cadeia Produtiva................................................................................................ 75

9. EIXOS ESTRATÉGICOS DAS AÇÕES DO PNE ......................................................................... 79

9.1 Organizacional ........................................................................................................................... 79

9.2 Institucional ............................................................................................................................... 79

9.3 Econômico ................................................................................................................................. 80

9.4 Tecnológico ................................................................................................................................ 80

9.5 Ambiental .................................................................................................................................. 80

10. PROJETOS ......................................................................................................................... 81

10.1 Projeto 1 – Capacitação dos Agricultores familiares que produzem frangos............................. 81

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

7

10.2 Projeto 2 – Melhoria da Infra-Estrutura da Entidade Gestora................................................... 81

10.3 Projeto 3 – Formação de Capital de Giro .................................................................................. 82

10.4 Projeto 4 – Melhoramento e Ampliação do Número de Aviários ............................................. 82

10.5 Projeto 5 – Assistência Técnica e Gerencial .............................................................................. 83

11. ORGANIZAÇÃO GESTORA ................................................................................................. 84

11.1 Identificação ............................................................................................................................ 84

11.2 Recursos Humanos ................................................................................................................... 86

11.3 Experiência .............................................................................................................................. 87

11.4 Estratégias de Financiamento .................................................................................................. 87

12. ASSESSORIA TÉCNICA ....................................................................................................... 88

12.1 Assessoramento de Caráter Geral ............................................................................................ 88

12.2 Assessoramento de Caráter Especializado................................................................................ 88

13. FONTES DE FINANCIAMENTO ........................................................................................... 89

14. MODELO DE GESTÃO COOPERATIVADA ........................................................................... 90

15.1 Estrutura Organizacional .......................................................................................................... 90

15.2 Procedimentos Administrativos ............................................................................................... 91

15.3 Instrumentos de Controle ............................................................................................... 92

15.4 Distribuição dos Resultados ..................................................................................................... 92

15.5 Fundo de Recuperação ............................................................................................................. 92

16. ANÁLISE DA VIABILIDADE SOCIOECONÔMICA E SOCIAL ................................................... 93

16.1 Análise de custos ..................................................................................................................... 93

16.2 Receitas totais.......................................................................................................................... 93

16.3 Balanço de receitas e custos do negócio .................................................................................. 93

16.4 Renda líquida mensal dos beneficiários ................................................................................... 93

16.5 Renda líquida mínima mensal por beneficiário ........................................................................ 93

17. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .......................................................................................... 94

17.1 Fluxo de Execução das principais atividades de apoio à produção e beneficiamento do frango caipira (2011/2021). ........................................................................................................................ 94

18. LISTA DE BENEFICIÁRIOS ................................................................................................... 97

19. ANEXOS ............................................................................................................................ 98

Anexo I. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA.............................................................................. 98

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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APRESENTAÇÃO

O Plano de Negócios do Empreendimento (PNE), neste caso o Abatedouro de

frangos semicaipiras, representa o planejamento da atividade, ou seja, deve

apresentar de maneira organizada todo o Abatedouro de maneira a responder

questões como: origem da matéria prima, processo produtivo do abatedouro, custo de

produção, lucratividade, mercado consumidor dentre outras inúmeras questões de

relevância e determinantes para o sucesso ou fracasso da atividade.

A produção de frangos caipiras e semicaipiras é uma atividade de grande

relevância para a agricultura familiar, possui um nicho de mercado promissor que

requer um produto saudável com características superiores. A carne de frango caipira

apresenta baixo teor de gordura, composição nutricional superior em cálcio e

proteínas e ótima textura.

Na região de Barra do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, a produção

de frangos semicaipiras é praticada em diversas comunidades rurais, seja em Projetos

de Assentamento como o Projeto de Assentamento (PA) “Antônio Conselheiro”,

localizado nos limites entre os três municípios e em comunidades de agricultores

familiares tradicionais, com comprovada viabilidade produtiva. A produção existente é

na sua maioria comercializada viva, diretamente ao consumidor final ou processada de

maneira artesanal o que não pode ser admitido tendo em vista a possibilidade de gerar

problemas sanitários, o que traz como conseqüências a depreciação do produto, do

trabalho e da lucratividade do produtor. Diante desses entraves, considerando a

necessidade de verticalizar a produção praticando o abate e o processamento

adequados, ou seja, em atendimento aos padrões exigidos pela legislação sanitária

brasileira para abate de aves é que se propõem a construção de um Abatedouro de

frango semicaipira para atender os agricultores familiares da região em questão.

O principal produto oriundo do Abatedouro proposto será o frango

congelado, que deverá ser comercializado para supermercados, açougues e comércios

similares, alimentação e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Além disso,

como mercado consumidor também pode ser explorado o mercado estadual na região

metropolitana da capital do estado. A gestão do Abatedouro deve ser realizada através

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

9

de uma cooperativa formada pelos agricultores familiares inseridos no projeto.

Objetiva-se com a construção e operação do Abatedouro de frangos semicaipiras um

abate mínimo de 500 cabeças por dia (12 mil ao mês), para atendimento a agricultores

familiares dos municípios de Barra do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, no

âmbito do Território do Alto do Rio Paraguai.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

10

1. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PNE DO FRANGO SEMICAIPIRA

Os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nas últimas décadas, nos mais

diversos setores das atividades ligadas à agropecuária, têm propiciado o surgimento de

inúmeras atividades alternativas para geração de emprego e renda. O frango

semicaipira é opção que surgiu nas últimas décadas como propostas diferenciadas

para consumidores preocupados com a saúde, segurança alimentar, meio ambiente e

ecologia sustentável. Esses nichos de mercados são cada vez maiores e, de acordo com

a UNCTAD (1999) são esperadas no médio prazo taxas de crescimento entre 5% e 40%,

dependendo do tipo de produto alternativo.

No caso da proteína animal, vários episódios como a doença da “vaca louca”

que assolou a Europa, a presença de hormônios no gado, os resíduos de dioxina no

frango na Bélgica, abriram mercado para produtos como o frango orgânico e caipira.

O consumo de carne de frango convencional vem crescendo como alternativa

mais barata para substituir a carne bovina nas faixas de renda mais baixa,

principalmente, nos países em desenvolvimento. Nos últimos dez anos o consumo de

carne de frango duplicou no Brasil, de um consumo per capita de 16,8 kg/hab./ano em

1992 para 33,1 kg/hab./ano em 2003 (UBA, 2004).

Os avanços na genética, nutrição e manejo propiciaram a adoção de produção

intensiva com períodos cada vez mais curtos de criação e alta produtividade na

conversão ração/carne. Por outro lado o sistema de confinamento em galpões

fechados e a alta concentração por área levam a problemas de doenças e ao uso

crescente de medicamentos como os hormônios promotores de crescimento e os

medicamentos contra doenças e parasitas. As presenças de resíduos de antibióticos e

dioxinas prejudiciais à saúde no frango convencional abriram alternativas para a

produção do frango orgânico e do caipira.

O emprego da designação “frango caipira ou frango colonial” ou “frango tipo

ou estilo caipira” ou “tipo ou estilo colonial” na identificação de frangos como o caipira

ou o colonial, foi normatizado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento) por meio do DIPOA (Divisão de Inspeção de Produtos de Origem

Animal), Ofício Circular DOI/DIPOA número 007/99 de 19 de maio de 1999. A referida

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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norma estabeleceu ainda que na produção do frango caipira sejam fielmente

observadas nas suas diversas fases, as seguintes condições:

a) alimentação constituída por ingredientes, inclusive proteínas,

exclusivamente de origem vegetal, sendo totalmente proibido o uso de promotores de

crescimento de qualquer tipo ou natureza;

b) sistema de criação (manejo) até 25 (vinte e cinco) dias em galpões. Após

essa idade, devem ser soltos, a campo, sendo doravante sua criação extensiva e usar

no mínimo 3 metros quadrados de pasto por ave;

c) idade de abate no mínimo 85 dias e,

d) linhagem exclusivamente as raças próprias para este fim, vedadas,

portanto, aquelas linhagens comerciais específicas para frango de corte. (KODAWARA

et al, 2004)

No sistema alternativo de produção, a exploração pode ser intensiva ou não,

sem restrição de linhagens, criados sem uso de medicamentos contra as doenças e

parasitas, hormônios promotores de crescimento, quimioterápicos e ingredientes de

origem animal na dieta. No caso do uso de algumas destas substâncias para uso

terapêutico, o lote deve ser rotulado como convencional.

No Brasil as granjas e aviários geralmente são conduzidos por agricultores

familiares ou microempresários. A sobrevivência e a viabilidade econômica de micros e

pequenos aviários representam, por outro lado, uma atividade de geração de renda e

geração de empregos locais.

Os agricultores familiares ou microempresários de aviários independentes

comercializam sua produção na região onde estão localizados e não realizam o abate,

cujo investimento em equipamentos demandam um valor fixo elevado. Dessa forma, o

frango é vendido vivo, e cabe ao consumidor abatê-lo.

Nos grandes centros urbanos, onde a conveniência alimentar é cada vez mais

uma necessidade, a comercialização do frango vivo não é viável. Acrescenta-se a isso o

problema sanitário, dado o aumento da possibilidade de transmissão de doenças

durante o transporte.

Diante dessas colocações, a questão básica estabelecida para este estudo foi a

seguinte: a criação do frango caipira constitui uma alternativa de investimentos para

os agricultores familiares?

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

12

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

No âmbito geral, um PNE, tendo como alicerce os agricultores e agricultoras

familiares têm o objetivo de se constituir em uma ferramenta, construída pelo grupo e

para o grupo, como forma de auxiliar a reflexão e o conhecimento do mesmo em

relação ao seu Abatedouro, servindo, desta forma, como base para o planejamento de

atividades e a tomada de decisões coletiva e planejada. Secundariamente, o PNE

objetiva se transformar em um instrumento para viabilizar a captação/formação de

recursos financeiros, humanos e tecnológicos necessários ao desenvolvimento

sustentável do Abatedouro.

Para o Instituto Acácia de Agricultura Familiar (IAAF) e o Centro de Tecnologia

Alternativa (CTA) , o PNE deve identificar as principais necessidades de informações

nos processos de produção da matéria-prima (fase primária), construção e operação

do Abatedouro (fase secundária) e de comercialização da produção (fase terciária)

oriunda do Abatedouro de frangos semicaipiras cuja produção esteja voltada para se

transformar em uma alternativa econômica através do Abatedouro, incrementando

assim a renda familiar dos beneficiários.

2.2 Específicos

Um PNE durante a sua elaboração poderá se desdobrar em vários objetivos

específicos. Porém, alguns são quase que obrigatórios a fazer parte da estrutura de um

PNE:

a) Constituir-se em uma ferramenta ou instrumento que sirva de rumo para as

ações socioeconômicas, culturais e ambientais do Abatedouro;

b) Viabilizar formas para que o grupo envolvido consiga dialogar internamente

e com seus parceiros e apoiadores;

c) Criar e servir-se de condições para que o grupo ganhe visibilidade a partir

da implementação das ações planejadas.

d) Servir ainda de parâmetro e referencial para avaliações futuras por parte

do grupo envolvido.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

13

3. JUSTIFICATIVAS

A experiência vem demonstrando a possibilidade de existir três tipos de

situações para as quais são elaborados os PNE associativos:

a) Uma comunidade rural onde uma organização associativa (associação,

cooperativa, consórcio ou outro tipo) implementa um ou mais Abatedouros. Nesses

casos, o PNE tem como foco a própria Comunidade e a Organização Associativa;

b) Uma Cooperativa, em geral, dedicando-se à Comercialização, atua como

“âncora” de uma rede de entidades, em geral associações de agricultores familiares.

Este caso é um daqueles em que o PNE focaliza a Cooperativa, porém levando em

conta sua articulação com os grupos que formam a Rede;

c) Um Abatedouro, gerenciado e operado por um grupo de agricultores

familiares, que constituem uma parcela da comunidade. Nesses casos, o patrimônio

fixo e semifixo pertence a um gestor público (municipal ou estadual) que disponibiliza

para uma organização associativa mediante termo de concessão de uso.

O PNE aqui apresentado só se aplica integralmente a este último caso, não

sendo adequado aos dois primeiros, para os quais se recomenda outras metodologias

e roteiros.

Os aspectos que justificam a realização do PNE do Abatedouro de frango

semicaipira são:

a) Viabilidade Operacional do Abatedouro:

( i ) Disponibilidade de matéria prima, tanto na própria comunidade quanto

nas vizinhanças, bem como viabilidade de obtê-la de forma satisfatória (técnica e

economicamente);

( ii ) Disponibilidade de trabalhadores qualificados (ou com possibilidades

concretas de qualificação em curto prazo), os quais deverão ser membros das famílias

da comunidade local.

( iii ) Inexistência de sérios conflitos na comunidade, que possam

comprometer o bom funcionamento do Abatedouro associativo;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

14

( iv ) Existência de recursos disponibilizados pelo PROINF 2010 para a

construção do Abatedouro e a não exigência de grandes investimentos individuais, que

estejam acima dos limites de cada família beneficiada e que só possam ser

concretizados em prazos mais longos.

b) Viabilidade socioeconômico-financeira do Abatedouro, demonstrada

através de uma avaliação preliminar que verificou que a renda bruta a ser obtida será

suficiente para:

( i ) pagar os custos operacionais (fixos e variáveis);

( ii ) renumerar os trabalhadores com pelo menos um salário mínimo por 22

dias/mês de trabalho de 8 horas/dia;

( iii ) Recuperar os investimentos fixos e semi-fixos1;

( iv ) Deixar uma reserva para atender a situações imprevistas;

c) Abrangência Territorial ou intermunicipal, pois o Abatedouro beneficiará

um o maior número possível de municípios que compõem o território;

d) Possibilidades concretas de inserção adequada nos mercados para os

produtos resultantes do Abatedouro.

1 Considerando o prazo de 10 (dez) anos, o qual se compatibiliza com o prazo de pagamento dos

créditos Investimentos do PRONAF.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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4. METODOLOGIA

O PNE será realizado em diferentes fases:

Fase I – A Sistematização das Informações Básicas sobre o Abatedouro: Será

feita pelo Supervisor (Medson Janer Da Silva) e Técnicos de Campos (Prefeituras e

EMPAER), com apoio de especialista no Abatedouro, os quais dividirão

responsabilidade nos trabalhos de coleta, tratamento e organização das informações

técnicas e financeiras que servirão de base para a construção do PNE. Entre tais

informações sobressaem, como de maior importância, as seguintes:

a) Descrição da estrutura física do Abatedouro a ser construído pela

Prefeitura;

b) Disponibilidade de matéria prima no local (Comunidade-sede do

Abatedouro e municípios beneficiados);

c) Parâmetros operacionais (rendimentos) em cada uma das etapas do fluxo

de produção;

d) Perfil quantitativo e qualitativo do( s ) produtos ( s ) a ser (em) obtido (s )

no final do processo;

e) Trabalhadores necessários (idealmente) para cada etapa, em relação à

Unidade de Medida da Produção;

f) Custos unitários dos bens, serviços e custos financeiros, considerando todos

os itens de despesas inerentes ao Abatedouro;

g) Possibilidades de mercado para os produtos e preços atualmente

praticados;

h) Informações gerais sobre a legislação aplicada ao Abatedouro a ser

planejado;

i) Principais Fontes de Recursos que poderão financiar o Abatedouro

(Investimentos aos agricultores na criação das aves, capital-de-giro e custeio de

atividades de apoio) e suas principais características.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Fase II – Elaboração coletiva do PNE: Será um trabalho de construção coletiva,

envolvendo diretamente técnicos de campo e os grupos de trabalhadores nos

municípios, com o apoio eventual do Supervisor e do Especialista. Serão realizadas

reuniões de todo o grupo, a fim de obter respostas coletivas às questões relativas à

construção do PNE, seguidas de trabalhos de escritório a serem realizados pela equipe

técnica (com ou sem apoio do supervisor e do especialista), onde serão analisadas e

sistematizadas as respostas da reunião anterior e também preparadas as orientações

técnicas para a reunião seguinte.

As atividades que levarão à análise coletiva e respostas a essas questões,

estão sugeridas a seguir:

a) 1º Encontro com o grupo composto do proponente, assistência técnica e

dos representantes dos beneficiários (associações, cooperativa e sindicatos dos

trabalhadores rurais) realizado de 26 a 27 de abril de 2011 em Barra do Bugres/MT;

b) Intervalo entre o 1º e o 2º Encontro;

c) 2º Encontro com o grupo de beneficiários e mais os presentes no 1º

Encontro, realizado nos dias 20 e 21 de junho de 2011 em Barra do Bugres;

d) Intervalo entre o 2º e 3º encontro;

e) 3º Encontro com o grupo: discussão das ações estratégicas, realizada nos

dia 1 e 2 de agosto de 2011 em Barra do Bugres;

f) 4º Encontro com o grupo: Para a apresentação e validação do Plano de

Negócios.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

17

5. CARACTERIZAÇÃO DO ABATEDOURO

5.1 Descrição

O Abatedouro de frangos semicaipiras será implantado no município de Barra

do Bugres em terreno da Prefeitura Municipal localizado no Distrito Industrial do

município. O Abatedouro atenderá agricultores familiares dos municípios de Barra do

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, que trabalham com produção de frangos

semicaipiras.

De acordo com estimativa do IBGE do ano de 2009, a região de Barra do

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, apresenta uma população de aproximada de

132.000 habitantes.

Figura 1. Localização Geográfica.

Faz parte da mesorregião sudoeste mato-grossense e microrregião de Tangará

da Serra, ainda integra o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e

Social do Alto do Rio Paraguai. Na região, a atividade proposta apresenta ambiente

favorável ao seu desenvolvimento, como: boas condições climáticas, agricultores

familiares atuando na atividade, mão-de-obra e mercado consumidor para absorver a

produção.

O desenvolvimento da atividade fica prejudicado em função da inexistência de

uma estrutura de beneficiamento da produção que viabilize a comercialização do

produto com conseqüente agregação de renda à produção.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Tabela 1. População estimada e residente dos municípios

Municípios

População (hab.)

População Residente (hab.)

Total Urbana Rural

Barra do Bugres 31.973 25.996 5.797 Nova Olímpia 17.515 15.836 1.679 Tangará da Serra 83.431 75.921 7.510 TOTAL 132.919 117.753 14.986

Fonte: ¹ IBGE 2010.

Segundo estimativa do IBGE (2008), a região dos municípios de Barra do

Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, apresenta um rebanho avícola de

aproximadamente 3 milhões de cabeças entre galinhas, galos, frangos e pintos,

representando bem o potencial produtivo regional. Além disso, voltando ao aspecto

do mercado consumidor, a região apresenta uma localização geográfica privilegiada ao

redor de 170 km da região metropolitana de Cuiabá com seus aproximados 700 mil

habitantes representando um mercado em potencial.

Tabela 2. Rebanho Avícola (Galinhas, Galos, Frangas, Frangos e Pintos)

Municípios Nº de Cabeças

Barra do Bugres 107.214

Nova Olímpia 20.228

Tangará da Serra 2.886.439

TOTAL 3.031.881

Fonte: IBGE 2008

5.2 Tipo de Atividade

O Abatedouro proposto trata-se de uma agroindústria para abater frangos

semicaipiras, com capacidade operativa (abate) de 500 (quinhentas) aves/dia.

5.3 Recursos Disponíveis O Custo total de todo Abatedouro está orçado em R$ 294.565,00 (duzentos e

noventa e quatro mil, quinhentos e sessenta e cinco reais) sendo disponibilizado

através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério de

Desenvolvimento Agrário (MDA) o valor de R$ 285.728,05 (duzentos e oitenta e cinco

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

19

mil, setecentos e vinte e oito reais e cinco centavos), e R$ 8.836,95 (oito mil,

oitocentos e trinta e seis reais e noventa e cinco centavos) como contrapartida da

Prefeitura Municipal de Barra do Bugres, Mato Grosso.

5.4 Dimensão do abatedouro

Tabela 3. Produção programada do Abatedouro (2011-2020)

Descrição PRODUÇÃO ANUAL ESPERADA

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Frango¹ 230 242,88 255,76 255,76 267,72 280,60 280,60 280,60 280,60 280,60

¹ Frango congelado (mil kg) Fonte: Planilhas de Análise de Viabilidade Econômica

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

20

6. AMBIENTE DO ABATEDOURO

6.1 Interno

6.1.1 Localização, área, altitude da sede, distâncias do Abatedouro e limites

O município de Barra do Bugres encontra-se na Microrregião de Tangará da

Serra. Na Mesorregião Sudoeste matogrossense, distante 160 km da capital - Cuiabá.

Possui uma área territorial de 7.229 km². (Fonte: Atlas de Desenvolvimento

Humano/PNUD, 2000 e IBGE, 2010).

O município é vizinho ao norte de Tangará da Serra, Nova Olímpia e Denise;

ao sul, têm-se Rio Branco, Cáceres, Salto do Céu, Jauru, Araputanga, Reserva do

Cabaçal e Lambari d’Oeste; a leste, Rosário do Oeste, Alto Paraguai e Porto Estrela e a

oeste Pontes e Lacerda.

6.1.2 Clima

Os municípios localizados na região do Alto do Rio Paraguai, Devido localizar-

se em uma região de transição de Biomas (Amazônia e Cerrado) o clima é bem

característico, sendo classificado como Tropical Quente e Sub-úmido com

temperaturas médias anuais de 25,5° C, variando de 12° C a 39° C, os meses mais

quentes vão de setembro a março e os mais frios de abril a agosto.

