apostila de dinâmica ii - v26!11!2009

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    EsEsEsEs

    UnUnUnUnDep

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    DI

    ola Politcnica daola Politcnica daola Politcnica daola Politcnica da

    versidade deversidade deversidade deversidade de So PaSo PaSo PaSo Partamento de Engenharia

    l e Ocenica

    MICA DESISTEMAS II

    Material de Apoio

    Prof. Dr. Andr Lu

    lolololo

    s Condino Fujarra

  • 8/12/2019 Apostila de Dinmica II - V26!11!2009

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    Material de Apoio

    Dinmica de Sistemas II

    2

    1 2 s

    Verso Dat

    MateriDin

    Dept./Unidade Dat

    PNV/EPUSP Ago

    Disciplina oferecida pelUniversidade de So Pa

    em./2009 Texto em elaborao

    a Observaes

    al de Apoio:ica de Sistemas II

    Autor:

    sto de 2009 Prof. Dr. Andr Lus Con

    o programa de graduao da Escolaulo.

    Identifica

    oBibliogrfica

    0

    ino Fujarra

    Politcnica da

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    Material de Apoio

    Dinmica de Sistemas II

    Sumrio

    0

    SUMRIO

    1. PREFCIO .................................................................................................. 1

    2. ONDAS DE SUPERFCIE NO CONTEXTO DA ENGENHARIA NAVAL E

    OCENICA ........................................................................................................ 2

    3. CLASSIFICAO DOS COMPORTAMENTOS DINMICOS .................... 9

    3.1 Determinstico versus no-determinstico ................................................ 9

    3.2 Classificao dos comportamentos determinsticos .............................. 10

    3.2.1 O comportamento peridico senoidal ......................................... 11

    3.2.2 O comportamento peridico complexo. ...................................... 12

    3.2.3 O comportamento quase-peridico ............................................. 14

    3.2.4 O comportamento transiente....................................................... 15

    3.3 Classificao dos comportamentos no-determinsticos ....................... 16

    4. ASPECTOS PRELIMINARES DO MAR IRREGULAR .............................. 17

    5. PRIMEIRO CONJUNTO DE EXERCCIOS NUMRICOS ........................ 22

    5.1 Proposio geral .................................................................................... 22

    5.2 Proposio para este primeiro conjunto de exerccios .......................... 22

    5.3 Carregando e apresentando um registro de mar ................................... 22

    5.4 Identificao de perodos entre zeros ascendentes, mximos e mnimos

    ............................................................................................................... 25

    6. REFINAMENTO NAS ANLISES DO MAR IRREGULAR ....................... 30

    6.1 Parmetros e relaes importantes ....................................................... 30

    6.2 As distribuies de Gauss e Rayleigh.................................................... 33

    7. ESPECTRO DE ENERGIA ........................................................................ 36

    8. CONVERSO DO REGISTRO DE MAR EM ESPECTRO ........................ 42

    8.1 Aspectos gerais da anlise de Fourier ................................................... 42

    8.2 A anlise de Fourier discreta ................................................................. 43

    8.3 Exemplo de aplicao ............................................................................ 44

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    Dinmica de Sistemas II

    Sumrio

    1

    8.4 Alturas e perodos obtidos a partir do espectro de mar ......................... 48

    8.5 Os momentos espectrais ....................................................................... 50

    8.6 Exerccio proposto ................................................................................. 51

    8.6.1 Soluo baseada na definio dos momentos espectrais .......... 52

    8.6.2 Soluo baseada em analogias geomtricas.............................. 53

    9. ESPECTROS PADRONIZADOS DE MAR ................................................ 54

    9.1 Mar plenamente desenvolvido ............................................................... 54

    9.2 Forma geral dos espectros padronizados .............................................. 56

    9.3 Espectros usuais nas aplicaes navais e ocenicas............................ 579.3.1 Espectro de Pierson-Moskowitz .................................................. 57

    9.3.2 Espectro de Bretschneider .......................................................... 58

    9.3.3 Espectro ISSC ............................................................................ 59

    9.3.4 Espectro ITTC ............................................................................. 59

    9.3.5 Espectro JONSWAP ................................................................... 60

    9.4 Comparao entre os espectros padronizados ..................................... 61

    9.5 Aspectos prticos................................................................................... 62

    10. RESPOSTA EM EXCITAO ALEATRIA ............................................. 64

    10.1Anlises preliminares excitao regular .............................................. 64

    10.2Anlise do domnio da freqncia sobreposio de efeitos ................ 66

    10.3Parmetros importantes a partir do espectro de resposta ..................... 69

    10.4A composio de movimentos ............................................................... 70

    10.4.1 A composio de movimentos em ambiente matemtico ........... 73

    10.5O impacto da velocidade de avano ...................................................... 75

    11. FUNO DE TRANSFERNCIA .............................................................. 78

    11.1Obteno experimental .......................................................................... 79

    11.1.1 Exemplo experimental para a ITTC-SR192 em escala 1:105 ..... 80

    11.2Obteno numrica................................................................................ 83

    11.2.1 Exemplo numrico a partir do WAMIT ...................................... 85

    12. COMPORTAMENTO EM ONDAS DE UMA PLATAFORMA S-S ............. 86

    12.1Breve reviso da Teoria Linear de Ondas para guas profundas .......... 86

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    Dinmica de Sistemas II

    Sumrio

    2

    12.2Estimativa das foras hidrodinmicas .................................................... 88

    12.2.1 Foras reativas ........................................................................... 88

    12.2.2 Foras de excitao de onda ...................................................... 92

    12.3Equacionamento dinmico para a plataforma S-S ................................. 93

    12.3.1 Foras reativas ........................................................................... 93

    12.3.2 Foras de excitao nos pontoons ............................................. 94

    12.3.3 Foras de excitao nas colunas ................................................ 97

    12.3.4 Consideraes sobre o amortecimento viscoso .......................... 99

    12.3.5 Equaes do movimento............................................................. 99

    12.4Anlises com o auxlio do ambiente matemtico ................................. 100

    12.4.1 Construo analtico-numrica dos RAOs ................................ 100

    13. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 109

    14. EXERCCIOS PROPOSTOS ................................................................... 110

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    Captulo:Prefcio

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    1. PREFCIO

    (Redao ao trmino do texto)

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    Captulo:OndasdeSuperfcienoC

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    interesse, caracterizando-se por uma menor aleatoriedade e maior

    previsibilidade.

    Em se tratando das respostas1de um sistema tpico (fixo ou mvel) mediante a

    ao de uma condio de mar, sabe-se que sua determinao pode ser

    bastante dificultada por efeitos como: as no linearidades; a multiplicidade na

    direo de incidncia; a interao com outros agentes (por exemplo, a

    correnteza); a interao com outro(s) sistema(s) operando em proximidade;

    entre outros.

    Ainda que analisada a luz de simplificaes consistentes quanto a esses

    efeitos, estratgia pertinente para uma disciplina de graduao, a ao das

    condies de mar sobre o sistema em estudo pode trazer reflexos ou

    conseqncias (respostas) como: resistncia adicional ao sistema de fixao

    ao leito do mar; reduo da velocidade de avano, no caso de sistemas

    mveis; aumento do consumo de combustvel, quer seja para o avano, quer

    para a manuteno da posio; fadiga estrutural do sistema em estudo, bem

    como dos seus subsistemas de operao; abraso excessiva de partes

    estruturais prximas superfcie livre; paradas em virtude de solicitaes que

    excedam os limites de operao segura.

    Desta forma, em linhas gerais, buscar-se- responder duas questes

    fundamentais, quais sejam:

    1 Questo:Como caracterizar a condio de mar (excitao aleatria ou mar

    irregular) de uma maneira prtica e til para anlises e projetos?

    A esse respeito, a Figura 1 mostra a sobreposio de efeitos regulares nacomposio de um mar real e que, portanto, apresenta uma pista da estratgia

    a ser adotada para a caracterizao da condio de mar.

    Esta figura apresenta, inclusive, o aspecto da multiplicidade na direo de

    incidncia. Obviamente, como alertado, este comportamento de mltiplas

    incidncias no ser foco da presente disciplina, representando uma das

    1Aceleraes, velocidades, deslocamentos, deformaes, presses, carregamentos internos.

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:OndasdeSuperfcienoC

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    muitas simplificaes adotadas nesta disciplina introdutria de comportamento

    no mar de sistemas navais e ocenicos.

    Figura 1: Sobreposio de efeitos regulares na composio de um mar real.

    Fonte: Pierson, Newman e James

    2 Questo:Como obter a resposta do sistema, conhecendo seu comportamento e a

    prpria condio de mar que o est excitando?

    Neste caso, a Figura 2 d a pista. Nela notam-se duas possibilidades de se

    responder a essa questo. Uma referente a uma anlise no domnio do tempo e

    outra no domnio da frequncia, esta ltima caracterizada por ser mais prtica, e

    expedita.

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    Captulo:OndasdeSuperfcienoC

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    Fonte: Torgeir Moan - NTNU

    Fonte: Torgeir Moan - NTNU

    Figura 2: Anlises tpicas para o problema da excitao de mar agindo sobre

    sistemas em operao no mar: (a) no domnio do tempo e (b) no domnio da

    frequncia.

    A anlise no domnio da frequncia, foco da presente disciplina, prescinde da

    caracterizao da excitao aleatria na forma de seu Espectro de Mar, )(S ,

    (b) Anlise no Domnio da Freqncia

    )(zH

    1

    Funo deTransferncia

    )(zH

    Espectro de

    Mar, )(S

    Espectro deResposta,

    )(zS

    (a) Anlise no Domnio do Tempo

    SistemaExcitao

    de Mar

    Resposta

    do Sistema

    k

    m

    c

    F(t)

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    representao simplificada que corresponde distribuio da densidade de

    energia contida em cada uma das componentes regulares que por

    sobreposio de efeitos permitem sua reconstruo. Alm desta

    caracterizao, h que se conhecer a Funo de Transferncia do Sistema (por

    exemplo: a do movimento vertical, ou heave, )(zH ).

