apostila 04 de hipnoterapia ericksoniana

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  • 7/24/2019 Apostila 04 de Hipnoterapia Ericksoniana

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    CURSO BSICO

    DEHIPNOTERAPIA

    - APOSTILA IV

    Por Sofia Bauer

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    CURSO BSICO DE HIPNOTERAPIA

    Sofia Bauer

    APOSTILA IV1. REGRESSO

    a) Recalqueb) Trauma/crena limitantec) Conceitod) Como levar a pessoa regresso - emooe) Tcnicas

    1. Referncias/Aluses2. Eu grande / Eu pequeno3. Tnel4. Contagem Regressiva5. lbum de fotografias6. Linha do tempo7. Datas significativas8. Emoo/sensao (Gilligan)

    2. METFORASa) Conceito

    Uma nota da PNLb) Como montar metforasc) Entrar pelo sintoma, sair pela soluod) Entremear palavras

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    1. REGRESSO

    a) RECALCAMENTO OU RECALQUE

    Histrico

    O termo alemo para recalcamento ou recalque, Verdrngung foi usadopela primeira vez pelo filsofo e pedagogo alemo Johann Friedrich Herbart (Oldenburg,1776 - Gttingen, 1841), aluno de Pestalozzi, e Freud veio a tomar conhecimento de suaobra atravs de Meynert.

    Definio

    Operao pela qual o indivduo procura repelir ou manter no inconscienterepresentaes (pensamentos, imagens, recordaes) ligadas a uma pulso.

    O recalcamento, tambm chamado por alguns autores de represso,porm se diferenciando do mecanismo de defesa de mesmo nome, consta de umesquecimento de fatos, situaes, idias, emoes, pensamentos, desejos, fantasias enecessidades, e a sua evidncia est nos lapsos mentais ou atos falhos (parapraxias).

    O que distingue o recalcamento (represso) da represso (supresso) ofato de que este funciona desde os primeiros anos de vida, sendo involuntrio e

    automtico, tido como uma modalidade especial de represso, e nem sempre temcarter patolgico, pois, em grau moderado, auxilia o ajuste dirio da personalidade.

    Existem dois tipos bsicos de recalcamento:Recalcamento originrio, primal ou primrio - formado por barreiras

    inatas responsveis pela manuteno no inconsciente de grande parte do contedo do Id.Recalcamento posterior, secundrio ou recalcamento propriamente

    dito- formado por material que j foi consciente e que no pode ser mantido como tal.O recalcamento , s vezes, considerado por Freud como um mecanismo

    de defesa, ou ento como um destino da pulso, e toma parte em outros mecanismos,

    como a sublimao, a substituio ou formao substitutiva e a racionalizao. precursorde outros mecanismos, atuando como mecanismo de fuga, funcionando pela excluso daconscincia de idias e desejos ansiognicos, e fundamental tambm na formao dossintomas neurticos.

    Como mecanismo de defesa do ego, uma negao.

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    b) TRAUMA E CRENA LIMITANTE

    Todos sabemos que existem quatro sentimentos bsicos: amor, raiva,

    medo e tristeza. Tambm sabemos que os afetos em desequilbrio se derivam de trauma.E, por trauma entendemos que houve alguma situao em que a criana ou o indivduono suportou, ficando com o sentimento negativo, bloqueado, e ligado a uma lembranaprimria do evento. Assim, gerando a seguir um encadenciamento, como um espiral deeventos futuros que passam pelo mesmo sentimento negativo, reforando-o seguidamente.

    Em psicanlise recalcamento e retorno do recalcado so os nomes dadosa este afeto vinculado a uma cena traumatizante. So marcas que, ao pisarmos num pontocomum reforamos, so marcas mnmicas.

    Dessa maneira, como em toda neurose, o corpo vem falar das emoesno ditas e/ou evitadas. Os problemas sexuais so exemplos de uma linguagem que vainos dizer sempre algo mais sobre as relaes dos seres humanos. Devemos observar nosclientes que nos procuram, sua histria passada e seus relacionamentos.

    Os ganhos secundrios, as crenas limitantes, as relaes sistmicas, socategorias importantes na avaliao destes pacientes. Tambm devemos procurar observar osrelacionamentos atuais da pessoa. Se uma pessoa no gosta do outro, provavelmente ela tertambm problemas sexuais com essa pessoa.

    Podemos observar que todos os seres humanos tm suas marcas afetivas.Cenas infantis, s vezes traumas que afetam nossas vidas, relacionamentos, sucesso,trabalho e tudo o mais.

    Dra. Teresa Robles chama de pegadas as marcas que fazemos aorepisarmos uma mesma emoo por diversas vezes. Pode acontecer, por exemplo,quando uma pequena garotinha ficou chorando no bero enquanto a me estava dandorisadas com o pai no outro quarto. Essa criana ento, pela primeira vez, ou uma dasprimeiras vezes, sentiu: minha me no gosta de mim, no sou amada o suficiente. Aquilomarca como uma pegada.

