apostila de balistica forense

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POLCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ACADEMIA ESTADUAL DE POLCIA SILVIO TERRA DIVISO DE ENSINO POLICIAL APOSTILA PARA O CURSO DE FORMAO PROFISSIONAL PARA PERITO CRIMINAL / 2009 Professoras: Rosicla Coutinho Lobato Marques e Andria Gamillscheg Felippe Peritos Criminais lotadas no Servio de Percias de Armas de Fogo do ICCE/SEDE/RJ NOES BSICAS DE BALSTICA FORENSE OBJETIVOS: Introduo Balstica Forense Exames em Armas Curtas Exames em Armas Longas Exames em Munies Exames em Projtis Informaes mnimas que devem constar em Exames Periciais de Balstica Forense (padro SPAF-ICCE/RJ) O Laudo Pericial de Arma de Fogo Regras de Segurana Legislaes pertinentes Arma de Fogo e seus componentes Noes Bsicas de Confronto Balstico CONCEITO DE BALSTICA FORENSE a parte do Conhecimento da Criminalstica e Mdico Legal que tem como estudo principal a arma de fogo, sua munio e os fenmenos e efeitos produzidos pelos tiros dessas armas, objetivando elucidar e provar a ocorrncia de questes de fato no

interesse da justia. CONTEDO DA BALSTICA FORENSE O contedo altamente tcnico, apesar de sua finalidade especfica ser jurdica , por isso recebe o nome de FORENSE. A percia balstica um estudo especializado sobre a prova, pois o Perito um auxiliar da Justia (artigo 275 do CPP). O Ilustre Professor Hlio Tornaghi, em sua expresso clebre diz que a percia no prova e sim ilumina a prova. Assim, quando o perito depe em juzo no o faz como testemunha, mas presta esclarecimentos tcnicos enquanto auxiliar da justia. Tanto o laudo pericial como as declaraes dos peritos sero sempre elementos subsidirios para a valorao da prova pelo juiz. O corpo do delito para a balstica forense a arma de fogo e seus componentes e a munio e o Laudo o exame do Corpo do Delito. DIVISO DA BALSTICA FORENSE BALSTICA INTERNA estuda a estrutura, os mecanismos, o funcionamento das armas de fogo, a capacidade da arma de produzir tiros ou no, a munio e os componentes de munio. BALSTICA EXTERNA estuda a trajetria do projetil desde a sada da boca do cano da arma de fogo at a sua parada final. BALSTIC A TERMINAL OU DOS EFEITOS estuda os efeitos produzidos pelo projetil quando este atinge o alvo (animado ou inanimado). CONCEITO DE ARMA todo objeto ou instrumento concebido e destinado com finalidade especfica para o ataque e para a defesa do homem. Certos objetos so feitos pelo homem, com a finalidade de serem usados como armas. So denominados ARMAS PRPRIAS, como por exemplo, revlver, pistola, fuzil etc. Outros instrumentos podem, eventualmente, ser utilizados para matar ou ferir, como martelo, foice, machado. Esses no so produzidos, objetivando aumentar o ataque

ou defesa do homem, mas podem ser usados para tal, por isso so denominados de ARMAS IMPRPRIAS. CONCEITO DE ARMAS DE FOGO So peas construdas com um ou dois canos, abertos numa das extremidades, parcialmente fechados na parte de trs, por onde se coloca o projetil o qual lanado distncia atravs da fora expansiva dos gases pela combusto de determinada quantidade de plvora. CLASSIFICAO DAS ARMAS DE FOGO A) Quanto s suas dimenses portteis Ex. revlver, pistola, garrucha, espingarda, carabina etc. No portteis Ex. canho B) Quanto ao modo de carregar antecarga o carregamento feito pela extremidade anterior do cano (boca); retrocarga o carregamento feito pela extremidade posterior do cano. Atualmente, a maioria das armas de fogo so deste tipo, por exemplo, pistola, revlver, carabina etc. C) Quanto alma do cano o cano das armas de fogo confeccionado a partir de um cilindro de ao perfurado, longitudinalmente, em sua regio mediana, por uma broca. Por isso, as armas podem ser: de alma lisa so aquelas cuja superfcie interna do cano lisa e, totalmente ou parcialmente cilndrica. Temos como exemplo as espingardas. de alma raiada so aquelas cujo cano foi provido, internamente, de estriamento, o qual est constitudo por um nmero equivalente de sulcos (as raias) e de cristas (os cheios) de forma helicoidal, alternada e paralelamente dispostos com

regularidade, e se destina a imprimir aos projteis, por foramento, um movimento de rotao transversal trajetria. H armas com 04 (quatro) 05(cinco) ou 06 (seis) raias, algumas com orientao dextrogira (para a direita) outras sinistrogira (para a esquerda). Como por exemplo, os revlveres, as pistola, as submetralhadoras, os fuzis etc. D) Quanto ao Sistema de Inflamao Por mecha Por atrito Essas duas acima esto definitivamente relegadas condio de meras Por Percusso Extrnseca - as primeiras armas deste tipo foram os do sistema

curiosidades, como peas de museus e colecionadores. Lefaucheux (pino lateral). Neste a cpsula contendo a carga de ignio uma pea isolada a qual se adapta a um pequeno tubo saliente, em comunicao com o interior da cmara por um conduto, ou ouvido (a chamin) sendo deflagrada por um percutor cuja extremidade conformada,de sorte a cobrir perfeitamente a cpsula e comprimi-la contra os bordos da chamin, detonando-a e, ao mesmo tempo, forando os gases incandescentes da deflagrao para o interior da cmara.l Por Percusso Intrnseca a cpsula de fulminante parte integrante do cartucho, estando engastada neste e detonando no interior do mesmo, ao sofrer o impacto do pino percutor. Este tipo de percusso ainda so divididos em: central e radial, conforme o modo de impacto do pino percutor. Se o pino percutor imprimir marca perifrica, radial ou circular teremos a percusso intrnseca radial, que tambm pode ser direta ou indireta, caso o percutor esteja no co ou no mecanismo, respectivamente. Ex. Pistola .22LR, Revlver .22 LR, Garrucha .22LR, Carabina .22 LR. Se o pino percutor imprimir marca central, ento teremos uma percusso central, que tambm poder ser direta ou indireta. Por exemplo, revlver, pistola, carabina,fuzil. Conforme a orientao, as raias podem ser: DEXTROGIRA, a direo das raias para direita; SINISTRGIRA, a direo das raias para a esquerda.

