apostila - direito do trabalho

Upload: odair

Post on 07-Oct-2015

18 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Apostila - Direito Do Trabalho

TRANSCRIPT

DIREITO DO TRABALHO 1 BIMESTRE

Direito Trabalhista

____________________________________________________________________________________

DIREITO DO TRABALHO 1 BIMESTRE

I HISTRIA DO DIREITO DO TRABALHO

H muito tempo atrs, as famlias produziam para o seu prprio sustento, e o excesso era negociado com outros moradores para obteno de produtos diferentes. Era o chamado escambo.

Com o passar dos tempos, esses administradores do prprio negcio passaram a produzir alguns produtos com o fito de comercia-los em feiras. E em virtude de negcios ruins e bons, alguns fizeram grande patrimnio, e outros perderam tudo.

Esses administradores que no foram to competentes ao administrar seu patrimnio, no tinham mais o que comercializar, o conseqentemente, no tinham mais como sustentar a prpria famlia.

Desesperados, procuraram aquele administrador bem sucedido e ofereceram sua fora de trabalho, seu suor, para obteno de produtos que alimentariam sua famlia.

Surgiu nesse momento o primeiro contrato de trabalho, a primeira relao entre empregador e empregado.

E esta pessoa trabalhava apenas pelo sustento, sem definio de horrios ou funes, sofrendo abusos e humilhaes. Com o passar dos anos, outras pessoas tambm colocaram-se nesta situao, e formou-se ento uma classe operria, oprimida e explorada.

Durante o transcorrer da histria, verificamos vrios fatos importantes, como a revoluo industrial, onde os funcionrios eram considerados como peas da empresa, descartveis. Os casos extremos eram aqueles em que os funcionrios perdiam membros e no recebiam qualquer tipo de indenizao.

Com o passar dos anos, algumas pessoas criaram entidades, hoje chamadas sindicatos, para defender estas classes, e comearam a surgir as primeiras normas e leis que regiam o contrato de trabalho.

Referidas normas evoluram e consolidaram-se, a Chamada Consolidao das Leis do Trabalho.

II DO EMPREGADOR

II.a - CONCEITO

Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servios.

II.b DOS TIPOS DE EMPREGADOR

a) URBANOS: A pessoa jurdica pode ser de Direito Pblico (Unio, Estados Municpios, Autarquias, Fundaes), ou de Direito privado (comrcios, indstrias), porque desenvolvem suas atividades na cidade;

b) DOMSTICOS: a pessoa ou famlia que admite empregado domstico para prestar-lhe servio de natureza continua em seu mbito residencial. A atual legislao (2013) deixou de considerar a atividade como sem finalidade lucrativa, e ampliou os direitos trabalhistas dos empregados domsticos. Com isso, alguns direitos, como jornada mxima de 44 horas semanais, e no superior a 8 horas dirias, e o pagamento de hora extra (com controle de jornada de trabalho),adicional noturno, seguro-desemprego e Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), comearam a valer em favor do empregado domstico. Tambm tm direito ao dcimo terceiro salrio, folga semanal remunerada, frias, licena-maternidade e paternidade e aposentadoria.

c) RURAIS: que so aqueles que desenvolvem sua atividade agro-econmica, em carter permanente ou temporrio, mas com finalidade lucrativa:

d) GRUPO DE EMPRESAS: havendo duas ou mais empresas que estejam sob comando nico, ambas respondem solidariamente pelo contrato de trabalho, Ex. SCP e empreiteiros;

e) EMPREGADOR POR EQUIPARAO: embora no sejam empresas, so equiparadas ao empregador outras instituies sem fins lucrativos, como associaes recreativas, sindicatos, condomnios;

II.c - DA ALTERAO DA EMPREGADORA

Em caso de ALTERAO DA EMPRESA, na estrutura jurdica (individual para sociedade) ou na sociedade (Ltda para S/A.), ou nos scios que constituem a empresa, no ser alterada a relao de trabalho. No caso de venda, o comprador assume a responsabilidade pelas verbas trabalhistas.

II.d DO PODER DE DIREO DO EMPREGADOR

O empregador no tem direito sobre a pessoa, mas sobre o modo como sua atividade exercida

O empregador tem o poder de direo, assim como o empregado tem o dever de subordinao.

o empregador quem dirige as atividades, e corre os riscos pela atividade. Esse poder de direo no ilimitado, o empregador s pode fazer aquilo que a CLT delimita. Ex: o trabalho tem que ser feito desta maneira, etc...