    De acordo com o arcabouo terico explorado em Dinmica I, trs regies so

    facilmente identificadas na funo de transferncia da Figura 2: A) na qual

    dominam os termos de restaurao do sistema; B) onde dominam os termos de

    dissipao e, finalmente, a regio C) cuja prevalncia refere-se aos termos

    inerciais do sistema.

    Com base em um tratamento, que no por acaso justamente a resposta para

    a 2 Questo desta disciplina, possvel chegar ao Espectro de Resposta do

    Sistema (neste exemplo, o espectro de resposta em heave), )(zS , que, de

    maneira anloga excitao, corresponder distribuio da densidade de

    energia contida em cada componente regular de resposta. Obviamente, dada a

    hiptese de linearidade assumida nas anlises, atravs da sobreposio deefeitos regulares tambm se pode recompor o registro da resposta irregular no

    domnio do tempo.

    Nas prximas sees deste texto ser apresentada a teoria, bem como as

    tcnicas, os aspectos importantes e exerccios que permitiro a compreenso

    do comportamento no mar de sistemas navais e ocenicos.

    Antes disso, a ttulo de curiosidade final do presente captulo de

    contextualizao, na Figura 3 apresentada uma seqncia de fotos, cadaqual referente a um estado de mar na escala Beaufort2 (de 1 a 12 em

    severidade).

    2Uma das primeiras escalas criadas para estimar a velocidade do vento e seus efeitos sobre a

    superfcie livre do mar foi criada por Sir Francis Beaufort (1774-1857). O Almirante britnico

    Beaufort desenvolveu essa escala em 1805 para auxiliar os marinheiros a estimar visualmente

    a fora do vento e as condies de mar respectivamente associadas a essa observao. A

    escala Beaufort, como conhecida, ainda usada at hoje escalonada de fora 0 (condiocalma de mar e vento) at fora 12 (condio equivalente passagem de um furaco).

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    Captulo:OndasdeSuperfcienoC

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    Figura 3: Fotos representando cada uma das condies de mar da escala

    Beaufort.

    Estas fotos, por sua vez, so acompanhadas das seguintes descries e

    especificaes para o uso do mar:

    ForceEquivalent Speed 10mabove the sea surface Description Specifications for use at sea

    Miles/hour Knots0 0-1 0-1 Calm Sea like a mirror.

    1 1-3 1-3 Light air

    Ripples with the appearance of

    scales are formed, but without foamcrests.

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    Captulo:OndasdeSuperfcienoC

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    2 4-7 4-6 Light Breeze

    Small wavelets, still short,but more pronounced. Crests havea glassy appearance and do not

    break.

    3 8-12 7-10 Gentle BreezeLarge wavelets. Crests begin tobreak. Foam of glassy appearance.Perhaps scattered white horses.

    4 13-18 11-16ModerateBreeze

    Small waves, becoming larger; fairlyfrequent white horses.

    5 19-24 17-21 Fresh Breeze

    Moderate waves, taking a morepronounced long form; many whitehorses are formed. Chance of somespray.

    6 25-31 22-27 Strong Breeze

    Large waves begin to form; thewhite foam crests are moreextensive everywhere. Probably

    some spray.

    7 32-38 28-33 Near Gale

    Sea heaps up and white foam frombreaking waves begins to be blownin streaks along the direction of thewind.

    8 39-46 34-40 Gale

    Moderately high waves of greaterlength; edges of crests begin tobreak into spindrift. The foam isblown in well-marked streaks alongthe direction of the wind.

    9 47-54 41-47 Severe Gale

    High waves. Dense streaks of foamalong the direction of the wind.Crests of waves begin to topple,tumble and roll over. Spray mayaffect visibility.

    10 55-63 48-55 Storm

    Very high waves with long over-hanging crests. The resulting foam,in great patches, is blown in densewhite streaks along the direction ofthe wind. On the whole the surfaceof the sea takes on a whiteappearance. The 'tumbling' of thesea becomes heavy and shock-like.Visibility affected.

    11 64-72 56-63 Violent Storm

    Exceptionally high waves (small

    and medium-size ships might be fora time lost to view behind thewaves). The sea is completelycovered with long white patches offoam lying along the direction of thewind. Everywhere the edges of thewave crests are blown into froth.Visibility affected.

    12 73-83 64-71 Hurricane

    The air is filled with foam and spray.Sea completely white with drivingspray; visibility very seriouslyaffected.

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    9

    3. CLASSIFICAO DOS COMPORTAMENTOS DINMICOS

    3.1 Determinstico versus no-determinstico

    Conforme mencionado no captulo anterior, a apresentao terica e

    respectivas anlises desenvolvidas neste texto tero como foco as excitaes

    de carter aleatrio (excitao de mar: ondas de superfcie).

    Antes disto, no entanto, cumpre caracterizar perfeitamente o que um

    comportamento no-determinstico, ou aleatrio, de uma grandeza sob anlise,

    descrevendo-o luz de uma comparao com o comportamento determinstico,

    usualmente estudado at o presente momento. Para tanto, sero utilizados osconceitos de fenmeno estacionrio e fenmeno ergdico, bem como os

    fundamentos de funes estatsticas baseados em anlises acerca das

    amplitudes da grandeza de interesse, vista no domnio do tempo e tambm no

    domnio da frequncia.

    Assim, considere que qualquer fenmeno fsico de interesse possa ser

    observado e registrado por uma grandeza pertinente e que, desta forma, seja

    passvel de uma classificao entre determinstico e no-determinstico.

    Determinsticos so aqueles fenmenos que permitem uma descrio atravs

    de relaes matemticas explcitas. Por exemplo, o sistema linear f ilustrado na

    Figura 2, formado pelo conjunto: massa mola amortecedor, pode ser

    aproximadamente descrito3pela seguinte relao matemtica:

    = , 0

    (1)

    Como a equao (1) define a exata localizao da massa para um dado

    instante de tempo, ento, pode-se dizer que o comportamento deste sistema

    determinstico.

    Conforme verificado em Dinmica I, existe uma srie de fenmenos, e em

    particular sistemas mecnicos, que podem ser classificados como

    determinsticos, visto serem aproximadamente bem representados por

    3Atravs das Leis da Mecnica ou de observaes repetidas.

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    Dinmica de Sistemas II

    equacionamentos mate

    ser contestada porque,

    robusto o suficiente par

    perturbaes, etc) iner

    adequados da preciso

    pode ser considerada co

    3.2 Classificao dos

    Em se tratando desubdivididos em peridic

    Conforme ilustrado na

    serem classificados em

    vez, os comportamento

    peridicos ou transie

    comportamentos pode o

    Figura 4: Class

    ticos explcitos. Obviamente, esta con

    de fato, nenhum equacionamento m

    considerar toda e qualquer variabilidad

    nte ao mundo fsico real. Porm,

    e de representatividade desejadas, est

    rreta.

    omportamentos determinsticos

    omportamentos determinsticos, esteos e no-peridicos.

    igura 4, os comportamentos peridicos

    uramente senoidais ou peridicos com

    s no-peridicos podem ser classifica

    ntes. Logicamente, qualquer combi

    correr.

    ificao dos comportamentos determin

    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    10

    iderao pode

    temtico ser

    (imprecises,

    ediante nveis

    a classificao

    s podem ser

    podem, ainda,

    lexos. Por sua

    os em quase-

    nao destes

    ticos.

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    11

    A seguir so descritas as caractersticas de cada um dos comportamentos

    determinsticos possveis.

    3.2.1 O comportamento peridico senoidal

    Comportamentos peridicos senoidais so aqueles passveis de representao

    atravs da seguinte funo varivel no tempo:

    = 2

    + ,

    : = 1 (2)

    Na prtica, o ngulo de fase pode ser ignorado para grande parte dasanlises.

    Notar que a representao deste comportamento peridico no domnio da

    freqncia profundamente mais sinttica, plenamente caracterizada apenas

    pela amplitude e a respectiva freqncia . Tal representao conhecidacomo espectro discreto ou, ainda, espectro linear.

    Figura 5: Registro temporal e respectivo espectro do comportamento senoidal.

    Trata-se de um comportamento bastante simples, comum a vrios fenmenos

    fsicos, dentre os quais, a oscilao do sistema massa-mola, intensamente

    explorado nas anlises durante a disciplina de Dinmica I.

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    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    12

    3.2.2 O comportamento peridico complexo.

    O comportamento determinstico conhecido como peridico complexo

    caracterizado por funes matemticas exatas definidas como na equao (3),

    ou seja, que se repetem em intervalos regulares. Estas funes podem ainda

    ser expandidas em sries de Fourier, como aquela apresentada na equao

    (4): = + , = 1 , 2 , 3 , (3)

    = 2 + 2 + 2 , : = 2 2 , =0,1,2,3, = 2 2 , =1,2,3, (4)

    Tambm neste caso, possvel identificar um perodo fundamental

    e,

    portanto, perceber que o comportamento senoidal um caso particular docomportamento peridico complexo.

    Outra maneira de apresentar a equao (4) caracteriza-se pela sobreposio

    de uma componente constante, = , e componentes senoidais,chamadas de harmnicos, definidos por amplitudes e respectivas fases .Desta forma:

    = + 2

    , : = + , = 1 , 2 , 3 , = , = 1 , 2 , 3 , (5)

    As fases, por sua vez, em geral so ignoradas e uma representao do

    comportamento peridico complexo pode ser apresentada como na Figura 6.

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:ClassificaodosCompo

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    Figura 6: Espectro do comportamento peridico complexo.

    H casos, no entanto, em que o perodo fundamento ausente, por exemplo:na sobreposio de trs comportamentos senoidais caracterizados

    respectivamente por freqncias de 60, 75 e 100Hz. Para este comportamento,

    a freqncia de 5Hz o maior mltiplo comum dentre aquelas que

    caracterizam o comportamento e, portanto, define o perodo fundamental do

    mesmo. =0,2.Portanto, a srie de Fourier que descreve este comportamento ter todos os

    valores de nulos, exceto para = 1 2, = 1 5e = 2 0.De fato, comportamentos peridicos complexos so mais comuns emfenmenos fsicos e os comportamentos senoidais acabam por representar

    apenas uma aproximao daqueles.

