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Núcleo de Ensino em Saúde Instituto Francisco Pacheco Dias Site: www.sogab.com.br SOGAB Escola de Massoterapia (51) 30668930 1 Apostila de Fundamentos de Saúde Curso de Massoterapia Sogab-CS Organizador: Prof. Pablo Fabrício Flores Dias Colaboradores: Profa. Roberta M. Masina Prof. Bruno Garcia Prof.a. Cíntia Schneider Estag. Christiane G. e Silva www.sogab.com.br

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Apostila de Fundamentos de Saúde

Curso de Massoterapia Sogab-CS

Organizador: Prof. Pablo Fabrício Flores Dias

Colaboradores:

Profa. Roberta M. Masina Prof. Bruno Garcia

Prof.a. Cíntia Schneider Estag. Christiane G. e Silva

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Índice

1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE ....................................................................................................1 2. DETERMINANTES NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA ....................................................................................................6 3. NÍVEIS DE PREVENÇÃO ....................................................................................................8 4. OS RESULTADOS TERAPÊUTICOS ...................................................................................................10 5. ÉTICA NA SAÚDE ...................................................................................................11 6. NÍVEIS DE RELAÇÃO E INTERAÇÃO PROFISSIONAL NA SAÚDE ...................................................................................................14 7. SUS ...................................................................................................17 8. REABILITAÇÃO Física ...................................................................................................23 9. PROFISSÕES ...................................................................................................25

10. QUESTIONÁRIOS ...................................................................................................28

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DISCUTINDO CONCEITOS EM SAÚDE Prof. Pablo F. F. Dias Prof. Bruno Garcia

Discutir os fundamentos de saúde, justifica-se através da necessidade clara na formação de qualquer profissional de saúde em qualquer especialidade ou nível de formação (nível de qualificação, técnico ou mesmo universitário), da interação filosófica e holística dos princípios, noções e significado ético a ser incorporado aos conhecimentos, habilidades e atitudes de um profissional da área. Para que os aludidos profissionais no exercício de suas habilitações jamais se esqueçam das razões mais elementares que movem o ser e estar de um agente de saúde. O agente de saúde pode configurar em qualquer profissional das mais distintas profissões em sua

prática técnica, de forma a prestar seus serviços desenvolvendo e objetivando benefícios que elevam o bem estar, a manutenção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados , a orientação e a reabilitação no espectro físico ou emocional de seus clientes classicamente denominados como pacientes. São muitas as competências e conhecimentos comuns as diversas profissões requerendo reflexão profunda sobre as responsabilidades do papel comum a todos os profissionais da área. Algumas destas competências são:

• Observar as demandas do paciente como um todo analisando as causas , fatores desencadeantes, agravantes e paliativos .

• Atuar de acordo com as habilitações da sua profissão em prol do diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção, unindo esforços e contribuições junto a equipe multiprofissional, buscando sempre a forma mais eficaz e segura de operação responsável das ações.

• Definir e estadiar os objetivos e justificativas dos tratamentos e intervenções, buscando sempre a clareza e seriedade das ações alcançando a cura, retardando a evolução, a reabilitação ou mesmo a qualidade de vida dos pacientes, mantendo-os cônscios.

• Seguir os códigos de ética das profissões. • Primar pelo bem estar do paciente em primeira instância, adotando sempre condutas

éticas frente ao mesmo no que tangencia a intervenção, diagnóstico tratamento entre outras ações,jamais atuando de forma negligente ou omissa junto ao paciente.

• Observar e interagir no todo para com os determinantes do processo saúde doença, observando os aspectos genéticos, congênitos, sociais, econômicos, culturais,

emocionais e psicológicos relacionados as doenças e distúrbios funcionais, dos pacientes.

• Orientação de procedimentos, cuidados preparatórios e posteriores.

• Educação em Saúde e Saúde Coletiva. Conceitos Literais de Saúde: Saúde S.f. várias definições têm sido propostas para este conceito, entre as quais: 1Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças ou enfermidades (OMS, 1946 ). 2. Condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades ou mudar ou enfrentar o ambiente. A saúde é um

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recurso para a vida diária, e não um objetivo de vida; é um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas (OMS, 1984). 3. Estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais;pela habilidade para tratar com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais: com um sentimento de bem- estar e livre do risco de doença ou morte extemporânia. 4. estado de equilíbrio entre os seres humanos e o meio físico, biológico e social, compatível com plena atividade funcional. 5. estado em que os seres humanos e outros organismos vivos os quais interagem podem coexistir indefinidamente. 6. Funcionamento do organismo em condições ótimas, sem desvios da normalidade fisiológica para cada idade, sexo ou condições ambientais. 7. estada sanitário de uma comunidade ou população onde estão asseguradas as melhores condições de desenvolvimento pessoal e coletivo e um eficiente controle ou prevenção das doenças. Ver também: direito á saúde e estado de saúde. Inglês: health Saúde Mental Bem estar e equilíbrio mental. Ausência de doenças como neuroses e psicoses e por um ajustamento adequado ao meio social, satisfação consigo mesmo e nas relações com os outros. Teorias sobre Saúde e Doença

Por muito tempo, a busca das explicações ou dos motivos que levam as pessoas a adoecer tem sido um dos maiores desafios enfrentados pelo homem ao longo da história. Magia, Feitiçaria e Bruxaria. Em tempos remotos, existia a existia a crença de que as doenças e acidentes eram causados pela ira dos deuses ou por maus espíritos. Para saber como tratar ou prevenir essas doenças eram consultados pajés, sacerdotes ou feiticeiros. Teoria dos Miasmas A Teoria dos Miasmas foi uma outra forma encontrada pelo homem para tentar explicar os fenômenos patológicos que acometiam as pessoas. Segundo essa teoria, a má qualidade do ar que provinha de pântanos, alagadiços, sujeiras acumuladas e esgotos resultante da decomposição de plantas e animais, seria a causa mais correta para a ocorrência de uma série de doenças (Miasmas = Maus Ares). Mecanicismo Idealizado por René Descartes (séc. XVII), esta linha de pensamento sugeria que o corpo humano, tal o mecanismo de um relógio, seria composto de peças – sistemas, órgãos, tecidos, células – que operavam para manter em ordem uma engrenagem. Uma doença ocorreria simplesmente devido ao mau funcionamento de partes dessa máquina. Já a morte seria a total impossibilidade de concerto da máquina humana. Com o avanço da ciência, novos equipamentos foram desenvolvidos para melhor diagnóstico e tratamento das patologias que acometem o homem. O ramo da pesquisa deu um grande salto quando no séc. XVIII o cientista francês Luis Pasteur inventou o microscópio. Nascia ai um novo campo chamado Microbiologia, que permitia a identificação e micróbios causadores de doenças, através de análises de sangue, escarro, urina, fezes, etc. Porém, mesmo com um sem-número de aparelhos e exames, continuou sendo difícil explicar o que era normal ou patológico em uma pessoa, em determinada situação. Em 1947, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou um conceito que veio a constituir um avanço no pensamento mecanicista defendido anteriormente.

“A saúde é um completo bem estar físico, mental e social, não simplesmente a ausência de doenças”.

A partir desse conceito, novos estudos foram sendo desenvolvidos, propondo uma

nova visão tanto sobre o binômio saúde-doença como da própria prática médica. Estes estudos partem da idéia que o organismo é um todo, integrado, em que cada parte – órgão, tecido ou

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célula – constitui um sistema vivo complexo e em perfeita harmonia com a mente e com o próprio meio ambiente.

