apostila eureka enem - parte ii

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45 www.diaadiaeducacao.pr.gov.br (Theodor De Bry – século XVI) (Pedro Américo. Tiradentes Esquartejado, 1893) A comparação entre as reproduções pos- sibilita as seguintes afirmações: I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil. II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros. III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus. Está correto o que se afirma em: a) I apenas. d) I e II apenas. b) II apenas. e) I, II e III. d) III apenas. 21. Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicas e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas. (...) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior freqüência, tornou-se necessário que todos dormis- sem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol ata- do pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive du- rante dez meses) o que foi imediatamen- te imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas(...). Neste texto, Jean de Léry a) despreza a cultura e rejeita o patrimô- nio dos indígenas americanos. b) Revela-se constrangido por ter de re- correr a um invento de “selvagens”. c) Reconhece a superioridade das socie- dades indígenas americanas com rela- ção aos europeus. d) Valoriza o patrimônio cultural dos in- dígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades. e) Valoriza os costumes dos indígenas americanos por que eles também eram perseguidos pelos católicos. 18. Segundo Samuel Huntington (autor do li- vro, O choque das civilizações e a recom- posição da ordem mundial), o mundo está dividido em nove “civilizações” conforme o mapa abaixo Na opinião do autor, o ideal seria que cada civilização principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sabendo-se que apenas EUA, China, Rússia, França e Inglaterra são membros perma- nentes do Conselho de Segurança, e anali- sando o mapa acima pode-se concluir que

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Page 1: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

(Theodor De Bry– século XVI)

(Pedro Américo.Tiradentes Esquartejado, 1893)

A comparação entre as reproduções pos-sibilita as seguintes afirmações:

I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil.

II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros.

III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus.

Está correto o que se afirma em:

a) I apenas. d) I e II apenas.

b) II apenas. e) I, II e III.

d) III apenas.

21. Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicas e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas.

(...) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior freqüência, tornou-se necessário que todos dormis-sem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol ata-do pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive du-rante dez meses) o que foi imediatamen-te imitado por todos os nossos soldados,

de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas(...).

Neste texto, Jean de Léry

a) despreza a cultura e rejeita o patrimô-nio dos indígenas americanos.

b) Revela-se constrangido por ter de re-correr a um invento de “selvagens”.

c) Reconhece a superioridade das socie-dades indígenas americanas com rela-ção aos europeus.

d) Valoriza o patrimônio cultural dos in-dígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades.

e) Valoriza os costumes dos indígenas americanos por que eles também eram perseguidos pelos católicos.

18. Segundo Samuel Huntington (autor do li-vro, O choque das civilizações e a recom-posição da ordem mundial), o mundo está dividido em nove “civilizações” conforme o mapa abaixo

Na opinião do autor, o ideal seria que cada civilização principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Sabendo-se que apenas EUA, China, Rússia, França e Inglaterra são membros perma-nentes do Conselho de Segurança, e anali-sando o mapa acima pode-se concluir que

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Osama Bin Laden

Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um mi-lhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão cla-

23. Os dados abaixo referem-se à origem do petróleo consumido no Brasil em dois di-ferentes anos.

Origens do consumo em 1890(em %)

100806040200

Produção interna

Importação Produção interna

Importação

Origens do consumo em 2002(em %)

100806040200

ÁrabiaSaudita

Iraque

Irã

Catar

158

150

100

37

ÁrabiaSaudita

Iraque

Argélia

Nigéria 114

77

60

33

Origens das importações em 1990 (milhares de barris)

Origens das importações em 2002 (milhares de barris)

22. No dia 7 de outubro de 2001, Estado Uni-dos e Grã-Bretanha declaram guerra ao regime Talibã, no Afeganistão.

Leia trechos das declarações do presiden-te dos Estado Unidos, George W. Bush, e Osama Bin Laden, Líder muçulmano, nes-sa ocasião:

George Bush:

Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à Batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito.

Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percep-ção do valor da liberdade, de seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abeçoar os Estados Unidos.

a) atualmente apenas três civilizações possuem membros permanentes no Conselho de Segurança.

b) O poder no Conselho de Segurança está concentrado em torno de apenas dois terços das civilizações citadas pelo autor.

c) O poder no Conselho de Seguran-ça está desequilibrado, porque seus membros pertencem apenas à civiliza-ção Ocidental.

d) Existe uma concentração de poder, já que apenas um continente está repre-sentado no Conselho de Segurança.

e) O poder está diluído entre as civiliza-ções, de forma que apenas a África não possui representante no Conselho de Segurança.

ra. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairóbi Dar-es-Salaam, o Afe-ganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocresia ficou atrás da cabeça do in-fiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis.

Que Deus nos proteja deles.

(adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001)

Pode-se afirmar que

a) a justificativa das ações militares en-contra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush

b) a justificativa das ações militares en-contra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden.

c) Ambos apóiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifí-cio e reivindicar a justiça

d) Ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos.

e) Ambos tentam separar a noção de jus-tiça das justificativas de ordem religio-sa, fundamentando-a numa estratégia militar.

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Analisando os dados, pode-se perceber que o Brasil adotou determinadas estra-tégias energéticas, dentre as quais pode-mos citar:

a) a diminuição das importações dos paí-ses muçulmanos e redução do consu-mo interno.

b) A redução da produção nacional e di-minuição do consumo do petróleo pro-duzido no Oriente Médio.

c) A redução da produção nacional e o aumento das compras de petróleo dos países árabes e africanos.

d) O aumento da produção nacional e re-dução do consumo de petróleo vindo dos países do Oriente Médio.

e) O aumento da dependência externa de petróleo vindo de países mais próxi-mos do Brasil e redução do consumo interno.

Anotações

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QUESTÕES DO ENEM 2004

01. As Olimpíadas são uma oportunidade para o congraçamento de um grande número de países, sem discriminação política ou racial, ainda que seus resultados possam refletir características culturais, socioeco-nômicas e étnicas. Em 2000, nos jogos Olímpicos de Sydney, o total de 300 me-dalhas de ouro conquistadas apresentou a seguinte distribuição entre os 196 países participantes como mostra o gráfico.

Esses resultados mostram que, na distri-buição das medalhas de ouro em 2000,

a) cada país participante conquistou pelo menos uma.

b) Cerca de um terço foi conquistado por apenas três países.

c) Os cinco países mais populosos obtive-ram os melhores resultados.

d) Os cinco países mais desenvolvidos obtiveram os melhores resultados.

e) Cerca de um quarto foi conquistado pelos Estados Unidos.

02. O número de atletas nas Olimpíadas vem aumentando nos últimos anos, como mos-tra o gráfico. Mais de 10.000 atletas par-ticiparam dos jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.

Nas últimas cinco Olimpíadas, esse au-mento ocorreu devido ao crescimento da participação de

a) homens e mulheres, na mesma pro-porção.

b) Homens, pois a de mulheres vem di-minuindo a cada Olimpíada.

c) Homens, pois de mulheres pratica-mente não se alterou.

d) Mulheres, pois a de homens vem di-minuindo a cada Olimpíada.

e) Mulheres, pois a de homens pratica-mente não se alterou.

03. Em 2003, deu-se início às discussões do Plano Amazônia Sustentável, que rebatiza o Arco do Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rondônia ao Maranhão, como Arco de Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da po-pulação que vive na região. A Amazônia Ocidental, em contraste, é considerada nesse plano como uma área ainda am-plamente preservada, na qual se preten-de encontrar alternativas para tirar mais renda da floresta em pé do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as três macrorregiões e três estratégias que constam do Plano.

EUA Rússia China Austrália Alemanha Outros

Número de medalhas 40 32 28 16 13 171

MulheresHomensTotal

1960 1964 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000

Ano

12000

10000

8000

6000

4000

2000

0

Núm

eros

de A

tleta

s

5348 5140 5531

7247

60865353

7802

9421 936410624 10321

54167075

665966836484

42654634

5848

475044574238

610 683 7811299 1251 1088 1498

2438 27052705 3905

Page 5: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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Estratégias:

I. Pavimentação de rodovias para levar a soja até o rio Amazonas, por onde será escoada.

II. Apoio à produção de fármacos, extra-tos e couros vegetais.

III. Orientação para a expansão do plantio de soja, atraindo os produtores para áreas já desmatadas e atualmente abandonadas.

Considerando as características geográfi-cas da Amazônia, aplicam-se às macror-regiões Amazônia Ocidental, Amazônia Central e Arco do Povoamento Adensado, respectivamente, as estratégias

a) I, II e III.

b) I, III e II.

c) III, I e II

d) II, I e III.

e) III, II e I.

04. A produção agrícola brasileira evoluiu, na última década, de forma diferenciada. No caso da cultura de grãos, por exemplo, verifica-se nos últimos anos um cresci-mento significativo da produção da soja e do milho, como mostra o gráfico.

Pelos dados do gráfico é possível verificar que, no período considerado,

a) a produção de alimentos básicos dos brasileiros cresceu muito pouco.

b) A produção de feijão foi a maior entre as diversas culturas de grãos.

Início

EntrarD

D>5,0% ?Escolher

a corazul

Escolher a cor amarela

D>3,0% ? D>1,0% ? Escrever“1ª Classe”

Escrever“2ª Classe”

Imprimirselo

Fim

Escrever“3ª Classe”

Escolher a cor vermelha

Escrever“Rejeitado”

Sim

Não Não

Sim Sim

Não

Os símbolos usados no fluxograma têm os seguintes significados:

c) A cultura do milho teve taxa de cresci-mento superior à da soja.

d) As culturas voltadas para o mercado mundial decresceram.

e) As culturas voltadas para a produção de ração animal não se alteraram.

05. Em uma fábrica de equipamentos eletrô-nicos, cada componente, ao final da linha de montagem, é submetido a um rigoroso controle de qualidade, que mede o desvio percentual (D) de seu desempenho em re-lação a um padrão ideal. O fluxograma a seguir descreve, passo a passo, os proce-dimentos executados por um computador para imprimir um selos em cada compo-nente testado, classificando-o de acordo com o resultado do teste:

Operação

Entrada e saída de dados

Decisão (testa uma condição, execu-tando operações diferentes caso essa condição seja verdadeira ou falsa)

Segundo essa rotina, se D= 1,2%, o com-ponente receberá um selo com a classifi-cação

a) “Rejeitado”, impresso na cor verme-lha.

b) “3ª Classe”, impresso na cor amarela.

c) “3ª Classe”, impresso na cor azul.

d) “2ª Classe”, impressão na cor azul.

e) “1ª Classe”, impresso na cor azul.

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

(Ministério de Agricultura e Produção Agropecuária)

6055504540353025201510

50

Milh

ões

de T

onel

adas

Soja Milho Arroz Feijão

Page 6: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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06. As “margarinas” e os chamados “cremes vegetais” são produtos diferentes, comer-cializados em embalagens quase idênti-cas. O consumidor, para diferenciar um produto do outro, deve ler com atenção os dizeres do rótulo, geralmente em letras muito pequenas. As figuras que seguem representam rótulos desses dois produ-tos.

Peso Líquido 550gMARGARINA66% de Lípidios

Valor energético por porção de 10g 59

kcal.

