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    Inspeo

    Visual

    a

    Inspeo de Equipamentos

    Elaborao: Raimundo Sampaio

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    CURSO DE INSPE O DE EQUIPAMENTOS - INSPE O VISUALElaborao: Raimundo Sampaio

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    Sumrio

    1 INTRODUO ....................................................................................................................................... 4

    2 O OLHO HUMANO ................................................................................................................................ 5

    3 CLASSIFICAO NAS PRINCIPAIS TCNICAS DE INSPEO VISUAL ................................ 6

    3.1 DIRETO .............................................................................................................................................. 63.2 REMOTO ............................................................................................................................................ 6

    3.2.1 Lupa ......... .......... .......... ........... ......... ........... ......... ............ ......... ........... ............ ......... ........... ......... 63.2.2 Telelupa ou boroscpio ................................................................................................................ 73.2.3 Espelho .......... ......... ........... ......... ........... .......... .......... .......... .......... ........... ......... ........... ......... ....... 73.2.4 Circuito fechado de TV ................................................................................................................. 83.2.5 Transluzente ................................................................................................................................. 83.2.6

    Percurso ou Sensitivo ................................................................................................................. 9

    4 ACESSRIOS UTILIZADOS ................................................................................................................ 9

    5 APLICAO ......................................................................................................................................... 10

    5.1.1 No controle de qualidade................ .......... .......... .......... .......... ........... ......... ........... ......... ............ 105.1.2 No dia a dia da inspeo .......... ........... .......... ........... ......... ........... .......... .......... .......... .......... ...... 11

    6 DESCONTINUIDADES SUPERFICIAIS ........................................................................................... 11

    7 SEQUENCIA DO EXAME ................................................................................................................... 12

    7.1.1 Planejamento da Inspeo ........ ........... .......... ........... ......... ........... .......... .......... .......... .......... ...... 127.1.2 Inspeo Externa ......... ........... ......... ........... ......... ............ ......... ........... ............ ......... ........... ....... 12

    7.1.2.1 Chaparia (em equipamentos sujeitos a chama) ....................................................................................... 127.1.2.2 Escadas e Plataformas .............................................................................................................................. 127.1.2.3 Suportes ..................................................................................................................................................... 137.1.2.4 Fundaes .................................................................................................................................................. 137.1.2.5 Saia ............................................................................................................................................................ 137.1.2.6 Drenos e vent's .......................................................................................................................................... 147.1.2.7 Tomadas de instrumentos ......................................................................................................................... 147.1.2.8 Sistema de Resfriamento .......................................................................................................................... 147.1.2.9 Costado, Calotas, Conexes ..................................................................................................................... 157.1.2.10 Flanges e Vlvulas .................................................................................................................................... 157.1.2.11 Steam-Trace .......................................................................................................................................... 167.1.2.12 - Aterramento ............................................................................................................................................ 167.1.2.13 - Instrumentos ........................................................................................................................................... 167.1.2.14 - Tubulaes e Acessrios ........................................................................................................................ 177.1.2.15 - Inspeo Sob Isolamento (C.S.I.) .......................................................................................................... 17

    7.1.3 Inspeo Interna .......... ........... ......... ........... ......... ............ ......... ........... ............ ......... ........... ....... 187.1.3.1 Inspeo de Abertura ................................................................................................................................ 187.1.3.2 Inspeo das Condies Fsicas ............................................................................................................... 187.1.3.3 Costado, Calotas e Conexes ................................................................................................................... 187.1.3.4 Cabeotes e tampos .................................................................................................................................. 197.1.3.5 Feixe tubular ............................................................................................................................................. 19

    7.1.3.5.1 Espelhos ............................................................................................................................................... 197.1.3.5.2 Tubos .................................................................................................................................................... 207.1.3.5.3 Chicanas, tirantes e espaadores: ........................................................................................................ 20

    7.1.3.6 Anodos de Sacrifcios ............................................................................................................................... 217.1.3.7 Colunas de Sustentao (esferas)............................................................................................................. 217.1.3.8 Bandejas, Vertedores e Panelas ............................................................................................................... 217.1.3.9 Baffles ou Chicanas .................................................................................................................................. 227.1.3.10 Demister .................................................................................................................................................... 227.1.3.11 Distribuidores, Canaletas e Chapas Defletoras ....................................................................................... 237.1.3.12 Poos de Termopares ................................................................................................................................ 237.1.3.13 Enchimento ou Recheio ........................................................................................................................... 23

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    7.1.3.14 Elementos Filtrantes ................................................................................................................................. 237.1.3.15 Crepinas ..................................................................................................................................................... 237.1.3.16 Serpentinas ................................................................................................................................................ 23

    7.1.3.17 Revestimento Interno ............................................................................................................................... 247.1.4 Emisso de Recomendaes de Inspeo .......... ......... ............ ........... ......... ........... .......... ........... 247.1.5 Fotografia ................................................................................................................................... 247.1.6 Pontos Crticos ........................................................................................................................... 24

    7.1.6.1 TUBULAES ........................................................................................................................................ 247.1.6.2 VASOS ...................................................................................................................................................... 247.1.6.3 TANQUES ................................................................................................................................................ 247.1.6.4 ESFERAS .................................................................................................................................................. 247.1.6.5 TROCADORES ........................................................................................................................................ 257.1.6.6 VLVULAS DE SEGURANA ............................................................................................................ 257.1.6.7 FORNOS ................................................................................................................................................... 257.1.6.8 CALDEIRAS ............................................................................................................................................ 257.1.6.9 CABOS DE AO ..................................................................................................................................... 257.1.6.10 JUNTAS DE EXPANSO ...................................................................................................................... 267.1.6.11 CONEXES ............................................................................................................................................. 26

    7.2 ILUMINAO ADEQUADA ................................................................................................................ 268 VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................................................... 26

    8.1 VANTAGENS .................................................................................................................................... 268.2 DESVANTAGENS .......................................................................... ERRO!INDICADOR NO DEFINIDO.