Começa-se a consolidar-se uma visão Holística da saúde, que considera saudável o organismo que mantém em equilíbrio três fatores interdependentes entre si: o individual, o social e o ecológico. Doença, Definições Literais: 1 Alteração do Estado de Saúde 2 Disfunção Fisiológica ou Psicológica de um Indivíduo. 3 Perturbação das Funções normais de um ou de vários órgãos cuja etiologia pode ser conhecidas ou não se traduzindo em manifestações clínicas. (sinais e sintomas). Saúde Pública: Atenção Primária Nível de atenção a saúde representado pelos serviços de primeira linha, como clínica médica, pediatria e tocoginecologia, que são de caráter ambulatorial e constituem a “porta de entrada única” do sistema de saúde distritalizado(executando-se, naturalmente, as situações de emergência e as urgências). Consiste em um programa de cuidados de saúde essenciais, baseados em metodologia e tecnologias práticas, cientificamente válidas e socialmente aceitáveis, acessíveis a todas as famílias e membros da comunidade. Saúde: Atenção Primária Deve assegurar: 1)educação para saúde, incluindo os conhecimentos essenciais para prevenir ou reduzir os riscos presentes ou encontráveis na área; 2) promoção de regimes alimentares adequados para assegurar um bom estado nutricional; 3)abastecimento de água potável de boa qualidade e saneamento básico; 4) assistência materno-infantil e orientação para o planejamento familiar; 5)vacinação contra doenças infecciosas importantes na área; *Seu custo deve ser compatível com os recursos econômicos que a sociedade e o país possam despender. 6)controle das endemias locais; 7)tratamento adequado das doenças e traumatismos freqüentes; 8)distribuição dos medicamentos essenciais. Obs:Esse programa resume as recomendações da Conferência Internacional de Alma-Ata (1978) sob os auspícios da OMS e da UNICEF. Primary Health Care “O Processo Saúde-Doença” Doença, Definições: 1 Alteração do Estado de Saúde 2 Disfunção Fisiológica ou Psicológica de um Indivíduo. 3 Perturbação das Funções normais de um ou de vários órgãos cuja etiologia pode ser conhecidas ou não se traduzindo em manifestações clínicas. (sinais e sintomas). Premissas: “O Processo Saúde-Doença” a) Tríade da História Natural da Doença (Relação entre três Elementos) Etiologia ou agente causador (Estímulo Nocivo ou causa) (Etiologia Importância Causas diretas, Indiretas e Colaborativas. Fisiologia , Fisiopatologia e Patogenia: Mecanismos São conhecimentos importantes para intervenção terapêutica.) 2Meio interno ou organismo (Determinante Biológico) 3Ambiente b)Saneamento Básico Condições ambientais artificiais adequadas para a manutenção da saúde na vida urbana ou rural. Abastecimento de Água . Esgoto, Lixo e etc... Processos Patológicos Inflamação- Resposta do organismo a um estimulo agressor...mais detalhes Infecção- Invasão de Patógenos provocando ou não uma lesão... mais detalhes Defeitos Congênitos e Genéticos... mais detalhes DOENÇA: Manifestações do Desequilíbrio do Estado de Saúde

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INJÚRIA e LESÃO: Trauma, Infecção, Isquemia, Toxidade. DISFUNÇÃO Carência de enzimas, proteínas ou vitaminas , genéticas ou nutricionais DESENVOLVIMENTO: Defeitos Congênitos e Genéticos, como mal formação, défcit de componentes ou estímulos ambientais, como gravidade, oxigênio, estímulos cognitivos ou para o desenvolvimento neuropsicomotor. Ex: Retardo do Desenvolvimento Neuro-psico Motor, Policitemia, Câncer 2- DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA Prof. Pablo Fabrício Flores Dias O estabelecimento de um processo de desequilíbrio do estado de saúde segue uma seqüência de eventos, conhecidos ou não. Aqueles processos patológicos com etiologia desconhecida são denominados “idiopáticos”. No entanto mesmo as doenças idiopáticas ou a maioria delas tem relação com eventos clínicos, epidemiológicos ou estatísticos constantes que nos fazem conjecturar sobre hipóteses e probabilidades para o surgimento, desenvolvimento, predisposição e prognóstico destas doenças. Por exemplo: Não conhecemos a causa exata da Psoríase, massabemos da sua apresentação clínica, sobre a pele, causando eritemas, sabemos que aparecem com mais freqüência em estados de estresse, que parecem involuir quando expostas a radiação Ultra Violeta(Sol) e alguns poucos casos evoluem para a artrite psoriática. Ainda mais longe sabemos que as pesquisas científicas em reumatologia e imunologia desvendaram um fenômeno imunológico denominado : Reação Auto Imune. (O próprio sistema imunológico reagindo contra células do corpo, realizando uma reação inflamatória). Embora não se saiba a natureza ou etiologia do mecanismo auto-imune que envolve a psoríase, sendo que já se teoriza a respeito, existem já medicamentos utilizados nos casos mais recrudescentes, principalmente com a evolução da artrite psoriática, com o uso de medicamentos que modulam a resposta imunológica (imunossupressores). Na realidade as doenças Reumatológicas, “in situs” são idiopáticas e a maior parte delas tem algum tratamento, mesmo que para controle dos sintomas, seja com medicamentos, Fisioterapia e etc. Isso se deve ao desenvolvimento da ciência em desvendar os todos os determinantes do processo saúde doença. Portanto para o estabelecimento, progressão e resolução do processo patológico ou de saúde, existem fatores determinantes seja nas doenças cujas etiologias sejam conhecidas ou idiopáticas. Determinantes Biológicos Porque o Sr. João e o Sr. Pedro fumaram tabaco durante 20 anos, 20 cigarros dia e tão somente o Sr João convalesce de Enfisema Pulmonar e Câncer de Pulmão? Este é um argumento muito freqüente dos tabagistas inveteráveis: “Fumo à trinta anos, fui ao médico e nas chapas não tinha uma fumacinha no meu pulmão.” Na verdade todo fumante está produzindo lesões no seu pulmão, em geral as substâncias tóxicas do cigarro causam danos oxidativos na via aérea e nosso organismo possui defesas anti-oxidantes que estão em prol de deter o processo oxidativo que leva ao enfisema por exemplo. Na realidade considerando o nosso processo de envelhecimento e a definição do fenômeno “Enfisema”(Bolhas de Ar, Destruição Alveolar e da Membrana Alvéolo Capilar) a tendência para todos, mesmo os não doentes ou não tabagistas é o envelhecimento dos alvéolos e da Membrana Alvéolo Capilar, levando a possibilidade os indivíduos com maior longevidade a desenvolverem uma condição denominada Enfisema Senil. Ainda assim indivíduos idosos não fumantes com a mesma idade podem desenvolver diferentes graus de Enfisema Senil. Então por que ocorre esta diversidade? Quanto aos fumantes, todos os tabagistas a longo prazo apresentam alterações pulmonares, porém a variação

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da gravidade destas alterações patológicas implicam em uma maior ou menor sintomatologia ou em padrões de alterações patológicas mais ou menos gritantes no raio X de tórax. Então podemos afirmar que aqueles que possuem menor alteração patológica no raio x , possuem uma predisposição biológica a resistir aos efeitos oxidantes, ou seja maior capacidade anti-oxidantes. Da mesma forma ocorre com o enfisema senil, pois durante o envelhecimento os efeitos oxidantes são melhor combatidos em algumas pessoas mais resistentes. Isto ocorre devido à diversidade biológica existente. As prrerrogativas genéticas são as propriedades que garantem os determinantes biológicos dos indivíduos, para características, doenças puramente hereditárias ou multifatoriais (genéticas e dependentes de fatores ambientais ). Determinantes Psico Sociais O conceito “Biopsicosocial” é na verdade um uníssomo, um sincício conceitual, pois determinantes psicosociais como a raiva, depressão, alegria, felicidade, interação e isolamento social, são intrínsicamente relacionados com determinantes biológicos. A infecção por HPV, por exemplo pode levar a uma metaplasia, no colo do útero, que pode evoluir em gravidade de acordo com os fatores emocionais da portadora como o estresse e a depressão. Por isso são contra indicações prescritas pelo ginecologista a uma paciente portadora de um NIC I, de colo de útero. Não obstante, influem ainda em questões de natureza comportamental. O afeto e a interação social e familiar desde a infância é fundamental para o desenvolvimento neuropsicomotor, se relacionando muitas vezes como hipóteses para distúrbios idiopáticos de comportamento como os distúrbios comportamentais penetrantes( Autismo, Doença Desintegrativa. Muitas vezes as interações psicosociais influenciam diretamente no desenvolvimento motor e em todas as aptidões, incluindo a inteligência e a cognição para o infante. As interações sociais mal sucedidas independente do meio social, seja em uma sala de aula, ambiente de trabalho, interação familiar, trazem comprometimentos claros e clinicamente influentes que podem ser realmente “determinantes no processo de cura ou recuperação de muitos estados nosológicos”. Na área da saúde do trabalho muitos autores relatam sobre a influência do meio social, mais precisamente falando na relação entre as pessoas; entre colegas (mal relacionamento), supervisores e operadores ou mesmo atendentes e clientes influenciando nas doenças musculoesqueléticas com relação laboral, denominadas DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado com o Trabalho), juntamente com outros fatores, como política de valorização, reconhecimento, respeito nas interações social , nível de integração entre as pessoas e obviamente a própria sobrecarga física, desencadeada pelo espaço físico inadequado, características ergonômicas entre outras causas. Em suma o homem é um ser social e a saúde social, influencia na emocional/psicológica que influencia na biológica/física, como reportam os quadros clínicos de várias doenças, tais como fibromialgia, estresse, depressão etecetera.