    Mais tarde, por volta dos 4 anos, ela esquecida na escolinha. O pneu docarro da me fura, no culpa da me, que tambm est triste e desesperada. Mas amenina pensa e sente de novo: minha me no gosta de mim, no sou amada. Mais uma

    vez marca a pegada, reforando e seqestrando sentimentos, seqestrando toda a energiada criana.A histria continua. A menina, aos 7 anos, no escolhida pela professora

    para alguma atividade importante. Vem o mesmo sofrimento. Depois, aos 15 anos, onamorado atrasa para v-la. Ela sente o mesmo: ele no me ama. E fica brava com ele.Perde o namorado.

    Mais tarde, problemas com o chefe: ele no gosta de mim. Mais frente,aos 30 anos, sem namorado e sentindo-se mal-amada por todos.

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    Este um exemplo do que chamamos crena limitante, onde orecalcamento faz a repetio do mesmo afeto em vrias situaes. como se a pessoaatrasse para si, como um im, tudo de negativo que contribui para a afirmao da crena

    limitante de que ela no amada.Vemos que em todas as psicopatologias isso acontece, inclusive naspsicopatologias sexuais. Portanto, devemos procurar l atrs, na histria de vida pessoal,quais foram as situaes traumticas que fizeram essa pessoa hoje sofrer de algum malsexual.

    Os exemplos que podemos citar: no caso da impotncia, quando estehomem se sente impotente frente vida? No caso da ejaculao precoce, aqui ele estvetado aproveitar sossegadamente. No caso do vaginismo, da anorgasmia, o que tambmest proibindo de se sentir.

    Com essa explicao j ficou claro que precisamos tratar do sintoma, mastambm precisamos regredir esta pessoa at as bases dos seus sentimentos negativos.Pela hipnose temos condio de fazermos regresso e tambm de mudar os sintomas,mudando o padro da sintomatologia. Devemos usar das duas possibilidades.

    Erickson sabia como lidar nesses casos. Por vezes, dava tarefas ousugestes ps-hipnticas que mudavam o padro do sintoma, re-significava a crena limitante,e em alguns casos utilizava a regresso como ajuda teraputica.

    No nosso caso, como psicoterapeutas, devemos, alm de mexer nosintoma como Erickson fazia, fazer regresso, buscar os primrdios dos problemas quegeraram essas crenas limitantes, poder entender qual a metfora do sintoma tambm.

    Erickson tinha um jeito especial e, assim, ao dar tarefa ou a sugesto ps-hipntica, ele jestava re-significando o essencial.

    s vezes ns no somos to habilidosos como Erickson, por isso maiscauteloso que pratiquemos inclusive a regresso via de regra.

    Com tcnicas hipnticas podemos ir origem dos traumas, re-significarafetos, situaes, atitudes, crenas limitantes. Tcnicas utilizadas: regresso do self, ossete passos de Gilligan, EMDR, revisando o passado para criar o futuro. Limpar aspendncias, as raivas, cicatrizao das feridas.

    c) CONCEITO A regresso uma forma simblica e emocional de reviver, ou relembrar opassado.

    Regresso - Revivncia

    Algumas pessoas regridem atravs da emoo e sentem como se fosseaquele tempo; mesmo tendo conscincia do tempo aqui e agora. Ocorre uma dissociao,duas partes de uma mesma pessoa.

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    Regresso - Lembrando

    Algumas pessoas regridem apenas lembrando do picol de groselha, dasfrias na fazenda, etc. H mais conscincia do momento presente, mas a regressotambm est presente. Ocorre tambm a dissociao, um pouco mais cognitiva.

    Regresso uma das formas de estar hipnotizado. Mas nem todo transehipntico regresso.

    Regresso - Religio

    Sempre tomar cuidados com os preconceitos religiosos. As pessoas queacreditam em reencarnao tm facilidade para regredir a outras vidas.

    d) COMO LEVAR A PESSOA REGRESSO

    A regresso acontece atravs da EMOO.Sabemos que a emoo est ligada ao recalcamento e s lembranas que

    machucaram.Assim, possvel levar todas as pessoas a regredirem em lembranas e

    ou vivncias, fazendo-as relatar e ficar, por alguns instantes, com a emoo dolorosa. medida que relatam vai vindo a SENSAO FSICA, e a memria dependente de estado

    de estresse que traz tona a lembrana traumatizante diretamente!Neste ponto, basta perguntar quando j sentiu isto pela primeira vez. A

    pessoa vai relatar um fato traumatizante.Veja tcnicas a seguir.

    e) TCNICAS DE REGRESSO DE IDADE

    Usos clnicos da Regresso de Idade:- Baixa auto-estima;

    - Trauma;- Fobia;- Pnico (na sndrome do pnico nem sempre necessria);- Ansiedade;- Depresso

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    1. Linha do tempo pessoal Baseada na tcnica de Historiodramade Rosa Cukier.

    a) induo com percepo corporal, sensao de conforto e/ou

    relaxamento;b) contar histria pessoal (cliente) de forma especial, detalhada;c) escolher local na sala que represente o momento do nascimento (ou

    entregar uma folha de papel e pedir para ele indicar um ponto querepresente este momento);

    d) escolher local que represente o momento de sua morte (idem, no papel);e) pedir-lhe para caminhar lentamente, desde o ponto do nascimento at o

    da morte, parando nos momentos mais significativos no papel, traaruma linha com o mesmo objetivo), realando os sentimentos eemoes.