    9 ANEXOS....................................................................................ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO.

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    1 INTRODUO

    O ensaio visual foi o primeiro mtodo de ensaios no-destrutivos aplicado pelo homem. certamente o ensaio mais usado de todos, em todos os ramos da Engenharia. A histriado exame visual de objetos, pertences, metais, etc, remonta a mais remota antiguidade.Por este motivo, pode-se imaginar que seja o ensaio mais simples de todos; entretanto,na moderna poca em que vivemos, ensaio ainda fundamental.

    Todos os modernos mtodos de ensaios no-destrutivos, no fizeram do ensaio visual umensaio obsoleto. Por muitos anos ainda ser utilizado, dele dependendo, como vamos ver,informaes de alta importncia para a segurana e economia industriais. O ensaio visual simples de ser aplicado, fcil de ser aprendido e, quando sua aplicao bemprojetada, ele um dos mais econmicos. Entretanto, insistimos: um mtodo de ensaio

    no-destrutivo no concorrente de outro; logo, o ensaio visual tem uma enorme rea deaplicao, porm, jamais poderemos usar apenas o ensaio visual em inspees de peasde responsabilidade. O ensaio visual necessrio mas no suficiente, como qualqueroutro mtodo. Pela sua simplicidade, ele nunca poder deixar de ser aplicado inspeo

    A inspeo visual tem grande importncia na conduo de outros ensaios, como porexemplo, nas radiografias das soldas , de estruturas, de componentes e rgos demquinas. Cada tipo de inspeo visual necessita de um profissional com conhecimentosprticos, treinado e qualificado atravs de provas.

    O ensaio visual executado por uma serie de inspees visuais sobre as superfcies dosobjetos avaliados. Dessas inspees visuais gerado um laudo sobre a aparncia da

    superfcie, formatos, dimenses e descontinuidades grosseiras sobre as mesmas.O cuidadoso exame visual, nos fornece informao referente necessidade deprosseguimento dos ensaios no-destrutivos por outros mtodos. De fato, examinando-seum objeto superficialmente e constatando-se a inexistncia de defeitos superficiais, oobjeto pode ser conduzido para outro tipo de inspeo.

    Uma boa aparncia, bom grau de acabamento, inexistncia de defeitos na superfcie noautoriza ningum a concluir sobre o bom estado do mesmo, no que diz respeito ao seuinterior.

    Ao se inspecionar uma pea metlica pelo mtodo visual e nela se constatando a

    presena de uma trinca ou furo, a mesma pode ser recusada (por fora deespecificaes) e nenhum outro ensaio no-destrutivo deve ser mais utilizado. A peadeve ser rejeitada.

    E claro que uma pea cujo exame visual j a condenou, pode e deve ser inspecionada poroutros mtodos, com o intuito de se verificar as causas do defeito. Isto poder se traduzirem, economia e avano para a empresa no futuro.

    A renovao de um defeito superficial, para a recuperao da pea metlica tambmexecutada com auxlio da inspeo visual. O defeito externo, superficial, constatado,planejado a sua remoo, que tambm acompanhada para meio da inspeo visual.

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    2 O OLHO HUMANO

    O olho humano conhecido como um rgo pouco preciso. A viso qualquer coisavarivel em cada um de ns e muito mais varivel quando se comparam observaesvisuais de um grupo de pessoas. No estudaremos em detalhe a formao das imagensno olho humano, mas faremos algumas observaes.

    Como sabemos, a viso humana, adulta, normal, envolve a percepo de luz visvel, dascores, profundidade e distncia. Sabemos tambm que existem iluses de tica.

    Quando se observa uma descontinuidade na superfcie de um objeto, ela nos parecemaior, quando olhada de perto, e menor se olhada de longe. A formao da imagem deum objeto no olho, envolve sempre o ngulo visual, que cresce quando aproximamos olho do objeto.

    Para o exame minucioso da superfcie dos metais, aproxima-se quanto se pode o olho dasuperfcie metlica, Com esta providncia, estamos aumentando o angulo visual.Entretanto, a aproximao do olho normal superfcie do metal no pode ser em geralmenor que 25 centmetros, quando termina a acomodao. Se, entretanto, se colocar nafrente do olho uma lente convergente, o ngulo visual aumenta por razes bemconhecidas na tica geomtrica.

    O menor tamanho de uma descontinuidade superficial que pode ser visvel pelo olhonormal, depende de uma srie de fatores, tais como:

    a) limpeza da superfcie

    b) acabamento da superfciec) nvel de iluminao da superfcied) maneira de iluminar a superfciee) contraste entre a descontinuidade e o resto da superfcie.

    As variveis enumeradas com (c) e (d), ns podemos sempre controlar, de modo que umbom inspetor sempre exige "boa luz e "posio da luz".

    O tipo de luz usada tambm tem importante influncia sobre o xito da inspeo visual. Aluz branca natural amplamente usada por razes bvias, mas nos recintos fechados dasfabricas merece toda a ateno escolha do tipo de iluminao e a forma e disposiodos pontos luminosos.

    Na inspeo em recintos fechados, a lmpada eltrica atrs do inspetor (para noofuscar), produz melhores resultados do que o foco da lanterna de pilhas. Nas inspeesvisuais de peas acabadas e de alta responsabilidade comum se usar luzmonocromtica. O olho humano normal tem sensibilidade relativa varivel, em funo docomprimento de onda, tendo maior sensibilidade na faixa de 5.500 a 5.600 angstrons (1= 10-10m = 10-1 nm)

    Outro grande fator de fracasso na inspeo visual devido fadiga visual dos inspetoresem servios longos, examinando os mesmos tipos de materiais. O treinamento dosinspetores deve ser acompanhado sempre por oftalmologistas, para exame dosinspetores em servio, duas ou mais vezes por ano. Blocos padronizados, chapas comdefeitos (os menores), peas fundidas, forjadas e acabadas, com mnimos defeitos,devem, s vezes, ser lanados na linha de inspeo com o intuito de se verificar o bom

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    desempenho dos inspetores visuais.

