apostila de graduação

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Apostila de Graduação Organizada pelos Professores Carlos Alberto Previato e Adolfo Morandini Neto Introdução Esta é uma pequena apostila sobre o Judô, seus fundamentos e suas técnicas. Seu conteúdo abrange as partes teórica e prática exigidas em exames de graduação. Através dela, também será possíveladquirir , atualizar e reciclar conhecimentos. As nomenclaturas seguem o padrão adotado pelo Kodokan Institute, o qual a Associação de Judô Previato reconhece como fonte única e absoluta, apoiando toda sua conduta técnica e filosófica. Seu texto foi baseado em inúmeros sites e livros sobre Judô, entre eles o site do Kodokan Institute e textos da Kodansha-Kai. Graduação: meta ou reconhecimento? O que significa graduação? Os dicionários nos dizem que graduação é o ato ou efeito de graduar. Pode ser ainda uma escala, uma classificação, uma posição social ou a honra de um posto. No Judô a graduação representa o nível de conhecimento e capacidade do praticante. É fundamental que o judoca esteja portando uma faixa que expresse de forma clara o seu atual estágio de aprendizado e evolução. Deixar de ser dangai e passar a ser yudansha significa estar iniciando uma nova etapa. É o início de uma jornada na qual já se deve ter consciência do longo caminho a ser percorrido e das próprias limitações em assimilar o vasto conteúdo que o Judô nos proporciona. Ninguém conhece um judoca melhor do que o seu professor. Por isso é o professor quem encaminha o aluno para realizar o exame e ter seu conhecimento reconhecido perante a comunidade. Um judoca somente deve se submeter ao exame quando, aos olhos do seu professor, ele já é faixa preta com todas as características inerentes a essa graduação. Assim o exame nada mais é do que uma avaliação pública onde os demais professores e dirigentes passam a enxergar o judoca com os mesmos olhos de seu professor. Achar que graduação é sinal de status é um erro. Conquistar uma graduação que não é compatível com seu conhecimento real é uma armadilha que só traz vergonha e desrespeito tanto para si mesmo como para o grupo onde estamos inseridos.

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Apostila de GraduaçãoOrganizada pelos Professores Carlos Alberto Previato e Adolfo Morandini Neto Introdução Esta é uma pequena apostila sobre o Judô, seus fundamentos e suas técnicas.  Seu conteúdo abrange as partes teórica e prática exigidas em exames de graduação.  Através dela, também será possíveladquirir, atualizar e reciclar conhecimentos.  As nomenclaturas seguem o padrão adotado pelo Kodokan Institute, o qual a Associação de Judô Previato reconhece como fonte  única e absoluta, apoiando toda sua conduta técnica e filosófica.  Seu texto foi baseado em inúmeros sites e livros sobre Judô, entre eles o site do Kodokan Institute e textos da Kodansha-Kai.   Graduação: meta ou reconhecimento? O que significa graduação? Os dicionários nos dizem que graduação é o ato ou efeito de graduar. Pode ser ainda uma escala, uma classificação, uma posição social ou a honra de um posto. No Judô a graduação representa o nível de conhecimento e capacidade do praticante. É fundamental que o judoca esteja portando uma faixa que expresse de forma clara o seu atual estágio de aprendizado e evolução. Deixar de ser dangai e passar a ser yudansha significa estar iniciando uma nova etapa. É o início de uma jornada na qual já se deve ter consciência do longo caminho a ser percorrido e das próprias limitações em assimilar o vasto conteúdo que o Judô nos proporciona. Ninguém conhece um judoca melhor do que o seu professor. Por isso é o professor quem encaminha o aluno para realizar o exame e ter seu conhecimento reconhecido perante a comunidade. Um judoca somente deve se submeter ao exame quando, aos olhos do seu professor, ele já é faixa preta com todas as características inerentes a essa graduação. Assim o exame nada mais é do que uma avaliação pública onde os demais professores e dirigentes passam a enxergar o judoca com os mesmos olhos de seu professor. Achar que graduação é sinal de status é um erro. Conquistar uma graduação que não é compatível com seu conhecimento real é uma armadilha que só traz vergonha e desrespeito tanto para si mesmo como para o grupo onde estamos inseridos. Sempre buscamos o fortalecimento através da realidade. Graduações vazias servem apenas para enfraquecer. No Judô a hierarquia é um pilar que deve sustentar o progresso e a disciplina. É impossível manter esse pilar se insistirmos em nos graduar antes de adquirirmos o conhecimento. Carência não é aval para prestar exame. Carência é apenas um item de um regulamento que só é necessário porque o conceito de graduação ainda não está claro para todos. Quando um judoca finalmente entende o conceito, a importância e o verdadeiro significado de uma graduação ele não mais a procura como um objetivo. Lamentavelmente presenciamos cenas onde o aluno se dirige ao professor e pede para ser inscrito no exame de graduação. Essa atitude é desrespeitosa. Quando o aluno está pronto ele não precisa pedir, o professor é o primeiro a reconhecer e providenciar para que os outros também reconheçam. 

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Lamentável também é o fato de alguns professores acatarem esses pedidos e encaminharem alunos despreparados para prestar exame transformando algo sério em um jogo onde se conta mais com a sorte do que com a habilidade. Você que está lendo esta apostila para estudar para o exame de graduação, faça uma reflexão. Converse com seu professor e peça orientação. Lembre-se que o exame somente vai endossar algo que você já é. Carlos Alberto PreviatoInstrutor Técnico