    2. Salpicamento Milton H. Erickson

    Fazer uma induo onde se vo salpicando pequenas lembranasgenricas da infncia (possveis situaes vivenciadas, usando-se a probabilidade: Euno sei se...), pontuando-se datas especficas, de maneira regressiva, at atingir a idadeentre os 4 e os 6 anos, ou at menos, de acordo com o que for necessrio trabalhar.

    3. Orientar e selecionar associaes Milton H. Erickson

    Se voc deseja que seu cliente fale sobre um fato do passado, conte-lheuma histria sobre seu prprio (do terapeuta) passado ou do passado de um cliente ou deum parente ou irmo, ou amigo, etc. Esta uma maneira eficiente de se levar o cliente aregredir na idade e se situar em um passado recente ou remoto, de acordo com o que sedeseja trabalhar.

    4. Semeadura Milton H. Erickson

    Vai-se semeando, desde o incio da sesso, o que se deseja alcanar juntoao cliente, com frases do tipo: Eu gostaria que voc tivesse lembranas ou Quando euestava vindo pra c me vieram muitas recordaes de infncia... Isso quebra asresistncias.

    Obs.: A maioria dos traumas ocorreram at os 5 ou 6 anos de idade.Numa terapia, dois especialistas se encontram: o primeiro o cliente, que

    tem dentro dele todo o conhecimento sobre si mesmo; o segundo o terapeuta, queconhece as tcnicas.

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    5. Encontro do Eu Grande com o Eu Pequeno Retirado de Psicodrama Bipessoal...,de Rosa Cukier.

    a) acomodar-se confortavelmente na sala;b) fazer aquecimento especfico para psicodrama interno;c) fornecer conjunto de consignas que visam a auxiliar o cliente a entrar

    em contato com a criana que ele foi;d) pedir ao cliente para se imaginar, enquanto criana, diante de um

    espelho, e observar a chegada de um vulto que no ningum mais doque ele mesmo adulto;

    e) pedir ao cliente que deixe os dois personagens conversarem, trocaremidias e informaes importantes, e ver o que cada um tem pra ensinarao outro;

    f) deixar que as duas imagens se fundam e formem uma s;g) reorientar o cliente vagarosamente para a sala.

    6. Regresso rpida de idade Terry L. Argast, Ph.D.

    a) Identificao da sensao fsica associada ao problema

    - Qual a sensao?;- de 1 a 10, verificar a intensidade da sensao;

    - se for inferior a 5, perguntar: Quando foi a ltima vez que vocvivenciou essa sensao? Imaginar-se l, agora. Quem estava l? Oque estava acontecendo? Que roupas usava? O que estava sendo dito?Perguntar novamente sobre a pontuao na escala de 1 a 10;

    - onde se localiza no corpo?

    b) Aprofundamento e regresso com imagens mentais

    - evocar imagens, sentimentos, sensaes e aes que sero utilizadas

    ao longo da interveno;- usar contexto natural de sugestes;- pode-se usar relatos de sonhos.

    c) Orientao para a situao passada

    - sugesto de um elevador que comea a descer (pode ser uma escada)de volta ao passado, at a primeira vez em que vivenciou essa

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    sensao. Quando chegar l, o cliente desce do elevador e partilha como terapeuta o que vivenciou. Explorar ao mximo.

    - diante de confuso de imagens ou fatos, faz-se uma filtragem.

    d) Estabelecimento de rapport com o inconsciente

    - pergunta de acesso: Voc poderia imaginar a sua parte mais adultaindo at a mais jovem e perguntando se esta gostaria de falar comela?;

    - pressuposto: a criana tem o problema e o adulto a soluo (pode ser,porm, o contrrio);

    - identificao ou introjeo de idias fixas (ou crenas limitantes) abuso ou negligncia dos pais;

    - se a parte consciente no estiver l (amnsia), h uma dissociao deuma parte mais jovem. O terapeuta deve: 1) verificar se a parte infantilreconhece o seu adulto e o terapeuta; 2) verificar o que a parte infantilpensa que ela ; 3) o terapeuta no deve penetrar prematuramente naamnsia para no sofrer boicote de sua mente consciente sobre oprocesso; 4) trabalhar com a parte inconsciente, tentando integr-la aocorpo.

    e) Identificao do problema

    - Voc poderia deixar a sua parte mais adulta perguntar parte maisjovem o que ela est pensando e sentindo? (estabelecer a metateraputica);

    - pressuposto: o que voc pensa que o problema, determina o quevoc acha que seja a meta a ser atingida;

    - focalizar no resgate inicial da criana (acalm-la do choro); lidar comemoes e sentimentos imediatos e guiar a interveno baseada emuma hiptese.

    f) Identificao das idias fixas (ou crenas limitantes)

    - Como o inconsciente pensa e percebe a realidade e a experinciainterna?;

    - parte adulta pergunta criana o que ela est pensando, alm decompreender suas sensaes, pensamentos e sentimentos;

    - o terapeuta mantm-se afastado do que est acontecendo;- o adulto deve dar assistncia permanente criana;

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    - fazer diferenciao cognitiva para conseguir resoluo mais permanentedo sintoma.

    g) Interveno - se as idias fixas (ou crenas limitantes) no emergiram, elas o faroaps a mudana de alguma coisa na experincia da pessoa;

    - pedir parte adulta do cliente para fazer ou dizer alguma coisa usandosugestes do contexto atual;

    - perguntar parte adulta, caso o cliente no tenha recursos para lidarcom a situao apresentada sua criana: O que voc faria se...?,Voc poderia...?;

    - perguntar ao cliente como ele se sentir, se houver uma intervenopositiva: Tudo bem com voc se...?, Voc poderia...?