Determinantes Sócio Econômicos e Culturais Fatores como a renda familiar podem limitar o acesso a saúde devido ao investimento necessário para um tratamento médico específico ou aquisição de medicamentos e portanto influenciar no processo saúde doença. Na realidade uma condição financeira prejudicada prejudica muitas vezes este processo porque restringe também o acesso a educação e a nutrição. Em um país de muitos famintos como o Brasil, onde a educação fica a segundo plano, também se torna dificultosa a compreensão da população sobre cuidados básicos de higiene, profilaxia e prevenção. Muitas vezes devido a fatores culturais fica comprometida a adesão a

campanhas propostas pelo estado, algumas vezes mesmo quando o fator econômico não está em questão. Um exemplo típico é a disseminação em classes não carentes da idéia de que em relação heterossexual vaginal o homem não contrai o vírus da AIDS;ou a idéia de que sexo com preservativo não proporciona prazer . A adoção de modos de vida como na alimentação inadequada do “Fast Food”. Todos estes fatores corroboram para predisposições a doenças diversas. Determinantes Ambientais

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Pessoas expostas a poluição, radiação atmosférica, às más condições de saneamento básico, fumaça do cigarro em ambientes fechados como restaurantes, agentes tóxicos, infecciosos e radiações estão na realidade expostas a fatores predisponentes a doença, pois determinados fatores ambientais podem ser considerados estímulos nocivos. Ex. Trabalhadores de minas de carvão, tem uma predisposição incrível para um grupo de doenças pulmonares restritivas

denominadas pneumoconioses.

Moradores de cidades poluídas tendem a desenvolver problemas respiratórios e etc. É importante lembrar sobre a exposição

ambiental de agentes microbianos, como vírus, fungos , parasitas e bactérias, que podem causar comprometimentos graves a saúde. A Ecologia vem desenvolvendo um importante papel na atualidade através dos estudos recentes desenvolvidos por especialistas. Nestes estudos a devastação ambiental vem a demonstrar implicações sérias a saúde humana desde o aumento da exposição as radiações ultravioleta aumentando a incidência de câncer de pele, a disponibilidade de água potável e a disponibilidade de nutrientes para a manutenção da saúde. Critérios de Saúde Ambiental: Resumos críticos do conhecimento existente, expresso sempre que possível, quantitativamente, sobre os efeitos imediatos ou retardados que possam incidir sobre a saúde e o bem estar humano, em decorrência da presença de substâncias potencialmente nocivas no ar na água, no solo, nos alimentos e em outros produtos de consumo, assim como nos ambientes de trabalho, mas decorrentes também de fatores físicos como o ruído, as radiações ionizantes e não ionizantes, o calor, o frio e aumidade. Enviroment health crieteria 3 NÍVEIS DE PREVENÇÃO Prof. Pablo Fabrício Flores Dias

As ações preventivas podem ser exercidas em qualquer fase da história natural da doença, tanto no período pré-patogênico (quando as possibilidades de evitar o estabelecimento do estímulo-doença são maiores) como no período patogênico (quando já instalado o processo, procuramos interromper sua evolução e minimizar suas conseqüências).

PREVENÇÃO – É o conjunto de procedimentos que visam a proteger e melhorar a saúde de uma população e, portanto, sua qualidade de vida, seja impedindo a entrada da doença em áreas geográficas ainda livres, seja

protegendo a população de regiões onde a doença já ocorre. São tantas as causas envolvidas no processo doença e tal é a multiplicidade de

maneiras como atuam, que não podemos apoiar a profilaxia em um único procedimento ou ação preventiva como alguns chegam a indicar, invocando o emprego de vacinas como a solução final para todos os casos. Analisaremos as ações profiláticas segundo diferentes níveis de prevenção: Prevenção Primária: Nesse nível, encontram-se agrupadas as medidas ou ações especialmente destinadas ao período que antecede a ocorrência da doença. Dentre elas, destacam-se o saneamento básico, a vacinação e o controle de vetores, por exemplo. Significa evitar a ocorrência de uma doença, eliminando fatores de risco ou tratamento de lesões precursoras. “Prevenção Primária é definida como promoção de saúde e as prevenções de enfermidades ou

profilaxia.”PFFD

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Exemplos: � Uso de preservativos para evitar a infecção por DST (Doenças Sexualmente

Transmissíveis) � Uso de Capacete pelo Motociclista. Uso de cinto de segurança, airbag, capacetes e

outros dispositivos de segurança para ciclistas e motociclistas. � Uso de luvas para manipular material biológico. � Controle de vetores, vacinas, como a vacina para poliomielite. � Ginástica Laboral e Exercício Físico para aqueles que nunca tiveram tendinite,

diminuirá as possibilidades de que os mesmos desenvolvam a doença. Prevenção Secundária: Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já existentes e, em conseqüência, suas complicações. Os exames periódicos e o

auto-exame de mama, entre outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. "Prevenção secundária significa

prevenção da evolução das enfermidades através da

execução de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos."

PFFD. Exemplos:

� Um paciente com infecção por HPV (papiloma vírus

humano) no colo do útero com acompanhamento e orientação do ginecologista, pode evitar o câncer de colo de útero.

� Um paciente com tendinite em fase aguda, inicial, com o tratamento fisioterapêutico correto, pode evitar a piora que evolui para a diminuição dos movimentos do braço.

� Um paciente com AIDS, fazendo uso correto da medicação diminui as possibilidades de complicações, melhora a qualidade de vida e garante maior sobrevida.

� Um paciente que faz uso de soro antiofídico após sofrer uma picada de uma serpente peçonhenta.

Prevenção Terciária: Nesse último nível, os métodos se confundem com o tratamento ou a reabilitação. Ele engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou o controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. Fazem parte dessas medidas a fisioterapia, fisiatria, a terapia ocupacional e a colocação de próteses, por exemplo. Lida com a recuperação funcional de seqüelas, que muitas vezes são irreversíveis. Enfim, as medidas preventivas à nossa disposição são inúmeras, e muitas delas devem ser incorporadas ao nosso estilo ou hábito de vida porque certamente contribuem para a manutenção de nossa qualidade de vida.

“Prevenção Terciária engloba as atividades que possam contribuir para a manutenção da nossa saúde após o controle da doença”PFFD

Exemplos:

� Fisioterapia em um paciente vítima de um AVC; � Um paciente hipertenso, previamente diagnosticado, que tem monitoramento de

profissionais de saúde, exercício físico orientado, dieta adequada, é livrado das situações de estresse do cotidiano, terá uma evolução muito lenta da patologia, diminuindo incrivelmente as possíveis complicações da doença.

� Uso de corticóides por um paciente que sofreu um transplante de órgãos;

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� Uso de insulina por um paciente que sofre de diabetes; 4 OS RESULTADOS TERAPÊUTICOS Prof. Pablo Fabrício Flores Dias

O sucesso do tratamento, depende de todas as influências incidentes sobre o paciente, conforme demonstra a figura , a cerca do paciente e do respectivo resultado terapêutico, importa então a atuação da equipe de cuidados em saúde (verde), as orientações da equipe multidisciplinar(vermelho) e enfim a presença e acompanhamento da família e do próprio paciente (amarelo). O insucesso do tratamento muitas vezes denuncia a gravidade da doença, a debilidade orgânica do paciente ou mesmo a existência de um ponto de negligência existente entre ou intra os componentes do esquema aludido na figura. A família do paciente exerce papel fundamental podendo incentivar a interação do paciente ou mesmo desestimular, considerando que o fator econômico pesará da mesma forma que os determinantes de relação social e ou cultural para este grupo.