importante informar que as raias so observadas posicionando o cano para a frente do examinador. E) Quanto ao Funcionamento De Tiro Unitrio so aquelas que comportam carga para um nico tiro, devendo, assim, ser substituda esta carga, isto , renovada parfa cada novo disparo, pelo atirador, manualmente. Em outras palavras: so armas cujo carregamento no mecnico, porm manual. Armas de Repetio so aquelas cujo carregamento se faz mecanicamente isto , armas que comportam carga para vrios tiros, podendo efetuar outros tantos disparos antes de ser necessrio aliment-las novamente. Podem ser: No Automtica (revlver); Semiautomtica (pistola) e; Automtica (fuzil). importante esclarecer que arma alimentada quando no seu carregador, foi colocada toda munio que ela comporta; e estar carregada quando contiver, na cmara de combusto, o projtil e a carga de projeo diretamente alinhados com o cano, em condies de serem imediatamente ativados pelo disparo. Assim, numa arma de tiro unitrio, a alimentao e o carregamento coincidem e so, necessariamente, realizados por uma s e a mesma operao, executada pelo atirador: nas armas de repetio no existe esta coincidncia, podendo conservar-se a arma, perfeitamente, alimentada e no carregada. F) Quanto Mobilidade e ao Uso Fixas quando o suporte no qual esto montadas no podem ser deslocadas de sua posio, mas apenas comportando movimentos angulares nos planos horizontal e vertical, como o caso dos canhes. Mveis quando so montadas sobre bases providas de rodas ou esteiras. Semiportteis quando podem ser desmontadas em duas partes (arma ou suporte) e, assim, conduzidas sem demasiado esforo por dois homens. Por exemplo, as metralhadoras pesadas

Portteis so aquelas adequadas para o porte do homem isolado. As armas portteis podem ser longas (fuzil, espingarda, carabina) e curtas (revlver, pistola, garrucha). AS ARMAS DE FOGO CURTAS REVLVER

Caractersticas principais: no seu manejo exige o emprego apenas de uma das mos do atirador arma de fogo curta e porttil; de repetio; no automtica; com um s cano (sempre medir o comprimento do cano) e vrias cmaras (5, 6, 7 ou 8) de combusto que intergram integram um cilindro denominado tambor: o cano no possui cmara de combusto; os cartuchos ficam alojados na cmara do tambor giratrio; os cartuchos so detonados e deflagrados quando, pelo giro do tambor ao redor do seu eixo, entram em alinhamento com o cano e o percutor; o revlver a nica arma de fogo desprovida de culatra propriamente dita. As cmaras do tambor so abertas nas duas extremidades e a base dos cartuchos, colocdos em cada uma delas, serve de culatra, exceto no momento do tiro, quando toca na placa localizada na regio posterior da montagem (retngulo do ajojamento do tambor). Esta placa, que seria a culatra propriamente dita receo o nome de placa de obturao; Placas de empunhadura em material polimrico ( ou madeira; Compem-se de quatro partes fundamentais, as quais so ARMAO, O TAMBOR, O CANO E O MECANISMO DE DISPARO. PARTES FUNDAMENTAIS DO REVLVER ARMAO a pea inerte, tambm conhecida como corpo da arma, serve de suporte e (oalojamento para os demais elementos e d a arma a sua forma anatmica adequada para permitir a sua empunhadura e o seu uso eficiente pelo atirador. H revlveres de armao pequena, mdia e grande. Em sua caixa do mecanismo se alojam

as peas mveis. TAMBOR encontram-se externamente entalhes localizados entre as cmaras e ocupando os dois teros anteriores, chamdos de caneluras. H modelos onde o tambor no apresenta as caneluras, que se denominam lisos. Na parte externa da regio posterior do tambor, esto presentes sulcos de formato aproximadamente retangular, denominados de fresados, que servem para o alojamento da extremidade superior do retm do tambor. H revlveres com 05 (cinco), 06(seis), 07(sete) ou 08 (oito) cmaras. CANO a extremidade anterior chamada de boca do cano. Na superfcie externa de sua regio posterior, h uma rosca, na qual atarraxado armao, podendo ser imobilizado ouno por um pino. Na parte posterior, internamente, o cano no possui raias e com dimetro levemente superior ao da superfcie raiada do cano. Esta parte desprovida de raias denominada de conde de foramento. Na regio superior do cano, prximo boca, encontra-se a massa de mira, fixa e interia ou em formato de rampa com inserto colorido e na regio posterior a ala de mira,que pode ser fixa ou regulvel na horizontal e vertical. H algumas armas que possuem, ainda, banda ventilada, recortes localizados na parte superior do cano e compensador de recuo. MECANISMO DE DISPARO Constitudo pelo co e seu percutor, fixo ou oscilante, gatilho, mola real de percusso, pinos e molas. O co formado por uma cabea e seu prolongamento, denominado crista do co. Nos revlveres de percusso central e direta, o percutor ou percussor, pode ser oscilante ou fixo. Nos revlveres de percusso central e indireta, o percutor est inserido na armao. O funcionamento do revlver todo mecnico. O disparo de cada tiro depende de um sistema de alavancas e molas que interliga e muda a posio de trs pea essenciais: o gatilho, o co e o tambor. O primeiro passo acionar a tecla do gatilho. Quando o gatilho acionado, duas alavancas so acionadas: o impulsor do gatilho que empurra o co para trs e o retm do tambor que responsvel por girar o tambor, onde esto alojados os cartuchos,