Apresentam verões chuvosos (dezembro a março) e invernos secos. A

precipitação máxima é de 1.750mm, com maior intensidade entre Dezembro a

Fevereiro. Neste período as águas dos rios da região sobem cerca de 4 metros,

principalmente o Rio Bugres e Paraguai. Em 2010 o Rio Paraguai chegou a subir 8

metros.

A umidade relativa de ar pode chegar a valores extremos, 90 a 98% no

período de chuva e 5 a 25% no período de seca.

6.1.3 Formação Vegetal

A região apresenta formações vegetais, de cerrados, de mata tropical dos

cocais, dos campos cerrados e das matas de transição. A vegetação predominante é de

mata, em torno de 60%, seguida pelos campos cerrados 30% e, cerrados 10%, sendo

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

21

que as matas mesofíticas aparecem em terra firme e terrenos periodicamente

inundados.

6.1.4 Solos (Pedologia)

Ocorrem variados tipos de solo na região, dentre os quais: Neossolos (areias

quartzosas), Latossolos, Gleyssolos húmicos e pouco húmicos, Cambissolos e

Afloramentos rochosos. Na região podem ser caracterizados de forma geral como

solos de baixa a média fertilidade natural, apresentam acidez moderada e teores

razoáveis de alumínio trocável; em grande parte dos solos (de 50 a 60%) são de textura

III sendo apenas 5% de textura I. São propícios aos cultivos perenes como

(seringueiras, fruticultura de clima tropical em geral) e formação de pastagens, e na

grande maioria são aptos a mecanização agrícola.

6.1.5 Relevo

Em termos gerais o relevo caracteriza-se por apresentar de grandes extensões

de planícies a relevo levemente onduladas.

6.1.6 Aspectos Geológicos e Geomorfológicos

A área está compreendida no médio norte do estado de Mato Grosso ao sul

do Cráton Amazônico. Apresenta como características marcantes na sua porção central

a faixa de dobramentos Paraguai e na porção norte os sedimentos do Grupo Parecis e

as coberturas neogênicas.

6.1.7 Recursos Hídricos

A região é banhada pela bacia do Alto Paraguai, tendo como rio principal o

Paraguai e seus diversos afluentes como Sepotuba, Juba, Bugres, Jauquara e outros,

todos eles piscosos. Alguns apresentam potencial hidroelétrico como o Rio Juba.

6.1.8 Disponibilidade de transporte

A área de abrangência do é servida por diversas rodovias estaduais, dentre

elas destacam-se a MT-246, MT-343 e a MT-358. A MT-246 liga o município de Barra

do Bugres à Cuiabá pelas BR-364/BR163, sendo estas, rodovias asfaltadas e transitáveis

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

22

durante todo o ano. Por intermédio dessas rodovias os municípios de Barra do Bugres,

Tangará da Serra e Nova Olímpia têm acesso, aos mercados da região metropolitana

de Cuiabá, composta por Cuiabá, Várzea Grande e mais 11 municípios da Baixada

Cuiabana. Chega também ao Aeroporto Internacional Mal. Cândido Rondon. O sistema

de transporte coletivo facilita o acesso aos municípios da área do Abatedouro. O

transporte intermunicipal se dá através de ônibus, cujas linhas regulares ligam Barra

do Bugres, Tangará da Serra e Nova Olímpia às regiões do Médio Norte e ao Noroeste

de Mato Grosso.

6.1.9 Energia

O município de Barra do Bugres dispõe de fornecimento de energia elétrica

trifásica de alta e baixa tensão nas residências e no Abatedouro. Os assentamentos

envolvidos possuem energia elétrica mono e bifásica através do Programa Luz para

Todos.

6.1.10 Mão-de-obra

A mão-de-obra utilizada na produção primária é fundamentalmente de

natureza familiar, já que um dos principais problemas nos assentamentos do estado do

Mato Grosso é a insuficiência de oportunidades de trabalho, tanto para a população

adulta, quanto para os jovens que anualmente buscam alternativas de ocupação como

trabalhadores autônomos ou como assalariados fora dos assentamentos. A oferta de

mão-de-obra é abundante, o que contribui para o achatamento do nível salarial que se

apresenta significativamente reduzido (como em toda a região), o que poderá

contribui para a redução dos custos de produção e funcionamento do abatedouro.

Além disso, a mão de obra se encontra capacitada para desenvolver a atividade avícola

nos municípios de Barra do Bugres, Tangará da Serra e Nova Olímpia.

A operacionalização do Abatedouro será feita por pessoal contratado pela

Cooperativa, e que deverá receber capacitação adequada de maneira a possibilitar um

efetivo funcionamento do Abatedouro.

Page 23: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

23

6.1.11 Ambiente institucional

O ambiente institucional é bastante favorável, pois além de inúmeras

associações comunitárias existentes no município e do Sindicato dos Trabalhadores

Rurais. O Abatedouro manterá parcerias com diversas instituições, entre as quais

podemos destacar: SEBRAE; UNEMAT; EMPAER; FETAGRI, CONAB; IAAF, SEDRAF,

CIDES-AP e outros.

6.1.12 Instrumentos de políticas públicas de apoio ao

A consolidação da cadeia produtiva do frango semicaipira na região de Barra

do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra, deve necessariamente passar pela

implementação das políticas públicas governamentais de fomento à atividade rural

familiar hoje disponíveis, dentre as quais: Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar - PRONAF; Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS e apoios

institucionais como do Consórcio Intermunicipal do Alto do Rio Paraguai e das

Prefeituras Municipais no âmbito do projeto.

6.1.13 Potencialidades na visão dos trabalhadores

A comercialização pode ser feita diretamente a estabelecimentos comerciais

ou mesmo explorar os programas de comercialização instituídos pelo Governo, dentre

os quais o “Programa de Aquisição de Alimento ” (PAA) e “Alimentação Escolar”

(PNAE) das redes estadual e municipal de ensino. Considerando que o frango

semicaipira produzido se trata de um produto diferenciado, adequadamente abatido e

processado, em obediência aos padrões sanitários legais, vislumbra-se um mercado

potencial satisfatório para o produto. Assim, inicialmente o produto deverá ser

comercializado no mercado local do município de Barra do Bugres, tendo em vista a

localização do Abatedouro.

De acordo com análise da realidade da atividade avícola de frangos

semicaipira desenvolvida pela agricultura familiar da região, verifica-se uma

promissora cadeia produtiva local o que dá indicativos de viabilidade para a

implantação de um Abatedouro de frangos semicaipira. Dessa maneira deve-se

considerar:

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

24

i. Número razoável de agricultores familiares estabelecidos na atividade;

ii. Número de agricultores familiares interessados em aderir à atividade;

iii. Malha viária adequada viabilizando o transporte da matéria prima entre

as comunidades produtoras e o Abatedouro;

iv. Possibilidade de diminuir custos tendo em vista a possibilidade de

produção da própria ração das aves;

v. Condições climáticas adequadas ao desenvolvimento da atividade;

vi. Disponibilidade de mão-de-obra;

vii. Produto diferenciado e valorizado no mercado consumidor;

viii. Existência de programas institucionais de aquisição de produtos da

agricultura familiar, como: Programa de Aquisição de Alimentos/CONAB, Programa

Nacional de Alimentação Escolar (Rede Estadual e Municipal), que representa um

mercado potencial para o produto;

ix. Viabilidade para parcerias com entidades como: Universidade Estadual,

Empresa de Assistência Técnica Publica Estadual, Prefeituras Municipais, SEBRAE,

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social do Alto do Rio

Paraguai e MDA que podem vir a prestar apoio e assessoria técnica e gerencial ao

Abatedouro;

x. A cadeia produtiva do frango semicaipira é uma das atividades a ser

fomentado pelo CIDES-AP;

xi. Existência de um bom mercado consumidor local e regional constituído

pelos 03 municípios;

xii. Proximidade com a região metropolitana da capital do estado o que

viabilizando um maior mercado consumidor para o produto.

6.1.14 Problemas na visão dos trabalhadores

Verifica-se também uma série de problemas que podem representar entraves

para o efetivo funcionamento do Abatedouro e que demanda atenção especial,

buscando a minimização dos seus efeitos evitando a inviabilização do Abatedouro,

dentre eles:

i. Falta de organização dos agricultores familiares;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

25

ii. Capacitar adequadamente os agricultores familiares para a gestão do

Abatedouro;

iii. Baixa capitalização dos agricultores familiares;

iv. Dificuldade de acesso ao crédito rural;

v. Falta de capital de giro;

vi. Dificuldade com a assistência técnica aos agricultores familiares;

vii. Comercialização inadequada das aves semicaipiras, sem controle

sanitário;

viii. Falta de um Abatedouro para beneficiar a produção existente.

6.2. Ambiente Externo

6.2.1. Oportunidades

Trabalho em sistema de Cooperativa;

Existência de programas como o Desenvolvimento Rural Sustentável,

que podem fomentar a atividade;

Programas institucionais de comercialização;

Existência de Instituições de Ensino e Pesquisa, como a UNEMAT;

Viabilidade de parcerias com entidades como: SEBRAE, Empresa

Estadual de Pesquisa Agropecuária, para prestação de apoio técnico-gerencial da

atividade;

Viabilidade de redução de custos de produção adotando medidas como

produção local da ração das aves;

Apoio institucional: MDA e o CIDES-AP.

6.2.2 Ameaças

Desmobilização dos agricultores familiares em função de dificuldades

enfrentadas;

Falta de profissionais para a condução do Abatedouro;

Sazonalidade dos preços diante dos altos e baixos do mercado;

Elevação dos custos de produção;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

26

Não cumprimento dos compromissos com os fornecedores,

agricultores familiares e demais;

Envolvimento político com a Cooperativa;

Extinção de programas governamentais de compra de produtos da

agricultura familiar;

Baixa aceitação pelo produto.

6.2.3 Soluções Indicadas

Criação da cooperativa;

Tornar a cooperativa um instrumento de comercialização de insumos e

produtos para os agricultores familiares;

Assistência técnica eficiente;

Criar a marca do produto (frango semicaipira) e registrar;

Definir o valor da cota-parte dos sócios na cooperativa;

Capacitação dos agricultores envolvidos no projeto;

Desenvolver estratégias de comercialização.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

27

7. ASPECTOS DO MERCADO

O fortalecimento da agricultura familiar vem sendo alvo de ações

institucionais em diversos âmbitos, como a iniciativa do Ministério da Ciência &

Tecnologia (MCT)/Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) em contribuir na busca de

alternativas tecnológicas adaptadas às escalas e às possibilidades da produção de

pequeno porte. Essa ação envolve o desenvolvimento de conhecimento capaz de

viabilizar processos de gestão, de organização da produção, de adequação do aparato

normativo (ambiente institucional), de promoção da diferenciação de produtos,

visando à criação de oportunidades de inserção competitiva dos agricultores familiares

(MCT/CNPq, 2001).

De fato, pequenas e médias empresas agropecuárias e agroindustriais

encontram diferentes obstáculos para competir num campo concorrencial cada vez

mais acirrado e diante de um mercado consumidor mais exigente na aquisição de

produtos com qualidade e com uma boa relação custo-benefício. As dificuldades de

acesso à informação, principalmente em relação ao conhecimento de mercado, a falta

de infra-estrutura de armazenagem ou estocagem, de técnicas de acondicionamento e

de conservação de matérias-primas, e a falta de sensibilização das empresas ao

conceito de qualidade face às exigências dos consumidores, são alguns dos principais

obstáculos encontrados pelas pequenas e médias empresas (MENDONÇA et al., 1997).

Por conseguinte, formas alternativas de organização de sistemas produtivos

têm sido buscadas com o objetivo de promover maior inserção social e um

desenvolvimento econômico duradouro, reduzindo as dependências de fatores

externos.

Entretanto, os resultados obtidos na agricultura familiar brasileira

demonstram, ainda, a necessidade de modelo de gestão que a torne sócio e

economicamente viável e que garanta a competitividade da economia local.

O que temos hoje no campo em sua grande maioria dos Estados brasileiros

são agricultores que lutam pela sua sobrevivência. Utilizando-se principalmente de

seus parcos conhecimentos e de culturas como cana-de-açúcar, mandioca, leite e

hortifrutigranjeiros, as quais utilizam em suas agroindústrias para produzir melado,

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

28

açúcar mascavo, rapadura, farinha, derivados de leite e hortifrutigranjeiros vendem

em feiras sem planejamento e gestão de mercado.

Esta proposta, em implantar uma agroindústria alternativa, ou seja, um de

frango semicaipira, vai trabalhar com um segmento alternativo de mercado, que

diretamente oportuniza a agricultura familiar, demonstra uma atitude social em estar

buscando o fortalecimento dos agricultores familiares no processo do

desenvolvimento Sustentável da região no território do Alto Paraguai. E, vem de

encontro a este novo modelo de gestão e planejamento da agricultura familiar. Não só

em colocar uma demanda, mais apoiar as ações de implantação e condução dos

primeiros anos do projeto, até que haja o empoderamento dos agricultores em estar

colocando no mercado um produto de qualidade com segurança alimentar. O mercado

deve ser analisado em: mercado local, regional e estadual. Podendo expandir para um

mercado nacional como veremos a seguir. Pois se trata de um produto bem aceito nas

duas classes sociais de maior poder aquisitivo, ou seja, a classe alta que ganha acima

de 15 salários mínimos e a média alta que fica entre 5 a 15 salários mínimos.

7.1 Projeção da Oferta

Estabelecimento do Abatedouro, no Município de Barra do Bugres, em uma

metodologia participativa de criação e venda dos frangos, comunidades distribuídas no

território do Alto Paraguai, principalmente nos municípios do entorno de Barra do

Bugres. Sob a coordenação do Colegiado, mas com um núcleo diretivo de uma

cooperativa específica dos criadores de frango junto à direção do Abatedouro,

formado com técnicos e lideranças oriundas dos agricultores e técnicos do abatedouro

da cooperativa e do Abatedouro, que fazem parte deste Território e em especial das

comunidades responsáveis pela engorda do frango. Definição e execução dos objetivos

operacionais e estabelecimento dos eixos estratégicos do projeto a curto, médio e

longo prazo. Em consonância com a administração central do Abatedouro e da

Cooperativa.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

29

Figura 2. Mercados potenciais para o Frango Semicaipira.

O território do Alto Paraguai é formado por 14 municípios. Os Municípios que

fazem parte do território são: Alto Paraguai, Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo

dos Parecis, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova

Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, São José do Rio Claro. A maioria dos municípios

está situada na cabeceira do Rio Paraguai situado na microrregião Centro-Oeste do

Mato Grosso. O território tem sua polarização em Tangará da Serra e Diamantino. Foi

largamente palmilhado por garimpeiros à procura de pedras preciosas e ouro. Sua

história está ligada desde a fundação do Município de Diamantino em 1728. E o novo

ciclo garimpo se inicia em 1938, com o Garimpo do Gatinho. Terminado o ciclo do

garimpo no século passado, restaram apenas sítios e fazendas no território como um

todo, que se dedicaram inicialmente a pecuária e depois a grandes lavouras de soja e

cana-de-açúcar. Existe no território uma agricultura de subsistência com venda da

produção excedente em um grande número de assentamentos da reforma agrária

(5.446 famílias), quilombolas (349 famílias) e aldeias indígenas (1.616 índios). O

município mais velho é Diamantino de 1728, depois Barra do Bugres em 1943 e em

1953, os municípios de Alto Paraguai e Arenápolis. A menor distância da capital do

Estado Cuiabá é de 169km do município de Barra do Bugres e o município mais

distante da capital Cuiabá é Campo Novo do Parecis a 397 Km.

BARR

BUGRES

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

30

Figura 3. Mapa do Território de Identidade do Alto Paraguai

O mercado local de Barra do Bugres e municípios do entorno possui em

próximo de 90.000 habitantes, o que resulta em 22.500 unidades familiares, que

segundo o IBGE cada família possui 4 pessoas. Considerando a SEPLAN de Mato

Grosso, 25% destas famílias têm uma renda acima de 10 salários mínimos, ou seja,

5.625 Unidades Familiares. Este segmento compra um frango por semana, que dá uma

total de 22.500 frangos/mês. Um segundo segmento da população ganha de um a 10

salários mínimo, que vai ter a possibilidade de comprar até 2 frangos/mês, num total

25% do total de famílias do mercado local será de 5.625 vezes dois frangos, resultado

de 11.250 frangos/mês. Somando a classe dita A com a classe B, teremos um mercado

local de 33.750 frangos/mês. Este é o primeiro mercado a ser explorado.

Depois teremos o mercado regional com aproximadamente 150.000 pessoas,

envolvendo Tangará da Serra, Nova Olímpia, Diamantino, Arenápolis e outros.

Mercado de aproximadamente 38.000 unidades familiares, seguindo a mesma lógica

de venda teremos mais 58.000 frangos/mês para serem colocados.

Em seguida, o mercado principal que fica a 220km, teremos: inicialmente o

mercado dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, teremos uma população de

aproximadamente 800.000 habitantes. Adicionada da população itinerante dos

municípios do entorno e de outras regiões do Estado de Mato Grosso, que visita a

Capital todos os dias, chega a 1.000.000 de habitantes. Com base no IBGE, temos no

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Brasil uma Unidade Familiar de 4 pessoas, em sendo assim teremos 250.000 famílias

em Cuiabá e Várzea Grande.

Seguindo o mesmo raciocínio teremos um mercado na região metropolitana

de Cuiabá de 350.000 frangos.

Conforme constam no Quadro e Figura abaixo.

Quadro 1. Mercados promissores para o Frango Semicaipira.

Tipo Principais Municípios Habitantes

Mercado Local Barra do Bugres, Denise, Diamantino, Nova Olímpia, Porto Estrela e Tangará da Serra.

67.000

Mercado Territorial Alto Paraguai, Arenápolis, Campo Novo dos Parecis, Denise, Diamantino, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Maringá, Santo Afonso, São José do Rio Claro

134.000

Mercado Regional 1 Grande Cáceres 156.150

Mercado Principal 1 Cuiabá 495.00

Mercado Principal 2 Várzea Grande 280.00

Mercado Principal 3 - Entorno da Capital

Santo Antônio de Leverger, N. Srª do Livramento; Chapada dos Guimarães, Barão do Melgaço, Poconé, Jangada, Acorizal, Rosário Oeste, Nobres

300.000

Figura 4. Tamanho dos Mercados para o Frango Semicaipira (2011).

Além do mercado do frango o mercado de Barra do Bugres tem outros

produtos sendo comercializado da agricultura familiar, pois se trata de um mercado de

alta potencialidade e que precisa ser trabalhado em cadeias produtivas. Com certeza

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32

ao se iniciar o trabalho com o frango semicaipira teremos um avanço nas outras

cadeias produtivas.

7.2 Fluxos e Canais de Comercialização

7.2.1 Mercado estadual do frango semicaipira e evolução da produção.

7.2.1.1. Em relação à implantação, organização e monitoramento dos

agricultores familiares que fazem parte da Cooperativa.

• Capacitar e dar assistência técnica aos cooperados;

• Abrir mercado;

• Trabalhar a cadeia produtiva do frango semicaipira;

• Estabelecer o APL do frango semicaipira;

• Compor o Arranjo Institucional;

• Capacitar toda cadeia produtiva do frango semicaipira;

• Manejo do frango semicaipira;

• Produção de ração alternativa de mandioca;

• Observar a parte sanitária da produção do frango semicaipira;

• Cultura da mandioca;

• Produzir o frango semicaipira com segurança alimentar, de acordo as

exigências de mercado;

• Visita aos agricultores familiares – pelo menos três vezes por mês em

cada produtor.

7.2.1.2. Em relação à implantação do frango no mercado

• Visita aos grandes mercados de Cuiabá e Várzea Grande;

• Demonstrar o produto;

• Organizar as vendas;

• Elaborar um programa de propaganda do frango semicaipira para Baixada

Cuiabana, com folhetos, rádio e televisão;

• Organizar “stand” nos grandes mercados de Cuiabá e Várzea Grande.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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7.2.1.3. Relação entre o Frigorífico e a Cooperativa de Produção

• Levantar a demanda real de mercado local, regional e estadual;

• Planejamento estratégico;

• Plano de gestão do abatedouro;

• Capacitação continua e monitoramento e avaliação das ações de campo e

do abatedouro desde a produção até o mercado, demonstrando ao

produtor a importância do produto e a continuidade da produção com

qualidade; trabalhar a importância da produção coletiva; a compra de

insumos coletivamente pela cooperativa dos agricultores familiares;

• Capacitar os agricultores familiares no processo do cooperativismo;

• Demonstrar a importância constituição do sistema produtivo coletivo em

um arranjo dos agricultores familiares em relação à produção, abate e

compra de insumos; bem como as funções de cada um no sistema de

produção empreendedora do frango caipira natural; o fortalecimento da

Identidade no mercado, tornando a marca frango caipira natural uma

referência de consumo no mercado local.

7.2.1.4. Relação do Frigorífico e o Mercado

• Constituir um conjunto de empresas parceira no fortalecimento da marca

e da identidade desde a produção ao mercado, Insumos, Fiscalização,

Assistência técnica e a logística de transporte e entrega dos frangos nos

mercados;

• Estabelecer os pontos de venda;

• Organizar e capacitar as equipes de venda,

• Estabelecer um ponto de distribuição dos produtos em Cuiabá;

• Elaborar um planejamento estratégico;

• Capacitar os funcionários em relação às normas do SISE e SIF;

• Organizar um fluxograma de produção e entrega de frangos;

• Trabalhar o monitoramento e avaliação das atividades do Abatedouro.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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8. ASPECTOS TÉCNICOS DE PRODUÇÃO

8.1 Processo de Produção do frango semicaipira

A atividade diferencia-se em produção de Frangos Caipira Francês para o abate de

Galinhas Caipira Francês para produção de ovos. É de suma importância salientar que pela

rusticidade dos produtos adquiridos torna-se muito prático e fácil o criatório destas aves. Mas

não se deve descuidar das necessidades mínimas de espaço, instalações, alimentação, higiene

e sanidade dos animais. Atentos a isso teremos animais sadios atendendo as expectativas do

criador, e melhor, tornando o produto final altamente competitivo com alto valor agregado

sendo reconhecido e valorizado pelos consumidores, que cada vez são mais exigentes por

produtos diferenciados. Além do mais todas as tendências mundiais estão voltadas ao

atendimento com o máximo de satisfação a estes clientes que é o bem maior em todo o

sistema econômico.

