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CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Desde o ano de 2009, o Ministério da Educação inseriu questões de Educação Física nas provas do

ENEM. O objetivo foi valorizar a Disciplina, colocando em relevância a importância da prática esportiva e a aplicação

do conteúdo no cotidiano do aluno. Assim, é destacada a aplicação cotidiana da atividade física, levando em

consideração a fisiologia do exercício e seus benefícios, além dos seus aspectos sociais e culturais. Outro quesito

considerado relevante no Enem é a articulação da Educação Física com a linguagem, a arte e a expressão corporal.

Nesse sentido, o Enem conta com diferentes questões. Algumas levam em consideração o conjunto de aptidões

físicas que um indivíduo deve apresentar para obter melhora em sua qualidade de

vida, enquanto outras correlacionam a dança, as diversidades artística e cultural e

a expressão corporal. Além dessas, em 2010, questões abordaram conhecimentos

gerais em determinadas atividades esportivas, como a ginástica rítmica e o vôlei.

No Enem 2011, a Educação Física encontra-se na Matriz de Referência de

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Veja a seguir como a Educação Física é

solicitada:

Competência de área 3 (Educação Física) - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a

própria vida, integradora social e formadora da identidade.

H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um

grupo social.

O aluno deve reconhecer que as ações do homem são influenciadas pela sua formação cultural e, ao mesmo tempo,

que o homem, como participante de um grupo social, é suscetível às influências do meio. Além disso, deve perceber

que o ser humano está inserido em um contexto social e que interage com a realidade e sofre sua influência,

moldando seu comportamento e transcrevendo-o por meio de manifestações corporais e culturais.

H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades sinestésicas.

Nessa habilidade, o aluno deve compreender que o homem contemporâneo utiliza cada vez menos suas

potencialidades corporais, reduzindo a atividade física, o que resulta em alterações nas funções cognitivas e

sinestésicas. A busca pela melhoria na qualidade de vida e pela prevenção de doenças é discutida não só nas

questões de Educação Física, como também em outras áreas.

H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e

as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

Exige-se uma visão mais ampla do aluno, trabalhando-se conceitos como a linguagem corporal na interação social,

levando-se em consideração a inclusão na escola e na vida social.Percebe-se que no Ensino Médio a Educação

Física deverá abordar atividades que estejam relacionadas à proposta do Enem, ficando também cada vez mais

evidente a necessidade de o aluno buscar informações e relacioná-las aos diferentes conteúdos apreendidos em

cada disciplina.

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Importância da Atividade Física

Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade sempre associada a um estilo de época, como a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito, ou de cunho militar como, por exemplo, na formação das legiões romanas com suas longas marchas e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.

E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, o progresso trouxe uma situação um tanto dúbia, pois de um lado temos a redução da mortalidade por doenças infecto contagiosas e o aumento da longevidade, do outro o aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da qualidade de vida, porque o fato de viver mais não indica viver melhor, destacando a importância e a necessidade de hábitos como o cuidado com a dieta, pratica de atividade física regular e evitar substâncias e atividades que possam acelerar a degradação do corpo humano.

Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas junto incrementaram as doenças silenciosas, formando epidemias que se estabelecem sem maiores sintomas em suas primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas como doenças crônicos degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores, como a predisposição genética, influência do meio externo e hábitos de vida e, nesse último, o nosso destaque ao grau de atividade física praticado.

Mas apesar desse fórmula milagrosa que é a atividade física estar presente em quase todos os meios de comunicação, cada vez mais a população apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios. A desculpa mais frequente é a falta de tempo ou falta de condições para prática , fatores agravados pela economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidade do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas rolantes, sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador , o que demonstra ser um fenômeno de dimensão mundial, pois uma das doenças associadas a falta de exercícios, como a obesidade, tem prevalência em quase todo planeta.

Com o avanço dessas epidemias silenciosas, até o conceito de saúde teve de ser revisto e as instituições de saúde pública governamentais e não governamentais ressaltam a importância dos conceitos como promoção e prevenção na saúde com um destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida. Essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro com o destaque em papel de políticas públicas (combate a poluição, preocupação com o meio ambiente) e outra com a necessidade do compromisso pessoal com a manutenção da própria saúde.

Para ressaltar o papel da atividade física, basta comparar um pessoa ativa fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade. Quando comparadas as diferenças em termos de índices fisiológicos, são consideráveis as marcas, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo provavelmente terá maior mobilidade, autonomia e manutenção de valências físicas como força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbia, tão importantes em sua vida diária.

Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram implementados ao longo dessas últimas décadas em vários países, todos sempre destacando a importância do envolvimento pessoal e a necessidades de hábitos mais saudáveis, como a prática regular de atividades físicas.

Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico da população mundial ? porque estudos longitudinais apontam para a relação direta e favorável entre o nível de aptidão física, o grau de atividade física praticada e a saúde. Assim, com a prática de exercícios regulares, doenças como diabetes, osteoporose, obesidade, hipertensão, câncer de cólon, mama, próstata e útero, ansiedade e depressão, podem ser evitadas ou minimizadas.

Professor: Fausto Arantes Porto - CREF 1387 - DF

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Expressão e Linguagem Corporal

A Linguagem corporal também é tema do ENEM e está ligada à matriz de habilidades da área de

linguagens. Não é necessário participar de um grupo de dança ou praticar várias atividades para

entender o que é a linguagem corporal. Nosso corpo se comunica através de cada movimento. A prova

do ENEM avaliará a capacidade de

interpretação dos movimentos do corpo. É

necessário compreender as diversas

manifestações culturais (danças, lutas,

rituais e cerimônias), num aspecto que deve

ser mais ligado às ciências sociais, e

reconhecer a importância das atividades

físicas para do o bem estar, conceito que

pode ser cobrado na prova de Ciências.

É importante também diferenciar o

termo expressão do termo linguagem corporal. Enquanto a expressão diz respeito apenas aos

movimentos do corpo propriamente dito (danças e exercícios da academia), a linguagem corporal

abrange a movimentação corporal como meio de comunicação (não-verbal). A Expressão Corporal,

segundo Stokoe e Harf (1987), é uma linguagem, através da qual o ser humano expressa sensações,

sentimentos e pensamentos com o seu corpo.

A Expressão Corporal desempenha e amplia todas as possibilidades humanas , e é

justamente constituída no movimento corporal, (Brikman, 1989). Este movimento corporal é a

possibilidade de conhecimento dessa linguagem individual. Por imediato, o corpo tem a capacidade de

se manifestar, o que, na expressão corporal, se apresenta através do vivido corporal, da experiência do

corpo, seja em situações do cotidiano ou da arte.

É necessário que o aluno tenha uma leitura cultural de mundo. Como exemplo, a prova pode

mostrar uma imagem de um ritual indígena e pedir interpretações ao aluno. Não apenas sobre o que o

ritual mostra, mas de elementos que o circundam, como história,geografia, língua portuguesa e

sociologia.

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O corpo na sociedade atual

Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias atuais, as preocupações das pessoas em estar em forma, a procura por medidas ideais, satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intensa nos últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral. Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que você se sinta mais feliz e mantenha uma boa auto-estima. O corpo, sem duvida, é o principal motivo de tanta inquietação, pois a beleza é vista como algo necessário para que alguém possa obter completa felicidade.

Muitas vezes as coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca intensa de um corpo ideal, almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação, entretanto, pode não ser muito bom e muitas vezes interfere negativamente até mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. Há uma infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas por estar acima do peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo no próprio corpo, muitas pessoas estão dispostas a tudo para alcançar o padrão desejado ou ditado pela moda atual. Pessoas se submetem as dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras intervenções cirúrgicas, fazem implantes de silicones, tudo para ter um corpo “sarado”. Muitas vezes essa procura é apenas para causar impacto e admirações nas outras pessoas. De nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver consciente do que realmente conta para uma vida prazerosa e harmônica. E assim vai caminhando a sociedade atual, em busca de um corpo perfeito que venha trazer benefícios pessoais, nos relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais. Vive -se uma ditadura da beleza onde o corpo é o alvo de todos os sacrifícios.

Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/#ixzz1TJO7e3AX

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O corpo no mundo dos símbolos e como produção de cultura

Atualmente ocorre um fenômeno geral, a chamada "cultura do corpo" ou "cultura do narcisismo". Seriam, sobretudo, os segmentos das camadas médias das cidades aos quais — por suas ilusões e obsessões pela perfeição física, por seu esmagamento pela proliferação de imagens e por ideologias terapêuticas e, ainda, pelo consumismo — o termo narcisismo se aplicaria com maior propriedade.

Hoje, tantos e ricos estudos lançam luz sobre um mosaico de "culturas" que se engendram e reproduzem no complexo emaranhado da desigual sociedade urbana das metrópoles.

Isso, não obstante, é justamente na análise da cultura do corpo desse segmento social — as camadas médias das cidades — que estudiosos nos oferecem uma interessante contribuição, mostrando como corpo e moda, e o conjunto infindável de investimentos na aparência, são parte fundamental do estilo de vida. Cosméticos, maquiagem, cirurgia estética, dermatologistas, personal trainers, estilistas e profissionais da elegância permitem mobilizar recursos e operar expedientes para "estar em boa forma", ideal ardentemente perseguido. Como fica mais bem explicitado no artigo "A civilização das formas: o corpo como valor", que Goldenberg assina em co-autoria com Marcelo Ramos, e no qual são desenvolvidas algumas das idéias centrais da apresentação, a atenção é voltada para o que se poderia chamar de superdimensionamento do corpo e da aparência no processo de revelação de identidades. Em outros termos: o corpo estaria sendo apropriado por "muitos indivíduos ou grupos" como "meio de expressão (ou representação) do eu" (p. 21), fenômeno que, segundo os autores, é facilmente compreendido em "um contexto social e histórico particularmente instável e mutante, no qual os meios tradicionais de produção de identidade — a família, a religião, a política, o trabalho, entre outros — se encontram enfraquecidos" (p. 21).