    Um bom exemplo de comportamento fsico com esta natureza diz respeito

    oscilao de uma corda. Excitada por uma flecha inicial no nula, esta estrutura

    ir exibir uma cascata de harmnicos.

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    14

    3.2.3 O comportamento quase-peridico

    Considere-se agora uma sobreposio de efeitos regulares, semelhante quela

    da seo anterior, porm caracterizada pela ausncia de um mximo mltiplo

    comum entre as freqncias que os definem. Em outras palavras, considere um

    comportamento ditado pela sobreposio de efeitos senoidais puros,

    caracterizados por freqncias prprias , de tal forma que, neste caso,qualquer um dos cocientes entre duas dessas freqncias resulte em um

    nmero irracional. Estas so condies para que um comportamento seja

    definido como quase-peridico.

    Assim, o comportamento determinstico ditado pela equao (6) definido

    como peridico complexo com perodo fundamento = =1: = 2 + + 5 + + 7 + . (6)Notar que os cocientes entre as freqncias componentes:

    , e , so todosnmeros racionais.

    Por outro lado, considere-se agora o comportamento determinstico

    caracterizado pela seguinte sobreposio de efeitos regulares:

    = 2 + + 5 + + 5 0 + . (7)Neste caso, o comportamento dito quase-peridico, pois os cocientes

    e

    so nmeros irracionais e, portanto, caracterizam um perodo fundamental

    infinitamente longo. Para este comportamento, no existir valor de quesatisfaa a equao (3).Comportamentos desta natureza geralmente acontecem quando h a

    sobreposio de dois ou mais efeitos no relacionados. Ainda assim, se os

    ngulos de fase forem ignorados, a equao (7) tambm pode ser

    representada no domnio da freqncia, de maneira anloga quela

    apresentada na Figura 6. A nica diferena ser que as freqncias

    componentes no estaro relacionadas por nmeros racionais.

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    15

    3.2.4 O comportamento transiente

    Transientes so comportamentos caracterizados pela ausncia de

    periodicidade e que tambm no podem ser classificados como quase-

    peridicos. Trs bons exemplos so:

    (a) O resfriamento de um recipiente contendo fluido aquecido.

    = , 0 = 0 , < 0 (8)

    (b) A oscilao livre de um sistema massa-mola-amortecedor (decaimento).

    = cos , 0 = 0 , < 0 (9)

    (c) O rompimento de um cabo sob trao.

    = , 0 = 0, < < 0 (10)

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    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:ClassificaodosCompo

    rtamentosDinmicos

    16

    Importante destacar que, ao contrrio dos comportamentos peridicos e quase-

    peridicos, os transientes no so passveis de uma representao espectral

    discreta.

    No caso dos comportamentos transientes, a representao no domnio da

    freqncia se far atravs de uma representao espectral contnua, valendo-

    se de uma Transformada de Fourier enunciada como: = . (11)De acordo com esta transformada,

    so nmeros complexos expressos em

    funo de uma magnitude ||e um argumento , de tal forma que:

    Maiores detalhes acerca desta representao sero apresentados em

    momento pertinente, mais adiante neste texto.

    3.3 Classificao dos comportamentos no-determinsticos

    (Em redao).

    = || . (12)

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    Captulo:AspectosPreliminaresdo

    marirregular

    17

    4. ASPECTOS PRELIMINARES DO MAR IRREGULAR

    Conforme mencionado, um mar irregular (mais adiante melhor caracterizado4

    como uma excitao aleatria, ou seja, no determinstica) pode ser

    representado pela superposio de muitas ondas regulares (excitaes

    harmnicas). De fato, a simples sobreposio de duas ondas regulares

    unidirecionais com diferentes velocidades e d mostra disso, ver Figura 7.

    Figura 7: Sobreposio simples de dois comportamentos regulares.

    Desta forma, assumindo um registro temporal suficientemente longo5 da

    elevao do mar irregular (considerando uma propagao unidirecional na

    4Mediante hipteses e consideraes pertinentes.

    5

    Suficiente para uma boa caracterizao com sendo um comportamento ergdico eestacionrio.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10-1

    -0.5

    0

    0.5

    1

    1

    Onda com velocidade c1

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10-1

    -0.5

    0

    0.5

    1

    2

    Onda com velocidade c2

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10-2

    -1

    0

    1

    2

    1

    +

    2

    Onda sobreposta

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    Dinmica de Sistemas II

    Alm disso, a cada inter

    e sua respectiva altur

    Figura 8: Procedimenzeros ascend

    A partir deste procedim

    onda identificadas, 150

    0,5m cada.

    Tabela 1: Anlise estat

    Intervalos deH [m]

    0,25 a 0,750,75 a 1,251,25 a 1,751,75 a 2,252,25 a 2,752,75 a 3,253,25 a 3,75

    3,75 a 4,25TOTAIS

    De uma maneira simpl

    mdiodessa onda irregu

    alo entre zeros ascendentes, correspo

    ,

    , com

    = 1 , 2 , 3 , .

    to de anlise estatstica simplificada. Identes, perodos e respectivas alturas de

    nto, possvel montar a Tabela 1, ond

    o total, so agrupadas em intervalos, p

    tica simples para o registro de mar irreg

    Valor

    aractersticodo Intervalo

    [m]

    Nmero deOcorrnciasno Intervalo

    0,5 15 0,1001,0 30 0,2001,5 55 0,3672,0 21 0,1402,5 14 0,0933,0 9 0,0603,5 5 0,033

    4,0 1 0,007150 1,000

    s, pode-se obter um valor estimado

    lar hipottica atravs da seguinte opera

    T = 1N

    Captulo:AspectosPreliminaresdo

    marirregular

    19

    de um perodo

    tificao denda.

    as alturas de

    or exemplo, de

    ular hipottico.

    0,1000,3000,6670,8070,9000,9600,993

    1,000

    ara o perodo

    o:

    (14)

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    Captulo:AspectosPreliminaresdo

    marirregular

    20

    Para a obteno de dados estatsticos acerca da altura de onda, no entanto, se

    faz necessria a definio de duas funes, a saber:

    a) A funo de densidade de probabilidade, , obtida com o quocienteentre o nmero de ocorrncias em cada intervalo pelo nmero total deocorrncias, Figura 9.

    Figura 9: Funo densidade de probabilidade para o mar irregular hipottico.

    b) A funo de distribuiodas alturas de onda, , obtida com base nasdensidades de probabilidade acumuladas, Figura 10.

    Figura 10: Funo de distribuio das alturas para o mar irregular hipottico.

    0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.50

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    0.25

    0.3

    0.35

    0.4Funo Densidade de Probabilidade

    H [m]

    f(H)

    0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 40.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1Funo de Distribuio

    H [m]

    F(H)

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    Captulo:AspectosPreliminaresdo

    marirregular

    21

    Com base nesses grficos torna-se possvel, ento, a obteno de informaes

    complementares do tipo:

    A probabilidade das alturas de onda superarem um determinado valor de

    referncia, : > =

    No exemplo, se >3,25, a probabilidade de serem encontradasondas com altura superior a esse valor ser de:

    >3,25 = 5 + 1150 =0,033+0,007=0,040 A altura mdia de onda, :

    = 0,515+ + 4 , 0 1150 =0,50,100+ +4,00,007=1,64 A altura significativa de onda, ou definida como a altura mdiaentre o tero de ondas com maiores alturas: = = 2,021+ + 4 , 0 1150 3 = 2,00,140+ +4,00,0071 3 =2,51

    A ttulo de curiosidade, a altura significativa um valor bem prximo da media

    entre as maiores ondas observadas por algum que se encontre na tarefa de

    acompanhar o comportamento da elevao de mar.

    Desta forma, juntamente com as probabilidades de ocorrncia > osprocedimentos de anlise sempre estaro preocupados em caracterizar duas

    grandezas principais do mar (regular ou irregular): uma relacionada com o

    aspecto temporal, no caso perodos e/ou freqncias; e outra relacionada com

    o aspecto intensidade, em particular alturas e/ou amplitudes de onda. Esta

    preocupao se faz tanto em procedimentos mais simples como os

    apresentados neste captulo, como naqueles mais elaborados, discutidos nos

    prximos.

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    Captulo:PrimeiroConjuntodeExe

    rcciosNumricos

    22

    5. PRIMEIRO CONJUNTO DE EXERCCIOS NUMRICOS

    5.1 Proposio geral

    Ao longo deste texto, e sempre que se fizer conveniente, sero realizados

    exerccios numricos explorando os contedos apresentados e, ao mesmo

    tempo, proporcionando ao leitor a oportunidade de, concomitantemente,

    explorar e aprender as funcionalidades bsicas de um programa de anlise

    tpico.

    No caso deste texto, sero exercitados os conceitos tericos atravs da

    ferramenta MatLab, disponvel aos alunos do curso de Engenharia Naval eOcenica da EPUSP. No entanto, importante deixar claro que qualquer um

    destes exerccios pode ser perfeitamente vertido para outros ambientes de

    anlise matemtica, dentre os quais podem ser citados: SciLab; Octave e

    mesmo o Excel; logicamente guardadas suas particularidades.

    5.2 Proposio para este primeiro conjunto de exerccios

    Neste primeiro conjunto de exerccio sero apresentadas funcionalidades

    voltadas principalmente aos seguintes pontos:

    Carregar um registro de mar padro em ambiente matemtico;

    Explorar este registro luz dos conceitos apresentados nas sees

    anteriores deste texto e, eventualmente, antecipar outros conceitos que

    venham a ser apresentados nas sees seguintes.

