apostila de diagnostico

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DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO

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Diagóstico em motos

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Page 1: Apostila de Diagnostico

DIAGNÓSTICO

DIA

GN

ÓS

TIC

O

Page 2: Apostila de Diagnostico
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Índice Geral

TECH LINE/WEB LINE 1

MOTOR 2 2RUÍDOS 3 3

3 3ELÉTRICA 4

4

Todas as informações e especificaçõesdesta apostila são as mais recentesdisponíveis na ocasião de suaimpressão.

A Moto Honda da Amazônia Ltda sereserva o direito de efetuar alteraçõesnesta apostila a qualquer momento esem prévio aviso, não incorrendo por issoem obrigações de qualquer espécie.

Nenhuma parte desta publicação podeser reproduzida sem autorização porescrito.

De forma alguma esta apostila substituio Manual de Serviços da motocicleta.

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Apresentação

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Apresentação

Este material foi desenvolvido para servir de guia e orientação no diagnóstico de defeitosem motocicletas e está dividido em capítulos, nos quais apresenta recursos eprocedimentos para localização de defeitos presentes e intermitentes.

Sabemos que a cada dia que passa a tecnologia evolue, tornando os sistemas maiscomplexos para obtenção de diagnósticos, exigindo do técnico preparação e conhecimentopara tal. Sabemos também que a exigência dos clientes aumentam e a rapidez de umaresposta concisa é necessária.

Este material não substiui o Manual de Serviços da Motocicleta, servindo apenas paracomplemento e acompanhamento deste treinamento.

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Apresentação

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Apresentação

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FERRAMENTAS

Muitas vezes, o contato para análise de um problema pode ocorrer em mais de umaetapa, ou seja, pode haver um intermediário entre o cliente e o técnico que realizará oreparo, como por exemplo, o Consultor Técnico.

O uso de ferramentas de diagnóstico são fundamentais para extrair o máximo deinformações possíveis do cliente, que em muitos casos, pode trazer a resposta para oproblema de forma inconsciente.Para uso de uma destas ferramentas, não é necessário conhecimento técnico, ou seja,o Consultor Técnico, pode trazer respostas fundamentais para a conclusão da causa doproblema.

Esta ferramenta é conhecida como 5W2H e nada mais é do que uma entrevista com ocliente, utilizando-se de perguntas estratégicas (Abertas e fechadas).

What? – Qual é o problema?Em qual situação ocorre?

When? – Quando ocorre?

Where? – Onde acontece?

Why? - Por que acontece?

Who? – Com quem ocorreo problema?

How many? – Quantidade,intensidade e tipo do problema.How much? – Quantas vezesjá ocorreu este problema?

5W2 W2H

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Apresentação

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Como Utilizar

Comece pelo WHAT/QUAL.Este questionamento tem a função dedescobrir qual o problema.Em geral, é a primeira pergunta que osconsultores técnicos devem fazer ao seucliente.(Ex: Qual o problema?)

WHEN/QUANDOExplique que esta é outra informação abertasobre o problema, uma pergunta de tempo.(Ex: Quando o problema ocorre?)

De manhã, de noite, com o motor frio,etc.

WHERE/ONDEPergunta que possibilita uma visão maisespecifica de onde o problema ocorre.(Ex: Onde ocorre o problema?)

WHY/ POR QUEExplique ao consultor técnico, que se tratade uma pergunta complicada que pode irritaro cliente. Aqui, ele questionará sobre omotivo que pode ter ocasionado oproblema, e que o cliente pode ou nãosaber.

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Apresentação

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WHO/ QUEMRessalte a importância de conhecer comquem a motocicleta apresentou o proble-ma e quais eram as condições de uso.(Ex: Quem estava utilizando a motocicletaquando notou-se o problema?)

Para encerrar explique HOW MANY/HOWMUCH.

Destaque que tomar conhecimento daquantidade e intensidade de vezes que oproblema aconteceu, é um dado fundamen-tal para um reparo eficaz.

NOTAS

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Apresentação

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TREINAMENTO

O treinamento pode ser considerado umaferramenta fundamental na solução de pro-blemas, pois o conhecimento do produto ea utilização das ferramentas adequadas nosajudam a chegar a um diagnóstico precisoe rápido.

Através da capacitação podemos entrar emcontato com as novas tecnologias, procedi-mentos adequados de trabalho e utilizaçãodos recursos (Manual de Serviços, Instru-mentos de Medição, etc.), de modo a atin-gir as expectativas de nossos clientes embusca de um reparo bem feito.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

O conhecimento nestes instrumentos, garantem confiança e precisão no diagnóstico quan-do trabalhamos com sistemas elétricos (multimetro), inspeções mecânicas (paquímetro,micrômetro, relógio comparador,etc.), análise de ruídos (estetoscópio), dentre outras ne-cessidades.

TECH LINE

O Tech line pode ser utilizado como mais uma ferrramenta de apoio em diagnósticos eque veremos com mais detalhes a seguir.

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1TECH LINE/WEB LINE

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SumárioTECH LINE ................................................................................................................... 13WEB LINE..................................................................................................................... 13FOTOGRAFIA TÉCNICA .............................................................................................. 17Procedimento para Fotografias ................................................................................. 20

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Tech Line/Web Line

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TECH LINE

O que é?O TECH LINE é o departamento da Honda responsável pelas dúvidas técnicas sobre asmotocicletas Honda, ou seja, uma linha técnica para auxílio na diagnose de problemas.

Como Utilizar?Esta ferramenta de auxílio pode ser usada de duas maneiras:

- Tech Line (linha técnica): contato realizado por telefone diretamente com os consultoresda Honda.

- Web Line (linha de web técnica): contato feito através de contato eletrônico dentro dosite do Honda Pós Venda e do link Web Line/Tech Line.

Vale salientar que alguns procedimentos que são necessários para conclusão de umdiagnóstico, como a desmontagem de conjuntos complexos (motor, carburador,amortecedores, etc.) só podem ser realizados com prévia autorização deste departamento.

WEB LINE

O Web Line, como dito anteriormente, é uma conexão direta com os consultores do TechLine através do correio eletrônico disponível no site Honda Pós Venda.Lembre-se de consultar o Manual de Serviços, Boletins Técnicos e circulares antes deentrar em contato com o Tech Line.

Veja os procedimentos descritos abaixo:

- O primeiro passo é o acesso ao web site do Honda Pós Venda no seguinte endereço:www.hondaposvenda.com.br. Digite o “log in” e a “senha” da concessionária para acessoas informações.

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Tech Line/Web Line

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No canto esquerdo da tela estão, todos os links de informações do site, inclusive o deacesso ao Web Line. Clique neste link como mostrado na figura abaixo.

NOTAVerifique sempre as informações mais recentes relacionadas ao pós venda da Honda,incluindo as informações de treinamento.

Clique na opção abrir Chamado para uma nova ocorrência ou Listar Chamados paraverificar ocorrências já realizadas.

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Tech Line/Web Line

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A próxima tela apresentada abrirá o formulário de preenchimento para envio ao Tech line,preencha todos os campos obrigatórios, conforme indicado abaixo.

Setor: não se esqueça de clicar na opção Tech Line, para evitar que a dúvida sejadirecionada para o setor errado, pois este serviço também é disponível ao departamentode Garantia (Sumaré e São Paulo).

Assunto: especifique o assunto de forma clara e objetiva, pois qualquer informação quenão esteja bem formulada, será descartada pelos consultores.Por exemplo: Motocicleta com vazamento de óleo.

Chassi: especifique o número do chassi da motocicleta em questão.

Modelo e versão: especifique o modelo da motocicleta e versão (se houver).Por exemplo: CG 150 ESD.

Ano: ano da motocicleta em questão.

Data da venda: especificada na nota fiscal da motocicleta.

Km: quilometragem atual da motocicleta

Comentário: descreva de forma clara os principais focos de problema da motocicleta,indicando a região de seu acontecimento.Por exemplo: Motor apresenta vazamento de óleo entre cilindro e cabeçote após rodar1000 Km.

Anexo: pode-se adicionar fotografias para melhorar a visualização do problema por partedo consultor, mas para utilização deste procedimento deve-se seguir alguns critériosimportantes tais como:

- Procedimento correto para fotos técnicas.- Quantidade de fotos a serem adicionadas.- Extensão dos arquivos para envio das fotografias.

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NOTAS

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FOTOGRAFIA TÉCNICA

A fotografia técnica é um recurso importante para sintetizar visualmente o problema emquestão e segue abaixo algumas regras para melhor aproveitamento deste.

A fotografia pode ser feita em máquina convencional ou digital, mas é importante umaboa definição para evitar confusão ou dúvidas durante a análise.

Veja os exemplo abaixo:

A mesma foto de um motor tirada com o foco ruim e com um bom foco.

NOTAAs máquinas digitais oferecem diversas configurações, que variam de definição em MP(megapixel), até recursos de macro, zoom, iluminação, etc...Procure utilizar destes recursos para obter o melhor resultado de sua foto.

Outro fator importante a ser analisado, é o tamanho do arquivo da fotografia que nãopode ser muito grande, a fim de evitar problemas no envio das imagens.Algumas extensões são sugeridas no próprio formulário de envio na página do HondaPós Venda e são: gif, jpg, jpeg, pdf, doc, xls, zip, ou seja, pode ser utilizado um softwarepara conversão das extensões, ou mesmo utilizar programas que comprimem os arquivosde modo a minimizar o seu tamanho.Veja os exemplos abaixo:

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No exemplo anterior o arquivo que tinha extensão TIFF (extraído da máquina fotográficadigital) possuía 6,94 MB. Ao ser transformado em arquivo JPEG (extensão aceita peloserviço de Web Line) passou a ter 85,2 Kb, ou seja um arquivo bem menor e fácil de serenviado.

Outra forma de diminuir a extensão dos arquivos é comprimí-los usando programas comoo Winzip, veja como é fácil o procedimento:

Clique sobre o ícone do arquivo com o botão direito do mouse e escolha a opção “Add tozip...”Uma nova janela se abrirá. Escolha um nome para o arquivo e salve-o em uma pasta dearquivos.

NOTAEsta opção só abrirá se o programa de compactação estiver instalado no computador.

Escolha o nível de compressão adequado para o arquivo e clique em “OK”.

A compressão é feita automaticamente e salva na pasta indicada anteriormente.O ícone do arquivo criado é igual ao mostrado na figura abaixo.

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Outra forma de envio é inserir as fotografias em arquivos de Word (.doc) ou Excell (.exl),que são extensões também aceitas para envio via Web Line.

Veja qual deve ser o procedimento:

Abra o programa Word ou Excell, clique na opção do menu “Inserir” / ”Figura”, comomostrado abaixo.

Uma janela se abrirá. Dentro dela localize a pasta onde se encontra as fotos que vocêdeseje enviar ao Web Line e clique em “Inserir”.

A última extensão suportada pelo sistema é a .gif, que pode ser obtida em qualquerprograma de edição de imagens, tais como Photoshop, Corel Draw ou mesmo o Paintque acompanha o pacote do Windows.

NOTAUtilizando o Winzip, você pode adicionar várias fotos no mesmo arquivo, basta selecioná-las e realizar os mesmos procedimentos descritos anteriormente.

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Tech Line/Web Line

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Procedimento para Fotografias

O procedimento correto para as fotografias deve ser realizado conforme descrito abaixo:

- Deve ser tirada 4 fotografias em todos os perfis da motocleta (as duas laterais, frente etraseira), de modo a deixar bem claro qual o modelo em questão.

- Deve ser retirada uma foto do local de onde se apresenta o problema como um todo, ouseja, tomamos como exemplo um vazamento de óleo do motor, deve-se apresentar umafoto de todo o motor e outra apenas da região onde se encontra o problema.

Veja o exemplo abaixo:

Uma CG 150 apresenta vazamento de óleo na guarnição da tampa do cabeçote.

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Tech Line/Web Line

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Inserindo Fotografias ao Formulário

Para finalizar o procedimento de envio, clique no botão “Procurar”, localize os arquivosreferentes as fotografias.

Para inserir mais fotografias, clique na opção ”Anexar mais Arquivos” que novos camposse abrirão conforme mostrado.

Após anexar as fotografias, clique na prioridade adequada e então em “Incluir”.