 Ter ou ser Ser é infinitamente muito mais do que ter.  O ‘ter’ é transitório.  Depende das circunstâncias, do momento e do referencial.  O ‘ser’ é perene.  Independe do tempo e do espaço.  É condição implícita da dignidade humana e do caráter da pessoa.Para ter, basta impor.  Para ser, é preciso um firme propósito e um compromisso assumido com nosso próprio ‘eu’, sem desvios ou concessões cômodas. No Judô, ninguém é detentor de uma graduação no sentido de posse ou patrimônio material. No lugar de possuir uma graduação, o verdadeiro judoca é reflexo exato daquilo que sua graduação representa.  Seu espírito traduz de forma exata e inequívoca a faixa que ele carrega.O verdadeiro judoca não é sua graduação apenas dentro do Dojo.  Ele faz da sua comunidade, sua cidade, seu país e do mundo um imenso Dojo, onde cultiva a ética, o respeito e a amizade.  Somos descendentes diretos daquilo que o Professor Jigoro Kano nos deixou.  Seu legado é o nosso legado.  Ou assumimos integralmente sua doutrina ou renegamos nossa condição de judocas.Aqueles que buscam apenas 'ter' uma graduação estão colocando de lado a mais sublime condição, caminhando no sentido oposto daqueles que abraçaram o Judô de forma autêntica e verdadeira.  Aqueles que, no entanto, buscam ‘ser’ a sua graduação, banhando sua alma com os mais puros e verdadeiros ensinamentos, buscando vivenciar a filosofia do Judô em seu dia-a-dia, podem ter a certeza de estar trilhando o caminho idealizado e deixado pelo seu criador. Para os primeiros, a graduação representa um árduo obstáculo a ser transposto e uma dificuldade a ser superada.  Para os outros, ela nada mais é do que uma passagem natural dentro do magnífico caminho chamado Judô.  Uma mudança de paisagem que permitirá contemplar novos horizontes e encontrar sempre novas perspectivas. Adolfo Morandini NetoVice Presidente Uma breve História (parte do texto foi traduzido e adaptado do site do Kodokan Institute) O Judô foi criado em 1882, mesmo ano de fundação do Kodokan, pelo Professor Jigoro Kano.    O Judô derivou principalmente do Jujitsu , que tinha muitos nomes e muitas escolas .  O Jujitsu é uma arte de ataque e defesa sem o uso de nenhuma arma ou instrumento a não ser o próprio corpo. Professor Kano aproveitou as melhores técnicas de todas as escolas de Jujitsu e suprimiu as que ele julgava precárias e excessivamente violentas, criando o Judô Kodokan, baseado em

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suas próprias análises e estudos.  Ele começou o Kodokan com apenas nove discípulos e um Dojo de somente doze tatames.   Em poucos anos, o Judô Kodokan foi reconhecido pela sua excelência,  pois seus alunos superaram os praticantes do Jujitsu no Campeonato Policial Bujitsu.  Este foi efetivamente o primeiro passo, que permitiu um rápido progresso do Judô. A princípio o Judô foi criado como forma de exercício físico.  Com seu crescimento, e após ter suas regras regulamentadas, o Judô começou a se espalhar pelo mundo.  Um fato que contribuiu fundamentalmente para isso foi o de Sensei Jigoro Kano ter se tornado o primeiro membro asiático a ser aceito como membro do Comitê Olímpico Internacional, em 1909.Em 1964 o Judô passou a ser um esporte oficial dos Jogos Olímpicos, sendo atualmente praticado em quase todos os países do mundo. A exemplo das mais conceituadas e sérias entidades esportivas do mundo, a Associação de Judô Previato reconhece como único e verdadeiro o Judô Kodokan, aquele criado pelo Professor Jigoro Kano.    Dados Cronológicos 1860 - Nascimento do Professor Jigoro Kano.1882 - Fundação do Judô Kodokan1886 - Histórica competição entre artes marciais. O Judô Kodokan vence, passando            assim, a ser praticado pela polícia Japonesa.1887 - O Judô começa a ser praticado em algumas escolas do Japão.1902 - O Judô chega aos Estados Unidos1905 - O Judô chega à França.1909 - Jigoro Kano torna-se colaborador do Comitê Olímpico Internacional.1911 - O Judô torna-se matéria opcional nas escolas do Japão.1911 - Professor Jigoro Kano funda a Associação de Educação Física Japonesa.1923 - O Kodokan inaugura o Dojo Feminino.1930 - O Judô torna-se matéria curricular nas escolas japonesas.1938 - Falecimento do Professor Jigoro Kano em 4 de maio.1948 - Fundação da Federação Nacional de Judô do Japão.1948 - Fundação da União Européia de Judô.1949 - Fundação da União Asiática de Judô.1952 - Fundação da União Panamericana de Judô.1954 - Primeiro Campeonato Brasileiro de Judô.1956 - Primeiro Campeonato Mundial de Judô em Tóquio.   Primeira participação do            Brasil em um campeonato Internacional; o segundo Campeonato

 Panamericano.1957 - Fundação da União Oceânica de Judô.1961 - Fundação da União Africana de Judô.1964 - O Judô é aceito nos jogos Olímpicos de Tóquio, com apenas três categorias.1969 - Fundação da Confederação Brasileira de Judô.  Até então, o Judô era regido

 pela Confederação Brasileira Pugilismo.1972 - O Judô passa a ser definitivamente esporte olímpico.  Filosofia Na palavra ‘jujitsu’, ‘jitsu’ significa técnica (ou prática) enquanto que na palavra ‘Judô’, o ‘do’ significa caminho, que pode ter dois significados: o de um caminho pelo qual você passa e o mais filosófico e profundo que representa uma maneira de viver. 

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Em ambos os nomes, ‘ju’ quer dizer gentileza e suavidade, que induz a utilizar a força do oponente sem agir contra ela, podendo ser aplicada não somente na competição mas também aos aspectos humanos. Como forma de educação e ensino, o Professor Jigoro Kano adotou o randori e os katas, além de outros métodos didáticos, adicionando a educação física ao treinamento intelectual e à cultura moral. A harmonia desses aspectos de educação constituem a educação ideal pela qual o Judô será ensinado. O Judô visa melhorar a habilidade mental e física.  O Professor Jigoro Kano disse que o seu maior objetivo deve ser o de cultivar e usar a energia humana para o bem, podendo ainda ser ampliada para todos os aspectos da vida. Esse conceito formou dois grandes pilares: o melhor uso da energia individual e o bem estar mútuo.  Com esta base, o professor Kano deixou como ensinamento que, através do treinamento, a pessoa deve se disciplinar, cultivar o seu corpo e espírito por meio das técnicas de ataque e defesa, engrandecendo a essência do caminho. Os melhores usos da energia e o bem estar mútuo resumem os ensinamentos de Jigoro Kano, que pregam buscar a perfeição de uma pessoa e beneficiar o mundo.   Ética e etiqueta no Dojo A ética e a etiqueta dentro do Judô estão diretamente associadas à sua expressão máxima: a educação, a prosperidade e o respeito mútuo.  Como instrumento de educação, o Judô é formado por um conjunto de atitudes e posturas, que tem sua prática associada tanto à técnica quanto à filosofia.  Do respeito a esse conjunto de atitudes e posturas é que depende a sobrevivência da essência e do verdadeiro espírito do Judô. Normalmente o judoca aprende a se conduzir dentro do Dojo de forma intuitiva, vendo e repetindo posturas e atitudes.  A Etiqueta vem sendo transmitida, muitas vezes informalmente, de geração para geração, dentro dos princípios que deram origem ao Judô.  