Esse poder de direo divide-se em:

a) PODER DE ORGANIZAO: O empregador tem o direito de organizar seu empreendimento da maneira que melhor lhe convier, inclusive emitindo regulamento para a empresa, de forma unilateral ou no, ou seja, com ou sem a participao do empregado;

b) PODER DE CONTROLE: O empregador pode tambm controlar e fiscalizar as atividades de seus empregados. Ex. Revista ao final do expediente, a qual no pode ser abusiva e violar a intimidade;

c) PODER DISCIPLINAR: direito do empregador impor sanes disciplinares ao empregados. Ele determina certas ordens que, no sendo cumpridas, podem gerar penalidades ao empregados. Ex. determinao de uso de certo equipamento obrigatrio, se no usar pode ser penalizado. PENALIDADES: Advertncia verbal, advertncia por escrito, suspenso, multa (caso jogador de futebol) e demisso por justa causa (artigo 482 e 503 CLT)

III DO EMPREGADO

Considera-se empregado toda pessoa fsica que presta servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio

O empregado s pode ser pessoa fsica, no pode ser pessoa jurdica.

III.a - REQUISITOS

So requisitos para verificar se a pessoa empregada:

a) habitualidade: estar no servio habitualmente, todos os dias, todo o horrio;

b) onerosidade: o trabalho feito ao empregador mediante contraprestao em dinheiro;

c) subordinao: est subordinado s ordens do patro;

d) pessoalidade: o prprio empregado tem que estar presente, no pode ser outra pessoa;

e) alteridade: no depende dos riscos da atividade alheia;

III.b DOS TIPOS DE EMPREGADO

a) APRENDIZ: o menor de 16 a 18 anos. Tem o aprendiz todos os direitos do empregado comum, entretanto, seu contrato de trabalho no pode ultrapassar dois anos, e a jornada de trabalho no pode ultrapassar seis horas. Cada empresa tem que ter de 5 a 15% de aprendizes.

b) EMPREGADO DOMICLIO: aquele que realiza trabalho habitual ou profissionalmente em sua prpria habitao, ou em local por ele escolhido, longe da vigilncia direta do empregador, mas sob os ditames dos requisitos acima; Havendo os requisitos acima, no se distingue do trabalho realizado no estabelecimento do empregador;c) EMPREGADO DOMSTICO: aquele que presta servios no mbito familiar do empregador, ex. cozinheiro, jardineiro, motorista, copeira, governanta, arrumadeira, etc... tem todos os direitos menos estabilidade para gestante (s usufrui os 120 dias de licena, mas no a estabilidade), horas extras, FGTS e seguro desemprego, hora extra (com controle de jornada de trabalho),adicional noturno, comearam a valer em favor do empregado domstico. Tambm tm direito ao dcimo terceiro salrio, folga semanal remunerada, frias, licena-maternidade e paternidade e aposentadoria.

d) EMPREGADO RURAL: a pessoa fsica que, em propriedade rural ou prdio rstico presta servios com continuidade ao empregador rural, mediante dependncia e salrio;

e) TRABALHADOR TEMPORRIO: aquele contratado pela empresa pra atender uma necessidade transitria de substituio de pessoal regular, ou a acrscimo extraordinrio de tarefas. No pode ultrapassar trs meses de contratao;

f) TRABALHADOR AUTNOMO: aquele que exerce atividade econmica por conta e risco prprio. Ex. vendedor;

g) EMPREITEIRO: uma espcie de trabalhador autnomo que se obriga a fazer um obra por um certo preo. Executa s e pessoalmente a empreitada de valor econmico no elevado;

h) TRABALHADOR EVENTUAL: o trabalhador que presta servios de natureza eventual a um ou mais tomadores. Ex. aquele que arruma computadores nos domiclios e residncias;

i) TRABALHADOR AVULSO: aquele que presta servios por intermdio do sindicato ou rgo gestor de mo de obra; Ex. o estivador,que aquele que carrega ou descarrega navios. O pagamento feito para o sindicato e este divide entre os trabalhadores avulsos.

j) ESTAGIRIO: o estudante que participa de situaes reais da vida de trabalho. Tem que estar estudando, a lei no estabelece jornada, mas tem sido de quatro horas, pode haver bolsa de estudos ou no. No cria vinculo empregatcio;

IV DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL

k) Fazer trabalho sobre a Carteira de Trabalho e Previdncia Social;

l) Obrigatoriedade de Anotao

m) Direitos e Deveres

n) Desobedincia

o) Arts. 13 a 56 da clt

p) Anotaes no livro e registro

q) Concluso

r) Mximo 10 folhas

s) Internet e clonagem no atribuio nota

V - DO CONTRATO DE TRABALHO

V.a - Conceito

o negcio jurdico pelo qual uma pessoa se obriga, mediante uma contraprestao, a prestar trabalho a outra pessoa, fsica ou jurdica, a quem fica juridicamente subordinada.