Tabela 4. Comparativo das características físico-químicas entre frango industrial e caipira francês.

Aspectos de qualidade Frango Industrial Caipira Francês Variação %

Gorduras (lipídio ) % 2,85 2,34 -18%

Valor Calórico (Kcal/100g) 113,93 108,17 -5%

Resíduo Mineral % 0,74 0,68 -9%

Umidade 74,35 75,20 +1%

Proteínas % 21,44 21,57 +6%

Cálcio (mg/100g) 52,22 68,03 +30%

Ferro (mg/100g) 2,06 2,03 -1%

8.1.1 Infraestrutura (galpões, estufa, terreiros)

a) Local: O local deve ser isolado de outras criações, de fácil acesso, dar

preferência a locais secos, arejados, mais protegidos dos ventos fortes dominantes,

assim os locais elevados dentro da propriedade são os melhores, evitando as baixadas

e proximidades de lagos ou córregos. Deve ser protegido de trânsito de carros e

pessoas, ter água limpa e potável, e em abundância, deve ter espaço compatível com a

quantidade de aves a serem criadas.

b) Galpão: Quando existe alguma instalação na propriedade que possa ser

adaptada ao criatório de aves, esta pode ser utilizada, desde que respeite as mínimas

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

35

condições necessárias a atividade. O galpão deve ser construído de maneira a facilitar

o recebimento de pintainhos, abastecimento de água e de alimento e a retirada de

animais adultos, a cama (depois de 90 dias utilizar para adubo), limpeza e a

desinfecção, além da preocupação com as normas sanitárias e prevenção às doenças.

A orientação solar correta é no sentido Leste-Oeste de maneira que o sol transpasse

sobre a cumeeira nos meses mais quentes do ano.

Figura 5. Tipo de Galpão

O galpão é formado das seguintes partes:

Base: Chão batido a partir de material argiloso molhado e socado até ficar uma

superfície lisa ou usar massa de cimento, brita e areia lavada na espessura de 2,5cm.

Colunas ou Pé direito: Responsável pela armação lateral e a sustentação da cobertura,

deve ter no mínimo 2,0m para galpões pequenos de até 20m² e 2,80m para galpões

maiores. Pode-se usar madeira tratada, postes de cimento, pré-moldados ou ferro.

Tesouras: As tesouras servem para a sustentação do telhado, é usada normalmente,

madeira tratada, podendo ser substituída por pré-moldado ou ferro.

Telhado: É a cobertura, que tem a função de proteger o galpão do sol, da chuva, do

frio e do calor. Usam-se telhas de cimento-amianto, telhas de barro, zinco, alumínio,

ou confeccionados com palhas de palmeiras e outros.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Mureta: Construída em toda a extensão nas laterais e cabeceiras do galpão, tem de 20

a 45cm de altura, conforme a temperatura da região. Usam-se tijolos, pré-moldados,

concreto armado, bloco de cimento, madeiras roliças deitadas ou tábuas beneficiadas.

Tem a função de fixar a tela e de proteger as aves de animais que podem entrar por

baixo.

Tela: Deve ser instalada sobre a mureta em toda a extensão do galpão nas laterais e

cabeceiras. A fim de proteger contra os predadores das aves e proporcionar uma

melhor ventilação quando necessário.

Figura 6. Modelo Tradicional de Galinheiro

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva

Figura 7. Galpão caipira na Aldeia Terena Babaçu em Miranda/MS.

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva

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Figura 8. Aviário em Marcelândia/MT, 2006

Fonte: Pesquisa Dr. Medson Janer da Silva e Henrique G. Silva

Figura 9. Aviário em Cláudia/MT, 2005

c) Cortinas: As cortinas são feitas de material específico, para suportar as

adversidades do tempo. Estão disponíveis no mercado em duas cores básicas: amarelo

e azul. A instalação é feita sobre a tela e fixada na parte inferior, com fechamento

efetuado de baixo para cima, com roldanas, de maneira a oferecer condições de

regulagem quanto à altura, podendo hora o galpão ficar completamente fechado ou

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meio aberto, controlando desta maneira o ambiente ideal às aves dentro do galpão,

conforme as exigências de conforto térmico em relação à fase do desenvolvimento.

Figura 10. Tipo de Cortina

d) Porta ou Portão: Dependerá do porte do galpão. É a via de acesso ao

interior do galpão para as tarefas diárias de alimentação, coletas da produção,

inspeção dos animais com retiradas de aves que normalmente morrem, limpeza dos

equipamentos, retirada da cama, quando do abate das aves e recebimento de pintos e

rações.

e) Portinhola: Acesso das aves ao pasto, após completarem os 30 dias de vida.

Estas portinholas devem ser feitas nas laterais dos galpões com medidas de 2,0 x

0,50m, fixadas com dobradiças na parte superior da abertura a fim de abrir para cima,

todos os dias de manhã e fechar facilmente à noite depois que todos as aves já se

recolheram.

f) Dimensões: O galpão como apresentado fica fácil de entender e mesmo ser

construído. Os modelos sugeridos para a criação do Caipira Francês ficam muito

próximo do quadrado ou levemente retangulares, uma vez que para este sistema há

necessidade de um terreiro (área de pastagem). Recomendamos que o mesmo seja em

forma de círculo em torno do galpão ficando assim o mais centralizado possível,

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facilitando tanto o pastoreio das aves como o aproveitamento real de todo o espaço

destinado a este fim.

Tabela 5. Medidas dos galpões modelos Caipira Francês

Comprimento Largura Altura Área

5m 6m 2,7m 30m²

7m 8m 2,7m 56m²

12m 10m 2,7m 120m²

Tabela 6. Capacidades dos diferentes galpões

Tipo de Galpão Capacidade p/ abate Capacidade p/ ovos

30m² 300 Frangos 240 Galinhas

56m² 560 Frangos 450 Galinhas

120m² 1200 Frangos 960 Galinhas

8.1.2 Equipamentos, ferramentas, apetrechos (estufa, comedouros,

bebedouros...)

a) Cama: A cama não pode ser considerada um equipamento e sim material de

consumo. Ela é a forração do chão ou piso do galpão, e para este fim são utilizados

vários materiais, entre os mais comuns estão: a casca do arroz (em caso de pintainhos,

já teve casos de perfuração do trato digestivo do animal, recomendado apenas em

caso de animais acima de 30 dias), a maravalha (cepilho de madeira) de pinus, capim

triturado, sabugo de milho e outros, tendo o máximo de cuidado para adquirir o

material bem seco, 20% no máximo de umidade, com partículas de tamanho médio,

evitando materiais que tenham sido tratados com produtos químicos e a poeira de

serra de fábricas de móveis para evitar problemas de intoxicação e aparecimento de

doenças. A principal função é o isolamento térmico entre o piso e as patas dos animais,

sem deixar de ressaltar a diminuição da umidade, o conforto aos animais no descansar,

a manutenção de micro organismos que equilibram o ambiente protegendo contra

enfermidades. A cama deve ser posta com o galpão limpo e desinfetado na espessura

entre 5,0 a 10,0cm e deverá permanecer no galpão até a saída do lote das aves. Deve-

se evitar a colocação ou a retirada parcial da cama, só em casos em que a umidade

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esteja excessiva, por vazamentos de bebedouros ou outras causas. Com o objetivo de

diminuir fungos e baixar a possível umidade da cama é recomendável utilizar o

polvilhamento da cama com cal misturado com sulfato de cobre, que é um excelente

antifúngico, na proporção de 30kg de cal e 100g de sulfato de cobre, utilizar antes do

alojamento dos pintainhos ou quando tiver que trocar uma quantidade grande de

cama por problemas de umidade.

Figura 11. Cama para pintainhos

b) Chapas para Círculo de Proteção: As chapas para formar o círculo de proteção

podem ser de folhas de eucatex, (2,44 x 1,20m) divididas ao meio formando uma altura de

0,60m. Papelão grosso, metal, galvanizadas ou chapas fina de fórmica também tem ótimo

aproveitamento. O importante é a altura e a flexibilidade do material, a fim de formar um

círculo onde serão montados os equipamentos e alojados os pintainhos. As chapas são presas

umas as outras, utilizando um grampo de madeira ou de ferro de obra. O diâmetro do círculo

depende da quantidade de aves no alojamento. Recomendamos utilizar 05 chapas de 2,44m

de comprimento para 500 pintainhos nos primeiros dias de vida. O círculo de proteção, como o

próprio nome diz, tem a função de proteger os pintainhos nos primeiros dias de vida, quando

os mesmos são muito sensíveis as mudanças de temperatura, facilitando a adaptação ao

ambiente, mantendo-os próximos: da fonte de calor, dos bebedouros, da ração, evitando

corrente de ar, separando-os em lotes menores, facilitando o trabalho e a inspeção diária do

tratador.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Figura 12. Proteção lateral da estufa dos pintainhos

c) Papel para Forrar a Cama nos Círculos: O papel mais usado tem sido o jornal,

mas poderá ser substituído pela parte interna dos sacos de papelão das embalagens de ração,

sobras de bobinas de papel pardo, encontrado em papelarias. A função do papel é forrar a

cama nos círculos de proteção para evitar que os pintainhos comam a cama nas primeiras

horas do alojamento e a forração é utilizada para colocar o alimento sobre a mesma,

facilitando o acesso por parte dos pintainhos, pois com o caminhar, eles fazem barulho o que

estimula a alimentação pela curiosidade e instinto. Este forro deve ser retirado no terceiro dia

de alojamento.

Figura 13. Estufa dos pintainhos com forro de jornais.

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d) Comedouro Infantil: Existem vários tipos no mercado: Tubular infantil para até 5

kg de ração - ele é formado de um tubo, que geralmente é de material galvanizado e um prato

na parte inferior de alumínio ou plástico. Este equipamento é usado do primeiro até os quinze

dias na proporção de 01 para 80 animais. Bandejas: plástico, alumínio, ferro, madeira ou

tampas das caixas dos pintainhos, viradas e com uma folha de jornal para tampar os furos.

Usa-se 01 para cada 100 animais até no máximo 10 dias. Pode-se usar outros materiais desde

que estejam disponíveis na propriedade e tenham o formato descrito e a altura da borda não

ultrapasse os 3,0cm facilitando o acesso ao alimento.

Figura 14. Modelo de comedouro infantil em material de PVC.

e) Comedouro Adulto: Comedouros para ração: O comedouro mais usado e

aconselhado para este sistema é o Tubular de 20kg, ele é formado de um tubo, que pode ser

de chapa galvanizada, alumínio ou plástico e uma bandeja que geralmente é de plástico e

mantém uma haste no centro formando o conjunto na extremidade superior desta, existe um

sistema de regulagem da saída de ração que deve ser observada e regulada constantemente a

fim de evitar desperdícios no chão ou a falta de alimento para as aves. O equipamento deve

ser suspendido na altura adequada conforme o desenvolvimento das aves, tendo como base o

dorso para a altura ideal. A proporção ideal é 01 comedouro para 30 aves adultas.

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Figura 15. Comedouro metálico com base em PVC.

Comedouros para alimentação alternativa: Os comedouros para este tipo de

alimentação não estão disponíveis no mercado, então usamos para tanto cochos de

tijolos, concreto, alumínio, galvanizado, madeira. Consideramos que os mais adequado

são as manilhas de meio cano de concreto de 30cm fechadas nas duas extremidades,

ou o aproveitamento das bandejas de alumínio, plástico dos comedouros tubulares,

que possam vir a estragar. Este tipo de equipamento é usado no terreiro (área de

pastagem) para administrar a alimentação alternativa. A proporção ideal é 10cm de

espaço para cada ave no acesso ao cocho.

Figura 16. Comedouros com materiais alternativos.

f) Bebedouro Infantil: Existem vários modelos diferentes no mercado, desde o

tipo copo de pressão até os mais sofisticados tipo automáticos, e todos com pequenas

diferenças, atingem o objetivo de fornecer água em abundância às pequeninas aves.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Os tradicionais e de bom preço são os do tipo copo de pressão que tem a capacidade

de 3 a 5 litros e são usados na proporção de 1 para 100 pintainhos, até a idade de 15

dias.

Figura 17. Modelos de bebedouros em material de PVC.

g) Bebedouros Adulto: Inúmeros são os modelos e marcas comerciais, mas o

mais indicado para o sistema a que se destina, é o tipo Pendular Automático, que tem

a capacidade de abastecer de maneira ininterrupta 100 aves adultas. O modelo é

muito simples e requer somente maiores cuidados na hora da instalação, para evitar

que fique com vazamentos. Deve-se ter cuidado na limpeza e desinfecção diária a fim

de fornecer sempre água limpa e fresca aos animais.

Este modelo poderá ser usado desde o primeiro dia, se na borda d’água for

colocado uma mangueira tipo conduite de instalação elétrica, para evitar que os

pintainhos se molhem no primeiro dia de vida. A regulagem implica em dois manejos

distintos: O primeiro refere-se à quantidade de água dentro do bebedouro que é

facilmente regulado na válvula, torcendo-a para a direita ou esquerda, até atingir o

nível desejado a fim de não derramar água na cama e fornecer a quantidade

necessária; A segunda trata da altura do bebedouro em relação o dorso da ave, que

deve ficar mais ou menos 5,0cm acima. Desta maneira o desperdício é menor e a

manutenção da cama seca é facilitada.

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Figura 18. Modelo de bebedouro automático.

Figura 19. Bebedouro alternativo de tubo PVC.

h) Campânulas: São os equipamentos usados para fornecer calor adequado

aos pintainhos a partir de gás de cozinha. Há inúmeros modelos, com capacidade de

aquecimento que vão de 500 a 2000 pintainhos. A decisão pela escolha deve recair no

número de aves a serem alojadas e a capacidade de investimento de cada criador. O

modelo mais econômico para o alojamento do Caipira Francês é a do tipo redonda

com chapa de alumínio ou galvanizada e com queimador em cerâmica branca, que tem

a capacidade de aquecer 500 pintainhos no inverno e 700 no verão. O uso começa 2

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horas antes da chegada dos pintainhos, com o objetivo de aquecer o ambiente e vai

até mais ou menos 14 dias dependendo da temperatura ambiente.

Figura 20. Campânula de metal e com operação a gás.

i) Caixa D’Água: Na verdade a caixa d’água faz parte das instalações, mas

como geralmente a ela não é dada a devida importância, resolvemos classificá-la como

tal. Para cada galpão, devemos dispor de uma caixa d’água com capacidade de

estocagem superior a dois dias de consumo do lote para evitar situações desagradáveis

causados por falta de energia, acidente na rede elétrica ou mesmo queima do motor

da bomba d’água. Há necessidade das aves por uma fonte de água sempre fresca, por

isso a mesma deve ser instalada dentro do galpão ou em uma sombra fora. A

necessidade de consumo de água das aves varia conforme a idade e a temperatura

ambiente onde elas estão. A ingestão de água de uma ave esta relacionado com o

consumo diário de alimento, indo de uma vez até duas vezes e meia o consumo da

ração. A tubulação deve ser de preferência do tipo plástico e enterrado no chão a uma

profundidade mínima de 30 cm para evitar o aquecimento pela irradiação do sol.

j) Rede Elétrica: A rede elétrica também faz parte das instalações, mas mesmo

se tratando de Caipira Francês a energia é importante nos primeiros dias de vida dos

pintainhos, uma vez que ajuda na iluminação a noite, para permitir que haja consumo

de ração e de água. Muitas vezes quando se trata de lotes reduzidos a lâmpada é

usada como iluminação e fonte de calor na proporção de 1 lâmpada de 100 watts para

100 pintainhos.

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8.1.3 Localização e instalação dos aviários

O local deve ser isolado de outras criações, de fácil acesso, dar preferência a

locais secos, arejados, mais protegidos dos ventos fortes dominantes, assim os locais

elevados dentro da propriedade são os melhores, evitando as baixadas e proximidades

de lagos ou córregos. Deve ser protegido de trânsito de carros e pessoas, ter água

limpa e potável, e em abundância, deve ter espaço compatível com a quantidade de

aves a serem criadas.

a) Preparo das Instalações e Equipamentos

São providencias de manejos com o local, instalações e equipamentos a fim

de obter o melhor rendimento das aves que serão alojadas.

Mesmo o produtor cuidadoso quanto à origem e com a qualidade dos animais

que esta adquirindo, estará sujeito a grandes problemas se não tomar cuidados

redobrados na preparação do galpão para o alojamento dos pintainhos. Os micros

organismos causadores de doenças tem um alto grau de reprodução em ambientes

propícios, como falta de higiene relacionada ao galpão que não foi bem lavado com

água e sabão, com os equipamentos que foram deixados com restos de ração, água e

medicamentos, com a falta de controle de insetos e roedores, e com o descuido na

limpeza da vegetação danosa, das águas represadas e dos esgotos.

A maior preocupação do produtor para o recebimento é, portanto a limpeza e

a desinfecção do ambiente, instalações e equipamentos a serem utilizados.

Vazio sanitário: É o tempo mínimo de descanso do galpão e das instalações entre uma

criada e a chegada do novo lote de pintainhos. Este período deve ser de no mínimo 07

dias e tem por objetivo eliminar possíveis ciclos de enfermidades. É importante que

neste período não fiquem aves do lote anterior no galpão.

Remoção dos equipamentos e utensílios: É importante que se faça a remoção de

todos os equipamentos e utensílios e quaisquer outros materiais depositados no

galpão, a fim de fazer uma completa lavagem com água, sabão, detergente e escova,

para remover toda poeira e crostas antes de serem desinfetados. Tomar cuidado com

equipamentos como campânulas que não devem ser lavados com água corrente e sim

serem limpos com pano úmido e detergente. Todos estes materiais devem ser

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colocados ao sol para secar e que ao mesmo tempo servirá como a primeira

desinfecção. A desinfecção definitiva será feita usando produtos disponíveis no

mercado para este fim e usando as dosagens recomendadas e os cuidados necessários

fornecidos pelo fabricante, para evitar corrosão aos equipamentos e assegurar a saúde

da pessoa envolvida. Todos estes materiais devem ser guardados em outro lugar até

que o galpão esteja lavado e desinfetado.

Retirada da cama: A cama deverá ser retirada do galpão tão logo as aves adultas

deixem o local, e estas devem ficar distantes e amontoadas para processar a

fermentação e assim matar todos os organismos patogênicos que possam ter na cama,

se por ventura não forem vendidas.

Conserto e reparos necessários: Todas as instalações e equipamentos estão sujeitos a

desgastes, e o melhor momento para as verificações é quando o galpão está vazio. Por

isso é importante uma inspeção geral, verificando e consertando tudo o que for

preciso como: instalações elétricas, hidráulicas, caixa d’água, cortinas, telas e pisos.

Deixando tudo em ordem para o recebimento dos próximos pintainhos.

Figura 21. Limpeza da parte interna do galpão.

Limpeza e desinfecção do galpão: Proceda a uma limpeza completa em todo o galpão,

varrendo as cortinas e as telas do lado de dentro e de fora do galpão, varrer as telhas,

tesouras postes e laterais do galpão, e o mais importante, o piso. Não esquecer

também de varrer a parte externa, raspar as muretas e locais que tenham crostas de

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fezes. Após queimar com lança-chamas todas as penas dentro e próximas ao galpão.

Só depois disso comesse a lavar com bomba de alta pressão, toda as partes do galpão

usando sabão detergente, a fim de remover o restante da poeira e a sujeira que ficou.

Depois de tudo limpo inicia-se a desinfecção utilizando para tanto

desinfetantes recomendados e seguindo as normas do fabricante. O piso se for de

chão batido deverá receber um tratamento com soda caustica na proporção de 3kg

para 100 litros de água, com o objetivo de eliminar insetos e ovos de vermes e

parasitas. Depois desses procedimentos, deixar o galpão secar durante dois dias e ai

então fazer a pintura de cal no piso, pilares, muretas, tesouras (de madeira) e telhas.

Figura 22. Visão de uma estufa completa e montada.

Preparação do galpão: Após o vazio sanitário (mínimo 7 dias), coloque a cama nova,

monte os círculos com as chapas, localize as campânulas, instale os bebedouros e

comedouros na posição correta, teste tudo para verificar se o funcionamento esta

adequado. Feche o galpão e proíba a entrada até um dia antes da chegada dos

pintainhos, quando deverá ser colocada a água com antecedência e ligar a campânula

a fim de deixar o ambiente aquecido para a chegada das avezinhas.

Manejo para recebimento dos pintainhos: Com o galpão desinfetado e com a cama

nova espalhada, procede-se a montagem dos círculos de proteção, onde as chapas

flexíveis são unidas com grampos de madeira ou ferro a fim de formar um circulo de

diâmetro de mais ou menos 3,0m para cada 600 pintainhos, logo após, instala-se no

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centro do círculo a campânula com uma altura mínima de 50cm da cama, procede-se a

forração da cama com papel e distribui-se os 6 bebedouros com água com açúcar e sal.