O arquivo já foi enviado ao Web Line, aguarde a resposta dos consultores e verifique-ano mesmo site do Honda Pós Venda no link Listar Chamados.

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Tech Line/Web Line

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NOTAS

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Sumário

Diagnose de Defeitos .................................................................................................. 251) Sistema de Alimentação ......................................................................................... 252) Teste de Compressão ............................................................................................. 253) Super Aquecimento, Detonação e Pré Ignição ..................................................... 274) Fumaça Branca ....................................................................................................... 305) Fumaça Escura ....................................................................................................... 316) Embreagem e Transmissão.................................................................................... 32Vela de Ignição ............................................................................................................ 37

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Motor

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Diagnose de Defeitos

O diagnóstico no motor pode ser dividido em alguns sub grupos, de acordo com o proble-ma reclamado. São eles:

Falhas de Funcionamento

1) Sistema de Alimentação

- Combustível de má qualidade- Obstruções no sistema de lenta (gicleurs de ar e combustível, parafuso de mistura,parafusos de aceleração).- Filtro ou dutos de ar obstruídos- Escapamento obstruído ou parcialmente obstruído.

Como proceder:

- Limpeza do carburador (gicleurs, bóia, válvula da bóia, parafuso de mistura).- Limpeza do filtro de ar (no caso de elemento de poliuretano, lavar e umedecer levementeem óleo).- Verificar danos ou obstruções no escapamento.- Verificar as condições da vela de ignição. (carbonização, úmida, etc.)

2) Teste de Compressão

Efetue o teste de pressão de compressão da seguinte forma:

Aqueça o motor até a temperatura normal de funcionamento, remova a vela e instale omanômetro de compressão do motor.

Abra totalmemte o acelerador e dê a partida no motor até o ponteiro atingir o pontomáximo (mais ou menos de 4 a 7 segundos) e não se mover mais. Verifique o valor daleitura de acordo com o valor do Manual de Serviços do Modelo.Se a compressão estiver baixa, remova novamente a vela e insira pelo orifício da vela de5 a 10 ml de óleo. Gire o motor várias vezes, instale novamente o manômetro e reverifiquea compressão.

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Motor

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Caso a pressão permaneça baixa, o problema provavelmente está na parte superior domotor. Se a pressão aumentar, o problema está relacionado ao cilindro, pistão e anéis.

A compressão está baixa?

Sim. - Verifique:

Válvulas:– Ajuste incorreto das válvulas– Válvula queimada ou empenada– Sincronização incorreta das válvulas– Molas da válvula quebrada– Assentamento irregular da válvula

Cabeçote:– Vazamento ou dano na junta do cabeçote– Cabeçote empenado ou trincado

Como proceder:– Verificar o ponto do motor.- Verificar a folga das válvulas e realizar o ajuste de acordo com o valor do Manual deServiços.– Desmontar o cabeçote e verificar:

- Comprimento livre da mola de válvula, ou danos mesma.- Assentamento das válvulas no cabeçote.- Condições da junta do cabeçote.- Empenamento do cabeçote e cilindro.

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Motor

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3) Super Aquecimento, Detonação e Pré Ignição

Antes de comentarmos os problemas que levam a pré ignição, detonação e superaquecimento do motor e seus diagnósticos, vamos definir o que são esses fenômenos.

Super Aquecimento

É definido como o aquecimento rápido e acima da temperatura normal de funcionamentodo motor.Os motivos para o super aquecimento podem variar desde o baixo nível de óleo do motor,até problemas relacionados ao sistema de arrefecimento.

Detonação

Combustão descontrolada dentro da câmara de combustão, causada pelo choque deduas frentes de chamas.A primeira frente de chama gerada pelo centelhamento e a segunda gerada pelo superaquecimento da câmara de combustão e aumento da pressão.A pressão e a temperatura se elevam rapidamente, gerando vibrações de alta frequência,ressonâncias e danos ao motor.

Pré Ignição

Causada normalmente por pontos quentes dentro da câmara de combustão, tais como:vela de grau térmico diferente do especificado, excesso de carvão na cabeça do pistão,válvulas super aquecidas ou queimadas, detonação.

O que pode ocasionar o Super Aquecimento?

- Baixo nível de óleo do motor.- Mistura pobre. (funcionamento sem filtro de ar, entrada falsa e ar pelo coletor)- Ponto de ignição adiantado.- Carbonização excessiva.- Problemas no sistema de arrefecimento (válvula termostática travada, não acionamentode ventoinha.

Como detectar o Super Aquecimento?

As características do super aquecimentopodem ser observadas externamente pelacurva de escapamento, onde começa aaparecer uma cor azulada na curva de saídado cabeçote.Este fator é um indício visual de que atemperatura na câmara de combustão estáacima do especificado.

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Motor

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O que pode ocasionar a Detonação?

- Super aquecimento do motor.- Excesso de carvão no pistão.- Taxa de compressão alta.- Válvulas queimadas ou carbonizadas.- Ponto do motor adiantado.- Combustível de baixa octanagem.

As características internas de super aquecimentos se iniciam com um amarelamento daspeças, principalmente decorrente da ausência de óleo ou de um filme de óleo abaixo daespecificado.O agravamento do problema ocorre com uma coloração mais escura das peças, seguidode travamento e quebra.

Como diagnosticar problemas de SuperAquecimento

- Verifique o nível de óleo do motor.- Verifique quando foi realizada a últimatroca ou a viscosidade do óleo.- Verifique o ponto do motor.- Verifique o nível de solução dearrefecimento (se houver).- Verifique as condições do elemento do filtrode ar.- Verifique o motor quanto a entrada falsade ar pelo coletor.- Verifique o grau térmico da vela de ignição.- Desmonte o cabeçote.

- Verifique a coloração das peças einspecione:

- Válvulas (queimadas oucarbonizadas).

- Excesso de carvão no pistão.- Vela de Ignição.

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Motor

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Como detectar problemas de Detonação?

A detonação causa um ruído característico, conhecido como “batida de pino”, geradopela ressonância do choque entre as duas frentes de chama.

A detonação pode atingir pressões tão altas na câmara de combustão ao ponto decomprometer peças como: pistão, anéis, cilindros, etc.A detonação quando ocorrida em sequência pode causar um outro fenômeno bastanteprejudicial ao motor, a pré ignição.

O que pode ocasionar a Pré Ignição?

Pontos incandescentes na câmara decombustão tais como:

- Grau térmico de vela diferente doespecificado.- Excesso de carvão na cabeça do pistão.- Válvulas queimadas ou carbonizadas.- Detonações contínuas.

NOTAS

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Motor

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4) Fumaça Branca

É causada pela queima de óleo. Podem ocorrer fumaceamento característico em algumassituações, porém pode significar problemas sérios no motor.

Possíveis causas:

- Folgas anormais ou excessivas do conjunto cabeçote, cilindro, pistão.

Fumaceamento excessivo com o motor frio:

- É causado principalmente por problemas nas guias de válvula e/ou retentores das guias.

Método de diagnóstico:- Verificar o diâmetro da haste de válvulas- Folga entre haste e guia.- Inspeção visual no retentor- Concentricidade do furo da guia de válvula.

Fumaceamento excessivo com o motor em temperatura normal de funcionamento:

- Desgaste excessivo dos anéis do pistão.- Riscos e desgaste de cilindro/pistão.- Nível de óleo acima do especificado.- Junta da carcaça do motor danificada, permitindo passagem de óleo.- Em motocicletas com cárter seco, bomba secundária de óleo danificada ou obstruída.

Método de diagnóstico:- Medição de folga entre pontas dos anéis e folga entre canaleta e pistão.- Inspeção visual, conicidade e ovalização e também verifique:

- Elemento do filtro de ar.- Folga axial da biela.- Fixação do pino do pistão.- Folga entre cilindro e pistão.- Diâmetro externo da saia do pistão.

- Condição do óleo lubrificante.- Inspeção da bomba de óleo (para motocicletas com cárter seco).- Inspeção visual da junta da carcaça, para verificar se há passagem de óleo entre o

cárter e da câmara de separação do respiro do motor.

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Motor

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Exemplos de Inspeção

- Folga entre pontas de anéis e entre anéis e canaleta.

- Diâmetro externo da saia do pistão e conicidade e ovalização.

5) Fumaça Escura

É causada pela queima de combustível em excesso.

Possíveis causas:- Afogador puxado.- Filtro de ar obstruído.- Carburador desregulado ou com folgas excessivas nos gicleurs.- Gicleurs de ar obstruído.- Nível da cuba acima do especificado.- Regulagem alta da agulha do pistonete.- Tiro abafado no escapamento.

Método de diagnóstico:- Verificar posição do afogador.- Verificar condições do elemento do filtro de ar e obstruções.- Inspecione os gicleurs do carburador e suas passagens.- Inspecione o nível da bóia e a válvula quanto a desgastes

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Motor

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6) Embreagem e Transmissão

Sintoma (Somente para embreagem hidráulica)-Alavanca da embreagem muito macia ou esponjosa.

Possíveis causas- Ar no sistema hidráulico- Baixo nível de fluido da embreagem- Vazamento no sistema hidráulico

Método de diagnóstico- Realizar a sangria de ar do sistema utilizando o fluido especificado.- Inspeção visual quanto a vazamentos.

Sintoma-Dificuldade no acionamento da alavanca da embreagem

Possíveis causas- Pistão do cilindro mestre engripado (somente para embreagem hidráulica).- Cilindro secundário da embreagem engripado (somente para embreagem

hidráulica).- Sistema hidráulico obstruído (somente para embreagem hidráulica).- Mecanismo de acionamento da embreagem danificado.- Rolamento da embreagem defeituoso.- Guia de acionamento da embreagem instalada incorretamente.

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Motor

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Método de diagnóstico- Desmontar o sistema hidráulico e inspecionar:

- Pistão do cilindro mestre.- Cilindro secundário.

- Inspecionar visualmente rolamento, guia de acionamento.

Sintoma- A embreagem patina durante a aceleração

Possíveis causas- Sistema hidráulico engripado.- Disco da embreagem desgastado.- Molas da embreagem fracas.- Óleo da transmissão com aditivo à base de molibdênio ou grafite.- Separadores empenados.

Método de diagnóstico- Inspecionar visualmente o sistema hidráulico.- Inspecionar desgaste dos discos, comprimento livre da mola, empenamento dos

separadores.- Verificar a utilização de aditivos no óleo.

Sintoma-A embreagem não desacopla ou a motocicleta trepida com a embreagem

desacoplada.

Possíveis causas- Ar no sistema hidráulico.(Somente no sistema hidráulico)- Baixo nível de fluido da embreagem. (Somente no sistema hidráulico)- Vazamento ou obstrução no sistema hidráulico. (Somente no sistema hidráulico)- Separador da embreagem empenado.- Porca-trava da embreagem solta.- Nível de óleo muito alto.- Viscosidade do óleo incorreta.- Mecanismo de acionamento da embreagem danificado.- Guia de acionamento da embreagem instalada incorretamente.

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Motor

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7) Vazamento

É importante destacar que o procedimento ideal a ser adotado para ocasiões onde ocorremvazamentos de qualquer espécie é o de determinar com precisão o local exato do princípiode vazamento e, em casos onde duas ou mais peças são envolvidas, não desmontar aregião afetada. A desmontagem não deve ser feita para preservar a região com o máximode condições próximas da situação original, principalmente o aperto e torque dos parafusos.

Para que a determinação do local exato do vazamento seja precisa, limpe os resíduos,efetue um teste de rodagem para identificar corretamente a região de vazamento e circule(ou indique) o local com um pincel atômico ou similar para destacar o local da anomalia.Também informe as condições de uso, quilometragem, etc. que influenciam no retornodo vazamento.

Vazamento de Óleo do Motor

Principais causas- Juntas ou retentores danificados ou montados incorretamente.- Excesso de óleo no motor.- Porosidade ou trincas em cabeçote, carcaças, tampas. etc.

Sintoma- Dificuldade na mudança de marchas.

Possíveis causas- Funcionamento incorreto da embreagem. (quando todas as marchas estão com

dificuldade de acoplamento/desacoplamento).- Viscosidade incorreta do óleo do motor.- Garfo seletor empenado.- Eixo dos garfos seletores empenado.- Garra do garfo seletor empenada.- Ranhura do excêntrico posicionador danificada.- Eixo de mudança de marchas empenado.