V.b Requisitos:

V.b.1 Continuidade: o contrato de trabalho um pacto de trato sucessivo. Exige a continuidade da prestao dos servios. Se h eventualidade do trabalho inexiste contrato de trabalho. Ex. diarista no empregada, pois no tem vnculo;

V.b.2 Subordinao: no contrato de trabalho, o empregado dirigido pelo empregador, sendo a ele subordinado. O trabalhador autnomo no empregado justamente por no ser subordinado a ningum, exercendo com autonomia suas atividades e assumindo o risco dos negcios;

V.b.3 Onerosidade: no gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso. O empregado recebe salrio pelos servios prestados ao empregador;

V.b.4 Pessoalidade: o contrato de trabalho intuito personae, ou seja, realizado por uma certa e determinada pessoa, o empregado no pode fazer-se substituir por outra pessoa;

V.b.5 Alteridade: o empregado presta servios por conta alheia. um trabalho sem assuno de qualquer risco pela atividade. Pode o empregado participar dos lucros da empresa, mas no dos prejuzos;V.c Condies de Validade: agente capaz, objeto lcito, forma prescrita ou no defesa por lei;

V.d Sujeitos: Empregado e Empregador

V.e Formas: Escrito: quando houver determinao legal nesse sentido. Ex. Contrato de aprendizagem, e contratos de atletas profissionais; Verbal ou Tcito: o ajuste das disposies contratuais pode ser tcito, mesmo que as partes no faam nenhum arranjo claro, inequvoco, nenhum entendimento direto e taxativo, pois a continuidade da prestao do servio revela a vontade e a concordncia na pactuao do contrato de trabalho. Ex. contratao de uma banda de msicos.

V.f Durao:

V.f.1 Determinados: as partes ajustam antecipadamente a data para o termino do contrato de trabalho. Ex. contratao de um tcnico para treinamento de operadores da mquinas. Salienta-se que s valido o contrato de trabalho por prazo determinado, quando tratar-se de: a) servio cuja natureza ou transitoriedade (breve, passageiro), justifique a pr-determinao do prazo; b) atividades empresariais de carter transitrio; c) contrato de experincia; Ser proibido ao empregador pactuar novo contrato de trabalho por prazo determinado com o mesmo empregado, seno aps seis meses da concluso do pacto anterior.

V.f.2 Indeterminados: no h prazo estipulado para sua terminao.

V.g Alterao: Nos contratos de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim, desde que no resultem direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia.

V.h Interrupo: a sustao temporria da principal obrigao do empregado no contrato de trabalho (prestao de trabalho e disponibilidade perante o empregador), em virtude de um fato juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais clusulas contratuais. a sustao restrita e unilateral de efeitos contratuais. Ex. a) comparecimento do empregado em juzo como testemunha; b) afastamento do trabalho por motivo de doena ou acidente de trabalho, por at 15 dias; c) frias; d) licena maternidade e paternidade;

V.i Suspenso: a sustao temporria dos principais efeitos do contrato de trabalho no tocante s partes, em virtude de um fato juridicamente relevante. No se presta servio, no se paga salrio, no se computa o tempo de servio, no se produzem recolhimento vinculados ao contrato. Ex. a) Afastamento previdencirio por motivo de doena ou acidente, a partir do 16o. dia; b) aposentadoria provisria por invalidez; c) afastamento para cumprimento do servio militar; d) greve; e) afastamento para qualificao profissional.

VI DA JORNADA DE TRABALHO

VI.a - Conceito: Considera-se como jornada de trabalho o perodo em que o empregado esta trabalho do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposio expressamente consignada.

Quanto ao tempo dispendido pelo empregado at o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, no ser computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difcil acesso ou no servido por transporte pblico, o empregador fornea a conduo.

Para os estabelecimentos com mais de dez trabalhadores, ser obrigatria a anotao da hora de entrada e de sada, em registro manual, mecnico ou eletrnico, conforme instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, devendo haver pr-assinalao do perodo de repouso. Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horrio dos empregados constar, explicitamente, em ficha que dever ficar em seu poder.

A durao do trabalho normal no ser superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho.

Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias.

VI.b DA PRORROGAO DA JORNADA DE TRABALHO HORAS EXTRAS

Hora extra a jornada cumprida alm da jornada normal aplicvel relao empregatcia.

A referida hora extra ser paga com no mnimo 50% de acrscimo.

No sero descontadas nem sero computadas como jornada extraordinria as variaes de horrio no registro ponto no excedentes a cinco minutos, observado o limite de dez minutos dirios

VI.c DA JORNADA ESPECIAL DE TRABALHO TRABALHO A TEMPO PARCIAL

Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja durao no exceda a vinte e cinco horas semanais.

O salrio a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial ser proporcional sua jornada, em relao aos empregados que cumprem, nas mesmas funes, tempo integral.

Os empregados sob o regime de tempo parcial no podero prestar horas extras.

Os empregados que estiverem trabalhando em tempo integral, e manifestarem o desejo de laborar em tempo parcial, tambm devem atender s mesmas regras impostas aos demais, inclusive quanto s determinaes constantes na conveno coletiva de trabalho da categoria.

VI.d DA JORNADA ESPECIAL DE TRABALHO TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO

A jornada de trabalho em turno ininterrupto de revezamento, ser de 06 horas dirias e trinta e seis horas semanais.

Turno ininterrupto de revezamento o sistema de trabalho que coloca o empregado, alternativamente (em cada dia, semana, quinzena, ou ms), em contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as 24 horas integrantes da composio dia/noite.