O chamado "culto ao corpo", longe de servir como guia claro de orientação para os comportamentos de indivíduos ou grupos, geraria um paradoxo na "cultura de classe média". Embora mecanismo altamente eficiente de individualização, ao responsabilizar cada indivíduo por sua aparência, isto é, instaurando uma nova moralidade, a da "boa forma", referida à juventude, beleza e saúde e, conseqüentemente, acentuando particularismos ao fazer de cada indivíduo uma espécie de escrutinador de cada detalhe de seu corpo e aparência, não deixa de fazer coexistir, ao lado desses movimentos que promovem ou acirram uma espécie de autocentramento ou individualização, alguns outros imperativos, igualmente eficazes, porém opostos e contraditórios.

"Quanto mais se impõe o ideal de autonomia individual, mais aumenta a exigência de conformidade aos modelos sociais do corpo. Se é bem verdade que o corpo se emancipou de muitas de suas antigas prisões sexuais, procriadoras ou indumentárias, atualmente encontra-se submetido a coerções estéticas mais imperativas e geradoras de ansiedade do que antigamente" (p. 9).

A existência de uma ampla gama de procedimentos, como os regimes de emagrecimento e de modelagem do corpo, a multiplicação e disseminação de intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas que "corrigem" narizes, seios e outras partes do corpo, testemunhariam "o poder normalizador dos modelos". Na "cultura do corpo" há como que um confronto ou embate entre dois ideais distintos: "um desejo maior de conformidade estética", de um lado, e "o ideal individualista e sua exigência de singularização dos sujeitos" (p. 9), de outro.

De toda forma, seja como lugar de singularização, seja como projeção de modelos idealizados, o corpo é caracterizado antes de mais nada com um valor nas camadas médias , o que torna fácil entender por que seja uma "natureza cultivada" (BOURDIEU, 1987), isto é, um corpo coberto por signos distintivos que, segundo os autores, sintetizariam simultaneamente três idéias:

"a de insígnia (ou emblema) do policial que cada um tem dentro de si para controlar, aprisionar e domesticar seu corpo para atingir a 'boa forma', a de grife (ou marca), símbolo de um pertencimento que distingue como superior aquele que o possui e a de prêmio (ou medalha) justamente merecido pelos que conseguiram alcançar, por intermédio de muito esforço e sacrifício, as formas físicas mais 'civilizadas'" (p. 39).

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.

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IAC: novo Índice de Adiposidade Corporal

Assunto que foi abordado em duas questões do ENEM 2011, o IAC significa Índice de Adiposidade Corporal. É um novo método que usa o tamanho dos quadris para medir a gordura do corpo. Isso significa que as mulheres com grandes quadris podem ser consideradas acima do peso ou obesas! De acordo com o IAC (gordura do corpo), quanto maior a circunferência dos quadris em relação à altura, maior a chance de estar acima do peso.

Para calcular o IAC utiliza-se a seguinte fórmula: divide-se a medida da circunferência do quadril pela altura multiplicada pela raiz quadrada da altura, diminuindo 18 do resultado final. Vamos fazer um exemplo: 1,60 de altura, 80cm de quadril IAC = [ 80/ (1,60 x √1,60) ] – 18 = [ 80/ 2,016 ] – 18 = [39,68] – 18 = 21,68 Como interpretar o resultado:

Adiposidade Normal Sobrepeso Obesidade

Homens 8 a 20 21 a 25 Acima de 25

Mulheres 21 a 32 33 a 38 Acima de 38

O IMC, que é o sistema mais antigo, mede o índice de massa corporal relacionando o peso e a altura. Não considera a massa muscular, considerando as pessoas muito fortes (pesadas) como obesas. O IMC mostra o volume da pessoa, o quanto de massa tem distribuída. E o IAC diferencia a massa gorda (gordura) da massa magra(músculos).

Fonte: http://www.magraemergente.com/obesidade-emagrecimento/iac-aprenda-a-calcular-o-novo-indice-de-adiposidade-corporal

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Capacidades Físicas

Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).

Velocidade: É a capacidade física que permite ao músculo realizar uma sucessão rápida de movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.

Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a

flexibilidade é importante.

Força: É a capacidade física que permite deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio corpo através da contração dos músculos.

Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.

Coordenação Motora (destreza): É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada.

Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande amplitude, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.

Resistência: É a capacidade física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez, sem perder a qualidade da execução.

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Alongamento

Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.

Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho.

Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade. Mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER ou hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não é preciso grande condição física ou habilidades atléticas.

Quando feitos de maneira adequada os alongamentos reduzem as tensões musculares relaxam o corpo, proporcionam maior consciência corporal,deixam os movimentos mais soltos e leves,previnem lesões,preparam o corpo para atividades físicas e ativam a circulação.

No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio.

Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade.

Nos dois casos, a consequência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos. Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal fraca.

Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

Fontes consultadas:

www.emforma.com.br

http://intermega.com.br/personalnutri/alonga.htm

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Práticas corporais e autonomia

Assistimos, nos últimos 15 anos, à ascensão da cultura corporal e esportiva (que denominaremos, de maneira mais ampla, “cultura corporal de movimento”) como um dos fenômenos mais importantes nos meios de comunicação de massa e na economia.

O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais e as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e objetos de conhecimento e informação amplamente divulgados ao grande público. Jornais, revistas, games,internet, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas ao público adolescente. Crianças tomam contato precocemente com práticas corporais e esportivas do mundo adulto. Informações sobre a relação práticas corporais-saúde estão acessíveis em revistas femininas, jornais, noticiários e documentários de TV, nem sempre com o rigor técnico-científico que seria desejável. Não obstante isso, o estilo de vida gerado pelas novas condições socioeconômicas (urbanização descontrolada, consumismo, desemprego crescente, informatização e automatização do trabalho, deterioração dos espaços públicos de lazer, violência, poluição) leva um grande número de pessoas ao sedentarismo, à alimentação inadequada, ao estresse, etc. O crescente número de horas diante da televisão, especialmente por parte das crianças e adolescentes, diminui a atividade motora, leva ao abandono da cultura de jogos infantis e favorece a substituição da experiência de praticar esporte pela de assistir esporte.

Hoje, somos todos consumidores potenciais do esporte-espetáculo, como telespectadores ou torcedores em estádios e quadras. A proliferação de academias de ginástica e escolinhas de esportes atende às camadas média e alta. Centros esportivos e de lazer públicos oferecem, embora de maneira ainda insatisfatória, programas de práticas corporais à população em geral.

A cultura corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como prática ativa ou simples informação. Tal valorização social das práticas corporais de movimento legitimou o aparecimento da investigação científica e filosófica em torno do exercício, da atividade física, da motricidade, ou do homem em movimento. Inicialmente restrito ao domínio da Fisiologia do Exercício, área da Medicina, esse campo de pesquisa está presente hoje em muitas áreas científicas, como História, Psicologia e Sociologia, além da Filosofia.

Por isso, não basta ao indivíduo apenas aprender habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se ele aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si próprio), aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva.

A pessoa , para ser uma praticante lúcida e ativa, deverá incorporar o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-la para ser uma consumidora do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão crítica do sistema esportivo profissional.

E como o homem moderno poderá melhor usufruir do esporte- espetáculo veiculado pelas mais diversas mídias ? Primeiro necessitamos instrumentalizá-lo para uma apreciação estética e técnica, fornecendo-lhe as informações políticas, históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É preciso preparar o cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica, musculação, natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua saúde e bem-estar. É preciso preparar o leitor/espectador para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento (Betti, 1992).

Em um segundo momento, o indivíduo deverá compreender o seu sentir e o seu relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento. Esta intensidade e modalidade de prática corporal foram adequadas para ele? Fizeram-no sentir bem? Foram significativas para ele? Foram prazerosas? Ele fatigou-se? Quais são, para ele, os sinais de fadiga? Quais práticas ele pode relacionar ao seu bem-estar ou fadiga? Que condições a sociedade em que ele vive oferece para se praticar esta atividade? Quais são os grupos sociais interessados nesta prática? Toda essa prática deve, progressiva e cuidadosamente, conduzir o indivíduo a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento (Betti, 1994a, 1994b). Fonte: Adaptação de artigo de Mauro Betti e Luiz Roberto Zuliani, publicado na Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2002,I(I):73 – 81.