    - se for necessrio esclarecer o problema, pergunta-se: O que que aparte mais jovem necessita para se sentir melhor?;

    - Imagine que isto est acontecendo agora. Como se sente?;- o terapeuta deve garantir: 1) tirar a criana da situao negativa; 2)

    ajud-la a saber que est maior e tem recursos para lidar com asituao desagradvel; 3) explorar o que aconteceria se a mesma coisaacontecesse de novo; 4) redefinir os sentimentos, as aes e ospensamentos da criana como normais;

    - perguntar: Como se sente? Alguma coisa lhe preocupa? (avaliar a

    idia fixa ou crena limitante);- ratificar a mudana.

    h) Reorientao- da realidade interna para a externa. Conexo com o corpo;- se uma parte do inconsciente foi desconectada, reconect-la com o

    corpo;- pressuposto: Quanto maior a separao entre o adulto e a criana,

    maior a possibilidade de haver uma reorientao significativa;

    - fazer progresso de idade.

    Induo de Regresso atravs da Tcnica de Salpicamento(Para ser usada com adolescentes e adultos)

    Objetivo: Possibilitar a lembrana de situaes da infncia, recuperarmomentos da histria passada e ativar que se pode aprender com o passado.

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    Talvez voc j tenha entrado em transe antes... Talvez voc queirapermanecer com seus olhos abertos, mas a maioria das pessoas prefere, ao entrar emtranse, fechar os olhos... Voc pode escutar as minhas palavras e escutar a voc mesmo...

    e v para dentro... e voc vai explorando naturalmente a dentro... E seus olhos sefecham... logo, logo... agora... e vo ficar fechados...Cada um de ns sabe mais sobre seus prprios conhecimentos do que a

    gente jamais saber... do que voc mesmo sabe que sabe... a gente no sabe comoadormece. A gente no sabe como perde a conscincia, a percepo consciente... e estcada vez mais agradvel... e voc pode... entrar num transe to profundo que vai parecer-lhe que no tem mais corpo... vai lhe parecer que voc tem s a mente, o intelecto,flutuando no espao, no tempo.

    Talvez voc seja um(a) menino(a) brincando em casa, ou talvez um(a)menino(a) na escola... gostaria que voc deixasse surgir vrias lembranas que jesqueceu h muito tempo. Quero que voc tenha sentimentos de um(a) menininho(a).Todosos sentimentos. E pode escolher, depois, qualquer dos sentimentos que teve, paranos contar.

    Voc pode... estar brincando no ptio da escola. Ou voc pode estarcomendo seu lanche, ou voc pode estar apreciando a brincadeira de seus colegas, ouvoc pode... estar interessado na roupa de sua professora na sala de aula... e no que vno quadro negro, ou em gravuras num livro ilustrado, coisas que voc esqueceu h muitotempo atrs.

    E o ano de 2001, est muito distante... e no mesmo nem 2000... no

    nem mesmo 1995... e nem mesmo 1990 ou 1985... (chegar at os 4, 5, 6 anos dopaciente). E eu no sei se voc est olhando para uma vitrine de brinquedos, ou para umarvore de Natal... ou uma Igreja... ou se est brincando com um cachorro ou um gato... ouum passarinho... ou qualquer outro bicho de estimao...

    E enquanto eu estive falando com voc, sua respirao mudou, o ritmo deseu corao mudou. A presso sangnea mudou. Seu tnus muscular mudou. Seusreflexos motores mudaram... e voc faz pequenos ajustes em seu corpo e em suasposies e voc pode... se sentir bem confortvel, confortavelmente acomodado... E,quanto mais confortvel voc se sentir, mais lembranas podero vir e mais aprendizados

    com as lembranas...Depois de algum tempo voc vai acordar e vai nos falar do(a) menininho(a)chamado(a) ................. E seja realmente este (esta) menininho(a), no ano de........ ou.......... (correspondente idade de 4, 5, 6 anos).

    E voc pode estar numa festa de aniversrio... ou numa festa de Natal... oumesmo na sua festa de aniversrio... e voc abre presentes... e talvez voc aprecialongamente o brinquedo que mais te agrada... com o encantamento prprio da criana...Um adulto que gosta de voc se aproxima, passa a mo na cabea, faz um carinho... bom fazer aniversrio... bom receber ateno... carinho...

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    Agora, gostaria que voc tivesse a experincia de deixar seu corpoadormecer profundamente enquanto voc desperta s do pescoo para cima...

    Tendo despertado o cliente s da cabea para cima, continuar o transe

    interagindo e trabalhando o que vier com a regresso depois retornar no tempo e voltar aoaqui/agora bem desperto(a) e energizado(a), tendo a certeza da perfeita integrao docliente.