VI.e DA EXCEO S NORMAS DE DURAO DA JORNADA DE TRABALHO

Os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao do horrio de trabalho, no estaro sujeitos a controle da jornada de trabalho, devendo tal condio ser anotada na CTPS e no registro de empregados.

Entretanto, nem todos os empregados que cumprem atividade externa esto excludos das normas sobre durao de trabalho. A excluso atinge somente aqueles que exercem atividade externa no submetida a controle e fiscalizao de horrio de trabalho. A condio de trabalhador externo, no submetido a controle de horrio deve estar anotada na CTPS e na ficha de registro de empregado.

Tambm no esto sujeitos ao controle da jornada de trabalho os funcionrios que exeram cargos de gesto, como os gerentes e diretores. Porm, para que o detentor de cargo de gesto esteja excludo das normas sobre a durao do trabalho, preciso que haja o pagamento de um salrio diferenciado. O seu salrio, compreendendo a gratificao de funo, se houver, dever ser maior que o valor do respectivo salrio efetivo, acrescido de 40%.

VI.f DA LIMITAO DO TEMPO DE TRABALHO

VI.f.1 Do Intervalo Interjornada

Entre duas jornadas de trabalho haver um perodo mnimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

As onze horas de intervalo devero ser consecutivas. A rigor, se o intervalo interrompido, ele dever ser contado novamente a partir do trmino do trabalho.

VI.f.2 Do Intervalo IntrajornadaJornada de trabalho com durao at quatro horas, no tem intervalo.

Jornada de trabalho com durao de quatro a seis horas contnuas, dever haver um intervalo de 15 minutos.

Jornada de trabalho com durao superior a seis horas contnuas, dever haver um intervalo mnimo de uma hora e mximo de duas horas.

Quando o intervalo para repouso e alimentao previsto neste captulo no for concedido pelo empregador, este ficar obrigado a remunerar o perodo correspondente com um acrscimo de no mnimo cinqenta por cento sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho.

Os intervalos de descanso no sero computados na durao de trabalho.

VI.f.3 Do Intervalo Intrajornada EspecialNos servios decorrentes de mecanografia (datilografia, escriturao, digitao ou clculo), a cada perodo de 90 minutos de trabalho consecutivo corresponder um repouso de 10 minutos no deduzidos da durao normal de trabalho.

No caso de amamentao, a mulher ter direito a dois descansos especiais, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho, at que o filho complete seis anos de idade.

Para os empregados que trabalham no interior de cmaras frigorficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contnuo, ser assegurado um perodo de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como modo de trabalho efetivo.

VI.g DO DESCANSO SEMANAL

Conhecido como D.S.R. (descanso semanal remunerado).

Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, nos limites das exigncias tcnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradio do local.

O trabalho prestado aos domingos e feriados no compensados, deve ser pago em dobro, sem prejuzo da remunerao relativa ao repouso semanal.

Nos servios que exijam trabalho aos domingos, com exceo dos elencos teatrais e congneres, ser estabelecida escala de revezamento, previamente organizada e constante de quadro sujeito a fiscalizao.

O trabalho aos domingos, seja total ou parcial, ser sempre subordinado permisso prvia da autoridade competente em matria do trabalho.

VI.h - DA JORNADA ESPECIAL DE TRABALHO PARA O BANCRIO

A durao normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancrias e Caixa Econmica Federal ser de seis horas contnuas nos dias teis, com exceo dos sbados, perfazendo um total de trinta horas de trabalho por semana, Pode tambm ser de oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, sendo extraordinrio o tempo que exceder esse limite.

O sbado do bancrio dia til no trabalhado e no dia de repouso semanal remunerado, no cabendo assim a repercusso do pagamento de horas extras habituais em sua remunerao.

A durao normal do trabalho estabelecida neste artigo ficar compreendida entre 07 e 22 horas, assegurando-se ao empregado, no horrio dirio, um intervalo de 15 minutos para alimentao.

As disposies desse captulo no se aplicam aos que exercem funo de direo, gerncia, fiscalizao, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiana, desde que o valor da gratificao no seja inferior a 1/3 do salrio do cargo efetivo.

VI.i DA JORNADA ESPECIAL DE TRABALHO PARA O ADVOGADO EMPREGADO

Considera-se como perodo de trabalho o tempo em que o advogado estiver disposio do empregador, aguardando ou executando ordens, em seu escritrio, ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentao.

Sua carga horria de 04 horas dirias e vinte horas semanais, salvo acordo ou conveno coletiva ou em caso de dedicao exclusiva.

Havendo horas extras, estas devero ser remuneradas em 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.

VI.j COMPENSAO DA JORNADA DE TRABALHO

Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias.

necessria a previso em conveno coletiva de trabalho.

Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria na forma do pargrafo anterior, far o trabalhador jus ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na data da resciso.

VI.k HORRIO NOTURNO

Considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 05 (cinco) horas da manh seguinte.

A hora de trabalho noturno ser computada como de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

O trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se as horas de trabalho noturno o disposto neste tpico.