A adesão ao tratamento compreende o processo disciplinar integral ao método terapêutico a ser empregado. O método terapêutico preconizado deve sempre primar pelo embasamento e fundamentação científica, mas para que este processo tenha efeito dentro do espectro de benefícios almejado, a religiosidade na adoção das condutas prescritas é fundamental para o sucesso do tratamento. Fatores como a escolaridade e nível social dos familiares dificultam bem a adoção das medidas de cuidado a ser adotada pelo paciente ou mesmo dos cuidadores leigos, que em geral são os familiares dos pacientes. Muitas vezes temos um paciente e familiares dispostos a aderir corretamente ao tratamento, mas as orientações foram pessimamente administradas pelos profissionais e assim a adesão ao tratamento também pode ser comprometida. Muitas vezes um paciente é tratado de forma consecutiva ou simultânea por diferentes profissionais da área de saúde em cada especialidade. A correta interação entre os profissionais da saúde, a orientação e o encaminhamento para uma especialidade que fará o “follow up” ou seja o seguimento dos cuidados. Um lapso no encaminhamento de uma especialidade para outra poderá trazer seqüelas ou prejuízos a evolução do tratamento. Quando um paciente fratura a diáfise do fêmur (terço médio da coxa) e é operado para uma fixação com placa,por um cirurgião traumato-ortopedista, o mesmo deverá orientar o paciente sobre os cuidados, desde o curativo, retirada dos pontos, início do apoio do membro afetado (apoio parcial ou total), monitoramento do estado de consolidação do osso bem como encaminhamento ao fisioterapeuta que também poderá realizar as mesmas medidas de orientação, principalmente no que tangencia a utilização de órteses (muletas) para deambulação, bem como as orientações para marcha correta de acordo com a fase de consolidação conforme as demandas do paciente. Muitas vezes principalmente no sistema único de saúde (saúde pública), o médico não dispõe de tempo e ou paciência devido a má remuneração para produzir as orientações adequadas, e mesmo encaminhando a fisioterapia, muitas vezes esta não está disponível por falta de vagas e em suma o paciente não é bem orientado 5 ÉTICA NA SAÚDE Prof. Pablo Fabrício Flores Dias "Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e

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responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as conseqüências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins (empregar meios imorais para alcançar fins morais é

impossível), a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for moral ou injusto). A vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral. Para que se exerça tal poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida à vontade de um outro nem pode estar submetida aos instintos e às paixões, mas, ao contrário, deve ter poder sobre eles e elas. O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal

constituinte da existência ética." (SPOB - Dr. Heitor A. da Silva e Dra. Ivone Boechat). “Para que não haja problemas, as condutas de intervenção e diagnóstico profissional deve ser sempre realizada por um profissional legalmente habilitado para tal prática.” Direitos dos pacientes: Conforme a Cartilha dos Direitos do Paciente emitida pelo Conselho de Saúde do Estado de São Paulo:

“O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte dos profissionais de saúde”.

“O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome”, “não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas”. “O paciente tem direito à segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos e privados”. “O paciente tem direito de receber ou recusar assistência psicológica, social e religiosa”. A ética através da prática baseada em evidências “Praticar Medicina Baseada em Evidências significa integrar a experiência clínica com as melhores evidências disponíveis derivadas de pesquisas sistemáticas. É Uma forma nova de ensino e prática da medicina que atribui um papel menos destacado para o raciocínio fisiopatológico para a intuição e para a experiência clínica não sistematizada. Enfatiza o exame das evidências de pesquisas clínicas como instrumento adequado para a prática de uma medicina mais eficiente. Requer que o médico tenha novas habilidades tais como capacidade para elaborar questões clínicas corretamente, para realizar busca de respostas a estas questões, criticar a informação obtida através da aplicação de regras de evidência, capacidade de decisão com base nestas informações, mais que na opinião de autoridades ou em experiências não sistemáticas.” Em todas as outras profissões das Ciências da Saúde tem-se buscado a fundamentacão das técnicas de tratamento, condutas de manejo e intervenção, através da pesquisa. Através das pesquisas foi possível compreender melhor o funcionamento das estruturas biológicas em geral e portanto comprovar através de parâmetros , delineamentos metodológicos e análise de dados o efeito de diversas intervenções terapêuticas. O conhecimento dos mecanismos orgânicos possibilita através do raciocínio lógico de causa e efeito determinar os riscos, benefícios e efeitos colaterais de intervenções terapêuticas. Assim sendo a pesquisa contribui em muito para determinar a eficácia dos métodos terapêuticos a serem empregados. Condutas éticas com o paciente: Muitos profissionais em várias especialidades das ciências da saúde, tem condutas inapropriadas quanto a ética e mesmo a moral. Casos, como o do pediatra e psicanalista carioca, já a algum tempo em custódia, que enquanto medicava crianças com dormonid (um

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sedativo conhecido), abusava sexualmente destes pacientes, sempre do sexo masculino, documentando tais atos através de vídeo; ou do cirurgião plástico de Porto Alegre que abusava de suas pacientes sedadas. Na realidade nem sempre uma conduta antiética pode necessariamente acompanhar tal nível de gravidade. Alguns profissionais, muito frequentemente mentem sobre os efeitos fisiológicos e benefícios terapêuticos, conduzindo os pacientes que são leigos, a realizarem tratamentos ou pacotes terapêuticos, desnecessários, indevidos ou mesmo iatrogênicos. Premissas éticas importantes na relação com o paciente: a)Respeitar o libido do paciente, conquistando gradualmente a confiança técnica , ética e moral do paciente. Desta forma todo procedimento realizado deve ser explanado, fazendo com que o mesmo se mantenha sempre seguro. b) Manter registros, relatórios e evoluções clínicas do paciente sempre atualizadas. c) Não divulgar, em particular ou em público, quaisquer informes que tenham origem nas palavras dos pacientes, mesmo que estes tenham dito que os mesmos não eram segredáveis. Da mesma forma deve se manter em sigilo as informações clínicas ou de estudo clínico compartilhadas entre a equipe multidisciplinar , as quais forem obtidas em discussões clínicas, prontuários e relatos para atuação multi, inter ou transdisciplinar. d) Ética profissional: Regulamento tomado como consenso para se seguir de acordo com os conceitos morais intrínsecos específicos de cada profissão. Vide: Código de Ética Profissional f) Na massoterapia muitos profissionais de ambos os sexos tem reportado sobre ataques de assédio proveniente de pacientes ipsi ou contra-lateralmente de ambos os sexos. Quando tal fato ocorrer o profissional deve estar preparado para explicar os limites dos procedimentos exercidos de forma que não haja constrangimento ou que o constrangimento seja eufemisado pelo profissional, que em primeira instância deve ser claro quanto as intenções e “dar a volta“ na situação. Caso haja re-incidência, condutas mais duras devem ser tomadas, no intuito de preservar a integridade física e moral do profissional. g) Ter cuidado ao gerar aproximações emocionais com um paciente. Deve haver uma separação formal do profissional e do amigo, do profissional e do esposo. Deve-se utilizar de um ritual formal a ser incorporado para que haja uma sinalização da distinção destas partes do todo. Instrumentos como o tratamento pela titulação profissional, uso do jaleco ou uniforme, auxiliam neste ritual, mas o comportamento também deve modificar. Muitas condutas ou intervenções terapêuticas não são executadas por profissionais com membros de sua própria família para evitar a influência emocional ou mesmo a banalização da intervenção. h)É dever de cada profissional estadiar e admitir os limites de intervenção técnica e ética de sua profissão, encaminhando o paciente a um especialista de acordo com as necessidades clinicas específicas de cada situação, sempre explicando claramente ao paciente.. i)Nunca desacreditará ou menosprezará ao médico ou qualquer outro profissional de saúde, valorizando sempre o seu trabalho e quando houverem diagnósticos equivocados, os mesmos devem ser primariamente debatidos e discutidos com o profissional antes de trazer algum dolo moral do aludido profissional perante o paciente j)Ter cautela ao comentar casos de pacientes com outros pacientes mesmo com a intenção de encorajá-los, pois isto tanto foge da técnica quanto amedronta o paciente.