Peso Líquido 550gMARGARINA VEGETAL

35% de Lípidios

Valor energético por porção de 10g:32 kcal

Não recomendado para uso culi-nário

Uma função dos lipídios no preparo das massas alimentícias é torna-las mais ma-cias. Uma pessoa que, por desatenção, use 200g de creme vegetal para preparar uma massa cuja receita pede 200 g de marga-rina, não obterá a consistência desejada, pois estará utilizando uma quantidade de lipídios que é, em relação à recomendada, aproximadamente

a) o triplo.

b) o dobro.

c) a metade.

d) um terço.

e) um quarto.

07. Um leitor encontra o seguinte anúncio en-tre os classificados de um jornal:

VILA DAS FLORES

Vende-se terreno plano me-dindo 200m2. Frente volta-da para o sol no período da

manhã. Fácil acesso.

(443) 0677-0032

Interessado no terreno, o leitor vai ao en-dereço indicado e, lá chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde es-tavam destacados os terrenos ainda não vendidos, numerados de I a V:

I II

IVV

III

0 10 20 m

Rua das Hortências

Rua

dos J

asm

ins

Rua

das M

arga

ridas

Rua dos Cravos

N

Rua

das R

osas

Considerando as informações do jornal, é possível afirmar que o terreno anunciado é o

a) I.

b) II.

c) III.

d) IV.

e) V.

Page 7: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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08. Para medir o perfil de um terreno, um mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e igualmente graduadas em centímetros, às quais foi acoplada uma mangueira plástica transparente, parcialmente preenchida por água (figura abaixo).

Ele fez 3 medições que permitiram levantar o perfil da linha que contém, em seqüência, os pontos P1, P2, P3 e P4. Em cada medição, colocou as varas em dois diferentes pontos e anotou suas leituras na tabela a seguir. A figura representa a primeira medição entre P1 e P2.

P1 P2 P3 P4

VI

VII

nível de águana mangueira

239 164

??

(Terreno fora de escala)

MEDIÇÃO

VARA I VARA2

DIFERENÇA(LI – LII) (cm)

PONTO LEITURALI (cm) PONTO LEITURA

LII (cm)

1ª P1 239 P2 164 75

2ª P2 189 P3 214 -25

3ª P3 229 P4 174 55

P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4P1 P2 P3 P4P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

a) b) c) d) e)

Ao preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras determinou o seguinte perfil para o terreno:

09. Uma empresa produz tampas circulares de alumínio para tanques cilíndricos a partir de chapas quadradas de 2 metros, de lado, conforme a figura.

Para 1 tampa grande, a empresa produz 4 tampas médias e 16 tampas pequenas.

GRANDE MÉDIA PEQUEN A

2 m

2 m

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As sobras de material da produção diária das tampas grandes, médias e pequenas dessa empresa são doadas, respectiva-mente, a três entidades: I, II e III, para efetuarem reciclagem do material. A par-tir dessas informações pode-se concluir que

a) a entidade I recebe mais material do que a entidade II.

b) a entidade I recebe metade de mate-rial do que a entidade III.

c) a entidade II recebe o dobro de mate-rial do que a entidade III.

d) as entidade I e II recebem, juntas, menos material do que a entidade III.

e) as três entidades recebem iguais quan-tidades de material.

10.

A conversa entre Mafalda e seus amigos

a) revela a real dificuldade de entendi-mento entre posições que pareciam convergir.

b) Desvaloriza a diversidade social e cul-tural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas.

c) Expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de enten-dimento entre posições divergentes.

d) Ilustra a possibilidade de entendimen-to e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de idéias.

e) Mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políti-cas para superar divergências.

Instruções: As questões de números 11 e 12 referem-se ao poema abaixo.

Brasil

O Zé Pereira chegou de caravela

E preguntou pro guarani da mata virgem

– Sois cristão?

– Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte

Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!

Lá longe a onça resmungava Uu! ua! Uu!

O negro zonzo saído da fornalha

Tomou a palavra e respondeu

– Sim pela graça de Deus

Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!

E fizeram o Carnaval

(Oswald de Andrad)

11. Este texto apresenta uma versão humorís-tica da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes.

Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo tex-to é

a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse pro-cesso, apesar de tudo, acaba bem.

b) Inovadora, pois mostra que as três ra-ças formadoras – portugueses, negros e índios – pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.

c) Moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.

d) Preconceituosa, pois critica tanto ín-dios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento eu-ropeu, vindo com as caravelas.

e) Negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de se-riedade.

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12. A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifestação do

a) poeta e do colonizador apenas.

b) colonizador e do negro apenas.

c) negro e do índio apenas.

d) colonizador, do poeta e do negro ape-nas.

e) poeta, do colonizador, do índio e do negro.

13.

O jivaro

Um Sr. Matter, que fez uma viagem de explo-ração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sa-bem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.

O Sr. Matter:

– Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.

E o índio:

– Porque um macaco? Ele não fez nenhum mal!

(Rubem Braga)

O assunto de uma crônica pode ser uma experiência pessoal do cronista, uma in-formação obtida por ele ou um caso ima-ginário.

O modo de apresentar o assunto também varia: pode ser uma descrição objetiva, uma exposição argumentativa ou uma narrativa sugestiva. Quanto à finalidade pretendida, pode-se promover uma refle-xão, definir um sentimento ou tão-somen-te provocar o riso.

Na crônica O jivaro, escrita a partir da re-portagem de um jornal, Rubem Braga se vale dos seguintes elementos:

Assunto Modo de apresentar Finalidade

a) caso imagi-nário descrição objetiva provocar o riso

b)informação colhida narrativa sugestiva promover refle-

xão

c)informação colhida descrição objetiva definir um sen-

timento

d)experiência pessoal narrativa sugestiva provocar o riso

e)experiência pessoal

exposição argumenta-tiva

promover refle-xão

14. Cândido Portinari (1903-1962), em seu li-vro Retalhos de Minha Vida de Infância, descreve os pés dos trabalhadores.

Pés disformes. Pés que podem contar uma história.Confundiam-se com as pedras e espi-nhos. Pés semelhantes aos mapas: com mon-tes e vales, vincos como rios. (...) Pés sofridos com muitos e muitos quilômetros de marcha. Pés que só os santos têm..Sobre a terra, difí-cil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam ape-nas um corpo franzino e doente.

(Cândido Portinari, Retrospectiva, Catálogo MASP)

As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversi-dade da natureza e do homem americano e a crítica social foram temas que inspiraram mui-tos artistas ao longo de nossa História. Dentre estas imagens, a que melhor caracteriza a crí-tica social contida no texto de Portinari é

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15. O movimento hip hop é tão urbano quan-to as grandes construções de concreto e as estações de metrô, e cada dia se tor-na mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. É formado por três elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a dança (o break). No hip-hop os jovens usam as expressões artísticas como uma forma de resistência política.

Enraizado nas camadas populares urba-nas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso político a favor dos excluídos, sobretudo dos negros. Ape-sar de ser um movimento originário das periferias norte-americanas, não encon-trou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no en-tanto, não significa que o hip-hop brasilei-ro não tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é híbrido: o rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas.

(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004)

De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamen-te urbana, que tem como principais características

a) a ênfase nas artes visuais e a defesa do caráter nacionalista.

b) A alienação política e a preocupação com o conflito de gerações.

c) A afirmação dos socialmente excluídos e a combinação de linguagens.

d) A integração de diferentes classes so-ciais e a exaltação do progresso.

e) A valorização da natureza e o compro-misso com os ideais norte-america-nos.

16. Nesta tirinha, a personagem faz referên-cia a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para FRANK & ERNEST /Bob Thoves

a) condenar a prática de exercícios físicos.

b) Valorizar aspectos da vida moderna.

c) Desestimular o uso das bicicletas.

d) Caracterizar o diálogo entre gerações.

e) Criticar a falta de perspectiva do pai.

Instruções: As questões de números 17 e 18 referem-se ao poema abaixo.

Cidade grande

Que beleza, Montes Claros.

Como cresceu Montes Claros.

Quanta indústria em Montes Claros.

Montes Claros cresceu tanto,

ficou urbe tão notória,

prima-rica do Rio de Janeiro,

que já tem cinco favelas

por enquanto, e mais promete

(Carlos Drummond de Andrade)

17. Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a

a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria lin-guagem.

b) intertextualidade, na qual o texto reto-ma e reelabora outros textos.

c) ironia, que consiste em se dizer o con-trário do que se pensa, com intenção crítica.

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d) denotação, caracterizada peço uso das palavras em seu sentido próprio e ob-jetivo.

e) prosopopéia, que consiste em perso-nificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

18. No trecho “Montes Claros cresceu tanto,/ (...), / que já tem cinco favelas”, a pa-lavra que contribui para estabelecer uma relação de conseqüência. Dos seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse mesmo tipo de relação:

a) “Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu não era Deus / se sabias que eu era fraco.”

b) “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu / cha-mava para o café”.

c) “Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais que mão de uma criança.”

d) “A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tão pegada, aconche-gada nos meus braços, / que rio e dan-ço e invento exclamações alegres.”

e) Penetra surdamente no reino das pala-vras. / Lá estão os poemas que espe-ram ser escritos.”

Urbana Rural

POPULAÇÃO URBANA E RURAL NO BRASIL (%)

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

100

80

60

40

20

0

TAXA DE FECUNDIDADE NO BRASIL

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

7

6

5

4

3

2

1

0

Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que

a) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa de fecundidade.

b) Quando predominava a população ru-ral, as mulheres tinham em média três vezes menos filhos do que hoje.

c) A diminuição relativa da população ru-ral coincide com o aumento do número de filhos por mulher.

d) Quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade.

e) Com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende a ser menor.

19. Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram mui-to. Os gráficos mostram as alterações na distribuição da população da cidade e do campo e na taxa de fecundidade (núme-ro de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000.

Anotações

(IBGE)

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QUESTÕES DO ENEM 2005

As questões 1 e 2 referem-se ao poema

A DANÇA E A ALMA

A DANÇA ? Não é movimento,súbito gesto musical.É concentração, num momento,da humana graça natural.

No solo não, no éter pairamos,nele amaríamos ficar.A dança – não vento nos ramos:seiva, força, perene estar.

Um estar entre o céu e o chão,novo domínio conquistado,onde busque nossa paixãolibertar-se por todo lado...

Onde a alma possa descreversuas mais divinas parábolassem fugir à forma do ser,por sobre o mistério das fábulas.

(Carlos Drummond de Andrade. Obra com-pleta. Rio de Janeiro:Aguilar. 1964. p. 366.)

01. A definição de dança, em linguagem de dicionário, que mais se aproxima do que está expresso no poema é

a) a mais antiga das artes, servindo como elemento de comunicação e afirmação do homem em todos os momentos de sua existência.

b) A forma de expressão corporal que ul-trapassa os limites físicos, possibilitando ao homem a liberação de seu espírito.

c) A manifestação do ser humano, for-mada por uma seqüência de gestos, passos e movimentos desconcertados.

d) O conjunto organizado de movimentos do corpo, com ritmo determinado por instrumentos musicais, ruídos, cantos, emoções etc.

e) O movimento diretamente ligado ao psiquismo do indivíduo e, por conse-qüência, ao seu desenvolvimento inte-lectual e à sua cultura.

02. O poema “A Dança e a Alma” é construí-do com base em contrastes, como “mo-vimento” e “concentração”. Em uma das estrofes, termo que estabelece contraste com solo é:

a) éter.

b) seiva.

c) chão.

d) paixão.

e) ser.