 Este item da Apostila de Graduação não visa esgotar o assunto, mas apenas orientar e colaborar para a adoção de uma postura muito próxima daquela criada pelo Professor Jigoro Kano.  Dentro do Judô, todo treinamento é árduo, requerendo boa dose de sacrifício, renúncia, humildade e determinação.  A retidão e o caráter são dois traços importantíssimos na personalidade do judoca.  As técnicas, os fundamentos e osKatas são aprendizados que levam uma vida inteira.  A ética e a filosofia do Judô, porém, são as partes mais difíceis de serem compreendidas.  Aparentemente fáceis, sua sutileza e grau de refinamento tornam sua assimilação uma tarefa complexa, mas que oferece um novo trecho a ser percorrido todos os dias e nos oferece um caminho infinito em direção ao aperfeiçoamento e aprendizado. A verdadeira ética está na responsabilidade, sensibilidade e no espírito do Judoca.  A verdadeira filosofia está na amizade, no relacionamento com os amigos, com a família, com os superiores, e com os subordinados.  Ela está na humildade, no respeito e no reconhecimento dos limites de cada um (acima de tudo dos nossos próprios limites). Nosso entendimento autêntico dessa filosofia será da medida certa e da forma exata com que olhamos nossos semelhantes.  De como vivemos a vida.  De como encaramos o próprio mundo. 

Jita Kyoei - Prosperidade e benefício mútuosSeryoku Zenyo - O melhor uso da energia(Sensei Jigoro Kano) 

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  O Rei-Ho Existem duas maneiras básicas de saudação: o Ritsu-Rei (em Tyoku-Ritsu - em pé) e o Za-Rei (em seizá - sentado).  Ambas sempre devem ser realizadas com a melhor postura e o máximo respeito.  Além disso, elas devem ser feitas da forma mais natural possível, sem tensão muscular porém com convicção e firmeza.  As maneiras corretas de fazer o Ritsu-Rei e o Za-Rei são:  Ritsu-Rei - Em Tyoku-Ritsu (calcanhares juntos, pontas dos pés ligeiramente afastadas e corpo ereto) posicione as mãos junto à lateral do corpo.  Incline o corpo a partir da cintura com as costas retas deslizando as mãos em direção aos joelhos (na frente do corpo) soltando a respiração.  O olhar deve ser fixado em um ponto imaginário no solo a cerca de dois metros à sua frente.  Após tocar a linha dos joelhos com a ponta dos dedos, volte vagarosamente à posição inicial com as mãos posicionadas ao lado do corpo, junto às pernas.   O Ritsu-Rei é normalmente usado quando se entra no Dojo, quando se sobe no Tatame, no início ou encerramento de algum treinamento com um companheiro e nos Shiais. Além disso, também deve ser usado para cumprimentar os professores, faixas pretas e colegas. Obs: Em Tyoku-Ritsu, as mulheres podem manter as pontas dos pés unidas. Za-Rei - Em Tyoku-Ritsu, flexione a perna direita lentamente de modo a ajoelhar-se com a perna esquerda.  O joelho esquerdo deverá tocar o tatame na mesma linha do pé direito. Em seguida, coloque o joelho direito ao lado do esquerdo.  As pontas dos dedos (e não os peitos dos pés) deverão estar tocando o tatame.  Sente-se tranqüilamente sobre os calcanhares colocando simultaneamente os peitos dos pés em contato com o tatame (o dedão do pé direito deverá ser colocado sobre o dedão do pé esquerdo).  As palmas das mãos deverão repousar sobre as pernas.  As palmas das mãos deverão deslizar até que toquem o tatame cerca de um palmo à frente dos joelhos.  Soltando lentamente o ar, esse movimento deverá ser feito de maneira que os quadris permaneçam em contato com os pés e que o corpo se dobre somente na linha da cintura.  A cabeça deverá ser mantida a uma distância aproximada de um palmo do tatame.  Após tocar o tatame por um curto espaço de tempo, volte vagarosamente à posição inicial mantendo o tronco ereto. Levante ligeiramente o quadril colocando as pontas dos dedos sobre o tatame.  Levante a perna direita colocando a sola do pé direito no tatame ao lado do joelho esquerdo.  Levante-se trazendo o pé esquerdo para junto do direito, voltando à posição original (Tyoku-Ritsu). As formas de ajoelhar e levantar levam os nomes de Seiza-No-Shikata e Seiza-Kara-Tatikata, respectivamente   Obs. Para os homens, a posição Za-Rei deverá ser feita mantendo-se uma distância de dois punhos cerrados entre os joelhos.  Já as mulheres podem manter os joelhos juntos.   Rei Inicial e Rei Final As saudações (Reis) inicial e final são momentos especiais num treino de Judô.  Elas requerem o máximo respeito e atenção dos participantes.  Apesar de existirem pequenas variações quanto à pronúncia e uso das palavras, as saudações corretas são aquelas adotadas pelo Kodokan. (Os textos referentes à grafia e nomenclatura dos Reis foram gentilmente enviados pelo Departamento Internacional do Kodokan Institute para a Liga de Judô Paulista).    