Condutas éticas na equipe multidiciplinar O conhecimento na área da saúde tem crescido de forma avassaladora nas últimas décadas, levando a um incremento considerável dos conteúdos, artigos e relatos clínicos ou científicos sobre as mais diversas especialidades e disciplinas em saúde. Desta forma cada vez mais um único problema de saúde em um dado paciente, tem merecido a assistência conjunta de vários profissionais. A atuação em mútua colaboração de vários profissionais em prol da recuperação de

um paciente torna necessário o estabelecimento de políticas éticas para o relacionamento entre estes profissionais, diminuindo assim possíveis atritos que possam interromper um sincronismo e uma harmonia que possam ser vitais para a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.

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“O paciente não tem dono: Todo profissional deve realizar e desejar o melhor para seu paciente, enquanto a intervenção, diagnóstico e mesmo encaminhamento a outros profissionais, mesmo que a sua intervenção tenha que ser suspensa, de forma temporária ou permanente. .” São premissas importantes a) Manter um bom relacionamento com os demais membros da equipe multidisciplinar em saúde. b) Nunca diminuir o respeito e a consideração técnica do paciente a um outro profissional. c) Nunca cercear o exercício profissional de outrem. d) Respeitar as normas internas, titulações, condutas éticas específicas e legislações, estabelecidas pela ordem, associação ou conselho profissional das demais profissões. f) Seguir as normas legais de sua própria profissão. g) Manter a humildade como uma ferramenta de diálogo entre a equipe de saúde, facilitando assim a troca de informações entre especialidades e disciplinas de saúde. ... Se fossemos apenas viventes biológicos, subordinados às leis do funcionamento dos sistemas vivos, não nos colocaríamos questões éticas, mas como existências conscientes e livres, tomamos sempre novas decisões e orientações: somos a única natureza que controla seu devir. Iatrogenia O Dicionário nos diz que iatrogenia é qualquer alteração patológica provocada no paciente por um procedimento médico errôneo ou inadvertido, isto é, feito sem reflexão. Esta definição exclui efeitos maléficos resultantes de ações médicas consideradas corretas como por exemplo, administrar Dipirona a uma pessoa com febre ou dor - Teoricamente pode acontecer uma reação anafilática letal em função deste ato correto. Mas como caracterizar que determinada conduta é correta? Em 1949, o cirurgião português EGAS MONIZ foi agraciado com o Prêmio NOBEL de Medicina por ter desenvolvido a técnica da LOBOTOMIA FRONTAL, amplamente usada em todo o mundo, mormente nos EUA, antes de ser abandonada e considerada incorreta e lesiva para os doentes mentais a que se propunha tratar. Centenas, provavelmente milhares de pessoas que foram submetidas a este tratamento ‘PSICO-CIRÚRGICO' ficaram com sequelas irreparáveis.No entanto muitos autores consideram iatrogenia as afecções iatrogênicas aquelas decorrentes da intervenção do médico, profissionais de saúde e/ou de seus auxiliares, seja ela certa ou errada, justificada ou não, mas da qual resultam conseqüências prejudiciais para a saúde do paciente (Carvalho-Filho e col.6, 1996). A iatrogenia adquire maior importância nos indivíduos idosos, nos quais tanto sua incidência como a intensidade de suas manifestações costumam ser mais acentuadas (Steel e col.27, 1981, Leape e col.18, 1991, Lefèvre e col.19, 1992), No Harvard Medical Malpractice Study, revisão de 30.000 prontuários médicos de 51 hospitais de Nova York mostrou que pacientes com mais de 65 anos de idade tiveram incidência de iatrogenia duas vezes maior em relação aos pacientes com 16 a 44 anos (Leape e col.18, 1991).

6 NÍVEIS DE RELAÇÃO E INTERAÇÃO PROFISSIONAL NA

SAÚDE Profª. Roberta Masina

Na área da saúde são estabelecidas diversas formas de interação e relação entre os profissional dos mais diversos setores envolvidos na saúde. A partir da compreensão destas relações poderá-se refletir quais são as mais apropriados e os que promovem melhores resultados para o tratamento dos pacientes. São classificadas quatro formas de relação profissional: multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplnaridade. Convém, antes de mais nada, estabelecer algumas aproximações sobre o termo disciplina

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e seus derivados inter, multi, pluri e trans. Segundo Japiassu (1976), é necessário precisar o sentido da disciplinaridade, examinando, em primeiro lugar, o que vem a ser uma disciplina.

Disciplinaridade significará, então, a exploração científica e especializada de determinado domínio homogêneo de estudo. O que nos permite evocar um conjunto sistemático e organizado de conhecimentos com características próprias em seus planos de ensino, de formação, dos métodos e das matérias. Tal exploração tem a finalidade de fazer surgir novos conhecimentos que irão substituir os antigos. Fazer equivaler disciplina e ciência serve, com propriedade, à finalidade de uma definição operacional para o termo disciplinaridade. Mas é preciso lembrar que toda ciência é uma disciplina, mas nem toda disciplina é uma ciência. E uma disciplina sempre depende da interação com outras diferentes disciplinas. Assim, é preciso estabelecer níveis de agrupamento para as disciplinas em contato.

O primeiro nível é o da multidisciplinaridade. Sua descrição geral evoca uma gama de disciplinas propostas simultaneamente, mas sem fazer aparecer diretamente as relações que podem existir entre elas. É um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; não há nenhuma cooperação entre as disciplinas (Japiassu, 1976). Pode-se pensar no seguinte exemplo: em um hospital, vários profissionais estão reunidos, mas trabalham isoladamente. O paciente passa por uma contagem de linfócitos, em seguida é atendido pelo oncologista e, finalmente, dirige-se à sala de quimioterapia. Neste caso não há contato entre os profissionais envolvidos no atendimento: o bioquímico da contagem de linfócitos, o médico oncologista e a enfermeira que cuida da quimioterapia não estão articulados entre si de modo que apareçam relações entre as disciplinas. A ausência de uma articulação não significa, no entanto, uma ausência de relação. O fato é que os profissionais, nesse caso, estão inseridos em um esquema automático, o qual não gera espaço para uma articulação como em outras modalidades da disciplinaridade (Iribarry, 2002).

O segundo nível é a pluridisciplinaridade. Sua descrição geral envolve a justaposição de diversas disciplinas situadas geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo que apareçam as relações existentes entre elas. É um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; há cooperação, mas sem coordenação (Japiassu, 1976). Quando, por exemplo, um paciente procura atendimento psiquiátrico e, após receber orientação e prescrição psicofarmacológica, é encaminhado, pelo próprio psiquiatra, a um psicólogo para um trabalho de psicoterapia. Os profissionais cooperam, mas não se articulam necessariamente de maneira coordenada. Nesse caso, a cooperação não é automática, mas cumpre a finalidade de estabelecer contatos entre os profissionais e suas áreas de conhecimento (Iribarry, 2002).

Na interdisciplinaridade, a descrição geral envolve uma axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas e definidas em um nível hierárquico imediatamente superior, o que introduz a noção de finalidade. É um tipo de sistema de dois níveis e de objetivos múltiplos com a coordenação procedendo de nível superior (Japiassu, 1976). Pode-se pensar no exemplo de uma equipe para atendimento ambulatorial de gestantes adolescentes de baixa renda. A equipe é formada por um médico pediatra, um médico psiquiatra, um psicólogo, um assistente social, uma psicopedagoga, uma enfermeira e uma secretária. Cada área mencionada agrega

ainda estudantes que realizam estágio no ambulatório. Todavia, o que prevalece é o saber médico, cabendo a coordenação e a tomada de decisão aos profissionais da área médica, que dirigem e orientam a equipe em seu trabalho (Iribarry, 2002).

Na transdisciplinaridade, a descrição geral envolve uma coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas em um sistema de ensino inovado, sobre a base de uma axiomática geral. É um tipo de sistema de níveis e objetivos múltiplos. A coordenação propõe uma finalidade comum dos sistemas (Japiassu, 1976). Numa equipe de posto de saúde, por exemplo, encontram-se diversos profissionais reunidos. Pode-se tomar como exemplo a equipe que recebe pacientes com problemas mentais. Esta equipe, muito provavelmente, reunirá profissionais como psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes

sociais, fonaudiólogos, fisioterapeutas, neurologistas, clínicos gerais, etc. Quando o paciente chega para uma avaliação todos irão assisti-lo e buscarão formular um diagnóstico acerca do caso. Para que esse diagnóstico seja dado em situação de transdisciplinaridade não basta apenas que cada profissional opine a partir de sua área e, finalmente, um tratamento seja indicado. Para que a configuração transdisciplinar seja alcançada é preciso que esses profissionais, fundamentalmente, estejam reciprocamente situados em sua área de origem e na área de cada um dos colegas (Iribarry, 2002).