03. Um professor apresentou os mapas abaixo numa aula sobre as implicações da forma-ção das fronteiras no continente africano.

Com base na aula e na observação dos ma-pas, os alunos fizeram três afirmativas:

I. A brutal diferença entre as fronteiras políticas e as fronteiras étnicas no con-tinente africano aponta para a artifi-cialidade em uma divisão com objetivo de atender apenas aos interesses da maior potência capitalista na época da descolonização.

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II. As fronteiras políticas jogaram a África em uma situação de constante tensão ao desprezar a diversidade étnica e cultural, acirrando conflitos entre tribos rivais.

III. As fronteira artificiais criadas no con-texto do colonialismo, após os proces-sos de independência, fizeram da áfrica um continente marcado por guerras ci-vis, golpes de estado e conflitos étnicos e religiosos.

É verdadeiro apenas o que se afirma em

a) I. b) II. c) III.

d) I e II. e) II e III.

04. A situação abordada na tira torna explícita a contradição entre a

a) relações pessoais e o avanço tecnoló-gico.

b) Inteligência empresarial e a ignorância dos cidadãos.

c) Inclusão digital e a modernização das empresas.

d) Economia neoliberal e a reduzida atua-ção do Estado.

e) Revolução informática e a exclusão di-gital.

05. A obesidade, que nos países desenvolvi-dos já é tratada como epidemia, começa a preocupar especialistas no Brasil.

Os últimos dados da Pesquisa de Orça-mentos Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo IBGE, mostram que 40.6% da população brasileira estão acima do peso, ou seja, 38,8 milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obe-

sos. Várias são as dietas e os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos foi lança-do no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lípases, enzimas que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente energéticos, a pessoa ten-de a emagrecer. No entanto, esse remé-dio apresenta algumas contra-indicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diar-réias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolú-veis, como as A, D, E e K, pois

a) essas vitaminas, por serem mais ener-géticas que as demais, precisam de li-pídios para sua absorção.

b) A ausência dos lipídios torna a absor-ção dessas vitaminas desnecessária.

c) Essas vitaminas reagem com o remé-dio, transformando-se em outras vita-minas.

d) As lípases também desdobram as vita-minas para que essas sejam absorvidas.

e) Essas vitaminas se dissolvem nos lipí-dios e só são absorvidas junto com ele.

06. No gráfico abaixo, mostra-se como variou o valor do dólar, em relação ao real, en-tre o final de 2001 e o início de 2005. Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$ 2,40.

4.00

3.60

3.20

2.80

2.40

2.00

1.60

1.20Jan 2002 Jan 2003 Jan 2004 Jan 2005

(Fonte: Banco Central do Brasil.)

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Durante esse período, a época em que o real estava mais desvalorizado em relação ao dólar foi no

a) final de 2001. d) Final de 2004.

b) Final de 2002. e) Início de 2005.

c) Início de 2003.

07. Observe a situação descrita na tirinha abaixo.

Assim que o menino lança a flecha, há transformações de um tipo de energia em outra. A transformação, nesse caso, é de energia

a) potencial elástica em energia gravita-cional.

b) Gravitacional em energia potencial.

c) Potencial elástica em energia cinética.

d) Cinética em energia potencial elástica.

e) Gravitacional em energia cinética.

(Adaptado. Luisa Daou & Francisco Caruso, Tirinhas de Física, vol. 2, CBPF, Rio de Janeiro, 2000.)

A força que atua sobre o peso e produz o deslocamento vertical da garrafa é a força

a) de inércia. d) centrípeta.

b) gravitacional. e) elástica.

c) de empuxo.

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO EM ALGUNS PAÍSES (EM %)

Países “maduros” Em transição Países “jovens”

Estados Unidos Suécia Brasil Bangladesh Nigéria

Jovens (até 19 anos) 25,7 19,8 43,2 50,2 55,4

Adultos (de 20até 59 anos) 57,4 56,7 48,5 44,8 40,1

Idosos (60 anos ou mais) 16,9 23,5 8,3 5,0 4,5

08. Observe o fenômeno indicado na tirinha abaixo.

09.

(Elaborada a partir de dados do US Bureau of Census. World Population Profile: 1999.)

Os brasileiros tiveram, em junho, o maior tempo de navegação residencial na internet entre 11 países monitorados pelo Ibope/NetRatings: média mensal de 16 horas e 54 minutos por pessoa. O país ficou à frente de nações como a França, Japão, Estados Unidos e Espanha.

(Adaptado. Folha de S. Paulo, 23/07/2005.)

Vou levantar a garrafa sem puxar o

fio ou o peso...

peso

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Com base na tabela e no texto anterior analise os possíveis motivos para a liderança do Brasil no tempo de uso da internet.

I. O país tem uma estrutura populacional com maior percentual de jovens do que os países da Europa e os EUA.

II. O uso de internet em casa se distribui igualmente entre as classes A, B e C, o que de-monstra iniciativas de inclusão digital.

III. A adesão ao sistema de internet por banda larga ocorre, porque essa tecnologia promo-ve a mudança de comportamento dos usuários,

Está correto apenas o que se afirma em

a) I. d) I e II.

b) II. e)II e III.

c)III.

Texto para as questões 10 e 11.

Na investigação forense, utiliza-se luminol, uma substância que reage com o ferro presente na hemoglobina do sangue, produzindo luz que permite visualizar locais contaminados com pequenas quantidades de sangue, mesmo em superfícies lavadas.

É proposto que, na reação do luminol (l) em meio alcalino, na presença de peróxido de hidrogênio (ll) e de um metal de transição (Mn+), forma-se o composto 3-amino ftalato (lll) que sofre uma relaxação dando origem ao produto final da reação (lV), com liberação de energia (hv) e de gás nitrogênio (N2) .

(Adaptado. Química Nova, 25. nº 6, 2002. pp. 1003-1011.)

NH2 O

O

NH

NH+ H2O2 + Mn+

NH2 O

O

OO

+ hv +N2

*NH2 O

O

OO

I II III IV

Dados: pesos moleculares: Luminol – 177

3 – amino ftalato – 164

10. Na reação do luminol, está ocorrendo o fenômeno de

a) fluorescência, quando espécies excitadas por absorção de uma radiação eletromagnéti-ca relaxam liberando luz.

b) Incandescência, um processo físico de emissão de luz que transforma energia em ener-gia luminosa.

c) Quimiluminescência, uma reação química que ocorre com a liberação de energia eletro-magnética na forma de luz.

d) Fosforescência, em que átomos excitados pela radiação visível sofrem decaimento, emitindo fótons.

e) Fusão nuclear a frio, através de reação química de hidrólise com liberação de energia.

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11. Na análise de uma amostra biológica para análise forense, utilizou-se 54 g de lumi-nol e peróxido de hidrogênio em excesso, obtendo-se um rendimento final de 70%, Sendo assim, a quantidade do produto fi-nal (lV) formada na reação foi de

a) 123,9. d) 35,0.

b) 114,8. e) 16,2.

c) 86,0.

Texto para as questões 12 e 13

Cândido Portinari (1903 – 1962), um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX, tratou de diferentes aspectos da nossa realidade em seus quadros.

Sobre a temática dos “Retirantes”, Porti-nari também escreveu o seguinte poema:

(...) Os retirantes vêm vindo com trouxas e

embrulhos Vêm das terras secas e escuras. Pedregu-

lhos Doloridos como fagulhas de carvão aceso

Corpos disformes, uns panos sujos, Rasgados e sem cor, dependurados

Homens de enorme ventre bojudo Mulheres com trouxas caídas para o lado

Pançudas, carregando ao colo um garoto Choramingando, remelento

(Cândido Portinari. Poemas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1964.)

12. Das quatro obras reproduzidas, assinale aquelas que abordam a problemática que é tema do poema.

a) 1 e 2 b) 1 e 3

c) 2 e 3 d) 3 e 4 e) 2 e 4

13. No texto de Portinari, algumas das pesso-as descritas provavelmente estão infecta-das com o verme Schistosoma mansoni. Os “homens de enorme ventre bojudo” corresponderiam aos doentes da chama-da “barriga d’água”.

O ciclo de vida do Schistosoma mansoni e as condições sócio-ambientais de um lo-cal são fatores determinantes para maior ou menor incidência dessa doença. O au-mento da incidência da esquistossomose deve-se à presença de

a) roedores, ao alto índice pluvial e à ine-xistência de programas de vacinação.

b) Insetos hospedeiros e indivíduos infec-tados, à inexistência de programas de vacinação.

c) indivíduos infectados e de hospedeiros intermediários e à ausência de sanea-mento básico.

d) mosquitos, a inexistência de progra-mas de vacinação e à ausência de con-trole de águas paradas.

e) gatos e de alimentos contaminados, e à ausência de precauções higiênicas.

14. Analise o quadro acerca da distribuição da mi-séria no mundo, nos anos de 1987 e 1998.

Mapa da Miséria

População que vive com menos de US$ 1 por dia (em %)Região 1987 1990 1993 1996 1998*Extremo Oriente e Pacífico 26,6 27,6 25,2 14,9 15,3

Europa e Ásia Central 0,2 1,6 4,0 5,1 5,1

América Latina e Caribe 15,3 16,8 15,3 15,6 15,6

Oriente Médio e Norte da África 4,3 2,4 1,9 1,8 1,9

Sul da Ásia 44,9 44,0 42,4 42,3 40,0África Subsaariana 46,6 47,7 49,7 48,5 46,3Mundo 28,3 29,0 28,1 24,5 24,0

*Preliminar (Fonte: Banco Mundial.) (Adaptado. Gazeta Mercantil, 17 de outubro de 2001, p. A-6)

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A leitura dos dados apresentados per-mite afirmar que, no período conside-rado,

a) no sul da Ásia e na África Subsaariana está, proporcionalmente, a maior con-centração da população miserável.

b) registra-se um aumento generalizado da população pobre e miserável.

c) na África Subsaariana, o percentual de população pobre foi crescente.

d) em números absolutos a situação da Europa e da Ásia Central é a melhor dentre todas as regiões consideradas.

e) O Oriente Médio e o Norte da África mantiveram o mesmo percentual de população miserável.

15. Considerando os conhecimentos sobre o espaço agrário brasileiro e os dados apre-sentados no gráfico, é correto afirmar que, no período indicado,

97,5

73,6

56,0

36,8 36,3

90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02**

37,8

Produção de Grãos*Área plantada (milhões de hectares)Produção (milhões de toneladas)

*Soja, Trigo, Milho, Arroz e Algodão **Previsão Obs.: Há ainda 13 milhões de hectares utilizados por plantações das chamadas culturas permanentes, como hortifrutigranjeiros.Fontes: Censo Agropecuário, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Agricultura

a) ocorreu um aumento da produtividade agrícola devido à significativa mecani-zação de algumas lavouras, como a da soja.

b) Verificou-se um incremento na pro-dução de grãos proporcionalmente à incorporação de novas terras produti-vas.

c) Registrou-se elevada produção de grãos em virtude do uso intensivo de mão-de-obra pelas empresas rurais.

d) Houve um salto na produção de grãos, a partir de 91, em decorrência do to-tal de exportações feitas por pequenos agricultores.

e) Constataram-se ganhos tanto na pro-dução quanto na produtividade agrí-colas resultantes da efetiva reforma agrária executada.