Usa-se açúcar (1kg) e sal (100g) para 25 litros de água fresca. Após fecha-se o galpão e

mais ou menos 1 hora antes dos pintainhos chegarem liga-se as campânulas para que

o ambiente e a água fiquem na temperatura adequada. A temperatura ideal na

primeira semana, medindo com termômetro a 15cm da borda da campânula e a 5,0cm

da cama são de 32 graus centígrados e para a segunda semana deverá ficar em 29

graus, na terceira em torno de 26 graus e daí ate ficar com a temperatura ambiente.

Uma regra ideal para verificar se a temperatura esta correta é observar a distribuição

das avezinhas:

Pintainhos amontoados embaixo da campânula, piando e disputando

espaço é sinal de deficiência de calor. A campânula está com a regulagem de chama no

mínimo, está instalada alta de mais em relação à cama ou está desligada.

Pintainhos dispostos nas laterais e encostados das chapas do círculo,

afastado ao máximo da campânula, geralmente com bico aberto e disputando os

bebedouros é sinal de excesso de calor. A campânula está com a regulagem de chama

no máximo, está instalada baixa de mais em relação à cama ou a temperatura externa

é muito alta.

Pintainhos todos agrupados de um só lado do circulo e próximo da

campânula, piando muito e disputando espaço é sinal de deficiência de calor por

corrente de ar, vindo de uma porta aberta, cortina baixa ou cortina rasgada.

Pintainhos dispostos uniformemente em todo o circulo comendo,

bebendo, dormindo e em silencio é o sinal da normalidade, o calor está ideal e o

ambiente está correto.

Dar água antes da ração: A água deverá ser administrada durante 2 horas antes que os

pintainhos recebam a ração para melhor hidratá-los. É importante observar se todos

estão bebendo, apalpar vários pintainhos para verificação. Se for preciso, aumente o

numero de bebedouros e ainda aumente a luminosidade dentro do círculo.

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A alimentação: A primeira ração que vai até os 30 dias, deverá ser do tipo inicial, sem

ou com o mínimo possível de farelo de trigo. Esta deverá ser distribuída nas primeira

12 horas sobre o forro de papel nos círculo e após o período de 2 horas de água. Em

seguida distribui-se os comedouros infantil na proporção de 1 comedouro para 100

pintainhos, intercalando com os bebedouros. A ração que por ventura sobrar sobre o

papel, deverá ser removida.

Instalação dos equipamentos permanentes: Gradualmente, a medida que os

pintainhos crescem, é importante aumentar os espaços e aos poucos ir acrescentando

os equipamentos definitivos entre os 5 e 15 dias de idade, e sempre observar se os

pintainhos estão se alimentando e bebendo normalmente.

Obs: A observação constante dos pintainhos e principalmente no final do dia,

quando as aves estão mais calmas para o período da noite, é acima de tudo uma

maneira de conhecer melhor as aves e o seu desenvolvimento ou possíveis anomalias

e doenças. É importante ouvir para certificar-se de que tenham algum tipo de espirro

ou rouquidão, verificar se estão com boa quantidade de alimento no papo e se o peso

está satisfatório para a idade. Procedendo desta maneira e fazendo as devidas

anotações em fichas específicas do lote, forma-se assim um histórico importante de

análise, que a qualquer momento poderá ser útil.

Figura 23. Estufa com calor bem distribuído.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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8.1.3.1 Água

A água é um “detalhe” de grande importância para a saúde e o crescimento

das aves. Existe um grande número de doenças que são transmitidas pela água

contaminada.

A manutenção da saúde é um conjunto de práticas que envolvem isolamento,

higiene, profilaxia e combate sistemático a vermes e parasitas. Para se introduzir novas

aves a um plantel formado, essas devem passar por um isolamento de, no mínimo, 10

dias. Esse isolamento permite avaliar se há alguma ave contaminada e impedir que as

demais possam contrair alguma doença, caso haja contaminações.

A água deve ser Abundante e Limpa. Deve ser fresca e de boa qualidade para

que o metabolismo da ave possa trabalhar de forma a aproveitar melhor os nutrientes

dos alimentos ingeridos. A água é muito importante no manejo de qualquer animal.

Tabela 7. Estimativa de consumo diário de água em ml por frango.

Semana ml/dia/frango Litros/Dia/500 Frangos Litros/Dia/1.000 Frangos

1 32 16 32

2 69 34,5 69

3 104 52 104

4 143 71,5 143

5 179 89,5 179

6 214 107 214

7 250 125 250

8 286 143 286

8.1.3.2 Terreiro (Área de Pastagem)

“A liberdade é um conceito”.

Este conceito se prende a um patrimônio: A criação tradicional de frangos

semicaipiras, soltas, livres, sem limitações. Mas a criação evoluiu com o tempo, e hoje

temos para o Caipira Francês as noções de Habitat Limitado e de Terreiros Ilimitados.

As áreas de pastagens deverão permitir às aves:

A utilização máxima do espaço natural em torno do galpão;

Fazer exercícios tanto quanto queiram;

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Ir tão longe quanto queiram a fim de encontrar o complemento natural

para a sua alimentação;

Expor-se ao sol sem limite de tempo;

Recolher-se à sombra quando necessitarem;

Banhar-se com terra à vontade;

Alimentar-se na pastagem formada na quantidade desejada.

Somente os pequenos galpões (modelo Caipira Francês), com medidas

inferiores a 150m² de área, em que são criados lotes máximos de 1200 frangos ou 960

galinhas, permitem a realização destas condições: pastagens contínuas durante toda a

vida do lote. Contudo, as cercas podem ser usadas para a proteção dos jardins,

plantações, casas e galpões de outra exploração, usando para o mesmo telas de

arame, bambu, madeira, alvenaria ou mesmo pré-frabricados, e essas devem ter

aproximadamente 1,80m de altura. Sempre atento ao conceito de liberdade,

recomendamos que os terreiros sejam em forma de círculo em torno do galpão (que é

próximo da forma de um quadrado), para que fique bem centralizado melhorando a

distribuição das aves e facilitando o manejo.

Tamanho: O tamanho esta relacionado com as dimensões do galpão, a quantidade de

aves a serem criadas, a qualidade e quantidade de pasto na área. Sendo que o mínimo

necessário é dispor de 3,0m² por ave, e de nem uma forma deve dar idéia de

fechamento ou aprisionamento das galinhas e frangos.

Pastagem: A pastagem deve ser do tipo que se propaga por mudas (estoloníferas),

com alta concentração de proteínas e de fácil adaptação a região a ser plantada. As

melhores são “estrela africana”, “tifton 85”, “coast cross”, “kikuio” entre outras que as

aves aceitam bem para o pastoreio. Neste local devem permanecer as árvores nativas

ou plantadas, na falta destas serão providenciados os sombrites (abrigo artificial)

contra o sol, confeccionado com sobras de matérias da propriedade, palha de babaçu,

coqueiro ou mesmo capim seco trançado. O sombrite tem um formato de um guarda-

chuva, onde finca-se um poste deixando mais ou menos 2,0m de altura e arma-se um

telhado redondo em cima com diâmetro de 2,0m. Em baixo é instalado um bebedouro

pendular automático para cada 200 aves e um tipo de cocho caipira, feito de tijolo,

madeira ou com meia manilha de concreto de 30cm, para 100 aves, onde se deposita a

“Alimentação Alternativa” todos os dias no período da tarde.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Figura 24. Terreiro com boa pastagem

8.1.4 Manejo Produtivo

Para a estabilidade do plantel de um módulo de criação de frangos

semicaipiras deve ser levada em conta a mortalidade máxima aceitável de 10%,

ficando o plantel assim configurado:

01 reprodutor com 6 a 24 meses de idade;

12 matrizes com 6 a 24 meses de idade;

63 a 97 pintos em fase de cria (1 a 30 dias de idade);

60 a 92 pintos em fase de recria (31 a 60 dias de idade);

112 a 174 frangos em fase de terminação (61 a 120 dias).

A variação no número de animais nas fases de cria, recria e terminação

decorre do tipo de sistema de produção adotado, que pode ser com incubação natural

ou artificial (chocadeira).

O monitoramento da evolução do plantel de aves é uma ferramenta

extremamente importante para se ter o controle dos fatores que podem comprometer

o sucesso da atividade. Por meio das informações coletadas e analisadas

periodicamente, o criador pode gerenciar de forma mais eficiente a sua criação, visto

que, encontra meios para detectar possíveis falhas ou problemas que podem ocorrer

ao longo das diferentes etapas da criação.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Dessa forma, a fim de facilitar a coleta de informações referentes a entradas e

saídas de animais do plantel (compra, morte, venda e consumo), podem ser utilizadas

fichas de acompanhamento simples, conforme modelos:

Quadro 2. Modelo de ficha para controle mensal do plantel de frangos semicaipiras.

Categoria Estoque

inicial

Entrada Saída Estoque final Compra Morte Consumo Venda

Reprodutores

Matrizes

Pintos 1–30

Pintos 31–60

Frangos 61-150

Total geral

As aves prontas para o abate e destinadas à comercialização são, em sua

maioria, entregues vivas ao ou a consumidores finais. Mesmo assim, o abate é uma

prática comum realizada pelos agricultores, quando as aves se destinam ao consumo

doméstico. Nesse caso, devem ser observados os aspectos higiênicos adequados e os

procedimentos necessários para a obtenção de carne de boa qualidade,

principalmente com relação ao sabor, cor e textura. O abate em maior escala requer

uma observação mais criteriosa, que atenda aos requisitos da vigilância sanitária,

inclusive com relação à manipulação dos resíduos que atraem outros animais, como

moscas, roedores e alguns carnívoros, além de provocarem mau cheiro e de

contaminarem o ambiente.

No período que antecede ao abate, recomenda-se deixar as aves em repouso,

suspendendo, seis horas antes, o fornecimento de alimentos sólidos a fim de evitar o

rompimento dos intestinos e a contaminação da carcaça.

Em termos de comercialização de produtos oriundos da atividade agrícola

familiar, é muito importante que os agricultores estejam organizados em associações

comunitárias. Tal fato não só permite a redução dos custos operacionais com mão-de-

obra e transporte, como também, a manutenção de uma oferta regular, escalonada e

competitiva dos produtos. Além disso, a adoção de todos os cuidados recomendados

tanto na criação, como no abate das aves, permite que o produto final atenda às

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

56

exigências do consumidor facilitando a obtenção de marcas comerciais que

possibilitem a sua venda em outros locais.

8.1.5 Manejo Sanitário

Tem por objetivo manter as condições de higiene no sistema de criação que

permitam minimizar a ocorrência de doenças, obter boa performance e bem-estar das

aves, além de assegurar ao consumidor um produto de boa qualidade. Uma das formas

de controlar as doenças no plantel é por meio da higienização das instalações, controle

de vetores de doenças e remoção de carcaças de aves mortas. Essas medidas visam a

diminuir os riscos de infecções e aumentar o controle sanitário do plantel,

resguardando a saúde do consumidor.

O manejo sanitário deve ser estabelecido levando-se em conta dois pontos

principais:

a) Assepsia de instalações e equipamentos: A remoção periódica dos

excrementos e pulverização de toda a instalação com produtos naturais como fumo e

sabão, cuja calda pode ser obtida a partir da desagregação de 200 gramas de fumo e

sabão na proporção de 1:1 em um litro d'água durante 1 dia e posterior diluição e

cinco litros d'água. Limpeza diária dos comedouros e bebedouros. Renovação, a cada

ciclo de incubação, do enchimento dos ninhos.

b) Controle de doenças fisiológicas, patogênicas e parasitárias: O controle de

doenças fisiológicas é realizado mediante o uso de práticas de manejo que evitam

situações estressantes. Deve ser efetuado levando-se em conta a taxa de lotação

adequada, o suprimento protéico e mineral de acordo com a exigência para cada fase

de criação, ventilação das instalações, fornecimento de água e comida nas horas

adequadas, etc.;

As doenças patogênicas são transmitidas por meio de vírus e bactérias. As

principais doenças que ocorrem na região Meio-Norte do Brasil são a Bronquite

infecciosa, Newcastle, Gumboro e Varíola aviária (Bouba). Além da limpeza dos

equipamentos e instalações, também deve ser estabelecida uma cobertura vacinal,

além do uso de antibióticos (Tabela 8).

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

57

Para o controle das doenças parasitárias, além da limpeza de equipamentos e

instalações deve-se, também, estabelecer um plano de controle de endo e

ectoparasitas, que dependerá do monitoramento das condições das aves (Tabela 8).

Tabela 8. Esquema de controle de doenças patogênicos e parasitárias nas diferentes fases do desenvolvimento das aves.

Controle Reprodução Cria Recria Terminação

Dia

Vacina contra doença Newcastle 60 em 60 10 a 15 45 90 a 120

Vacina contra Bronquite infecciosa 60 em 60 10 a 15 45 90 a 120

Vacina contra Bouba Aviária 10 a 15 - -

Controle de endo e ectoparasitas 45 em 45 - 45 90 a 120

8.1.6 Manejo Alimentar

Tem como objetivo principal suprir as necessidades nutricionais das aves em

todos os seus estágios de desenvolvimento e produção, otimizando o crescimento, a

eficiência produtiva e a lucratividade da exploração, já que o custo com alimentos

representa 75% do custo total de produção.

O manejo alimentar proposto para o sistema alternativo de criação de frangos

semicaipiras prevê a integração das atividades agropecuárias, com o aproveitamento

de resíduos oriundos da atividade agrícola. Tal fato não só permite a redução dos

custos de produção, como também, a agregação de valores aos produtos, pois utiliza

resíduos agrícolas, como a parte aérea da mandioca (folhas), que normalmente são

abandonados no campo, transformando-os em proteína animal. Além da parte aérea

da mandioca, que é rica em proteína, é possível se utilizar as raízes de mandioca, suas

cascas e crueiras, que são subprodutos da fabricação da farinha e da goma de

mandioca.

Outra fonte de alimento rico em proteína que normalmente é pouco

aproveitada, embora apresente enorme potencial para a alimentação de frangos

semicaipiras, é o farelo de arroz, cujos teores de proteína bruta são de

aproximadamente 15%. Este produto resulta do processo de beneficiamento dos grãos

de arroz para consumo, sendo relativamente fácil de ser obtido, principalmente nas

unidades agrícolas familiares que adotam o sistema de cultivo do arroz.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Por serem animais não ruminantes, as aves exigem que os alimentos

contenham pouca fibra vegetal e sejam fornecidos de forma balanceada e

devidamente triturados, a fim de facilitar a digestão. Alimentos fibrosos apresentam

baixa digestibilidade, elevam os custos e atrasam o desenvolvimento das aves. Dessa

forma, a dieta deve ser estabelecida de acordo com a exigência nutricional de cada

fase do seu desenvolvimento, sendo que a formulação da ração deve ser feita com

base nos teores de proteína apresentados por cada um de seus componentes, na sua

eficiência alimentar (Tabela 9).

Tabela 9. Exemplo de uma ração formulada a partir de vários ingredientes e considerando-se as diferentes fases de desenvolvimento das aves.

Ingredientes Reprodução Cria Recria Terminação

(6 a 24 meses) (1 a 30 dias) (31 a 60 dias) (61 a 120 dias)

Farelo de soja 10 30 7 -

Milho 25 66 30 22

Folha de mandioca 36 - 40 53

Mistura mineral 4 4 3 3

Caca e crueira 25 - 20 22

Total 100 100 100 100

Pasto à vontade controlado à vontade

Além dos produtos indicados, podem-se utilizar vários outros produtos, como

fonte alternativa de alimentos para as aves, tais como fenos de feijão-guandu ou

leucena, ou vagens moídas de faveira (Parkia platicephala), que é uma espécie

abundante no Piauí. No caso de se utilizar qualquer uma dessas fontes de alimento, os

seus teores de proteína devem ser considerados, a fim de permitir a formulação

correta das rações e proporcionar um desempenho adequado das aves, conforme

Tabela 10.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Tabela 10. Desempenho esperado para as aves no sistema alternativo de criação de frangos semicaipiras.

Idade Peso vivo Ganho de

peso semanal

Consumo de ração Conversão alimentar

Semanal Acumulado Semanal Acumulado

Semana 9 9 9 9

1 105 63 112 112 1.779 1.779

2 171 66 180 292 2.272 2.264

3 249 78 220 512 2.821 2.473

4 341 92 250 762 2.717 2.548

5 446 105 280 1.042 2.667 2.579

6 551 105 330 1.372 3.143 2.695

7 669 118 390 1.762 3.305 2.810

8 800 131 470 2.232 3.588 2.945

9 932 132 520 2.752 3.939 3.092

10 1.107 138 540 3.292 3.913 3.202

11 1.200 130 550 3.842 4.231 3.318

12 1.335 135 570 4.412 4.222 3.412

13 1.460 125 580 4.992 4.640 3.520

14 1.600 140 590 5.582 4.214 3.580

15 1.740 140 600 6.182 4.286 3.641

16 1.880 140 610 6.792 4.357 3.695

17 2.000 120 620 7.412 5.167 3.785

18 2.120 120 630 8.042 5.250 3.870

Fonte: EMBRAPA Meio-Norte

Os cálculos para estimativa de desempenho advêm da evolução zootécnica da

espécie, onde com base no consumo de ração (CR) e do ganho de peso (GP) de cada

fase ou de todo o ciclo reprodutivo estima-se, também, a conversão alimentar (CA),

que é a razão entre as duas variáveis inicialmente citadas.

8.2 O Abatedouro de Aves

O perfil visa atender os agricultores familiares dos Territórios Rurais que já

possuem alguma experiência na criação de frangos caipira e também aos interessados

em iniciar uma agroindústria de abate de aves, com vistas à produção de carne de

frango e comercialização do frango resfriado ou congelado inteiro ou em partes e

também tendo em vista de diminuir o abate clandestino de aves que vem aumentando

no Brasil, oferecendo um produto de qualidade para população. O principal produto

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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oriundo do Abatedouro é a carcaça de frango, a qual é comercializada para

supermercados, açougues e similares com vistas ao fornecimento de carne. São

também comercializados os subprodutos comestíveis, em especial as vísceras

vermelhas (coração, moela e fígado), além de pés, pescoço e cabeça, os quais podem

ser utilizados para comercialização direta com a carcaça resfriada ou congelada, ou, no

caso das vísceras (também conhecidos como miúdos), em embalagens de produtos

específicos.

Nesta capacidade, supõe-se que o frango seja caipira aproveitando-se a

oportunidade de mercado que tem considerado o melhor sabor, menor teor de

gordura e outras vantagens neste produto diferenciado. O "frango caipira" tem se

destacado nos mercados dos grandes centros urbanos com preços superiores ao

frango de granja e seu abastecimento não tem suprido, suficientemente, a demanda

deste nicho de mercado.

Os estabelecimentos que processam produtos de origem animal estão

sujeitos à legislação e à fiscalização, das condições mínimas para a sua implantação e

funcionamento. O Decreto nº 7.889, de 23 de novembro de 1989 estabelece as

competências desta fiscalização segundo o tipo de comercialização a ser efetuada:

Secretarias Municipais de Agricultura no caso da comercialização municipal;

Secretarias Estaduais dos Estados, e Distrito Federal, no caso de comercialização

intermunicipal; e o Ministério da Agricultura, no caso da comercialização interestadual

ou internacional, devendo os estabelecimentos estar previamente registrados no

órgão competente antes de entrar em funcionamento.

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem

Animal (RIISPOA) define, no 2º parágrafo do artigo 21, Abatedouros como

"estabelecimentos dotados de instalações adequadas para a matança de quaisquer das

espécies de açougue, visando o fornecimento de carnes em natureza ao comércio

interno, com (frigoríficos) ou sem dependências para industrialização; disporão

obrigatoriamente de instalações e aparelhagem para aproveitamento completo e

perfeito de todas as matérias-primas e preparo dos subprodutos não comestíveis".

As matérias-primas a serem utilizadas no presente estabelecimento são

frangos semicaipiras cuja produção é amplamente difundida em todo o território

nacional, e pode passar a ser uma atividade bastante lucrativa com a crescente difusão

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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das suas qualidades. A carne do frango caipira apresenta vantagens de sabor

diferenciado, sem gosto de ração; é mais firme que a carne do frango de granja; livre

de antibióticos ou promotores de crescimento; quando é cozida não desgruda do osso;

a pele é mais compacta e tem menor teor de gordura e alto teor de proteínas. A

produção do frango em sistema de granja nesta capacidade não traria o retorno dos

investimentos em tempo compensatório para o agricultor familiar, estima-se que seria

necessário o abate de pelo menos 5.000 aves/dia para tornar viável o abate de frangos

de granja. E há de se considerar a familiaridade do produtor com a produção do frango

caipira.

A criação tradicional do frango caipira é extensiva, isto é, em sistema de total

liberdade e tem se caracterizado por: aves sem raça definida; baixa produção de ovos

e carne; alimentação à base de pasto e sobras de grãos; a postura é feita em ninhos

esparsos e em esconderijos (fator de aumento nas perdas); as frangos chocam em

esconderijos o que reduz o número de pintos nascidos em relação aos ovos chocados e

normalmente a mortalidade das aves é alta. Este quadro, porém pode ser otimizado

sem mudar o sistema de criação, através de seleção de plantel, práticas de manejo da

criação, suplementação alimentar, controle de sanidade e profilaxia, além de outras

recomendações feitas por técnicos da EMPAER.