    5.3 Carregando e apresentando um registro de mar

    Como primeiro passo usual a aplicao de alguns comando no ambiente

    MatLab, que se encarregam de preparar: a Command Windowe o Workspace,

    bem como se desfazer de qualquer janela grfica disponvel. Os trs comandos

    que, respectivamente, se encarregam destas tarefas so:

    clcclear allclose all

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    23

    Em seguida, um registro temporal de elevao de mar, gravado no arquivo

    ExemploMar.txt, carregado e apresentado no ambiente matemtico atravs

    dos seguintes comandos:

    load 'ExemploMar.txt't = ExemploMar(:,1);el = ExemploMar(:,2);fig1 = figure('units','normalized','position',[.2 .2 .6 .6],...

    'color','w');plot(t,el,'k')xlabel('Tempo, t [s]')ylabel('Elevao, \eta(t) [cm]')

    O resultado apresentado como na Figura 11. Importante destacar tratar-se deum registro temporal de elevao de um mar gerado em tanque de provas

    fsico, em escala 1:100, ou seja, cada 1cm no grfico equivale a 1m em escala

    real.

    Figura 11: Apresentao grfica do exemplo de mar carregado no ambientematemtico.

    0 50 100 150 200 250-6

    -4

    -2

    0

    2

    4

    6

    8

    Tempo, t [s]

    Eleva

    o,

    (t)[cm

    ]

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    Ainda com base no exemplo de registro de mar possvel calcular o valor

    mdio das elevaes, subtraindo-o de todo os demais valores.

    Alm disso, pode-se tambm construir um histograma das elevaes, tomando-

    se como referncia o valor mximo absoluto da amostra, bem como uma

    classificao das elevaes segundo intervalos discretos de 0,5cm.

    Para tanto, so utilizadas as seguintes instrues:

    el_med = mean(el);el = el - el_med;el_max = ceil(max(abs(el)));discr = .5;

    el_hist = [-el_max:discr:el_max];fig2 = figure('units','normalized','position',[.2 .2 .6 .6],...'color','w');

    hist(el,el_hist);

    A Figura 12 ilustra o histograma obtido. Note que a distribuio tem uma

    caracterstica bastante parecida com um Distribuio de Gauss.

    Figura 12: Histograma das elevaes do exemplo de mar carregado.

    -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 80

    500

    1000

    1500

    Intervalos de Elevao, [cm]

    Nmero

    de

    Ocorr

    nc

    iasem

    ca

    da

    Interva

    lo

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    A ttulo de melhor a compreenso das funcionalidades at aqui apresentadas,

    sugere um estudo complementar via helpativo na Command Window. Assim,

    procure ler o contedo apresentado a partir da execuo do seguinte

    comoando:

    help clear all

    Repita esta estrutura, help , para os demais comandos utilizados at

    este ponto, so eles:

    close all

    clcloadfigureplotxlabelylabelbreakceilmaxabshistclfsubplotfind

    5.4 Identificao de perodos entre zeros ascendentes, mximos e

    mnimos

    Com base nos mesmos comandos iniciais para carregar o exemplo de registro

    de mar na rea de trabalho, pode-se, agora, estender as anlises em direo :

    Identificao dos perodos entre zeros ascendentes;

    Identificao dos valores mximos e mnimos dentro de cada um dessesperodos.

    Tais anlises se fazem a partir das seguintes linhas de comando:

    clear allclose allclc

    load 'ExemploMar.txt'[L,C] = size(ExemploMar);tamanho = L;

    t = ExemploMar(1:tamanho,1);el = ExemploMar(1:tamanho,2);el_med = mean(el);

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    Figura 13: Grficos co

    ascendentes, b

    Figura 14: Zoom da i

    0 50-6

    -4

    -2

    0

    2

    4

    6

    8

    Eleva

    o,

    (t)[cm

    ]

    0 50-6

    -4

    -2

    0

    2

    4

    68

    Eleva

    o,

    (t)[cm

    ]

    o exemplo de registro de mar. Identific

    m como mximos e mnimos em cada p

    entificao de zeros ascendentes (o

    ), mmnimos (*)

    100 150 200

    Tempo, t [s]

    100 150 200

    Tempo, t [s]

    Captulo:PrimeiroConjuntodeExe

    rcciosNumricos

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    o dos zeros

    erodo.

    ximos (*) e

    250

    250

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    rcciosNumricos

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    Finalmente, seguindo o mesmo procedimento apresentado no captulo 4 deste

    texto, pode-se construir uma representao grfica para a funo de densidade

    de probabilidade, , ver . Neste caso, no entanto, faz-se uma apresentaode, onde . Para tanto, devem ser utilizados as seguintes instrues:figure('units','normalized','position',[.2 .2 .6 .6],...

    'color','w');ampl_el = [el_maximos-el_minimos]/2;max_ampl_el = ceil(max(ampl_el));discr = 0.5;ampl_el_hist = [0:discr:max_ampl_el];hist(ampl_el,ampl_el_hist);xlabel('Elevao, \zeta(t) [cm]','fontsize',12)

    ylabel('Funo Densidade de Probabilidade, f(A = H/2)','fontsize',12)lim_abscissa = get(gca,'xlim');lim_abscissa(1) = 0;set(gca,'xlim',lim_abscissa);h = findobj(gca,'type','patch');set(h,'facecolor','w','edgecolor','k')

    Figura 15: Funo densidade de probabilidade para o exemplo de mar em

    estudo, neste caso: f(A = H/2).

    0 1 2 3 4 5 6 70

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    Elevao, (t) [cm]

    Funo

    Dens

    ida

    de

    de

    Pro

    ba

    bilida

    de,

    f(A=H

    /2)

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    Captulo:RefinamentonasAnlisesdoMarIrregular

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    6. REFINAMENTO NAS ANLISES DO MAR IRREGULAR

    6.1 Parmetros e relaes importantes

    Considere-se, agora, uma anlise mais completa e elaborada de um registro

    temporal de elevao de mar, Figura 16, que em virtude do carter longo, torna

    imperativa a utilizao de algoritmo computacional de apoio.

    Antes disso, porm, cumpre destacar que o carter longo a que se refere o

    pargrafo anterior est intrinsecamente relacionado ergodicidade do

    comportamento aleatrio, como forma de garantir que todos os efeitos de

    interesse estejam presentes na amostra considerada. Desta forma, assume-secomo longo o registro cujo tempo total seja igual ou superior a 100 vezes o

    maior perodo de interesse.

    Na prtica, registros de 15 a 20 minutos, tomados a uma taxa de amostragem

    de 0,5 segundo, so suficientes para uma caracterizao aproximada do

    estado de mar. Sabe-se, no entanto, que estados de mar reais tm perodo de

    durao da ordem de 3 horas, exigindo registros mais longos para uma

    caracterizao mais precisa. Aspecto semelhante norteia as anlisespermeadas pela presena de variao de mar e/ou coexistncia de um swell.

    Figura 16: Trecho de um registro temporal de mar irregular.

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    Captulo:RefinamentonasAnlisesdoMarIrregular

    31

    Naturalmente, com base neste registro suficientemente longo, possvel se

    definir uma elevao mdia,

    , para a elevao de mar. De acordo com

    incrementos iguais de tempo, , uma vez descontado o nvel mdio de todo oregistro, tem-se condies de identificar um nmero N de elevaes dasuperfcie livre.

    Ento, a partir destas elevaes, pode-se definir de maneira preliminar o desvio

    padro, , como sendo:

    De acordo com o ilustrado na Figura 17, possvel construir uma funo

    densidade de probabilidade para as elevaes de onda, f, obedecendo aseguinte formulao:

    Figura 17: Densidades de probabilidade das elevaes de mar, .

    = 1 1 (15)

    fd = 1, 0

    (16)

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    Captulo:RefinamentonasAnlisesdoMarIrregular

    32

    Assim, a partir do registro de elevao original e da definio da funo

    densidade de probabilidade, pode-se tambm enunciar a elevao mdia do

    mar irregular com sendo o valor que coincide com o centride da rea sob acurva f, ou seja:

    Alm deste parmetro importante do mar, possvel definir outro, o valor

    quadrtico mdio:

    Note que, mantendo a analogia geomtrica, o valor quadrtico mdio

    corresponde ao momento de inrcia da rea sob a curva fcom relao aovalor nulo de elevao,

    = 0 . Desta forma, a varincia da elevao do mar,

    , definida como o valor quadrtico mdio com relao mdia , ser:

    E, portanto, possvel se estabelecer uma relao direta entre o desvio padro

    do mar, , fcil de se obter a partir do registro temporal, e os parmetros devalor quadrtico mdio, , de elevao mdia quadrtica, , ou seja:

    Importante verificar que se a elevao mdia for nula, = 0, o desvio padrodas elevaes de mar ser absolutamente igual raiz do valor quadrtico

    = f (17)

    = f (18)

    = f =

    f 2

    f + f

    = 2 + = (19)

    = (20)

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    33

    mdio,

    = , este ltimo tambm conhecido como valor RMS Root Mean

    Square.

    6.2 As distribuies de Gauss e Rayleigh

    As distribuies de Gauss e Rayleigh certamente so de ocorrncia freqente

    na natureza. No obstante, os prprios exerccios at aqui apresentados deram

    indcios de que as distribuies de elevao e de amplitudes de elevao esto

    respectivamente relacionadas com as mesmas.

    Assim, a densidade de probabilidade das elevaes de mar irregular, pode ser

    aproximadamente6considerada como sendo uma distribuio de Gauss, bem

    estabelecida no entorno de um valor mdio de elevao, , atravs da seguinteequao:

    Portanto, o desvio padro mede a disperso em torno do valor mdio da

    elevao e, quanto menor seu valor, melhor ser a considerao de uma

    distribuio gaussiana de banda estreita. Outra definio para este ltimo

    aspecto ser apresentada aps a definio dos momentos espectrais.