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Esportes:

- Atletismo

O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e arremessos), que tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C, eram realizadas provas de corridas e arremessos de peso. Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados. Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e também os equipamentos como, por exemplo, no salto com varas. Algumas competições como, por exemplo a maratona, são realizadas em vias públicas. As principais modalidades do atletismo são: * Corrida de pista É a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias provas: - Corridas disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa): 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos, - Corridas de Meio Fundo (os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros e 1.500 metros. - Corridas de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros. - Maratona (disputada nas ruas): percurso de 42,19 km. *Corridas com obstáculos São realizadas dentro dos estádios e se dividem em quatro modalidades: 100 metros (feminino), 110 metros (masculino), 400 metros (masculino e feminino) e 3.000 metros (feminino e masculino). * Revezamento As provas de revezamento são disputadas por grupos compostos por quatro atletas cada. Cada atleta corre um quarto da pista e passa um bastão para o atleta seguinte de sua equipe. * Saltos - Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e deve efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é feita a medição da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com maior distância. - Salto com Vara: os competidores usam uma vara longa e flexível para alçar altura e passar por cima de uma barra. - Salto triplo: combinação de três saltos sucessivos e coordenados. Vence o competidor que obtiver o salto que com maior distância. - Salto em altura: nesta competição o atleta deve percorrer uma pista (mínimo de 20 metros) e com uma vara saltar por cima do sarrafo (barra horizontal). O atleta pode tocar o sarrafo, porém o mesmo não pode cair. A altura vai aumentando a cada salto positivo. Vence o atleta que conseguir saltar maior altura sem derrubar o sarrafo. * Arremessos e Lançamentos Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de dardo, de martelo e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir arremessar o objeto a uma distância maior. - Federações e Confederações: - As competições, regras e atividades internacionais de atletismo são organizadas pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo). No Brasil, temos a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

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- Basquetebol

O basquetebol é um esporte criado em 1891 pelo professor de

Educação Física James Naismith, da Associação Cristã de Moços de Springfield,

no Canadá. Esse é um esporte jogado por 5 atletas que têm como objetivo

passar a bola de mão em mão até que ela chegue na cesta adversária. O

basquete é jogado em uma quadra delimitada por linhas. É colocada uma cesta

em duas extremidades de forma que elas fiquem uma de frente para a outra. O

aro dessas cestas são colocadas a 3,05 metros de altura do chão. Pode ser

praticado em quadra fechada ou ao ar livre.

Os atletas do basquete podem caminhar em quadra desde que driblem, ou seja, batam a bola no chão a

cada passo; não é permitido andar sem driblar. O jogador pode passar a bola para um companheiro ou arremessar

na cesta adversária.

O primeiro jogo de basquete foi disputado em 1892, com 9 jogadores para cada equipe e a bola era a

mesma utilizada nos jogos de futebol. O basquete virou esporte Olímpico em 1936, quando entrou oficialmente nos

Jogos Olímpicos de Verão de Berlim.

As regras do basquete são bem fáceis e distintas. A cesta é o ato de passar a bola no aro adversário e a

pontuação de cada cesta é definida conforme a distancia que a pessoa acertou. Então dois pontos valem se a pessoa

lançou a bola da área do garrafão, para os três pontos é preciso acertar fora da linha dos 6,75 metros. Cada equipe

tem meia quadra. A marcação é livre, desde que não se toque no jogador ou arranque a bola da mão dele; é preciso

interceptar um lançamento.

Os fundamentos básicos do basquete são: drible, passes, arremessos e rebote.

O campeonato mais importante de basquete é o realizado pela NBA, uma verdadeira sensação

internacional. A organização internacional do esporte fica a cargo da FIBA – Federação Internacional de Basquetebol

e é ela que administra a modalidade mundialmente. No Brasil, temos a Confederação Brasileira de Basquetebol –

CBB, como responsável por esse esporte e aqui é realizado o NBB – Novo Basquete Brasil, campeonato organizado

pela Liga Nacional de Basquete com a chancela da CBB. Pela FIBA, cada jogo de basquete tem duração de 40

minutos, divididos em 4 períodos iguais de 10 minutos com intervalos de 15 minutos entre o 2º e o 3º período. A

cada troca de período, muda-se o lado da quadra que a equipe defende.

O basquete também ganhou uma adaptação para os deficientes, o basquete em cadeiras de rodas,

totalmente adaptado para as pessoas que estão em cadeiras de rodas também poderem praticar o esporte.

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- Futsal

O futebol de salão ou futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens freqüentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu, no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas" nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte.

O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante.

Para os uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéo. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o sucesso do futebol uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de basquete.

Entretanto, os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas décadas de 30 e 40, este "protótipo" do que viria a ser o futebol de salão era intensamente praticado nas ACMs dos dois países.

Com isso, concluímos que, de fato, a prática de um tipo de futebol dentro de quadras começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai.

O futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram a ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as regras e aceitou as federações estaduais como filiadas.

COMO SE JOGA

Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para quadra. Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados também para outros esportes, como vôlei e basquete. Participam duas equipes de cinco jogadores cada, com bola menor, mais pesada e menos flexível que a do futebol tradicional.