O melhoramento genético do plantel pode ser feito com a introdução de aves

já melhoradas para serem cruzadas com aves do plantel previamente selecionadas. As

aves recomendadas devem ter dupla aptidão, ou seja, serem apropriadas para a

produção de carnes e ovos, tais como: Rhode Island Red, Plymouth Rock Bared e New

Hampshire, que são raças puras, ou aves híbridas de ovos vermelhos; além de Isa

Browm, Hy-line Browm, Label Rouge e aves canadense Paraíso Pedrez. A grande

mortalidade dos pintinhos pode ser controlada com a introdução de algumas práticas

simples e cuidados, principalmente nos primeiros 20 dias. Como exemplo, cita-se a

retirada de cascas de ovos do ninho onde foram gerados, trocando todo material por

material limpo e seco.

A resistência das aves semicaipiras é maior que as de granja, mas mesmo

assim devem receber rações balanceadas para atender as exigências nutricionais. A

ração balanceada pode ser caseira, como apresentado no Quadro 6 e deve ser

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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fornecida em comedouros no interior do galinheiro na base de 60 g por dia por ave e

cocho com mistura para consumo à vontade.

8.2.1 Descrição do Abatedouro (estabelecimento)

a) Localização do estabelecimento:

Rodovia MT 246, Km 3, Distrito Industrial, Barra do Bugres-MT

TEL.: (65) 3361-1921 - e-mail: [email protected]

b) Natureza do estabelecimento: Pequeno Abatedouro de Aves

c) Responsável técnico: Edu Rodolfo Gonçalves - Engº Civil - CREA nº

1205889019

d) Área do terreno: A área do terreno será de aproximadamente 1.000,00m².

e) Área construída:

Abatedouro............................................................................75,13m²

Anexos (escritório, banheiro e vestiário).................................15,30m²

Totais......................................................................................90,43m²

f) Área útil do Abatedouro:

Recepção e Sangria................................................................. 9,30 m²

Área Suja .............................................................................. 10,27 m²

Sala de Evisceração................................................................ 19,00 m²

Acesso de Funcionários (lavatório e lava botas)....................... 5,90 m²

Seção de Cortes....................................................................... 6,70 m²

Depósito de Embalagens.......................................................... 3,84 m²

Câmara Frigorífica.................................................................. 6,00 m²

Expedição............................................................................... 4,54 m²

g) Área útil do anexo Sede Administrativa:

Vestiário e banheiro feminino. ............................................... 4,00 m²

Vestiário e banheiro masculino ............................................... 4,00 m²

Escritório................................................................................. 4,40 m²

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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h) Recuo do alinhamento:

O recuo do alinhamento do prédio industrial com relação à cerca/alambrado,

ou qualquer outra benfeitoria é de aproximadamente 50,00 metros.

i) Especificações dos Materiais e Serviços:

Materiais: Todos os materiais a serem empregados na obra, deverão ser de

primeira qualidade, satisfazendo todas as exigências das Normas Técnicas sobre o

assunto.

Serviços: Todos os serviços necessários para a execução da obra obedecerão

fielmente ás determinações do responsável técnico:

i. Movimento de Terra: serão executados serviços de corte e aterro

deixando uma declividade de 1,5% no sentido das águas e escavações

manuais no solo já devidamente marcado. Serão abertas valas com

seção de 30 X 60 cm e serão escavados os locais onde serão locadas as

sapatas, nas dimensões especificadas em planta. As sapatas deverão

estar assentadas em solo firme de resistência inferior à = 1,0 Kg/cm².

Em situações adversas, como solo de baixa capacidade de suporte,

deverão ser adotados outros tipos de elementos estruturais para as

fundações (estacas Strauss ou Broca).

ii. Vigas de Fundação (Baldrames): sobre o concreto ciclópico nivelado e

blocos de coroamento, serão executas as vigas baldrames, que serão

de concreto armado, fck = 15 Mpa, com armadura longitudinal e

transversal, conforme projeto estrutural específico.

iii. Impermeabilização: sobre as vigas da fundação (baldrames), serão

executadas duas camadas com hidro-asfalto, sendo uma no sentido

longitudinal e outra no sentido transversal.

iv. Supra –Estrutura: Cintamento: Será executado o cintamento em toda a

alvenaria, obedecendo sempre, o projeto estrutural específico,. O

cintamento será executado com armadura especificada no projeto

estrutural, devendo seguir rigorosamente as especificações da ABNT –

NBR 6120/ NBR 5627 / NBR 7480 / EB-565/78.

v. Alvenarias: Serão utilizados tijolos cerâmicos de 6 ou 8 furos que

atendam as seguintes especificações : 20 x 20 x 10 cm . O traço

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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empregado no assentamento da alvenaria, será 1:2:8 (cimento – cal –

areia). As fiadas deverão estar perfeitamente alinhadas e prumadas.

As juntas deverão apresentar espessura máxima de 15 mm, sendo

reguladas à ponta de colher. Todas as superfícies de concreto em

contato com alvenaria deverão ser previamente chapiscadas com

argamassa de cimento e areia, traço 1:3 (cimento – areia).

Peitoris: Todos os peitoris das janelas da fábrica são cortados em

ângulo de 45º para a parte interna, revestidos com azulejo. Na parte

externa será usado cerâmica com pingadeira, com 5% de inclinação.

vi. Forro: Forro de PVC apenas na sede administrativa (escritório banheiros

e vestiários).

vii. Laje Pré-moldada de concreto: Será usada em todo , e terá o pé direito

de 3,50 m.

viii. Cobertura: A cobertura será executada com estrutura em madeira

aparelhada (nas quatro faces), com madeira perfeitamente seca,

e,cobertura em telhas cerâmica em todo Abatedouro e na sede

administrativa.

ix. Esquadrias: As janelas serão todas metálicas do tipo basculante. As

portas de acesso ao Abatedouro deverão possuir em sua porção

externa portas de tela com sistema de fechamento automático (mola)

e todas as janelas também deverão possuir quadro de telas de fácil

remoção (facilitar a limpeza).

x. Revestimento: Os revestimentos empregados na obra serão os

seguintes: Paredes Externas: Será utilizado revestimento com chapisco

emboço e reboco. O chapisco será executado com argamassa de

cimento e areia, no traço 1:3, com espessura de aproximadamente 5

mm. O emboço será executado em argamassa de cimento, cal e areia

no traço de 1:2:8. Após a cura do emboço, deverá ser executada a

limpeza das paredes (retirada de material pulverulento), e, molhar as

paredes, para dar início ao reboco, que deverá ser executado com

argamassa de cimento, cal e areia fina, no traço de 5:2:6, com

espessura não superior à 5 mm. Paredes Internas: Será utilizado

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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revestimento com chapisco e emboço deixando as paredes

desempenadas e alisadas do Abatedouro (todas internas), banheiros e

vestiários prontas para colocação dos azulejos e reboco, apenas no

escritório. Azulejos: serão aplicados até uma altura de 2,0 m em toda

parte interna do Abatedouro nos banheiros e vestiários, os azulejos

devem ser lisos e de cor clara (marcas recomendadas: Ceusa, Eliane ou

similar).

xi. Pavimentação: Contrapiso de concreto: O contrapiso será executado

em concreto magro, desempenado e regulado, com espessura de 10

cm. Piso nas dependências da indústria: O piso de todo Abatedouro

será feito em cimento alisado de alta resistência (Korodur).

Opcionalmente poderá ser em cerâmica industrial ou pedra basalto

rejuntado com cimento antiácido. Nos banheiros e vestiários será

usada cerâmica, de cor clara e antiderrapante. Paralelepípedos

regulares: A área de circulação e/ou pátio do Abatedouro será em

paralelepípedos regulares, com caimento de 2% para condução das

águas pluviais.

xii. Pinturas: A pintura externa será executada com uma demão de selador.

E após, duas demãos de tinta acrílica branca. A pintura interna acima

dos azulejos (2,0m) será executada com uma demão de selador e duas

demãos de tinta acrílica branca. As esquadrias de ferro serão pintadas

com esmalte sintético, sobre fundo antioxidante (zarcão). As

esquadrias deverão ser previamente lixadas, de modo a retirar todo e

qualquer material que possa prejudicar ou criar foco de corrosão

futura.

xiii. Vidros: Serão empregados vidros lisos com espessura de 3,0 mm em

todas as janelas, inclusive no óculo de entrada e óculo de passagem.

xiv. Cerca: O terreno deverá ser cercado nos limites da área industrial.

xv. Instalações Hidrosanitárias: Serão executadas de acordo com o projeto

específico. O tratamento dos dejetos será feito conforme projeto em

anexo. Depósito de sangue e vísceras, depósito de penas, toda água de

limpeza do Abatedouro será encaminhada para uma caixa com tela

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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para retenção de sólidos e desta segue para a graxaria e

posteriormente, para uma lagoa anaeróbica e posteriormente para

mais 2 lagoas (sedimentação e polimento) para então ser lançada em

algum efluente ou valas de infiltração. Reservatório de água: Um

reservatório de água, a nível elevado, executado em alvenaria,

metálico ou fibrocimento, com capacidade para 5.000 litros.

xvi. Instalações Elétricas: será toda interna, com a utilização de eletrodutos

de PVC,as tomadas serão instaladas a 90cm de piso e os interruptores

a 1,20m do piso.

Figura 25. Croqui do Abatedouro de frango semicaipira.

Parte Suja Parte Limpa Parte Externa

8.2.2 Descrição do processo de produção

Da granja até o preparo no Abatedouro na forma de carcaça, ou mesmo de

corte, deverão ser seguidos vários estágios importantes que precisam ser programados

para serem realizados de maneira eficiente e higiênica.

a) Transporte: Depois disso, é feito o transporte para o abatedouro nas

primeiras horas da manhã. No caso da plataforma de recepção estar ocupada, os

caminhões deverão permanecer em área de espera. Na espera os galpões devem ser

bem ventilados a partir dos tetos e das laterais (ambos para evitar o stress térmico).

LEGENDA

1 - Trilho 2 - Trollers 3 - Atordoador Elétrico 4 - Túnel de Sangria 5 - Tanque de escaldagem 6 - Depenadeira 7 - Mesas inox (espera e toalete). 8 - Trilho c/ 4 trollers 9 - Mesas inox (evisceração). 10 - Tanque de reidratação 11 - Tanque de resfriamento 12 - Gancheira para gotejamento 13 - Mesa para montagem 13-A – Mesa de embalagem 14 - Funil de embalagem 15 - Câmara Frigorífica Modular

LEGENDA

1 - Trilho 2 - Trollers 3 - Atordoador Elétrico 4 - Túnel de Sangria 5 - Tanque de escaldagem 6 - Depenadeira 7 - Mesas inox (espera e toalete). 8 - Trilho c/ 4 trollers 9 - Mesas inox (evisceração). 10 - Tanque de reidratação 11 - Tanque de resfriamento 12 - Gancheira para gotejamento 13 - Mesa para montagem 13-A – Mesa de embalagem 14 - Funil de embalagem 15 - Câmara Frigorífica Modular

LEGENDA

1 - Trilho 2 - Trollers 3 - Atordoador Elétrico 4 - Túnel de Sangria 5 - Tanque de escaldagem 6 - Depenadeira 7 - Mesas inox (espera e toalete). 8 - Trilho c/ 4 trollers 9 - Mesas inox (evisceração). 10 - Tanque de reidratação 11 - Tanque de resfriamento 12 - Guancheira para gotejamento 13 - Mesa para montagem 13-A – Mesa de embalagem 14 - Funil de embalagem 15 - Câmara Frigorífica Modular

LEGENDA

1 - Trilho 2 - Trollers 3 - Atordoador Elétrico 4 - Túnel de Sangria 5 - Tanque de escaldagem 6 - Depenadeira 7 - Mesas inox (espera e toalete). 8 - Trilho c/ 4 trollers 9 - Mesas inox (evisceração). 10 - Tanque de reidratação 11 - Tanque de resfriamento 12 - Guancheira para gotejamento 13 - Mesa para montagem 13-A – Mesa de embalagem 14 - Funil de embalagem 15 - Câmara Frigorífica Modular 16 - Esterilizador de facas 17 – Máquina para aplicar filme plástico 18 - Depósito de penas 19 – Lavador de caixas plásticas

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Logo após, os engradados deverão ser descarregados em plataforma dimensionada

para facilitar esta operação, e, em seguida, higienizados com água clorada (3 a 5 ppm).

b) Sangria: Uma vez descarregados na plataforma de desembarque, os

engradados são conduzidos à área de pendura, onde os engradados são abertos na sua

parte superior, e as aves são descarregadas e colocadas nos trilhos e encaminhados

para calha de sangria que deve ser em aço inox, e realiza-se um corte lateral da

jugular, deixando-as sangrar por um período de 3 minutos (preconizado pelo SIF),

muito embora se reconheça que nos primeiros 40 segundos, 80% do sangue é liberado

e, no intervalo, entre 1 e 2 minutos e meio, o sangramento estaria completo.

Os engradados vazios são levados à seção de sua higienização, onde são

lavados com água hiperclorada e sob pressão, e a seguir desinfetados com produtos

aprovados para tal, visando evitar-se a disseminação de possíveis doenças entre as

granjas.

b) Escaldagem: A próxima etapa é a escaldagem, que consiste na imersão

num tanque de água quente agitada e tem a finalidade de facilitar a etapa de remoção

das penas, a depenagem. Quando se deseja uma ave com uma pigmentação de pele

mais amarelada, o escaldamento é feito de forma branda (52ºC / 2,5min.). O uso de

temperaturas mais altas (processo rigoroso: T ~ 56ºC / 1,5min), além de gerar frangos

de coloração mais clara de pele, acelera a produção de linha mas causa problemas no

sentido de que evidencia hematomas nas áreas em que existam contusões. Em

hipótese alguma as aves deverão ser imersas ainda vivas no tanque de escaldagem.

c) Depenagem: O processo de depenagem é feito pela ação mecânica de

"dedos" de borracha que são presos a tambores rotativos, e são, geralmente,

procedidos de um acabamento manual. Nesta etapa deve-se evitar a quebra dos ossos

e o rompimento da pele da ave (que ocorre principalmente quando a escaldagem for

muito alta). No caso de aproveitamento de pés para comercialização com a carcaça

limpa, as aves também sofrem a escaldagem e limpeza de pés. A depenadeira retira,

além das penas, a película amarela dos pés das aves. Esta etapa delimita a área suja do

Abatedouro.

d) Evisceração: Feita a depenagem processa-se a evisceração, que é

constituída por uma série de etapas: remoção da sambiquira (glândula de óleo); corte

e remoção da traquéia; extração da cloaca e evacuação do intestino grosso; abertura

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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do abdômen e eventração (exposição de vísceras para inspeção veterinária). A

primeira operação realizada na área limpa, que é delimitada da anterior através de um

vão na parede.

A evisceração é feita manualmente em mesa específica para esta finalidade,

que contém torneiras para facilitar as lavagens. A primeira operadora faz o corte da

traquéia, retira a cloaca e o abdômen. A segunda retira a traquéia e as vísceras. Em

seguida encaminha-se a carcaça para o lado oposto da mesa e as vísceras para a

terceira operadora, que separa os miúdos. Neste ponto, deve-se impedir que a carcaça

entre em contato com as vísceras novamente evitando contaminação. O coração, o

fígado e a moela removidos são separados e sofrem processos de limpeza,

resfriamento e embalagem para posterior reincorporação à carcaça, ou são embalados

para sua comercialização. Seguindo a linha de evisceração, removem-se os pulmões,

papo, esôfago e traquéia, que são descartados, indo ter à seção de tratamento de

resíduos (graxaria). No caso do abate proposto neste perfil, tais materiais poderão ser

recolhidos e enviados a empresas que promovam o seu tratamento e comercialização

(farinhas, etc.), ou serem incinerados em crematório próprio para esta finalidade.

e) Inspeção: Com as vísceras fora da carcaça, à quarta operadora faz inspeção

(exame da carcaça externa e internamente e das vísceras). Durante a inspeção, feita

por agentes de inspeção treinados, são eliminadas as aves condenadas por doenças, a

remoção de partes com injúrias, ossos quebrados, etc.

f) Higienização: Com a liberação da carcaça faz-se uma lavagem final

encaminha-se a mesma para o pré-resfriamento. É procedida, então, a lavagem

interna e externa da carcaça, com remoção do sangue residual, membranas e resíduos

de vísceras, que também são encaminhados à seção de graxaria. Nesta etapa também

são separados os pés e o conjunto cabeça-pescoço.

g) Resfriamento: Só então a ave estará preparada para a operação de

resfriamento, que pode ser feita por várias técnicas, sendo o mais comum o uso de

tanques descontínuos com água e gelo (pequenas produções), ou resfriadores

contínuos. Neste perfil, o resfriamento é feito, basicamente, em dois estágios:

Pré-refrigeração, as carcaças são mergulhadas manualmente nos tanques com

água tratada e refrigerada, onde a temperatura da água fica entre 10 e 18ºC para se

evitar o encolhimento do músculo (endurecimento do músculo peitoral), e também

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

69

uma redução (lavagem) da contaminação superficial das carcaças. Para se evitar o risco

de contaminação das carcaças a água deve ser hipoclorada em torno de 2 a 5 ppm e

renovada ao longo do processo.

Resfriamento, após serem pré resfriadas, as carcaças são, então,

encaminhadas ao segundo estágio onde a temperatura é reduzida para

aproximadamente 0ºC (zero graus). Após esta etapa as carcaças saem com

temperatura entre 5 e 8ºC, sendo o ideal entre 2 e 4ºC.

h) Gotejamento: Em seguida é feito o gotejamento onde as aves são

suspensas pela asa, coxa ou pescoço, dependendo se o conjunto cabeça-pescoço tiver,

ou não, sido previamente removido. As aves permanecem penduradas por um tempo

de 2,5 a 4 minutos, o que visa reduzir o excesso de água absorvida na etapa de

refrigeração, para não se infringir a legislação, que preconiza um máximo de 8% de

absorção de água. Este gotejamento pode ser realizado fora da área de abate,

permitindo-se que as aves "descansem" em local apropriado por tempo suficiente para

escorrer o excesso de água absorvido na etapa de pré-resfriamento.

i) Classificação, embalagem e resfriamento ou congelamento: Finalizando, as

aves passam pelos processos de classificação, embalagem e resfriamento ou

congelamento. Aquelas carcaças que sofreram remoção de partes no processo de

inspeção são levadas para a seção de cortes, os quais são embalados e resfriados ou

congelados. As seções de cortes devem ter temperatura ambiente controlada entre 10

e 15ºC.

As carcaças com temperatura adequada (2 a 3 ºC) são embaladas e

encaminhadas à câmara de resfriamento dentro de caixas plásticas, sendo estocadas

com temperatura de -1 ºC por um período máximo de 1 semana; se for preciso estocar

por períodos maiores, deverão ser congeladas.

O congelamento de carcaças ou cortes deverá ser realizado por meio de

congelamento rápido em equipamentos apropriados para este fim. A carne deve

entrar na câmara Frigorífica com a temperatura em torno de 0 ºC, a qual será

rebaixada para uma temperatura de -18 ºC em ambiente com temperatura entre -40 e

-45 ºC, a velocidade do ar varia entre 2 a 4 m/s.

O armazenamento das carnes refrigeradas é feito em refrigeradores

industriais e o de carne congelada é feito em freezer. Neste perfil, pressupõe-se a

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

70

comercialização imediata do frango caipira, e na maior parte resfriado. As condições

de armazenagem devem ser dadas para proporcionar maior flexibilidade operacional à

agroindústria.

j) Aproveitamento e Tratamento de Resíduos: Os subprodutos não

comestíveis oriundos do abate de aves (penas, vísceras, e sangue), por constituírem

sério problema ambiental e higiênico-sanitário, devem ser conduzidos por meios

apropriados à seção de graxaria, que deve estar localizada a uma distância mínima de

10 (dez) metros do corpo do Abatedouro. Os subprodutos não comestíveis deverão ser

recolhidos e conduzidos a fornos crematórios (fornalhas) para incineração de carcaças

condenadas ou de aves que chegam mortas ao Abatedouro. No mínimo, deve-se

separar os resíduos sólidos e se recolher e concentrar o sangue, e se dispor deles em

aterros sanitários ou fossas para a sua decomposição. Há que se evitar ao máximo a

poluição dos cursos de água e/ou redes de esgoto.

Pode-se considerar o processamento destes subprodutos em farinhas em

unidades próximas que já tenham graxaria instalada, ou, na ausência desta alternativa,

a sua destruição em fornos crematórios. Assim, esta alternativa de implantação de

graxaria, deveria ser viabilizada após retorno do capital investido e/ou ao se considerar

a expansão do abate para um volume que torne tal investimento em equipamentos de

graxaria indispensável.

Em relação às redes de esgoto e estações de tratamento: caso existam, devem

suportar a carga do Abatedouro, recomendando-se, porém o tratamento dos efluentes

industriais antes de se os lançar às redes. Caso não existam redes de esgoto, torna-se

essencial o tratamento prévio dos efluentes industriais através de gradeamento, uso

de caixas de gordura, vala ou lagoa de oxidação, lodos ativados e/ou biodigestor. Para

Abatedouros de pequeno porte, como o previsto neste perfil, soluções como

gradeamento, caixas de gordura ou valas de oxidação são seguidas de lagoas de

estabilização. O esgoto proveniente, de banheiros deve ser conduzido separadamente

do sistema de tratamento de efluentes do Abatedouro.

A separação, remoção e secagem de sangue (DBO entre 150 e 240.000 mg/L)

contribui em muito para minimizar a poluição causada pelos Abatedouros nos cursos

de água, evitando-se futuros, e cada vez mais prováveis confrontos ambientais e

legais.