    Induo para regresso de idade(podendo ser usada com crianas, adolescentes e adultos)

    Objetivo: eliciar lembranas da infncia, para exerccio de levantamento devivncias mais significativas na infncia.

    Sente-se confortavelmente... O mais confortvel que voc conseguir.Pense sobre um lugar favorito onde voc esteve ou onde voc gosta de estar. Pode serfcil se voc fechar os olhos, mas voc podedeix-los abertos se voc preferir... ou deixarque eles estejam abertos at que voc os feche... Este lugar favorito pode ser um lugarque voc conhece... ou mesmo um lugar que voc imagina, idealiza... Veja-se, sinta-seneste lugar favorito que voc escolheu. Olhe em volta e veja as formas e as cores, oua ossons... Deixe voc realmenteestar l agora... bom para qualquer pessoa estar no lugarfavorito algumas vezes... Um lugar que voc gosta de estar, um lugar que voc gosta decomo voc se sente l... Voc pode sentir estes bons sentimentos agora... Dedique algum

    tempo para curtir isto... Quando voc sentir que est l, deixe-me saber levantando o dedoindicador da mo direita... E sinta-se satisfeita, muito vontade...to vontade... que vocpoder se esquecer de tudo, exceto deste maravilhoso sentimento de satisfao.

    E agora voc retorna no tempo... retorna no tempo... e voc percebe e sev com ____ anos... Se veja nos seus ____ anos: como voc , o que voc faz, o que vocgosta... Volte agora um pouco mais, veja-se com ____ anos... e retornando um poucomais, agora voc tem ____ anos... Veja como voc , o que faz, o que gosta... e agoravoc est com ____ anos... e agora voc est com ____, observe-se, veja como voc , oque faz, o que gosta... e agora voc tem 8 anos... 7 anos... 6 ou 5 ou 4 anos... e voc

    ento um(a) menininho(a). bom ser um(a) menininho(a). E talvez voc esteja festejandosua festa de aniversrio ou indo a algum lugar: indo a um parque acompanhada de seu paiou de sua me... ou indo visitar a vov... ou indo escola... Talvez exatamente agora vocest sentado na Escola, olhando para sua professora, ou brincando no ptio, ou quemsabe poca de frias... Voc est se divertindo de fato. E quero que voc fiquesatisfeito(a)com o fato de ser um(a) menininho(a) que sabe que vai crescer. E talvez vocgoste de imaginar o que ser quando crescer... Talvez goste de divagar sobre o que vaifazer quando for rapaz (moa). Fico pensando se voc vai gostar da faculdade e vocpode tambm pensar na mesma coisa...

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    E minha voz segue com voc e se transforma na voz de seus pais,professores, seus colegas e nas vozes do vento e da chuva.

    Talvez voc esteja no jardim colhendo flores, fazendo um carinho nas

    flores, cheirando-as e rindo satisfeito(a) ao olh-las, acarici-las. E um dia quando voc jfor maior, voc vai estar junto a um grupo de pessoas e vai lhes contar fatos felizes dequando voc era pequeno(a). E, quanto mais satisfeito(a) voc se sentir, mais se sentircomo um(a) menininho(a), porque voc um(a) menininho(a)... Agora, eu no sei ondevoc mora, mas talvez goste de andar descalo(a)... s vezes, gosta de sentar-se perto dapiscina e mergulhar o p na gua, e gostaria de saber nadar... Voc gostaria de comer seudoce predileto neste momento?... E aqui est e agora voc o sentena boca e o saboreia.Bem, um dia, quando voc for maior, falar para algum sobre seu doce predileto dequando era menino(a)...

    E agora voc vai voltar, devagar, repassando algumas lembranas de suainfncia... crescendo..., aprendendo com as lembranas at chegar no aqui-agoranovamente. V vindo devagar, usufruindo das lembranas que forem vindo: 4, 5, 6, 7anos... agora passe pelos 8, 9 anos... 10 anos... chegando nos ____ anos... agora ____,____ anos... agora ____ anos... crescendo confortavelmente, aprendendoprotegidamente... ____ anos... e retornando idade atual, devagar, no seu ritmo... aospoucos v se reintegrando, aqui... agora... agora... aqui... espreguiando... abrindo osolhos... esticando todo o seu corpo...

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    REGRESSO

    Aula dada por Sofia Bauer - Setembro de 2007

    Aspectos Gerais:

    Conceito: Fenmeno hipnticoHiperminsia

    Mitos: Recriar realidadeReligio/ memria genticaRegresso automticaVidas passadas

    Metas: Regresso nas emoesVinculadas ao afeto

    Tcnicas: Aluses/ entremearRegresso do tempo (por idade Brian Weiss)Linha tempoEstados de EgoRegresso pela Emoo

    REGRESSO

    . um fenmeno da Hipnose

    . Ato de recordar as memrias

    . Trazer a conscincia memrias antigas de uma forma consciente

    . Voc pode RecordarReviverSentir gosto/ tato/ afetos

    . Voc pode ter memrias boas/ ruins

    . Voc pode ter bloqueios de certas etapas da vida (verificar trauma)

    e no ter memria de perodos da vida...

    HIPNOSEEstado alterado de conscincia acordado, atento, de conscincia ampliada, mais

    focado, mais interno.