Para que a configuração transdisciplinar se torne verdadeira é preciso que o psicólogo, por exemplo, seja introduzido na área de seu colega assistente social e na área de seu colega psiquiatra e vice-versa. Ademais, é preciso que cada problema não solucionado em uma das áreas seja levado para uma área vizinha e, assim, seja submetido à luz de um novo entendimento (Caon, 1998). Quando, hipoteticamente, um psicólogo

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percebe a insuficiência de seus paradigmas no trabalho com o autismo, ele poderá propor ao seu colega neurologista um desafio. Que ali onde a psicologia não consegue formular uma intervenção (e o que resulta disso é uma interrogação), a neurologia possa, com a ajuda das demais áreas que compõem a equipe, iluminar o caminho com alguma proposta de intervenção. Esta é a situação paradigmática para geração de novos dispositivos para o trabalho com o autismo, por exemplo. Todavia, é preciso que psicólogo e neurologista se coloquem humildemente à disposição um do outro e do caso, evitando demorar-se na comum posição de discutir algumas incompatibilidades que podem surgir entre as duas áreas. Nosso exemplo apresenta dois profissionais apenas, mas é importante salientar que isso vale para todos os encontros possíveis entre as áreas que compõem uma equipe de trabalho (Iribarry, 2002).

O Problema como Solução

Caon (1998) salienta que todo o problema não resolvido em uma área deve ser levado a uma área vizinha. Quando um pesquisador está às voltas com um problema não solucionado em sua área temática é preciso que a transdisciplinaridade seja evocada para instaurar um diálogo com outras áreas temáticas. Este diálogo deve promover trocas e aproximações entre os pesquisadores, de modo que o problema não solucionado possa ser compartilhado e, com isso, novas equações e soluções para o problema sejam geradas. Este é o verdadeiro sentido da produção de tecnologias em um domínio de diversidades representado pelo agrupamento de diferentes áreas de conhecimento (Caon, 1998). Assim sendo, a transdisciplinaridade é um dispositivo que faz avançar as relações entre as áreas de conhecimento. Se o problema não resolvido em uma determinada área de conhecimento é, como vimos acima, uma solução viável para o estabelecimento do diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento e pesquisa, então surge à frente daqueles que desejam levar adiante o desafio da transdisciplinaridade a necessidade de trabalhar em equipe.

Os Princípios Práticos da Transdisciplinaridade no Trabalho de Equipe

Uma equipe será transdisciplinar quando sua reunião congregar diversas especialidades com a finalidade de uma cooperação entre elas sem que uma coordenação se estabeleça a partir de um lugar fixo. É claro que isso gera, de saída, um problema. Como evitar a verticalidade de uma coordenação? Isto é, como evitar que uma especialidade se torne uma espécie de juiz no processo de tomada de decisão? Ora, a transdisciplinaridade deve ser encarada como meta a ser alcançada e nunca como algo pronto, como um modelo aplicável, e como um desafio que serve de parâmetro para que todos os membros da equipe estejam atentos para eventuais cristalizações e centralizações do poder

Para que o intercâmbio entre os pesquisadores seja transdisciplinar é preciso que os discursos – técnicos e ligados ao chamado jargão de cada área – sejam compartilhados (Iribarry, 2002). Mas não basta apenas levar ao colega aquelas palavras que em nosso campo são elementares. É preciso realizar um cuidadoso trabalho de tradução e explicação do que se deseja dizer em cada discurso das áreas envolvidas na situação de transdisciplinaridade. É preciso que o discurso de cada disciplina seja legível para as outras disciplinas envolvidas.

A tomada de decisão é o aspecto culminante de uma orientação transdisciplinar para o trabalho em equipe. É preciso que a decisão seja tomada sem que nenhum saber prevaleça sobre outro, por isso a necessidade de ser horizontal, numa linha em que todos os profissionais estejam reunidos e dêem a sua contribuição de maneira compartilhada (Iribarry, 2002). Na verdade, a tomada de decisão está ligada a um conjunto de decisões que emanam de todas as áreas implicadas no trabalho em equipe. Não se trata do que cada área acredita ser adequado para o caso, mas sim daquilo que o próprio caso irá demonstrar como urgente e necessário para cada área de conhecimento envolvida.

Resumo dos Níveis de Relação Profissional: Nível de Relação Relação Disciplinar Exemplos Multidisciplinaridade Não há cooperação,

esquema automatizado. Paciente vai ao hospital, realiza exame laboratorial, depois consulta com oncologista que o encaminha para a quimioterapia.

Pluridisciplinaridade Há cooperação mas não há coordenação nem articulação. Sem hierarquia.

Psiquiatra prescreve medicamento e indica acompanhamento psicológico com psicoterapia.

Interdisciplinaridade Há coordenação e cooperação. Com nível

Equipe de atendimento ambulatorial, com médico,

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7 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Profª. MariaLuiza Carvalho Echevenguá

História do SUS:

Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento, consolidando a lógica de cuidar da doença e não da saúde.

O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de 70 como forma de oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo partido de oposição da época — o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atual Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em meados da década de 70, com o fim do milagre econômico, ocorreu uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS. Em 1979 o general João Baptista Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e de fato a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de 1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de 80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.

A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do

hierárquico. pscicólogo, assistente social, secretária. O saber médico prevalece, cabendo a ele a tomada de decisões.

Transdisciplinaridade Todos articulam, troca de opiniões e diálogo. Sem hierarquia. Paciente não tem “dono”. Ideal a ser atingido.

Equipe de saúde reúne-se para discutir o caso do paciente, e juntos definem as melhores condutas a serem tomadas.

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Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Seu artigo 200 tinha como premissas:

- Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Princípios do SUS:

O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.

*Universalidade

"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente,

entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível

tornar todos sadios por força de lei.

*Integralidade

A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os

individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas

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(ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da

maioria.

*Eqüidade

Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no

entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam.

Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político

consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.

*Participação da comunidade

O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei

nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que

ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são

órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada

paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os

trabalhadores outro quarto.

*Descentralização político-administrativa

O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e

municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido

papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as

transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo

de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.

*Hierarquização e regionalização

Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve

ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas

quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência

entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada serviço de saúde

tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população.

Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de

abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.

Indicadores de Saúde:

Todo cidadão tem o direito de conhecer a situação de saúde do seu Município e da região onde reside. É através deste conhecimento que o cidadão pode, junto aos Conselhos de Saúde, reivindicar os seus direitos. Mortalidade Taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos geralmente para cada mil habitantes em uma dada região em um período de tempo.