O horrio noturno do empregado rural na pecuria das 20:00 s 04:00, e do empregado rural na lavoura das 21:00 s 05:00 horas. Em ambos os casos o adicional noturno ser de 25% sobre a remunerao do trabalhador.

O horrio noturno do advogado empregado das 20:00 s 05:00 horas, tambm com acrscimo de 25%.

VII DAS FRIAS VII.a DO PERODO DE AQUISIO E CONCESSO

Aps cada perodo de 12 (doze) meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias.

As frias sero concedidas por ato do empregador, em um s perodo, nos doze meses subseqentes data em que o empregado tiver adquirido o direito frias.

Somente em casos excepcionais as frias podero ser concedidas em dois perodos, um dos quais no poder ser inferior a dez dias corridos.

Os menores de dezoito anos, e os maiores de cinqenta anos de idade, as frias sero sempre concedidas de uma s vez.

VII.b DA DURAO

As frias sero concedidas na seguinte proporo;

a) trinta dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de cinco vezes;

b) vinte e quatro dias corridos, quando houver tido seis a quatorze faltas;

c) dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vinte e trs faltas;

d) doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas;

Na modalidade de regime de tempo parcial, aps cada perodo de doze meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo:

a) dezoito dias, para a durao de trabalho semanal superior a vinte e duas horas, at vinte e cinco horas;

b) dezesseis dias, para a durao de trabalho semanal superior a vinte horas, at vinte e duas horas;

c) quatorze dias, para a durao de trabalho semanal superior a quinze horas, at vinte horas;

d) doze dias, para durao do trabalho semanal superior a dez horas, at quinze horas;

e) dez dias, para durao do trabalho semanal superior a cinco horas, at dez horas;

f) oito dias, para durao do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas;

O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo ter o seu perodo de frias reduzido metade.

No caso dos empregados domsticos, estes tero direito a frias anuais remuneradas de trinta dias aps cada perodo de doze meses de trabalho, prestado mesma pessoa ou famlia.

O perodo de frias ser computado, para todos os efeitos, como tempo de servio prestado.

VII.c DA CONCESSO E FRUIO

A poca de concesso das frias ser a que melhor consulte os interesses do empregador.

Membros de uma mesma famlia que trabalhem no mesmo estabelecimento da empresa, tero direito a gozar frias no mesmo perodo, se assim o desejarem e se disto no resultar prejuzo para o servio.

O empregado estudante, menor de dezoito anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares.

As frias sero concedidas por ato do empregador, em um s perodo. Somente em casos excepcionais sero as frias concedidas em dois perodos, um dos quais no pode ser inferior a dez dias corridos.

Aos empregados menores de dezoito anos e aos maiores de cinqenta anos de idade, as frias sero sempre concedidas de uma s vez.

Quanto ao prazo para comunicao das frias, esta ser feita ao empregado, por escrito, com antecedncia de, no mnimo trinta dias. Dessa comunicao o empregado dar recibo.

O empregado no poder entrar no gozo das frias sem que apresente ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concesso. A concesso das frias ser, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro de empregados.

O usufruto das frias anuais ser remunerada com, pelo menos, um tero do salrio a mais que o salrio normal.

facultado ao empregador converter 1/3 do perodo de frias a que tiver direito em abono pecunirio, no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes. Esta converso no poder ser aplicada aos empregados que trabalham em regime parcial.

O pagamento das frias e, se for o caso, do abono pecunirio, ser efetuado em at dois dias antes do incio do respectivo perodo. O empregado dar quitao do pagamento, com indicao do incio e do termino de suas frias.

VII.d DAS FRIAS COLETIVAS (no pedir prova)

No que pertine s frias coletivas, estas podero ser concedidas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

As frias podero ser gozadas em dois perodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a dez dias corridos.

As frias coletivas devero ser comunicadas ao Ministrio do Trabalho, com antecedncia de 15 dias. Tambm dever ser feita comunicao ao Sindicato da respectiva categoria profissional. A comunicao aos empregados poder ser feita atravs de aviso nos locais de trabalho.

Os empregados contratados h menos de doze meses gozaro, na oportunidade, frias proporcionais, iniciando-se ento, novo perodo aquisitivo.

A converso das frias em abono pecunirio, dever ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional.

VIII PESQUISA SOBRE A PROTEO AO TRABALHO DA MULHER

IX - DO SALRIO E REMUNERAOa) DISTINO

Salrio a contraprestao paga ao empregado, diretamente pelo empregador, em funo do contrato de trabalho.

Remunerao o conjunto formado pelo salrio e gorjetas.

Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm do salrio devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestao pelos servios, as gorjetas que receber.

b) GORJETAS

Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente, como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer ttulo, e destinada distribuio aos empregados.

Gorjeta no considerada salrio, mas faz parte da remunerao.

Gorjeta no pode ser utilizada para complementar o salrio mnimo.

As Gorjetas no servem de base de clculo para o pagamento de aviso prvio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

c) COMPOSIO DO SALRIO

Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses, percentagens, gratificaes ajustadas para viagens, e abonos pagos pelo empregador.