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16. As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governadores. Tendo como referência o estado atual dos países peri-féricos, pode-se afirmar que nessas histó-rias está contida a seguinte idéia:

a) crítica à precária situação dos traba-lhadores ativos e aposentados.

b) Necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura.

c) Menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas.

d) Exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho.

e) Aprofundamento do problema social do desemprego e do subemprego.

17. Um estudo caracterizou 5 ambientes aquáticos, nomeados de A e E, em uma região, medindo parâmetros físicoquími-cos de cada um deles, incluindo o pH nos ambientes. O Gráfico I representa os va-lores de pH dos 5 ambientes.

Utilizando o gráfico ll, que representa a distribuição estatística de espécies em di-ferentes faixas de pH, pode-se esperar um maior número de espécies no ambiente:

1086420

A B C D E

pH

Ambientes

Gráfico l

40

30

20

10

03 4 5 6 7 8 9 10 11

pH ótimo de sobrevida

Núm

ero

de e

spéc

ies

Gráfico ll

a) A. b) B. c) C.

d) D. e) E.

18. O termo (ou expressão) destacado que está empregado em seu sentido próprio, denotativo ocorre em

a) “(...)

É de laço e de nó

De gibeira o jiló

Dessa vida, cumprida a sol (...)”

(Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. Setembro de 1992.)

b) “protegendo os inocentes

é que Deus, sábio demais,

põe cenários diferentes

nas impressões digitais.”

(Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)

c) “O dicionário-padrão da língua

e os dicionários unilíngües são

os tipos mais comuns de dicionários. Em nossos dias,

eles se tornaram um objeto de

consumo obrigatório para as

nações civilizadas e

desenvolvidas.”

(Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua. Alfa

(28) , 2743. 1974 Supl.)

d)

O Globo. O menino maluquinho. agosto de 2002.

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e) “Humorismo é a arte de fazer có-cegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trági-co e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer .”

Leon Eliachar. www.mercadolivre.com.br. Acessado em julho de 2005.)

Anotações

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QUESTÕES DO ENEM 2006

01.

Namorados

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:

– Antônia, ainda não me acostumei com o seu

[corpo, com a sua cara.

A moça olhou de lado e esperou.

– Você não sabe quando a gente é criança e de

[repente vê uma lagarta listrada?

A moça se lembrava:

– A gente fica olhando...

A meninice brincou de novo nos olhos dela.

O rapaz prosseguiu com muita doçura:

– Antônia, você parece uma lagarta listrada.

O rapaz concluiu:

– Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

Manuel Bandeira. Poesia com-pleta & prosa.

Rio de Janeiro: Nova Aguíllar, 1985.

No poema de Bandeira, importante repre-sentante da poesia modernista, destaca-se como característica da escola literária dessa época

a) a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas.

b) A utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano.

c) A criativa simetria de versos para re-produzir o ritmo do tema abordado.

d) A escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época.

e) O recurso ao diálogo, gênero discursi-vo típico do Realismo.

02.

As linhas nas duas figuras geram um efei-to que se associa ao seguinte ditado po-pular:

a) Os últimos serão os primeiros.

b) Os opostos se atraem.

c) Quem espera sempre alcança.

d) As aparências enganam.

e) Quanto maior a altura, maior o tombo.

03.

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de Sol

O índio tinha despido

O português.

Oswald de Andrade. Poesias reunidas.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

O primitivismo observável no poema aci-ma, de Oswald de Andrade, caracteriza de forma marcante

a) o regionalismo no Nordeste.

b) O concretismo paulista.

c) A poesia Pau-Brasil.

d) O simbolismo pré-modernista.

e) O tropicalismo baiano.

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04.

Depois de um bom jantar: feijão com car-ne-seca, orelha de porco e couve com angu, arroz-mole engordurado, carne de vento assa-da no espeto, torresmo enxuto de toicinho da barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de couve, jantar encerrado por um prato fundo de canjica com torrões de açúcar, Nhô Tomé saboreou o café forte e se estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, à guisa de travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do indicador e do polegar, en-vernizados pela fumaça, de unhas encanoadas e longas, ficou-se de pança para o ar, modor-rento, a olhar para as ripas do telhado.

Quem come e não deita, a comida não apro-veita pensava Nhô Tomé... E pôs-se a cochilar. A sua modorra durou pouco; Tia Policena, ao passar pela sala, bradou assombrada;

Êêh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num pres-ta... Dá pisadêra e póde morre de ataque de cabeça!

Depois do armoço num far-má... mais des-pois da janta?!”

Cornélio Pires. Conversas ao pé do fogo. São Paulo:Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1987.

Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em 1921, o narrador

a) apresenta, sem explicitar juízos de va-lor, costumes da época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a atitu-de de Nhô Tomé e da Tia Policena.

b) Desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora à narrativa usos pró-prios da linguagem regional das perso-nagens.

c) Condena os hábitos descritos, dando voz a Tia Policena, que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se após as refei-ções.

d) Utiliza a diversidade sociocultural e lin-güística para demonstrar seu desres-peito às populações das zonas rurais do início do século XX.

e) Manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao transcrever a fala dela com os erros próprios da região.

Texto para as questões 5 e 6

Aula de português

1 A linguagem

Na ponta da língua

Tão fácil de falar

4 E de entender.

A linguagem

Na superfície estrelada de letras,

7 sabe lá o que quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,

E vai desmatando

10 o amazonas de minha ignorância.

Figuras de gramática, esquipáticas,

Atropelam-me, aturdem-me, seqües-tram-me.

13 já esqueci a língua em que comia,

em que pedia para ir lá fora,

em que levava e dava pontapé,

16 a língua, breve língua entrecortada

do namoro com a priminha.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para

Lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.

05. Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em

a) situações formais e informais.

b) Diferentes regiões do pais.

c) Escolas literárias distintas.

d) Textos técnicos e poéticos.

e) Diferentes épocas.

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06. No poema, a referência à variedade pa-drão da língua está expressa no seguinte trecho:

a) “A linguagem / na ponta da língua” (v. 1 e 2).

b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v. 5 e 6).

c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v. 14).

d) “[a língua] em que levava e dava pon-tapé” (c. 15).

e) “[a língua] do namoro com a primi-nha” (v. 17).

07. No poema Procura da poesia , Carlos Drummond de Andrade expressa a con-cepção estética de se fazer com palavras o que o escultor Michelangelo fazia com mármore. O fragmento abaixo exemplifica essa afirmação.

(...)

Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

(...)

Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma

tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela resposta,

pobre ou terrível, que lhe deres:

trouxeste a chave?

Carlos Drummond de Andrade. A rosa do povo.

Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 13-14.

Esse fragmento poético ilustra o seguinte tema constante entre autores modernis-tas:

a) a nostalgia do passado colonialista re-visitado.

b) a preocupação com o engajamento político e social da literatura.

c) o trabalho quase artesanal com as pa-lavras, despertando sentidos novos.

d) a produção de sentidos herméticos na busca da perfeição poética.

e) a contemplação da natureza brasileira na perspectiva ufanista da pátria.

08. No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena:

1 Não se conformou: devia haver engano. (...)

Com certeza havia um erro no papel do branco. Não

Se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estri-bos.

4 Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo?

Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de

7 alforria?

O patrão zangou-se, repeliu a insolência,

Achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço

10 noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou.

Bem, bem. Não era preciso barulho não.

Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ªe 1.

Rio de Janeiro: Record, 2003.

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de re-gionalismo e de coloquialismo no voca-bulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:

a) “Não se conformou: devia haver enga-no” (L.1).

b) “e Fabiano perdeu os estribos”(L.3).

c) “Passar a vida inteira assim no toco”(L.4).

d) “entregando o que era dele de mão beijada!”(L.4-5).

e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amu-nhecou” (L.11).

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ERA PERÍODO MILHÕES DE ANOS EVOLUÇÃO BIOLÓGICA PALEOGEOGRAFIA

QUATERNÁRIO

NEOGÊNIO

PALEOGÊNICO

CRETÁCEO

JURÁSSICO

TRIÁSSICO

PERMIANO

CARBONÍFERO

DEVONIANO

SILURIANO

ORDOVICIANO

CAMBRIANO

PRÉ-CAMBRIANO

Elevação dos HimalaiasLigação das duas AméricasFecho e dessecação do Mediterrâneo

Elevação de PirineusConclusão da abertura do Atlântico NorteConstituição do continente Norte-Atlântico

Abertura do Atlântico Sul

Início da fragmentação da PangéiaConstituição da Pangéia

Fecho do oceano Lapetus

Abertura dos oceanos Lapetus e Rheio

Constituição da Avelônia

Constituição do continente Rodinia

0,01

1,8

5,3

23,834,65665

145

208

245290

363

409

439

510

544

1.000

1.4001.8002.000

3.100

3.500

4.600

Faunas e floras atuaisPrimeira manifestações de arteSepultura mais antigasExtinção dos mastodontes e dinotérios

Aparecimento dos bois, cavalos e veadosPrimeiros utensillios de pedraAparecimento dos hominídeos

Primeiros roedoresPrimeiros primatas

Últimos dinossaurosPrimeiras angiospermas

Primeiras avesPrimeiros dinossauros

Aparecimento de répteis

Aparecimento dos anfíbiosPrimeiras gimnospermas

Primeiras plantas e primeiros animais terrestresPrimeiros peixes

Reprodução sexuada

Primeiros depósitos de carvão (algas)Oxigênio livre na atmosferaAparecimento de organismo eucariontesPrimeiros microrganismos procariontesPrimeiros vestígios de vida

Formação da Terra

CEN

OZÓ

ICA

PALE

OZÓ

ICA

MEZO

ICA

Para responder às questões 9 e 10, analise o quadro a seguir, que esquematiza a história da Terra.

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09. Considerando o esquema anterior, assinale a opção correta.

a) quando os primeiros hominídeos apareceram na Terra, os répteis já existiam há mais de 500 milhões de anos.

b) Quando a espécie Homo sapiens surgiu no planeta, América do Sul e África estavam fisicamente unidas.

c) No Pré-Cambriano, surgiram, em meio líquido, os primeiro vestígios de vida no planeta.

d) A fragmentação da Pangéia ocasionou o desaparecimento dos dinossauros.

e) A Era Mesozóica durou menos que a Cenozóica.

10. Entre as opções a seguir, assinale a que melhor representa a história da Terra em uma es-cala de 0 a 100, com comprimentos iguais para intervalos de tempo de mesma duração.

11. O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis, nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré.

A maior parte dos músicos ficava satisfei-ta quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de classe média na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

Norbert Elias: sociologia de um gênio.

Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Anti-go Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 3º. Estado é correto afirmar que o autor do texto, ao

fazer referência a “classe média”, descre-ve a sociedade utilizando a noção poste-rior de classe social a fim de

a) aproximar da nobreza cortesã a con-dição de classe dos músicos, que per-tenciam ao 3º. Estado.

b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais.

c) Indicar que os músicos se encontra-vam na mesma situação que os de-mais membros do3º. Estado.

d) Distinguir, dentro do 3º. Estado, as condições em que viviam os “criados de libré” e os camponeses.

e) Comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.