    REGRESSOEstado focado em alguma memria, sensao, emoo e/ ou imagem. Onde o

    sistema lmbico est ativado durante o estado ampliado e focado de conscincia.

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    MEMRIA

    recebida pela amgdala cerebral, passa para o hipocampo onde armazenado.

    MEMRIA TRAUMTICAA amigdala entra em estado de alarme, no passa para o hipocampo. A amgdala

    guarda esse registro ruim (emoo + cena) com um signo/signal (uma memriaencobridora)

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    A hipnose pode chegar a emoo e levar a representao na amigdala, despertandoa memria traumtica. Podemos atingir esse ponto instigando o gatilho disparador signo/signal que leva a memria negativa que causa o recalcamento.

    RECALCAMENTOMemria ruim associando uma cena a uma emoo dolorosa. Fica guardada, at

    ser resolvida. Quando explicado amigdala o que aquilo quer dizer, desmancha o signo-signal e o recalque.

    Hipnose no RegressoRegresso Fenmeno Hipntico e Hiperminsia.

    HIPERMINSIA uma lembrana mais ampliada e focada.Pode ser acessada pelas recordaes, pelas emoes, por um filme, msica, gosto,

    ou palavras... aluses... fotos... conversas...

    MEMRIASTemos memrias dos ancestrais

    Temos memrias do aprendizado universalTemos memrias infantisTemos adies as nossas imagens ou distoresTemos iluses que se tornam memrias.

    Regresso um fenmeno que acontece durante a hipnose onde a pessoa acessauma memria (passado/ gentica/ criada).

    Verdade ou mentira?No importa...A realidade interna o que importa.

    como uma pintura/ poesia do problema, ou da emoo.

    Telefonema pr-sessoQuero regresso vamos ver como voc reage a hipnose e a regressoHipnose = Regresso (muitos pensam assim)

    A Magia da Regresso X Milagre?Clientes com f/ ou espritas/ ou histricos tm mais facilidade em regredir, pois

    entram mais na realidade interna e criam mais facilmente imagens. No h milagres. Amente pode criar realidades em hipnose.

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    Imagens so registradasMemrias ficam vinculadas a afetos, principalmente as memrias negativas ficam

    registradas na amgdala como signo-signal para nos defenderem PROTEO

    Merenda da infnciaQuintal da vovBrinquedo preferidoDocinho prediletoUm acidente traumtico

    Memrias recalcadas so protees emoes difceis de serem resolvidas pelanossa CRIANA INTERIOR.

    Um fato traumtico acontece.A criana no tem defesa.Ela reage com seu universo.Cria uma lei - uma crena limitante e LIMITA SUA VIDA ISSO NO PODE!

    Crenas Limitantes- Homem no presta- Dinheiro no combina com felicidade- Ser gordo ser saudvel- A vida difcil

    HiperminsiaExemplo:Lembrar da sua comida predileta quando crianaBiscoito de Maisena com manteigaBolo da VovBrigadeiroPipoca na praa

    Coisas marcantes guardamosImagens principalmente as imagens ruins = Recalcamento para nos proteger!

    Trauma

    Algo acontece que no capaz de lidar porque no tem idade, porque ameaa avida, etc...O trauma fica registrado na amgdala como defesa atravs de um Signo sinal.Para trabalhar com Regresso e limpar registros negativos ou Ressignific-los tem

    que acessar um signo sinal o gatiho que dispara uma emoo desagradvel.

    Signo sinal = gatilhoDor/ incmodoCrena LimitanteLembrana traumtica

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    Sensao fsicaAlgo que voc no gosta

    Mitos- Memria recriada ou realidade

    Verdade ou mentira?- Lembrana encobridora

    (Duas vidas cachorro de trs ps)- Memrias condensadasEx: Acidente aos 7 anos, outro acidente aos 15 anos

    misturados)Chuvaperigosopapai morre

    - Religio Espritas/ budistas tem maior crena e abertura.Personagens importantes (Clepatra)Bloqueios para crentes/ catlicos

    - Memria gentica Medos at atvicos (aranhas, altura, etc).- M.D.E.S (memrias dependentes de estado de stress).- Regresso automtica Lembranas universais

    - Inconsciente coletivo- Vidas passadas uma abertura realidade psquica

    Voc no precisa provar nada!O que importa o que voc pode usar das memrias vindas.Procure limpar o que aconteceu lExemplo:Paciente que no falava em pblico aparece a cena:Mulher presa porque falou, no frio gelada

    Hoje, voc deve falar!Pode falar em pblico.

    Metas- Solucionar problemas duas vidas- A criana interior retorna todo o tempo que aquele conflito ativado.- A criana interior tem uma crena limitante que tem uma funo importante Proteo.- A criana acredita em seu pensamento mgico e por l fica presa, no conseguindo ter

    uma atitude adulta para solucionar os problemas de hoje.- Voc acessa a memria/ cena Traz tona a criana/ sua funo protetora/ sua

    crena que limita.- Voc dialoga como adulto, ensina a criana, apadrinha e dissolve aquilo que parecia

    insolvel criana.