Page 71: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

71

8.2.3 Dimensionamento, localização e obras.

a) Localização: No que tange à localização, os principais condicionantes são: a

proximidade da matéria-prima, disponibilidade de energia elétrica e disponibilidade de

água potável em grandes quantidades.

b) Proximidade da matéria prima: Quanto à proximidade da matéria-prima,

este não deve se constituir em grande problema, uma vez que a criação de aves é

amplamente difundida no país, e pode ser facilmente implantada, se bem orientada

por profissionais. Convém ressaltar que a proximidade das granjas de criação/engorda

minimizam estresse para as aves em decorrência do transporte, e tornam o

Abatedouro mais viável, reduzindo os custos de transporte, e as perdas de peso das

aves durante esta etapa.

c) Necessidade de água: Quanto à necessidade de água, estipula-se um

consumo médio de 30 litros por frango abatido, que deve apresentar características de

potabilidade, recomendando-se a sua cloração entre 2 e 5 ppm de cloro residual livre.

d) Terreno: A localização deve considerar um terreno que permita a completa

instalação de todas as unidades do Abatedouro, se possível fornecendo dois acessos,

um para matéria-prima (animais) e outro para a expedição de produtos acabados.

Deve-se prever ainda um local com área suficiente (áreas/galpões de espera) para que

as cargas possam esperar o seu descarregamento nas plataformas de abate sem causar

estresse térmico para as aves. De preferência deve ser suficientemente amplo para

comportar todas as operações necessárias ao funcionamento. Deve ser plano, seco e

livre de enxurradas, de fácil aquisição ou desapropriação, de mais de uma frente, ter

rios ou lagoas próximas e capazes de receber os seus efluentes. Deve se localizar fora

do perímetro urbano, próximo a vias de acesso fácil e de preferência ser dotado de

rede rodoviária que facilite o escoamento da produção, embora afastado da via

pública (preferencialmente a 5,0 metros desta). Preferencialmente, deve se localizar

em zonas rurais ou estritamente industriais, para se evitar conflitos futuros com

regiões urbanas. Deverá dispor de área pavimentada e urbanizada, suficiente para

permitir a movimentação de veículos, bem como a construção de galpões de espera

para os caminhões que não puderem efetuar o descarregamento imediato de suas

cargas. Se possível deve atender ainda a futuros projetos de expansão.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

72

e) Cursos de água: Há de se considerar ainda a sua localização em relação aos

cursos de água, a qual deve ser feita à jusante dos pontos de captação para

tratamento e abastecimento da população.

f) Cidade: Em relação à cidade: devido ao odor desagradável que as operações

do Abatedouro exalam deve estar disposto de modo a que os ventos predominantes

não carreiem odores para a cidade; no caso disto ser inevitável, deve-se fazer com que

os ventos atravessem uma barreira de árvores de odor agradável antes de ter às

cidades. Também, devido à natureza dos produtos ali obtidos, deve-se cuidar para que

a agroindústria não se localize junto a fontes poluidoras e produtoras de odores

(curtumes, lixões, etc.).

g) Energia elétrica: Em relação à energia elétrica, a unidade deve se situar em

locais abastecidos de luz e força suficiente para iluminação das áreas de abate e

processamento dos subprodutos, para o funcionamento de caldeiras (caso se opte por

caldeiras elétricas), bombas e equipamentos, instalações de frio, etc.

8.2.4 Detalhes gerais de construção e instalação:

O conjunto de obras civis definidos para a operacionalização do presente

Abatedouro prevê a necessidade de 90,0m², assim distribuídos: área de recepção, área

suja, área limpa, área de estocagem e expedição.

a) Corpo Principal: A construção do corpo principal (sala de matança e seção

de subprodutos) deverá ser efetuada em alvenaria, respeitando-se as exigências do

RIISPOA. As paredes deverão ser impermeabilizadas com azulejos, gressit ou outro

material aprovado para tal, até uma altura de dois metros. Acima deste

impermeabilizante será realizada a pintura com tinta acrílica (metalatex). Os encontros

de paredes e entre estas e os pisos deverão ser arredondados.

b) Piso: O piso deverá ser de korodur, cerâmica industrial, ou outro material

antiderrapante aprovado pelo serviço de inspeção. Deve apresentar um declive de 1,5

a 3% em direção às canaletas.

c) Teto: O teto na sala de matança deverá ser construído de laje de concreto

liso, sem pintura, ou possuir cobertura de estrutura metálica, refratária ao sol, desde

que possua vedação perfeita à entrada de insetos e pássaros. Em geral, o pé-direito

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

73

deverá possuir altura mínima de 4 metros, exceto nas áreas onde houver climatização

do ambiente (cortes e embalagens), onde o pé-direito pode ser reduzido para 3m.

d) Ventilação e Iluminação: A ventilação e iluminação necessárias serão

proporcionadas por colocação de janelas providas de telas para proteção contra

insetos, a uma altura de 2 (dois) metros, com parapeito chanfrado e azulejado (ângulo

de 45), e de área equivalente a 1/5 (um quinto) da área do piso. Para compensar a

pouca luminosidade de dias mais escuros, haverá iluminação artificial. Na seção de

inspeção exige-se uma iluminação de 500 a 600 Lux (luz fria), sendo proibido o uso de

iluminantes que mascarem a coloração das carcaças e miúdos. Em caso de

necessidade, permite-se a instalação de exaustores.

e) Comunicações com o meio externo: As comunicações com o meio externo

deverão ser feitas através de portas de vai e vem, e serem providas de cortina de ar.

8.2.5 Equipamentos.

Todos os equipamentos podem ser adquiridos no mercado interno, e muitas

informações sobre fornecedores potenciais estão disponíveis em alguns sites da

internet listados em anexo

a) Trilho para sangria com acionamento manual: Estrutura feita em aço inox

fixada ao teto (laje) da recepção.

b) Trollers com algemas inox (8): Alças providas de rodado que trabalham

dependuradas no trilho e possui algemas nas quais as aves são dependuradas pelos

pés.

c) Atordoador Elétrico c/ regulagem de voltagem: promove a eletronarcose

(insensibilização) das aves antes da sangria.

d) Túnel de Sangria: calha feita em alumínio provido de registro e depósito

para coleta do sangue.

e) Tanque de escaldagem: Recipiente com abas laterais em aço inoxidável

304, provido de um queimador a gás e termômetro. Capacidade para até 200

aves/hora e 80 litros. Dimensões: 1090 x 700 x 850mm.

f) Depenadeira: Construída totalmente em aço inox 304, acionada por motor

de 2,0 cv trifásico. Provida de funil alimentador com dispositivo basculante para carga.

Capacidade para 500 aves/hora.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

74

g) Mesas inox (espera e toalete): Construídas em chapa de aço inox 304,

Dimensões: 900 x 900 x 900mm.

h) Trilho c/ 4 trollers: Estrutura feita em aço inox fixada ao teto, responsável

pelo transporte das carcaças da área suja para sala de evisceração.

i) Mesas inox (evisceração): Construídas em chapa de aço inox 304, provida

de calhas e torneiras com depósito para vísceras. Dimensões: 1000 x 2000 x 900mm.

j) Tanque de reidratação: Tanque tipo ½ lua destinado à reidratação das aves.

Construído em aço inoxidável 304, equipado com rodas fixas e giratórias. Capacidade

aproximada de 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690mm.

k) Tanque de resfriamento: Tanque tipo ½ lua destinado ao resfriamento das

aves. Construído em aço inoxidável 304, equipado com rodas fixas e giratórias.

Capacidade aproximada de 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690mm.

l) Gancheira: para gotejamento com 30 ganchos inox.

m) Mesa para montagem e embalagem: Construída em chapa de aço

inoxidável 304. Dimensões: 2000 x 900 x 850mm.

n) Funil de embalagem: Construído em aço inox 304, formado por lâminas

sob ação de molas, com diâmetro de abertura apropriado para embalagem de frangos

e galinhas.

o) Câmara Frigorífica Modular 2,0 X 2,0 X 2,5m.

p) Móveis e equipamentos: Armário de aço para guarda das embalagens,

Balança eletrônica comercial com saída para impressora (15kg) Balança eletrônica de

bancada, dotada de uma única célula de carga devidamente dimensionada para a

capacidade requerida. Gabinete em ABS injetado; prato de pesagem em aço inoxidável

AISI 430 polido, teclado à prova de respingos de água e poeira, com retorno sonoro,

display vácuo-florescente com 6 dígitos de 12mm; alimentação elétrica: 110/220 VCA,

50/60Hz, selecionável. Capacidade de Pesagem: 15kg x 5g Dimensões do prato: 35 x

25cm.

q) Máquina para aplicar filme plástico: Construída em aço destinada a

envolver as bandejas de produtos com filme plástico tipo PVC. Dimensões: 510 x 670 x

140mm.

r) Utensílios gerais: Compreende o lavatório e lava botas para higienização

dos funcionários, além de utensílios de processamento como: facas, cortadora de

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

75

pescoço e pernas, pistola para cloacas, bandejas, baldes e outros. Inclui também

fornalha para incineração de resíduos

8.3 Inspeção sanitária e Certificação

Inicialmente será acompanhada pela Secretaria de Saúde do município, o

Serviço de Inspeção Municipal. Depois com Serviço de Inspeção Sanitário Estadual o

INDEA assumirá o papel de fiscalização e monitoramento durante o recebimento dos

frangos para o abate e o abate propriamente dito. Terá de ter um escritório em anexo

ao Abatedouro para os trabalhos do Médico Veterinário do INDEA.

8.4 Fluxograma da Cadeia Produtiva

A cadeia produtiva é iniciada com a compra de pintainhos com um dia de vida

e provenientes de linhagens próprias para a criação no sistema caipira, vindos de

granjas matrizes. O transporte das aves é realizado em caixas de papelão com

aberturas na parte superior (para a entrada de ar), forradas com serragens e certa

quantidade de ração.

No momento da chegada, o espaço destinado aos pintainhos deverá estar

devidamente preparado com o forro de palha de arroz na espessura de 3 a 5cm, os

comedouros infantis abastecidos com ração para a fase inicial e os bebedouros

abastecidos com água e 3 colheres de sopa de açúcar para tranqüilizá-los após o stress

sofrido durante a viagem.

A maior preocupação é contra o calor e o frio excessivos que são os maiores

causadores de mortalidade nos primeiros dias de vida e que também merecem

atenção durante a fase adulta, quando as aves já estão no galpão. Dessa forma, as

cortinas do galpão são itens tão importantes quanto os outros equipamentos, tendo a

função de proteger e aquecer as aves.

Como o calor excessivo também pode ser prejudicial às aves, em algumas

regiões é importante a instalação de ventiladores para garantir a temperatura ideal do

local. Quando as aves completam 25 dias, estão preparadas para terem acesso ao

piquete de grama estrela, onde podem ciscar e se alimentar. Elas possuem livre acesso

ao galpão, nos dois primeiros lotes analisados neste estudo, a ração somente era

disponibilizada pela manhã e no final da tarde, isso para incentivar as aves a ciscar pelo

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

76

piquete de grama e se alimentarem de maneira natural. O terceiro lote analisado

também teve livre acesso ao galpão, porém a ração foi oferecida em tempo integral.

Com isso observou-se o aumento na taxa de conversão alimentar, em decorrência do

aumento no consumo da ração, automática redução no consumo da vegetação e

conseqüente ganho de peso em menor tempo, inclusive descaracterizando o produto

“frango semicaipira”.

A ração balanceada foi desenvolvida juntamente com uma empresa da região

com o objetivo de oferecer todos os nutrientes importantes para a formação das aves,

garantir a isenção de resíduos animais, isenção de promotores de crescimento e

estabelecer uma parceria capaz de atender as necessidades da criação com rapidez e

preço baixo. A ração é composta de: 69% de milho, 27% de farelo de soja e 4% de

vitamix. À noite, as aves são recolhidas para o galpão a fim de ficarem protegidas dos

predadores naturais.

Todos os piquetes de grama são cobertos por Cynodon dactylon, conhecido

vulgarmente como grama seda, grama de cidade, grama de burro, grama estrela,

bermuda (Quadro 3).

Quadro 3. Composição Bromatológica do Cynodon dactylon.

Elementos Com base na Matéria Seca

aos 21 dias de idade

Proteína bruta Extrato etéreo Extrato não nitrogenado Fibra bruta Matéria mineral

10,7% 1,90% 51,6% 25,4% 10,4%

Fonte: Edwards e Bogdan, citados por Alcântara e Bufarah in SNA (2004)

Por se tratar de aves rústicas, a criação não exige mão-de-obra especializada.

O mais importante é garantir a limpeza do local, estar atendo para o abastecimento de

ração e água, observar qualquer comportamento diferente na saúde das aves – como

diarréia, por exemplo – e não permitir o acesso de animais próximos às áreas da

criação, com o objetivo de evitar contaminações ou a aproximação de predadores.

As aves são pesadas quinzenalmente com o acompanhamento do ganho de

peso e do consumo de ração, dessa forma, calcula-se o fator de conversão permite

avaliar o desempenho de diferentes linhagens. O desenvolvimento de parcerias com

fornecedores do produto é feito a partir do acompanhamento na evolução das aves,

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

77

no que diz respeito ao ganho de peso, consumo de ração e índice de mortalidade

obtidos após o cumprimento dos cuidados no manejo. O melhor resultado é obtido

com um baixo fator de conversão do consumo de ração para peso da ave e da menor

taxa de mortalidade indicando aves saudáveis e aproveitamento completo do lote.

Por se tratar de uma pequena produção, a venda é realizada diretamente ao

consumidor final com a venda porta-a-porta e através da feira livre da região, com a

devida autorização dos órgãos responsáveis. A cadeia produtiva do frango caipira é

mostrada na figura a seguir.

Figura 26. Cadeia Produtiva do Frango Semicaipira Tradicional

A produção de acordo com as condições específicas do frango caipira tem-se o

seguinte esquema de manejo:

a) do 1° ao 25° dia: período em que as aves ainda pequenas ficam confinadas

no galpão sem acesso à área externa;

b) do 26° ao 90° dia: período de engorda em que as aves têm livre acesso ao

galpão e ao piquete; e

c) do 91° ao 105° dia: período de limpeza e descanso do galpão e do piquete.

Os proprietários planejam dispor de um lote de aves por mês para garantir

receitas mensais e para ganhar a fidelidade dos clientes. Considerando que o ciclo se

completa com 105 dias, se o ano tem 365 seriam necessários 4 galpões para assegurar

1 lote/mês. Diante da impossibilidade de investimento em outros três galpões,

Granjas

Matrizes

Fábrica de

Ração

Pintainho

1 dia

Pinteiros Galpão

(Piquete)

Produto

Final

Cliente

Terceiros Terceiros

Plantas Próprias Venda

1° ao 25° dia 26° ao 90° dia

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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dividiram o galpão em 4 espaços iguais, separados por muretas e telas e, a partir de

um escalonamento na produção, respeitando o tempo mínimo para abate e para

limpeza do local, seria possível obter um lote mensal em menor quantidade. Na tabela

11, é mostrado o cronograma anual para se obter receitas mensais na criação de

frangos.

Tabela 11. Cronograma Anual de Produção de Frango Semicaipira

Lote JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias

1 1-25 26-60 61-90 91-105

2 1-25 26-60 61-90 91-105

3 1-25 26-60 61-90 91-105

4 1-25 26-60 61-90 91-105

1 1-25 26-60 61-90 91-105

2 1-25 26-60 61-90 91-105

3 1-25 26-60 61-90 91-105

4 1-25 26-60 61-90 91-105

5 1-25 26-60 61-90 91-105

Fonte: Dados de pesquisa

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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9. EIXOS ESTRATÉGICOS DAS AÇÕES DO PNE

9.1 Organizacional

a) Estrutura Organizacional

Qual é a estrutura organizacional do Abatedouro? Anexar um organograma

com os respectivos cargos, conselhos e funções de cada em deles.

Qual o poder de decisão de cada conselho e competências e critérios de

escolha de seus membros?

Qual grau de comunicação e interdependência entre cada cargo e cada

conselho?

Como as decisões são tomadas no Abatedouro?

Conselhos: Quais são os conselhos? Quais seus papéis e funções? Qual a

periodicidade de reuniões e critérios para convocação de reuniões

extraordinárias? Critérios, mandato e processo de escolha dos membros

dos conselhos?

b) Sistema de Autogestão

Como a agroindústria será gerida?

Quais competências/capacidade o gestor ou o corpo gerencial tem e

deveria ter?

Quais são as responsabilidades do gestor ou do núcleo de autogestão?

Qual a autoridade do gestor ou do núcleo de autogestão?

Como o desemprego do gestor ou do corpo gerencial será avaliado?

A cooperativa tem acesso à assistência técnica nas áreas de Tecnologia,

Desenvolvimento Organizacional, Gestão e Planejamento Estratégico?

9.2 Institucional

Criação da Cooperativa;

Implantar programas de capacitação dos agricultores familiares e

trabalhadores;

Incentivo às formas associativas de produção;

Gestão;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Criar marcas e registros;

Comercialização;

Implantar logística de coleta e comercialização do produto.

9.3 Econômico

Buscar a eficiência de todo o processo produtivo;

Implantar métodos de redução de custos de produção;

Traçar estratégias de comercialização através da Cooperativa.

9.4 Tecnológico

Produção de acordo com parâmetros técnicos para a produção de frangos

semicaipiras;

Assistência técnica e gerencial.

9.5 Ambiental

No sistema de produção melhorar o manejo adequado da pastagem dos

piquetes;

Na alimentação depender menos de terceiros quanto ao volumoso e

proteína, com o emprego de rações alternativas;

No Abatedouro fazer o tratamento dos resíduos na perspectiva de fabrico

de adubos orgânicos.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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10. PROJETOS

10.1 Projeto 1 – Capacitação dos Agricultores familiares que produzem

frangos

Objetivo Geral: Melhorar o manejo dos aviários, o fabrico da ração alternativa, a

pastagem dos 58 aviários dos associados, o associativismo e o cooperativismo, a

gestão do Abatedouro coletivo e a renda dos avicultores.

Objetivos Específicos:

Melhorar a produtividade e qualidade da carcaça do frango produzido;

melhorar a renda dos avicultores;

diversificar as alternativas de produção de ração;

melhorar o processo de manejo da pastagens e suplementos protéicos

vegetais;

fortalecer o associativismo e o cooperativismo.

Metas:

realizar Dois cursos anuais para 60 agricultores familiares na criação e

manejo da produção de frangos;

realizar Dois cursos anuais para 60 agricultores familiares no manejo dos

aviários;

realizar de Dois cursos anuais para 120 agricultores familiares no manejo dos

recursos próprios e naturais;

realizar Dois cursos anuais para 120 agricultores familiares em

associativismo e cooperativismo.

Orçamento: R$ 30.000,00 (Trinta mil reais)

Fonte de Financiamento: Parceiras (SEBRAE, CTA, SDT/MA)

10.2 Projeto 2 – Melhoria da Infra-Estrutura da Entidade Gestora

Objetivo Geral

Prover de infra-estrutura da Cooperativa.

Objetivos Específicos:

Disponibilizar uma sede para o escritório da Cooperativa;

Melhorar o apoio logístico da Cooperativa;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Mobiliar o escritório da Cooperativa.

Metas:

Adquirir ou Construir um espaço para o escritório da Cooperativa;

Adquiri móveis e equipamentos de escritório e informática ;

Viabilizar o sinal da internet; e

Orçamento: R$ 40.000,00 (Trinta mil reais)

Fontes de financiamento: Próprios, Fundação Banco do Brasil, PRONAF.

10.3 Projeto 3 – Formação de Capital de Giro

Objetivo Geral

Obter capital de giro para a Cooperativa fomentar o abate para os agricultores

familiares para reduzir a intervenção dos atravessadores e melhorar a renda dos

agricultores familiares.

Objetivos Específicos:

Viabilizar recursos para a Cooperativa girar as primeiras vendas;

Reduzir a dependência dos agricultores familiares em relação aos

atravessadores;

Constituir o fundo financeiro da Cooperativa;

Melhorar a renda dos agricultores familiares.

Metas:

Viabilizar um projeto de produção de 150.000 cabeças de frango/ano no

valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

Fontes de financiamento: Banco do Brasil, MDA, CONAB;

10.4 Projeto 4 – Melhoramento e Ampliação do Número de Aviários

Objetivo Geral

Melhorar a infraestrutura dos aviários existentes e ampliar o número de

agricultores familiares, para aumentar a produção e a qualidade do frango.

Objetivos Específicos:

realizar investimentos nos aviários existentes para atender as exigências

legais;

garantir aviários em todas os assentamentos dos 3 municípios;

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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melhorar a qualidade e quantidade dos frangos produzidos.

Metas

Reformar 50 aviários;

Construção de 50 aviários;

Aquisição de 100% das máquinas e equipamentos adequados e necessários

para a estruturação de todas os aviários a serem construídas e para os que

serão reformadas.

Orçamento: R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais)

Fontes de Financiamento Governo Federal;

10.5 Projeto 5 – Assistência Técnica e Gerencial

Objetivo Geral

Garantir assistência técnica e gerencial com eficiência e eficácia aos

agricultores familiares produtores de frangos e ao Abatedouro em Barra do Bugres,

com vistas ao aumento da produtividade e da qualidade.

Objetivos Específicos:

melhorar a produção, produtividade e qualidade do frango;

garantir assessoramento técnico a unidade de abate;

melhorar a renda dos agricultores familiares;

diversificar o mercado dos frangos.

Metas:

Aumentar a produção de frango em 10% num período de 4 anos;

garantir a contratação de dois técnicos para realizar a assistência técnica aos

agricultores familiares e à Cooperativa;

melhorar em 100% a renda dos agricultores familiares.