Faunas e floras atuais

primeiros vestígios de vida

eucariontes

primeiros peixes

formação da Terra

A

0

50

100 Faunas e floras atuais

primeiros vestígios de vida

eucariontes

primeiros peixes

formação da Terra

B

0

50

100 Faunas e floras atuais

primeiros vestígios de vida

eucariontes

primeiros peixes

formação da Terra

C

0

50

100 Faunas e floras atuais

primeiros vestígios de vida

eucariontes

primeiros peixes

formação da Terra

D

0

50

100 Faunas e floras atuais

primeiros vestígios de vida

eucariontes

primeiros peixes

formação da Terra

E

0

50

100

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69

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12. No princípio do século XVII, era bem in-significante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet dava-lhe 200 ha-bitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, in-formava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.

*homiziados: escondidos da justiça

Nelson Werneck Sodré. Formação histórica

Do Brasil. São Paulo: Modema, 1998 (com adaptações).

Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Per-nambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronista da época afirmavam que os habitantes ri-cos de Olinda viviam no maior luxo.

Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês.

São Paulo: Modema , 1998 (com adaptações).

Os textos acima retratam, respectivamen-te, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metró-pole brasileira e uma das maiores do pla-neta. Essa mudança deveu-se, essencial-mente, ao seguinte fator econômico:

a) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Pirati-ninga do que na Zona da Mata Nordes-tina.

b) Atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.

c) Avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias.

d) Desenvolvimento sucessivo da econo-mia mineradora, cafeicultura e indus-trial no Sudeste.

e) Destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa.

13. No início do século XIX, o naturalista ale-mão, Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indí-gena, ele afirmou:

“Permanecendo em grau inferior da hu-manidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não altera, nenhum exemplo o ex-cita e nada o impulsiona para um nobre de-senvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para concilia-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satis-feito e feliz.”

Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones

Do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1982.

Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius

a) apoiava a independência do Novo Mun-do, acreditando que os índios, diferen-temente do que fazia a missão euro-péia, respeitavam a flora e a fauna do país.

b) Discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios.

c) Defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indí-gena cidadão satisfeito e feliz.

d) Procurava impedir o processo de acul-turação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.

e) Desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão “civilizadora euro-péia”, típica do século XIX.

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14. A moderna democracia brasileira foi cons-truída entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no suicídio do pre-sidente Vargas. No ano seguinte, outra crise quase impediu a posse do presiden-te eleito, Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à guerra civil de-pois da inesperada renúncia do presiden-te Jânio Quadros. Três anos mais tarde, um golpe militar depôs o presidente João Goulart, e o país viveu durante vinte anos em regime autoritário.

A partir dessas informações, relativas à história republicana brasileira, assinale a opção correta.

a) Ao término do governo João Goulart, Juscelino Kubitschek foi eleito presi-dente da República.

b) A renúncia de Jânio Quadros represen-tou a primeira grande crise do regime republicano brasileiro.

c) Após duas décadas de governos mili-tares, Getúlio Vargas foi eleito presi-dente em eleições diretas.

d) A trágica morte de Vargas determi-nou o fim da carreira política de João Goulart.

e) No período republicano citado, suces-sivamente, um presidente morreu, um teve sua posse contestada, um renun-ciou e outro foi deposto.

15. Os textos a seguir foram extraídos de duas crônicas publicadas no ano em que a sele-ção brasileira conquistou o tricampeonato mundial de futebol.

O General Médici falou em consistência moral. Sem isso, talvez a vitória nos escapas-se, pois a disciplina consciente, livremente aceita, é vital na preparação espartana para o rude teste do campeonato. Os brasileiros por-taram-se não apenas como técnicos ou profis-sionais, mas como brasileiros, como cidadãos deste grande país, cônscios de seu papel de

representantes de seu povo. Foi a própria afir-mação do valor do homem brasileiro, como sa-lientou bem o presidente da República. Que o chefe do governo aproveite essa pausa, esse minuto de euforia e de efusão patriótica, para meditar sobre a situação do país. (...) A reali-dade do Brasil é a explosão patriótica do povo ante a vitória na Copa.

Danton Jobin. Última Hora, 23/6/1970 (com adaptações).

O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do povo: uma explosão incomparável de alegria, de entusiasmo, de orgulho. (...) Debruçado em minha varanda, [um velho ami-go] perguntava: - Será que algum terrorista se aproveitou do delírio coletivo para adiantar um plano seu qualquer, agindo com frieza e precisão? Será que, de outro lado, algum car-rasco policial teve ânimo para voltar a torturar sua vítima logo que o alemão apitou o fim do jogo?

Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com adaptações ).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos dois textos e do período histórico em que foram escritos.

I. Para os dois autores, a conquista do tri-campeonato mundial de futebol provocou uma explosão de alegria popular.

II. Os dois textos salientam o momento po-lítico que o país atravessava ao mesmo tempo em que conquistava o tricampeo-nato.

III. À época da conquista do tricampeonato mundial de futebol, o Brasil vivia sob regi-me militar, que, embora politicamente au-toritário, não chegou a fazer uso de méto-dos violentos contra seus opositores.

É correto apenas o que se afirma em

a) I. d) I e II.

b) II. e) II e III.

c) III.

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A B C DA *B * *C * * *D

16. A tabela abaixo indica a posição relativa de quatro times de futebol na classificação geral de um torneio, em dois anos conse-cutivos. O símbolo significa que o time indicado na linha ficou, no ano de 2004, à frente do indicado na coluna. O símbolo significa que o time indicado na linha fi-

cou, no ano de 2005, à frente do indicado na coluna.

A probabilidade de que um desses quatro times, escolhidos ao acaso, tenha obtido a mesma classificação no torneio, em 2004 e 2005, é igual a

a) 0,00 d) 0,75

b) 0,25 e) 1,00.

c) 0,50

17. Um time de futebol amador ganhou uma taça ao vencer um campeonato. Os joga-dores decidiram que o prêmio seria guar-dado na casa de um deles. Todos quiseram guardar a taça em suas casas. Na discus-são para se decidir com quem ficaria o troféu, travou-se o seguinte diálogo:

Pedro, camisa 6: - Tive uma idéia. Nós somos 11 jogadores e nossas camisas estão numeradas de 2 a 12; Tenho dois dados com as faces numeradas de 1 a 6. Se eu jogar os dados, a soma dos números das faces que fi-carem para cima pode variar de 2 (1 + 1) até 12 (6+6). Vamos jogar os dados, e quem tiver a camisa com o número do resultado vai guar-dar a taça.

Tadeu, camisa 2: – Não sei não... Pedro sempre foi muito esperto... Acho que ele está levando alguma vantagem nessa proposta...

Ricardo, camisa 12: – Pensando bem ...você pode estar certo, pois, conhecendo o Pedro, é capaz que ele tenha mais chances de ganhar que nós dois juntos...

Desse diálogo conclui-se que

a) Tadeu e Ricardo estavam equivocados, pois a probabilidade de ganhar a guar-da da taça era a mesma de todos.

b) Tadeu tinha razão e Ricardo estava equivocado, pois juntos, tinham mais chances de ganhar a guarda da taça do que Pedro.

c) Tadeu tinha razão e Ricardo esta-va equivocado, pois juntos, tinham a mesma chance que o Pedro de ganhar a guarda da taça.

d) Tadeu e Ricardo tinham razão, pois os dois juntos tinham menos chances de ganhar a guarda da taça do que Pe-dro.

e) Não é possível saber qual dos jogado-res tinha razão, por se tratar de um resultado probabilístico, que depende exclusivamente da sorte.

18. Os gráficos 1 e 2 a seguir mostram, em milhões de reais, o total do valor das ven-das que uma empresa realizou em cada mês, nos anos de 2004 e 2005.

8,07,57,06,56,05,55,04,54,0

J F M A M J J A S O N D

milh

ões

de

reai

s

meses

Vendas em 2004

Gráfico 1

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meses

8,07,57,06,56,05,55,04,54,0

J F M A M J J A S O N D

milh

ões

de

reai

s

Vendas em 2005

Gráfico 2

Como mostra o gráfico 1, durante o ano de 2004, houve, em cada mês, crescimento das vendas em relação ao mês anterior. A diretoria dessa empresa, porém, conside-rou muito lento o ritmo de crescimento na-quele ano. Por isso, estabeleceu como meta mensal para o ano de 2005 o crescimento das vendas em ritmo mais acelerado que o de 2004. Pela análise do gráfico 2, concluí-se que a meta para 2005 foi atingida em

a) janeiro, fevereiro e outubro.

b) fevereiro, março e junho.

c) março, maio e agosto.

d) abril, agosto e novembro.

e) julho, setembro e dezembro.

19. Uma cooperativa de radiotáxis tem como meta atender, em no máximo 15 minu-tos, a pelo menos 95% das chamadas que recebe. O controle dessa meta é feito ininterruptamente por um funcionário que utiliza um equipamento de rádio para mo-nitoramento. A cada 100 chamadas, ele registra o número acumulado de chama-das que não foram atendidas em 15 mi-nutos. Ao final de um dia, a cooperativa apresentou o seguinte desempenho:

Total acumuladode chamadas 100 200 300 400 482

Número acumulado deChamadas não

atendidasEm 15 minutos

6 11 17 21 24

Esse desempenho mostra que, nesse dia, a meta estabelecida foi atingida

a) nas primeiras 100 chamadas.

b) nas primeiras 200 chamadas.

c) nas primeiras 300 chamadas.

d) nas primeiras 400 chamadas.

e) ao final do dia.

20. O gráfico abaixo foi extraído de matéria publicada no caderno Economia & Ne-gócios do Jornal O Estado de S. Paulo, em 11/6/2006.

EM PORCENTAGEM

Inflação - acumulado em 12 meses no Brasil e nos EUA, segundo índices de preços ao consumidor

– BRASIL - IPC - FIPE* ........ EUA - CPI**

16,0014,0012,0010,008,006,004,002,000

2001 2002 2003 2004 2005 2006.........................................................................* Índice de Preços ao Consumidor da FIPE – ** Consumer Price IndexFonte: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)

É um título adequado para a matéria jor-nalística em que esse gráfico foi apresen-tado:

a) Brasil: inflação acumulado em 12 me-ses menor que a do EUA.

b) Inflação do terceiro mundo supera pela sétima vez a do primeiro mundo.

c) Inflação brasileira estável no período de 2001 a 2006

d) Queda no índice de preços ao consu-midor no período 2001-2005

e) EUA: ataques terroristas causam hipe-rinflação

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21. No Brasil, verifica-se a Lua, quando está na fase cheia, nasce por volta das 18 ho-ras e se põe por volta das 6 horas. Na fase Nova, ocorre o inverso: a Lua nasce às 6 horas e se põe às 18 horas, aproximada-mente. Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se põe em horários intermediá-rios. Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura abaixo poderá ser observada no ponto mais alto de sua trajetória no céu por volta de

a) meia-noite.

b) três horas da madrugada.

c) nove horas da manhã.

d) meio-dia.

e) seis horas da tarde.

22. A poluição ambiental tornou-se grave pro-blema a ser enfrentado pelo mundo con-temporâneo. No gráfico seguinte, alguns países estão agrupados de acordo com as respectivas emissões médias anuais de CO2 per capita.

Brasil, Índia, Indonésia, países daAmérica Central e Caribe

China, México, Chile, Argentina,Países da União Européia e Venezuela

Japão, Canadá, Rússia, Ucrânia,Polônia e África do Sul

EUA e Austrália

0 5 10 15 20 25 30 35 40toneladas de CO2 per capita

O Estado de S. Paulo, 22/7/2004 (com adaptações).