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    Tcnica 1

    Aluses Entremear Tcnicas do Dr. Erickson

    Feche seus olhos, v l para dentro de voc, fundo para dentro de voc...Se lembrando de como voc j deu conta de resolver muitas tarefas difceis...V para dentro de voc confortavelmente, muito confortavelmente...Lembrar de memrias guardadas l no fundo do seu crebro...Talvez voc se recorde da dificuldade que foi aprender todas as aquelas letras do

    alfabeto, letras maisculos, minsculas, letras de forma, letras cursivas...Que Pera Binvertido, que o numeral 3poderia ser invertido e virar a letra E.Que o 6 o 9de cabea para baixo 9 6de cabea para baixo...Mas voc foi aprendendo e guardando uma a uma dessas letras e formas,

    montando imagens visuais, mentais em alguma parte do seu crebro... gradualmente vocfoi memorizando, guardando tudo l no fundo do seu crebro automaticamente...

    Hoje, voc no tem dificuldade mais, voc escreve e l usando memrias guardadasno tempo l atrs...

    ... E enquanto fui falando sua respirao mudou, seu pulso mudou...E voc pode sentir mais e mais confortvel como um corpo sem a cabea e sua

    cabea pode flutuar no tempo e no espao... e continuar indo fundo, indo para trs notempo em memrias gostosas para voc...

    E minha voz ir com voc, como a voz dos seus pais, dos seus coleguinhas, dosseus vizinhos ou dos sons de coisas como do vento, da chuva, da gua do rio, do lago...

    Talvez se veja na escola, sentado na carteira... talvez se veja no quintal de casaainda pequeno...

    E sonhar algo to real que podemos sonhar que estamos comendo um sorvete esentir o real gosto do sorvete...... Assim ele continua aludindo...

    Regresso do TempoBrian Weiss

    - Relaxamento Progressivo- Luz entrando pela cabea- Contagem regressiva 20 a 1 descendo uma escada que vai dar numa praa.- Assentar no banco da praa e olhar para frente e ver o que parece- Ou olhar vrios espelhos, escolher um deles na praa e ver o que voc enxerga l.

    - Ou a opo de regredir por contagem regressiva a infncia, ao tero e depois como umtnel de luz do tempo ver aonde vai chegar.

    LINHA DO TEMPO- Imagine desenhando num papel a linha da sua vida- V de 7 em 7 anos desenhando os altos e baixos da sua vida e continue para frente da

    sua idade projetando como voc quer viver.

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    ESTADOS DE EGO

    Veja tcnica apostila- Voc tem vrias partes de si mesmo cada uma como alter ego que ajuda voc. Todas

    so importantes e tm funes importantes.- Voc vai imaginar um palco- Um a um vo entrando os personagens, pergunte:- Quem voc, quando entrou na minha vida, qual a sua funo?- Depois desenhe todos num papel

    Regresso pela Emoo- Sentimento/ Sofrimento / Problema- Emoosensao fsica

    - Qual a cena, idade, onde, com quem?- Ver o que intoxica- Ver quais crenas limitam a vida da pessoa- Dilogo entre a criana e a parte adulta- Apadrinhamento dando as solues adultas:- Isso j passou- Voc era criana no poderia ser de outro jeito- Perdo? Aceitao!- Viso de futuro

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    Regresso pela Emoo

    Essa tcnica baseada na tcnica feita por Stephen Gilliganque fala das relaes de selfde seu Eu somtico com seu Eu cognitivo e a conexo dessas suas partes.

    Eu EuSomtico Cognitivo

    Essa tcnica e Regresso atravs da emoo das sensaes fsicas!- Quando temos uma memria dependente de estado de stress se a gente tocar o pontosensvel dessa pessoa ela vai reconectar a memria dependente de estado de stress e vaitrazer a cena que primariamente intoxicou.- Essa tcnica no requer induo previamente. J uma induo tocar o ponto sensvelde uma pessoa. (Ela j est em um transe negativo a partir do momento que voc toca noponto sensvel).- Para disparar a memria dependente do estado de stress ns precisamos de apenas 7minutos! Ento, 7 minutos relatando um fato doloroso, ns choramos! Nsdesmanchamos, ns ficamos vermelhos, a gente comea a tremer e a pessoa entra emestado dependente daquela memria antiga e passa a reagir com aquele Alter-Egoque a

    defendeu naquele instante, e a pessoa fica presa l naquela memria!!! De Lutaou Fugaque ela no consegue sair.

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    Tcnica passo a passo...

    1 Descreva o problema (7 minutos)Sinta qual a emoo sensao fsicaNa sensao fsica que temos um registro de memria dependente de estado de stress.Sensao fsica emoo.

    Emoo = sentimento Sensao fsicaRaiva T com n na garganta...Tristeza Meu corao est disparado...Medo Minha mo est fria ...Dor Eu estou tremendo ...

    2 Cena intoxicante quantos anos?E agora?

    3 O que o seu pai diria?E sua me?Voc adulto (EU grande)Voc pequenino

    IMPORTANTE!!!Nesse momento nos deparamos com algo interessante: ningum ajuda! A me e o paiesto fora ou foram os aliengenas que intoxicaram essa pessoa. Ento o EU grande nov sada e o EU pequeno s reclama!!

    4 Falar dos sentimentos ...

    5 Apadrinhamento do terapeuta- liberao da culpa

    - limpeza da cenaMuitas vezes a terapia trava nesse momento! Tem pessoas que no querem perdoar, noquerem limpar a cena! A a gente pode dizer: exatamente nesse ponto que voc estpreso! Falar um pouco da Cabala.