deixando na posio de disparo. Depois que uma das alavancas empurrou o co para trs, uma mola na parte de baixo da pea faz o movimento inverso, jogando-o novamente para a frente. No final do movimento, o pino bate na cpsula de espoletamento localizada no estojos Esse impacto faz a plvora dentro do cartucho explodir, empurrando o projtil para frente. Quanto ao mecanismo de disparo os revlveres podem ser: DE AO SIMPLES recuar manualmente o co e acionar a tecla do gatilho a cada disparo para produzir tiros. DE AO DUPLA basta acionar a tecla do gatilho para produzir tiros. CALIBRES NOMINAIS COMUMENTE ENCONTRADOS NOS REVLVERES 5,5 mm Velodog; .22 Long Rifle ou Short Rifle; .32 SWL; .38 SPL, .38SWL ou .38 Curto; .357 Magnum; .44 Magnum; .45 AR

NUMERAES NOS REVLVERES Diversos nmeros individualizam uma arma de fogo, tais como: 1. Srie de fabricao este nmero, geralmente, encontrado na face direita da armao ou na base da coronha (ou empunhadura) e pode ser formado por algarismos ou letras, ou somente3 algarismos. Nos revlveres da marca Taurus, . 32SWL e .38 SPL de percusso central e direta pode-se visualizar o nmero na parte interna do mecanismo, abaixo do impulsor do gatilho. 2. Montagem encontrado no suporte do tambor. Este pode tambm ser encontrado na coronha (abaixo das placas de empunhadura) e nas peas internas do mecanismo de disparo; 3. Modelo observa-se no suporte do tambor (abaixo do nmero de montagem).

ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE REVLVERES: TAURUS ROSSI INA COLT RUGER Brasil Brasil Brasil EUA EUA Argentina Argentina Espanha

S&W(Smith & Wesson) EUA DOBLEMAN ITALO GRA TANK

OH (Orbeas Hermanos) Espanha TANQUE Brasil

GARRUCHA Caractersticas: Arma de fogo curta e porttil; O seu cano pode ser raiado ou no; Tiro a tiro; Cano nico ou duplo; Gatilho e co nico ou duplo; cano basculante (articulvel); utiliza cartuchos de calibre nominal .320, .380 ou .22LR ou Short; Os estojos so cnicos. difcil encontrar nmero de srie. Pode apresentar nmero de montagem na parte posterior do cano (parte basculante, articulvel). ALGUMAS MARCAS DE GARRUCHA: ROSSI CASTELO

LERAP

PISTOLAS Caractersticas: De Repetio; Semiautomtica ou automtica; Cano unitrio; Dotado de ferrolho; Uso de carregador para municiamento dos cartuchos; Peas: cano, ferrolho, retm do ferrolho, mola recuperadora e sua guia, estojo da mola recuperadora e armao. Sistema de pontaria: ala de mira e massa de mira variveis (ala de mira regulvel na horizontal e vertical; sistema de trs pontos, massas intercambiveis; ala regulvel e massa fixa, com sistema de 3 pontos). importante sempre verificar a parte posterior do ferrolho das pistolas Glock pois elas podem ostentar um dispositivo que as transformam de regime intermitente para regime em rajadas, ou o dispositivo de um lado regime intermitente e de outro regime em rajadas. CALIBRES NOMINAIS COMUMENTE ENCONTRADOS NAS PISTOLAS: .22 LR .25 AUTO (6,35mm); .32 AUTO (7,65mm); .380 AUTO (9 mm Curto ou 9 mm Browning); 9mm Luger ou 9 mm Parabelum; .40 S&W; .45 AUTO.

NUMERAES DAS PISTOLAS:

No ferrolho das pistolas geralmente localizam-se os nmeros que se referem ao modelo. Na armao constatam-se os nmeros de srie e algumas inscries de patrimnio. Nos modelos atuais das pistolas Taurus encontram-se numeraes no cano, armao e abaixo da placa da empunhadura. Ao examinar a arma interiormente sempre conveniente descrever a inscrio interna do cano (no caso da Taurus). Pistola Colt .45 AUTO atentar para o detalhe do nmero externo localizado na face direita da armao, acima do guarda-mato e tambm na poro traseira abaixo da tampa do percussor. Na pistola Glock os nmeros so identificados no cano, armao e plaqueta de alumnio abaixo da parte inferior do cano. ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE PISTOLAS: TAURUS Brasil COLT EUA SMITH & WESSON EUA RUGER EUA GLOCK ustria BERSA Argentina IMI Israel BERETTA Itlia BERETTA Brasil CZ (Cesk Zbrojvska) Tchecoslovquia H&K (Heckler and Kock) Alemanha ou EUA STAR Espanha BROWNING EUA Blgica SUBMETRALHADORAS Caractersticas principais: tambm denominadas de metralhadoras de mo; utilizam cartuchos de pistola;

podem ser armas curtas ou longas; possuem coronha fixa ou mvel (rebatvel, removvel, dobrvel ou retrtil); opera em regime automtico (regime rajadas) ou/e em regime semiautomtico (tiro intermitente). CALIBRES NOMINAIS COMUMENTE ENCONTRADOS NAS SUMETRALHADORAS .380 AUTO (9 mm Curto ou 9 mm Browning); 9mm Luger ou 9 mm Parabelum; .40 S&W; .45 AUTO.