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Rei Inicial Todos os participantes sentados em Seiza. Kiotsuke - Significa 'sentido' (atenção).  É a mesma ordem de comando adotada pelo exército japonês. Shomen ni - Significa que a primeira saudação será feita ao Shomen (Sensei Jigoro Kano, Kamidana ou simplesmente as bandeiras).  Neste caso, a palavra 'ni' quer dizer 'ao' e não o número dois da contagem.  O sensei de maior graduação (e aqueles que estiverem ao seu lado) dá as costas para os judocas, ficando de frente para Shomen para fazer a saudação. Rei - Significa saudar, cumprimentar.  Os participantes fazem o Za-rei  Sensei ni - Agora a saudação será feita ao sensei que conduzirá o treino (ou o mais graduado) e àqueles que estiverem ao seu lado.  Este(s) vira(m)-se de frente para os participantes. Rei - Todos fazem o Za-rei  Rei Final Todos os participantes sentados novamente em Seiza. Kiotsuke - Sentido (atenção) Mokusou - Meditação.  Após este comando de voz, os judocas fecham os olhos e permanecem em absoluto silêncio sem abaixar a cabeça.  Cada um faz seus agradecimentos pessoais, segundo seus próprios credos, pelo aprendizado e pela oportunidade de mais um treino. Yame - É o comando de voz para encerrar o Mokusou Sensei ni - Ao contrário do Rei inicial, agora a primeira saudação é feita ao sensei que conduziu o treino (ou o mais graduado) e a todos os professores que estiverem de frente para os alunos. Rei - Os participantes fazem o Za-Rei Shomen ni - Em ordem inversa ao Rei inicial, a última saudação é feita ao Shomen.  O Sensei que conduziu os treinos (ou o mais graduado) e aqueles que estiverem ao seu lado, volta(m)-se novamente para Shomen, ficando de costas para para os judocas  Rei - Os participantes fazem o Za-Rei  Observações Gerais: Os comandos de voz dos Reis inicial e final serão feitos sempre pelo aluno mais graduado, perfilado na extremidade direita da primeira fila, de frente para Shomen. Em homenagens póstumas, o Mokusou é substituído pelo Mokutou, que significa 'reza'.  Neste caso, os judocas além de fecharem os olhos, inclinam levemente a cabeça para baixo. 

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Ao voltar-se para Shomen e depois, para voltar(em) a ficar de frente para os alunos nos Reis final e inicial, a rotação do(s) Sensei(s) deverá ser no sentido anti-horário (à esquerda).  Quando houver dois Senseis à frente dos participantes, após o último Rei final, ambos ficam de frente um para o outro e fazem o Za-Rei.  Quando houver três ou mais Senseis, o(s) que estiver(em) ao centro recuam ligeiramente e os da extremidades se voltam para o centro para fazerem o Za-Rei.       O Judogi O Judogi é a expressão do próprio Judoca.  Ele representa seu caráter, seu espírito e sua postura moral e ética.  Assim, ele deve ser assumido com total responsabilidade e respeito.  Deve sempre estar limpo e vestido de maneira correta.  Deve ser dobrado cuidadosamente de maneira certa e guardado em local apropriado. O Judogi deve ser sempre de cor branca, pois esta cor representa a pureza de espírito.  No Japão feudal era comum o uso do Kimono preto.  O sensei Jigoro Kano, porém, introduziu o uso do Judogi branco para os treinamentos de Judô com o objetivo de atrair boas vibrações e boas energias.  Por este motivo não se deve usar Judogi de outras cores durante os treinamentos de Judô (leia o texto ‘O Judogi Branco’ nesta apostila).   O Obi Tão importante quanto o Judogi, a faixa (Obi), representa a alma e a firmeza do praticante do Judô.  Deve sempre estar amarrada corretamente. Seu centro (que pode ser determinado dobrando-se a faixa em duas partes) deve ser posicionado na frente do abdome.  Ambas as partes da faixa devem ser passadas simultaneamente, cruzando nas costas, envolvendo o corpo e voltando para o abdome.  Por fim, ela deve ser amarrada com um nó duplo.  O primeiro nó deverá envolver as duas bandas da faixa e o segundo nó deverá ser simples.  A faixa estará corretamente atada se ambas as pontas tiverem o mesmo tamanho e estiverem com o caimento igual. Ao cruzar as costas, a faixa não deverá estar saliente (formando um relevo), pois isso poderá causar desconforto quando as costas do judoca estiverem em contato com o tatame. O tamanho correto da faixa deve ser o que permita que, após amarrada, ambas as pontas fiquem com entre 20 e 30 centímetros de comprimento (fonte: Kodokan).     A faixa nunca deverá ser pendurada sobre o pescoço ou ser utilizada para outras finalidades que não a prática do Judô.  Na medida em que for progredindo e sendo promovido, o Judoca deve guardar suas faixas como símbolo de seu aprendizado. O Judoca nunca deverá utilizar outra faixa senão aquela correspondente à sua graduação.   Algumas regras básicas em relação ao Judogi Ao iniciar e terminar um randori, tenha sempre seu Judogi alinhado e sua faixa correta e firmemente amarrada. Assuma o Judogi como sua responsabilidade pessoal. Os chinelos não são um complemento do seu Judogi.  Eles são partes integrantes do seu traje, devendo sempre ser usado quando sair do Tatame. 

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A forma correta de arrumar seu Judogi entre um treino e outro, é segurando sua faixa dobrada em uma das mãos e não sobre o ombro ou pescoço. Nunca coloque ou jogue sua faixa no chão. Nunca ande de Judogi sem que a faixa esteja amarrada na cintura. Evite todo e qualquer tipo de adorno no Judogi.  Identificação da academia, nome do judoca e demais informações visuais devem ser usados com bom senso, critério e de maneira discreta. Nunca use anéis, pulseiras, relógios, brincos, correntes ou quaisquer acessórios quando estiver participando de um treino. As mulheres deverão utilizar sob o Judogi um collant ou camiseta da cor branca.  No caso do uso de camiseta, o comprimento deve ser suficiente para ser colocada com folga por dentro da calça.   Homens nunca devem vestir camiseta sob o Judogi. Cabelos compridos (de homens e mulheres) devem ser presos de maneira que não atrapalhem o treino constantemente.  Para isso deverá ser usado elástico (ou similar) sempre macio e sem partes metálicas ou rígidas.    Há regras bastante claras no manual de arbitragem da FIJ quanto à regulamentação do Judogi.  Como este é um item sobre etiqueta e filosofia, foi abordado apenas o aspecto ético desta questão.  Detalhes técnicos e normas adotadas em competições, poderão ser obtidos no manual de Arbitragem da FIJ.       O Dojo O Dojo é a representação de um pequeno universo em harmonia.  Um meio onde os praticantes do Judô podem desenvolver seu aprendizado e praticar as técnicas e os preceitos filosóficos, interagindo com os demais praticantes.  Aprendendo ou ensinando, os judocas encontram no Dojo o espaço para o crescimento mútuo e a descoberta de novas fronteiras a serem transpostas e novos objetivos a serem alcançados.  Ao percorrer o caminho do aprendizado dentro do Judô, o praticante vai, gradativamente, ampliando os limites do seu entendimento.  Ele deve perceber que a filosofia e a ética extrapolam o espaço físico do Dojo, alcançando os limites de sua própria vida e do mundo em que vive.  Talvez essa seja a parte mais difícil de ser compreendida, mas é a porção mais verdadeira e infinitamente duradoura do Judô.   A ética e a etiqueta do Kodokan (traduzido do impresso ‘Judô Etiquette’, entregue aos visitantes do Kodokan Institute.) KO = Estudo, aprendizado, fraternidadeDO = Caminho, moralKAN = Instituto KODOKAN = Instituto onde se aprende o Caminho  A fundação do Kodokan, em 1882, foi o marco da criação do Judô.  Este templo foi criado pelo Professor Jigoro Kano para nortear todo o ensinamento filosófico e prático do Judô. 