Considerando as características dos paí-ses citados, bem como as emissões mé-dias anuais de CO2 per capita indicadas no gráfico, assinale a opção correta.

a) O índice de emissão de CO2 per capita dos países da União Européia se equi-para ao de alguns países emergentes.

b) A china lança, em média, mais CO2 per capita na atmosfera que os EUA.

c) A soma das emissões de CO2 per capi-ta de Brasil, Índia e Indonésia é maior que o total lançado pelos EUA.

d) A emissão de CO2 é tanto maior quanto menos desenvolvido é o país.

e) A média de lançamento de CO2 em re-giões e países desenvolvidos é superior a 15 toneladas por pessoa ao ano.

23. Com base em projeções realizadas por es-pecialistas, prevê-se, para o fim do século XXI, aumento de temperatura média, no planeta, entre 1,4 ºC e 5,8 ºC.

Como conseqüência desse aquecimento, possivelmente o clima será mais quente e mais úmido bem como ocorrerão mais enchentes em algumas áreas e secas crô-nicas em outras. O aquecimento também provocará o desaparecimento de algumas geleiras, o que acarretará o aumento do nível dos oceanos e a inundação de certas áreas litorâneas.

As mudanças climáticas previstas para o fim do século XXI

a) provocarão a redução das taxas de evaporação e de condensação do ciclo da água.

b) poderão interferir nos processos do ci-clo da água que envolvem mudanças de estado físico.

c) promoverão o aumento da disponibili-dade de alimentos das espécies mari-nhas.

d) induzirão o aumento dos mananciais, o que solucionará os problemas de fal-ta de água no planeta.

e) causarão o aumento do volume de to-dos os cursos de água, o que minimi-zará os efeitos da poluição aquática.

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24. A Terra é cercada pelo vácuo espacial e, assim ela só perde energia ao irradiá-la para o espaço. O aquecimento global que se verifica hoje decorre de pequeno de-sequilíbrio energético, de cerca de 0,3%, entre a energia que a Terra recebe do Sol e a energia irradiada a cada segundo, algo em torno de 1 W/m². Isso significa que a Terra acumula, anualmente, cerca de 1,6 x 10²² J.

Considere que a energia necessária para transformar 1 kg de gelo a 0ºC em água líquida a 3,2 x 105 J. Se toda a energia acumulada anualmente fosse usada para derreter o gelo nos pólos (a 0 ºC), a quan-tidade de gelo derretida anualmente, em trilhões de toneladas, estaria entre

a) 20 e 40. d) 80 e 100.

b) 40 e 60. e) 100 e 120.

c) 60 e 80.

25. Chuva ácida é o termo utilizado para de-signar precipitações com valores de pH inferiores a 5,6. As principais substân-cias que contribuem para esse processo são os óxidos de nitrogênio e de enxofre provenientes da queima de combustíveis fósseis e, também, de fontes naturais. Os problemas causados pela chuva ácida ul-trapassam fronteiras políticas regionais e nacionais.

A amplitude geográfica dos efeitos da chuva ácida está relacionada principalmente com

a) a circulação atmosférica e a quantida-de de fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de enxofre.

b) a quantidade de fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de enxofre e a rede hidrográfica.

c) a topografia do local das fontes emis-soras de óxidos de nitrogênio e de en-xofre e o nível dos lençóis freáticos.

d) a quantidade de fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de enxofre e o nível dos lençóis freáticos.

e) a rede hidrográfica e a circulação at-mosférica.

26.

O aqüífero Guarani, megarreservatório hí-drico subterrâneo da América do Sul, com 1,2 milhão de km², não é o “mar de água doce” que se pensava existir. Enquanto em algumas áreas a água é excelente, em outras, é inacessível, escassa ou não-potável. O aqüífero pode ser dividido em quatro grandes compartimentos. No compartimento Oeste, há boas condições estruturais que proporcionam recarga rápida a partir das chuvas e as águas são, em geral, de boa qualidade e potáveis. Já no compartimen-to Norte-Alto Uruguai, o sistema encontra-se coberto por rochas vulcânicas, a profundidades que variam de 350 m a 1.200 m. Suas águas são muito antigas, datando da Era Mesozóica, e não são potáveis em grande parte da área, com elevada salinidade, sendo que os altos teores de fluoretos e de sódio podem causar alcalini-zação de solo.

Scientific American Brasil, nº 47. abr./2006 (com adaptações).

Em relação ao aqüífero Guarani, é correto afirmar que

a) seus depósitos não participam do ciclo da água.

b) Águas provenientes de qualquer um de seus compartimentos solidificam-se a 0 º C.

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c) É necessário, para utilização de seu potencial como reservatório de água potável, conhecer detalhadamente o aqüífero.

d) A água é adequada ao consumo huma-no direto em grande parte da área do compartimento Norte-Alto Uruguai.

e) O uso das águas do compartimento Norte-Alto Uruguai para irrigação dei-xaria ácido o solo.

27. A situação atual das bacias hidrográficas de São Paulo tem sido alvo de preocu-pações ambientais: a demanda hídrica é maior que a oferta de água e ocorre ex-cesso de poluição industrial e residencial. Um dos casos mais graves de poluição da água é o da bacia do alto Tietê, onde se localiza a região metropolitana de São Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão mui-to poluídos, o que compromete o uso da água pela população.

Avalie se as ações apresentadas abaixo são adequadas para se reduzir a poluição desses rios.

I. Investir em mecanismos de reciclagem da água utilizada nos processos indus-triais.

ll. Investir em obras que viabilizem a transposição de águas de mananciais adjacentes para os rios poluídos.

III. implementar obras de saneamento bá-sico e construir estações de tratamento de esgotos.

É adequado o que se propõe

a) apenas em I.

b) apenas em II.

c) apenas em I e III.

d) apenas em II e III.

e) em I, II e III.

país

saneamento básico (%) taxa de mortalidadeInfantil (por mil)

esgotamentosanitárioadequado

abastecimentode água

anos de permanênciadas mães na escola

até 3 de4 a 7

8 oumais

I 33 47 45,1 29,6 21,4

II 36 65 70,3 41,2 28,0

III 81 88 34,8 27,4 17,7

IV 62 79 33,9 22,5 16,4

V 40 73 37,9 25,1 19,3

28. A tabela a seguir apresenta dados relati-vos a cinco países.

Com base nessas informações, infere-se que

a) a educação tem relação direta com a saúde, visto que é menor a mortali-dade de filhos cujas mães possuem maior nível de escolaridade mesmo em países onde o saneamento básico é precário.

b) O nível de escolaridade das mães tem influência na saúde dos filhos, desde que, no país em que eles residam, o abastecimento de água favoreça, pelo menos, 50% da população.

c) A intensificação da educação de jovens e adultos e a ampliação do saneamento básico são medidas suficientes para se reduzir a zero a mortalidade infantil.

d) Mais crianças são acometidas pela diarréia no país III do que no país II.

e) A taxa de mortalidade infantil é dire-tamente proporcional ao nível de es-colaridade das mães e independe das condições sanitárias básicas.

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29. Na região sul da Bahia, o cacau tem sido cultivado por meio de diferentes sistemas. Em um deles, o convencional, a primeira etapa de preparação do solo corresponde à retirada da mata e à queimada dos tocos e das raízes. Em seguida, para o plantio da quantidade máxima de cacau na área, os pés de cacau são plantados próximos uns dos outros. No cultivo pelo sistema chamado cabruca, os pés de cacau são abrigados entre as plantas de maior por-te, em espaço aberto criado pela derruba-da apenas das plantas de pequeno porte.

Os cacaueiros dessa região têm sido ata-cados e devastados pelo fungo chamado vassoura-de-bruxa, que se reproduz em ambiente quente e úmido por meio de es-poros que se espalham no meio aéreo.

As condições ambientais em que os pés de cacau são plantados e as condições de vida do fungo vassoura-de-bruxa, men-cionadas acima, permitem supor-se que sejam mais intensamente atacados por esse fungo os cacaueiros plantados por meio do sistema

a) convencional, pois os pés de cacau fi-cam mais expostos ao sol, o que facili-ta a reprodução do parasita.

b) Convencional, pois a proximidade en-tre os pés de cacau facilita a dissemi-nação da doença.

c) Convencional, pois o calor das quei-maduras cria as condições ideais de reprodução do fungo.

d) Cabruca, pois os cacaueiros não supor-tam a sombra e, portanto, terão seu crescimento prejudicado e adoecerão.

e) Cabruca, pois, na competição com outras espécies, os cacaueiros ficam enfraque-cidos e adoecem mais facilmente.

Texto para as questões 30 e 31

O carneiro hidráulico ou aríete, dispositi-vo usado para bombear água, não requer combustível ou energia elétrica para fun-

h/Haltura da fontedividida pela

altura da caixa

Vfágua da fonte

necessáriapara o

funcionamento dosistema (litros/hora)

Vbágua

bombeadapara a caixa(litros/hora)

1/3

720 a 1.200

180 a 300

1/4 120 a 210

1/6 80 a 140

1/8 60 a 105

1/10 45 a 85

A eficiência energética Є de um carneiro pode ser obtida pela expressão:

= H

h x

Vb

Vf

Cuja variáveis estão definidas na tabela e na figura.

30. No sítio ilustrado, a altura da caixa d´água é o quádruplo da altura da fonte. Compa-rado a motobombas a gasolina, cuja efi-ciência energética é cerca de 35%, o car-neiro hidráulico do sítio apresenta

a) menor eficiência, sendo, portanto, in-viável economicamente.

b) Menor eficiência, sendo desqualificado do ponto de vista ambiental pela quan-tidade de energia que desperdiça.

c) Mesma eficiência, mas constitui alter-nativa ecologicamente mais apropria-da.

cionar, visto que usa a energia da vazão de água de uma fonte. A figura a seguir ilustra uma instalação típica de carneiro em um sítio, e a tabela apresenta dados de seu funcionamento.

fonte carneiro

caixa

H

h

Page 33: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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d) Maior eficiência, o que, por si só, jus-tificaria o seu uso em todas as regiões brasileiras.

e) Maior eficiência, sendo economicamen-te viável e ecologicamente correto.

31. Se, na situação apresentada, H = 5 x h, então, é mais provável que , após 1 hora de funcionamento ininterrupto, o carneiro hidráulico bombeie para a caixa d´água

a) de 70 a 100 litros de água.

b) de 75 a 210 litros de água.

c) de 80 a 220 litros de água.

d) de 100 a 175 litros de água.

e) de 110 a 240 litros de água.

32. Não é nova a idéia de se extrair energia dos oceanos aproveitando-se a diferença das marés alta e baixa. Em 1967, os fran-ceses instalaram a primeira usina “maré-motriz”, construindo uma barragem equi-pada de 24 turbinas, aproveitando-se a potência máxima instalada de 240 MW, suficiente para a demanda de uma cidade com 200 mil habitantes. Aproximadamen-te 10% da potência total instalada são de-mandados pelo consumo residencial.