PEAS PRINCIPAIS DAS SUBMETRALHADORAS CANO localizada na parte anterior da arma. Alguns modelos apresentam luva refrigeradora. CAIXA DA CULATRA - o corpo da sumetralhadora, onde est alojado o ferrolho que est acoplada a mola recuperadora. Alguns modelos ostentam nesta pea as inscries referentes marca, fabricante e nmero de srie. CORONHA fixa ou mvel. MOLA RECUPERADORA E O SEU GUIA alojados na caixa da culatra. ARMAO, geralmente constituda em acabamento oxidado. ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE SUBMETRALHADORAS: BERETTA Itlia INA STAR Brasil Espanha THOMPSON EUA INGRAM EUA COBRAY EUA URU IMI Brasil Israel

FAMAE Chile

ARMAS LONGASESPINGARDAS

Caractersticas: Espingardas mais primitivas possuam o sistema de percusso extrnseca e de carregamento pela boca (antecarga) De Repetio No Automtica Cano unitrio/Dois canos com alma lisa Carregamento direto na cmara ou em depsito tubular (carregamento de mais de um cartucho usualmente de 5 a 8 cartuchos dotados de coronha e telha (guarda-mo). H modelos do tipo pump action (ao de bomba) e do tipo lever action (alavanca de mo) Numeraes encontradas: CBC, BOITO na face esquerda da armao h o nmero de srie e o modelo. MOSSBERG na face inferior da armao, prximo ao depsito tubular. ROSSI no cano, prximo articulao. Neste tipo tambm h na telha o nmero de montagem. CALIBRES NOMINAIS COMUMENTE ENCONTRADOS NAS PISTOLAS: 12 16 20 24 28 32 36 ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE ESPINGARDAS: CBC Brasil BOITO Brasil ERA ROSSI Brasil Brasil TRABUCO so armadilhas utilizadas para caar animais. MOSSBERG EUA

Utilizam-se calibres prprias de espingardas. CARABINA Caractersticas De Repetio No automtica ou semiautomtica Modelo do tipo lever action(alavanca de manejo) e pump action (sistema bomba) Cano unitrio com alma raiada carregamento direto na cmara ou em depsito tubular (carregamento de mais de um cartucho usualmente de 10 a 12 cartuchos Utilizam-se cartuchos .22 Long Rifle (LR) ou .22 Short, .22 Magnum, .38 SPL, .4440 WIN, .32-20 WIN, .357 Magnum, .40 S&W (CT 40 TAURUS) semiautomtica. Numeraes encontradas nas carabinas: cano e/ou armao. ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE CARABINA ROSSI Brasil WINCHESTER EUA

FUZIL Caractersticas principais: De Repetio no automtico, Semiautomtico, automtico Cano unitrio com alma raiada; Carregamento em carregador prprio a cada tipo de fuzil (usualmente com capacidade para 20 a 30 cartuchos) Os cartuchos so considerados de alta velocidade (acima de 600 m/s). Munio utilizada: famlia 7,62 Uso Restrito conforme Decreto 3665/2000 Numeraes encontradas

na armao, no cano, ferrolho, impulsor do ferrolho e na caixa da culatra. Obs: alguns fuzis como AR15, no apresentam nmeros nem em seu ferrolho e nem em seu impulsor. CARTUCHOS DE FUZIL 5,56 x 45 mm Nato (.223 REM) FN 7,62 x 51 mm Nato (.308 WIN) FAL, HK G3, 7,62 x 39 mm AK 47 5,56 x 45 mm (.223 REM) AR 15, Ruger Mini 14, Imbel MD2, HK 33, PARAFAL, CETME 12,7 x 99 mm (.50 Browning) BAR 7,62 x 63 mm (.30-06) Garand, BAR (Browning Automatic Rifle) 7 x 57 mm (7mm Mauser) Mauser 1908 ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE FUZIL: IMBEL Brasil COLT FN EUA RUGER EUA Blgica DWM Alemanha HK Alemanha (h algumas marcas americanas) G3 Alemanha, Portugal, EUA BAR EUA HOTCHKISS Frana

ARMA DE PRESSO Caractersticas: Tiro individual de chumbinho; arma cujo princpio de funcionamento implica o emprego de gases comprimidos para impulso do CHUMBINHO, os quais podem estar previamente armazenados em um reservatrio ou ser produzidos por ao de um mecanismo, tal como um mbolo solidrio a uma mola, no momento do disparo (conceito do artigo 3, XV do

Decreto 3665/2000); Sistema de engatilhamento atravs de alavanca acionada pelo basculamento do cano; Calibre nominal 5,5 mm (.177); Acabamento: oxidado; Ala de mira regulvel e massa de mira variveis; De acordo com a Portaria no 36-DMB, de 09 de dezembro de 1999, armas de presso por ao de mola, com calibre igual ou inferior a 6mm, no so armas de fogo; No necessitam de registro para sua aquisio, sendo a sua venda permitida a maiores de 18 anos; No necessitam de guia de trfego para transporte e deslocamento. ALGUMAS MARCAS E PAS DE FABRICAO DE ARMAS DE PRESSO ROSSI Brasil CBC - Brasil DAISY EUA MARKSMAN EUA CROSSMAN EUA GAMO EUA URKO Brasil CALIBRE REAL X CALIBRE NOMINAL CALIBRE REAL a medida correspondente ao dimetro interno do cano, tomada na regio mediana do cano nas armas com cano de alma lisa, e correspondente medida entre dois cheios diametralmente opostos nas armas com cano de alma raiada. expresso em mm. CALIBRE NOMINAL designativo de um tipo particular de munio e tambm da arma na qual este tipo de munio deve ser usado corretamente. Nas armas de alma lisa, o CALIBRE NOMINAL o numero que indica a quantidade de esferas de chumbo com dimetro igual ao da alma do cano, necessrias para formar 1 lb (453,5 gramas).