    3 CLASSIFICAO NAS PRINCIPAIS TCNICAS DE INSPEOVISUAL

    A inspeo visual um mtodo subjetivo executado com uso da viso auxiliada ou nopor instrumentos ticos. Como as informaes obtidas dependem de uma srie de fatorescomplexos e de difcil qualificao, tais como, acuidade ateno, conhecimento einterpretao dos resultados no so mensurveis.

    Uma boa inspeo visual deve ser feita antes da aplicao de qual quer mtodo deensaio-no-destrutivo.

    3.1 Direto a inspeo executada apenas com a viso desprovida de extenses auxiliaresespeciais e permite identificar rapidamente defeitos de forma geomtrica ouposicionamento do objeto antes de realizar qualquer outro tipo de ensaio. Alm do mais,permite detectar defeitos, quando por exemplo um inspetor examina a qualidade de umasolda: presena ou ausncia de trincas, posio e orientao relativa das trincas,ocorrncias de porosidade superficial, etc.

    Para deteco e avaliao de pequenas descontinuidades com o mtodo de ensaio visualdireto o angulo de observao em relao superfcie a ser ensaiada no deve ser

    inferior a 300

    , e sua distncia do olho do observador ao local do ensaio no deve sersuperior a 600mm..

    3.2 RemotoNa inspeo visual o olho humano auxiliado por uma srie de instrumentos ticos.Esses instrumentos desempenham funes importantes seja para compensar a acuidadedo olho humano, seja para permitir a inspeo visual em locais de difcil acesso da peametlica. Conjunto, parte ou componente complexo.

    Deve ser assinalado que a utilizao de sistema tico suplementares deve sempre tomarem considerao os seguintes requisitos para uma boa inspeo:

    a) vasto campo de visob) imagem sem distoroc) preservao das cores naturaisd) iluminao adequada

    O mtodo de ensaio visual remoto, quando empregado, deve garantir uma capacidade deresoluo igual ou maior que o ensaio visual pelo mtodo direto.

    3.2.1 LupaLupas ou lentes de aumento so utilizados pelos inspetores para uma avaliao mais

    precisa de detalhes que normalmente no seriam percebidas a olho nu.

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    As lentes de uso mais frequente so as de 5 a 10 aumentos (5x e 10x).

    Os microscpios so usados quando se desejam aumentos superiores 10x. Para peaspequenas a inspeo visual recorre, sempre a este tipo de instrumento que permiteinspeo acurada de pequenas molas, fios, parafusos etc.

    Poucas vezes, entretanto se utilizam os microscpios na inspeo de partes ou zonas depeas grandes.

    3.2.2 Telelupa ou boroscpioTelelupas ou boroscpios so dispositivos ticos que permitem a transmisso de imagensde locais inacessveis viso por meio de refraes e reflexes sucessivas de imagensatravs de combinaes seriadas de lentes, prismas e espelhos.

    Geralmente as telelupas so formadas de tubos modulados permitindo variaes no seucomprimento.

    As telelupas so fornecidas com vrios tipos de objetivas, permitindo viso frente,retro-viso, viso a 45, 900 e 3600.

    A ocular possui dispositivo de focalizao e a objetiva munida de lmpada, o quepermite iluminar os locais inspecionados.

    As telelupas so usadas para inspeo de interior de tubulaes, feixes tubulares depermutadores, serpentinas de fornos e caldeiras. Existe um tipo especial de telelupachamada fibroscpio, onde o tubo transmissor flexvel e tendo no seu interior fibras deluctite, as quais, sendo oticamente dirigidas, permitem que a luz descreva curvas (narealidade descreve uma linha poligonal de segmentos extremamente pequenos).

    3.2.3 EspelhoO espelho auxilia a viso normal, de difcil viso direta.

    So normalmente articulados na extremidade de uma haste permitindo a procura de ummelhor angulo de reflexo.

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    Os espelhos podem ser ligeiramente convexos para dar um pequeno aumento da regiofocada.

    Um espelho angular com cabo, permite a inspeo de cantos, de soldas de ngulos emlugares onde a cabea humana dificilmente poderia achar acomodao visual.

    3.2.4 Circuito fechado de TVQuando o acesso difcil ou perigoso pode-se utilizar uma cmara de televiso emcircuito fechado. Por exemplo, na inspeo submarina de ns em plataformas paraexplorao de petrleo, possvel acompanhar melhor as observaes dosmergulhadores, mediante o concurso de pessoal qualificado que no pode mergulhar,

    atravs de um circuito fechado de TV.

    3.2.5 Transluzente a inspeo utilizada para detectar descontinuidades no material pela projeo oucontraste de sombras, obtidas pela difuso de um feixe de luz atravs da pea ensaiada.

    Deve ser utilizada iluminao artificial focalizada, com intensidade suficiente paraultrapassar toda seo do material na regio de interesse. A iluminao do ambiente deveTer intensidade inferior quela emergente do material, e no deve causar clares oureflexes na superfcie ensaiada.

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    esquerda, formas de projeo mais utilizadas. direita, facho tangencial da lanterna emum tubo. Observar as projees detectadas.

    3.2.6 Percusso ou Sensitivo

    uma tcnica empregada durante a inspeo visual, onde efetuamos martelamento dapea inspecionada, com o objetivo de detetar indicaes tipo espessura de parede, crostainterna, esfoliaes de superfcie, parafusos fraturados, etc.

    necessrio saber distinguir pequenas diferenas de vibraes sonoras, conjugando-ascom a reao ou resposta do material ao impacto do martelo. Quando no h vibraoou o martelo provoca uma mossa, em decorrncia de um golpe mais forte, a indicao de parede fina; entretanto este um exemplo.

    uma tcnica que depende muito da sensibilidade, treinamento e experincia doinspetor.