    Neste caso, de maneira mais precisa que aquela apresentada no captulo 4,

    pode-se definir a probabilidade de ocorrncia de um determinado valor de

    elevao de onda como sendo:

    6 Na realidade, h alguma discrepncia nas extremidades dessa distribuio, explicada por

    efeitos no-lineares que tendem a aumentar as cristas das ondas e concomitantemente

    achatar suas cavas. Portanto, deslocando a funo densidade de probabilidade daselevaes no sentido positivo dos valores.

    = 12

    2 (21)

    + = 12 2

    (22)

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    Captulo:RefinamentonasAnlisesdoMarIrregular

    34

    comum a definio de intervalos a partir de propores inteiras do desvio

    padro, dentro dos quais possvel garantir uma probabilidade de ocorrncia

    das elevaes de mar. Assim, pode-se dizer que provvel que 68,3% dos

    valores de elevao registrados em uma amostra temporal estejam dentro de

    um intervalo de , +. Respectivamente, tratando-se apenas de valorespositivos ||, possvel que 31,7% desses valores estejam acima de . Atraz este e outros intervalos definidos a partir de mltiplos do desvio padro.

    Tabela 2: Probabilidades das ocorrncias de elevao de mar em intervalosmltiplos do desvio padro.

    + || > 1 68,3% 31,7%2 95,4% 4,6%3 99,7% 0,3%

    Por outro lado, levando-se em considerao apenas as amplitudes dentro deciclos completos de variao da elevao da superfcie livre, , porconseqncia, restringindo-se apenas a valores positivos, a densidade de

    probabilidade ser caracterizada por uma distribuio de Rayleigh,definida como:

    Graficamente, a Figura 18 ilustra a distribuio de Rayleigh para as amplitudes

    de elevao do mar. Neste caso, o valor mdio das amplitudesser:

    E o valor quadrtico mdio das amplitudesdado por:

    =

    2 , com 0 (23)

    = =

    2 = 2 (24)

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    Captulo:EspectrodeEnergia

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    7. ESPECTRO DE ENERGIA

    O leitor j deve ter percebido que as anlises tecidas at este ponto do texto,em sua maioria, seno totalidade, tm se concentrado no domnio do tempo.

    Definies e parmetros tm sido apresentados com base em variaes

    temporais da grandeza de interesse, no caso a elevao de mar, bem como em

    funo de perodos caractersticos para a descrio das mesmas.

    Assim sendo, deste ponto em diante, cumpre estabelecer relaes entre essas

    anlises no domnio do tempo e aquelas desenvolvidas no domnio da

    freqncia.Parta tanto, ser tomada como premissa bsica a reciprocidade entre perodos

    e freqncias = 2 , de tal forma que se possam apresentar novosaspectos e definies, permitindo relao direta entre os dois domnios.

    Ento, mais uma vez, considere-se o registro temporal suficientemente longo

    da elevao de mar irregular ilustrado na Figura 16.

    Com base na linearidade das anlises e representaes j apresentadas,

    considere-se tambm que o princpio da sobreposio de efeitos regulares seja

    possvel, conforme estabelecido atravs da equao (13); e que, ao menos

    para efeitos de projeto, sua representao aproximada seja feita por uma srie

    de Fourier do tipo:

    Com relao a esta representao, importante destacar que:

    Maiores detalhes quanto obteno dos coeficientes e da sriesero trazidos em momento oportuno deste texto;

    Conforme definido no captulo 3, trata-se de um comportamento

    complexo peridico, portanto determinstico, caracterizado pela

    sobreposio de efeitos harmnicos definidos por freqncias

    = cos

    + sen (27)

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    mltiplas da freqncia fundamental = 2 , onde o tempototal do registro considerado;

    Por hiptese, acrescentou-se a considerao de que este registro

    tenha mdia nula, da a srie se iniciar em = 1.De fato, representao mais precisa da aleatoriedade intrnseca do mar

    irregular seria possvel atravs da adoo de propriedades estatsticas, em

    particular a distribuio Gaussiana de banda estreita para as elevaes, que no

    domnio da freqncia se refletiria em uma distribuio de energia adequada

    em cada raia das componentes harmnicas, , compondo a srie daequao (27).Com base nesta representao, a energia total (por unidade de rea)

    contida em um registro infinito de mar de uma dada regio seria dada

    por:

    Seguindo (Chakrabarti, 2001), por conta da aleatoriedade intrnseca do mar,

    uma representao melhor do mesmo prescinde da generalizao da equao

    (27), a qual se faz atravs de coeficientes e que no mais advenhamde uma anlise de Fourier, mas de variaes contnuas com respeito

    freqncia, dadas por:

    Desta forma, a equao que descreve a elevao do mar pode ser reescrita de

    uma maneira mais precisa como:

    =12

    1

    , (28)

    = cos = sen , (29)

    = 1 cos cos + 1 sen sen

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    Para esta deduo importante lembrar que:

    Combinando as equaes (28) e (30) chega-se, ento, a uma nova equao

    para a energia total contida no mar, qual seja:

    Trabalhando matematicamente:

    Ou:

    Portanto, comparando as equaes (28) e (34), chega-se igualdade do

    Teorema de Parseval, que da origem ao conceito de espectro de energia demar:

    =1 cos + sen

    = cos + sen = 1 cos + sen (30)

    = 1 cos

    = 1 sen = 2 ; 1 = = 2 = (31)

    = 2 1 1 c o s + sen (32)

    = 2 1 cos + sen (33)

    = 2 1 + = 2 1 (34)

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    Posto que por hiptese = 0, assumindo a definio de varincia daselevaespara um registro de tempo :

    O que, por sua vez, permite definir a energia mdia por unidade de rea como:

    De onde emerge a definio de densidade espectral de energia, , definidacomo:

    De tal forma que a energia mdia de mar pode ser reescrita como:

    Note que, no caso do Sistema Internacional SI, a dimenso da densidade

    espectral de energia,

    , ser

    .

    Importante destacar tambm que, em termos prticos, sero realizadas

    anlises a partir de registros tomadas em um intervalo finito de tempo . Destaforma, conveniente redefinir a densidade espectral de energia a partir das

    amplitudes das componentes harmnicas que compem a srie de Fourier

    aproximada, ou seja:

    =1

    (35)

    = = 1 (36)

    = 1 = 12 (37)

    = (38)

    = 12 (39)

    = 2 (40)

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    A Figura 1Figura 19 traz uma representao grfica para o processo de

    transcrio de um registro de mar tomado no domnio do tempo para o

    respectivo espectro no domnio da freqncia. Notar que as densidades

    espectrais de energia, , so proporcionais e, neste caso, = diz respeito a n-sima componente harmnica advinda da anlise deFourier.

    Figura 19: Transcrio do domnio do tempo para o domnio da freqncia.

    Adaptado de (Journe, 2001).

    Na representao apresentada, os valores espectrais so baseados emfreqncias angulares e no devem ser os mesmos quando .De fato, para uma correta converso deve-se assumir que as energias contidas

    em cada uma das representaes espectrais seja a mesma, ou seja:

    = = 2 (41)

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    8. CONVERSO DO REGISTRO DE MAR EM ESPECTRO

    8.1 Aspectos gerais da anlise de Fourier

    A converso da elevao de mar (onda irregular) em espectro requer sua

    decomposio em componentes regulares. Obviamente, este procedimento

    parte do pressuposto que as hipteses fundamentais at aqui discutidas sejam

    atendidas, como forma de garantir que esta representao no domnio da

    freqncia seja fiel s caractersticas estatsticas da excitao aleatria em

    considerao.

    Para tanto, faz-se uso da srie de Fourier, capaz de representar qualquerfuno peridica no tempo em uma sobreposio linear de efeitos regulares.

    Lembrar que esta representao pressupe um comportamento estacionrio e

    ergdico (tempo total de registro, , suficientemente longo para garantir quetodas as causas de interesse estejam estatisticamente presentes).

    Segundo esta anlise de Fourier:

    A respeito da equao (43) note que:

    As freqncias so mltiplos inteiros da freqncia fundamental = 2 ; Trata-se de uma representao no domnio dos nmeros complexos,

    onde os coeficientes e so respectivamente obtidos a partir de:

    O coeficiente

    diz respeito ao valor mdio da elevao, dado por:

    = + cos2 + sin2 (43)

    = 2 cos

    = 2 sen

    , = 1, 2, 3, , (44)

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    Obviamente, por definio, nulo. Alm disso, se por hiptese forassumido um registro de mar com mdia nula, tambm o ser.

    Desta forma, pode-se dizer que a elevao um mar qualquer, de mdia nula e

    registrada por um tempo suficientemente longo, pode ser expressa por uma

    funo contnua dada pela sobreposio linear de um nmero infinito de efeitosregulares. Outra maneira de apresentar esta sobreposio dada pela

    equao (46):

    8.2 A anlise de Fourier discreta

    Na prtica, sabe-se que o registro de elevao de mar colhido de maneira

    discreta, mediante uma freqncia de amostragem:

    Onde: o nmero de medidas registradas da elevao.Neste caso, os coeficientes da srie de Fourier podem ser obtidos atravs de

    um algoritmo expedito de anlise, largamente conhecido como Fast Fourier

    Transform FFT, segundo o qual possvel a transcrio do registro temporal

    de mar para a seguinte forma:

    = 1

    (45)

    = cos2 , :

    = 2

    +

    = . (46)

    = , (47)

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    stem(frs,Sf_fft,'sk','fill','linewidth',2)xlabel('Freqncia, f','fontsize',12)ylabel('abs( fft( \zeta ) / N)','fontsize',12)

    set(gcf,'unit','normalized','position',[.1 .1 .8 .8],'color','w')set(gca,'fontname','arial','fontsize',12,'ylim',[0 (A+2)])

    Figura 20: Exemplo de anlise de Fourier. No alto apresentado o registro de

    mar regular ( = 2e = 2 ); ao centro apresentado o resultado a aplicaoda funo FFT e, abaixo, o respectivo espectro de mar.

    Importante notar que:

    Os incrementos em freqncias so dados por: = 1 ; Conforme esperado, comparece na representao grfica /funo deuma contribuio exatamente em = 1 2 .