O Futsal é disputado em quadras de 25 a 42 m de comprimento por 16 a 25 m de largura. A bola pesa de acordo com cada categoria disputada. As metas medem três metros de largura por dois de altura, à frente das quais demarcam-se áreas cujas linhas são equidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do jogo é marcar tentos, como no futebol de campo, mas algumas regras são exclusivas do Futsal. O arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a quinta falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre direto, sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer cinco faltas será desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo, com a mão ou com os pés, quatro segundos após defendê-la. A partida tem a duração de quarenta minutos (dois tempos de vinte) para as categorias Adulta, Sub-20 e Sub-17. Para a categoria Sub-15, a partida dura trinta minutos(dois tempos de quinze). Para as categorias menores, cada Federação fixa o tempo.

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- Ginástica A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não

competitivas e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental.

Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte.

Anos mais tarde, a Federação Internacional de Ginástica foi fundada, para regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as práticas não competitivas, popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e praticantes.

A ginástica moderna, dirigida pela Federação Internacional de Ginástica, incorpora seis modalidades distintas, com uma delas divida em duas ramificações de importância igual, gerando assim um total de sete, de acordo com a visão da federação, que deu ainda a cada uma delas um específico Código de Pontos. Uma dentre as demais, não competitiva, reúne no concreto, o conceito da ginástica em si:

Modalidade Principal evento Primeira aparição

Ginástica artística

(no Brasil, chamada também de olímpica) Jogos Olímpicos 1896

Ginástica rítmica Jogos Olímpicos 1996

Trampolim acrobático Jogos Olímpicos 2000

Ginástica acrobática Campeonato Mundial 1974

Ginástica aeróbica Campeonato Mundial 1995

Ginástica geral Gymnaestrada 1953

Nas escolas, as modalidades mais praticadas são :Ginástica Artística e Ginástica Rítmica.

A Ginástica Artística, também chamada de Olímpica, por ser a mais antiga de todas, tem sua história constantemente confundida com a da própria ginástica. Enquanto cunho esportivo, a ginástica artística foi a primeira ramificação da ginástica em si, em matéria de combinação de exercícios sistemáticos, criada para diferenciar as técnicas e os movimentos criados das práticas militares. Sua inserção nos Jogos Olímpicos da era moderna, deu à ginástica o status de esporte olímpico, no qual se desenvolveram e são disputadas suas demais modalidades competitivas dentro do conceito de esporte e modalidade do Comitê Olímpico Internacional.

Suas competições dividem-se em duas submodalidades. Enquanto os homens disputam oito provas - equipes, concurso geral, cavalo com alças, argolas, barras paralelas, barra fixa, solo e salto -, as mulheres disputam seis - equipes, individual geral,solo,salto, trave e barras assimétricas. Os ginastas devem mostrar força, equilíbrio, coordenação, flexibilidade e graça .

A Ginástica Rítmica - data do século XVI o primeiro relato acerca da prática da ginástica ligada ao ritmo. A partir disso, foram mais de duzentos anos até se tornar um conjunto uniforme de dança, levado à extinta União Soviética, onde passou a ser ensinado como um novo esporte. Mais tarde, obteve sua independência da modalidade artística - para a qual deixou a musicalidade - e um sistema organizado, com aparelhos e competições próprios. Em 1996, tornou-se um esporte olímpico, cem anós após a entrada da ginástica em Jogos Olímpicos. Esta modalidade envolve movimentos de corpo em dança de variados tipos e dificuldades combinadas com a manipulação de pequenos equipamentos. Em suas rotinas, são ainda permitidos certos elementos pré-acrobáticos, como os rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentações, devem mostrar coordenação, controle e movimentos de dança harmônicos e sincronizados com as companheiras e a música.

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- Handebol O Handebol é mais uma das modalidades desportivas que o Velho

Mundo nos enviou. Anteriormente, o handebol já apresentou grandes

distinções em termos de preferência entre o que se chamou Handebol de

campo e Handebol de Salão. Hoje, a carência de locais no Brasil, ou

melhor, a maior disponibilidade de quadras e não de campos, fez

prevalecer o handebol de salão, que absorveu a prática da modalidade em

todo País.

O handebol foi idealizado por um professor de Educação Física, o alemão Karl Schelenz que, procurando dar às

suas classes femininas uma atividade alegre e movimentada, criou o handebol com base num jogo tcheco chamado

“Azena”. Por volta de 1914, Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num campo de 40x20

metros. Depois passou a ser praticado por homens, por isso, foram modificadas algumas regras e aumentadas as

dimensões do campo, passando para 40x80 metros, Mais tarde, as medidas foram igualadas às de um campo de

futebol, já com onze jogadores, com a bola reduzida de tamanho, permitindo o manuseio com uma só mão. Isto

proporcionou maior movimentação e satisfação na prática do jogo. Esse era o handebol de campo.