    4 ACESSRIOS UTILIZADOS

    - ESPTULA- MARTELO- IM- MQUINA FOTOGRFICA- LANTERNA- BINCULOS- INSTRUMENTOS DE MEDIO (paqumetro, micrmetro interno/externo,

    gonimetro, nvel, trena, prumo, compassos de ponta).

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    Exemplo do uso com binculos

    5 APLICAO

    5.1.1 No controle de qualidade

    O exame visual, no controle de qualidade, utilizado antes e aps qualquer operao desoldagem.

    Antes de soldagem o exame visual tem por finalidade:

    a) detectar defeitos de geometria da junta, tais como:

    Angulo do bisel Angulo do chanfro Nariz do bisel

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    Abertura da raiz Alinhamento das partes a serem soldadas.

    b) detectar descontinuidades no metal de base, como por exemplo:

    Dupla-laminao. Segregao.

    5.1.2 No dia a dia da inspeo

    Ele utilizado para observar ou detectar:

    Deformao, Trincas, Poros, Vazamentos, Flexo, Amassamento, Estofamento,Desalinhamento, Colorao, Posio, Disposio, Ausncia, Presena, Desgaste,Corroso, Reduo de Seo, Mudanas de Condies, Diminuio, Aumento,Dissimilaridade de Materiais, Especificao Errada, Vibrao, Interfaces, Revestimento,

    Incrustao, Pintura, Condio de Projeto Existente, Suportes, Pontos de Apoio,Pontos Quente, Uniformidade, Identificao, Deposio, Condensao, Frestas,Gotejamento Sobre, Abraso, Atrito, Eroso, etc...

    6 DESCONTINUIDADES SUPERFICIAIS

    O ensaio visual, como vimos, permite, atravs de todas as suas tcnicas uma inspeo da

    superfcie dos objetos. Assim, todas as descontinuidades superficiais visveis podem serinspecionadas pelo mtodo em apreo. claro que a palavra visvel altamenteimportante aqui.

    Procuramos pela inspeo visual, descontinuidades grosseiras, mesmo quando usamoslupas, telelupas ou cmaras de TV. A inspeo visual de uma pea de responsabilidade,numa inspeo de manuteno, no nos autoriza garantir a inexistncia de fissurasmnimas.

    As fissuras mnimas superficiais e mesmo as "normais", muitas vezes no so visveis aoolho do melhor inspetor visual especializado e cuidadoso. As fissuras mnimas no sodetectveis, portanto, pela inspeo visual.

    As fissuras de fadiga so extremamente difceis de serem inspecionadas, na maioria dasvezes somente so detectadas pelo inspetor quando j em estgio avanado, quando jso rachaduras de fadiga. Assim cumpre insistir que peas de alta responsabilidadenecessitaro alm do ensaio visual, de outros ensaios para complementar a avaliao.

    O ensaio visual se aplica em juntas preparadas para soldagem, juntas soldadas, fundidos,laminados, forjados, acabamento de peas, preparao de superfcie, identificao deestado de superfcies (ex: dobra de laminao de chapas, pontos e estados de corroso),revestimentos, evidncias de vazamentos, alinhamentos e outros itens verificadosvisualmente.

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    7 SEQUENCIA DO EXAME

    7.1.1 Planejamento da Inspeo

    Consiste no levantamento de todas as informaes necessrias para garantir a qualidadeda inspeo a ser executada. recomendvel que o inspetor busque conhecer todos osaspectos disponveis do equipamento, que possam interferir na sua integridade fsica.Relacionamos abaixo alguns pontos importantes a serem verificados nessa etapa:

    a) detalhes construtivos (material, especificao de isolamentos, revestimentos, etc)b) acessrios existentes e suas folhas de dados.c) condies de trabalho (presso, temperatura, fluido de trabalho, etc)d) mecanismos de danos a que est sujeito, caso exista e j tenham sidoidentificados.

    e) em equipamentos sujeitos a corroso sob isolamento ou revestimento, identificarpreviamente os locais onde ser necessria a remoo destes para inspeo em vents,drenos, tomada de instrumentos, conexes, suportes, anis de sustentao de isolamentoe anis de reforo contra vcuo, pernas de sustentao, etc.f) ensaios e regies onde sero realizados;g) apoios de servios necessrios conduo dos servios, bem como, suaprogramao;h) micro-clima na regio a ser inspecionada;i) motivo e objetivo da inspeo.

    7.1.2 Inspeo Externa

    normalmente realizada com o equipamento em operao, e executada utilizando-se osacessos existentes no equipamento. Segue algumas recomendaes gerais:

    7.1.2.1 Chaparia (em equipamentos sujeitos a chama)Inspeo visual na chaparia com especial ateno a pontos com pintura calcinada, rubrosou chapas empenadas que indicam falha no isolamento ou refratrio interno. Pequenospontos circulares diminutos (cerca de 10mm de dimetro) com protuberncia escura so,normalmente, resultantes da corroso interna por condensao cida ao redor da soldado pino de sustentao do isolamento/refratrio, devida a da infiltrao dos gases decombusto ao redor da solda do pino de sustentao do isolamento/refratrio.

    A inspeo termogrfica em toda extenso para deteco de pontos quentes, indicativosde danos no isolamento/de perda de eficincia do refratrio, pode ser aplicada. recomendvel a sua aplicao antes de paradas, para auxiliar no planejamento dainterveno seis meses antes do trmino da campanha da unidade.

    7.1.2.2 Escadas e PlataformasVerificar visualmente as condies fsicas das chapas, grades, degraus, estrutura eguarda-corpo, quanto existncia de partes soltas, frouxas ou mal instaladas,deformaes, corroso, trincas, vibraes e regies com empoamento de gua, alm doestado geral da pintura.