Nas armas raiadas o calibre nominal vem expresso na base do estojo. Para um mesmo calibre real podem existir vrios calibres nominais Ex.: calibre real 9 mm calibres nominais .38 SPL, .380 AUTO, 9 mm Luger. REVELAO DO NMERO DE SRIE bastante frequente a eliminao do nmero de srie das armas examinadas, objetivando ocultar a sua origem e seu proprietrio. O agente utiliza-se de vrios mtodos, tais como: Raspagem (ou limagem) a eliminao feita com esmeril ou lima manual. Puncionamento o agente martela a superfcie onde se encontra gravado o nmero de srie, esta puno geralmente pontiaguda, para ocultar, parcial ou totalmente. Regravao o nmero de srie original substitudo por um nmero outro, podendo ser parcial ou total. Brocagem utiliza-se uma brocagem para a remoo completa do nmero. Soldagem a eliminao feita aquecendo o local da superfcie onde encontra-se gravado o nmero. Mtodos de remoo do Nmero de Srie Revelveis a brocagem e soldagem podem remover permanentemente o nmero. O primeiro passo para revelar o nmero de srie o polimento da rea (usa-se lixa d'gua de numerao 600 ou 1200 ou esmeril fino). Aps este polimento, a rea deve ser limpa com acetona ou clorofrmio. Depois disso, aplica-se um reagente a base de cido clordrico (com auxlio de um cotonete de algodo), que ataca a superfcie polida do metal, produzindo uma micromordedura; aps um minuto remove-se o reagentge com acetona. Durante alguns instantes, verifica-se uma rea visvel, permitindo a identificao. Caso no aparece nada depois disso, recomenda-se repetir o processo. H situaes que se deve repetir a operao. Aps a utilizao do reagente, deve-se lavar e secar a rea para retirar o resduo de reagente, evitando-se, assim, a oxidao. O mtodo no eficaz em gravaes feitas com raio laser. Reagente de Hatcher (para armas em ao carbono e titnio): cido clordrico 55 ml cloreto cuproso 4 g

cloreto cprico 11g gua destilada 31 ml Reagente de Besseman e Haemers (para armas em ao inoxidvel) cido clordrico 120 ml cido etlico 100ml cloreto frrico 8 g cloreto de cobre 6 g Reagente de Keller (para armas em peas em alumnio) cido fluordrico 2 ml cido clordrico 3 ml cido ntrico 5 ml gua destilada 190 ml

O LAUDO PERICIAL DE BALSTICA FORENSE O Laudo Pericial de Balstica Forense a sntese de todo o trabalho tcnico desenvolvido, em cada caso, em face do material apresentado a exame, bem como os questionamentos feitos a seu respeito, conforme preceitua o Artigo 160 do CPP, transcrito na ntegra: Os peritos elaboraro o laudo pericial, onde descrevero minuciosamente o que examinarem, e respondero aos quesitos formulados. A estrutura bsica de um laudo pericial de Balstica Forense dever conter, no mnimo, os seguintes itens: 1. Introduo ou prembulo; 2. Descrio do material enviado para exames; 3. Exames Periciais realizados; 4. Concluso; 5. Fotos (se possvel) 6. Assinatura do Perito (ou Peritos) O laudo Pericial de Arma de Fogo do SPAF/ICCE/SEDE dever conter: Classificao da arma curta ou longa, porte ou porttil Marca

Fabricao Modelo Calibre N de Srie N de Montagem Cano Sistema de Pontaria Empunhadura Acabamento Observao (caso seja necessrio) A quesitao ir depender da investigao. No se deve esquecer a resposta da capacidade de produzir tiros, se por acaso no tiver quesitao sobre este item. QUESITAO DE USO PERMITIDO E RESTRITO 1 hiptese Esclarecem os Peritos que a arma e a munio so de USO PERMITIDO, de acordo com o Art. 17, inciso I, do Decreto n 3665 de 20 de novembro de 2000, o qual d nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105). 2 hiptese Embora os Signatrios entendam que no atribuio da Percia Criminal a interpretao e/ou adequao da legislao em vigor, cabendo s Autoridades Competentes tal afirmativa, informam que a arma enviada de USO RESTRITO, de acordo de acordo com o Art. 16, do Decreto n 3665 de 20 de novembro de 2000, o qual d nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105). 3 hiptese Os Signatrios entendem que no atribuio da Percia Criminal a interpretao e/ou adequao da legislao aos fatos, atm-se aos aspectos tcnicocientficos das armas examinadas e deixam a cargo das autoridades competentes a afirmativa categrica quanto s consideraes de natureza jurdica.

CARTUCHOS DE MUNIO DAS ARMAS DE FOGO CARTUCHO a unidade de munio das armas de fogo de retrocarga. H cartuchos para armas raiadas de percusso central e radial, bem como cartuchos para armas de alma lisa.