O handebol tomou maior impulso no meio estudantil. Suas características, facilidade de na aprendizagem e

execução natural dos fundamentos, permitiram o emprego da velocidade, movimentação, força nos arremessos, e

habilidade no manejo da bola. Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol, com 39 países inscritos,

mas somente em 1938 foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, sagrando-se campeão a Alemanha.

Os rigores dos inverno não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato que levou este esporte a

uma adaptação, para que pudesse ser praticado em recinto fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a

inovação que foi o “inne-hand-ball” (handebol no interior) ou “hallen-handeball” (handebol de salão) como o

chamam os alemães, diminuindo o tamanho do campo e o numero de jogadores, que passou a ser de sete atletas.

Com isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso possibilitava a maior movimentação

com a bola. O campo, por ser de dimensões menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e

defenderem em bloco, o que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades de gol.

O handebol de salão tornou-se um esporte independente, com técnica e tática própria, suplantando o

handebol de campo, que sofreu a concorrência do futebol, mais atraente e já implantado em todos os países do

mundo.

O handebol veio para o Brasil por volta de 1930. Difundiu-se inicialmente em São Paulo onde, em 16 de

fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol. Inicialmente, o handebol foi praticado por onze

jogadores isoladamente, por grupos de colônias estrangeiras e por alguns clubes classistas e equipes de firmas

comerciais. A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de 16 anos, é de 2

tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10 minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos. Atualmente, o handebol disputado por equipes de sete jogadores é o mais popular.

No handebol os jogadores movimentam a bola através de passes feitos com a mão até chegarem na área do gol adversário. Os defensores fazem com o corpo uma barreira na área de lançamento para tentar impedir o gol. Se o goleiro não defender, sua equipe recomeça o jogo a partir do meio do campo. O handebol de sete jogadores é disputado em quadras de 40 metros de comprimento por 20 metros de largura com duas traves de 3 metros de largura por 2 metros de altura cada.

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- Voleibol

O voleibol atualmente é o segundo esporte em popularidade no Brasil e nossas seleções estão colocadas entre as melhores do mundo. É um esporte executado em uma quadra retangular de 18 X 9 metros, com duas equipes separadas por uma rede e seu objetivo é colocar a bola no chão da quadra da equipe adversária. Sua principal característica é o uso das mãos, embora o uso de outras partes do corpo também seja permitido pelas regras oficiais.

O voleibol surgiu nos Estados Unidos, em 1895,na Associação Cristã de Moços, através de William George Morgan. O objetivo era criar um esporte onde não existisse contato físico entre os praticantes, de modo a minimizar o risco de lesões.Ele procurou mesclar elementos do tênis e do basquetebol. As primeiras regras surgiram em 1897 e permitiam sua prática tanto em locais fechados, como quadras e ginásios, como em locais abertos, como parques e praias. Nessa época, não havia limite no número de jogadores e o objetivo era

manter a bola em movimento sobre uma rede estendida de um lado a outro da quadra. Quando a bola caia no chão da quadra adversária era marcado um ponto.

Hoje as regras oficiais definem que cada equipe deve ser composta por seis atletas. Uma equipe inicia a partida sacando e à equipe adversária é permitido dar até três toques na bola antes de devolvê-la. É ganhadora a equipe que primeiro vencer três sets, com 25 pontos cada.

Recentemente o Volei de Praia, modalidade derivada do voleibol de quadra e com regras específicas, tem tido destaque em todo o mundo e o Brasil figura entre os países de destaque na modalidade.

As principais habilidades utilizadas no voleibol são: saltar, correr, lançar e rebater. Ou seja: para chegar à bola è necessário correr; para cortar a bola durante um ataque é preciso saltar; para colocar a bola em jogo(sacar) é preciso lançar: e para devolver a bola à quadra adversária é preciso rebater. Mas outras habilidades são específicas desse esporte: bloqueio, saque, manchete e toque.

Os principais fundamentos do voleibol são: - Manchete: as pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e levemente flexionadas, com uma

perna à frente da outra e os braços devem ser unidos pelas mãos sobrepostas, estendidos à frente do corpo. A bola deve ser rebatida com os antebraços, o que permite que ela seja amortecida e tome outra direção.

- Toque: as pernas devem estar abertas até na largura dos ombros e semiflexionadas. Os braços também devem estar semiflexionados, direcionados acima da cabeça e à frente do corpo. O contato das mãos com a bola dar-se-á por meio da parte interna dos dedos.

- Saque: o movimento inicial deve acontecer com os pés em paralelo e a perna contrária ao braço que irá bater na bola deve ficar à frente. A bola deve ser segurada à frente da mão que fará o saque, enquanto o braço de ataque se movimenta de trás e cima para golpear a bola.

- Cortada: trata-se de uma rebatida de bola, caracterizada pela alta velocidade que esta atinge a quadra adversária.