    Observaes:1) Em equipamentos isolados, ter cuidado especial nas regies das interfaces

    isolamento/pintura dos clips de fixao, onde, devido possibilidade de infiltrao deumidade, pode ocorrer corroso-sob-isolamento.

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    7.1.2.3 SuportesVerificar o estado geral dos componentes quanto existncia de corroso, deformaes,vibraes, danos mecnicos, no conformidades com o projeto, apoios deficientes einterferncias com outras tubulaes ou equipamentos.

    7.1.2.4 FundaesInspecionar o trecho aparente das fundaes de concreto quanto existncia deferragens expostas, deformaes, rachaduras ou deterioraes. Nosparafusos/chumbadores verificar a existncia de corroso, fraturas, etc.

    7.1.2.5 SaiaInspecionar o concreto refratrio anti-chama (se existir) para verificar o estado geralquanto existncia de trincas, regies cadas ou desmoronando e a sua consistncia.

    Na parte metlica da saia, onde houver acesso visual, verificar a existncia de indcios decorroso-sob-concreto (rachaduras, ondulaes ou escorrimentos); caso afirmativo, recomendvel a remoo do concreto nas regies de interface ou onde esteja bastantedanificado. Caso seja observada corroso, aumentar a amostragem; se as demaisregies tambm estiverem corrodas, recomendvel retirar o concreto de toda a saiapara avaliao. Inspecionar tambm a parte interna da saia e os chumbadores ondehouver acesso visual.

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    7.1.2.6 Drenos e vent'sRealizar inspeo das condies fsicas dos componentes e dapintura, se pintado,verificar a existncia de corroso,vibraes, vazamentos, deformaes, danosmecnicos, empolamentos ou gotejamento decondensado sobre os mesmos.

    NOTA: Deve-se ter ateno especial na inspeo destes componentes, pois apresentamdificuldade maior de pintura, podem estar instalados em locais de difcil acesso , alm deserem mais susceptveis a corroso sob isolamento e danos por vibrao.

    7.1.2.7 Tomadas de instrumentosRealizar inspeo das condies fsicas dos componentes e dapintura, se pintado,verificar a existncia de corroso,vibraes, vazamentos, deformaes, danosmecnicos, sinais de tensionamentos provenientes de montagem inadequada,

    empolamentos ou gotejamento decondensado sobre os mesmos.Normalmente as tomadas de instrumentos so pintadas. Nos casos de tomadas isoladas, recomendvel que o isolamento trmico a frio seja removido para inspeo.A mesma nota para drenos e vent's aplicada para esses componentes.

    7.1.2.8 Sistema de ResfriamentoVerificar possveis falhas de corroso nos suportes, tubulaes e principalmente nasunies e sprays.Obs.: Efetuar teste operacional deste sistema antes da manuteno geral doequipamento ou quando se fizer necessrio. Este sistema deve estar em plena condiode operao, pois se trata de um sistema de segurana.

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    7.1.2.9 Costado, Calotas, ConexesVerificar o estado geral da pintura, e a existncia de corroso, vibrao, deformaes,

    danos mecnicos, empolamento, condensao, formao de gelo, trincas, vazamentos ougotejamento de produto condensado sobre os mesmos.

    Se isolados a quente ou a frio deve ser verificado tambm o estado geral do mesmoquanto existncia de frestas, trechos cados ou soltos, condensao ou formao degelo (nos isolamentos a frio).

    Se o material for em ao inoxidvel austentico, verificar se isolado com silicato de clcioe, caso positivo, verificar a possibilidade de existncia de corroso-sob-tenso e danecessidade de complementao da inspeo com outro ensaio.

    Nos no isolados, atentar para regies com acmulo de material estranho sobre asuperfcie, pois pode ocorrer o desenvolvimento de processo corrosivo sob depsito. Nos

    equipamentos em ao inoxidvel austentico, sem pintura ou isolamento, verificar aexistncia de condies que propiciem a ocorrncia de corroso-sob-tenso, tais como:restos de silicato de clcio depositado sobre a superfcie do metal, gotejamento ourespingos provenientes de torre de refrigerao ou de vazamentos, pontos de acmulo degua, etc.

    7.1.2.10 Flanges e VlvulasAlm dos aspectos j mencionados nos itens anteriores e que se aplicam a essescomponentes, algumas recomendaes especficas devem ser seguidas:

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    Ateno especial nas conexes em inox (isoladas ou no), quepossuam parafusosem ao carbono ou baixa liga, devido formao de pilha galvnica, comconsequente corroso nos parafusos.

    Caso seja observada a existncia de vazamentos por gaxetas e/ou juntas nessescomponentes, deve-se informar operao da rea.

    7.1.2.11 Trao de Vapor ou Steam-TraceA inspeo externa tambm inclui a inspeo do trao de vapor, quando houver, sendonesses casos direcionadas, principalmente, para a verificao da existncia devazamentos.

    No caso da existncia de vazamentos deve-se informar a operao, registrar no histricodo equipamento e emitir recomendao de inspeo para a correo do problema. Oinspetor deve fazer, tambm, uma avaliao a respeito das consequncias desses

    vazamentos sobre outros equipamentos e tubulaes.

    Deve ser verificado, tambm, se o trao de vapor encontra-se operando e, em casonegativo, avaliar a possibilidade de ocorrncia de CSI e, se necessrio, redirecionar ainspeo.

    7.1.2.12 - AterramentoRealizar inspeo geral do cabo de aterramento, verificando a existncia de corroso oufalta de continuidade, bem comoa situao das soldas de ligao.