Orçamento: R$ 200.000,00 (duzentos mil reais)

Fontes de Financiamento: Recursos Próprios; PRONAF; Governo Municipal...;

SEBRAE, EMPAER.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

84

11. ORGANIZAÇÃO GESTORA

11.1 Identificação

A gestão do Abatedouro de frangos semicaipira será executada por uma

Cooperativa formada por agricultores familiares inseridos na cadeia produtiva do

frango semicaipira nas comunidades rurais dos municípios de Barra do Bugres, Nova

Olímpia e Tangará da Serra, que fazem parte do Território Rural do Alto do Rio

Paraguai.

Figura 27. Esquema do processo de gestão do Abatedouro.

Esse processo de gestão terá como coordenador geral o comitê gestor,

consultoria especializada na área de produção e mercado. Um gerenciamento,

departamentalizado em:

a) Departamento de produção a campo irá cuidar da produção e da

cooperativa;

b) Departamento do Abatedouro cuidará de todo apoio ao abate e

embalagem e armazenamento do frango;

c) Departamento de Logística de Mercado e Comercialização irá cuidar do

frango a partir do Abatedouro até a entrega aos mercados.

METODOLOGIA

DE TRABALHO

ABATEDOURO

Projetos Projetos

AlternativosAlternativos

ORGANIZAORGANIZAÇÇÃOÃO

DIREDIREÇÇÃO/COORDENAÃO/COORDENAÇÇÃOÃO

PROCESSO DE PROCESSO DE

IMPLANTAIMPLANTAÇÇÃOÃO

MONITORAMENTOMONITORAMENTO

/AVALIA/AVALIAÇÇÃOÃO

SENSIBILIZASENSIBILIZAÇÇÃO/ÃO/

MOBILIZAMOBILIZAÇÇÃOÃO

-- DIAGNDIAGNÓÓSTICO E CONSULTA A STICO E CONSULTA A

POPULAPOPULAÇÇÃOÃO

-- VISÃO DE FUTURO VISÃO DE FUTURO

-- PLANIFICAPLANIFICAÇÇÃOÃO

•• OBJETIVOSOBJETIVOS

•• DIRETRIZESDIRETRIZES

•• ESTRATESTRATÉÉGIASGIAS

•• PROGRAMAS E PROJETOPROGRAMAS E PROJETO

–– ARTICULAARTICULAÇÇÃOÃO

–– BUSCA DE PARCERIASBUSCA DE PARCERIAS–– NEGOCIANEGOCIAÇÇÃOÃO

–– AJUSTESAJUSTES

–– DIVISÃO DE TAREFASDIVISÃO DE TAREFAS

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

85

Quadro 4. Resumo das Ações do Abatedouro

ATIVIDADES PRODUTIVAS ABATEDOURO E

MERCADO

VENDA MENSAL

1° Ano 2°Ano 3° Ano 4° Ano

Frango e Mercado 5.000 frangos 10.000 frangos 15.000 frangos 20.000 frangos

Estimativa de Venda (R$ 12/Unidade)

R$ 60.000 R$ 120.000 R$ 180.000 R$ 240.000

Custos – Produtor e Abate (R$ 9,30)

R$ 43.500 R$ 93.000,00 R$ 139.500,00 R$ 186.000

Custos de Logística de Mercado e Entrega

R$ 5.600 R$ 1,12/frango

R$ 5.600 R$ 0,56/frango

R$ 5.550,00 R$ 0,37/frango

R$ 5.600 R$ 0,28/frango

Saldo Mensal - Lucro R$ 10.900 R$ 21.400 R$ 34.950 R$ 48.400

Produtor a Campo com Ração Comercial (Custo/frango R$5,33)

2.000 frangos por mês

4.000 frangos por mês

6.000 frangos por mês

8.000 frangos por mês

Custos R$ 10.660 R$ 21.320 R$ 31.980 R$ 42.640

Receita Bruta a R$ 8,00/frango em pé

R$ 16.00 R$ 32.000 R$ 48.000 R$ 64.000

Receita Líquida R$ 5.340 R$ 10.680 R$ 16.020 R$ 21.360

Produtor a campo com Ração Alternativa (Custo/frango R$ 4,23)

2.000 frangos por mês

4.000 frangos por mês

6.000 frangos por mês

8.000 frangos por mês

Custos R$ 8.460 R$ 16.920 R$ 25.380 R$ 33.840

Receita Bruta a R$ 8,00/frango em pé

R$ 16.000 R$ 32.000 R$ 48.000 R$ 64.000

Receita Líquida R$ 7.540 R$ 15.080 R$ 22.620 R$ 30.160

Este projeto apresenta uma proposta de Política de apoio à agricultura

familiar, que viabilizam o desenvolvimento local através de um modelo de gestão auto-

sustentável. O aumento da produtividade com o aperfeiçoamento das técnicas de

produção, a implantação de agroindústrias para agregar valor à matéria prima e o

planejamento da produção visando à abertura de novos mercados são metas do

projeto nos anos iniciais de implantação, sempre em parceria com os trabalhadores

rurais e o poder publico, assim como entidades do terceiro setor e a sociedade civil

organizada.

As decisões dos trabalhos e dos investimentos passam sempre por um Fórum

gestor do Abatedouro e da Cooperativa, onde serão debatidas e discutidas com as

famílias que compõem o grupo de agricultores familiares que produzem frango, os

prós e contras de cada encaminhamento proposto, resultando em um misto de

Page 86: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

86

atividades individuais e coletivas das comunidades produtoras. Os agricultores

familiares que produzem frangos deverão estar filiados a cooperativa. Os frangos têm

de estar de acordo às observâncias de mercado segundo normativa do INDEA e da

ANVISA.

11.2 Recursos Humanos

O Abatedouro deverá ter uma equipe com a capacidade de treinar as famílias

para produzirem segundo estas normativas com aproveitamento dos subproduto e

com a conservação dos recursos naturais. Uma equipe capaz de gerenciar a produção e

atingir o mercado com tecnologia produtiva e social. Com inclusão social e melhoria de

qualidade de vida do agricultor, maximizando lucros e minimizando custos. Nesse

sentido estabelece-se a seguinte equipe:

a) Técnico de nível superior e experiente em planejamento, gestão de

negócios com especificidade na produção, abate e comercialização de produtos da

agricultura familiar: Trabalhar as questões de campo, no monitoramento da produção

de ração e engorda dos frangos. Também no abate e assessoria no gerenciamento do

Abatedouro e na logística de mercado

b) Dois técnicos de nível superior com experiência na produção de ração de

mandioca, cultura da mandioca e engorda e manejo do frango caipira. Sendo um

Engenheiro Agrônomo e outro Médico Veterinário: O Engenheiro Agrônomo deverá

visitar cada produtor pelo menos três vezes por mês, observando as instalações,

maneja da engorda dos frangos semi-caipira, produção de mandioca e produção de

ração alternativa de mandioca. Cuidando para que as normas oficiais de engorda do

frango sejam cumpridas junto aos agricultores familiares. O Médico Veterinário deverá

acompanhar todo abate, recebimento dos frangos e uma visita por mês aos

agricultores familiares ou quando for necessário.

c) Seis funcionários para abate dos frangos e para o apoio em geral: Todos

esses funcionários deverão passar por um curso de nivelamento inicial e um

monitoramento e avaliação continua para manter a qualidade do produto. Dentre os

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

87

seis funcionários separar um deles para ser o gerente da unidade com nível médio

profissionalizante: O gerente deverá acompanhar a chegada dos caminhões de frango,

cuidar para que os frangos passem pelo Médico Veterinário, os cuidados sanitários e

ambientais da unidade e dos equipamentos utilizados na unidade. Cuidar a segurança

do local e dos equipamentos de segurança dos funcionários.

11.3 Experiência

A Cooperativa dispõe hoje de aproximadamente 58 agricultores capacitados

para trabalhar com a produção de frangos semicaipiras. Todos serão sócios da

Cooperativa.

11.4 Estratégias de Financiamento

Os recursos para financiamento do Abatedouro foram discutidos e priorizados

no Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Alto do Rio Paraguai, que definiu a

implementação de um Abatedouro de frangos semicaipiras como uma forma de

consolidação da cadeia produtiva da avicultura semicaipira na região.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

88

12. ASSESSORIA TÉCNICA

Com o objetivo de prestar apoio técnico-gerencial de forma a aprimorar a

produção, processamento e comercialização de maneira a garantir o êxito do

Abatedouro. Deve ser realizado em todas as etapas do processo desde a fase

produtiva, passando pela implantação, funcionamento e prestação de contas dos

recursos recebidos.

12.1 Assessoramento de Caráter Geral

O assessoramento técnico-gerencial tem o propósito geral de contribuir para

o fortalecimento dos processos de produção, processamento e comercialização, bem

como para a construção de instituições sociais e políticas que garantam o êxito do

Abatedouro. O assessoramento técnico deve acontecer em todas as etapas do

abatedouro, isto é, na identificação, elaboração, negociação, aquisição dos

equipamentos, implantação, funcionamento e prestação de contas dos recursos

recebidos, diferenciando-se em dois tipos fundamentais: o assessoramento de caráter

geral e o assessoramento de caráter especializado. O assessoramento de caráter geral

será prestado nas etapas de mobilização para consolidação do Abatedouro, elaboração

dos programas e projetos, além de aquisição dos equipamentos, implantação e

prestação de contas dos recursos recebidos.

12.2 Assessoramento de Caráter Especializado

O assessoramento de caráter especializado variará com a natureza e as etapas

de implantação e funcionamento do Abatedouro, tendo, em geral, caráter temporário,

e foco na consolidação do Abatedouro.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

89

13. FONTES DE FINANCIAMENTO

Até o presente momento, o financiamento da cadeia produtiva foi realizado

pelo Governo Federal, através das linhas de crédito do PRONAF, Programa de

Aquisição de Alimento (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE),

além de recursos próprios dos agricultores familiares (poupança).

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

90

14. MODELO DE GESTÃO COOPERATIVADA

15.1 Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional proposta para a gestão do Plano de Negócios está

composta pelos avicultores, organizados em associações formais ou não. A associação

reúne a produção de frangos e encaminha para o Abatedouro. Uma vez o frango

terminado (embalado e congelado ou resfriado), é então comercializado por intermédio da

Cooperativa, conforme ilustra o fluxograma abaixo apresentado.

Figura 28. Fluxograma da cadeia produtiva cooperativada do frango semicaipira.

Modelo de gestão é conceituado como a estrutura organizacional,

procedimentos administrativos, instrumentos de controle e avaliação, regras de

distribuição dos resultados obtidos no Abatedouro e sistemas de recuperação de

custos, manutenção e re-investimento. A Cooperativa deve ter um organograma de

funcionamento composto por:

Assembléia Geral dos cooperados, Ordinária ou Extraordinária é órgão

supremo da Cooperativa, cabendo-lhe tomar toda e qualquer decisão de interesse da

entidade. Suas deliberações vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes. É

da competência das Assembléias Gerais, Ordinárias ou Extraordinárias a destituição

dos membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal ou de outros.

Ocorrendo destituição que possa comprometer a regularidade da administração ou

fiscalização da Cooperativa poderá a Assembléia Geral designar administradores e

conselheiros fiscais provisórios, até a posse dos novos, cuja eleição se realizará no

prazo de 30 (trinta) dias.

Avicultores Avicultores

Cooperativa

Associação

Abatedouro Comercialização

Page 91: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

91

Conselho de Administração é o órgão superior na hierarquia administrativa,

sendo de sua competência privativa e exclusiva responsabilidade a decisão sobre todo

e qualquer assunto de ordem econômica ou social, de interesse da Cooperativa ou de

seus cooperados.

Administração Executiva ou Gerências: As funções de Administração

Executiva dos negócios sociais serão exercidas por pessoal contratado, segundo a

estrutura que for estabelecida pelo Conselho de Administração. Subordinado a esta

gerencia temos os departamentos de:

Produção: responsável pelo recebimento, armazenamento e

conservação de produtos desde a entrada na cooperativa até o

carregamento no momento da venda;

Administrativo: responsável pelo andamento operacional do espaço

administrativo do Abatedouro;

Financeiro/contábil: responsável pelo evento financeiro e contábil.

Conselho Fiscal: Os negócios e atividade da Cooperativa serão fiscalizados

assídua e minuciosamente por um Conselho Fiscal constituído de membros efetivos e

suplentes, todos cooperados. Para o desempenho de suas funções, terá o Conselho

Fiscal acesso a quaisquer livros, contas e documentos, a empregados, a cooperados e

outros, independente de autorização via do Conselho de Administração sem que,

contudo, lhe caiba o direito de interferir no cumprimento das determinações deste

órgão.

15.2 Procedimentos Administrativos

A produção de frangos semicaipiras no âmbito do Abatedouro de Barra do

Bugres ocorre em todos os assentamentos e comunidades tradicionais de forma

individual ou coletiva, sendo que a comercialização é feito de forma coletiva através da

Cooperativa.

As decisões para definição do preço e efetivação da comercialização se da

através de assembléias da Cooperativa que será a organização responsável pelo

beneficiamento e comercialização da produção.

Page 92: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

92

15.3 Instrumentos de Controle

A Cooperativa tem como instrumento de controle o seguinte:

a) O Conselho Fiscal da entidade;

b) examinar o livro e papéis relacionados com as finanças da Associação e o

estado de caixa, devendo a Diretoria prestam-lhes as informações solicitadas;

c) inspeções internas;

d) livros de atas e caixa;

e) software para fazer os controles de entrada e saída de recursos, estoque,

patrimônio, contas a pagar e receber etc.

15.4 Distribuição dos Resultados

A Cooperativa terá regimento próprio onde é definida a remuneração dos

membros do Abatedouro e os custos de produção e operação e manutenção do

negócio. A Cooperativa faz a apuração dos custos gerais de produção e das receitas do

Abatedouro verificará a situação financeira fazer a seguinte distribuição:

a) Destinar 10% do lucro líquido para capitalizar a Cooperativa;

b) Retirar os valores relativos aos adiantamentos feito aos agricultores;

c) A sobra será definida em assembléia da Cooperativa as finalidades.

15.5 Fundo de Recuperação

O Fundo de Recuperação será formado com as sobras relativas às receitas da

Cooperativa, doações, convênios e recursos próprios dos sócios. O percentual para

constituição do Fundo será definido em assembléia, e nunca será menos de 10% sobre

o valor liquido apurado nos resultados obtidos nas operações do Abatedouro.

Page 93: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

93

16. ANÁLISE DA VIABILIDADE SOCIOECONÔMICA E SOCIAL

16.1 Análise de custos

Análise dos custos do investimento e dos custos operacionais relativos à

implantação e funcionamento do plano de negócios. Os custos dos investimentos

correspondem ao custo das obras civis, máquinas e equipamentos que serão utilizados

na implementação do plano. Os custos operacionais foram calculados com base na

apuração das despesas correntes requeridas para o funcionamento do negócio. Os

custos financeiros do investimento foram calculados com base nas taxas de juros e

outros encargos provenientes dos empréstimos de obtenção de recursos

reembolsáveis alocados para o negócio.

16.2 Receitas totais

Apuração com base na projeção anual de vendas da produção obtida com o

negócio.

16.3 Balanço de receitas e custos do negócio

Obtida pela diferença entre as receitas totais, os custos financeiros e os custos

operacionais projetados para cada ano do negócio, até o seu pleno funcionamento.

16.4 Renda líquida mensal dos beneficiários

Calculada pela diferença entre as receitas, custos financeiros e os custos

operacionais do negócio, após a retirada mensal para constituição do Fundo de

Investimento Coletivo (FIC). O FIC corresponderá a até 20% da receita líquida apurada,

de acordo com a capacidade financeira do negócio.

16.5 Renda líquida mínima mensal por beneficiário

Demonstrada pela viabilidade técnica e econômica que seja capaz de financiar

sua operação e manutenção e garantir uma relação benefício-custo positiva e com

perspectivas de aumento ao longo do tempo.

Maiores informações vide planilhas de viabilidade econômica do Projeto

(anexo).

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

94

17. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

17.1 Fluxo de Execução das principais atividades de apoio à produção e

beneficiamento do frango caipira (2011/2021).

Com base na visão de futuro (Quadro 5) a equipe técnica e o grupo gestor

definiram o que se quer, o que deve ser feito, com quem se pode contar, enfim, definir

o que deverão providenciar (planificação) para alcançá-lo. A visão de futuro torna-se

um instrumento fundamental para dimensionar as possibilidades de realização de

crescimento do Abatedouro e a conquista de mercado, contribuindo na definição dos

objetivos específicos, metas e estratégias de desenvolvimento sustentável.

Com base na visão de futuro, o comitê gestor do abatedouro, visualizando o

Abatedouro no contexto do mercado do território e seu entorno, tem condições de

iniciar o seu processo de planejamento estratégico, pois concebeu coletivamente o

que quer, gerando uma imagem de como estará quando chegar ao prazo que

determinou. Este momento de planificação inicial foi indispensável para que a equipe

com visão no mercado local pudesse dar início ao seu planejamento. Observaram-se as

condições internas do Abatedouro e da cooperativa, no contexto do mercado local,

suas potencialidades, dificuldades e o contexto sociopolítico organizativo, bem como a

forma de interação dessa perspectiva com as condições futuras do contexto externo.

Para se conseguir um processo sinérgico entre a agroindústria e a organização

produtiva e cooperativa, alguns pontos deverão ser observados sempre durante o

processo, conforme contempla o Quadro 6. Somente assim o Comitê gestor do

Abatedouro terá êxito em implantar a gestão, capacitar os agricultores nas cadeias

produtivas a serem instaladas, assim como, em desenvolver o mercado e os

instrumentos de comercialização.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Quadro 5. Visão de Futuro do Abatedouro de Frango Semicaipira.

VISÃO DE FUTURO

AÇÃO RESULTADOS ESPERADOS

RESPONSÁVEIS PELAS AÇÕES

ENCAMINHAMENTOS

Projeto Frango Caipira a Campo

Capacitação da cadeia produtiva do frango e implantação da base produtiva do frango em Barra do Bugres e seu entorno, por intermédio da Cooperativa

Melhoria da qualidade de vida, uma renda fixa, a implantação do Abatedouro e um mercado próximo da produção.

Inicialmente a Cooperativa e a estrutura do Abatedouro e o Arranjo Institucional.

Organização do abatedouro, da Cooperativa.

Cooperativa

Capacitação dos agricultores associados e organizações na base da produção.

Produção e retorno rápido em menos de um ano. Trabalhar o mercado e a logística. Alternativa de renda para todos da família.

Primeiramente a família, o Comitê gestor do abatedouro.

Organização jurídica da Diretoria e estabelecimento das ações a serem trabalhadas em relação à gestão.

Produção da Mandioca e Ração Alternativa

Capacitação de toda cadeia produtiva. Implantar agroindústria da ração alternativa de mandioca. Implantação das lavouras de mandioca. Realização de cursos sobre a cultura e a formulação de ração.

Produção de ração de qualidade, industrializado por Fábrica própria e comercialização de derivados da mandioca.

Os agricultores familiares produtores de frango semicaipira e a Cooperativa.

Mapear as lavouras existentes nos cooperados e localizar área que de condições de implantar novas lavouras de mandioca. Iniciar as capacitações

Agroindústria

Terminar a implantação do abatedouro. Capacitação dos funcionários, elaboração de um plano de gestão e um planejamento das ações.

Agroindústria concluída no tempo previsto para iniciar os abates. Equipe de trabalho qualificada.

Comitê gestor do abatedouro.

Organização do projeto de implantação, treinamento da equipe, organização da comunidade dos agricultores familiares produtores de frango.

Mercado e Comercialização

Levantamento dos pontos de venda de frango semicaipira. Quantificação e qualificação do mercado do Território.

Diagnóstico dos pontos de vendas do frango no território e região.

Comitê gestor do abatedouro .

Visitar mercados de venda de frango semicaipira nas principais cidades do território e na Baixada Cuiabana. Visitar consumidores para traçar o perfil da exigências de consumo (qualidade).

Expansão de Mercado para outras Regiões

Após o levantamento de mercado, pesquisar a demanda de frango semicaipira em outras regiões do Estado.

Uma visão estratégica de crescimento do negócio para outras regiões e outros estados da União.

Comitê gestor do abatedouro.

Planejamento das ações e treinamento de um grupo de técnicos.

O Quadro 6 contém as principais atividades de apoio aos processo de

produção, beneficiamento e comercialização do frango caipira no intervalo de 10 anos

(2011/2021).

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

96

Quadro 6 . Principais atividades de apoio à produção e beneficiamento do frango

semicaipira (2011/2021).