Como curiosidade, existe no voleibol moderno, desde 1998, a função de líbero, um atleta especializado nos

fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo do campo, isto é, recepção e defesa. O objetivo

foi o de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um

conjunto específico de regras se aplicam exclusivamente a este jogador, como utilizar equipamento diferente,

não ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou servir. Quando a bola está fora de jogo ele pode trocar de lugar

com qualquer outro jogador sem notificar o árbitro,sem que essas substituições contem para o número

legalmente permitido em cada set.Ele só pode levantar de toque do fundo da quadra.

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- Danças

A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados, é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro.

A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que se ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.

O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.

Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso das danças, onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde dançava-se em festas e bacanais.

Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura. No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, onde cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras.

Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças. Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo.

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- Lutas Boxe

É um estilo de luta no qual são usado apenas os punhos, tanto para defesa tanto para o ataque. A palavra Boxe vem do inglês to box que significa lutar, bater. O boxe era muito praticado pelos ingleses e muitas vezes as lutas aconteciam com as mãos nuas, assim as lutas se tornaram brutais e em 1872 foram criadas as regras onde as lutas teriam 3 minutos de round e 1 minuto de intervalo, e os lutadores eram obrigados a usar luvas. Seus principais golpes são Jab ou jabe: Golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Direto: Golpe frontal com o punho que está atrás na guarda.Cruzado (cross): Tão potente quanto o direto, porém o alvo é a

lateral da cabeça do adversário. Hook ou gancho: Desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente a cabeça ou abdome, dificultando a defesa do oponente. Uppercut: Golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente. Judô O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O judô teve uma grande aceitação no Japão, espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa) com outras artes marciais orientais. As lutas de judô são praticadas num tatame de formato quadrado (de 14 a 16 metros de lado). Cada luta dura até 5 minutos. Vence quem conquistar o ippon primeiro. Se ao final da luta nenhum judoca conseguir o ippon, vence aquele que tiver mais vantagens. Jiu-Jitsu

Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou “arte suave”, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam. Karatê

O karatê é uma arte marcial que era usada pelos guerreiros japoneses na época das guerras. Mas hoje não é só ensinada como arte marcial, mas também como condicionamento físico, defesa pessoal, forma de socialização do indivíduo, com intuito de competição e vários outros objetivos. No ano de 1470, a ilha de Okinawa estava dominada pelos chineses, e os nativos foram proibidos de usarem armas, que na época eram as espadas. Como eles não podiam usar armas para se defender começaram a desenvolver técnicas de luta utilizando apenas as mãos, que por serem desarmadas a luta passou a ser conhecida como Karatê-Dô.Em japônes mãos significa “TE”, vazias significa “KARA” e “DO” caminho, então Karatê-Dô quer dizer “Caminho das Mãos Vazias”, ou seja, sem armas ou qualquer outro objeto que possa ser usado para se defender.

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Jogos e Brincadeiras

Brincar é uma invenção humana "um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente". (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas.

Alguns autores consideram os termos "jogo", "brinquedo" e "brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é sisudo. É uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da vida real para uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios. Todo jogo tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o jogador que, ativamente, participa criando e recriando regras. Aquele que desrespeita as regras é considerado um "desmancha-prazeres" (HUIZINGA, 1980).

Para CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica, podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura, aqueles que nos colocam diante do novo, do mistério (um filme, um livro, uma partida de futebol, passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de competição (e aqui entram também os de cooperação); os jogos de vertigem, aqueles que dão um friozinho na barriga, como os escorregadores, cama elástica, montanha-russa, pular, saltar; e, por fim, os jogos de fantasia, que lidam com o simbólico, o imaginário e o faz de conta.

A festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração, fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e lazer. É tempo e espaço para a expressão, encontro, rebeldia, devoção, oração, manifestação, reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à sociedade se manterem vivos, pois é ela a própria humanidade do homem. Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar e o "festar" na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico que acompanha tais práticas corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além do prazer, da satisfação, são entendidos como instantes de reconhecimento do homem como produtor de história e de cultura, por isso merecemXser_problematizados. É importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso precisam ser discutidas e ressignificadas. Quando contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo, podemos estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que "erram", reforçando a exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se assim, espaços educativos de vivência e reflexão dos princípios norteadores desta proposta.

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Exemplos de questões de Educação Física no ENEM ENEM 2010 ENEM 2009

Resposta: C A foto nos mostra uma ginasta realizando a amplitude máxima

do movimento de suas pernas. Com isso, resta-nos apenas a

alternativa C como a correta.

Resposta: C Como o próprio texto revela, a aptidão física de uma pessoa independe da faixa etária, o fator preponderante é sua disposição para desenvolver atividades físicas, uma vez que seu organismo encontra-se em perfeitas condições para tal. Assim sendo, temos como verdadeira a letra “c”.

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ENEM 2010