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Hoje, o Kodokan recebe inúmeros visitantes de todas as partes do mundo.  Assim, foi elaborado um breve manual de conduta para uniformizar a postura dos judocas e orientar os visitantes sobre as normas básicas dentro do Dojo.  Com o título de Dojo Etiquette, este pequeno 'guia' traz algumas orientações do que é e do que não é permitido ou aconselhável fazer.  Entre elas estão:  

Trate os instrutores, superiores e colegas com respeito e cortesia 

Treine com o máximo esforço e dedicação 

Quando estiver descansando, sente-se em Seiza ou permaneça em pé observando os outros praticantes

  Antes e depois de cada treino, sente-se em Seiza e faça o Za-rei mostrando respeito

pelo seu colega.  O mais graduado ficará do lado direito e o menos graduado do lado esquerdo em relação a Shomen.

  Quando entrar ou sair do Dojo, arrume seu Judogi, fique em pé respeitosamente e faça

o Ritsu-Rei 

Não converse ou faça brincadeiras 

Não sente com as pernas esticadas ou com o corpo reclinado 

Não use sua faixa para fazer brincadeiras 

Não corra sobre o tatame 

Não ande com seu Judogi aberto ou sem a parte superior do mesmo 

Não use chapéus ou bonés 

Não pendure sua faixa sobre o pescoço   Normas gerais de conduta e postura 

Nunca se atrase para o início de um treino.  

Tradicionalmente, no Japão, as saudações são feitas sem nenhum contato físico.  Portanto, apertos de mão, abraços ou batidinhas nas costas não são necessários dentro do Dojo.  Por causa dos costumes ocidentais, porém, é comum vermos a saudação (Ritsu-Rei) muitas vezes ser seguida de um aperto de mão.  Quando estiver cumprimentando um Sensei, espere que qualquer atitude mais calorosa parta dele, não tomando nunca a iniciativa.

  Quando o Sensei estiver conversando ou ocupado com alguma atividade,

cumprimente-o (Ritsu-Rei ou Za-Rei) sem interrompê-lo nem fazendo com que ele pare somente para cumprimentá-lo.

  Ao cumprimentar um Sensei, posicione-se de frente para ele e não faça com que ele

tenha que se virar para ficar de frente para você. 

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Caso o Sensei esteja sentado ou ajoelhado, cumprimente-o em Za-Rei, não esperando que ele se levante para cumprimentá-lo.

  Ao fazer a saudação para dois ou mais judocas, você pode cumprimentá-los

individualmente ou a todos eles.  Nunca, porém, faça o Ritsu-Rei girando o corpo na direção de todos em semicírculo.  Ao cumprimentar o grupo todo, o Ritsu-Rei deverá ser feito em direção ao grupo, como fosse uma só pessoa.

  Nunca cruze a frente de um judoca, principalmente um Sensei ou companheiro mais

graduado. 

Jamais passe no meio de dois colegas. 

Quando estiver descansando ou observando o treino, nunca dê as costas para Shomen.

  Quando estiver em pé, ouvindo alguma explicação ou observando o treino, a postura

correta é Shizen-Hontai, ou seja, com o corpo ereto e as mãos soltas ao lado do corpo.  Cruzar os braços, apoiar as mãos na cintura ou cruzá-las atrás das costas denota falta de interesse ou respeito.

  Exceto por estar machucado, nunca recuse treinar com um Sensei.

  Ao treinar com os Senseis, faça isso da maneira mais solta possível.  Deixe que ele

faça sua pegada (Kumi-Kata), demonstrando respeito e consideração. 

Ao ser chamado para alguma demonstração, dirija-se com presteza ao Professor.  Faça o Ritsu-Rei e coloque-se à sua disposição, colaborando ao máximo para sua explicação.  

  Caso o Sensei (responsável pelo treino ou de alta graduação) adentre o Dojo após o

início do treino, as atividades deverão ser interrompidas pelo mais graduado (Mate).  Será dado o comando Kiotsuke (todos se voltarão para o Sensei).  Após o comando ‘Rei’ todos saudarão o Sensei em Ritsu-Rei.

  O Judogi branco Respeitando as tradições do passado, podemos compreender o presente aceitar o futuro.  Para nós, ocidentais, muitas das tradições milenares do Japão, são difíceis de serem enxergadas e compreendidas na sua essência e plenitude.  Com muito esforço, às vezes conseguimos penetrar numa porção mais rasa e superficial.  Para nós, brasileiros, isso se deve em parte à nossa pouca e recente bagagem cultural.  Nossa história, além de ter apenas 500 anos, é resultado de uma soma de culturas, costumes e práticas que foram sendo alinhavadas numa grande colcha de retalhos, sem ter uma unidade precisa e uma identidade muito clara.  Falta-nos o peso dos anos vividos pelos países mais antigos. Quando o Judô foi criado, em 1882, ele já estava amparado em milhares de anos de filosofia e cultura.  Naquele momento, o Japão já não era o país belicoso de outrora.  Os samurais dos novos tempos buscavam lutar pelo aprimoramento do espírito e não mais para a manutenção da sua sobrevivência física.  Os guerreiros contemporâneos buscavam a excelência do aprendizado.  No lugar das vestes pretas, que antigamente ajudavam a ocultar o sangue de possíveis ferimentos, eles agora usavam o branco, que simbolizava a pureza de espírito, a paz, a disposição de aceitar os ensinamentos e a retidão de caráter.  As vestes pretas buscavam ocultar a fraqueza.  O branco ajudava a mostrar a firmeza, a convicção e a boa fé. 