Método de diagnósticoDesmontagem do câmbio e medição dos itens acima descritos, conforme dados doManual de Serviços do Modelo.

Sintoma- As marchas escapam.

Possíveis causas- Ressaltos de engate das engrenagens desgastados.- Ranhura de guia do tambor seletor desgastada.- Eixo dos garfos seletores empenado.- Posicionador de marchas quebrado.- Mola do posicionador de marchas quebrada.- Garfos seletores desgastados ou empenados.

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Motor

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Métodos de disgnóstico- Limpe a região afetada, funcione o motor e efetue um teste drive, até que o

vazamento ocorra novamente, para determinação do local exato, que será determinantena detecção da causa real.

- Verifique o nível de óleo do motor.- Porosidade ou trincas devem ser analisadas com sistemas de detecção

apropriados.(líquidos penetrantes, reveladores vendidos no mercado).

Vazamento de Combustível

Principais causas- Bóia presa.- Anéis de vedação.- Dreno.- Mangueira trincada, má instalada.

Método de diagnósticoAnalise visual e reparo.

NOTAS

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Motor

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Vazamento de Água (Apenas modelos com refrigeração líquida)

Principais causas- Mangueiras trincadas e danificadas.- Tampa do radiador defeituosa.- Selo mecânico e retentor da bomba d’água.- Nível de líquido do tanque de expansão acima do especificado.- Obstrução das mangueiras.- Junta danificada

Método de diagnóstico- Analise visual e reparo de mangueiras.- Teste da tampa do radiador.- Verificar vazamentos pelo orifício inferior da bomba d’água.- Verificar nível do tanque de expansão com o motor frio.

NOTAS

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Motor

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Vela de Ignição

Um fator que não podemos deixar de destacar é a importância da vela de ignição nodiagnóstico.A vela pode nos informar através de suas características muitas informações sobre omotor, desde a qualidade da mistura até problemas como pré ignição e carbonização.

Vejamos o quadro abaixo:

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Motor

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NOTAS

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1RUÍDOS

1

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Sumário

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 41Mundo dos Ruídos ...................................................................................................... 45Diagnosticando Ruídos .............................................................................................. 47

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Ruídos

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INTRODUÇÃO

É muito claro que o ruído é atualmente, um dos grandes vilões da indústria automobilís-tica.

Esta situação faz com que as empresas invistam cada vez mais recursos e esforços paraminimizar efeitos indesejáveis de ruídos, vibrações e desconforto – NVH, desde o mo-mento de desenvolvimento do projeto, durante todo o processo de fabricação e mesmoapós o veículo chegar a seus proprietários.

Muitas são as variáveis que determinam a presença de cada um dos ruídos existentesem uma motocicleta, desde um desgaste de peças até a influência da condição climática,porém é unânime o conceito de que, juntamente com as panes e problemas funcionais,ruídos são os defeitos que mais irritam os proprietários.

Uma outra abordagem dos transtornos que este tipo de problema provoca tem relaçãocom seu diagnóstico. Vibrações e rangidos são, provavelmente, os problemas mais difí-ceis de diagnosticar, pois muitas vezes são difíceis de reproduzir e em muitos casos sãogerados em peças e componentes de difícil acesso ou que podem não ser as verdadeirasfontes do ruído, pois em algumas situações o ruído se propaga por outras peças e passauma falsa impressão da real causa do problema, em conseqüência disto, em algunsmomentos mesmo após desmontar boa parte dos componentes não é possível se che-gar a uma conclusão definitiva a respeito da fonte do ruído.

Preocupando-se com a satisfação do cliente e a melhoria continua de seus produtos eserviços, a Honda preparou um trabalho específico elaborando esta apostila de NVH(Noise, Vibration & Harshness, ou em tradução literal, Ruídos, Vibrações & Desconforto).

Essa apostila, assim como o treinamento, tem como principal objetivo à padronização dométodo de detecção, análise e resolução das ocorrências referentes a ruídos detectadosem motocicletas Honda, através de técnicas de diagnósticos para isolar e reparar ruídosem geral.

NOTAS

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Ruídos

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NOTAS

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Ruídos

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Quando se analisa uma quantidade de casos e problemas de vibrações e rangidos, tor-na-se claro que há dois problemas imediatos, antes mesmo de se iniciar o diagnóstico.

O primeiro problema é definir uma palavra que possa representar o ruído anormal que fazo cliente reclamar. Por exemplo, o que você pode considerar um “ZUMBIDO”, outra pes-soa pode considerar uma “RASPAGEM”. Este problema é amplificado quando considera-mos que a comunicação ocorre em várias fases desde a reclamação do cliente até che-gar ao técnico que trabalhará para solucionar o problema. Considere que em algunscasos para o consultor técnico e na maioria dos casos para o cliente há uma falta deorientação técnica. Desta forma, para diagnosticar a reclamação a recomendação seriapara que ambos, consultor técnico e cliente procurem, através de uma simples rodagem,direcionar os reparadores ao foco do ruído.

O segundo problema seria a forma de se identificar o ruído corretamente. Tem havidomuitos casos de reparação de ruídos onde o reparo que foi executado não correspondeàquele que foi reclamado pelo cliente. Há muitos casos em que o ruído que o clientereclama é um entre os vários ruídos que o veículo possui e em alguns destes casos oruído reclamado é quase inaudível se comparado aos outros ruídos, isto ocorre, pois aaudição de cada pessoa é sensível a diferentes freqüências. Além disso, à medida queenvelhecemos, perdemos uma grande parte da capacidade de ouvir as altas freqüências.Entretanto, mesmo as pessoas de mesma idade possuem sensibilidades diferentes àmesma vibração ou freqüência de som.

As maiores dificuldade encontradas por técnicos especialistas em rúidos são: repetir oruído reclamado pelo cliente, isolar e encontar sua fonte.

Page 44: Apostila de Diagnostico

Ruídos

44

O descrito acima vem reforçar a idéia de que a melhor forma de se avaliar um ruídoreclamado, é simplesmente realizando um teste de rodagem, juntamente com o cliente,de forma que o mesmo possa reproduzir e apresentar qual é o ruído que o incomoda.

O funcionamento de um veículo ou de qualquer equipamento similar, naturalmente pro-duz ruído. É praticamente impossível conseguir eliminar determinados ruídos que sãoinerentes ao funcionamento de um determinado componente ou equipamento. Sendoassim, é muito importante também, determinar se o ruído reclamado pelo cliente é real-mente um problema ou se é algum som característico do funcionamento normal destescomponentes ou equipamentos. Neste sentido, a conclusão final deve ser uma das duas:o veículo tem um problema com o cliente, ou é o cliente que tem um problema com oveículo?

Portanto, para se garantir a satisfação dos clientes é necessário criar um método quepadronize a maneira de detecção dos ruídos juntamente com técnicas adequadas dediagnóstico e reparação. Deste modo, se torna possível influenciar, eficazmente, o aten-dimento a seus clientes positivamente.

Isto é possível, pois uma má detecção do ruído, provavelmente irá gerar trabalhos desne-cessários e até mesmo a reparação de um ruído diferente daquele que foi reclamado.

O principio básico deste método é simples e inicialmente pode ser divido em poucasetapas. Uma já foi descrita nos parágrafos anteriores e diz respeito à reprodução doruído, ou seja, fazer com que o ruído “apareça” novamente e a segunda é isolar o ruído.Em outras palavras, é fazer com que aquele ruído não mais “apareça” nas mesmas con-dições em que era reproduzido. Estas duas etapas necessitam de treinamento e prática,mas a repetição deste método irá trazer melhoras no seu índice de satisfação de clientes.

Page 45: Apostila de Diagnostico

Ruídos

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Mundo dos Ruídos

Para entendermos o ruído, precisamos, antes, entender o som. O som é algo tão comumem nossas vidas que raramente apreciamos todas as suas funções.

Através do som podemos ter experiências agradáveis como ouvir música ou o cantar dospássaros. O som possibilita a comunicação falada e pode nos alertar ou nos avisar dedeterminada situação, por exemplo, com um telefone tocando, ou uma sirene de aviso deperigo.

O som também nos permite realizar avaliações e diagnósticos, por exemplo, ao ouvir ummotor em funcionamento, podemos concluir que ele está em perfeito funcionamento oucom algum problema, como um desgaste de peças internas, através do ruído que esteemite durante este funcionamento. Outro exemplo é o de um rolamento de rodas comdesgaste que emite um som de peças metálicas se desgastando mais. Com o som,pode-se também facilitar o diagnóstico de um médico que ao ouvir as batidas de nossocoração consegue nos dizer se temos algum problema cardíaco ou não.

Por outro lado, freqüentemente em nossa sociedade moderna, o som também nos inco-moda.

Muitos sons são indesejáveis ou incômodos – estes sons são chamados RUÍDOS. Con-tudo o nível de incômodo depende não só da qualidade do som, mas também de nossaatitude em relação a ele. Por exemplo, o tipo de música que determinadas pessoas gos-tam, pode ser considerado como ruído para outras, especialmente se estiver em volumemuito alto.

Porém, o som não precisa ser alto para incomodar. Um piso rangendo, um risco em umCD, ou o ruído intermitente de uma torneira pingando pode ser tão incômodo como o somalto de um trovão. O julgamento de volume alto também pode variar dependendo doperíodo do dia por exemplo. Um ruído alto de uma buzina pode ser até tolerável duranteo dia, mas pode se tornar insuportável durante a noite.

O som é definido como qualquer variação de pressão que nosso ouvido pode detectar eseus limites se estendem desde algo com um som muito fraco até algo com um som quepode causar muita dor ou nos deixar surdos.

NOTAS

Page 46: Apostila de Diagnostico

Ruídos

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As variações de interpretação sonora não é apenas, uma variação do gosto de cadapessoa, como foi dito no capitulo anterior. Essas diferenças também são causadas porum mau conhecimento do significado exato destes sons. Muitos termos e neologismossão criados tornando mais difícil a sua distinção.Como se não fosse suficiente toda esta variação, o som possui algumas característicasem sua propagação, ou seja, o seu deslocamento através do meio pode nos confundir egerar dúvidas quanto a sua localização, intensidade e tipo.

Ruído

Caracteriza por ruído a combinação de muitas flutuações de pressão com váriasintensidades. Isso pode ser facilmente explicado quando imaginamos duas situações,primeiramente ouvimos uma pessoa conversar normalmente, até este ponto, consideramoso que nosso sistema auditivo capta como som. Agora imagine uma segunda situaçãoonde se encontram cinqüenta pessoas (ou mais!) conversando normalmente com você.

A variedade de sons agradáveis se tornou um ruído.

Quando imaginamos o barulho de um disco de freio quando um veículo pára ou de um gizriscando na lousa temos a mesma situação de geração de um ruído com muitasintensidades e freqüências se propagando ao mesmo tempo, mas desta vez vindo somentede uma fonte sonora (ao invés de cinqüenta).

De um modo geral o ruído é um som desagradável ao ser humano. Entretanto, devemoslembrar que algo pode ser desagradável a uma pessoa e a outra não, como no caso deuma música de um grupo que você não goste, mas que vende milhares de discos.

NOTAS

Page 47: Apostila de Diagnostico

Ruídos

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Diagnosticando Ruídos

Neste capítulo iremos definir alguns passos importantes na identificação e diagnóstico deruídos; são eles:

1- Obter informações do cliente2- Reproduzir o ruído3- Localizar a região do veículo onde ocorre o ruído4- Isolar o ruído sob uma causa específica5- Reparar o ruído6- Confirmar a eficácia do reparo.

1)-Obter a informação do cliente

Localizar o ruído é essencial e é o passo mais importante em todo o processo, e para istoprecisamos obter o máximo de informações do cliente, pois se isto não ocorrer ficaráainda mais difícil a reprodução do ruído e sabemos que a repetição consistente pode vira ser a chave para isolarmos efetivamente o ruído.

Por isso a forma efetiva de obter a informação é realizar uma entrevista com o cliente,utilizando a ferramenta 5W2H, de modo a extrair o máximo de informações possíveispara detecção do problema.?