    7.1.2.13 - Instrumentos

    A inspeo preventiva dos instrumentos de responsabilidade da Instrumentao,entretanto, devem serverificadas as condies fsicas da parte estrutural, suportes e

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    parafusos quanto corroso, deformaes ouvibraes, quando da inspeo doequipamento em que os instrumentos estejam conectados.

    7.1.2.14 - Tubulaes e AcessriosRealizar inspeo nos acessrios e trechos de tubulaes conectados ao equipamento,preferencialmente at o primeiro bloqueio, como por exemplo: linhas de PDI (indicadordiferencial de presso), linhas do fundo, etc .

    7.1.2.15 - Inspeo Sob IsolamentoSempre que possvel, a inspeo sob isolamento deve ser precedida de uma inspeoexterna do equipamento, sendo nessa oportunidade identificados os pontos onde seroremovidos os isolamentos para a inspeo. recomendvel que a seguinte orientaoseja obedecida:

    na escolha das regies a serem inspecionadas, deve-se realizar avaliao qualitativada temperatura ao longo do equipamento, de modo a direcionar as avaliaes para asregies mais susceptveis a corroso sob isolamento (CSI)

    Nas regies onde a temperatura igual ou inferior a 120C, priorizar a remoo doisolamento das seguintes regies: vent's, drenos, olhais, "clips" de plataformas /escada, tomadas de instrumentos, regies de interface entre trechos isolados e noisolados, junto s conexes e suportes, flanges sem isolamento e derivaes. recomendvel que nos anis de suportao de isolamento e de reforo, devido assuas dimenses , seja realizado inspeo por amostragem em pontos ao longo da

    circunferncia do equipamento (ex.: 0, 120, 240). Nas regies onde a temperatura superior a 120C, as inspees nos locais

    mencionados no item anterior ( 120C) podem ser realizadas com menoramostragem ou at no ser realizada.

    remover isolamento e inspecionar os locais onde o mesmo esteja danificado e hajaindcio ou suspeita de infiltrao de umidade e/ou favorea o seu acmulo;

    no caso que haja processo corrosivo no trecho inspecionado, aumentar aamostragem.

    A remoo do isolamento para inspeo, deve ser precedida de consulta ao pessoal doprocesso, de modo a evitar problemas operacionais, como por exemplo: condensao dofluido circulante de tubulaes de suces de compressores, condensao de trechos

    com possibilidade de emperramento de vlvula, alterao das condies de processo, etc.

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    7.1.3 Inspeo Interna

    realizada com o equipamento parado, aberto ou desmontado, seja em uma paradaprograma, oupodendo a qualquer momento, caso haja avaria ou suspeita, ou intervenode manuteno que permita essa inspeo.

    7.1.3.1 Inspeo de Abertura realizada aps a liberao do equipamento pelaOperao e Segurana, e antes dadesmontagem dos internos ede execuo de limpeza. Nainspeo de aberturanormalmente feita avaliao e registro donvel e caractersticas de deposies,incrustaes, polmeros, presenade objetos estranhos, existncia de internos cados oudeformados; se necessrio, fazer registro fotogrfico eremoo de amostra para anlisede contaminantes.

    7.1.3.2 Inspeo das Condies Fsicas realizada aps remoo dos internos, execuo de limpeza e montagem de andaimes,se necessrio. Visa avaliar as condies fsicas da parte interna. Apresentamos a seguiro detalhamento da inspeo nas partes mais comuns encontradas em diversosequipamentos , porm uma avaliao preliminar dos desenhos do equipamento a serinspecionado necessrio, quando todos os componentes devem ser identificados. Emprincipio todos os componentes internos do equipamento devem, no mnimo,inspecionados visualmente;

    7.1.3.3 Costado, Calotas e ConexesInspecionar visualmente e com auxlio de feixe de luz o costado, calotas e conexes, a fimde verificar a existncia anormalidades como: corroso, eroso, abraso, empolamentospor hidrognio, deformaes, macrotrincas, etc.. Ateno especial nas reas atrs devertedores, ao redor de conexes, frontais s tubulaes de entrada, em locais de

    variao de nvel e injeo de produtos qumicos.

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    7.1.3.4 Cabeotes e tamposInspecionar visualmente aps a limpeza, verificando o nvel de corroso, existncia detrincas, principalmente nas soldas e em torno delas, eroso nas regies de incidncia defluxo, ou quaisquer outras anormalidades que possam afetar a integridade doequipamento.

    As faces de vedao dos flanges devem estar isentas de danos que comprometam aestanqueidade da unio, tais como: mossas, sulcos, corroso.Alguns danos em flanges, fora da rea de vedao, podem prejudicar a estanqueidade daunio, tais como: empenos, rebarbas, corroso. Esses aspectos devem ser consideradosdurante a inspeo.

    7.1.3.5 Feixe tubularA inspeo desses itens deve ser bem rigorosa, visto que as suas sees esto sujeitas adiferentes tipos de anormalidades.

    7.1.3.5.1 EspelhosOs espelhos devem ser inspecionados visualmente, at onde houver acesso visual, apsa limpeza. As inspees das soldas de selagem, quando houver, podem ser

    complementadas por ensaio de lquido penetrante, quando necessrio. As reas de

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    vedao devem estar isentas de danos que comprometam a estanqueidade da unio, tipomossas, sulcos, corroso.