    Entretanto, outros aspectos podem causar estranheza ao leitor e, no intuito de

    dirimir eventuais dvidas que possam gerar, so discutidos em profundidade

    nos prximos pargrafos.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10-3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    Tempo, t

    Eleva

    o

    do

    Mar,

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100

    1

    2

    3

    4

    Freqncia, f

    abs

    (fft()/N)

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100

    5

    10

    15

    20

    Freqncia, f

    Espec

    tro

    de

    Mar,

    S

    (f)

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    A primeira constatao aparentemente estranha que decorre da observao do

    grfico central da Figura 20 diz respeito s amplitudes das componentes

    identificadas. Percebe-se que h uma simetria com relao freqncia central

    do grfico, de acordo com a qual, so notadas componentes em =0,5 9,5, cada uma com metade da amplitudeoriginal.Esta aparente inconsistncia decorre da prpria teoria da amostragem,

    segundo a qual, dada uma taxa de aquisio fixa impossvel distinguir a que

    registro a amostra se refere:

    componente de menor freqncia, no caso exemplo, em

    0,5;

    Ou componente simtrica em relao freqncia mdia, neste caso9,5.De fato, as linhas de comando abaixo ilustram este problema, apresentando

    como resultado a Figura 21.

    % Frequncias de Aliasingto = 0;tf = 10;t = linspace(to,tf,10000);

    t_discreto = linspace(to,tf,100);el_interesse = A/2*sin(2*pi*1/T*t);el_aliasing = A/2*sin(2*pi*(10-1/T)*t);el_int_discr = A/2*sin(2*pi*1/T*t_discreto);el_ali_discr = A/2*sin(2*pi*(10-1/T)*t_discreto);figureplot(t,el_interesse,'k',t,el_aliasing,'k:',...

    t_discreto,el_int_discr,'ko',t_discreto,el_ali_discr,'k*')xlabel('Tempo, t','fontsize',12)ylabel('Elevao do Mar, \zeta','fontsize',12)set(gcf,'unit','normalized','position',[.1 .1 .8 .8],'color','w')set(gca,'fontname','arial','fontsize',12,...

    'xlim',[0 3],'ylim',[-(A+1) (A+1)])

    De acordo com esta figura, percebe-se que uma mesma taxa de amostragem

    pode suscitar dois vetores de valores registrados: um referente a um

    comportamento de interesse (o de menor freqncia) e outro referente a um

    comportamento sem interesse para as anlises (o de maior freqncia). Note

    que a taxa de amostragem fornece leituras vlidas para ambos os casos.

    Com base neste aspecto, o que se faz em termos prticos garantir que todos

    os efeitos regulares de interesse se encontrem esquerda da freqncia

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    central, por este motivo tambm conhecida como freqncia de corte, = 2 =1/2

    .

    Figura 21: Reflexo da amostragem. Comportamento de interesse versus

    comportamento sem interesse (problema de aliasing).

    Desta forma, garante-se que todas as freqncias direita de

    no sejam de

    interesse, visto estarem relacionadas ao problema de aliasing, ou seja, de

    amostragem insuficiente. A partir da teoria de processamento de sinais

    possvel mostrar que se um registro temporal for colhido a uma taxa de

    amostragem no mnimo 2 vezes maior que a mxima freqncia de interesse,

    todos os efeitos importantes estaro presentes esquerda da freqncia de

    corte (Teorema de Nyquist-Shannon). Desta forma, define a mximafreqncia detectada com a anlise de Fourier e tambm conhecida como

    freqncia de Nyquist.

    0 0.5 1 1.5 2 2.5 3-3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    Tempo, t

    Eleva

    o

    do

    Mar,

    Comportamento Contnuo DE InteresseComportamento Contnuo SEM InteresseRegistro Amostrado do Comportamento DE InteresseRegistro Amostrado do Comportamento SEM Interesse

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    A partir destas consideraes, possvel construir o espectro do registro de

    interesse, bastando transformar os valores de

    / em densidades

    espectrais de energia atravs da relao estabelecida pela equao (40),

    considerando valores dobrados para as componentes esquerda da

    freqncia de corte ou Nyquist.

    As linhas de comando que se seguem permitem a composio do grfico mais

    abaixo na Figura 20.

    Com relao aos resultados importante destacar que, de fato, a densidade

    espectral de energia em

    = 0,5no atinge o valor esperado de:

    = 2 = 20 No entanto, aproxima-se muito deste valor em funo do tempo total de registro

    e do nmero de amostras colhidas. Assim, a densidade espectral se

    aproximar mais do valor esperado quanto maior for o tempo de aquisio e/ou

    a taxa de amostragem.

    A Tabela 3 ilustra esse aspecto com relao taxa de amostragem, assumindoum tempo de aquisio fixo de 10.

    Tabela 3: Valor da densidade espectral 0,5como funo da taxa deamostragem adotada. Nestes casos: = 1 0 .

    ,100 10 19,6306

    500 50 19,95341.000 100 19,97835.000 500 19,995910.000 1.000 19,9980

    8.4 Alturas e perodos obtidos a partir do espectro de mar

    Nas anlises de sistemas navais e ocenicos usual a caracterizao do mar

    atravs de alturas de onda,

    2 .

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    De acordo com a determinao de , possvel a definio matemtica daaltura significativa,

    ou

    /, que corresponde mdia das alturas entre o

    tero de ondas mais altas, portanto, correspondendo ao centride da rea

    direita de = ln 3 .Assim:

    E, portanto:

    Onde a funo erro complementar definida como:

    Por fim, sabendo que = 22, pode-se concluir que a altura significativa aproximadamente:

    8.5 Os momentos espectrais

    No captulo anterior foi apresentada a igualdade entre a varincia das

    elevaes, , e a integral do espectro de mar.Se neste ponto, no entanto, for apresentada a definio para os momentos

    espectrais, qual seja:

    / = 3 = 32 ln 3+ ln 3 (55) 1,416 (56)

    = 2

    = 1

    (57)

    / 4 (58)

    = . (59)

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    Ento, a varincia das elevaesser igual ao momento espectral de ordem

    zero,

    = e, portanto:

    / 4.

    Este um dos resultados importantssimo no processo de caracterizao da

    excitao de mar, muito utilizado nas apresentaes padronizadas descritas

    mais adiante neste texto.

    Entretanto, resta ainda apresentar alguns parmetros representativos da

    grandeza temporal do mar. Neste caso, tambm fazendo uso dos momentos

    espectrais, possvel definir:

    Destas definies surgem, finalmente, os referidos perodos caractersticos:

    8.6 Exerccio proposto

    Um espectro de excitao aleatria hipottica, , tem sua representaosegundo a Figura 22. Note que os parmetros apresentados so

    adimensionais. Determine o valor dos parmetros A e B desse espectro.

    Figura 22: Espectro de uma excitao aleatria hipottica: exerccio proposto.

    = . , ; = . , . (60) = 2 , ;

    = 2 , .

    (61)

    msTH

    S2

    )(

    2

    mTA2

    1

    B

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    8.6.1 Soluo baseada na definio dos momentos espectrais

    Como ponto de partida para a soluo deste exerccio, tem-se a necessidade

    de dimensionar os valores identificados no grfico da Figura 22. Assim, em

    termos dimensionais, no eixo das abscissas so identificados os valores e 2 , e no eixo das ordenadas o valor .Em seguida, usual um encaminhamento da soluo atravs da aplicao da

    definio dos momentos espectrais. Para tanto, determina-se a equao da

    reta que caracteriza a variao das densidades espectrais no intervalo

    ; 2 , ou seja:

    = 2 1 2 Com base nesta equao, determina-se o momento espectral de ordem zero:

    = 2 2 1Analogamente, determina-se o momento espectral de primeira ordem, dado

    por: = 32 14 3+ 1Sabendo-se que =16, onde =162 1 2 , ento: = Por outro lado, da definio do perodo mdiotem-se ainda:

    = 32 1 4 3 + 1 Portanto, uma segunda equao dada por:4 12 + 9 2 = 0 12 2 = 0Notar que as duas primeiras razes de no convm e que, ento: = 2. Por fim, substituindo este resultado na primeira equao obtida a partirde

    , tem-se que

    = 1 2 4 .

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    Captulo:EspectrosPadronizadosdeMar

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    9. ESPECTROS PADRONIZADOS DE MAR

    Espectros padronizados de mar so representaes analticas da distribuiodas densidades espectrais de energia, obtidas de maneira precisa pela

    monitorao recorrente e continuada das elevaes de mar, portanto pela

    caracterizao de processos estocsticos de longos perodos.

    Como tal, tm importncia prtica para projetos de sistemas navais e

    ocenicos, na medida em que so caracterizados por formulaes baseadas

    em poucos parmetros do mar, geralmente: a altura significativa; algum perodo

    caracterstico (mdio, entre zeros ascendentes ou entre picos); ou mesmo,fatores de forma que contribuem para distribuio mais precisa das densidades

    espectrais de energia.

    Alguns espectros, ainda, tm sua padronizao definida com base na

    velocidade do vento, , que deu origem ao estado de mar.Independente de qual seja o parmetro utilizado, as representaes

    normalmente dizem respeito a uma condio onde o mar se apresente

    plenamente desenvolvido. Em outras palavras, espera-se que o marrepresentado de maneira padronizada seja fruto da ao do vento em uma

    regio com rea superficial (pista) suficiente para que as ondas que o

    componham exibam uma condio estvel em termos dos parmetros

    estatsticos caractersticos.

    Maiores detalhes so apresentados a seguir.

    9.1 Mar plenamente desenvolvido

    Conforme mencionado, modelos para a predio de um estado de mar so

    baseados em parmetros como: velocidade do vento; distncia na qual as

    ondas tm que viajar sob determinada ao de vento, tambm conhecida como

    pista; e durao da condio de vento.

    Para aplicaes mais prximas da costa h, ainda, um quarto parmetro: a

    profundidade, que tem implicaes diretas sob a estabilidade das ondas.

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    Exceto pela profundidade, menos relevante para aplicaes navais e ocenicas

    em mar aberto, a Figura 23 apresenta a relao entre os demais parmetros

    importantes para a caracterizao de um mar plenamente desenvolvido.

    Assim, definida a velocidade de vento na escala vertical mais direita no

    grfico, medida em m/s, bem como o comprimento de pista disponvel, fetch,

    medida em km, pode-se estimar a durao mnima para o estabelecimento de

    uma condio de mar, escala abaixo, medida em horas. Esta condio de mar

    ser caracterizada por uma altura de onda (escala mais esquerda, medida

    em metros) e um perodo (medido em segundos e obtido pela interpolao

    entre os valores das linhas tracejadas).

    Figura 23: Relao entre parmetros para a definio de um mar plenamente

    desenvolvido. Fonte: (Bowers, 1975).

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    Ainda de acordo com este grfico, os mares plenamente desenvolvidos so

    aqueles definidos na regio triangular em destaque, ou seja, aquela na qual,

    definida uma determinada velocidade de vento, maiores comprimentos de pista

    e durao no alteram as caractersticas do mar (altura e perodo)

    A ttulo de exemplo, suponha-se uma condio de vento com =10/. Deacordo com a Figura 23 (ver ponto em destaque), considerando uma pista com60, tem-se para uma durao mnima de 6 uma altura significativa deaproximadamente = 1 , 5 e um perodo de = 4 , 8 .Para este mesmo vento, adicionalmente, para pistas com comprimento superior

    a 600tem-se um mar plenamente desenvolvidocom = 2 , 0 e = 6 , 4 .Portanto, possvel perceber a importncia da velocidade de vento, sua

    durao e sua extenso de ao, na definio da condio de um mar

    plenamente estabelecido.

    A seguir so apresentados os espectros padronizados usualmente aplicados

    em projetos navais e ocenicos, geralmente baseados nesta considerao de

    mar plenamente desenvolvido (fully-developed sea).

    9.2 Forma geral dos espectros padronizados

    A forma geral segundo a qual a grande maioria dos espectros padronizados

    apresentada obedece ao seguinte equacionamento:

    Onde: ,, e so os quatro parmetros espectrais que definem adistribuio das densidades de energia contidas no mar, .Os dois parmetros comumente utilizados para esta representao so a altura

    significativa e o perodo mdio, e = , ambos definidos com base nosmomentos espectrais. Ainda de acordo com a equao (62), pode-se mostrar

    que a freqncia de pico do espectro dada por:

    =

    (62)

    = (63)

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    9.3 Espectros usuais nas aplicaes navais e ocenicas

    9.3.1 Espectro de Pierson-Moskowitz

    De acordo com (Chakrabarti, 2001), em 1964 Pierson e Moskowitz propuseram

    uma frmula para a distribuio das densidades espectrais de energia,

    baseada na teoria de similaridade proposta por Kitaigorodskii, bem como em

    uma base de registros de elevao de mar mais precisa.

    Trata-se de um espectro padronizado bastante difundido e ainda utilizado em

    projetos navais e ocenicos por sua grande generalidade. Em linhas gerais

    definido com base na velocidade do vento, , que caracteriza uma condiode mar plenamente desenvolvida (pista e durao so consideradas infinitas).Apesar desta hiptese, tambm bastante representativo de condies de

    projeto baseadas em tempestades severas.

    Matematicamente o espectro de P-M pode ser escrito como:

    Alternativamente, tambm pode ser apresentado como funo da freqncia de

    pico do espectro, , ou seja:

    A partir destas formulaes, bem como das definies apresentadas nos

    captulos anteriores, podem ser apresentadas ainda as seguintes relaes:

    Para exemplificar, a Figura 24 apresenta as dependncias do espectro de P-Mcom a velocidade do vento e tambm com altura significativa do mar.

    =0,0081

    0,74

    (64)

    =0,00811,25 (65)

    = 0,00815 (66) = 0,161 =0,710 (67)

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    Figura 24: Dependncia do espectro de Pierson-Moskowitz com a velocidade

    de vento e com a altura significativa do mar.

    9.3.2 Espectro de Bretschneider

    Partindo das hipteses que o espectro de energia seja de banda estreita e que

    alturas e perodos de onda apresentem distribuies de Rayleigh,Bretschneider props a seguinte formulao em 1969:

    Onde: = 2 o perodo significativo do mar, ou seja, a mdia dosperodos referentes ao tero das ondas com maiores amplitudes. De acordo

    com a prpria definio do espectro de Bretschneider:

    0 0.5 1 1.5 2 2.50

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14(b)

    [rad/s]

    S

    ()[m

    2.s

    ]

    Hs= 8 [m]

    Hs= 6 [m]

    Hs= 4 [m]

    Hs= 2 [m]

    0 0.5 1 1.5 2 2.50

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50(a)

    [rad/s]

    S

    ()[m

    2.s

    ]

    Uw

    = 25 [m/s]

    Uw

    = 20 [m/s]

    Uw

    = 15 [m/s]

    Uw

    = 10 [m/s]

    =0,1687 0,675 (68)

    =0,946 (69)

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    Note que a relao (69) torna os espectros de Pierson-Moskowitz e

    Bretschneider equivalentes.

    Importante destacar, ainda, que a formulao proposta pressupe um mar

    plenamente desenvolvido e que, portanto, a partir de inferncias empricas:

    No entanto, Bretschneider tambm apresenta correes para a formulao

    proposta tambm atenda a mares no plenamente desenvolvidos, de acordo

    com as quais:

    9.3.3 Espectro ISSC

    Em 1964, por ocasio do ISSC International Ship Structures Congress, foram

    sugeridas ligeiras modificaes ao espectro de Bretschneider:

    De acordo com o qual:

    9.3.4 Espectro ITTC

    Por sua vez, a reunies de 1966, 1969 e 1972 da ITTC International Towing

    Tank Conferencepropuseram modificaes ao espectro de P-M, apresentando-

    o como funo da altura significativa e do perodo entre zeros ascendentes.

    Assim:

    =0,282 e =6,776 (70)

    =0,254 90% ou 0,776 80% (71) =4,764 (72)

    =0,1107 0,442 (73)

    =1,296 (74)

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    Onde:

    Importante notar que:

    E, portanto, o espectro ITTC se reduz ao espectro P-M definido apenas com

    base na altura significativa. Para tanto:

    9.3.5 Espectro JONSWAP

    Buscando aprimorar a distribuio das densidades de energia definida pelo

    espectro de P-M, entre 1968 e 1973, um extenso programa de medies no

    Mar do Norte, denominado de JONSWAP Joint North Sea Wave Project, deu

    origem seguinte proposio matemtica para os espectros de mar:

    Onde = 3,30 1 7diz respeito ao parmetro de agudeze ao parmetro de forma do espectro ( = = 0,07 e = =0,09 > ), considerando um vento predominante com velocidade agindo sobre uma pista de comprimento . Ainda de acordo com estadefinio:

    =

    4

    (75)

    = 0,0081 e = 3,54 (76)

    = 1

    =

    3,13 (77)

    = 516 =0,710 (78)

    = 1,25

    (79)

    =0,076,ou =0,0081quando for desconhecido (80)

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    Neste caso, = ou = ,, sendo esta ltima relao mais usadapara o clculo de.Em 1979, Goda derivou uma expresso aproximada para o espectro deJONSWAP em funo apenas da altura significativa e do perodo de pico. De

    acordo com esta expresso:

    Onde:

    9.4 Comparao entre os espectros padronizados

    A escolha pela padronizao compete ao projetista ou analista do sistema

    naval e ocenico. Em geral, est associada localidade onde este sistema

    dever operar.

    Assim, os espectros de Pierson-Moskowitz e Bretschneider so mais utilizados

    para sistemas em operao no Golfo do Mxico. O espectro de JONSWAP, por

    sua vez, bastante representativo do Mar do Norte, porm tambm a

    formulao mais utilizada para os estudos referentes Bacia de Campos,

    Brasil.

    A Figura 25 compara graficamente os espectros de JONSWAP (calculado combase em = 3 , 3 0); Bretschneider e Pierson-Moskowitz (equivalente osespectros ISSC e ITTC).

    Notar que para = 1, =0,312, o que reduz o espectro de JONSWAP aoespectro de P-M, equao (81).

    Na prxima seo so apresentados aspectos prticos da utilizao dos

    espectros padronizados.

    = 1,25 (81)

    = 0,06240,230+0,03360,1851.9+ (82)

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    Tabela 4: Exemplo de apresentao til ao projeto. Fonte: Petrobras.