Os cartuchos para armas raiadas de percusso central so compostos por: ESTOJOS o elemento que percutido pela arma de fogo; Constitudos de lato (70% de cobre e 30% de zinco). Alguns tambm so confeccionados em cobre e em alumnio (no reaproveitveis). Muitos estojos de lato recebem um banho de nquel; Na base esto estampados as inscries do calibre, fabricante, e em alguns o ano de fabricao; Componente externo e de maior dimenso nos cartuchos; Apresentam maior variedade de forma e constituio; Constitui o componente inerte do cartucho; Na parte anterior e aberta aloja-se o projetil; Na base (ou culote) encontra-se a espoleta. Atualmente, os fabricantes esto gravando no culote o nmero do lote; No interior a carga de projeo; Os estojos podem ser cilndrico ou levemente cnico, liso ou estrangulado em sua regio anterior, com gargalo (do tipo garrafa comumente usado nos fuzis) Os estojos de fogo circular (.22 LR) no apresentam cpsula de espoletamento; Os estojos dos cartuchos para espingardas podem ser de papelo ou de plstico. ESPOLETA Pequeno recipiente metlico, em forma de cpsula. Contm a mistura iniciadora (carga de inflamao) montada no alojamento localizado no centro do culote do estojo; Todos os cartuchos que possuem espolota so denominados FOGO CENTRAL. Os cartuchos de fogo radial (.22 LR) no possuem a espoleta. A mistura iniciadora aloja-se na prpria orla oca, saliente, da base do estojo, e em contato direto com a plvora. PLVORA OU CARGA DE PROJEO um combustvel slido, granular, com diversos formatos de gros, podendo

inflamar-se com grande rapidez, com a produo de grande volume de gases e elevao da temperatura, sem necessitar de oxignio do exterior; Elemento ativo do cartucho; A plvora mais antiga, que ainda se usa em alguns tipos de cartuchos Plvora Negra (75% de salitre, 13 de carvo vegetal e 12% de enxofre); Atualmente, as plvoras so qumicas ou plvoras sem fumaa; Plvoras mais usadas: de base simples (nitrocelulose) e de base dupla (nitrocelulose e nitroglicerina). MISTURA INICIADORA ou CARGA DE INFLAMAO; Contida nas cpsulas de espoletamento; Misturas iniciadoras explosivas base de estifinato de chumbo, nitrato de brio, trissulfeto de antimnio, tetrazeno e alumnio atomizado. Para os cartuchos de fogo circular (radial ou perifrico) a mistura iniciadora possui a mesma composio, exceto o alumnio, pelo fato de estar em contato direto com a plvora e no haver necessidade da produo de chama muito grande ou muito viva. PROJETIL OU PROJTIL o elemento vulnerante do cartucho; o componente de munio que expelido, deflagrado pela arma de fogo; Carregam os cartuchos de fogo central e fogo circular; Alojado total ou parcialmente no interior do estojo; Podem ser constitudos: de liga de chumbo, revestidos (jaquetados ou encamisados) e de cobre. Projetis encamisados so compostos de ncleo de chumbo revestidos de ligas metlicas acobreadas, niqueladas ou cprica (copper bullet) A base dos projetis de liga de chumbo podem ser cncava ou plana;; So constitudos de trs partes: OGIVA (ou ponta do projetil) parte que no fica engastada no estojo. A forma da ogiva pode ser: ponta ogival, ogival ponta plana, ponta oca, cone truncado, canto vivo e semicanto vivo. Nos projetis encamisados

encontramos pontiagudo e ponta oca expansivo. CORPO CILNDRICO - encontra-se ranhuras (sulcos ou anis serrilhados) onde se colocam lubrificantes slidos. No se encontram nos projetis encamisados BASE nos projetis encamisados as bases podem ser abertas (sem revestimento) e fechadas (revestidas). A base aberta ainda pode ser cncava e plana. Portanto, o Laudo de Exame Macroscpico do Projetil deve conter: 1) Constituio; 2) Tio e dimetro da base; 3) Tipo da ponta; 4) Presena ou no de anel serrilhado/canelura de lubrificao; 5) Aderncias; 6) Deformaes; 7) Comprimento; 8) Massa; 9) Raiamento direcionamento e quantitativo; 10)Concluso determinao do calibre real ou nominal e as armas compatveis com o calibre. REGRAS DE SEGURANA 1) Nunca, em nenhuma hiptese, aponte qualquer arma, carregada ou no para algum ou coisa que voc no deseja atingir ou destruir; 2) Trate sempre todas as armas como se elas estivesses carregadas; 3) Mantenha o dedo fora do gatilho; 4) Mantenha sua arma e sua munio em loal seguro e de fcil acesso somente para voc; 5) Nunca puxe o gatilho, antes de verificar se a arma est descarregada e o faa em lugar seguro; 6) Carregue e descarregue sua arma com o cano apontado para um lugar seguro; 7) Evite atirar em superfcies rgidas ou lquidas, pois, conforme o ngulo de incidnci pode haver ricochete; 8) Use somente munio indicada para a arma examinada; 9) Em caso de suspeita de obstruo do cano, imediamente descarregue a arma,

verifique se o cano no est obstrudo e se no houve dano ao mecanismo, antes de voltar a atirar; 10) Antes de atirar verificar o estgado do cano (abaulamento, obstruo) e checar o mecanismo de disparo. LEGISLAES PERTINENTES ARMA DE FOGO E SEUS COMPONENTES DECRETO 3665 de 20 de novembro de 2000 d nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105). LEI 10.826 de 22 de dezembro de 2003 (Lei do Desarmamento ou Estatuto do Desarmamento) dispe sobre registro, posse e comercializao de armas de fogo e munio. O DECRETO 3665 de 20 de novembro de 2000 D nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105). Enquanto no for editado outro decreto, temos que utiliz-lo. Os artigos 16 e 17, do Decreto citado, definem o que so armas de USO RESTRITO e USO PERMITIDO, respectivamente.