    7.1.3.5.2 TubosOs tubos devem ser inspecionados visualmente, interna e externamente, at onde houveracesso visual; eventualmente a inspeo interna pode ser complementada atravs deequipamentos para inspeo visual remota como o videoscpio e /ou boroscpio

    O feixe deve ser inspecionado em toda o seu permetro e em toda a sua extenso, atonde houver acesso visual.Todos os tubos devem ser verificados internamente at onde houver acesso visual, pois,apesar desse acesso limitado, algumas anormalidades podem ser identificadas nesse tipode inspeo: corroso nas regies mais prximas do espelho, deformaes e sujeiras no

    removidas na limpeza.Externamente o acesso s possvel, normalmente, para os tubos da periferia, sendo asregies de contato com o espelho e as chicanas, as regies de incidncia de fluxo eregies mortas (baixa velocidade) as mais susceptveis a ocorrncia de danos.Apesar da limpeza ser liberada pela Operao, recomendvel que a Inspeo verifiquese a condio final da limpeza no compromete a integridade do equipamento, porexemplo: em tubos em que circulam AGR (gua de refrigerao), as deposiesdificultam/impossibilitam a formao do filme protetor sobre o metal, resultante dotratamento da AGR, acelerando o processo corrosivo.Quando for percebida corroso uniforme externa aos tubos, uma boa prtica a mediodos dimetros externos com paqumetro para identificarmos a tendncia e intensidade doataque corrosivo.No caso de trocadores de espelhos fixos, todos os tubos devem ser inspecionadosinternamente at onde houver acesso visual. A avaliao de regies externas dos tubospelas conexes uma boa prtica que deve ser seguida sempre que possvel.A remoo de tubos uma boa prtica para auxiliar na avaliao de danos (tipo,localizao, intensidade), porm no recomendvel a sua aplicao para oestabelecimento da vida remanescente do feixe tubular; existem ensaios mais adequados,como o IRIS por exemplo.

    7.1.3.5.3 Chicanas, tirantes e espaadores:Inspecionar visualmente estes componentes quanto existncia de anormalidades quepossam comprometer a integridade do equipamento, exceto para trocadores de espelhosfixos.

    Em alguns casos comum aparecer nas chicanas, corroso acentuada nas regies dosfuros , provocando o aumento da folga entre tubos x chicanas. Essa anormalidade deve

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    ser avaliada, pois pode provocar vibrao excessiva dos tubos e desgaste, podendochegar a romper tubos.

    7.1.3.6 Anodos de SacrifciosOs trocadores que operam com AGR, normalmente possuem anodos de sacrifcio. Estesanodos tm a finalidade de proteger as superfcies metlicas da corroso, em principiodevem ser substitudos a cada parada, porm a avaliao da inspeo que definir anecessidade.

    7.1.3.7 Colunas de Sustentao (geralmente em Esferas)Inspecionar o concreto refratrio anti-chama (fire proof) para verificar o estado geralquanto existncia de trincas, regies cadas ou desmoronando e a sua consistncia.Remover o concreto em reas de aproximadamente 300x300mm, em pernas alternadas,priorizando as regies de interface ou onde haja indcio de dano (rachaduras, ondulaes

    ou escorrimentos). Caso necessrio, deve-se remover o concreto em outras regiesampliando-se a amostragem, ou ainda retirar o concreto de toda a coluna para avaliao.Caso haja indcio de corroso interna, deve-se realizar medio de espessura em pontosdiferentes das pernas.

    7.1.3.8 Bandejas, Vertedores e PanelasInspecionar visualmente e, quando necessrio, com auxlio de martelo, asbandejas,vertedores, panelas e suportes, para verificar a existncia de anormalidades como:componentes soltos, folgados, mal fixados, trincados, rompidos, cados oudeformados,

    estado de corroso e se as vlvulas ouborbulhadores encontram-se livres. Ateno

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    especial nasregies de assentamento dos borbulhadores quanto corroso-abraso, oucorroso-galvnica.

    recomendvel que na inspeo seja quantificada as vlvulas ou borbulhadores que seencontravam soltos, por seo da torre ou, se for o caso, por bandeja, se houver desgastena bandeja que justifique essa ocorrncia; nesses casos, recomendvel que o inspetoravalie atravs de testes (montagem de borbulhadores), se a situao da bandeja permitea reposio dos borbulhadores e a sua operacionalidade por, pelo menos, umacampanha.

    Observao: a necessidade de execuo de testes de estanqueidade nesses

    componentes geralmente definida pela Operao. O acompanhamento e liberaodesses testes geralmente de responsabilidade da Operao, podendo a inspeoparticipar e relatar o resultado (esta sistemtica definida por cada empresa).

    7.1.3.9 Baffles ou ChicanasInspecionar visualmente esses componentes, quando existirem, includo seus suportes esoldas.

    7.1.3.10 DemisterInspecionar visualmente a estrutura e suportes para verificar aexistncia deanormalidades como corroso, deformaes ou elementos quebrados;e o enchimentoquanto corroso, degradao, sujeira, formao decaminhos preferenciais para o fluxo

    atravs de vazios ouburacos. Preferencialmente, o demister deve ser removidoparainspeo.

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    7.1.3.11 Distribuidores, Canaletas e Chapas DefletorasInspecionar visualmente e, com auxlio de martelo quando necessrio, paraverificar oestado fsico quanto existncia de corroso,eroso, deformaes, componentes soltos,folgados ou quebrados, incidncia de jatos em locais indesejados esujeira ouentupimentos.

    7.1.3.12 Poos de TermoparesVerificar o estado fsico dos poos dos termopares quanto existncia de corroso,eroso e deformaes. Quandonecessrio realizar ensaio com lquido penetrante etestepneumtico ou hidrosttico para atestar as condiesfsicas.

    7.1.3.13 Enchimento ou RecheioInspecionar as grades, telas e suportes para verificar aexistncia de corroso,deterioraes, deformaes, trincase se esto bem fixados. No enchimento, verificar oestadofsico observando se os elementos esto corrodos, degradados, deformados esujos.

    7.1.3.14 Elementos FiltrantesAps a limpeza (no caso de elementos filtrantes base de telas de ao inoxidvel),deve ser verificado o estado das telas e a comparao com padres de MESH paraconferncia do tamanho da abertura entre os fios. Com uma lupa, podem ser observadosos fios da tela e a presena ou no de pites de corroso. No caso de elementos filtrantestipo cartuchos, estes devem ser normalmente substitudos pois possuem uma vida

    limitada.