Nessa cidade francesa, aos domingos, quando parcela dos setores industrial e comercial pára, a demanda diminui 40%. Assim, a produção de energia correspon-dente à demanda aos domingos será atin-gida mantendo-se

I. todas as turbinas em funcionamento, com 60% da capacidade máxima de produção de cada uma delas.

II. A metade das turbinas funcionando em capacidade máxima e o restante, com 20% da capacidade máxima.

III. Quatorze turbinas funcionando em ca-pacidade máxima e as demais desliga-das.

Está correta a situação descrita

a) apenas em I.

b) apenas em II.

c) apenas em I e III.

d) apenas em II e III.

e) em I, II e III.

33. Em certas regiões litorâneas, o sal é obtido da água do mar pelo processo de cristali-zação por evaporação. Para o desenvolvi-mento dessa atividade, é mais adequado um local

a) plano, com alta pluviosidade e pouco vento.

b) plano, com baixa pluviosidade e muito vento.

c) plano, com baixa pluviosidade e pouco vento.

d) montanhoso, com alta pluviosidade e muito vento.

e) montanhoso, com baixa pluviosidade e pouco vento.

Texto para as questões 34 e 35

Para se discutirem políticas energéticas, é importante que se analise a evolução da Oferta Interna de Energia (OIE) do país. Essa oferta expressa as contribuições re-lativas das fontes de energia utilizadas em todos os setores de atividade. O gráfico a seguir apresenta a evolução da OIE no Brasil, de 1970 a 2002.

DERIVADOS DE CANA-DE-AÇUCAR

OUTRAS

LENHA E CARVÃO VEGETAL

HIDRELÉTRICA

CARVÃO NATURAL

GÁS NATURALPETRÓLEO E DERIVADOS

100%

80%

60%

40%

20%

0%

1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002

ANO

Ministério de Minas e Energia – MME/Brasil

Oferta Interna de Energia (%)

Page 34: Apostila Eureka ENEM - Parte II

78

34. Com base nos dados do gráfico, verifica-se que, comparado ao do ano de 1970, o percentual de oferta de energia oriunda de recursos renováveis em relação à ofer-ta total de energia, em 2002, apresenta contribuição.

a) menor, pois houve expressiva diminui-ção do uso de carvão mineral, lenha e carvão vegetal.

b) Menor, pois o aumento do uso de deri-vados da cana-de-açúcar e de hidrele-tricidade não compensou a diminuição do uso de lenha e carvão vegetal.

c) Maior, pois houve aumento da oferta de hidreletricidade, dado que esta uti-liza o recurso de maior disponibilidade no país.

d) Maior, pois visto que houve expressivo aumento da utilização de todos os re-cursos renováveis do país.

e) Maior, pois houve pequeno aumento da utilização de gás natural e dos pro-dutos derivados da cana-de-açúcar.

35. Considerando-se que seja mantida a ten-dência de utilização de recursos energéti-cos observada ao longo do período 1970-2002, a opção que melhor complementa o gráfico como projeção para o período 2002-2010 é

36. A figura abaixo ilustra uma gangorra de brinquedo feita com uma vela. A vela é acesa nas duas extremidades e, inicial-mente, deixa-se uma das extremidades mais baixa que a outra. A combustão da parafina da extremidade mais baixa pro-voca a fusão. A parafina da extremidade mais baixa da vela pinga mais rapidamen-te que na outra extremidade. O pingar da parafina fundida resulta na diminuição da massa da vela na extremidade mais baixa, o que ocasiona a inversão das posições.

Assim, enquanto a vela queima, oscilam as duas extremidades.

Nesse brinquedo, observa-se a seguinte seqüência de transformações de energia:

a) energia resultante de processo quími-co energia potencial gravitacional

energia cinética.

b) Energia potencial gravitacional energia elástica energia cinética.

c) Energia cinética energia resultante de processo químico energia po-tencial gravitacional

d) Energia mecânica energia lumino-sa energia potencial gravitacional

e) Energia resultante do processo quími-co energia luminosa energia ci-nética

2002 2010 2002 2010 2002 2010

2002 2010 2002 2010

A B C

D E

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37. Uma artesã confecciona dois diferentes ti-pos de vela ornamental a partir de moldes feitos com cartões de papel retangulares de 20 cm x 10 cm (conforme ilustram as figuras abaixo). Unindo dois lados opostos do cartão, de duas maneiras, a artesã for-ma cilindros e, em seguida, os preenche completamente com parafina.

10 cm

Tipo II

20 c

m

20 cm

10 c

m

Tipo I

Supondo-se que o custo da vela seja di-retamente proporcional ao volume de pa-rafina empregado, o custo da vela do tipo I, em relação ao custo da vela do tipo II, será

a) o triplo.

b) o dobro.

c) igual.

d) a metade.

e) a terça parte.

REDAÇÃO – ENEM 1998

O Que É O Que É

(...)

Viver

E não ter a vergonha de ser feliz

Cantar e cantar e cantar

A beleza de ser um terno aprendiz

Eu sei

Que a vida devia ser bem melhor

E será

Mas isso não impede que eu repita

É bonita, é bonita e é bonita

(...)

Luiz Gonzaga Jr. (Gonzaguinha)

Redija um texto dissertativo, sobre o tema “Viver e Aprender”, no qual você exponha suas idéias de forma clara, coerente e em conformidade com a norma culta da língua, sem se remeter a nenhuma expressão do texto motivador “O Que É O Que É.

REDAÇÃO – ENEM 1999

(HENFIL. Fradim. Ed. Codecri, 1997, n. 20)

Page 36: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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O encontro “Vem ser cidadão” reuniu 380 jovens de 13 Estados, em Faxinal do Céu (PR). Eles foram trocar expe-riências sobre o chamado protagonis-mo juvenil.

O termo pode até parecer feio, mas essas duas palavras significam que o jovem não precisa de adulto para encontrar o seu lu-gar e a sua forma de intervir na socieda-de.

Ele pode ser protagonista.

([adaptado de] “Para quem se revolta e quer agir”,

Folha de S. Paulo, 16/11/1998)

Depoimentos de jovens participantes do encontro:

Eu não sinto vergonha de ser brasi-leiro. Eu sinto muito orgulho. Mas eu sinto vergonha por existirem muitas pessoas acomodadas. A realidade está nua e crua. (...) Tem de parar com o comodismo. Não dá para passar e ver um criança na rua e achar que não é problema seu. (E.M.O.S., 18 anos, Mi-nas Gerais)

A maior dica é querer fazer. Se você é acomodado, fica esperando cair no colo, não vai acontecer nada. Existe muita coisa para fazer. Mas primeiro você precisa se interessar. (C.S.Jr., 16 anos, Paraná)

Ser cidadão não é só conhecer os seus direitos. É participar, ser dinâmico na sua escola, no seu bairro. (H.A., 19 anos, Amazonas)

(Depoimentos extraídos de “Para quem se re-volta e quer agir”, Folha de S. Paulo, 16/11/1998)

Com base na leitura dos quadrinhos e de-poimentos, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: Cidadania e participação social.

Ao desenvolver o tema proposto, procu-re utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação. Depois de selecio-nar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados em defesa

de seu ponto de vista, elabore uma pro-posta de ação social.

A redação deverá ser apresentada a tinta na cor azul ou preta e desenvolvida na fo-lha grampeada ao Cartão-Resposta. Você poderá utilizar a última página deste Ca-derno de Questões para rascunho.

REDAÇÃO – ENEM 2000

É dever da família, da sociedade e do Es-tado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saú-de, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.

Artigo 227, Constituição da República Fede-rativa do Brasil.

(...) Esquina da Avenida Desembargador Santos Neves com Rua José Teixeira, na Praia do Canto, área nobre de Vitória. A.J., 13 anos, morador de Cariacica, tenta ga-nhar algum trocado vendendo balas para os motoristas. (...)

(Angeli, Folha de S. Paulo, 14.05.2000)

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“Venho para a rua desde os 12 anos. Não gosto de trabalhar aqui, mas não tem ou-tro jeito. Quero ser mecânico”.

Gazeta, (ES), 9 de junho de 2000.

Entender a infância marginal significa en-tender porque um menino vai para rua e não à escola. Essa é, em essência, a dife-rença entre o garoto que está dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola. E essa é a diferença entre um país desenvolvido e um país de Terceiro Mundo.

Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel. São Paulo, Ática, 2000. 19a. edição.

Com base na leitura da charge, do artigo da Constituição, do depoimento de A.J. e do trecho do livro O Cidadão de papel, re-dija um texto em prosa, do tipo disserta-tivo-argumentativo, sobre o tema: Direi-tos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumen-tos, fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto.

Observações:

Lembre-se de que a situação de produ-ção de seu texto requer o uso da mo-dalidade escrita culta da língua.

Espera-se que o seu texto tenha mais do que 15 (quinze) linhas.

A redação deverá ser apresentada a tinta na cor preta e desenvolvida na fo-lha própria.

Você poderá utilizar a última folha deste Caderno de Questões para rascunho.

REDAÇÃO – ENEM 2001

(Carlos, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1978.

Conter a destruição das florestas se tor-nou uma prioridade mundial, e não ape-nas um problema brasileiro. (...) Restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura florestal original. A Europa Oci-dental perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%. A África, 92%; a Oceania, 78%; a América do Norte, 66%; e a América do Sul, 54%. Cerca de 45% das florestas tropicais, que cobriam ori-ginalmente 14 milhões de km quadrados (1,4 bilhão de hectares), desapareceram nas últimas décadas. No caso da Amazô-nia Brasileira, o desmatamento da região, que até 1970 era de apenas 1%, saltou para quase 15% em 1999. Uma área do tamanho da França desmatada em ape-nas 30 anos. Chega.

Paulo Adário, Coodernador da Campanha da Ama-zônia do Greenpeace. http://greenpeace.terra.com.br

Embora os países do Hemisfério Norte possu-am apenas um quinto da população do plane-ta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção da madeira mundial. (...)

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Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser per-guntado se, depois da independência, a Ín-dia perseguiria o estilo de vida britânico, teria respondido: “(...) a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcan-çar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a índia alcançasse o mesmo patamar?”

A sabedoria de Gandhi indicava que os mode-los de desenvolvimento precisam mudar.

O planeta é um problema pessoal – Desen-volvimento sustentável. www.wwf.org.br

De uma coisa temos certeza: a terra não per-tence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra.

Disso temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma fa-mília. Tudo está associado.

O que fere a terra, fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é an-tes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Trecho de uma das várias versões de carta atribuída ao chefe Seattle, da tribo Suqua-mish. A carta teria sido endereçada ao pre-sidente norte-americano, Franklin Pierce, em 1854, a propósito de uma oferta de compra do território da tribo feita pelo governo dos Estados Unidos.

PINSKY, Jaime e outros (Org.). História da América através de textos. 3ª ed. São Paulo:

Contexto, 1991.

Estou indignado com a frase do presidente dos Estados Unidos, George Bush.

“Somos os maiores poluidores do mundo, mas se for preciso poluiremos mais para evitar uma recessão na economia americana”.

R. K., Ourinhos, SP. (Carta enviada à seção Correio da Revista

Galileu. Ano 10, junho de 2001).

Com base na leitura dos quadrinhos e dos textos, redija um texto dissertativo-argu-mentativo sobre o tema:

Desenvolvimento e preservação am-biental: como conciliar os interesses em conflito?

Ao desenvolver o tema proposto, procure uti-lizar os conhecimentos adquiridos e as refle-xões feitas ao longo de sua formação. Sele-cione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do pro-blema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos hu-manos.