COMPLEMENTOS DO SALRIO

c.1 COMISSO EM PERCENTAGEM: o pagamento feito sobre as vendas ou cobranas realizadas;

c.2 GRATIFICAO AJUSTADA: o pagamento feito por liberalidade do empregador. S integra o salrio se for combinado entre as partes, sendo que o pagamento habitual configura ajuste tcito;

c.3 DIRIA PARA VIAGEM: o pagamento feito em decorrncia de viagem, que no se confunde com reembolso de despesas. No se incluem no salrio as ajudas de custo, assim como as dirias para viagem que no excedam 50% do salrio percebido pelo empregado;

c.4 ABONO: o valor a mais concedido pelo empregador. Sempre integra o salrio.

c.5 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: o acrscimo salarial decorrente do trabalho em local insalubre. pago entre 10% a 40%, dependendo do grau de insalubridade. Tem como base de clculo o salrio mnimo, e no o salrio recebido pelo empregado;

c.6 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE: o acrscimo salarial decorrente do trabalho em local perigoso, ou condio perigosa. pago 30% de adicional de periculosidade. Tem como base de clculo o piso salarial, sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaes nos lucros da empresa;

c.7 ADICIONAL NOTURNO: o acrscimo salarial decorrente do labor em horrio noturno. Tem 20% de acrscimo sobre a hora diurna. Se tratar-se de trabalhador rural o acrscimo de 25%.

c.8 ADICIONAL DE TRANSFERNCIA: o acrscimo salarial decorrente da transferncia do empregado. pago 25% sobre o salrio que o empregado recebia na localidade anterior.

d) DA GRATIFICAO NATALINA

Tambm chamada de 13o. salrio, corresponder a 1/12 avos da remunerao devida em dezembro, por ms de servio, do ano correspondente. A frao igual ou superior a 15 dias de trabalho ser havida como ms integral.

O pagamento da gratificao natalina poder ser feito em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda, at o dia 20 de dezembro de cada ano.

e) DA PROTEO AO SALRIO

e.1 DO MODO DE PAGAMENTO

O pagamento dever ser feito sempre em moeda corrente do pas. Se o trabalhador for analfabeto o pagamento dever ser feito sempre em dinheiro. O pagamento feito de maneira diferente ser considerado como no feito. Ex. pagar com mercadorias, etc.

Se o pagamento for efetivado com cheque, dever ser feito em horrio que permita o desconto imediato do cheque.

Se o pagamento for feito mediante depsito, ter fora de recibo o comprovante de depsito em conta bancria, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crdito prximo ao local de trabalho.

Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio, para todos os efeitos legais, a alimentao, habitao, vesturio ou outras prestaes in natura que a empresa, por fora do contrato de trabalho ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum ser permitido o pagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas.

A habitao e alimentao fornecidas como salrio-utilidade devero atender aos fins a que se destinam e no podero exceder, respectivamente, a 25% e 20% dos salrio contratual.

Tratando-se de habitao coletiva, o valor do salrio utilidade a ela correspondente ser obtido mediante a diviso do justo valor da habitao pelo nmero de co-ocupantes, vedada, em qualquer hiptese, a utilizao da mesma unidade residencial por mais de uma famlia.

No sero consideradas como salrio as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I vesturios, equipamentos e outros acessrios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestao de servio; II educao, em estabelecimento de ensino prprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrcula, mensalidade, anuidade, livros e material didtico; III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou no por transporte pblico; IV assistncia mdica, hospitalar e odontolgica, prestada diretamente ou mediante seguro sade; V seguros de vida e acidentes pessoais; VI previdncia privada;

O pagamento do salrio, qualquer que seja a modalidade do pagamento, no deve ser estipulado por perodo superior a um ms, salvo o que concerne a comisses, percentagens e gratificaes.

Quando o pagamento houver sido estipulado por ms, dever ser efetuado, o mais tardar, at o quinto dia til do ms subseqente ao vencido.

O pagamento dever ser efetuado mediante recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impresso digital ou, no sendo possvel, a seu rogo.

vedado empresa que mantiver armazm para venda de mercadorias aos empregados ou servios destinados a proporcionar-lhes prestaes in natura exercer coao ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazm ou dos servios. Sempre que no for possvel o acesso dos empregados a armazns ou servios no mantidos pela empresa, lcito autoridade competente determinar a adoo de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os servios prestados a preos razoveis, sem intuito de lucro e sempre em beneficio dos empregados. A lei probe tambm s empresas, de limitarem, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salrio, assim como, constitui crime o empregador reter, dolosamente, o salrio do empregado.

A Constituio Federal do Saudoso Ulysses Guimares, tambm protege o salrio em face do valor. O artigo 7o., inciso IV, determina que: o salrio, nacionalmente unificado, deve ser capaz de atender as necessidades vitais bsicas e da famlia, com moradia, alimentao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, como reajustes peridicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim.

Aqueles que recebem remunerao varivel, fica garantido salrio nunca inferior ao salrio mnimo.