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A cor branca, para os japoneses tem significados tão profundos e sutis que fogem à nossa compreensão.  No Judô, ela nivela seus praticantes, deixando-os num mesmo patamar.  Todos têm as mesmas condições.  Não há superioridade na aparência ou no modo de vestir.A tradição colocou o Judô num nível diferenciado das demais práticas esportivas. É o que o Judô tem de mais belo e sagrado. Judô e tradição são duas coisas indissociáveis e esse paralelo tem sido responsável pela manutenção de sua unidade através dos anos.  O Judô só pode ser praticado conforme suas leis e regras mais sublimes - as mesmas ditadas por Sensei Jigoro Kano. Não obstante as inovações e modismos, é imperativo que aqueles que têm envolvimento com o Judô de uma forma ampla e verdadeira, façam prevalecer sua tradição e suas diretrizes mais elevadas.  Somos discípulos diretos do Professor Jigoro Kano.  Seus ensinamentos são a fonte maior do nosso aprendizado diário.  No Judô não há um meio termo ou um meio tom.  Não se pratica 'meio Judô'.  Não se adaptam regras de postura ética e moral.  Usa-se, portanto, o judogi branco como representação máxima da humildade, da pureza e do espírito desprovido de quaisquer rancores ou pensamento negativo.  Foi no judogi branco que Sensei Kano alicerçou seus ideais mais elevados de educação e implemento do caráter do ser humano.  É através dele, também, que manteremos o Judô no caminho único e certo, norteando nossos passos, sem aceitar desvios cômodos e passageiros.

 (C) Morandini  Fundamentos Taisso - Ginástica, aquecimentoJumbi-taisso - Ginástica inicialSeiri-taisso  - Ginástica final Ukemi - Amortecimento de quedaTe-uchi-ukemi - Batimento do braçoUshiro-ukemi - Queda de costasYoko-ukemi - Queda de ladoMae-ukemi - Queda frontalMigui-zempo-kaiten-ukemi - Queda com giro frontal à direitaHidari-zempo-kaiten-ukemi - Queda com giro frontal à esquerda Shisei - PosturaShizentai - Postura naturalShizen-hontai - Postura natural básicaMigui-shizentai - Postura natural direitaHidari-shizentai - Postura natural esquerda           Jigotai - Postura DefensivaJigo-hontai - Postura defensiva básicaMigui-jigotai - Postura defensiva direitaHidari-jigotai - Postura defensiva esquerda  Kumi-kata - Forma de pegar ou segurarShizentai-no-kumikata - Segurar em postura naturalShizen-hontai-no-kumikata - Segurar em postura natural básicaMigui-shizentai-no-kumikata - Segurar em postura natural direitaHidari-shizentai-no-kumikata - Segurar em postura natural esquerda

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           Jigotai-no-kumikata - Segurar em postura defensivaJigo-hontai-no-kumikata - Segurar em postura defensiva básicaMigui-jigotai-no-kumi-kata - Segurar em postura defensiva direitaHidari-jigotai-no-kumi-kata - Segurar em postura defensiva esquerda  Shintai - Maneira de andar, movimentação.Ayumi-ashi - Passo normalSuri-ashi - Passo arrastadoTsugui-ashi - Passo-sobre-passo, passo emendado Tai-sabaki - Movimento circular do corpo, esquivaMae-sabaki - Movimento para frenteMigui-mae-sabaki - Movimento para frente 90 graus à direitaHidari-mae-sabaki - Movimento para frente 90 graus à esquerdaUshiro-sabaki - Movimento para trásMigui-ushiro-sabaki -  Movimento para trás 90 graus à direitaHidari-ushiro-sabaki - Movimento para trás 90 graus à esquerdaMawari-sabaki - Movimento giratórioMigui-mae-mawari-sabaki  - Movimento para frente 180 graus à direitaHidari-mae-mawari-sabaki - Movimento para frente 180 graus à esquerdaMigui-ushiro-mawari-sabaki - Movimento para trás 180 graus à direitaHidari-ushiro-mawari-sabaki - Movimento para trás 180 graus à esquerda Kuzushi - DesequilíbrioHappo-no-kuzushi - Desequilíbrio em oito direções           Mae-kuzushi           - Desequilíbrio para FrenteUshiro kuzushi - Desequilíbrio para trásMigui-yoko-kuzushi - Desequilíbrio lateral direitaHidari-yoko-kuzushi - Desequilíbrio lateral esquerdaMigui-naname-mae-kuzushi - Desequilíbrio em diagonal direita e à frenteHidari-naname-mae-kuzushi - Desequilíbrio em diagonal esquerda e à frenteMigui-naname-ushiro-kuzushi - Desequilíbrio em diagonal direita para trásHidari-naname-ushiro-kuzushi - Desequilíbrio em diagonal esquerda para trás  Vocabulário básico Rei-ho - SaudaçãoRitsu-rei- Saudação feita em péZa-rei - Saudação feita na posição ajoelhada (Seiza)Tyoku-ritsu - Posição de sentidoSeiza (ou Hiraza) - Ajoelhado sobre os calcanharesAgura  - Sentado com as pernas cruzadasGomen - DesculpaDomo arigato - Muito obrigadoOnegai shimassu - Por favor.Sensei - ProfessorHajime - ComeçarMate - PararSoremade – Terminar

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Sonomama - Não se mexaYoshi - ContinueTate - LevantarMigui - DireitaHidari – EsquerdaUshiro - AtrásYoko - LadoTe - MãoKoshi - QuadrilAshi - PernaUde - BraçoWaza – TécnicaKuzure – VariaçãoNage - ProjeçãoJudogi - Roupa para se treinar JudôSode - MangaEri - GolaObi - FaixaJu - Suavidade, flexibilidadeDo - Caminho, doutrinaTori - Quem aplica a técnicaUke - Quem recebe a técnicaSempai - Superior (em graduação ou conhecimento)Kohai - Inferior (em graduação ou conhecimento)Shiai - CompetiçãoDangai - Sem dan (Faixa branca a marrom)Yudansha - Faixa Preta (1º ao 5º dan)Kodansha - Faixa Coral e Vermelha (6º ao 10º dan)Dojo - Local onde se pratica JudôShiai-jo - Área de competição