· What? (O que está acontecendo com a motocicleta?)· Who? (Quem estava pilotando quando ocorrei o problema?)· When? (Quando ou em que situação ocorre o problema?)· Where? (Onde ou em que região ocorre o ruído?) - Nesta etapa, se houver

necessidade, efetue o teste drive ou reproduza o ruído junto com o cliente.· How much? (Quanto barulho faz o motor Iintensidade?)

Hou many? (Quantas vezes ocorreu o problema?)Why? (Por que?)

Talvez até mesmo não demos o devido valor a tais perguntas, mas todos esses fatores eoutros mais podem ter um efeito dramático no sucesso da repetição do ruído e no isola-mento dos mesmos.

2)-Reproduzir o ruído

Cada ruído poderá ou não ser reproduzido; isso se dá em função das condições climáti-cas, condições de utilização e dirigibilidade do veículo e carga de trabalho (por exemplo,somente piloto, piloto e garupa, piloto e carga, etc). Por outro lado é muito importantereproduzir o ruído, pois somente com a reprodução do mesmo podemos ter certeza queo ruído existe, podemos identificá-lo e julgar se é ou não anormal e poderemos localizá-lo com mais facilidade.Sabemos que o técnico de diagnóstico ou consultor técnico que estiver acompanhando ocliente poderá encontrar dificuldades para reproduzir o ruído com bases consistentes,mas há necessidade de se persistir na reprodução do mesmo para constatar exatamente

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Ruídos

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de qual ruído o cliente está se referindo. Nesta situação, há necessidade de encontraruma forma de ativar e desativar consistentemente o ruído. Há duas maneiras gerais derepetir o ruído: dinamicamente (com o veículo em movimento) e estaticamente (com oveículo parado).

Tanto dinamicamente quanto estaticamente haverá necessidade de utilizar vários méto-dos e abordagens diferentes para reproduzir o ruído como: passar com a motocicleta porpavimentos irregulares, lombadas, buracos, subidas, descidas contornar curvas em dife-rentes velocidades, realizar manobras específicas (“zigue-zaguear”, frear e acelerar), darpequenas batidas em determinados pontos do veículo, forçar e deixar livres determina-dos pontos onde se suspeitam que sejam as fontes de ruído, etc.

3)-Localizar a região onde o ruído ocorre

Os problemas de ruídos de chassi geralmente se situam em duas categorias:- A primeira categoria identifica os problemas de contato de subconjuntos internos

ou guarnições internas.- A segunda categoria identifica os problemas de carenagem relacionados ao chassi

e subconjuntos externos.

Há dois enfoques que se pode usar para localizar a área geral do ruído, uma vez que serepetiu o problema no teste de rodagem:O primeiro método de isolamento de ruído é procurar isolá-lo numa área especifica damotocicleta utilizando somente seus ouvidos nus, e então remover ou aplicar pressão àspeças suspeitas, como guarnições, até que o ruído desapareça. Pode-se também tentarremover a peça e conduzir o veículo novamente para verificar se o ruído foi eliminado.Em geral pode-se utilizar o procedimento de isolar o ruído em uma peça especifica, comoempurrar, puxar ou remover a peça, até que o ruído seja eliminado.

·Podemos citar uma ferramenta muito importante para este tipo de diagnóstico que é oestetoscópio. Porém sabemos que o estetoscópio também possui suas limitações, tor-nando o diagnóstico mais difícil de ser executado.

4)-Isolar o ruído sob uma causa específica

Independente de se possuir um equipamento para a localização do ruído podemos citarquatro técnicas de isolamento de ruídos comuns:

4.1.Inspecione visualmente a peça quanto ao seu correto posicionamento ealinhamento.4.2.Verifique fisicamente se a peça está montada corretamente: solta, desparafusa-da, sem presilhas, etc.;4.3.Empurre e puxe a peça para verificar se o ruído desaparece durante o teste derodagem;4.4.Remova a peça do carro e refaça o teste quanto ao ruído.

A identificação da causa real do ruído envolve comprometimento em aplicar as quatrotécnicas citadas acima e não apenas deixarmos nos levar pelas síndromes, ou seja,síndrome do pressuposto de causa – assumir que determinada reclamação existe em umveículo só por saber que “acontece em todos os carros”; e síndrome da desorientaçãototal

Page 49: Apostila de Diagnostico

Ruídos

49

– insistir em procurar por peças com defeitos sem ter um foco de análise. (Verifiqueapostila de Reparo Bem Feito à Primeira Vez).

5)-Reparar o ruído

Vamos abordar os ruídos de uma perspectiva genérica para dar uma idéia de que tiposde problemas se procura e como repará-los; entretanto, as informações que daremos aseguir, não pretendem substituir uma informação específica de reparo que se possadisponibilizar através de um boletim de serviços. Deve-se sempre seguir as informaçõesjá publicadas sobre reparos quando aplicável. A informação que se segue indicará algu-mas idéias para seguir no caso de alguns problemas. Considere sempre que os proble-mas podem ou não ser repetidos e que os reparos podem ser executados de formasdiferentes.

Os problemas que causam ruídos anormais tendem a cair dentro de cinco categoriasgenéricas. São elas:

· Folga· Desalinhamento· Peças soltas· Lubrificação· Carenagens frouxas ou mal montadas.

NOTAS

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Motor

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NOTAS

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1ELÉTRICA

1

1

14

SumárioSistema de Carga ........................................................................................................ 53Regulador/Retificador de Meia Onda ........................................................................ 54Sistema de Carga do Tipo Trifásico .......................................................................... 55Bateria Selada ............................................................................................................. 57Testador de Baterias ................................................................................................... 58CarregadorAutomático de Baterias ........................................................................... 59Sistema de Ignição ...................................................................................................... 63Sistema de Ignição por Descarga Capacitiva (CDI) ...................................................... 63Bobina de Pulso .......................................................................................................... 63Bobina de Ignição ....................................................................................................... 64Funcionamento do Sistema de Ignição CDI.............................................................. 65Sistema de Ignição Transistorizada Digital ............................................................... 67Funcionamento da Ignição Transistorizada Digital .................................................. 67Neutro e Descanso Lateral no Sistema de Ignição .................................................. 68Sistema de Ignição (Diagnose de Defeitos) .............................................................. 69Sistema de Partida ...................................................................................................... 71Motor de Partida .......................................................................................................... 71Inspeção ....................................................................................................................... 71Montagem do Motor de Partida .................................................................................. 73Inspeção do Relê de Partida ...................................................................................... 75Sistema de Partida (Interruptores aberto) ................................................................ 75Sistema de Partida (Neutro) ....................................................................................... 75Sistema de Partida (Engatado/Embreagem Acionada) ............................................ 76Sistema de Partida (Neutro e Embreagem) .............................................................. 76Inspeção do Diodo ...................................................................................................... 77Diagnose de Defeitos (Sistema de Partida) .............................................................. 79Sistema de Alimentação PGM-FI ................................................................................ 83Sensor de Ângulo do Chassi (BAS) ........................................................................... 84Sistema de Alimentação PGM-FI (Continuação) ....................................................... 84Funcionamento da Bomba de Combustível .............................................................. 85Diagnose de Defeitos (Sistema de combustível) ...................................................... 86Diagnose de Defeitos (Defeitos presentes indicador pela lâmpada do FI)) ........... 93HISS - Sistema Honda de Bloqueio da Ignição....................................................... 106Diagnose de Defeitos ................................................................................................ 112

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Elétrica

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Sistema de Carga

O sistema de carga da motocicleta tem a função de gerar energia suficiente para mantera bateria carregada durante o seu funcionamento.Sua composição é feita basicamente dos seguintes componentes : bobina de carga,regulador/retificador e a bateria.

É muito impotante salientar que os componentes são produzidos para garantir o perfeitofuncionamento de carga, mas se acessórios forem adicionados e ligados na bateria, tal-vez o sistema não consiga suprir esta necessidade e componentes poderão se danificar.

A maneira como se utiliza a motocicleta deve estar dentro dos parâmetros normais deuso, ou seja, rotação, distância percorrida, maneira de pilotar, podem influenciar na cargada bateria, mesmo se o sistema estiver perfeito. Ex: auto escola.

Veja abaixo o esquema elétrico de um sistema de carga monofásico.

REGULADOR

D 1D 2

ZD

FAROL

REGULADOR/RETIFICADOR

GATE

SCR

Analisando o seu funcionamento vemos, que ao girar a árvore de manivelas o rotorimantado do alternador gera um campo magnético na bobina de carga e esta passa agerar corrente de onda alternada para o regulador retificador conforme mostrado abaixo.

REGULADOR

D 1D 2

ZD

FAROL

REGULADOR/RETIFICADOR

GATE

SCR

De acordo com o diagrama uma parte da corrente gerada por esta bobina parte emdireção ao sistema de iluminação (Fio Y - Amarelo), mas este assunto abordaremos maisadiante.

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Elétrica

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Regulador/Retificador de Meia Onda

Quando a rotação do motor aumenta, a tensão de saída do alternador também aumenta.A função do regulador/retificador é manter esta tensão de saída de corrente alternadadentro de uma certa faixa e converter a corrente alternada em corrente contínua paraalimentar vários componentes e carregar a bateria.

O método de retificação de meia onda utiliza somente um diodo para converter correntealternada em contínua. Portanto, quando uma corrente monofásica alternada passa pelodiodo, a onda negativa da corrente é cortada e a tensão da corrente positiva sofre umaligeira queda.

O circuito mostrado ao lado é o mais simplesentre os reguladores retificadores.

Quanto maior a rotação do motor, maior é acorrente de saída gerada pelo alternador.

Esta corrente é retificada pelo diodo D1,mas fica bloqueada pelo diodo zener. Acorrente não passa pelo seu oposto, amenos que esta atinja um valor prédeterminado. A corrente está sendobloqueada pelo diodo zener, ao mesmotempo é retificada pelo diodo D2 e carregaa bateria.

Quando a rotação aumentar e ultrapassaro valor pré determinado, esta encontra umaresistência e é obrigada a se direcionar parao gate do tirístor.Então o tirístor libera corrente para o terra,limitando a quantidade até a bateria.

REGULADOR

D 1D 2

ZD

FAROL

REGULADOR/RETIFICADOR

GATE

SCR

REGULADOR

D 1D 2

ZD

FAROL

REGULADOR/RETIFICADOR

GATE

SCR

Page 55: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Os fios W (Branco), R/W (vermelho e branco) e G (verde) são os responsáveis pelapassagem da corrente elétrica da bobina de carga para o regulador/retificador, para abateria e para o terra respectivamente.A continuidade destes fios são fundamentais para o funcionamento pleno do sistema decarga da motocicleta.

Sistema de Carga do Tipo Trifásico

Motocicletas de média e alta cilindrada utilizam o sistema do tipo trifásico devido a suaestabilidade e rapidez de carregamento, sendo que nestes modelos a amperagem dabateria passa a ser maior.

XBobina de Carga

Bateria

Regulador/Retificador

Da mesma forma que no sistema monofásico, as ondas são geradas através do campomagnético do rotor do alternador, a diferença é que três ondas de corrente alternada sãogeradas formando um gráfico parecido ao mostrado abaixo.

A simbologia utilizada neste tipo de alternador apresenta três bobinas, mas o real écomposto por bobinas ligadas em série uma a outra.

As ligações podem ser do tipo estrela (ligação em Y) ou triângulo. Suas diferenças são asligações e a resistência apresentada por cada tipo de enrolamento.

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Elétrica

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Funcionamento

Neste tipo de enrolamento uma bobina faz terra para a outra, então todo correnre geradapor um enrolamento retorna a outro conforme mpstrado abaixo.

A tensão gerada nos enrolamentos da bobina ao entrar no regulador/retificados, passampor diodos enquanto não existe tensão no gate dos tirístores.Ao retificar a corrente ela sai diretamente para a bateria e retorna ao polo de moutrabobina.Como a geração é feita através de corrente alternada, ao concluir o ciclo uma nova ondaé gerada no sentiodo oposto ao inical e assim por diante.