DECRETO 3665 DE 20 DE NOVEMBRO DE 2000 D nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105). PRODUTOS CONTROLADOS DE USO RESTRITO E PERMITIDO Art. 15. As armas, munies, acessrios e equipamentos so classificados, quanto ao uso, em: I - de uso restrito; e II - de uso permitido. Art. 16. So de uso restrito: I - armas, munies, acessrios e equipamentos iguais ou que possuam alguma caracterstica no que diz respeito aos empregos ttico, estratgico e tcnico do material blico usado pelas Foras Armadas nacionais; II - armas, munies, acessrios e equipamentos que, no sendo iguais ou similares ao material blico usado pelas Foras Armadas nacionais, possuam caractersticas que s as tornem aptas para emprego militar ou policial;

III - armas de fogo curtas, cuja munio comum tenha, na sada do cano, energia superior a (trezentas libras-p ou quatrocentos e sete Joules e suas munies, como por exemplo, os calibres .357 Magnum, 9 Luger, .38 Super Auto, .40 S&W, .44 SPL, .44 Magnum, .45 Colt e .45 Auto; IV - armas de fogo longas raiadas, cuja munio comum tenha, na sada do cano, energia superior a mil libras-p ou mil trezentos e cinqenta e cinco Joules e suas munies, como por exemplo, .22-250, .223 Remington, .243 Winchester, .270 Winchester, 7 Mauser, .30-06, .308 Winchester, 7,62 x 39, .357 Magnum, .375 Winchester e .44 Magnum; V - armas de fogo automticas de qualquer calibre; VI - armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com comprimento de cano menor que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milmetros; VII - armas de fogo de alma lisa de calibre superior ao doze e suas munies; VIII - armas de presso por ao de gs comprimido ou por ao de mola, com calibre superior a seis milmetros, que disparem projteis de qualquer natureza; IX - armas de fogo dissimuladas, conceituadas como tais os dispositivos com aparncia de objetos inofensivos, mas que escondem uma arma, tais como bengalas-pistola, canetas-revlver e semelhantes; X - arma a ar comprimido, simulacro do Fz 7,62mm, M964, FAL; XI - armas e dispositivos que lancem agentes de guerra qumica ou gs agressivo e suas munies; XII - dispositivos que constituam acessrios de armas e que tenham por objetivo dificultar a localizao da arma, como os silenciadores de tiro, os quebra-chamas e outros, que servem para amortecer o estampido ou a chama do tiro e tambm os que modificam as condies de emprego, tais como os bocais lana-granadas e outros; XIII - munies ou dispositivos com efeitos pirotcnicos, ou dispositivos similares capazes de provocar incndios ou exploses; XIV - munies com projteis que contenham elementos qumicos agressivos, cujos efeitos sobre a pessoa atingida sejam de aumentar consideravelmente os danos, tais como projteis explosivos ou venenosos; XV espadas e espadins utilizados pelas Foras Armadas e Foras Auxiliares; XVI - equipamentos para viso noturna, tais como culos, periscpios, lunetas, etc; XVII - dispositivos pticos de pontaria com aumento igual ou maior que seis vezes ou dimetro da objetiva igual ou maior que trinta e seis milmetros; XVIII - dispositivos de pontaria que empregam luz ou outro meio de marcar o alvo; XIX - blindagens balsticas para munies de uso restrito; XX - equipamentos de proteo balstica contra armas de fogo portteis de uso restrito, tais como coletes, escudos, capacetes, etc; e XXI - veculos blindados de emprego civil ou militar. Art. 17. So de uso permitido: I - armas de fogo curtas, de repetio ou semi-automticas, cuja munio comum tenha, na sada do cano, energia de at trezentas libras-p ou quatrocentos e sete Joules e suas munies, como por exemplo, os calibres .22 LR, .25 Auto, .32 Auto, .32 S&W, .38 SPL e . 380 Auto;

II - armas de fogo longas raiadas, de repetio ou semi-automticas, cuja munio comum tenha, na sada do cano, energia de at mil libras-p ou mil trezentos e cinqenta e cinco Joules e suas munies, como por exemplo, os calibres .22 LR, .32-20, .38-40 e . 44-40; III - armas de fogo de alma lisa, de repetio ou semi-automticas, calibre doze ou inferior, com comprimento de cano igual ou maior do que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milmetros; as de menor calibre, com qualquer comprimento de cano, e suas munies de uso permitido; IV - armas de presso por ao de gs comprimido ou por ao de mola, com calibre igual ou inferior a seis milmetros e suas munies de uso permitido; V - armas que tenham por finalidade dar partida em competies desportivas, que utilizem cartuchos contendo exclusivamente plvora; VI - armas para uso industrial ou que utilizem projteis anestsicos para uso veterinrio; VII - dispositivos ticos de pontaria com aumento menor que seis vezes e dimetro da objetiva menor que trinta e seis milmetros; VIII - cartuchos vazios, semi-carregados ou carregados a chumbo granulado, conhecidos como "cartuchos de caa", destinados a armas de fogo de alma lisa de calibre permitido; IX - blindagens balsticas para munies de uso permitido; X - equipamentos de proteo balstica contra armas de fogo de porte de uso permitido, tais como coletes, escudos, capacetes, etc; e XI - veculo de passeio blindado. A Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) Alguns artigos importantes: Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa: Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa. Omisso de cautela Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com

determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1) Disparo de arma de fogo Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro crime: Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem: I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de identificao de arma de fogo ou artefato; II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar; IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou adulterado; V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo. Comrcio ilegal de arma de fogo Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residncia. Trfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente:

Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena aumentada da metade se a arma de fogo, acessrio ou munio forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena aumentada da metade se forem praticados por integrante dos rgos e empresas referidas nos arts. 6 o, 7o e 8o desta Lei. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so insuscetveis de liberdade provisria. (Vide Adin 3.112-1) CAPTULO V DISPOSIES GERAIS Art. 22. O Ministrio da Justia poder celebrar convnios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei. Art. 23 A classificao legal, tcnica e geral bem como a definio das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histrico sero disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exrcito. (Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 1o Todas as munies comercializadas no Pas devero estar acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta Lei. 2o Para os rgos referidos no art. 6 o, somente sero expedidas autorizaes de compra de munio com identificao do lote e do adquirente no culote dos projteis, na forma do regulamento desta Lei. 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicao desta Lei contero dispositivo intrnseco de segurana e de identificao, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os rgos previstos no art. 6o. 4o As instituies de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e no seu 7o podero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao concedida nos termos definidos em regulamento. (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) Art. 24. Excetuadas as atribuies a que se refere o art. 2 desta Lei, compete ao Comando do Exrcito autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao, desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caadores. Art. 25. As armas de fogo apreendidas, aps a elaborao do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando no mais interessarem persecuo penal sero encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exrcito, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruio ou doao aos rgos de segurana pblica ou s Foras Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008) 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exrcito que receberem parecer favorvel doao, obedecidos o padro e a dotao de cada Fora Armada ou rgo de

segurana pblica, atendidos os critrios de prioridade estabelecidos pelo Ministrio da Justia e ouvido o Comando do Exrcito, sero arroladas em relatrio reservado trimestral a ser encaminhado quelas instituies, abrindo-se-lhes prazo para manifestao de interesse. (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 2o O Comando do Exrcito encaminhar a relao das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinar o seu perdimento em favor da instituio beneficiada. (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 3o O transporte das armas de fogo doadas ser de responsabilidade da instituio beneficiada, que proceder ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 4o (VETADO) (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) 5o O Poder Judicirio instituir instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relao de armas acauteladas em juzo, mencionando suas caractersticas e o local onde se encontram. (Includo pela Lei n 11.706, de 2008) Art. 26. So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. Pargrafo nico. Excetuam-se da proibio as rplicas e os simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito. Art. 27. Caber ao Comando do Exrcito autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso restrito. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s aquisies dos Comandos Militares. Art. 28. vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei. (Redao dada pela Lei n 11.706, de 2008)

NOES BSICAS DE CONFRONTO BALSTICO OBJETIVOS

Introduo aos Conceitos para a Microcomparao Balstica Identificar os tipos de raiamento em uma arma de fogo raiada e suas respectivas impresses nos projetis Identificar as deformaes presentes nos projetis

Identificar as possveis impresses presentes em estojos de armas de fogo de alma lisa e raiada Definir microcomparao balstica Realizar exames macroscpicos e microscpicos em projetis e estojos Confeccionar laudos periciais A identificao de uma de fogo pode ser realizada atravs de dois mtodos: Direta ou imediata Indireta ou mediata Identificao direta ou imediata Baseia-se nas caractersticas e peculiaridades distintivas da arma. Ex: Sinais de fabricante, srie, bancos de prova. Trs so as categorias fundamentais de identificao direta: Genrica Especfica Individual Muitas vezes, o material apresenta condies apenas para sua identificao genrica ou especfica, porm somente com a identificao individual de uma arma pode-se garantir que as concluses do laudo se referem uma determinada arma. Identificao indireta ou mediata de uma arma de fogo Ocorre atravs de estudos comparativos macro e microscpicos, entre as deformaes pela arma produzidas, nos elementos de sua munio, e as deformaes presentes nos elementos de munio questionados ou suspeitos

Deformaes produzidas nos estojos e nas cpsulas de espoletamento

Produzidas pelo pino percussor Na superfcie da culatra Pelo ejetor e pelo extrator Deformaes nos projetis Normais Peridicas Acidentais Tcnica dos Exames de Confronto Balstico Exames macroscpicos ou macrocomparativos Exames microcomparativos Exames macroscpicos 1) Do projetil Massa Comprimento Dimetro de base Determinao de calibre nominal Determinao do nmero e orientao de ressaltos e cavados Deformaes 2) Do estojo Verificao do calibre nominal impresso Identificao de marcas de percusso Exames Microscpicos 1. No existem duas armas de fogo nas quais as caractersticas particulares das superfcies em questo sejam absolutamente coincidentes, ainda que oriundas de

uma mesma srie e fabricadas com o mesmo rigor tcnico. 2. Entre componentes de munio da mesma natureza 3. Utilizao de microscpio comparador apropriado Do projetil Comparao por observao direta nas oculares do microscpio de comparao, buscando atravs do mesmo localizar elementos caractersticos e prprios do raiamento de cada arma, impressos na superfcie dos projetis (estrias ou microestrias convergentes/divergentes). Do estojo As caractersticas podem variar de acordo com os diversos tipos de armas e incluem microestrias presentes na percusso (radial ou central), na base do estojo, na superfcie externa da cpsula de espoletamento, ou na periferia do culote, nos casos de armas semiautomtica e automtica. Coleta de Padres O sucesso do exame depender da qualidade dos padres utilizados, que devem preencher alguns requisitos: adequabilidade: os padres devem manter caractersticas dos questionados autenticidade: origem certa e inquestionvel contemporaneidade: o padro e questionados devem ser fabricados na mesma poca quantidade: tantos quanto forem necessrios para formar a convico do perito Concluses dos Exames Microcompativos A concluso deste trabalho depender das condies dos componentes (elementos) de munio questionados, seu nmero e valor das deformaes comparados material padro adequado. Baseiam-se em elementos concretos e objetivos presentes nos materiais a um

confrontados e podem ser: Positivos Negativos Inconclusivos Cuidados com os Projetis No utilizar pinas sobre a regio dos microvestgios. Lavar os projetis com gua e sabo neutro. Acondicionar individuamente cada projetil. Identificar e lacrar c orretamente os invlucros.