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Foi o primeiro indicador usado. É fácil de operar: a morte é clara e objetivamente definida e cada óbito tem de ser registrado (nem sempre – ainda há cemitérios clandestinos em muitos pequenos municípios e especialmente óbitos de recém-nascidos deixam de ser registrados). Há numerosos indicadores baseados na mortalidade. Limitações · A morte é o último evento do processo saúde/doença e reflete imperfeitamente o processo. · Agravos/danos de baixa letalidade (dermatologia, oftalmologia, doença mental) são mal representados nas estatísticas de mortalidade. · Somente uma pequena parcela da população morre a cada ano (em geral, menos de 1%). Ao se estudar, por exemplo, a saúde escolar, morrem pouquíssimas crianças matriculadas na rede escolar. · Mudanças nas taxas ao longo do tempo são em geral muito pequenas e a mortalidade é pouco útil nas avaliações de curto e médio prazo. Morbidade É a taxa de portadores de determinada doença em relação ao números de habitantes sãos, em determinado local em determinado momento. É um conhecimento essencial, que permite: · Inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas. · Obter indicações para investigações de seus fatores determinantes. · A escolha de ações adequadas. · Conhecer mudanças numa situação de saúde no curto prazo (febre amarela no RJ). Indicadores relativos a serviços de saúde São muitos os indicadores relativos ao que ocorre na assistência à saúde. Eles podem ser agrupados em indicadores de insumos, de processo e de impacto. Indicadores de insumo: · Recursos humanos e materiais: número de médicos, dentistas, enfermeiros, leitos gerais, leitos de UTI, em geral por mil habitantes. Leitos de UTI neonatal por mil nascimentos. · Recursos financeiros: gastos com saúde no Brasil. Em geral calculam-se os gastos como porcentagem do PIB ou dividindo os gastos per capita. A maioria dos países do terceiro mundo (Brasil inclusive) gasta menos de 5% do PIB com saúde. · Distribuição dos recursos financeiros. Calcula -se qual a proporção dos recursos que vai para a atenção primária e qual a que vai para os demais níveis. Entre nós, enorme porção dos recursos vão para ações especializadas (curativas), nos hospitais de maior complexidade. Indicadores nutricionais As diferentes medidas de avaliação podem ser agrupadas em: · Avaliação indireta do estado nutricional - mortalidade de crianças de 1 a 4 anos - mortalidade infantil - mortalidade infantil tardia - renda per capita - disponibilidade de alimentos · Avaliação direta do estado nutricional - avaliações dietéticas (inquéritos dietéticos e cálculo de consumo de nutrie ntes) - avaliações clínicas (antropometria: peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico, pregas cutâneas, IMC) - avaliações laboratoriais (metabolismo do ferro, vitaminas lipossolúveis ou de acumulação) A dificuldade geral nestas últimas e estabelecer o “padrão de referência” ou o “ponto de corte” para os indicadores. Indicadores demográficos Além da mortalidade, as grandes variáveis demográficas são a natalidade, a fecundidade e as migrações. Os indicadores mais usados são a esperança de vida ao nascer, fecundidade, natalidade,a estrutura etária e a distribuição por sexo da população. A simples divisão da população nas faixas etárias zero a 14 anos (pop. jovem); 15 a 64 anos (pop.economicamente ativa) e 65 anos e mais (pop. idosa) serve de base para inferir o nível de vida:predomínio da população jovem sobre a idosa indica piores condições de vida e de saúde. Já o predomínio da população idosa sobre a jovem ocorre em populações de melhor nível de vida e saúde. Permite também estimar demandas: no primeiro caso por serviços de saúde

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materno-infantil,pré-natal, saúde da criança, unidades do ensino fundamental, ao passo que no segundo caso, a 8 expectativa é uma maior demanda por serviços de atenção cardiovascular, hospitalizações, medicamentos de uso contínuo, etc.. Indicadores ambientais Condições de moradia e do peridomicílio são estreitamente ligadas com o nível socioeconômico da população. Isso também se aplica em relação à cobertura e qualidade do saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgotos, de lixo e destinação das águas pluviais). É muito usada como indicador de saúde a proporção da população que dispõe de um sistema adequado de água, esgoto e lixo. Epidemiologia: Epidemiologia é uma ciência que estuda quantativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e seus factores condicionantes e determinantes, nas populações humanas. Prevalência

� Número total de casos existentes de uma doença, num determinado tempo. � A prevalência permite compreender o quanto é comum, ou rara, uma

determinada doença ou situação numa população. 8 REABILITAÇÃO FISICA – Prof. Pablo Fabrício Flores Dias e Est. Christina Grehs Conjunto de medidas multidisciplinares de intervenções diagnósticas e terapêuticas, adotadas em prol de restaurar, adquirir ou recuperar a aptidão funcional do indivíduo portador dos mais variados distúrbios clínicos e cinético-funcionais músculo-esqueléticos, visando na medida do possível, o mais rápido retorno as atividades de vida diária, capacidade de atuação profissional, desportiva ou re-estabelecimento do indivíduo a interação normal da comunidade o qual pertence. Os profissionais que atuam na área: Médico de diferentes especialidades, Enfermeiro e equipe de enfermagem, Quiropraxista, Cirurgião Dentista, Professor de Educação Física, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Psicólogo, Assistente Social e Massoterapêuta. Já, o médico fisiatra e o fisioterapeuta são os responsáveis técnicos da reabilitação física. Fisioterapia É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Esse profissional de saúde, possui formação acadêmica Superior, habilitado à construção do Diagnóstico Cinesiológico Funcional – que prescreve, planeja, ordena, analisa supervisiona e avalia os projetos fisioterapêuticos, a sua eficácia, sua resolutividade e as condições de alta do cliente submetido a esta prática.

O fisioterapêuta atua em: fisioterapia clínica, saúde coletiva, educação, indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico e esporte. Tem como especialidades conhecidas a Acupuntura, Quiropraxia, Osteopatia, Fisioterapia pneumo funcional, Fisioterapia neuro funcional e Fisioterapia traumato-ortopédica funcional.

Massoterapêuta

Trata-se de um agente de saúde que atua acima de tudo no cuidado humano, utilizando como forma de intervenção terapêutica a massagem manual, tendo formação básica generalística, atuando nas áreas, estética relaxante, desportiva e terapêutica, que pode atuar de forma autônoma como profissional liberal na forma que prescreve a lei (Lei Nº 3.968-1961) sob fiscalização da Vigilância Sanitária.

A. Autônomo em Gabinete próprio de acordo com as normas e limites impostos pela legislação e consensos profissionais.

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B. Associado: Vinculado à Clínica de Fisiatria, Fisioterapia ou Estética, sob supervisão de um Médico Fisiatra , Fisioterapeuta ou Médico Esteticista.

C. Gabinete Próprio: para atendimento como autônomo, nas áreas de massagem relaxante, estética, terapêutica holística ou aplicada a patologias musculoesqueléticas (neste caso encaminhamento por um profissional habilitado de acordo com a LEI Nº 3.968-1961).

D. Home Care: Atendimento a domicílio. E. Clínicas de Fisiatria, Fisioterapia e Reabilitação. F. Clínicas de Estética Médica ou Fisioterapêutica. G. Clínicas e Lares de Idosos. H. Institutos de Beleza e Estética. I. Clubes Esportivos e Academias ( Futebol, Volei, Basquete, Atletismo, Artes Marciais e

etc...)

Massoterapia

� Melhora de disfunções musculoesqueléticas. � Relação: Extresse x Imunidade. � Auto imunes e reumáticas. � Auxilia a controlar doenças cardiovasculares e circulatórias, que são agravadas com a

depressão.

Tipos :

� Estética � Relaxant � Desportiva � Terapêutica � Ocidental: Massagem Sueca Base Fisiológica Ocidental, Teoria da Comporta,

Hiperemia Reativa, Efeito Varredura, Liberação de Adesões e Aderências, pela biomecânica e a física da intervenção das manobras nos tecidos moles.

� Massagem Oriental: Medicina Taoista e Indu (Filosófica, Canais de Energia,Visa o Equilíbrio Energético, Yin Yang, 5 elementos, Chakras, Chi... )

Massagem em Reabilitação

� Técnicas de massagem que auxiliam no processo de reabilitação física, em conjunto com as intervenções de outros membros da equipe multidisciplinar em saúde, salvaguardando os limites de atuação profissional.

� Auxilia a combater processos decorrentes as seqüelas estabelecidas em pós operatórios ou traumas, como adesões, aderências, retrações e hipertrofias cicatriciais.

� Auxilia a diminuir a tensão muscular e a dor.

� Auxilia na liberação reflexa ou mecânica do movimento. � Auxiliar na recuperação física, através de técnicas de aplicação de massagem...

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� Aplicar procedimentos massoterápicos dentro de princípios científicos, técnicos, éticos e legais.

� Desenvolver ações que visem à promoção e recuperação da saúde postural e funcional,

� assumindo seu papel na equipe multidisciplinar de Saúde.

9 PROFISSÕES NA ÁREA DA SAÚDE – Prof. Bruno Garcia; Profª. Cintia Schneider; Est. Christina Grehs

PROFISSIONAL FORMAÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO Nutricionista (devidamente registrado no CRN de sua jurisdição)

Nutrição; Curso Superior (bacharelado);

Profissional que atua no âmbito das Ciências da Nutrição e Alimentação, fazendo o estudo, orientação e vigilância da nutrição e alimentação e intervindo nos domínios da adequação, qualidade e segurança alimentar.

Médico (devidamente registrado no CREME

Medicina; Curso Superior (bacharelado);

Profissional que atua na busca da saúde humana por meio de estudos, diagnósticos e tratamentos medicamentosos ou cirúrgicos;

Farmacêutico (devidamente registrado no CFF de sua jurisdição);

Farmácia ou Ciências Farmacêuticas; Curso Superior (bacharelado);.