XBobina de Carga

Bateria

Regulador/Retificador

x

Regulador deTensão

XBobina de Carga

Bateria

Regulador/Retificador

x

Regulador deTensão

A tensão da bateria é controlada por umregulador de voltagem, que detecata o ex-cesso de tensão, liberando sinais simultâ-neos para os “gates” dos tiristores., destaforma a corrente gerada é direcionada paraum terra. XBobina de

Carga

Bateria

Regulador/Retificador

Regulador deTensão

Page 57: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Bateria Selada

Semelhante ao modelo convencional, a bateria selada produz gases de hidrogênio eoxigênio. Entretanto, as placas são projetadas para não transformar totalmente o sulfatode chumbo em chumbo. Essa condição do chumbo é chamado de chumbo de esponja. Ooxigênio produzido pela placa positiva reage com o chumbo transformando em água,portanto, não há necessidade de adicionar água.

As baterias seladas dispõem de válvulas de segurança projetadas para abrir-se quandohá produção excessiva de gás. As válvulas de segurança fecham-se quando a pressãointerna volta ao normal, voltando novamente a condição de completamente selada. Umfiltro de cerâmica é instalado sobre as válvulas de segurança para impedir ignição internados gases produzidos.

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Testador de Baterias

Furukawa - Modelo FBT-50

1º Passo: Conecte firmemente a presilha do pólo positivo, e em seguida a do pólonegativo.

2º Passo: Identifique o número da bateriae localize-o na tabela na parte traseira dotestador, ou no manual de instruções dotestador, para obter o número de referência.

3º Passo: Utilize os botões de seta paraselecionar o número de referência.

4º Passo: Pressione o botão TEST e verifique a indicação através dos leds na tabelaabaixo:

Page 59: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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CarregadorAutomático de Baterias

Yuasa - modelo MB-2020

Led Vermelho (Power) - Indicador de funcionamento do carregador.

Led Amarelo (Charge) - Indicador de carga do carregador.

Seletor NEW/NORMAL - Seletor especial para baterias novas (NEW) ou usadas(NORMAL).

Funcionamento:

Para baterias novas: Primeiramente devemos realizar todo o processo de ativaçãoutilizando as informações vistas anteriormente, no caso de baterias Yuasa. Para as bateriasHeliar não há necessidade de adição de eletrólito, pois as baterias já são aditivadas defábrica.

Após o descanso pré determinado de 30 min. (baterias Yuasa) devemos selecionar omodo “NEW” do carregador e então instalar as garras (+) e depois a (-) nos polos dabateria.Para as baterias Heliar utilize o modo “NORMAL” para a carga inicial.

Ligue o carregador e aguarde. Quando o Led amarelo se apagar, a bateria já atingiu100% de carga.

Desligue o carregador, mesmo se este tiver desligamento automático e retire nestasequencia as garras (-) e (+) do carregador dos polos da bateria.

Para baterias usadas: Devemos selecionar o modo “NORMAL” do carregador e entãoinstalar as garras (+) e depois a (-) nos polos da bateria.

Ligue o carregador e aguarde. Quando o led amarelo começar a piscar, a bateria atingiu70% da carga. Devemos aguardar o led amarelo se apagar para finalizar o carregamento.

Desligue o carregador, mesmo se este tiver desligamento automático e retire nestasequencia as garras (-) e (+) do carregador dos polos da bateria.

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Elétrica

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NOTAS

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Elétrica

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Diagnose de defeitos

Sistema de Carga

A bateria está danificada ou fraca

1. Teste da bateria

Remova a bateria e verifique suas condições utilizando o dispositivo de teste recomenda-do:

A bateria está em boas condições?

Não - Bateria defeituosa

Sim - Próxima etapa

2. Teste de fuga de corrente

Instale a beteria, recoloque apenas o cabopositivo e insira multímetro em série na es-cala de ______mA. (Atenção para instala-ção do aparelho, a ponta (+) deve ser liga-da ao cabo (-) e a ponta (-) ao polo (-) dabateria.

A fuga de corrente é inferior a _______ mA?

Sim - Vá para etapa 4.

Não - Próxima etapa.

Page 62: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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3. Teste da fuga de corrente com o regulador/retificador desligado.

Desconecte o conector do regulador/retificador e refaça o teste de fuga de corrrente.

A fuga é inferior a 0,15 mA?

Sim - Substitua o regulador/retificador.

Não - Verifique a fiação, pontos em curto e o interruptor de ignição.

4. Inspeção da bobina de carga do alternador.

Verifique a resistência da bobina de carga (fios W e G para modelos monofásicos e fiosY, entre si para os modelos trifásicos).

A resistência da bobina de carga está entre ____________?

Não - Bobina de carga defeituosa.

Sim - Próximo passo.

5. Inspeção da voltagem de carga.

Meça e registre a voltagem com ummultímetro digital comparando-a com omotor parado e a 5.000 rpm e compare osresultador de acordo com a fórmula>

BV medido < CV medido < 15,5 V.

A medição está de acordo com o padrão?

Sim - Bateria com defeito.

Não - próximo passo.

Page 63: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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SISTEMA DE IGNIÇÃO

O sistema de ignição é o responsável pelo fornecimento de tensão suficiente a vela parauma correta queima da mistura ar-combustível no motor.Podemos dividí-los nos seguintes tipos:

- Sistema de ignição por sistema de CDI (Capacitice Discharge Ignition)- Sistema de ignição transistorizada digital- Sistema de ignição via Módulo PGM-FI (Programmed Fuel Injection)

Estudaremos neste capítulo apenas os dois primeiros, pois discutirmos mais adiantesistemas ligados a injeção eletrônica.

Sistema de Ignição por Descarga Capacitiva (CDI)

DIODO

CAPACITOR

VELA DEIGNIÇÃO

TIRÍSTORUNIDADE CDI

Antes de falarmos de seu funcionamento, vamos verificar os demais componentes quetrabalham no sistema de ignição e suas funções.

Bobina de Pulso

Toda passagem do ressalto do rotor doalternador pela bobina de pulso, gera umpico de tensão de corrente alternada e asondas positivas e negativas são enviadas aunidade de CDI, que realiza a leitura docomprimento de suas ondas e trabalha como avanço de ignição correto.

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Bobina de Ignição

A bobina de ignição tem a função de trans-formar baixa tensão do enrolamento primá-rio em alta tensão através do enrolamentosecundário para gerar centelha elétrica nafolga entre os eletrodos da vela.

A tensão recebida no enrolamento primáriodeve ser de no mínimo 100 V e sua trans-formação é de aproximadamente 100 Vdevido as características de enrolamento(diâmetro e quantidade de espiras doenrolamento secundário.

Tipos de bobina de Ignição

As bobinas de ignição podem variar em tipos de construção, os mais comuns são: bobinatipo simples, bobina de ignição dupla e bobina de ignição integrada.

Bobina de Ignição Simples

Utilizada em motocicletas de baixacilindrada, este tipo de bobina possui ape-nas um fio de ligação ao CDI e é direta-mente aterrada ao chassi.

Bobina de Ignição Dupla

Possui dois fios de conexão, utilizada emmotocicletas de média e alta cilindrada (CB600, Shadow 750.). Sua alimentação vemdireto da bateria.

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Bobina de Ignição Integrada

Utilizada em motocicletas de alta cilindrada,principalmente em modelos PGM-FI, estaconfuguração de bobina apresenta menosperda de transmissão de tensão, já que asbobinas primárias e secundárias e a velasão projetadas em uma única peça, sem anecessidade de um cabo de alta tensão.

Esta configuração apresenta também doisfios e sua alimentação é dada pela bateria.

Funcionamento do Sistema de Ignição CDI

A unidade de controle de CDI - CC possui um transformador que amplia a tensão dabateria até aproximadamente 220 V, depois armazenada no próprio CDI. Com exceçãodo transformador, a unidade CDI-CC é idêntica ao sistema de ignição em CDI -AC. Emcomparação com o CDI tradicional alimentado por bobina de excitação, o CDI-CCproporciona maior energia de faísca em alta rotação uma vez que é alimentada por umafonte de energia estável que é a bateria.Após a passagem pelo transformados, a tensão é acumulada em um capacitor, conformemostrado abaixo.

DIODO

CAPACITOR

VELA DEIGNIÇÃO

TIRÍSTORUNIDADE CDI

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Ao se ligar o motor o sinal gerado pela bobina de pulso é direcionado diretamente para ocircuito do gate de forma a analisar a distância entre as ondas e realizar um corretoavanço do ponto de ignição.Este sinal dispara o gate do tirístor e coloca os polos do capacitor em curto descarregan-do-o, sobre o enrolamento primário de ignição atravpes do aterramento da bobina deignição.

DIODO

CAPACITOR

VELA DEIGNIÇÃO

TIRÍSTORUNIDADE CDI

A transformação de tensão nos enrolamentos primário e secundário ocorre como descri-to anteriormente no funcionamento da bobina de ignição gerando uma tensão estávelentre os eletrodos da vela e consequentemente a centelha.

NOTAS

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Elétrica

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Sistema de Ignição Transistorizada Digital

O sistema de ignição transistorizada também utiliza a bateria como fonte de energia mashá grande diferença em seu princípio de funcionamento.

Como o tempo de duração da faísca da vela é mais longo do que no sistema de igniçãoCDI, este sistema é apropriado para os motores de maior cilindrada.

Esse sistema controla digitalmente o sincronismo de ignição usando um microprocessadorinstalado na interior do módulo de ignição que calcula o tempo ideal de ignição em todasas rotações do motor. O microprocessador dispõe também de um mecanismo desegurança que corta a energia para a(s) bobina(s) de ignição e quando o sincronismo deignição tornar-se anormal.

O sistema é composto de um rotor gerador de pulsos, um ou dois geradores de pulsos, omódulo de ignição, bobina(s) de ignição e vela(s) de ignição.

A ilustração abaixo representa um sistema simplificado comum gerador de pulsos. Ossistemas com duplo gerador de pulsos são muito semalhantes

Funcionamento da Ignição Transistorizada Digital

A bateria alimenta corrente à bobina primária de ignição através do interruptor de igniçãoe do interruptor do motor quando o transístor no interior do módulo de ignição estiverativado. Essa corrente é interrompida quando o transístor estiver desativado.

Quando o motor é ligado, o sinal do gerador de pulsos alimenta o receptor de sinais, queos converte em sinais digitais que são enviados ao microprocessador. A memória domicroprocessador armazena as características ideais de regulagem do ponto de igniçãoem função das rotações do motor e posições da árvore de manivelas. A memóriadetermina então, quando ativar e desativar o transístor para obter o ponto de igniçãocorreto.

Quando o transístor é ativado, flui a corrente pela bobina primária de ignição. A memóriaentão desativa o transístor no momento de produzir-se a centelha na vela de ignição.

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Elétrica

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Neutro e Descanso Lateral no Sistema de Ignição

Alguns sistemas de ignição recebem informação do interruptor do neutro e da posição dodescanso lateral (abaixado ou recolhido). Quando a motocicleta encontra-se em neutro,o sistema de ignição funciona normalmente dando condições plena para o funcionamen-to do motor.Quando a motocicleta não encontra-se com a transmissão em neutro, o descanso lateraldeve estar recolhido para que o sistema de ignição funcione normalmente, caso odescanso lateral esteja abaixado, o sistema de ignição não proporciona faísca(s) na(s)vela(s) de ignição.

PARA QUE A IGNIÇÃOFUNCIONE, ESTE FIO DEVE

ENCONTRAR UM TERRA

A inspeção do cavalete lateral e do neutro consiste na medição de continuidade dosinterruptores. Utilizamos o ohmímetro na escala de 200 Ohms.

Page 69: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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1. A vela de ignição não produz faísca.

Verifique o pico de voltagem da bobina pri-mária de ignição.

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

O pico de voltagem está dentro do valor padrão?

Sim. - Siga os passos descritos abaixo na ordem alfabética.

a) Vela de ignição defeituosa.b) Bobina de ignição defeituosa.

Não há pico de voltagem. - Siga os passos abaixo em ordem alfabética.

a) Verifique as conexões do adaptador de pico de voltagem.b) Verifique a escala do multímetro.c) Interruptor de ignição e emergência (se houver) defeituoso.d) Verifique a continuidade e continuações da ECM.e) Verifique a tensão de alimentação do fio Bl/W da bobina de ignição. (modelos debobina dupla).f) Interruptor do cavalete lateral (se houver) ou ponto morto defeituosos.g) Continuidade da fiação do cavalete lateral ( G/W). e neutro (Lg/Bl).h) Adapatdor de pico defeituoso.i) Gerador de pulsos da ignição defeituoso (verifique através do pico de voltagem).j) Se os demais itens estiverem OK, Módulo defeituoso.