    Direo

    Parmetros Unid. Perodo de Retorno em Anos

    1 10 30 50 100

    N

    altura mxima [m] [m] 7 8,1 8,7 8,8 9,2perodo associado a [s] 8,5 8,7 8,8 8,9 8,9altura significativa [m] 3,6 4,2 4,5 4,6 4,8perodo de pico [s] 8,38 8,71 8,87 8,93 9,05perodo entre zeros ascendentes [s] 6,2 6,4 6,6 6,6 6,8parmetro de forma [-] 0,0106 0,0123 0,0128 0,0134 0,0134parmetro de agudez [-] 2,05 2,13 2,17 2,18 2,21NE

    altura mxima [m] [m] 7,3 8,7 9,3 9,7 10,1perodo associado a [s] 8,6 8,8 8,9 9 9,1altura significativa [m] 3,9 4,7 5 5,2 5,4

    perodo de pico [s] 8,54 8,99 9,16 9,28 9,4

    perodo entre zeros ascendentes [s] 6,42 6,76 6,89 6,98 7,06parmetro de forma [-] 0,0115 0,0133 0,0139 0,0142 0,0145parmetro de agudez [-] 2,09 2,19 2,23 2,25 2,28E

    altura mxima [m] [m] 6,8 7,8 8,2 8,4 8,7perodo associado a [s] 9,2 9,4 9,5 9,5 9,6altura significativa [m] 3,7 4,2 4,4 4,5 4,7perodo de pico [s] 8,89 9,05 9,11 9,14 9,21perodo entre zeros ascendentes [s] 6,68 6,8 6,85 6,87 6,92parmetro de forma [-] 0,0088 0,0105 0,0111 0,0114 0,0121parmetro de agudez [-] 2,06 2,13 2,15 2,17 2,19

    SE

    altura mxima [m] [m] 8,3 10,3 11,3 11,8 12,4perodo associado a [s] 10,7 11,1 11,2 11,3 11,4

    altura significativa [m] 4,5 5,5 6 6,3 6,7

    perodo de pico [s] 10,29 10,76 11 11,15 11,35perodo entre zeros ascendentes [s] 7,74 8,09 8,27 8,38 8,53parmetro de forma [-] 0,0081 0,0101 0,0109 0,0114 0,012parmetro de agudez [-] 1,51 1,54 1,55 1,56 1,58S

    altura mxima [m] [m] 9,4 11,3 12,1 12,5 13perodo associado a [s] 12,6 13 13,1 13,2 13,3altura significativa [m] 5,1 6,1 6,5 6,7 7perodo de pico [s] 13,26 14 14,31 14,46 14,7perodo entre zeros ascendentes [s] 9,97 10,53 10,76 10,87 11,05parmetro de forma [-] 0,0038 0,0043 0,0044 0,0045 0,0046parmetro de agudez [-] 1,53 1,57 1,59 1,6 1,62SW

    altura mxima [m] [m] 10,7 12,7 13,6 14 14,6

    perodo associado a [s] 12,9 13,3 13,5 13,6 13,7altura significativa [m] 5,7 6,9 7,3 7,5 7,8perodo de pico [s] 13,7 14,62 14,94 15,1 15,35perodo entre zeros ascendentes [s] 10,3 10,99 11,23 11,35 11,54parmetro de forma [-] 0,0041 0,0046 0,0047 0,0047 0,0047parmetro de agudez [-] 1,55 1,61 1,63 1,64 1,7W/NW

    altura mxima [m] [m] 5,7 7,4 8,2 8,6 9perodo associado a [s] 8,2 8,6 8,7 8,8 8,9altura significativa [m] 3 4 4,2 4,4 4,6perodo de pico [s] 8,06 8,14 8,16 8,17 8,19perodo entre zeros ascendentes [s] 6,06 6,12 6,13 6,15 6,16parmetro de forma [-] 0,0087 0,0146 0,0159 0,0172 0,0186

    parmetro de agudez [-] 1,97 2,1 2,12 2,15 2,18

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    10. RESPOSTA EM

    10.1 Anlises prelim

    Conforme visto, equa

    como a sobreposio d

    estabeleam relao dir

    relao: = De fato, com base nest

    at aqui encaminhadas

    cada componente regul

    Figura 27: Resposta m

    Exemplos desta sobrep

    graus de liberdade dos

    pitch e yaw).

    Antes disso, porm, i

    na obteno da respost

    funo de transferncia

    Com exemplo7 bem

    inicialmente um sistema

    7 Retirado da Apostila de

    Tecnologia em Construo Ne Andr Fujarra Marinha do

    EXCITAO ALEATRIA

    nares excitao regular

    o (13), a excitao de mar real pode sefeitos regulares, de tal forma que seta com as densidades espectrais, 2 .sobreposio, e graas ao carter line

    , pode-se analisar separadamente a

    r na resposta total do sistema, ver Figur

    arcada pela sobreposio de contribui

    osio podem ser estendidos inclusiv

    istemas navais e ocenicos (surge, s

    teressante apresentar os aspectos ge

    a partir de uma nica componente, co

    o sistema.

    simples da obteno da resposta,

    naval hipottico, livre para oscilar apen

    idrodinmica, referente ao Mdulo 3 do Cu

    aval, ministrado em conjunto pelos ProfessoresBrasil, (Simos & Fujarra, 2009).

    Captulo:RespostaemExcitaoA

    leatria

    64

    er considerada

    as amplitudes, atravs dar das anlises

    ontribuio de

    27.

    es regulares.

    para os seis

    ay, heave, roll,

    ais envolvidos

    nhecendo-se a

    considere-se

    s em um grau

    rso de Gesto e

    Alexandre Simos

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    Captulo:RespostaemExcitaoA

    leatria

    65

    de liberdade, o de heave, cuja funo de transferncia dada na forma grfica

    pela Figura 28. Importante notar que se trata de uma representao

    simplificada, onde a amplitude de resposta em heave, , adimensionalizadapela amplitude da onda, , tendo influncia apenas no intervalo 10 , defreqncias angulares.

    Figura 28: Funo de transferncia do movimento de heave de um sistema

    naval hipottico.

    A partir desta informao, sugere-se determinar a amplitude de resposta em

    heavedo sistema, sabendo que o mesmo excitado por uma onda regular de

    amplitude constante, = 81 17 , representada pelo registro temporal daFigura 29.

    Figura 29: Trecho do registro temporal da elevao da onda regular excitando osistema hipottico.

    ][ st

    ][(t) m

    1781

    9

    a

    z

    ]/[ srad10

    3,0

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    leatria

    66

    Uma soluo mais intuitiva parte da observao que o perodo da excitao

    de

    3e, portanto, uma freqncia angular de

    2 3 .

    Com base na Figura 28, observa-se tambm que:

    = = 13 10E que, portanto:

    = 23 = 1790 = . = 1790 8117 =0,9Conforme se pode notar, esta soluo no se vale da teoria at aqui

    apresentada, justamente por se tratar de uma excitao monocromtica. Na

    prxima seo, no entanto, este mesmo exemplo ser resolvido luz de um

    tratamento espectral, domnio da freqncia, extensvel para a sobreposio de

    efeitos regulares que caracteriza a excitao aleatria de mar.

    10.2 Anlise do domnio da freqncia sobreposio de efeitos

    Considere-se agora a amplitude generalizada por amplitude de onda incidente,

    ou seja, a funo de transferncia = para um determinadograu de liberdade = 1, 2, 3, 4, 5 e/ou 6, bem como o respectivo ngulo defase = , a resposta do sistema poder ser formalmente escrita como:

    Ento, calculada a resposta para uma dada componente , pode-se repetir omesmo procedimento para a demais e definir a resposta total do sistema no

    graude liberdade como sendo: = cos + +

    (83)

    = cos + + (84)

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    No limite em que e, portanto, 0, valendo-se dos resultados jenunciados para a excitao aleatria, pode-se apresentar a varincia da

    respostacomo sendo:

    Esta operao no domnio da freqncia, simples e expedita, conhecidacomo cruzamento espectral e caracteriza-se como o equacionamento

    fundamental para o comportamento no mar de sistemas navais e ocenicos.

    De fato, se por analogia for definido que:

    Ento valer (86), pois:

    A Figura 30 traz uma interpretao grfica para o cruzamento espectral a partir

    de uma excitao aleatria caracterizada no domnio da freqncia. Note que

    esquerda temos a transcrio do registro temporal de elevaes de mar para o

    domnio da freqncia, via Transformada de Fourier; ao centro, apresenta-se a

    funo de transferncia para um dado grau de liberdade e, direita, a resposta

    do sistema sobreposio de efeitos harmnicos regulares, caracterizada pelo

    espectro de resposta .Importante destacar que, particularmente neste caso, apenas um grau de

    liberdade, as fases relativas entre a onda e o movimento , nodesempenham papel decisivo, o que no acontecer quando forem

    = , : (85) = (86)

    = 2 (87)

    = 2 = (88)

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    considerados dois ou mais graus de liberdade. Detalhes na prxima

    seo.

    Figura 30: Apresentao grfica do Cruzamento Espectral. Adaptado de

    (Journe, 2001).

    Antes disso, porm, interessante retomar o sistema naval hipottico

    analisado anteriormente, desta vez obtendo sua resposta atravs do

    cruzamento espectral.

    Este exerccio tem a dupla funo de sedimentar o procedimento no domnio

    da freqncia (traando paralelos com a mesma anlise no domnio do tempo)

    e, concomitantemente, trazer generalidade ao mesmo.

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    69

    Assim, se8:

    = = ||

    Ento:

    = = = 12 8117 1790 = 12 8190 O que de maneira anloga quela desenvolvida para a excitao permite

    escrever:

    = 2 = = 2 = 8190 =0,910.3 Parmetros importantes a partir do espectro de resposta

    Com base no espectro de resposta generalizada, , e mantendo aanalogia com a teoria desenvolvida para o espectro de excitao, podem ser

    definir momentos espectrais de resposta, dados por:

    Desta forma, a amplitude significativa de resposta, definida como o valor mdio

    entre o tero de respostas com maiores amplitudes, pode ser expresso em

    termos do momento espectral de ordem zero, :

    Por sua vez, o perodo mdio da respostapode ser obtido a partir do centride

    do espectro , ou seja:

    8Note que, na maioria das vezes, = 3refere-se ao grau de liberdade de heave.

    = . (89)

    = 2 (90)

    = 2 (91)

  • 8/12/2019 Apostila de Dinmica II - V26!11!2009

    75/129

    Material de Apoio

    Dinmica de Sistemas II

    Captulo:RespostaemExcitaoA

    leatria

    70

    Da mesma forma que o perodo entre zeros ascendentes da respostapode ser

    obtido com base no raio de girao do espectro:

    Assumindo que a excitao aleatria, no nosso caso uma onda irregular com

    distribuio Gaussiana de elevaes, seja de banda estreita, as amplitudes de resposta obedecero uma distribuio de Rayleigh. Desta forma, a funo

    de densidade de probabilidade dessas amplitudes ser do tipo:

    Assim, a probabilidade da amplitude de resposta exceder um determinado valorde referncia ser dada por:

    Portanto, consideraes acerca do nmero de ocorrncias acima de um

    determinado valor tambm so exatamente anlogas quelas tecidas para o

    cas