O salrio irredutvel, salvo disposto em conveno ou acordo coletivo.

Ao empregador vedado efetuar qualquer desconto no salrio do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei (INSS, IR), ou de instrumento coletivo.

Descontos salariais efetuados pelo empregador, com autorizao prvia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistncia odontolgica, mdico-hospitalar, de seguro, de previdncia privada, ou de entidade cooperativa, cultural e recreativa associativa dos seus trabalhadores, em benefcios dos seus dependentes, no afrontam a regra acima citada, salvo se ficar demonstrado que houve coao ou outro defeito que anule o ato jurdico.

Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto ser lcito, desde que esta possibilidade tenha sito acordada ou na ocorrncia de dolo do empregado.

proibida a diferena de salrio, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor, ou estado civil. Tambm proibida qualquer discriminao no tocante ao salrio e critrios de admisso do trabalhador portador de deficincia. Proibida tambm a distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual entre os profissionais respectivos.

Em resumo, sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade.

Trabalho de igual valor, ser o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeio tcnica, entre pessoas cuja diferena de tempo de servio no for superior a dois anos..

X DO TRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO

Extino do Contrato de Trabalho

125) Formas: a) por deciso do empregador: dispensa do empregado; b) por deciso do empregado: demisso, dispensa indireta e aposentadoria; c) por iniciativa de ambos: acordo; d) por desaparecimento dos sujeitos: morte do empregado, morte do empregador pessoa fsica e extino da empresa; e) do contrato a prazo pelo decurso do prazo fixado ou por dispensa do empregado no curso do vnculo jurdico.

126) Dispensa do empregado: o ato pelo qual o empregador pe fim relao jurdica; quanto sua natureza, forma de extino dos contratos de trabalho; sua funo desconstitutiva do vnculo jurdico; um ato receptcio porque deve ser concedido pelo empregado.

127) Dispensa com ou sem justa causa: aquela fundada em causa pertinente esfera do trabalhador, quase sempre uma ao ou omisso passvel de comprometer a disciplina.

128) Dispensa obstativa: destinada a impedir ou fraudar a aquisio de um direito que se realizaria caso o empregado permanecesse no servio, como as dispensas que antecedem um reajustamento salarial.

129) Dispensa indireta: a ruptura do contrato de trabalho pelo empregado diante de justa causa do empregador.

130) Dispensa coletiva: a de mais de um empregado, por um nico motivo igual para todos, quase sempre razes de ordem objetiva da empresa, como problemas econmicos, financeiros e tcnicos.

131) Estabilidade: o direito do trabalhador de permanecer no emprego, mesmo contra a vontade do empregador, enquanto inexistir uma causa relevante expressa em lei e que permita a sua dispensa; a garantia de ficar no emprego, perdendo-o unicamente se houver uma causa que justifique a dispensa indicada pela lei; classifica-se em geral e especial; a geral s pode resultar de negociao coletiva; a CF faculta a dispensa mediante pagamento de indenizao (multa de 40%); a especial a que perdura enquanto existir a causa em razo da qual foi instituda, que coincide com uma condio especial do empregado.

Dispensa Arbitrria ou Sem Justa Causa

132) Dispensa arbitrria e justa causa: so qualificaes diferentes; enquanto a dispensa arbitrria qualificao do ato praticado pelo empregador, justa causa, ao contrrio, o da ao ou omisso do trabalhador; a arbitrariedade daquele; a justa causa deste.

133) Justa causa: considera-se justa causa o comportamento culposo do trabalhador que, pela sua gravidade e conseqncias, torne imediata e praticamente impossvel a subsistncia da relao de trabalho.

134) Estrutura da justa causa: o elemento subjetivo a culpa do empregado, j que no ser admissvel responsabiliz-lo como o nus que suporta se no agiu com impreviso ou dolo; os requisitos objetivos so a gravidade do comportamento; porque no h justa causa se a ao ou a omisso no representem nada; o imediatismo da resciso; a casualidade, que o nexo de causa e efeito entre a justa causa e a dispensa; e a singularidade, para significar que vedada a dupla punio pela mesma justa causa; h justa causa decorrente de ato instantneo e de ato habitual.

135) Forma da dispensa: sua comunicao no revestida de forma prevista em lei; pode ser meramente verbal; h convenes coletivas e sentenas normativas prevendo carta de dispensa; da CTPS constar apenas a baixa, e no o motivo da extino do contrato.

136) Local do ato: quanto ao local da sua prtica, a justa causa ocorrer no estabelecimento ou fora dele.

137) Prazo para despedir: no h prazo para que o empregador despea, mas h a exigncia j mencionada da imediao; entre a dispensa e a justa causa deve haver uma proximidade de tempo.

138) Culpa recproca: designa a dispensa de iniciativa do empregador, verificando-se em juzo que houve justa causa dos 2 sujeitos do contrato.

139) Dano moral: se o empregado sofrer dano moral, pode pleitear em juzo, o ressarcimento atravs de uma indenizao cujo valor ser, em cada caso, arbitrado pelo juiz.

Figuras da Justa Causa (CLT, art. 482)

140) Improbidade: o ato lesivo contra o patrimnio da empresa, ou de terceiro, relacionado com o trabalho; ex: furto, roubo, falsificao de documentos, etc.

141) Incontinncia de conduta: traduz-se pelo comportamento irregular do empregado, incompatvel com a moral sexual; apenas ato de natureza sexual.

142) Mau procedimento: o comportamento irregular do empregado, incompatvel com as normas exigidas pelo senso comum do homem mdio; qualquer ato infrigente da norma tica.

143) Negociao habitual: o ato de concorrncia desleal ao empregador ou o inadequado exerccio paralelo do comrcio a sua causa.

144) Condenao criminal sem sursis: quando ao ru no concedido o sursis, em virtude do cumprimento da pena privativa da sua liberdade de locomoo, no poder continuar no emprego, podendo ser despedido, por justa causa.

145) Desdia: desempenhar as funes com desdia faz-lo com negligncia.

146) Embriaguez: justa causa para o despedimento; configura-se em 2 formas; pela embriaguez habitual, fora do servio e na vida privada do empregado, mas desde que transpaream no ambiente de trabalho os efeitos da ebriedade; pela embriaguez no servio, instantnea e que se consuma num s ato, mediante a sua simples apresentao no local de trabalho em estado de embriaguez.

147) Violao de segredo: a divulgao no autorizada das patentes de inveno, mtodos de execuo, frmulas, escrita comercial e, enfim, de todo fato, ato ou coisa que, de uso ou conhecimento exclusivo da empresa, no possa ou no deva ser tornado pblico, sob pena de causar prejuzo remoto, provvel ou imediato empresa.

148) Indisciplina: o descumprimento de ordens gerais de servio; a desobedincia s determinaes contidas em circulares, portarias, instrues gerais da empresa, escritas ou verbais.

149) Insubordinao: o descumprimento de ordens pessoais de servio; a norma infringida no tem carter de generalidade mas sim de pessoalidade.

150) Abandono de emprego: configura-se mediante a ausncia continuada do empregado com o nimo de no mais trabalhar.

151) Ato lesivo honra e a boa fama: a ofensa honra, do empregador ou terceiro, nesse caso relacionada com o servio, mediante injria, calnia ou difamao.

152) Ofensa fsica: a agresso, tentada ou consumada, contra o superior hierrquico, empregadores, colegas ou terceiros, no local de trabalho ou em estreita relao com o servio.

Extino por deciso do Empregado

153) Demisso: a comunicao do empregado ao empregador de que no pretende mais dar continuidade ao contrato de trabalho; no tem forma prevista em lei, mas segundo a praxe escrita; tem de ser feita com uma certa antecedncia (CLT, art. 487); a falta de aviso prvio do empregado que pede demisso autoriza o empregador a reter o saldo de salrio, se o tiver.

154) Dispensa indireta: a resciso do contrato por deciso do empregado tendo em vista justa causa que o atingiu praticada pelo empregador (483); impe-se a imediata ruptura do vnculo, o que equivale necessidade de cessar o trabalho por ato do empregado; a CLT no prev forma para esse ato.

155) Aposentadoria espontnea: com a aposentadoria cessa o contrato de trabalho; inicia-se um novo vnculo jurdico entre as mesmas partes; a CLT (453) impede a soma do tempo de servio do aposentado que volta a trabalhar para o mesmo empregador; o empregado pode aguardar no servio o desfecho de seu requerimento ao INSS.

156) Extino por iniciativa de ambos (acordo):modo de extino que resulta da livre disposio dos interessados e desde que seja o desejo de ambos; no existe a obrigao de pagar indenizao; nenhuma empresa ser obrigada a fazer acordo com o empregado.

157) Extino dos contratos a prazo: a extino pelo cumprimento do prazo; nesse caso, o empregado ter direito ao saldo de salrio, 13 vencido ou proporcional, frias vencidas ou proporcionais e saque dos depsito do FGTS; a indenizao ser fixada no acordo ou conveno coletiva que autorize esse tipo de contratao; o aviso prvio e os 40% do FGTS, so indevidos.

158) Resciso do contrato: a dispensa do empregado antes do termo final, com ou sem justa causa, ou pedido de demisso.

159) Homologao: a assistncia prestada ao trabalhador, pelo MT ou pelos sindicatos, para que sejam conferidos os valores e ttulos pagos; obrigatria a homologao de pagamentos a empregados com mais de um ano de casa; se o tempo inferior, vale, com a mesma ressalva, recibo elaborado pela empresa.

160) Prazos: os pagamentos decorrentes da resciso devem ser pagos (447, 6), at o primeiro dia til imediato ao trmino do contrato ou at o dcimo dia, contado da data da notificao, da demisso, quando da ausncia do aviso prvio, indenizao do mesmo ou dispensa do seu cumprimento; havendo atraso no prazo de homologao o empregador sujeita-se ao pagamento de multa. PAGE 9