Profissional que atua na produção, manipulação e dispensação de medicamentos;

Biomédico (devidamente registrado no CRBM de sua jurisdição)

Biomedicina; Curso Superior (bacharelado); Habilitações: Análises Clínicas Citopatologia Imagenologia Bromatologia Etc...

Profissional que conduz estudos e pesquisas no campo de interface entre medicina e biologia, voltada para a pesquisa das doenças humanas, seus fatores ambientais e eco-epidemiológicos, com intuito de encontrar suas causa, prevenção, diagnóstico e tratamento.

Técnico de Segurança do Trabalho (devidamente registrado na Secretaria de segurança e Saúde do Trabalho);

Segurança do Trabalho; Curso Técnico;

Profissional que atua na proteção do trabalhador no seu local de trabalho, no que se refere à questão da consciência e da higiene do trabalho. O seu objetivo básico envolve a prevenção de riscos e de acidentes nas actividades de trabalho visando a defesa da integridade do ser humano.

PROFISSIONAL FORMAÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO Assistente Social Curso Superior –

Graduação em Serviço Social

Desenvolve pesquisa, analisa e intervém na realidade social. Essa intervenção se dá junto a indivíduos, grupos, comunidades e diversas organizações sociais. Cabe a esse profissional a elaboração, implementação, execução e avaliação de serviços, programas, projetos e políticas sociais.

Fonoaudiólogo Curso Superior – Graduação Fonoaudiologia

Atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Além disso também trabalha com distúrbios na alimentação, como disfagia e outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como

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Especialidades Médicas Especialidade Atuação

Clínico Geral O médico se forma “Clínico Geral”, que é um generalista, ou seja, trata todas as patologias de uma forma geral. Este profissional pode realizar residências, até 3 anos, que o formaram um especialista em alguma área espcífica; estas residências são como uma pós-graduação, tornando o clínico geral, um especialista.

Angiologista

Realiza tratamento clínico das doenças que acometem vasos sangüíneos (artérias e veias) e vasos linfáticos. Atua em conjunto com a cirurgia vascular que se ocupa do tratamento cirúrgico das ditas doenças.

Oncologista Atua nas neoplasias (tumores malignos) e a forma de como essas doenças se desenvolvem no organismo, buscando seu tratamento.

Cardiologista Realiza o diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os outros componentes do sistema circulatório.

Coloproctologista Trata as doenças do intestino grosso (cólon), do reto e ânus.

Dermatologista Se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico das doenças que acometem a pele. A especialidade engloba ainda as doenças que acometem os anexos cutâneos: cabelos e unhas, bem como as mucosas (ex: boca e genitais).

Endocrinologista Trata do funcionamento dos hormônios no organismo humano.

Gastroenterologista Se ocupa do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças do aparelho digestivo.

Geriatra Se ocupa do estudo, prevenção e tratamento das doenças e da incapacidade em idades avançadas.

deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de voz.

Terapeuta Ocupacional Curso Superior – Graduação Terapia Ocupacional

Atua através da prevenção, habilitação ou da reabilitação. Por exemplo, uma pessoa com uma condição neurológica incapacitante como Alzheimer ou Parkinson que pode vir a perder a capacidade de escovar seus dentes sozinho, o terapeuta ocupacional irá trabalhar com ele preventivamente para que a sua força de preensão, alcance, coordenação seja preservada ao máximo, isso pode ser realizado através de atividades que simulem os mesmos movimentos utilizados para tal ato.

Quiropraxista Curso Superior – Graduação Quiropraxia

Restabelece o movimento apropriado às articulações que não estão se movendo adequadamente. Ajuda a restabelecer a biomecânica vertebral e melhorar o funcionamento do sistema nervoso.

Massoterapêuta Curso de Formação Profissional

Atua através de um grupo de técnicas e procedimentos terapêuticos naturais, não invasivos, tradicionais e contemporâneos, que tem como objetivo manter a saúde e prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção do bem estar e da melhor qualidade de vida, assim como, em ação conjunta e complementar com as técnicas terapêuticas da medicina oficial, propiciar uma prática de cooperação em níveis e estágios diferenciados, visando maior eficácia nos tratamentos de saúde.

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Médico do Trabalho Se ocupa da promoção e preservação da saúde do trabalhador. Avalia a capacidade do candidato a determinado trabalho e realiza reavaliações periódicas de sua saúde dando ênfase aos riscos ocupacionais aos quais este trabalhador trabalha exposto.

Nefrologista Se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, em especial o rim.

Neurologista Trata do sistema nervoso central, periférico,suas relações e os seus transtornos. Nutrologista Se dedica ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças do comportamento alimentar.

Os médicos nutrólogos não devem ser confundidos com nutricionistas. Oftalmologista Investiga e trata as doenças relacionadas com a visão e com os olhos e seus anexos.

Especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento das doenças e erros de refração apresentados pelo olho, trabalho este também realizado por optometristas. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão.

Ortopedista Cuida das doenças e deformidades dos ossos, músculos, ligamentos, articulações, enfim, relacionadas ao aparelho locomotor.

Traumatologista Lida com o trauma do aparelho músculo-esquelético.

Otorrinolaringologista Considerada uma das mais completas especialidades médicas, com características clínicas e cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais, faringe e laringe.

Pediatra Especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspectos, sejam eles preventivosou curativos.

Pneumologista Se ocupa do estudo das doenças pulmonares e do trato respiratório. Psiquiatra Lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças

mentais, sejam elas de cunho orgânico ou funcional, tais como depressão, doença bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade.

Reumatologista Se ocupa do estudo das doenças que acometem os tecidos conjuntivos. Urologista Trata do trato urinário de homens e mulheres e do sistema reprodutor dos homens.

10 QUESTIONÁRIO DE TEORIAS FUNDAMENTAIS DE SAÚDE

1 Cite e Explique os determinantes do processo saúde/doença, dando exemplos.

2 Defina saúde conforme a OMS.

3 Quais são os níveis de prevenção?

4 Considerando os níveis de relação profissional:

a) Qual é o mais apropriado? Justifique.

b) Diferencie os níveis.

5 O que significa Medicina Baseada em Evidências? Este termo é aplicável à massoterapia? Porque?

6 De acordo com as apostilas quais quesitos são importantes considerando a ética na saúde?

7 Qual é o conceito mais apropriado de Bioética na sua opinião?

8 O que é Iatrogenia ? Exemplifique.

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9 Diferencie Processo Inflamatório e Processo Infeccioso.

10 Disserte sobre os conteúdos assimilados nesta disciplina e as suas implicações para a massoterapia (mínimo de 12 linhas – máximo 40 linhas).

11 O que é disciplinaridade?

12 Quais são os níveis de relação profissional? Explique-os:

13 Qual é o nível de relação profissionais mais adequado?

14 Quais são as dificuldades para a viabilidade da transdisciplinaridade?

15 Quais os benefícios para o paciente da relação transdisciplinar em saúde?

16 Relacione a coluna:

a) Multidisciplinaridade

b) Pluridisciplinaridade

c) Interdisciplinaridade

d) Transdisciplinaridade

( ) Cooperação, mas sem coordenação; ( ) Profissionais reunidos, mas trabalham separadamente ( ) Há cooperação, coordenação, mas com nível hierárquico; ( ) Todos se ajudam, cada profissional tenha conhecimento sobre a área do colega; ( ) Sistema de dois níveis e objetivos múltiplos; ( ) Várias profissões juntas no mesmo nível hierárquico; ( ) Sistema de níveis e objetivos múltiplos; 17 Descreva com suas palavras:

a) Multidisciplinaridade ; b) Pluridisciplinaridade; c) Interdisciplinaridade; d) Transdisciplinaridade;

18 Qual dos níveis é o mais ideal? Por quê? 19 Quais os profissionais que podem atuar de maneira transdisciplinar na reabilitação músculo esquelética. 20 Além do médico fisiatra, qual outro profissional é responsável técnico na rebilitação. E qual habilidade é o diferencial desse profissional.

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21 Na sua opinião, o que é Reabilitação? 22 Qual o papel do massoterapêuta na reabilitação do paciente? 23