Observações:

Lembre-se de que a situação de produ-ção de seu texto requer o uso da mo-dalidade escrita culta da língua.

O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narrativa.

O texto deverá ter no mínimo 15 (quin-ze) linhas escritas.

A redação deverá ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha própria.

O rascunho poderá ser feito na última página deste Caderno.

REDAÇÃO – ENEM 2002

Para que existam hoje os direitos políticos, o direito de votar e ser vo-tado, de escolher seus governantes e representantes, a sociedade lutou muito.

Comício pelas Diretas Já, em São Paulo, 1984.

Page 39: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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Considerando a foto e os textos apresen-tados, redija um texto dissertativo-argu-mentativo sobre o tema O direito de vo-tar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transforma-

A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudesse expressar suas di-ferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio re-cíproco. (...)

A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, dis-cute, delibera e decide em comum para apro-var ou reiterar ações que dizem respeito a to-dos os seus membros.

Marilena Chauí. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

A democracia é subversiva. É subversiva no sentido mais radical da palavra.

Em relação à perspectiva política, a razão da preferência pela democracia reside no fato de ser ela o principal remédio contra o abuso do poder. Uma das formas (não a única) é o con-trole pelo voto popular que o método demo-crático permite pôr em prática. Vox populi vox dei.

Norberto Bobbio. Qual socialismo? Discus-são de uma alternativa.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Texto adaptado.

Se você tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas próximas eleições. Se você tem 16 ou 17 anos, pode votar ou não. O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde não são chamados. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que, enfim, exi-jam o impossível.

Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir uma obrigação. Tem de votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas veias. Para impor aos vitoriosos suas exigências – antes e principalmentes depois das eleições.

André Forastieri. Muito além do voto. Épo-ca. 6 de maio de 2002.

Texto adaptado.

REDAÇÃO – ENEM 2003

Para desenvolver o tema da redação, ob-serve o quadro e leia os textos apresen-tados a seguir:

Época,(02.06.03)

Entender a violência, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualda-de social, não nos leva a desculpar crimi-nosos, mas poderia ajudar a decidir que

ções sociais de que o Brasil necessi-ta?

Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação.

Selecione, organize e relacione argumen-tos, fatos e opiniões, e elabore propostas para defender seu ponto de vista.

Observações: Lembre-se de que a situação de produ-

ção de seu texto requer o uso da mo-dalidade escrita culta da língua portu-guesa.

O texto não dever ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

O texto deverá ter no mínimo 15 (quin-ze) linhas escritas.

A redação deverá ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha própria.

O rascunho poderá ser feito na última página deste Caderno

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Considerando a leitura do quadro e dos textos, redija um texto dissertativo-argu-mentativo sobre o tema: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?

Instruções:

Ao desenvolver o tema proposto, pro-cure utilizar os conhecimentos adqui-ridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, ela-borando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos humanos.

Lembre-se de que a situação de produ-ção de seu texto requer o uso da mo-dalidade escrita culta da língua portu-guesa.

O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa.

REDAÇÃO – ENEM 2004 Leia com atenção os seguintes textos:

Caco Galhardo. 2001

Os programas sensacionalistas do rádio e os programas policiais de final de tarde em te-levisão saciam curiosidades perversas e até mórbidas tirando sua matéria-prima do drama de cidadãos humildes que aparecem nas dele-gacias como suspeitos de pequenos crimes.

Ali, são entrevistados por intimidação. As câ-meras invadem barracos e cortiços, e gravam sem pedir licença a estupefação de famílias de baixíssima renda que não sabem direito o que se passa: um parente é suspeito de estupro, ou vizinho acaba de ser preso por tráfico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A polícia chega atirando; a mídia chega filmando.

Eugênio Bucci. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a questão da responsabilidade não só das empresas de comunicação como também dos jornalistas. Alguns países, como a Suécia e a Grã-Breta-nha, vêm há anos tentando resolver o pro-blema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a auto-regulação da mídia.

http://www.eticanatv.org.br Acesso em 30/05/2004.

tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar violência por meio da repressão ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais gravíssimos?

(Maria Rita Kehl, folha de S. Paulo)

Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e moral, a violên-cia começa a gerar expectativa, a fornecer padrões de respostas. Episódios truculen-tos e situações-limite passam a ser imagi-nados e repetidos com o fim de legitimar a idéia de que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é transmitida. O problema, então, é entender como che-gamos a esse ponto.

Penso que a questão crucial, no momento, não é a de saber o que deu origem ao jogo da violência, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou não, começa a querer continuar jogando.

(Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.)

O texto deverá ter no mínimo 15 (quin-ze) linhas escritas.

A redação deverá ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha própria.

O rascunho poderá ser feito na última página deste Caderno

Page 41: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Incisos do Artigo 5º da Constituição Fede-ral de 1988:

IX – é livre a expressão da atividade in-telectual, artística, científica e de co-municação. Independentemente de censura ou licença;

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a in-denização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação em prosa sobre o seguinte tema:

Como garantir a liberdade de infor-mação e evitar abusos nos meios de comunicação?

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumen-tos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas.

Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modali-dade culta da língua portuguesa.

• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa.

REDAÇÃO – ENEM 2005

Leia com atenção os seguintes textos:

(O Globo. Megazine, 11/05/2004.)

“A crueldade do trabalho infantil é um peca-do social grave em nosso País. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo rou-bada diante do desrespeito aos direitos huma-nos fundamentais que não lhes são reconhe-cidos: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura indivi-dualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético.”

(Xisto T. Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil. Diário de Natal. 21/10/200.)

“Submetidas aos constrangimentos da mi-séria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a inte-

No Brasil, entre outras organizações, existe o Observatório da Imprensa – entidade ci-vil, não-governamental e não partidária-, que pretende acompanhar o desempenho da mídia brasileira. Em sua página eletrônica, lê-se:

Os meios de comunicação de massa são ma-joritariamente produzidos por empresas priva-das cujas decisões atendem legitimamente aos desígnios de seus acionistas ou representan-tes. Mas o produto jornalístico é, inquestiona-velmente, um serviço público, com garantias e privilégios específicos previstos na Constitui-ção Federal, o que pressupõe contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais.

http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado) Acesso em 30/05/04.

• O texto deverá ter no mínimo 15 (quin-ze) linhas escritas.

• A redação deverá ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha própria.

• O rascunho poderá ser feito na última folha deste Caderno.

Page 42: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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gridade moral dos filhos, incutindo-lhes valo-res, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do traba-lho, como tentativas de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinqüentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas”

(Joel B. Marin. O trabalho infantil na agri-cultura moderna. www.proec.ufg.br)

“Art.4º. - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público as-segurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à ali-mentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e á convivência familiar e comunitária.”

(Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.)

Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação so-bre o tema:

O trabalho infantil na realidade brasileira.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar conhecimentos adquiridos e as re-flexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumen-tos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modali-dade culta da língua portuguesa.

• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narração.

• O texto deve ter, no mínimo 15 (quin-ze) linhas escritas.

• A redação deverá ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.

• O rascunho poderá ser feito na última folha deste Caderno.

REDAÇÃO – ENEM 2006PROPOSTA DE REDAÇÃO

Uma vez que os tornamos leitores da pala-vra, invariavelmente estaremos lendo o mun-do sob a influência dela, tenhamos consciência disso ou não. A partir de então, mundo e pa-lavra permearão constantemente nossa leitura e inevitáveis serão as correlações, de modo intertextual, simbiótico, entre realidade e fic-ção.

Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar de-cifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, já temos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto.

São muitas as razões para a leitura. Cada lei-tor tem a sua maneira de perceber e de atri-buir significado ao que lê.

Inajá Martins de Almeida. O ato de ler.In-ternet: (com adaptações).

Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros.

Embora nos faltassem mó-veis e roupas, livros não po-deriam faltar. E estava absolu-tamente certa.

Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso garantir: todo escritor é, antes de tudo, um leitor.

Moacyr Scilar, O poder das letras. In : TAM Magazinem, Jul/2006, p. 70 (com adaptações).

Existem inúmeros universos coexistindo com o nosso, neste exato instante, e todos bem perto de nós. Eles são bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro.

Estes universos bidimensionais que nos ro-deiam guardam surpresas incríveis e inimagi-

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náveis! Viajamos instantaneamente aos mais remotos pontos da Terra ou do Universo; fi-camos sabendo os segredos mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de olhos; conhecemos civili-zações desaparecidas e outras que nunca fo-ram vistas por olhos humanos.

Estou falando dos universos a que chamamos de livros. Por uns poucos reais podemos nos transportar a esses universos e sair deles mui-to mais ricos do que quando entramos.

Internet: www.amigosdolivro.com.br (com adaptações).

Considerando que os textos acima têm ca-ráter apenas motivador, redija um texto dis-sertativo a respeito do seguinte tema:

O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as re-flexões feitas ao longo de sua formação. Sele-cione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos huma-nos.

Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modali-dade padrão da língua portuguesa.

• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quin-ze) linhas escritas.

• A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.

• O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.

Anotações

Page 44: Apostila Eureka ENEM - Parte II

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COMENTANDO AS REDAÇÕESUm Quadro demonstrativo, a bem da verdade uma ilustração, opiniões diversas de popu-

lares ou participantes de algum evento, que direta ou indiretamente vivenciam a problemática e o texto legal, seja da constituição ou de algum similar que colaboram para introduzir o can-didato à Temática Proposta.

Esses são os componentes dos textos redacionais do ENEM – Exame Nacional do Ensino Mé-dio ao longo destes 8 anos de existência da avaliação brasileira do Ensino Médio, e fatalmente é o que ocorrerá em 2007.

Por conta disso selecionamos aos temas abordados até o momento.

• 1998 – Viver e Aprender;

• 1999- Cidadania e Participação Social;

• 2000 – Direitos da Criança e do Adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?

• 2001 – Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?

• 2002- O direito de votar> como fazer dessa conquista um meio para promover as transforma-ções sociais de que o Brasil necessita?

• 2003 – A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?

• 2004 – Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?

• 2005 – O trabalho infantil na realidade brasileira.

• 2006 – O Poder de Transformação da Leitura.

Sugestões sempre valiosas. • Leia com atenção o tema proposto. Não corra o risco de receber uma nota baixa ou

“zerar” por ter se afastado do tema. • Planejar ajuda a desenvolver o raciocínio. Defina sua idéia central, seu objetivo, esta-

beleça uma conclusão. • Evite usar letra de forma, que dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma

boa grafia- legível e sem floreios – e limpeza são fundamentais. Não esqueça dos pin-gos nos “i”: não vale usar bolinhas no lugar deles.

• Não comece com períodos longos, exponha logo suas idéias. Não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

• Seja simples: não use palavras cuja grafia você não tenha certeza. • Em dissertações, não use gírias – elas não fazem parte da norma culta da Língua Por-

tuguesa. • Seja claro: evite usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão do seu

texto; Tenha em mente que sua redação deve se destacar pela unidade, clareza, coe-rência e concisão

• Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação. Depois de selecionar, organizar e relacionar os argumentos, fatos e opiniões apresentados em defesa de seu ponto de vista e principalmente, elabore uma proposta de ação social.

• Use os espaços destinados ao rascunho, nunca são corrigidos e auxiliam plenamente a compreensão do enunciado com o respectivo cálculo para resolução.

[email protected]

[email protected]