Baixo pico de voltagem. - Siga os passos abaixo em ordem alfabética.

a) Verifique as conexões e escala do adaptador de pico de voltagem. (escala:)b) Verifique a velocidade de acionamento do motor de partida (ou a força do pedal).c) Conexão solta ou inadequada no terminal ou circuito aberto na ignição.d) Interruptor do cavalete lateral (se houver) ou do ponto morto defeituoso.e) Diodos da embreagem e do ponto morto (se houver) defeituosos.f) Circuito aberto ou conexão inadequada nos seguintes componentes:

- linha do interruotor do cavalete lateral (se houver).- linha do interruotor do ponto morto.- linha do interruptor da embreagem.

g) Módulo de controle da ignição (CDI).

Sistema de Ignição (Diagnose de Defeitos)

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Elétrica

70

Verifique o pico de voltagem da bobina depulso.

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

O pico de voltagem está dentro do padrão?

Não. Diagnóstico:

a) Adaptador de pico de voltagem defeituoso.b) Gerador de pulsos da ignição defeituoso.

O valor está abaixo do padrão.a) Verifique as conexões e escala do adaptador de pico de voltagem. (escala:)b) Verifique a velocidade de acionamento do motor de partida (ou a força do pedal).c) Gerador de pulsos defeituoso.

NOTAS

Page 71: Apostila de Diagnostico

Elétrica

71

Sistema de Partida

Motor de Partida

Desmontagem:Antes de desmontar o motor de partida,marque a posição da carcaça e da tampado motor de partida de modo que sejapossível montá-lo novamente.

Remova os parafusos do motor de partidae a tampa.

NOTANos modelos com calços entre o induzidoe a tampa, anote a quantidade e posiçãodos calços.Anote a posição das peças para montá-lascorretamente.

Inspeção

Verifique a continuidade na carcaça domotor de partida:

Entre o terminal do cabo e a carcaça:normal se não houver continuidade.

Entre o terminal do cabo e as escovas (fiopreto): normal se houver continuidade.

Em caso de anormalidade, substiua omotor de partida.

Meça o comprimento das escova do motorde partida.

Substitua as escovas se o comprimento formenor que o limite de uso indicado.

Page 72: Apostila de Diagnostico

Elétrica

72

Verifique a continuidade entre os terminais+ e - do porta escovas.

Se houver continuidade, substitua o porta-escovas.

Verifique os seguintes pontos do induzido:

Danos ou desgaste anormal. - substituir

Descoloração nas barras do comutador. -substituir.

Depósitos metálicos entre as barras docomutador. - substituir.

Verifique a continuidade entre os pares debarras do comutador e também entre cadauma das barras e o eixo do induzido.

CONTINUIDADE - entre os pares debarras do comutador. -NORMAL

SEM CONTINUIDADE - entre cada umadas barras e o eixo do induzido. NORMAL.

Page 73: Apostila de Diagnostico

Elétrica

73

Verifique os rolamentos ou buchas datampa do motor de partida.

Rolamentos com folga excessiva outra vando. - substituir.

Buchas gastas ou danificadas. - substituir.

Montagem do Motor de Partida

Alinhe os ressaltos do porta escovas coma ranhura da carcaça do motor e instale oporta escova.

Coloque o anel de vedação na carcaça domotor de partida (se houver).

Instale as escovas no porta escovas.

NOTAAs superfícies de contato das escovaspodem ser danificadas se as escovas nãoforem instaladas corretamente.

Page 74: Apostila de Diagnostico

Elétrica

74

Engraxe as extremidades do eixo doinduzido.

Empure e mantenha as escovas dentro doporta escovas. Introduza o induzido nacarcaça, segure-o com firmeza para impe-dir que o imã atraia o induzido contra a car-caça.

NOTAA bobina pode ser danificada se o imã atrairo induzido contra a carcaça do motor departida.

Coloque os calços na ordem correta no eixodo induzido (quando houver).Instale o anel de vedação (quando houver).

Instale a tampa na carcaça do motor departida, alinhando as marcas de referênciada tampa da carcaça.

NOTAQuando instalar a tampa, tenha cuidadopara não danificar as bordas do retentor como eixo do induzido.

Aperte os parafusos de fixação da tampa.

Nos motores de partida que são montadosatravés de orifícios na carcaça da moto,verifique se o anel de vedação está em bomestado.

Para evitar danos, lubrifique o anel devedação.Conulte o Manual do Modelo Específicopara a instalação.

NOTAO aperto excessivo das porcas do terminaldo cabo do motor de partida pode fazer queo terminal seja empurrado para dentro dacarcaça do motor danificando os conectoresinternos.

Page 75: Apostila de Diagnostico

Elétrica

75

Sistema de Partida (Neutro)

Quando acionamos o interruptor de parti-da, a corrente da bateria passa pelo inter-ruptor de partida, relê de partida, diodo, in-terruptor do neutro e terra, acionando o mo-tor de partida.

Sistema de Partida (Interruptores aberto)

Quando o interruptor de partida é acionado,a voltagem da bateria não é aplicada nabobina do relê de partida.

Como o interruptor do neutro está aberto(motocicleta engatada) e a embreagemaberta (desacionada), a corrente da baterianão encontra o terra, portanto, o rele departida não é acionado.

Inspeção do Relê de Partida

Aplique a voltagem da bateria nos doisterminais da bobina do interruptor.Verifique a continuidade entre os terminaisB (bateria) e M (Motor).

Tipo 1Aplique a voltagem da bateria entre osterminais amarelo/vermelho e verde/ama-relo. Se houver continuidade entre os ter-minais B e M, o interruptor estará normal.

Tipo 2Quando se aplica voltagem da bateria entreos terminais verde/amarelo, deve existircontinuidade entre o fio terra (amarelo/vermelho) e a linha de aterramento.

Page 76: Apostila de Diagnostico

Elétrica

76

Sistema de Partida (Neutro e Embreagem)

Acionando-se o interruptor de partida, a corrente flui da bateria através dos interruptoresde ignição e de partida, passando pelo relê de partida. Caso a motocicleta não esteja emneutro, a corrente pode passar pelos interruptores de embreagem e descanso lateral,desde que a embreagem esteja acionada e o descanso lateral esteja levantado, nestacondição, o motor de partida é acionado.

Sistema de Partida (Engatado/Embreagem Acionada)

Quando o interruptor de partida é acionado,a corrente da bateria é aplicada na bobinado relê de partida.

Como o interruptor do neutro está aberto(motocicleta engatada), a corrente nãochega ao terra pelo neutro e sim pelaembreagem, permitindo que o relê departida seja acionado, colocando o motorde partida em funcionamento.

Page 77: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Inspeção do Diodo

A finalidade do diodo do interruptor da embreagem é evitar que a corrente elétrica flua emsentido contrário do indicador de ponto morto para o interruptor da embreagem.

Diodo defeituoso - O indicador de ponto morto acende-se quando a embreagem éacionada.

Conexões soltas nos terminais dos diodos - O motor de partida não funciona com atransmissão em ponto morto.

Verifique a continuidade entre os terminais do diodo.

Quando há continuidade, observa-se um pequeno valor de resistência.

Se houver continuidade somente em uma direção, o diodo estará em boas condições.

+_

Page 78: Apostila de Diagnostico

Elétrica

78

NOTAS

Page 79: Apostila de Diagnostico

Elétrica

79

Diagnose de Defeitos (Sistema de Partida)

1) O motor de partida não gira.

Verifique:- Fusível principal (30 A).- Tensão da bateria.- Cabo da bateria quanto a circuito aberto ou inadequado.

O cabo está OK?

Não. Diagnóstico:- Cabo da bateria com contato aberto ou inadequado.

Sim. Proximo passo.

Verifique:- Terminais do relê estão com contato inadequado ou solto.

Os terminais estão OK?

Não.Diagnóstico:- Terminais com contato inadequado.

Sim. Próximo passo.

Verifique:- Cabo do motor de partida com contato inadequado.

O cabo está OK?

Não. Diagnóstico:- Cabo do motor de partida inadequado.

Sim. Próximo passo.

Verifique:- Ligue o interruptor de ignição e de emergência, acione o interruptor de partida e

verifique se emite um “clique”.

Emitiu um clique?

Sim. Diagnóstico:- Ligue o terminal do motor de partida diretamente no pólo positivo da bateria(Não

utilize um fio fino devido a alta amperagem).Se o motor de partida girar verifique:

- Cabo do motor de partida solto.- Interruptor do relê de partida defeituoso.

Page 80: Apostila de Diagnostico

Elétrica

80

Se o motor de partida não girar, substitua-o.

Não. Diagnóstico:- Verifique a linha do terra da bobina do relê de partida.

Houve continuidade?

Não. Verifique:- Interruptor do ponto morto defeituoso.- Diodo defeituoso.- Interruptor da embreagem defeituoso.- Conector solto ou contato inadequado.- Circuito aberto na fiação.

Sim. Próximo passo.

Verifique:- Voltagem do relê de partida.

Houve tensão?

Não. Verifique:- Interruptor de ignição defeituoso.- Fusível queimado.- Interruptor de emergência defeituoso (se houver).- Interruptor de partida defeituoso.- Conector solto ou contato indequado.- Circuito aberto na fiação.

Sim.Próximo passo.

Funcionamento do interruptor do relê de partida.

O interruptor está OK?

Não. Diagnóstico:- Interruptor do relê de partida defeituoso.

NOTAS

Page 81: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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2) O motor de partida gira lentamente.

- Bateria fraca.- Cabo de bateria com contatoSim. Próximo passo.

Verifique:- Voltagem do relê de partida.

Houve tensão?

Não. Verifique:- Interruptor de ignição defeituoso.- Fusível queimado.- Interruptor de emergência defeituoso (se houver).- Interruptor de partida defeituoso.- Conector solto ou contato indequado.- Circuito aberto na fiação.

Sim.Próximo passo.

Funcionamento do interruptor do relê de partida.

O interruptor está OK?

Não. Diagnóstico:- Interruptor do relê de partida defeituoso.

NOTAS

Page 82: Apostila de Diagnostico

Elétrica

82

NOTAS

Page 83: Apostila de Diagnostico

Elétrica

83

Sistema de Alimentação PGM-FI

O diagrama abaixo representa o circuito necessário para funcionamento da bomba decombustível no sistema de injeção eletrônica.A maioria dos modelos qua utilizam este sistema, possuem um diagrama parecido com omostrado abaixo:

B15

A20Br/YECMBl/WIGP

FLR

Interruptor de Ignição

Int. de Parada do Motor

Relê de Parada do Motor

Relê de Corte de Combustível

De acordo com o diagrama e analisando a corrente pelo fluxo convencional, após a saídada bateria a corrente chega até o interruptor de ignição e ao mesmo tempo na entrada dorelê de parada do motor (passando pelos fusíveis de 30A e 20A respectivamente).

B15

A20Br/YECMBl/WIGP

FLR

Interruptor de Ignição

Int. de Parada do Motor

Relê de Parada do Motor

Relê de Corte de Combustível

Após ligarmos o interruptor de ignição, a corrente se dirige diretamente ao sensor BASatravés do fio W/Bl ao mesmo tempo que chega ao interruptor de parada do motor.

Quando o interruptor de parada do motor é ligado, a corrente passa pela bobina do relêde parada do motor e busca o aterramento no sensor BAS (Bank Angle Sensor).

Vamos ver como funciona este sensor e qual as formas de diagnosticá-lo.

Page 84: Apostila de Diagnostico

Elétrica

84

Sensor de Ângulo do Chassi (BAS)

O sensor BAS tem a função de cortar oaterramento do relê de parada do motorquando a motocicleta ultrapassar um deter-minado ângulo de inclinação que varia deacordo com o modelo (por exemplo: CBR1000 possui um ângulo de inclinação de60º).

Dentro do sensor existe um magneto quefunciona como um pêndulo durante ainclinação da motocicleta. Este pêndulo estáenvolvido em óleo de silicone que garanteuma certa resistência para que o pêndulonão movimente-se com facilidade esomente durante a inclinação.

Quando o magneto se aproxima do conjuntode palhetas, fecha o interruptor de palhetas,interrompendo o circuito proveniente do relêde parada do motor, desarmando-o. Destaforma corta-se a alimentação do Módulo,da bomba de combustível e do sistema deinjeção e ignição da motocicleta.

NOTA:Durante uma curva com bastante inclinação da motocicleta, a força centrífuga que atuadentro do sensor BAS evita que o pêndulo se desloque a fim de desligar a motocicleta.O sistema passa a ser efetivo em caso de tombo da motocicleta devido a desaceleraçãocausada no impacto.

Sistema de Alimentação PGM-FI (Continuação)

Após o aterramento do relê de parada do motor através do sensor BAS, a energia chegaaté o módulo que após recebê-la realiza o aterramento da bobina do relê de corte decombustível.

B15

A20Br/YECMBl/WIGP

FLR

Interruptor de Ignição

Int. de Parada do Motor

Relê de Parada do Motor

Relê de Corte de Combustível

Page 85: Apostila de Diagnostico

Elétrica

85

Após o aterramento do relê de corte de combustível, a corrente finalmente chega até abomba, fazendo com que o motor elétrico seja alimentado e a bomba pressurize.

NOTA:Enquanto o motor estiver desligado, a bomba pressuriza por aproximadamente 2 segun-dos apenas para deixar a pressão de combustível dentro do sistema preparada.Quando ligado, a bomba funciona constantemente.O aterramento para este funcionamento é realizado pela ECM.

B15

A20Br/YECMBl/WIGP

FLR

Interruptor de Ignição

Int. de Parada do Motor

Relê de Parada do Motor

Relê de Corte de Combustível

Funcionamento da Bomba de Combustível

Uma bomba do tipo rotativa envia o combustível para a linha de alimentação a umapressão de 3,5 kg/cm2.

A bomba de combustível possui uma válvula de retenção e uma válvula de descarga. Aválvula de retenção abre quando a bomba está em descarga, ela fecha quando a bombaestá em repouso para reter a pressão residual dentro da bomba e na tubulação decombustível, ajudando na partida do motor.

A válvula de descarga está normalmente fechada. Se o fluxo de combustível ficar obstruídono lado da descarga, a válvula abre-se para passagem do combustível para a porta dedescarga, e assim evitar uma pressão excessiva do combustível.

Page 86: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Abaixe o cavalete lateral e localize, qual é o injetor defeituoso através das piscadas.

1. A lâmpada do FI acendeu?

Sim. - Abaixe o cavalete lateral para localizar qual o injetor defeituoso através das pisca-das e verifique:

- resistência do(s) injetor(es) com problema.- continuidade da fiação dos injetores.

Diagnose de Defeitos (Sistema de com-bustível)

Para diagnóstico de defeitos do sistema decombustível do sistema PGM-FI, ligue o in-terruptor de ignição, interruptor de emergên-cia e verifique se a bomba faz o barulhocaracterístico por aproximadamente 2 se-gundos.Caso não apresente o ruído verifique se alâmpada do MIL e o indicador do FI apare-cem no painél.

NOTACaso os indicadores acendam verifique osbicos injetores.

Resistência padrão:__________________

Resistência do injetor: ________________

Continuidade do fio Bl/W.

Está OK?

( ) Sim ( ) Não

Cosntinuidade dos fios P

Está OK?

( ) Sim ( ) Não

Page 87: Apostila de Diagnostico

Elétrica

87

Não. - próximo passo.

2. Verifique a tensão de entrada noconector da bomba de combustível.

A tensão está OK?

Sim. - Bomba de combustível defeituosa.

Não. - próximo passo

3. Verifique a tensão de entrada do relê de corte de combustível. (A tensão perma-nece estável por 2 segundos).

A tensão está OK?

Sim. - Verifique:- relê de corte de combustível- continuidade e curto do fio do relê até a bomba e do relê até o módulo.

Se os testes estiverem OK, verifique a continuidade dos aterramentos e a tensão alimen-tação da ECM. Se os testes estiverem OK, substitua a ECM e refaça os testes.

Não. - próximo passo.

Page 88: Apostila de Diagnostico

Elétrica

88

4. Verique a tensão de entrada do relê deparada do motor.

A tensão está OK?

Sim. - Verifique:- o relê de parada do motor.- continuidade do fio do relê até o relê

de corte e da ECM.- Continuidade do fio do relê de corte

para o sensor BAS e aterramento do sensor.- Tensão de entrada do sensor BAS.

Não. -Verifique:- continuidade da fiação até o relê.- Interruptores de ignição e parada do motor.- Fusíveis.

NOTAS

Page 89: Apostila de Diagnostico

Elétrica

89

Diagnose de Defeitos (Motor funciona falhando ou com dificuldade de partida)

Ligue os interruptores de ignição e emergência.Dê partida na motocicleta e verifique se a lâmpada indicadora de mal funcionamento(MIL) acende.

A lâmpada acendeu?

Sim. - Abaixe o cavalete lateral e verifique qual o problema através das piscadas.

Não. - Sistema de alimentação (próximo passo).

Realize o teste de vazão de combustível.

A vazão está OK?

Sim. - Realize o teste de pressão de com-bustível.

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Obs. Este teste deve ser medido no tempo de 10 segundos

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 90: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Não. - Verifique:- obstruções nas mangueiras, filtros- Tensão da bateria.- nível de combustível do tanque.

A pressão está OK?

Sim. - Verifique:- compressão do motor.- Folga das válvulas.- Velas de ignição.- Obstrução do escapamento.- Caixa do filtro de ar e elemento filtrante.- Bicos injetores obstruídos.- Qualidade de combustível.

Não. - Substitua a bomba de combustível (Sistema Return Less).- No caso de sistema com regulador de pressão na régua, substitua o regulador

antes da bomba de combustível.

NOTAS

Page 91: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Diagnose de Defeitos (Bomba pressuriza normalmente, porém o motor não funcio-na)

Ligue os interruptores de ignição e emergência.Dê partida na motocicleta e verifique se a lãmpada indicadora de mal funcionamento(MIL) acende.

A lâmpada acendeu?

Sim. - Abaixe o cavalete lateral e verifique qual o problema através das piscadas.

Não. - próximo passo.

Realize o teste de pico de voltagem nas bobinas de ignição.

A tensão está OK?

Sim. - Substitua as velas de ignição.

Não. - Verique:- continuidade dos fios da bobina de ignição e curtos na fiação.

NOTAOs sensores CKP e CMP necessitam que o motor gire por um certo período para que aECM acuse o defeito. Utilize uma bateria auxiliar para executar estes testes.

Se a continuidade estiver OK, verifique a alimentação da ECM, os aterramentos.

Se houver continuidade, substitua a ECM.

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 92: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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NOTAS

Page 93: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Diagnose de Defeitos (Defeitos presentes indicados pela lâmpada do FI))

Ligue os interruptores de ignição e emergência.Dê partida na motocicleta e verifique se a lâmpada indicadora de mal funcionamento(MIL) acende.

A lâmpada acendeu?

Sim. - Abaixe o cavalete lateral e verifique qual o problema através das piscadas.

Verifique o defeito de acordo com os códigos relacionados abaixo:

Sensor de Pressão Absoluta do Coletor de Admissão (MAP - Manifold Air Pressure)

Código de piscadas 1 (uma piscada curta), para defeito elétrico.

Verifique a tensão de saída do sensor MAP.

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

NOTA:O resultado da tensão do MAP varia de acordo com a altitude acima do nível do mar, poisele é influenciada pela pressão atmosférica.

Verifique a voltagem de entrada do sensorMAP.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Os princiais sintomas na falha deste sensor são:

- falha em baixas rotações e marcha lenta.

Page 94: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Verifique a linha de saída do sensor MAP.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Sensor de Pressão Absoluta do Coletor de Admissão (MAP - Manifold Air Pressure)

Código de piscadas 2 (duas piscadas curtas), para defeito mecânico.

Verifique as conexões do sensor (mangueira de vácuo), quanto a obstruções ou danos.

Verifique o posicionamento dos elementos do filtro de ar ou componentes que influenciamna pressão negativa do coletor de admissão.

Sensor de Temperatura do Motor (ECT - Engine Cooling Temp.)

Código de piscadas 7 (sete piscadas curtas).

Principais sintomas da falha do sensor ECT:

- Motor apresenta dificuldade de partida a frio.- Ventoinha do radiador acionada constantemente.

Verifique a tensão de saída do sensor ECT.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 95: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Verifique a linha de entrada do sensor ECT.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Verifique a linha de saída do sensor ECT.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Sensor de Posição da Borboleta de Aceleração (THP - Throttle Position)

Código de piscadas 8 (oito piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Falha em acelerações bruscas.- Falha em rotações altas.

Verifique a tensão de saída do sensor THP(borboletas completamente fechadas).

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

Page 96: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Verifique a tensão de saída do sensor THP(borboletas completamente abertas).

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

Verifique a tensão de entrada do sensorTHP.

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

Verifique a linha de saída do sensor THP.

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

NOTAS

Page 97: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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Sensor de Temperatura do Ar de Admissão (IAT - Intake Air Temp.)

Código de piscadas 9 (nove piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Mistura pobre com densidades maiores de ar (temperaturas baixas).- Mistura rica com densidades menores do ar (temperaturas altas).- Dificuldade de partida.- Super aquecimento do motor com temperaturas baixas.- Tiro seco no escapamento com temperaturas baixas.

Veifique a tensão de saída do sensor IAT.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Verifique a tensão de entrada do sensor IAT.

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

Verifique a tensão de saída do sensor IAT.

Conexão: __________________________

Valor Padrão: _______________________

Valor Encontrado: ____________________

Sensor de Pressão Atmosférica (PA -BARO) - apenas CBR 1100 XX até 2000.

Código de piscadas 10 (uma piscada lon-ga).

Os principais sintomas na falha deste sensorsão:

- Mistura rica em altitudes maiores doque o nível do mar.

Os teste a serem realizados no sensor PAsegue a mesma ordem de testes do sensorMAP.

Page 98: Apostila de Diagnostico

Elétrica

98

Sensor de Velocidade (VSP)

Código de piscadas 11 (uma piscada longa e uma piscada curta).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Não funcionamento do velocímetro.- Não acionamento da solenóide linear do sistema HESD.

Verifique a tensão de entrada do sensorVSP.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Verifique a tensão de saída do sensor VSP.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

NOTAEste teste deve ser realizado, girando-selentamente a roda traseira com a mão.

Veifique a continuidade da linha de sinal dosensor VSP.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 99: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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INJETORES

Código de piscadas 12, 13, 14, 15, 16, 17, 48, 49 (representam os injetores primários esecundários respectivamente).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Não funcionamento do motor.

Veifique a resistência dos injetores.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Veifique a voltagem de entrada dosinjetores.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção da linha do circuito em curto.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Sensor de Posição da Árvore de Comando (CMP - Camshaft Position)

Código de piscadas 18 (uma piscada longa e oito piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Não funcionamento do motor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 100: Apostila de Diagnostico

Elétrica

100

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Sensor de Posição da Árvore de Comando (CKP - Crankshaft Position)

Código de piscadas 19 (uma piscada longa e nove piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Não funcionamento do motor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 101: Apostila de Diagnostico

Elétrica

101

Sensor O2 ou LAF Sensor

Código de piscadas 21 (duas piscadas longas e uma piscada curta).

Este sensor é responsável por monitorar o nível de oxigênio presente nos gases de esca-pe e corrigir o tempo básico.

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Desbalanceamento da mistura ar/combustível.

Verifique a voltagem de saída do sensor deO

2.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de circuito aberto do sensor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de curto circuito do sensor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de circuito aberto do sensor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Para este teste, aqueça o motor até a tem-peratura de 80ºC.

NOTAS

Page 102: Apostila de Diagnostico

Elétrica

102

Aquecedor do Sensor O2 ou LAF Sensor

Código de piscadas 23 (duas piscadas longas e três piscadas curtas).

Este sensor éresponsável por monitorar o nível de oxigênio presente nos gases de esca-pe e corrigir o tempo básico.

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Desbalanceamento da mistura ar/combustível.

Inspeção do sistema do sensor O2.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção da resistência do sensor de O2.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de circuito aberto do aquecedor.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção do circuito com relação a curto .

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Potenciômetro com Baixa Voltagem

Código de piscadas 34 (três piscadas longas e quatro piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Dificuldades de movimentação da borboleta do EGCV.

Inspeção do sistema do potenciômetro doEGCV.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 103: Apostila de Diagnostico

Elétrica

103

Inspeção da voltagem de entrada dopoteciômetro do EGCV.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção do circuito do potenciômetro doEGCV.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de circuito aberto na linha de saí-da.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção de curto circuito na linha de saí-da.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Page 104: Apostila de Diagnostico

Elétrica

104

Inspeção do poteciômetro do EGCV.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Travamento do Servo Motor da EGCV

Código de piscadas 35 (três piscadas longas e cinco piscadas curtas).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Dificuldades de movimentação da borboleta do EGCV.

Inspeção do funcionamento da EGCV.

-Verifique quanto a travamento,nroscamento e engripamento dos cabos dosistema.

Inspeção do servo motor da EGCV.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção da linha do ECM.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

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Elétrica

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Solenóide Linear do Sistema HESD

Código de piscadas 51 (cinco piscadas longas e uma piscada curta).

Os principais sintomas na falha deste sensor são:

- Instabilidade de pilotagem em altas velocidades.

Inspeção do circuito da solenóide linear.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção da resistência da solenóide line-ar.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

Inspeção do circuitoem curto da solenóidelinear.

Conexão: __________________________

Valor padrão: _______________________

Valor encontrado: ____________________

NOTAS

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Elétrica

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HISS - Sistema Honda de Bloqueio da Ignição

HISS é a abreviação de Honda Imobilizer Security System (Sistema Honda de Bloqueioda Ignição).

Os seguintes cuidados devem ser tomados com o sistema:

> Não se deve aproximar duas chaves de veículos com imobilizador quando umadelas estiver em uso.> Internamente a chave possui um componente eletrônico, o transponder. Esse com-ponente é sensível a quedas e pancadas. Não deixe a chave sobre o painel de um veícu-lo ou outros locais onde ocorrem altas temperaturas. Não permita contato prolongadocom a água e evite quedas e impactos contra superfícies duras.> Caso todas as chaves sejam perdidas a ECM também deverá ser substituida.> O HISS não funcionará caso a mesma chave seja registrada duas vezes no mesmosistema.> A ECM pode armazenar até 4 chaves.

Chave(s) com transponder

Módulo receptor ECMInterruptor de ignição

Acessórios com chaves*

Foi perdida ou deseja-se registrar chave reserva

O

Todas chaves foram perdidas ou ECM defeituosa

O O

Módulo receptor defeituoso OInterruptor de ignição defeituoso O OAcessório(s) com chave defeituoso(s)

O

ProblemaPeças que devem ser substituidas

* Por "acessórios com chave" entenda a trava do assento e a tampa do bocal de abastecimento com chave.

Componentes que devem ser substituidos de acordo com determinado problema:

Funcionamento:

O sistema consiste de uma chave com transpounder, uma antena de captação das frequências do mesmo e da ECM (que controla tanto a ignição quanto a injeção de combustível.

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Elétrica

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O sistema possui dois tipos de codificação:

- uma mecânica, que são os cortes existen-tes na chave e são limitados a uma deter-minada quantidade, ou seja, não existe umsegredo mecânico exclusivo para cada ve-ículo.

- uma eletrônica, esta sim exclusiva paracada chave.

O segredo eletrônico depende exclusiva-mente do transpounder, que está inseridodentro da chave enão deve ser removidoem hipótese alguma.

Ao ligar o interruptor de ignição, a ECM envia um sinal de frequência para a chave, que areconhece e envia o seu código para a CPU localiada na ECM.Se este código também estiver gravado na CPU da ECM, será liberado o funcionamentodo módulo e a lâmpada indicadora do HISS, se apagará.

Page 108: Apostila de Diagnostico

Elétrica

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No transpounder existe duas memórias, uma que não pode ser mudada e outra onde éarmazenado o código do módulo que não pode ser alterado após ser registrado.

Na ECM existem 4 espaços para serem armazenados os códigos de até 4 chaves simul-taneamente, sendo que estes códigos podem ser apagados e rearmazenados, e umcódigo da ECM que não pode ser apagado ou mudado.

NOTA:Nunca ligar o interruptor de ignição comduas chaves colocadas próximas, pois istopode confundir a ECM que não liberará ofuncionamento.

A moto que sai da HONDA possui duas chaves já codificadas para o seu ECM, tendoespaço para codificar mais duas chaves, se houver necessidade.

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Elétrica

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Procedimento para Gravação de uma nova Chave

Inicialmente deve-se adquirir uma ou duas chaves virgens e mandar realizar a codificaçãomecânica de acordo com os cortes da chave original.

Com o auxílio do chicote para gravação (ferramenta especial) iniciar o procedimento deacordo com os passos a seguir:

- Desconecte o conector do sensor CKP (gerador de pulsos da árvore de manivelas) einstale o chicote de gravação do lado da fiação e instale os conectores do chicote a umabateria em bom estado. Ligue o interruptor de ignição.

O luz do HISS deverá permanecer acesa.

Remova o cabo positivo ( + ) do chicote erecoloque-o após 2 segundos ou mais.

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Elétrica

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O indicador do HISS deverá permaneceraceso por 2 segundos e depois piscará 4vezes comtinuamente.

Foi iniciado o procedimento de reconhecimento da nova chave, se houverem outras paraserem gravadas, apenas desligue o interruptor remova a chave já gravada e instale anova chave ligando o interruptor de ignição.

A luz do HISS piscará 4 vezes a cada nova chave que for reconhecida. Não remova maiso cabo positivo ( + ), pois se isto ocorrer o procedimento deverá ser reiniciado.

NOTA:Cuidado para não gravar a mesma chave duas vezes seguidas, isto poderá acarretardanos a ECM.

Caso o número de piscadas seja diferente do indicado no procedimento acima, consulteo Manual de Serviços para códigos de falha do sistema HISS e efetue novamente oprocedimento.

A cada procedimento de gravação de uma nova chave, a chave reserva deverá ser nova-mente gravada na memória, pois todos os segredos existentes na mamória da ECMserão apagados exceto o da chave que estiver no contato, ou seja, ela passa a ser aprimeira chave gravada na ECM.

Se houver necessidade de substituição so-mente da ECM, não haverá necessidade deefetuar o procedimento descrito acima, poisa ECM nova, terá toda a sua memória livrede códigos.

Ao ligar a chave do antigo módulo, automa-ticamente os dois códigos existentes nachave serão gravados na ECM, sendo esteo procedimento para a gravação da chavereserva.

Se houver interesse em gravar novas cha-ves, realize o procedimento para gravaçãode novas chaves descrito acima.

Procedimento para Gravação em um Módulo (ECM) Novo

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Elétrica

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NOTAS

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Diagnose de Defeitos

1) O indicador do imobilizador não acende quando o interruptor de ignição é ligado.

a. Inspeção do fusívelVerifique o fusível (10A).

O fusível está queimado?SIM – Substitua o fusível.NÃO – Vá para a etapa “b”.

b. Inspeção do painel de instrumentosCertifique-se que o indicador do ponto morto acende quando o interruptor de ignição éligado.

O indicador se acende?NÃO – Vá para a etapa “c”.SIM – Vá para a etapa “d”.

c. Inspeção da linha de entrada de alimentação do painel de instrumentosVerifique a linha de entrada de alimentação (fio Vermelho/verde) no conector do painel deinstrumentos.

A voltagem está de acordo com as especificações?NÃO – · Circuito aberto no fio Vermelho/verde· Circuito aberto no fio VerdeSIM – Painel de instrumentos defeituoso

d. Inspeção da linha do indicador do imobilizador no conector do ECMVerifique a linha do indicador do imobilizador (fio Branco/vermelho) no conector do ECM.

A voltagem está de acordo com as especificações?NÃO – Vá para a etapa “e”.SIM – Vá para a etapa “f”.

e. Inspeção da linha do indicador do imobilizador no conector do painel deinstrumentosVerifique a linha do indicador do imobilizador (fio Branco/vermelho) no conector do painelde instrumentos.

A voltagem está de acordo com as especificações?NÃO – Circuito aberto no fio Branco/VermelhoSIM – Painel de instrumentos defeituoso

f. Inspeção da linha de entrada de alimentação no conector do ECMVerifique a linha de entrada de alimentação (fio Preto/branco) no conector do ECM.

Page 113: Apostila de Diagnostico

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A voltagem está de acordo com as especificações?NÃO – · Fio Preto/branco com circuito aberto· Relé de parada do motor defeituoso· Fusível FI (20A) queimado· Circuito aberto no fio Vermelho/amarelo ou no fio Vermelho/branco entre a bateria e orelé de paradado motorSIM – Vá para a etapa “g”.

g. Inspeção da linha do terra (fio Verde/rosa) no conector do módulo de controle domotor (ECM).

Existe continuidade?NÃO – Circuito aberto no fio Verde/rosaSIM – · Contato solto ou inadequado no conector do ECM· ECM defeituoso

NOTAS

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2) O indicador do imobilizador permanece aceso com o interruptor de ignição ligado.

a. Inspeção de interferência no módulo receptorCertifique-se que não exista obstrução metálica ou transponder de outro veículo próximoà chave ou móduloreceptor.

Existe alguma obstrução metálica ou chave de outro veículo?SIM – Remova e verifique novamente.NÃO – Vá para a etapa “b”.

b. Inspeção da primeira chave com transponderLigue o interruptor de ignição (ON) utilizando uma chave reserva e observe ocomportamento do indicador doimobilizador. O indicador deve acender por dois segundos e apagar em seguida.

O indicador se apaga?SIM – Primeira chave defeituosaNÃO – Vá para a etapa “c”.

c. Inspeção do código do diagnóstico de falhasSiga os procedimentos da indicação do código do diagnóstico de falhas (página 21-5) everifique se o indicador do imobilizador acende e, em seguida, começa a piscar.

O indicador pisca ou permanece aceso?PISCA – Leia o diagnóstico de falhas (página 21-5).PERMANECE ACESO – Vá para a etapa “d”.

d. Inspeção da linha do indicador no conector do ECMVerifique a linha do indicador do imobilizador (fio Branco/vermelho) no conector do ECM(página 21-11).

A voltagem está de acordo com as especificações?NÃO – Circuito em curto no fio Branco/vermelhoSIM – Vá para a etapa “e”.

e. Inspeção da linha do sensor CKP (posição da árvore de manivelas)Verifique as linhas do sensor CKP (fios Amarelo e Branco/preto) entre os conectores doECM e do sensor CKP (página 21-11).

Existe continuidade?SIM – ECM defeituosoNÃO – · Circuito aberto no fio Amarelo ou no fio Branco/preto

Page 115: Apostila de Diagnostico

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3) Código de falhas não pode ser enviado ou recebido (código de diagnóstico éindicado).

a. Inspeção da linha de entrada de alimentação do módulo receptor do imobilizador.Verifique a linha de entrada de alimentação (fio Amarelo/vermelho) no conector do móduloreceptor (página 21-11).

Existe aproximadamente 5 V?NÃO – Circuito aberto ou em curto no fio Amarelo/vermelhoSIM – Vá para a etapa “b”.

b. Inspeção da linha do terra do módulo receptor do imobilizadorVerifique a linha do terra (fio Cinza/preto) no conector do módulo receptor (página 21-11).

Existe continuidade?NÃO – Circuito aberto ou em curto no fio Cinza/pretoSIM – Vá para a etapa “c”.

c. Inspeção das linhas do sinal do módulo receptor do imobilizadorVerifique as linhas do sinal (fios Rosa e Azul/laranja) entre os conectores do móduloreceptor e do ECM (página 21-12).

Existe continuidade?NÃO – · Circuito aberto ou em curto no fio Rosa· Circuito aberto ou em curto no fio Azul/laranjaSIM – Módulo receptor do imobilizador defeituoso

NOTAS

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NOTAS

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