Atividades Período (ano)

1º 2 º 3 º 4 º 5 º 6 º 7 º 8 º 9 º 10 º

Aumentar a produção, produtividade e qualidade do frango

X X X

Melhorar a renda dos avicultores X X X X X X X X X X

Melhorar o processo de manejo do frango e do Abatedouro com recursos disponíveis

X X X X X X X X X X

Fortalecer o associativismo e o cooperativismo

X X X X X X X X X X

Criação da Cooperativa X

Viabilizar a sede para o escritório da Cooperativa

X

Capacitação de agricultores familiares X X X X X X X X X X

Implantação do Abatedouro X

Criação de um nome comercial para o frango abatido e congelado

X

Abate e comercialização X X X X X X X X X X

Garantir recursos para o fundo financeiro da Cooperativa

X X X X X X X X X X

Melhorar a gestão da Unidade de Produção

X X X X X X X X X X

Garantir Assistência Técnica Gerencial aos agricultores familiares

X X X X X X X X X X

Viabilizar o acesso dos agricultores familiares ao crédito do PRONAF

X X X X X X X X X X

Garantir assessoramento técnico aos agricultores familiares e ao Abatedouro

X X X X X X X X X X

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

97

18. LISTA DE BENEFICIÁRIOS

Nº Nome do Beneficiário RG CPF

1 CAROLINO CEZÁRIO DE OLIVEIRA 209166 SSP/MT 103.295.281-49

2 JOÃO RIBEIRO BARBOSA 11662557 SSP/MT 867.705.781-15

3 ROBERTO DE SOUZA RODRIGUES 759047 SSP/MT 643.974.836-04

4 TELMA FRAGOSO OLIVEIRA DA SILVA 11260165 SSP/MT 809.663.141-15

5 LUIZ GUIDINNI 698867 SSP/MT 839.524.381-20

6 RONALDO RODRIGUES BATISTA 6836569 SSP/MT 460.996.201-25

7 FERMINA DA SILVA 956572 SSP/MT 593.161.951-87

8 SEBASTIÃO VAS DA SILVA 429178 SSP/MT 310.376.741-20

9 BERENICE MENDES DA COSTA NOBRES 775506 SSP/MT 616.484.341-34

10 REGINALDO ROSA DE SOUZA 18084249 SSP/MT 020.468.241-05

11 OSMAR APARECIDO GUIDINI 16355695 SSP/MT 568.336.281-49

12 MANOEL ANTÔNIO RODRIGUES 243820 SSP/MT 241.083.161-34

13 JOAQUIM ANTÔNIO RODRIGUES 521304 SSP/MT 143.069.131-04

14 FRANCISCO ANTÔNIO 015865 SSP/MT 241.802.111-49

15 ADEVAL HONÓRIO DE OLIVEIRA 1157884-0 SSP/MT 815.857.991-49

16 DERLEIDE RODRIGUES ALVES 902521 SSP/MT 537.568.941-34

17 JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS 232253444 SSP/MT 379.958.391-20

18 ADEMAR LEATTI 222826 SSP/MT 206.147.561-20

19 ADILSON ROSA DE SOUZA 10973052 SSP/MT 867.379.701-25

20 ANESTOR ANTÔNIO DA SILVA 12649171 SSP/MT 865.753.761-34

21 MARIA APARECIDA SILVA DE ALMEIDA 620.160 SSP/MT 535.182.761-15

22 MARIA NORBERTO RIBEIRO 271710 SSP/MT 396.342.721-34

23 LORISVALDO ALVES FERREIRA 947324 SSP/MT 770.308.931-15

24 JESUÍNO DE JESUS 432095 SSP/MT 460.325.251-04

25 MANOEL BERNARDO DE ANDRADE 482960 SSP/MT 882.264.761-00

26 NOEMIO PORFÍRIO DA SILV A 296950 SSP/MT 488.857.541-04

27 DANIEL FERREIRA RODRIGUES 1042436-9 SSP/MT 503.769.691-72

28 DEVILSON F RODRIGUES 915784 SSP/MT 460.295.161-91

29 ELZA DE FÁTIMA FARIA DA SILVA 337842 SSP/MT 284.672.301-00

30 LUCAS DIAS DE OLIVEIRA 234819 SSP/MT 112.797.371-15

31 DORALICE EVA WEISSHEIMER SEIBERT 1939869 SSP/PR 332.309.519-72

32 LEANDRO JOSÉ VICENTE 1381171-1 SSP/MT 709.376.991-87

33 JAIME ANNUNCIATTO 07687257 SSP/MT 503.246.591-72

34 SIDINEY PEREIRA DA SILVA 13845284 SSP/MT 691.657.501-87

35 VALDINEIS FERREIRA DA SILVA 11913819 SSP/MT 593.140.871-15

36 LUIZ BATISTA DOS SANTOS 798051 SSP/RJ 539.822.791-72

37 GOMERCINDO ROCHA 3000891394 RS 287.560.880-00

38 ANGELA MARIA OLIVEIRA 460769 SSP/MT 406.258.301-06

39 EDINEUSA ALVES DE SOUZA 388415 SSP/MT 991.902.221-72

40 SUELI APARECIDA PINHEIRO SANTOS 974190 SSP/MT 890.214.441-00

41 MARIA ELIZABETE FERREIRA 4246349 SSP/MT 424.559.441-15

42 ROSA DE LIMA XAVIER COLUNA 1365273-7 SSP/MT 902.350.291-49

43 MARIANO FERREIRA LEITE 649220 SSP/MT 453.676.801-78

44 DAMÁZIO FRANCISCO DE PAULA 223479-3 SSP/MT 202.631.981-20

45 JOSE MILTON HENRIQUE DA SILVA 776487 SSP/MT 445.107.134-87

46 EDEWAL DE ALMEIDA AUGUSTO 701883 SSP/MT 616.555.701-53

47 OTACÍLIO BENEDITO DE SOUZA 316626 SSP/MT 155.791.311-00

48 NELITO MARQUES COSTA 442035 SSP/MT 621.008.581-49

49 IVANA BIZOLA DE MIRANDA 729966 SSP/MT 959.382.301-87

50 FREDERICO WADOMIRO SCHIMITT 906729 SSP/PR 025.412.709-68

51 ELISZANGELA GABRIEL REIS DE SOUZA 1568093-2 SSP/MT 011.090.611-02

52 SEBASTIÃO DAVINO DE BRITO 320660 SSP/MT 388.265.341-87

53 IRACEMA BERTÉ 1780373 SSP/SC 518.424.599-53

54 PEDRO DE BRITO CUNHA 691980 SSP/MT 460.356.481-34

55 PAULO ROBERTO MACHADO 208096 SSP/MT 388.263.481-20

56 NELSON DA SILVA MATOS 247147 SSP/MT 253.062.431-34

57 JOÃO DA SILVA RONDON 16726545 SSP/MT 010.802.441-58

58 ISMAEL BATISTA DA ROCHA 22020764 SSP/MT 672.205.257-53

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

98

19. ANEXOS

Anexo I. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA

DADOS GERAIS:

Proponente: Prefeitura Municipal de Barra do Bugres

CNPJ: 03.507.522.0001-72

Fone: (65) 3361-1921 ramal 225 – Fax: (65) 3361-1923

E-mail: [email protected]

Tipo de agroindústria: Abatedouro de aves semicaipira

Capacidade: 500 aves/dia ou 12.000aves/mês

Número de Famílias beneficiadas: 58 diretas no primeiro momento.

Localização: Rodovia MT 246, Km 3, Distrito Industrial, Barra do Bugres-MT – CEP

78.390-000

VALOR DO PROJETO:

a) Valor do MDA R$ = .......................294.567,75

b) Valor da Contrapartida R$ ==...........8.836,97

c) Total do Projeto R$ = ...................285.728,78

DESCRIÇÃO DO PROJETO

Objetivo Geral: Este projeto de como objetivo principal a construção de um

Abatedouro de frangos semicaipiras para atender agricultores familiares dos

municípios de Barra do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra. Objetivos específicos:

Viabilizar a comercialização da produção; agregar valor à produção primária, gerar

empregos e renda para os agricultores familiares dos municípios do território.

Justificativas: A produção de frangos semicaipiras é uma atividade de grande

relevância para a agricultura familiar, possui um nicho de mercado promissor que

requer um produto saudável com características superiores. A carne de frango caipira

apresenta baixo teor de gordura, composição nutricional superior em cálcio e

proteínas e ótima textura. O projeto busca viabilizar a comercialização da produção de

Page 99: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

99

frangos semicaipiras na região de Barra do Bugres, Nova Olímpia e Tangará da Serra,

que hoje é realizada diretamente ao consumidor e de maneira artesanal. Busca-se

então, o processamento do produto de acordo com as normas de inspeção sanitárias

de produtos de origem animal e assim propiciar novos mercados consumidores.

Matéria-prima: O produto a ser utilizado como matéria prima será constituída frangos

tipo semicaipira, utilizando-se raças adequadas para a finalidade de produção de

carne, que apresentem características superiores às aves criadas em sistema intensivo,

resultando num produto diferenciado. Toda matéria prima será produzida por

agricultores familiares em sistemas de criação semi-intensivo, onde as aves são

alimentadas artificialmente com ração balanceada, tendo disponível ainda piquetes

formados com forrageiras para complementação da alimentação e melhoria da

qualidade da carne.

Mão de Obra: A operacionalização do Abatedouro será feita por pessoal contratado

pela Cooperativa de Agricultores familiares, e que deverá receber capacitação

adequada de maneira a possibilitar um efetivo funcionamento do abatedouro.

Mercado: Alguns dos agricultores familiares que compõem o grupo já comercializam

outros produtos de origem vegetal com o Programa de Aquisição de Alimento - Conab

e merenda escolar. Tendo em vista ser um produto diferenciado e ainda pouco

explorado de forma legal, ou seja, de forma com produtos processados com a devida

inspeção sanitária. Pretende-se comercializar no mercado estadual o que exige o

Serviço de Inspeção Sanitária Estadual, entretanto, inicialmente o produto deverá ser

comercializado no mercado local do município de Barra do Bugres, tendo em vista a

localização do Abatedouro.

Forma de gestão: Inicialmente a Prefeitura Municipal de Barra do Bugres assumirá

conjuntamente com uma comissão dos beneficiários a gestão do Abatedouro. Na

medida em que o grupo envolvido estiver adequadamente formado para gerir o

abatedouro, será repassada a gestão do Abatedouro através de um termo de

comodato do Abatedouro para os agricultores familiares vinculados.

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

100

Tratamento de efluentes: Os efluentes gerados pela operação do abatedouro, por

conterem substâncias como sangue, gordura, sólidos do conteúdo intestinal das aves e

pedaços de tecidos, são altamente putrescíveis, dessa forma constituem-se em

potencial poluidor de mananciais de água além dos odores desagradáveis gerados da

decomposição. Diante disso, é de vital necessidade a destinação adequada com o

tratamento desses efluentes de maneira que os efeitos indesejáveis possam ser

minimizados, evitando-se danos ao meio ambiente. A seguir relacionam-se os

procedimentos a serem adotados para o tratamento dos resíduos e demais efluentes:

Resíduos de pré-processamento (penas, sangue, vísceras) - devem ser aproveitados na

composição de adubos orgânicos; Resíduos líquidos do processamento: devem ser

conduzidos para um sistema de lagoa anaeróbica de tratamento de despejos.

Fluxograma:

Recepção da matéria prima

Evisceração/inspeção

Lavagem/reidratação

Embalagem/Pesagem/Congelamento

Armazenamento/expedição

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

101

3. Produção atual individual de matéria prima para a agroindústria

Detalhamento Unidade Área ou Plantel Produtivo Produtividade Média Anual Unidade Produção

Frango semicaipira cabeça/ano 2.400 2,0 kg 4.800

4. Total de matéria prima atualmente produzida pelos membros do grupo, destinada para a agroindústria

Produto Unidade Área ou Plantel Produtivo Produtividade Média Anual Unidade Produção

Frango semicaipira cabeça/ano 139.200 2,0 kg 278.400

5. Matéria Prima

5.1 - Quantidade de matéria prima produzida pelos membros do grupo e que entra no

Produto Unidade Produção atual Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Frango semicaipira kg 278.400 250.000 264.000 278.000 278.000 291.000 305.000 305.000 305.000

5.2 - Custo da matéria prima

Produto Valor Unitário Valor atual

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Frango semicaipira 4,00 113.600 1.000.000 1.056.000 1.112.000 1.112.000 1.164.000 1.220.000 1.220.000 1.220.000

6. Produtos

Produto Unidade Matéria

%

Rendimento %

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Frango semicaipira Kg 100 92 230.000 242.880 255.760 255.760 267.720 280.600 280.600 280.600

7. Receitas do Abatedouro

Produto Unidade Valor

Unitário Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Frango congelado kg 6,49 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00 1.821.094,00

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Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

102

8. Investimentos Máquinas, Equipamentos,

Moveis e Utensílios Detalhamento e Especificações Quantidade

Valor Unitário

Valor a Ser Financiado

Total

Trilho para sangria com acionamento manual 5m 1 2.200,00 2.200,00 2.200,00

Trollers com algemas inox 8 200,00 1.600,00 1.600,00

Atordoador Elétrico c/ regulagem de voltagem 1 3.000,00 3.000,00 3.000,00

Túnel de Sangria em alumínio 600x1800x5500 1 2.600,00 2.600,00 2.600,00

Tanque de escaldagem Recipiente com abas laterais em aço inoxidável 304, provido de um queimador a gás e termômetro. Capacidade para até 200 aves/hora e 80 litros. Dimensões: 1090 x 700 x 850.

1 2.850,00 2.850,00 2.850,00

Depenadeira Construída totalmente em aço inox 304, acionada por motor de 2,0 cv trifásico. Provida de funil alimentador com dispositivo basculante para carga. Capacidade para 500 aves/hora.

1 2.134,00 2.134,00 2.134,00

Mesas inox (espera e toalete) Construídas em chapa de aço inox 304. Dimensões: 900 x 900 x 900 mm. 1 1.900,00 1.900,00 1.900,00

Trilho c/ 4 trollers 3m com acionamento manual 1 1.320,00 1.320,00 1.320,00

Mesas inox (evisceração) Construídas em chapa de aço inox 304, provida de calhas e torneiras com depósito para vísceras. Dimensões: 1000 x 2000 x 900 mm.

1 2.845,00 2.845,00 2.845,00

Tanque de reidratação Tanque tipo ½ lua destinado à reidratação das aves. Construído em aço inoxidável 304, equipado com rodas fixas e giratórias. Capacidade aproximada de 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690 mm.

1 1.454,00 1.454,00 1.454,00

Tanque de resfriamento Tanque tipo ½ lua destinado ao resfriamento das aves. Construído em aço inoxidável 304, equipado com rodas fixas e giratórias. Capacidade aproximada de 300 litros. Dimensões: 1200 x 600 x 690 mm.

1 3.000,00 3.000,00 3.000,00

Gancheira para gotejamento com 30 ganchos inox 1 960,00 960,00 960,00

Mesa para montagem e embalagem

Construída em chapa de aço inoxidável 304. Dimensões: 2000 x 900 x 850 mm.

1 2.000,00 2.000,00 2.000,00

Funil de embalagem Construído em aço inox 304, formado por lâminas sob ação de molas, com diâmetro de abertura apropriado para embalagem de frangos e galinhas.

1 540,00 540,00 540,00

Câmara Frigorífica Modular 2,0 X2, 0 X 2,5m. -2ºC a -18ºC 1 22.000,00 22.000,00 22.000,00

Esterilizador de facas elétrico 1 400,00 400,00 400,00

Armário de aço para guarda das embalagens. 1 500,00 500,00 500,00

Balança eletrônica comercial com saída para impressora (15 kg) 10 120,00 1.200,00 1.200,00

Máquina para aplicar filme plástico

Construída em aço destinada a envolver as bandejas de produtos com filme plástico tipo PVC. Dimensões: 510 x 670 x 140 mm

1 250,00 250,00 250,00

Facas, uniformes, botas e EPI diversos 10 160,00 1.600,00 1.600,00

Frete estimado 1 5.000,00 5.000,00 5.000,00

Total 59.353,00 59.353,00

Page 103: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

103

Veículos Detalhamento e Especificações Quantidade

Valor unitário

Valor a Ser Financiado

Total

Caminhão para transporte de aves Carroceria carga seca, capacidade 3,8 T, motor diesel, 120 cv, 4 cilindros 1 100.000,00 100.000,00 100.000,00

Furgão para transporte de produtos motor 1.3 flex, 70 cv, capacidade de carga 620 kg 1 60.000,00 60.000,00 60.000,00

Total

2

160.000,00 160.000,00

Construção Civil Detalhamento e Especificações Quantidade Valor

unitário

Valor a Ser

Financiado Total

Serviços preliminares e movimentação de terra

Placa, limpeza do terreno, locação, escavação e aterro 1 998,95 998,95 998,95

Infra-estrutura e estrutura Sapatas, embasamento, pilares 1 7.454,17 7.454,17 7.454,17

Alvenarias/fechamentos Alvenaria e argamassa 1 12.823,20 12.823,20 12.823,20

Revestimento Chapisco, reboco, emboço, revestimento em azulejo 1 8.560,20 8.560,20 8.560,20

Pintura e piso Tinta acrílica, esmalte, lastro de concreto e piso cimentado liso 1 6.379,07 6.379,07 6.379,07

Esquadrias Portas, portão e janelas 1 5.360,00 5.360,00 5.360,00

Instalações elétricas Entrada de energia, ponto de iluminação, luminárias, pontos de tomada e tomadas

1 3.251,21 3.251,21 3.251,21

Instalações hidro-sanitárias Ponto de água, ponto de esgoto, caixa de gordura, fossa séptica, tratamento de efluentes, lagoas

1 25.285,95 25.285,95 25.285,95

Coberta Estrutura de madeira e cobertura de cerâmica 1 3.500,00 3.500,00 3.500,00

Diversos Limpeza da obra e cerca de entorno 1 1.600,00 1.600,00 1.600,00

Total 10 75.212,75 75.212,75

Totalizações Valores

Total Geral do Projeto (considerando inclusive os investimentos já existentes) 294.565,75

Valor Total do Financiamento (valor solicitado ao MDA + contrapartida da prefeitura) 294.565,75

Contrapartida da Prefeitura 8.836,97 Valor Solicitado ao MDA 285.728,78

Page 104: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

104

9. Custos do Abatedouro

Custos fixos

Detalhamento Ud Valor

Unitário (1,00)

Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Mão-de-obra Fixa

R$ 10.590 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00 6 63.540,00

Mão-de-obra Especializada

R$ 31.200 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 1 31.200,00 12 31.200,00 12 31.200,00

Despesas Administrativas

R$ 550 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 12 6.600,00 1 6.600,00 1 6.600,00

Depreciação

32.259,37

29.105,06

25.950,76

22.796,45

19.642,15

16.487,84

13.333,53

10.179,23

Manutenção

3.154,31

6.308,61

9.462,92

12.617,22

15.771,53

18.925,83

22.080,14

25.234,45

Seguros R$ 150 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00

Outros R$ 150 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00 12 1.800,00

Subtotal

140.353,68

140.353,68

140.353,68

140.353,68

140.353,68

140.353,68

140.353,68

140.353,68

Custos variáveis

Detalhamento Ud Valor

Unitário

Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Matéria Prima

-

1.000.000

1.056.000

1.112.000

1.112.000

1.164.000

1.220.000

1.220.000

1.220.000

Mão de Obra R$ 510 12 6.120 13 6.462,72 13 6.805,44 13 6.805,44 14 7.123,68 15 7.466,40 15 7.466,40 15 7.466,40

Embalagens e

Rótulos

Energia trifásica R$ 900 12 10.800 13 11.404,80 13 12.009,60 13 12.009,60 14 12.571,20 15 13.176 15 13.176,00 15 13.176

Água R$ 980 12 11.760 13 12.418,56 13 13.077,12 13 13.077,12 14 13.688,64 15 14.347,20 15 14.347,20 15 14.347,20

impostos % 6,00% 1.492.700 89.562 1.576.291 94.577,47 1.659.882 99.592,94 1.659.882 99.592,94 1.737.503 104.250,17 1.821.094 109.265,64 1.821.094 109.265,64 1.821.094 109.265,64

Transporte % 3,00% 1.492.700 44.781 1.576.291 47.288,74 1.659.882 49.796,47 1.659.882 49.796,47 1.737.503 52.125,08 1.821.094 54.632,82 1.821.094 54.632,82 1.821.094 54.632,82

Outros % 1,00% 1.492.700 14.927 1.576.291 15.762,91 1.659.882 16.598,82 1.659.882 16.598,82 1.737.503 17.375,03 1.821.094 18.210,94 1.821.094 18.210,94 1.821.094 18.210,94

Subtotal

1.177.950

1.243.915,20

1.309.880,40

1.309.880,40

1.371.133,80

1.437.099

1.437.099

1.437.099

TOTAL 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68 1.577.452,68

Page 105: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

105

10. Fluxo de caixa (Sem Retorno do Capital Investido)

Discriminação Ano 0 Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07

Receita do Abatedouro 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00

Custo do abatedouro 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68

Fluxo de Caixa Bruto 0,00 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33

Investimentos 294.565,75

Fluxo de Caixa Líquido -294.565,75 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33

Taxa Interna de Retorno 64,76%

Pay back 1,35

Valor Atual 756.980,16

Ponto de Equilíbrio 36,55%

Page 106: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

106

10. Fluxo de caixa (cem Retorno do Capital Investido)

Discriminação Ano 0 Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07

Receita do abatedouro 1.492.700,00 1.576.291,20 1.659.882,40 1.659.882,40 1.737.502,80 1.821.094,00 1.821.094,00

Custo do Abatedouro 1.318.303,68 1.384.268,88 1.450.234,08 1.450.234,08 1.511.487,48 1.577.452,68 1.577.452,68

Fluxo de Caixa Bruto 0,00 174.396,33 192.022,33 209.648,33 209.648,33 226.015,33 243.641,33 243.641,33

Investimentos 294.565,75 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40 40.818,40

Fluxo de Caixa Líquido (294.565,75) 174.396,33 151.203,93 168.829,93 168.829,93 185.196,93 202.822,93 202.822,93

Data estimada para a liberação dos recursos Periodicidade de pagamento (em dias) 360

Período de Carência (em dias) 360

Taxa de Juros

Taxa Interna de Retorno 56,25%

Pay back 1,62

Valor Atual 590.654,07

Ponto de Equilíbrio 47,18%

Page 107: Layout Fluxograma

Plano de Negócio do de Frangos Semicaipira

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Anotações: