apostila des tec parte 02

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IFBahia IFBahia IFBahia IFBahia   CampusPortoSeguro CampusPortoSeguro CampusPortoSeguro CampusPortoSeguro    DesenhoTécn DesenhoTécn DesenhoTécn DesenhoTécnicol/Interp.DeprojetosemU.A. icol/Interp.DeprojetosemU.A. icol/Interp.DeprojetosemU.A. icol/Interp.DeprojetosemU.A.   Prof.EduardoMachado Prof.EduardoMachado Prof.EduardoMachado Prof.EduardoMachado 12 12 12 12 Parte6:Projeçõ esortográficase perspectivas Parte6:Projeçõesortográficaseperspectivas Parte6:Projeçõ esortográficase perspectivas Parte6:Projeçõesortográficaseperspectivas 6.1)Projeção Odesenhotécnicodeumobjetoéexpressopormeiodevistasortográficaseperspectivas. Ambas asformasde repr esen taçã o gráf icasãoaplicaç õesdoestudode proj eçõe s aodesenho.Por isso,antesdefalarmosdasvistas,vamosverumpoucosobreasprojeções. A proj eção orto gráf ica é uma forma de repr esentar graf icamente obje tos trid imen sion ais em su pe rfícies pl anas, de modo a tr ansmitir suas caract er ís ti cas co m pr ecisão e de monstrar su a verdadeiragrandeza.Paraentenderbemcomoéfeitaaprojeçãoortográficavamosconheceralguns elementosqueconstituemessemétodo. 6.1.1)Geometriadescritiva:abasedodesenhotécnico O de senho cn ic o, tal como o entendemos hoje, fo i de senvolvido gr as ao ma te mático francêsGasparMonge(1746-1818).Osmétodosderepresentaçãográficaqueexistiamatéaquela épocanãopossibilitavamtransmitir aidéiadosobjetosde forma completa,corretae precisa. Monge criou um to do qu e permite repres en tar, com pr ec is ão , os objeto s que têm tr ês dimensões (comprimento,larguraealtura)emsuperfíciesplanas,como,porexemplo,umafolhadepapel,que tem apen as du as dim ens ões (comprimento e lar gur a). Esse método, qu e passou a ser conhe cid o como méto do mong ean o, é usado na geom etria descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituemabasedodesenhotécnico.Veja: 6.1.2)Elementosdeprojeção Osprincipaiselementosdaprojeçãosão: 1. Centrode projeção (v),póloo uvértice- coincideco mopont odevista doobservador; 2. Raiosprojetantes- podemser cônicos,comonafigura,ouparalelos; 3. Obje to a ser pro jet ado (ABCD) - em Geo metria Descritiva, o obje to po de ser um pont o, uma linha,umplanoouumsólido; 4. Planodeprojeção ( α); 5. Figuraprojetada do objeto (A’B’C’D’). 1

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Parte6:ProjeçõesortográficaseperspectivasParte6:ProjeçõesortográficaseperspectivasParte6:ProjeçõesortográficaseperspectivasParte6:Projeçõesortográficaseperspectivas

6.1)Projeção

Odesenhotécnicodeumobjetoéexpressopormeiodevistasortográficaseperspectivas.Ambasasformasderepresentaçãográficasãoaplicaçõesdoestudodeprojeçõesaodesenho.Porisso,antesdefalarmosdasvistas,vamosverumpoucosobreasprojeções.

Aprojeção ortográficaéuma forma de representargraficamenteobjetos tridimensionaisemsuperfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar suaverdadeiragrandeza.Paraentenderbemcomoéfeitaaprojeçãoortográficavamosconheceralgunselementosqueconstituemessemétodo.

6.1.1)Geometriadescritiva:abasedodesenhotécnico

O desenho técnico, tal como o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao matemático

francêsGasparMonge(1746-1818).Osmétodosderepresentaçãográficaqueexistiamatéaquelaépocanãopossibilitavamtransmitiraidéiadosobjetosde formacompleta,corretaeprecisa.Mongecriou um método que permite representar, com precisão, os objetos que têm três dimensões(comprimento,larguraealtura)emsuperfíciesplanas,como,porexemplo,umafolhadepapel,quetem apenasduasdimensões (comprimento e largura). Esse método, que passou a ser conhecidocomo métodomongeano, é usado nageometria descritiva.E osprincípiosdageometria descritivaconstituemabasedodesenhotécnico.Veja:

6.1.2)Elementosdeprojeção

Osprincipaiselementosdaprojeçãosão:

1. Centrodeprojeção(v),póloouvértice-coincidecomopontodevistadoobservador;2. Raiosprojetantes-podemsercônicos,comonafigura,ouparalelos;3. Objetoaserprojetado(ABCD)-emGeometriaDescritiva,oobjetopodeserumponto,uma

linha,umplanoouumsólido;4. Planodeprojeção(α);

5. Figuraprojetadadoobjeto(A’B’C’D’).

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6.1.3)Tiposdeprojeção

• Projeção cônica ou centralProjeção cônica ou centralProjeção cônica ou centralProjeção cônica ou central – o centro de projeção está a uma distância finita do plano deprojeçãoeosraiosprojetantessãodivergentes(comoexemplo,temosafiguraanterior);

ProjeçãocilíndricaouparalelaProjeçãocilíndricaouparalelaProjeçãocilíndricaouparalelaProjeçãocilíndricaouparalela–ocentrodeprojeçãoestáaumadistânciainfinitadoplanodeprojeçãoeosraiosprojetantessãoparalelosentresi.Aprojeçãocilíndricapodeser:

• Oblíqua –osraiosprojetantesformamcomoplanodeprojeçãoumângulodiferentede90°.

• Ortogonal –osraiosprojetantesformamcomoplanodeprojeçãoumângulode90°.

Dos dois tipos de projeção, será dada maior ênfase ao estudo da projeção cilíndrica, emespecialaortogonal,queporsuascaracterísticasapresentaprojeçõesemverdadeiragrandeza(VG).

6.1.4)Diedrosdeprojeção

Para localizar um determinado ponto no espaço na projeção cilíndrica ortogonal sãonecessárias duas projeções ortogonais. Usa-se, portanto, um sistema de dois planos de projeçãoperpendiculares entre si, um na posição horizontal (π) e outro na posição vertical (π’), que seinterceptamdeterminandoumaretadenominada linhadeterra(LT).EssesistemaprojetivoformadopordoisplanosortogonaisdeprojeçãofoicriadoporGasparMonge.

Osplanos(π)e(π’) determinamnoespaçoquatroporções iguaisdenominadasdiedros. Osdiedrossãonumeradosnosentidoanti-horário.

π’ 

π 

LT

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Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a projeçãoortográfica no 1º diedro. NoBrasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto,alguns países, como osEstadosUnidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicosno 3ºdiedro.Aolereinterpretardesenhostécnicos,oprimeirocuidadoquesedeveteréidentificaremque

diedroestárepresentadoomodelo.Essecuidadoéimportanteparaevitaroriscodeinterpretarerradoascaracterísticasdoobjeto.

Parasimplificaroentendimentodaprojeçãoortográficapassaremosarepresentarapenaso1ºdiedro,oqueénormalizadopelaABNT.Chamaremososemiplanoverticalsuperiordeplanovertical.Osemiplanohorizontalanteriorpassaráaserchamadodeplanohorizontal.

6.1.5)Épura

Para desenhar e interpretar as projeções é necessário que os dois planos de projeção

(horizontalevertical)sejamrepresentadosemumaúnicasuperfícieplana.Istoéobtidofazendo-secomqueumdosplanossejarebatidosobreooutro,numgirode90°emtornodalinhadeterra(LT),ouseja,fazercomque(π)e(π‘)sejamcoincidentes.Oresultadodesseprocessoédenominado épura .Vejamosoexemplodaprojeçãodeumponto(AAAA).

Apósaoperação,tem-seaprojeçãohorizontalAAAAexatamenteabaixodaverticalA’A’A’A’,nomesmoplano,oqual,naprática,éopapeldedesenho.Estáobtidaaépuradoponto(AAAA).

Aslinhasqueunemasduasprojeçõesdecadapontodenominam-selinhasdechamada.6.2)Projeçãoortográficadeumsólidoevistasortográficas

Para entendermose representarmos um sólidogeométricoé necessário conhecer todos osseus elementos em verdadeira grandeza. Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamossólidosgeométricosouobjetostridimensionaiscomomodelos,costumamosrepresentarsuaprojeçãoortográficaemmaisdeumplanodeprojeção.

No Brasil, onde se adota a representação no1º diedro, além do plano vertical e do planohorizontal,utiliza-seumterceiroplanodeprojeção:oplanolateral,tambémchamadode planodeperfil 

A

AA

A

A

A

(A) (A)

LT

π‘ 

π 

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(π’’).Esteplanoé,aomesmotempo,perpendicularaoplanoverticaleaoplanohorizontal,comonosmostraafiguraabaixo.

Anecessidadedesseterceiroplanodeprojeção(planodeperfil)sedápelanecessidadede

projetarmosumaterceirafacedosólido,demodoquepossamosmelhorcompreende-lo.Assim,temosaprojeçãoortográficadetrêsfacesdosólido.

Assim,obtemosoqueconsideramosastrêsvistasprincipaisdeumapeça:avistafrontalvistafrontalvistafrontalvistafrontal,queéaprojeçãonoplanovertical(π’);avistasuperiorvistasuperiorvistasuperiorvistasuperior,queéaprojeçãonoplanovertical(π);eavistavistavistavista

lateralesquerdalateralesquerdalateralesquerdalateralesquerda,queéaprojeçãonoplanodeperfil( π’’).

Cadaumadasvistasrepresentamduasdimensõesdoobjeto,emverdadeiragrandeza:

• Vistafrontal–larguraealtura• Vistasuperior–larguraeprofundidade• Vistalateralesquerda–profundidadeealtura

Comoemdesenhotécnicoasvistasdevemsermostradasemumúnicoplano,devemosfazerorebatimentodosplanosdeprojeçãohorizontaledeperfil.Vejamoscomoéfeitaaépurano1ºdiedro:

π 

π’’ 

π’ 

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6.2.1)Vistafrontal

6.2.2)Vistasuperior

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6.2.3)Vistalateralesquerda

6.2.4)Vistascomplementares

As três vistas ortográficas principais (frontal, superior e lateral esquerda), por vezes nãoconseguemesclarecersuficientementeaformadeobjetosmaiscomplexos.Alémdeoutrosrecursos,pode-seaumentaronúmerodevistasparaseis.Paraisso,sãoconsideradosdoisplanosemcadaposição:

• Horizontal–abaixoeacimadosólido;• Vertical–atráseàfrentedosólido;• Deperfil–àdireitaeàesquerdadosólido.

Oposicionamentodasvistaséfeitodeumadasformasaseguir,sendoquearecomendada

pelaaABNTéarepresentaçãodevistasno1°diedro.

VA–vistafrontal(ouanterior);VP–vistaposterior;VLE–Vistalateralesquerda;

VLD–Vistalateraldireita;VS–Vistasuperior;VI–Vistainferior.

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6.2.5)Vistasauxiliares

Quandoumadasfacesouumdetalhedapeçanãoapresentaverdadeiragrandeza(VG)emprojeção, utiliza-seumplano de projeção auxiliar, paraleloà face oblíqua ou ao detalhe da peça,

resultandoassimemumavistaauxiliarvistaauxiliarvistaauxiliarvistaauxiliar.

Observe que com a projeção ortogonal, as vistas superior e lateral esquerda apresentam

deformações (partedoque está representado nãoestá emVG)quedificultama interpretaçãodosdetalhes da peça. Com umplano auxiliar de projeção paralelo ao detalhe, obtém-se a verdadeiragrandezadafaceoblíquadapeçaemquestão.

Os detalhes que não apresentam verdadeira grandeza podem ser suprimidos por nãoofereceremnenhumainformaçãorelevanteparaacompreensãodapeçaEstasupressãoéindicadaatravés da interrupção da vista com uma linha irregular em traço fino. As vistas com detalhessuprimidossãodenominadascomoparciais.

 

Parte7:CortesParte7:CortesParte7:CortesParte7:Cortes

Cortarquerdizerdividir,secionar,separarpartesdeumtodo.Corteéumrecursoutilizadoemdiversasáreasdoensino,parafacilitaroestudodointeriordosobjetos.Esserecursoéutilizadoemdesenho técnicopara mostrar elementos internos demodelos complexos commaior clareza,parafacilitaroestudodaestruturainternaedofuncionamentodealgumaspeças.

7.1)Corteplenooutotal

Parte das vistas Superior eLateral Esquerda não possuiverdadeira grandeza

Planos em épuraVistas

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Cortetotaléaquelequeatingeapeçaemtodaasuaextensão.Deve-seconsiderarocorterealizado por um plano de corte imaginário. No caso de corte total, o plano de corte atravessacompletamente a peça, atingindo suas partes maciças. Temos assim três situações possíveis,mostradasaseguir.

7.1.1)Cortetotalverticalparaleloàvistafrontal

 

VistVistVistVistafrontaldapeçaafrontaldapeçaafrontaldapeçaafrontaldapeça CorteparaleloàvistafrontalCorteparaleloàvistafrontalCorteparaleloàvistafrontalCorteparaleloàvistafrontal

Oplanodecorteparaleloaoplanodeprojeçãoverticaléchamadoplanodecortevertical.Esteplanodecortedivideomodeloaomeio,emtodasuaextensão,atingindotodososelementosdapeça.Nessecaso,comooplanocortaapeçaaolongodesuamaiordimensão,chamamosdecorteverticallongitudinal.

Agora,imaginequeaparteanteriordomodelofoiremovida.Assim,vocêpoderáanalisarcommaiorfacilidadeoselementosatingidospelocorte.Naprojeçãodomodelocortado,noplanovertical,oselementosatingidospelocortesãorepresentadospelalinhaparaarestase contornosvisíveis.Avistafrontaldomodeloanalisado,comcorte,deveserrepresentadademodoqueaspartesmaciçasdomodelo,atingidaspeloplanodecorte,sejamrepresentadashachuradas.Osfurosnãorecebemhachuras,poissãopartesocasquenãoforamatingidaspeloplanodecorte.

Arepresentaçãodocortejuntamentecomasoutrasvistas(lateralesuperior)deveserassim:

  ou 

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Avistasuperior eavistalateral esquerda nãodevem ser representadasemcorteporque oobservadornãoasimaginouatingidaspeloplanodecorte.Avistafrontalestárepresentadaemcorteporqueoobservadorimaginouocortevendoomodelodefrente.Sobavistarepresentadaemcorte,no caso a vista frontal, é indicado o nome do Corte AA. Observe, na figura anterior, que a vista

superioréatravessadaporumalinhatraçoeponto,comdoistraçoslargosnasextremidades.Estalinhaindicaolocalporondeseimaginoupassaroplanodecorte.Quandoocorteérepresentadonavistafrontal,aindicaçãodocortepodeserfeitanavistasuperiorounavistalateralesquerda.Assetassobostraçoslargosindicamadireçãoemqueoobservadorimaginouocorte.

7.1.2)Cortetotalverticalparaleloàvistalateral

Agora,imagineumobservadorvendoomodelodeladoeumplanodecorteverticalatingindoomodelo,conformeafiguraaseguir.  

Oplanodecorte,queéparaleloaoplanodeprojeçãolateral,tambémrecebeonomedeplanodecortevertical,comonocasoanterior.Porém,comonestecasooplanodecorteverticalsecionaapeçanasuamenordimensão,chamamosdecorteverticaltransversal.

Observe na primeira e segunda figura que a parte anterior ao plano de corte foi retirada,deixando visível o furo quadrado.Finalmente,veja na terceira ilustração,como ficam asprojeçõesortográficas deste modeloemcorte.Navista lateral, o furo quadrado,atingido pelo corte, aparecerepresentadopelalinhaparaarestasecontornosvisíveis.Aspartesmaciças,atingidaspelocorte,sãorepresentadashachuradas.Ofuroredondo,visívelpeloobservador,tambémérepresentadopelalinhaparaarestasecontornosvisíveis.Nasvistasortográficasdestemodeloemcorte transversal,avistafrontaleavistasuperiorsãorepresentadassemcorte.Quandoocorteérepresentadonavistalateral,aindicaçãodoplanodecortetantopodeaparecernavistafrontalcomonavistasuperior.

7.1.3)Cortetotalhorizontalparaleloàvistasuperior  

Comoocortepodeserimaginadoemqualquerdasvistasdodesenhotécnico,vamosagoraveros cortes aplicados na vista superior. Imagine o mesmo modelo anterior visto de cima por umobservador.Paraqueosfurosredondosfiquemvisíveis,oobservadordeveráimaginarumcorte,comomostraafiguraaseguir.

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Oplanodecorte,queéparaleloaoplanodeprojeçãohorizontal,échamadoplanodecortehorizontal.Ele divideapeçaemduaspartes.Com ocorte, os furos redondos,que antesestavamocultos,ficaramvisíveis.Retirandoapartedecimadapeçacortada,vejanaúltimafiguracomoficaa

projeçãodomodelonoplanohorizontal.

Agora,observeasvistasortográficaseocortehorizontal.  

Ocorteaparecerepresentadonavistasuperior.Aspartesmaciçasatingidaspelocorteforamhachuradas.Avistafrontaleavistalateralesquerdaestãorepresentadassemcorte,porqueocorteimaginadoatingiuapenasavistasuperior.Onomedocorte(CorteAA)aparecesobavistasuperior,queéavistarepresentadaemcorte.Aindicaçãodoplanodecorte,navistafrontal,coincidecomalinhadecentrodosfurosredondos.Assetas,aoladodasletrasquedãonomeaocorte,indicamadireçãoemqueocortefoi imaginado.Quandoocorteéimaginadonavistasuperior,aindicaçãodolocal por onde passa o plano de corte pode ser representada na vista frontal ou na vista lateral

esquerda.

7.2)Maisdeumcortenamesmapeça

Dependendodacomplexidadedapeça,umúnicocortepodenãosersuficienteparamostrartodososelementosinternosquequeremosanalisar.Observe,porexemplo,apeçaaseguir.

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 Imagineestapeçavistadefrente,secionadaporumplanodecortelongitudinalverticalque

passapelocentrodapeça.Imaginequeaparteanteriordomodelo,separadapeloplanodecorte,foiremovidaeanaliseavistafrontalcorrespondente,emcorte.

 Observequeestavistamostraapenaspartedoselementosinternosdapeça:osdoisrasgos

passantes.Osoutrosdoiselementos,ofuroquadradoeofurocilíndricocomrebaixo,nãoaparecem

nocorte.Paraqueesseselementossejammostrados,asoluçãoérepresentarmaisdeumavistaemcorte.

Assim, imagineamesmapeça, vista de lado, secionadaporumplanodecorte transversal.Nestecaso,avistaatingidapelocorteéalateralesquerda.Vejamosarepresentaçãodavistalateralesquerdaemcorte.

 

Nestavista,épossívelverclaramenteofurocilíndricocomrebaixoeofuroquadrado,quenãoapareciamnavistafrontalemcorte.Vejamoscomoficamasvistasortográficasdessapeça,comosdoiscortesrepresentadosaomesmotempo.

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Cadacorteéidentificadoporumnome.OcorterepresentadonavistafrontalrecebeuonomedeCorteAA.OcorterepresentadonalateralesquerdarecebeuonomedeCorteBB.Osdoiscortes:AAeBBforamindicadosnavistasuperior,mostrandooslocaisporondeseimaginoupassaremos

doisplanosdecorte.

7.3)Cortecompostoporplanosparalelos(ouemdesvio)

Certos tipos de peças, como as representadas abaixo, por apresentarem seus elementosinternosforadealinhamento,precisamdeoutramaneiradeseimaginarocorte.Otipodecorteusadoparamostrarelementosinternosforadealinhamentoéocortecomposto,tambémconhecidocomocorteemdesvio. 

Imagineaprimeirapeça(Fig.A)sendosecionadaporumplanodecortelongitudinalverticalqueatravessaofuroretangularevejacomoficasuarepresentaçãoortográfica:

Observequeapeçafoisecionadaporumplanoquedeixouvisívelofuroretangular.Osfurosredondos,entretanto,nãopodemserobservados.Parapoderanalisarosfurosredondos,teremosdeimaginarumoutroplanodecorte,paraleloaoanterior.Vejamosentãoapeçasecionadapeloplanolongitudinalverticalqueatravessaosfurosredondose,aolado,suarepresentaçãoortográfica.

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 Nodesenho técnico podemos juntar osdoiscortes anterioresem um único, fazendooque

chamamos de corte composto, ou em desvio. O corte composto torna possível analisar todos oselementos internos da peça, ao mesmo tempo. Isso ocorre porque o corte composto permiterepresentar,numamesmavista,elementossituadosemdiferentesplanosdecorte.Devemosimaginaroplanodecortedesviadodedireção,paraatingirtodososelementosdapeça.

Avistafrontal,representadaemcorte,nesteexemplo,mostratodososelementoscomoseeles

estivessem no mesmo plano. Se observarmos a vista frontal, isoladamente, não será possívelidentificaroslocaisporondepassaramosplanosdecorte.Nessecaso,devemosexaminaravistaondeérepresentadaaindicaçãodoplanodecorte.

Observeabaixoqueocorteéindicadopelalinhatraçoepontonavistasuperior.Ostraçossãolargosnas extremidadesequando indicammudançasde direção dosplanosde corte. Onomedocorteéindicadoporduasletrasmaiúsculas,representadasnasextremidadesdalinhatraçoeponto.Assetasindicamadireçãoemqueoobservadorimaginouocorte.

 Observeagoracomoficaarepresentaçãodoscortesnaspeçasdasfigurasbec:

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7.4)Cortecompostoporplanosconcorrentes

Apeçaabaixosechamaflange.Seimaginarmosoflangeatingidoporumúnicoplanodecorte,apenasumdosfurosficarávisível.Paramostraroutrofuro,temosdeimaginaro flangeatingidopordoisplanosconcorrentes,istoé,doisplanosquesecruzam(P1eP2).

Neste exemplo, a vista que deve ser representada em corte é a vista frontal, porque oobservadorestá imaginandoo corte de frente.Para representar oselementos, navista frontal, emverdadeiragrandeza,devemosimaginarqueumdosplanosdecortesofreuummovimentoderotação,demodoacoincidircomooutroplano.Porexemplo:

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Metadedavistafrontalnãofoiatingidapelomeio-corte:ofuropassantedaesquerdaemetadedofurocentralnãosãorepresentadosnodesenho.Issoocorreporqueomodeloésimétrico.Ametadedavistafrontalnãoatingidapelocorteéexatamenteigualàoutrametade.Assim,nãoénecessáriorepetira indicaçãodoselementosinternosnapartenãoatingidapelocorte.Entretanto,ocentrodos

elementosnãovisíveisdeveserindicado.

Quandoomodeloérepresentadocommeio-corte,nãoénecessárioindicarosplanosdecorte.Asdemaisvistassãorepresentadasnormalmente.

7.6)Corteemseção

Secionarquerdizercortar.Assim,arepresentaçãoemseçãotambéméfeitaimaginando-sequeapeçasofreucorte.Masexisteumadiferençafundamentalentrearepresentaçãoemcorteearepresentaçãoemseção.Vamoscompreenderbemessadiferença,analisandoalgunsexemplos.

Imagineapeçarepresentadaaseguirsecionadaporumplanodecortetransversal.Analisea

perspectiva da peça, atingida pelo plano de corte e, embaixo, as suas vistas ortográficas com arepresentaçãodocortenavistalateral.

 

Avistalateralmostraasuperfícieatingidapelocorteetambémaprojeçãodapartedapeçaqueficou alémdo plano de corte. Avista lateralpermiteanalisar aparte atingida pelocorte e tambémoutroselementosdapeça.

Vejamosagoraodesenhotécnicodamesmapeçaaolado,comrepresentaçãoemseção.Noteque,aoladodavistafrontalestárepresentadaaseçãoAA.Estaseçãomostraapartemaciçaatingidapeloplanodecorte.Aseçãorepresentaoperfilinternorebatidodapeçaoudeumapartedapeça.Aindicaçãodaseçãorepresentadapelalinhatraçoepontocomtraçoslargosnasextremidadesaparecenavistafrontal,nolocalondeseimaginoupassaroplanodecorte.Alinhadecorteondeseimaginaorebatimentodaseçãodevesersemprenocentrodoelementosecionado.

Enquanto a representaçãoemcorte mostraaspartesmaciçasatingidaspelo corteeoutros

elementos,arepresentaçãoemseçãomostraapenasaparteatingidapelocorte.Observemosoutroexemploecomparemosasvistasortográficasdapeçaemcorteeemseção.

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IFBahiaIFBahiaIFBahiaIFBahia–  ––  –CampusPortoSeguroCampusPortoSeguroCampusPortoSeguroCampusPortoSeguro–  ––  –DesenhoTécnDesenhoTécnDesenhoTécnDesenhoTécnicol/Interp.DeprojetosemU.A.icol/Interp.DeprojetosemU.A.icol/Interp.DeprojetosemU.A.icol/Interp.DeprojetosemU.A.–  ––  –Prof.EduardoMachadoProf.EduardoMachadoProf.EduardoMachadoProf.EduardoMachado 28282828

SemelhançasSemelhançasSemelhançasSemelhanças: Em ambos os casos imaginaram-se cortes na peça; eles apresentam indicação doplanodecorteeaspartesmaciçasatingidaspelocortesãohachuradas.

DiferençasDiferençasDiferençasDiferenças:Nodesenhoemcorte,avistaondeocorteérepresentadomostraoutroselementosda

peça,alémdapartemaciçaatingidapelocorte,enquantoqueodesenhoemseçãomostraapenasaparte cortada; a indicação do corte é feita pela palavra corte, seguida de duas letras maiúsculasrepetidas,enquantoqueaidentificaçãodaseçãoéfeitapelapalavraseção,tambémseguidadeduasletrasmaiúsculasrepetidas.

7.7)Hachuras

As hachuras servem para indicar as partes maciças atingidas pelo corte. Além disso, ashachuraspodemserutilizadasparaindicarotipodematerialaserempregadonaproduçãodoobjetorepresentado.Noscortesqueestudamosatéagorafoiusadaahachuraqueindicaqualquermaterialmetálico,conformeestabeleceanormaNBR12.298/1991,daABNT.

Recomendaçõesgeraisparaaaplicaçãodehachuras:• Sempredeveserfeitoemtraçoestreito(fino);• Espaçamento e direção do ângulo de inclinação uniformes em um mesmo desenho ou

objeto,comângulode45°emrelaçãoàslinhasdecontornoprincipaisdoobjeto;• Nodesenho de corte de peças adjacentes,pode-se alterarovalordo ângulode modoa

diferenciá-las(normalmentepara30°);• Alinhadehachuradeveserinterrompidaparaescrevertextooucotanointeriordapeça

hachurada;• Àsvezes,quandoaáreamaciçaatingidapelocorteémuitogrande,ashachuraspodemser

representadasapenaspertodoscontornosdodesenho.

 

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Parte8:PerspeParte8:PerspeParte8:PerspeParte8:Perspectivactivactivactiva

Perspectiva é o método de representação gráfica dos objetos que apresenta sua formanomodomaispróximocomosãovistos.Éarepresentaçãográficadastrêsdimensõesdeumobjetoem

umúnicoplano,demaneiraa transmitira idéiadeprofundidade.Essarepresentaçãotridimensionalquefornece,atravésdeumúnicodesenho,aformadapeçaemestudo.

Aperspectivaéoresultadodeumaprojeção,sendoassimocentrodeprojeçãoéoolhodoobservador;asprojetantescorrespondemaosraiosvisuaiseaprojeçãonoplanoéaperspectivadodesenho.

 

Há vários métodos perspectivos, que nos permite desenhar umobjeto em três dimensões.Assimtemos:

A)Projeçãocônica–perspectivacônica,rigorosaouexata

 

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B)Projeçãocilíndricaoblíqua–perspectivacavalera

C)Projeçãocilíndricaortogonal–perspectivaaxonométrica

 A perspectiva axonométrica se divide em três tipos: isométrica, dimétrica e trimétrica.

Aprofundaremos nossos estudos na perspectiva isométrica, pois, devido à sua simplicidade emrelaçãoaosdemaismétodos,éamaisutilizadanodesenhotécnico.

 

8.1)Perspectivaisométrica

Iso querdizermesma;métrica querdizermedida.Aperspectivaisométricamantémasmesmasproporçõesdocomprimento,dalarguraedaalturadoobjetorepresentado.Alémdisso,otraçadodaperspectivaisométricaérelativamentesimples.

Naperspectivaisométricaoobjetoérepresentadodetalmaneiraquepermitedemonstrartrêsdesuasfaces,quecorrespondemgeralmenteàfrontal,lateralesquerdaesuperior.

As três faces são ligadas ente si, num só desenho, montadas sobres três eixos,perpendicularesentresi,queservemdesuporteàstrêsdimensões(altura,larguraecomprimento)esãocolocadosobliquamenteemrelaçãoalplanodeprojeção.

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Naisométrica,ostrêseixosnoespaçoestãoigualmenteinclinadosemrelaçãoaoplanodeprojeção,sendoassim,osângulosformadospeloseixosprojetadossãoiguaisa120°.

 

Essastrêssemi-retas,assimdispostas,recebemonomedeeixosisométricos.Cadaumadassemi-retas é um eixo isométrico. Os eixos isométricos podem ser representados em posiçõesvariadas, mas sempre formando, entre si, ângulos de 120°. O traçado de qualquer perspectivaisométricapartesempredoseixosisométricos.

Qualquerretaparalelaaumeixoisométricoéchamadalinhaisométrica.Nafiguraaseguir,asretasrrrr,ssss,tttteuuuusãolinhasisométricas.Asretasrrrresssssãolinhasisométricasporquesãoparalelasaoeixoy;aretattttéparalelaaoeixoz;aretauuuuéparalelaaoeixox.Aslinhasnãoparalelasaoseixosisométricossãolinhasnãoisométricascomoéocasodaretavvvv,nafiguraabaixo.

 

Linhasisométricas Linhanãoisométrica

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8.2)Construindoaperspectivaisométrica

Aconstruçãodaperspectivaisométricadeumobjetoéfeitaapartirdeumsólidoenvolvente,cujasdimensõestotais(largura,comprimentoe altura)sãomedidassobreos trêseixos.Sobreeste

sólido são marcados os detalhes do objeto, traçando-se retas paralelas aos três eixos (linhasisométricas),e,seforocaso,retasnãoparalelasaostrêseixos(linhasnãoisométricas).Emrelaçãoàsdimensõesdoobjeto,aplica-seasmedidasemverdadeiragrandezasobreostrêseixos.

Parasefazerotraçadodeumaisométricacomosinstrumentosdedesenho,utiliza-searéguaparalelaeoesquadrode30°.

Aconstruçãodaperspectivapodeserdivididaporetapas,paramelhorexplicaroprocessodeconstrução.Assimtemos:

• 1ª etapa - Trace levemente, com linhas de construção, os eixos isométricos e indique ocomprimento, a largura e a altura sobre cada eixo, tomando como base as medidas

aproximadasdoobjetoaserrepresentado;• 2ªetapa-Apartirdospontosondevocêmarcouocomprimentoeaaltura,traceduaslinhas

isométricasquesecruzam.Assimficar·determinadaafacefrontaldomodelo;

• 3ªetapa-Traceagoraduaslinhasisométricasquesecruzamapartirdospontosondevocêmarcouocomprimentoealargura.Assimficarádeterminadaafacesuperiordomodelo;

• 4ªetapa-E,finalmente,vocêencontraráafacelateraldomodelo.Paratanto,bastatraçarduaslinhasisométricasapartirdospontosondevocêindicoualarguraeaaltura;

• 5ªetapa(conclusão)-Apagueosexcessosdaslinhasdeconstrução,istoé,daslinhasedos

eixosisométricosqueserviramdebaseparaarepresentaçãodomodelo.Depois,ésóreforçaroscontornosdafiguraeestáconcluídootraçadodaperspectivaisométrica.