    7.1.3.15 CrepinasVerificar se esto deformadas, quebradas e/ou com os rasgos diferentes do original defabricao, para evitar a perda do enchimento para as correntes do processo.

    7.1.3.16 SerpentinasAlguns vasos possuem serpentinas de aquecimento e recomendvel a sua inspeopara verificar a existncia de corroso, eroso, deformaes, fraturas, suportes, soltos ouquebrados. Poder ser necessrio a execuo de um teste de presso para verificar aexistncia de algum vazamento.

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    7.1.3.17 Revestimento Interno

    - PinturaRealizar inspeo das condies fsica quanto existncia de bolhas, falta de aderncia,reas com incio de corroso sob a pintura e regies com o substrato exposto.- EboniteVerificar a existncia de trechos soltos ou cados, trincas, furos, bolhas, falta de adernciae eroso.

    7.1.4 Emisso de Recomendaes de Inspeo

    Para as no-conformidades encontradas e passveis de reparos,devem ser emitidasRecomendaes da Inspeo, conforme estabelecido nos procedimentos de cada

    empresa.

    7.1.5 Fotografia

    recomendvel que todas as etapas da inspeo do equipamento sejam registradas comfotografias. Entretanto, desejvel que apenas os fatos ou detalhes importantes ou que oregistro ir ajudar na definio ou descrio dos mesmos, sejam fotografados.

    7.1.6 Pontos Crticos

    Nos itens a seguir esto listados, de forma resumida, os pontos considerados maiscrticos - de uma maneira geral - nos equipamentos estticos. Vale ressaltar que ainspeo no pode nem deve ser limitada a estes pontos, pois eles nos servem apenascomo referncia, principalmente considerando que um equipamento est sujeito avariaes operacionais e climticas.

    7.1.6.1 TUBULAESMudanas de direo, vents, drenos, derivaes, pontos de apoio, suportes, ligaes(aparafusadas ou rosqueadas), juntas de expanso, juntas soldadas, pintura, interfacesde isolamento, mudanas de nvel (areo/subterrneo).

    7.1.6.2 VASOSExternamente: interfaces de isolamento, vent, dreno, conexes, vias de acesso, concretoanti-chama, interface saia/calota, suportes e fundaes, flanges e vlvulas, tomadas deinstrumentos, chumbadores, aterramento.

    Internamente: Entrada de fluido, acessrios, suportes, juntas soldadas, interfaceslquido/gs, flanges, deposies, chapas de sacrifcio, incrustaes, vertedouros,enchimentos.

    7.1.6.3 TANQUESCostado: deformao, interface base/soloTeto Flutuante: posicionamento uniforme (nvel), selagem.Aterramento, sistema de proteo contra incndio, vias de acesso, conexes.

    7.1.6.4 ESFERASConexes, Pernas, Tirantes, chumbadores, Sprinklers, concreto anti-chama.

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    7.1.6.5 TROCADORESInternamente: condio externa dos tubos, espelhos, interfaces tubo/chicana e tubo

    /espelho, regio de entrada do fluido, chapas divisoras de passes, juntas soldadas.

    7.1.6.6 VLVULAS DE SEGURANATemperatura de sada, pintura, lacre, plaqueta de calibrao, fole, se est travada,alavanca.

    7.1.6.7 FORNOSChaparia, suportes, refratrio, tubos prximos/ frontais a queimadores, queimadores,visores, juntas soldadas, poos termopares, pinos guia, lanas dos ramonadores, dutosde gs suportes mveis, tubulaes auxiliares.

    7.1.6.8 CALDEIRASDeposio, queimadores, dutos, juntas de expanso, tomadas de instrumentos, lanas deramonadores, visores, piso, refratrio, suportes, zonas de temperatura mais baixa,incrustao, pr-aquecedor regenerativo de ar e de vapor, mudanas de especificao.

    7.1.6.9 CABOS DE AORompimento de fios, corroso, desgaste, dobra, distores (gaiola de passarinho, almasaltada), disposio dos grampos.

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    7.1.6.10 JUNTAS DE EXPANSO

    Fole, movimento livre, vazamentos, interfaces.

    7.1.6.11 CONEXESFaces de vedao dos flanges, soldas, tipo e posio de montagem das juntas devedao.

    7.2 Iluminao Adequada

    Os mtodos de ensaio visual direto e remoto devem ser realizados com umaluminosidade mnima de 30 Lux para exame em geral e 540 Lux para deteco ou estudo

    de pequenas descontinuidades.

    Devem ser definidas as faixas do angulo de incidncia da luz sobre a superfcie e dongulo de observao, quando se utilizar luz artificial para contraste das irregularidades.

    8 Vantagens e Limitaes

    8.1 Vantagens Pode ser executado em equipamentos em operao. o exame no-destrutivo de mais baixo custo.

    Permite detectar e eliminar possveis descontinuidades antes de se iniciar oucompletar a soldagem de uma junta.

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    exame visual detecta as descontinuidades maiores e geralmente indica pontos deprovveis descontinuidades, que devem ser examinados por outras tcnicas de

    exame. Um exame visual bem executado proporciona uma diminuio da quantidade dereparos de solda, uma maior produo dos outros exames no-destrutivos, diminuindoo custo da obra.

    8.2 Limitaes Depende grandemente da experincia e conhecimento por parte do executor, e estedeve estar familiarizado com o projeto e mecanismos de avarias.

    limitado a deteco de defeitos superficiais.

    Bibliografia

    Normas Petrobrs N-2161, 1597Guia do IBP-2Apostila da Coordenao dos programas de ps-graduao de Engenharia UFRJApostila do Curso de Formao de Inspetores de Equipamentos Petrobrs/SENAIEnsaio no destrutivo parte-3 Paula LeiteFBTS Mdulo de Soldagem 10 ensaio no destrutivo

    Experincias do Autor