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 Tipos de Treinamento Uchi-komiEntradas das técnicas, repetidas vezes, porém sem projeção.HikitategueikoTreino em que o judoca aplica golpes em movimento sob a orientação de seu companheiro, preferencialmente mais graduado, a fim de corrigir possíveis falhas.YakusokugueikoTreino livre, onde o Tori se movimenta em diversas direções projetando o Uke que não deve oferecer resistência.TandogueikoTreino sem ajuda de companheiro (sombra), simulando todos os movimentos que se faz nos Uchikomis. O objetivo é de melhorar a postura, equilíbrio, movimentação, etc.Nage-komiO Tori projeta o Uke diversas vezes em seguida.Nage-aiOs dois praticantes aplicam técnicas alternadamente. RandoriTreino livre e solto, sem preocupação de cair. Deve-se buscar o ippon e para isso coloca-se em prática tudo o que se aprendeu nos demais treinamentos. No Randori é fundamental manter a postura e evitar o uso da força.Renraku-henka-wazaÉ a aplicação de técnicas em seqüência. Ocorre quando a primeira técnica aplicada é defendida.Kaeshi-wazaSão técnicas de contra ataques. Ocorre quando um dos praticantes aplica um golpe tecnicamente imperfeito. Kaeshi Waza é valido em campeonatos, mas deve ser evitado no randori principalmente quando se está treinando com um colega menos graduado.

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 Divisão de Técnicas  

NAGE-WAZA(Técnica de Projeção)

TATI-WAZA(Técnica de projeção em pé)

TE-WAZA (Técnica de Mão)

KOSHI-WAZA (Técnica de Quadril)

ASHI-WAZA (Técnica de Perna)

SUTEMI-WAZA(Técnica de Projeção sacrificando o corpo)

MA-SUTEMI-WAZA(Técnica de sacrifício frontal)

YOKO SUTEMI WAZA (Técnica de sacrifício lateral)

  

KATAME-WAZA (Técnica de Domínio)

OSAEKOMI-WAZA (Técnica de Imobilização)

SHIME-WAZA (Técnica de Estrangulamento)

KANSETSU-WAZA (Técnica de Luxação)  

NOMENCLATURAS

NE-WAZA Técnica de Solo

KAESHI-WAZA Técnica de Contra Ataque

RENRAKU-HENKA-WAZA Técnica em seqüência

TOKUI-WAZA Técnica Especial (Preferida)  Katas  Nage-no-Kata - Forma de Projeção> > > Candidatos a Sho-Dan: Te Waza, Koshi Waza e Ashi Waza> > > Demais candidatos: completo  Te-waza Uki-otoshiSeoi-nageKata-guruma Koshi-waza Uki-goshiHarai-goshi

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Tsuri-komi-goshi Ashi-waza Okuri-ashi-haraiSasae-tsurikomi-ashiUchi-mata Ma-sutemi-waza Tomoe-nageUra-nageSumi-gaeshi Yoko-sutemi-waza Yoko-gakeYoko-gurumaUki-waza  Katame-no-Kata – Forma de Controle> > > Candidatos a Ni-Dan e San-Dan Osae-waza Kessa-gatameKata-gatameKami-shiho-gatameYoko-shiho-gatameKuzure-kami-shiho-gatame Shime-waza Kata-juji-jimeHadaka-jimeOkuri-eri-jimeKataha-jimeGyaku-juji-jime Kansetsu-waza Ude-garamiUde-hishiji-juji-gatameUde-hishiji-ude-gatameUde-hishiji-hiza-gatameAshi-garami   Ju-no-Kata -  Forma de Suavidade> > > Candidatos a San-Dan Dai-Ikkyo – 1ª série 

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Tsuki-dashiKata-oshiRyote-doriKata-mawashiAgo-oshi   Dai-Nikyo – 2ª série Kiri-oroshiRyokata-oshiNaname-uchiKatate-doriKatate-age Dai-sankyo – 3ª série Obi-toriMune-oshiTsuki-ageUchi-oroshiRyogan-tsuki   Kime-No-Kata – Formas de Decisão > > > Candidatos a Yon-Dan e Go-Dan IDORI - Confronto ajoelhado Sem armas Ryote-dori     Tsuki-gake   Suri-age        Yoko-uchi      Ushiro-dori              Com objeto cortante – Tantoo Tsuki-komi    Kiri-komi       Yoko-tsuki       TACHI-AI - Confronto em pé Sem armas Ryote-dori     Sode-tori      Tsuki-gake   Tsuki-age     Suri-age        

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Yoko-uchi      Ke-age          Ushiro-dori              Com objeto cortante – Tantoo Tsuki-komi    Kiri-komi                  Com objeto cortante – Katana Nuki-gake     Kiri-oroshi   Kodokan Goshin-Jutsu – Defesa Pessoal do Kodokan > > > Candidatos a Go-Dan SUDE-NO-BU - Mãos Vazias           Kumitsukareta-Bawai - Defesas de agarramentos           Ryote-dori     Hidari-eri-dori          Migui-eri-dori           Kata-ude-dori          Ushiro-eri-dori         Ushiro-jime   Kakae-dori              Hanareta-Bawai - Defesas de ataques à distância Naname-uchiAgo-tsuki      Ganmen-tsuki          Mae-gueri     Yoko-gueri                           Buki-No-Bu - Armamentos           Tantoo-No-Bawai - Defesas de punhal Tsuki-kake    Tyoko-tsuki   Naname-tsuki                     Jo-No-BawaiI - Defesas de bastão Furi-age        Furi-oroshi    Morote-tsuki            Kenju-No-Bawai - Defesas de revólver

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 Shomen-tsuki           Koshi-gamae           Haimen-zuke  Go-Kyo – 40 técnicas –  Criado em 1885 e revisado em 1920 > > > Candidatos a Sho-dan: uma série escolhida aleatoriamente pela banca examinadora entre as três primeiras séries. > > > Candidatos a Ni-Dan e San Dan: duas séries escolhidas aleatoriamente pela banca examinadora entre as cinco séries.> > > Candidatos a Yon-Dan e Go-Dan: Três séries escolhidas aleatoriamente pela banca examinadora entre as cinco séries. 

             WAZA (Técnica) CLASIFICAÇÃO

 

DAÍ-IKKYO – 1ª Série

01 De-ashi-harai Ashi-waza

02 Hiza-guruma Ashi-waza

03 Sasae-tsurikomi-ashi Ashi-waza

04 Uki-goshi Koshi-waza

05 O-soto-gari Ashi-waza

06 O-goshi Koshi-waza

07 O-uchi-gari Ashi-waza

08 Seoi-nage Te-waza

 

DAI-NIKYO – 2ª Série

01 Kosoto-gari Ashi-waza

02 Kouchi-gari Ashi-waza

03 Koshi-guruma Koshi-waza

04 Tsurikomi-goshi Koshi-waza

05 Okuri-ashi-harai Ashi-waza

06 Tai-otoshi Te-waza

07 Harai-goshi Koshi-waza

08 Uchi-mata Ashi-waza

 

DAI-SANKYO – 3ª Série

01  Kosoto-gake Ashi-waza

02 Tsuri-goshi Koshi-waza

03 Yoko-otoshi Yoko-sutemi-waza

04 Ashi-guruma Ashi-waza

05 Hane-goshi Koshi-waza

06 Harai-tsurikomi-ashi Ashi-waza

07 Tomoe-nage Ma-sutemi-waza

08 Kata-guruma Te-waza

 

DAI-YONKYO – 4ª Série

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01 Sumi-gaeshi Ma-sutemi-waza

02 Tani-otoshi Yoko-sutemi-waza

03 Hane-makikomi Yoko-sutemi-waza

04 Sukui-nage Te-waza

05 Utsuri-goshi Koshi-waza

06 O-guruma Ashi-waza

07 Soto-makikomi Yoko-sutemi-waza

08 Uki-otoshi Te-waza

 

DAI-GOKYO – 5ª Série

01 Osoto-guruma Ashi-waza

02 Uki-waza Yoko-sutemi-waza

03 Yoko-wakare Yoko-sutemi-waza

04 Yoko-guruma Yoko-sutemi-waza

05 Ushiro-goshi Koshi-waza

06 Ura-Nage Te-waza

07 Sumi-otoshi Te-waza

08 Yoko-gake Yoko-sutemi-waza

  Katame-Waza – Técnicas de Controle> > > Todos os candidatos Osaekomi-waza – Técnicas de imobilização Kuzure-kesa-gatameKata-gatameKami-shiho-gatameKuzure-kami-shiho-gatameYoko-shiho-gatameTate-shiho-gatameMakura-kesa-gatameHon-kesa-gatameUshiro-Kesa-gatameKuzure-yoko-shiho-gatameKuzure-tate-shiho-gatame Shime-waza – Técnicas de Estrangulamento Nami-juji-jimeGyaku-juji-jimeKata-juji-jimeHadaka-jimeOkuri-eri-jimeKata-ha-jimeSode-guruma-jimeJigoku-jimeRyote-jimeTsukkomi-jimeSankaku-jime

Page 21: Apostila de Graduação

 Kansetsu-waza – Técnicas de Luxação Ude-garamiUde-gatameHiza-gatameWaki-gatameHara-gatameAshi-gatameJuji-gatame  Renraku-henka-waza> > > Todos os candidatos Ko-uchi-gari X Seoi-nageSasae-tsurikomi-ashi X O-soto-gariUchi-mata X ko-uchi-gariO-uchi-gari X Tai-otoshiIppon-seoi-nage X Ko-uchi-makikomiKo-uchi-gari  X O-uchi-gariMorote-seoi-nage X Ko-uchi-gariKo-uchi-gari  X Uchi-mataTai-otoshi X O-uchi-gariDe-ashi-harai X O-soto-gariKoshi-guruma X O-uchi-gariO-uchi-gari X Uchi-mataSasae-tsurikomi-ashi X Ko-soto-gakeHarai-goshi X O-soto-gariKoshi-guruma X Ko-uchi-gariMorote-seoi-nage X Seoi-otoshiO-goshi X Uki-goshiKo-soto-gari  X Sukui-nageO-uchi-gari X Ko-uchi-gariTsurikomi-goshi X Tai-otoshiTai-otoshi X Uchi-mataO-soto-Gari X O-soto-otoshiKo-uchi-gari X Ko-uchi-makikomiTai-otoshi X Ko-uchi-gariIppon-seoi-nage X Kata-gurumaHarai-goshi X Seoi-otoshiHane-goshi X Hane-makikomiO-uchi-gari X Harai-tsurikomi-ashiKo-soto-Gari X Tani-otoshiDe-ashi-harai X Sode-tsurikomi-goshi Kaeshi-waza> > > Todos os candidatos Koshi-guruma X Utsuri-goshiUchi-mata X Tai-otoshiKo-uchi-gari  X Sasae-tsurikomi-ashiO-uchi-gari X Tomoe-nageKo-soto-gake X Uchi-mata

Page 22: Apostila de Graduação

O-soto-gari X O-soto-otoshiO-uchi-gari X O-uchi-gaeshiUchi-mata X Sukui-nage (antigo Te-guruma)Harai-tsurikomi-ashi X Ko-soto-gakeOkuri-ashi-harai X Tsubame-gaeshi (De-ashi-harai)Harai-goshi X Ko-soto-gakeKoshi-guruma X Tani-otoshiTsuri-goshi X Ko-soto-gakeO-soto-gari X Sukui-nage (antigo Te-guruma)Koshi-guruma X Yoko-gurumaTai-otoshi X Ko-soto-gariKata-guruma X Tawara-gaeshiHarai-goshi X Ushiro-goshiHarai-goshi X Tani-otoshiKata-guruma X Hiki-komi-gaeshi Agradecimentos 

Ao Kodokan Institute de Tóquio, que através do seu Departamento Internacional gentilmente esclareceu dúvidas e enviou valiosos textos e materiais de consulta.

Aos diversos colaboradores que prestaram direta ou indiretamente sua ajuda.  O copyright desta apostila pertence à Associação de Judô Previato.  A reprodução total ou parcial deste material em qualquer mídia e por qualquer meio só poderá ser feita com autorização por escrito dos autores. Os textos da Apostila de Graduação foram redigidos, editados, organizados e adaptados entre dezembro de 2003 e março de 2004.  Carlos Alberto PreviatoAdolfo Morandini Neto