    6 Recontar toda a histria(histria oficial histria ntima)

    7 sugesto ps - hipntica

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    2. METFORAS

    a) DEFINIO

    Uma definio de Aristteles, apresentada no livro O mito da metfora, deTurbayne (1970):

    A metfora consiste em dar coisa um nome que pertence a outra coisaqualquer, a transferncia pode ser feita em gnero e espcie ou de espcie para espcieou como analogia.

    Turbayne sugere trocar nome por signo ou coleo de signos. E tambmsugere que mitos, parbolas, fbulas e alegorias so subclasses das metforas.

    O uso da metfora essencial para a comunicao humana. Estrias ecasos so usados desde h muito tempo para comunicar e expressar mensagens, e sofceis de aplicar em psicoterapia, como vimos anteriormente.

    Definio do Dicionrio Aurliopara metfora:

    Tropo que consiste na transferncia de uma palavra para um mbitosemntico que no o do objeto que ele designa, e que se fundamenta numa relao de

    semelhana subentendida entre o sentido prprio e o figurado.Por metfora, chama-se raposa a uma pessoa astuta, ou se designa a

    juventude primaverada vida.

    Definio do Dicionrio Aurliopara analogia:

    Ponto de semelhana entre coisas diferentes. Semelhana, similitude,parecena.

    Deveria dizer que muitas vezes pode-se apenas usar uma analogia, o queseria fazer um paralelo entre coisas diferentes. Empregamos metfora quando contamosuma estria. Toda metfora uma analogia, mas nem toda analogia uma metfora. Nasinterpretaes analticas o que se v um emprego maior de analogias.

    Da perspectiva da psicanlise, o poder desta abordagem est no fato de ocliente ser encorajado a explorar e elaborar uma representao de um sentimento, ouquesto, ou problema, numa forma de pensar (imagem sensria) que est mais prxima doprocesso inconsciente. E h uma integrao com a metfora da imagem (processo

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    primrio) e da palavra (processo secundrio). Assim, se o processo primrio depensamento expresso essencialmente atravs de uma linguagem de imagem, e oprocesso secundrio expresso atravs de palavras, ento a metfora pode ser vista

    como uma integrao dos dois processos.Freud fazia muito uso de metforas em suas interpretaes. Bettelheim(1984) sugere trs razes para que Freud tenha usado metforas ao explicar a natureza dapsicanlise. Primeiro, a psicanlise emprega interpretao imaginativa para explicar ascausas escondidas por detrs dos fatos. Segundo, por causa do recalcamento ou dacensura, o inconsciente se revela atravs de smbolos e metforas, falando em sua prprialngua metafrica. E, finalmente, as metforas so capazes de tocar as emoes humanas.

    Os poetas falam metaforicamente dos sentimentos humanos. E cada umde ns um pouco poeta ao descrever seus prprios sentimentos.

    Existe um correlato entre as palavras transferncia, em alemobertragung, e metfora, feito por Richard R. Kopp (1995). Ele diz, em seu artigo, que atraduo do alemo berpara o ingls above/over, sobre, e de tragung carry, quesignifica carregar, e que a palavra metfora vem do grego meta, alm (= above, noingls), e phorein, que significa carregar, transportar de um lugar para outro(carry).Assim, transferncia, na verdade, pode ser traduzida, em ingls, como metfora.

    De acordo com Szajnberg (1985-86), a transferncia vista como umsubconjunto dos muitos fenmenos de metforas. Ele faz a seguinte nota:

    Como o sonho, a metfora consiste do significado manifesto em conjuntocom o significado latente, e particularmente a jornada criativa entre eles. importante para

    a psicologia psicanaltica... reconhecer o componente do trabalho criativo feito peloindivduo para criar uma metfora.

    A metfora vem como uma linguagem peculiar de cada indivduo; fala dosafetos e das relaes objetais. E tipicamente aparece quando os sentimentos estoexacerbados e quando literalmente as palavras no parecem fortes o bastante ou precisaso suficiente para exprimir a experincias. Exemplos disso so frases metafricas como: ocu vai cair sobre a minha cabea, estou perdido no espao, perdi a cabea, estousem ar, etc.

    Voc pode usar da mesma metfora do cliente e ressignific-la (reframing)

    positivamente, mostrando, por meio de estrias metafricas, uma nova maneira de veraquilo que se pensava ser o pior. Tudo isso com a inteno de reduzir, melhorar aexperincia do sujeito e estabelecer uma maior coerncia do eu; apresentar sadas emostrar os recursos naturais que toda pessoa tem dentro de si mesma.

    Dentro da psicoterapia psicanaltica, a metfora freqentemente usadacomo veculo de interpretao, na forma de uma analogia (comparao), como umaestria. Veremos mais frente que podemos e devemos usar as metforas que o clientetraz.

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    Uma justificativa para o emprego de metforas que elas so muitoefetivas, pois permitem ao cliente a distncia emocional em relao ao seu material,mantendo-se o respeito sua inteligncia e auto-estima e, ao mesmo tempo, integrando

    elementos necessrios a uma ressignificao (reframing).Mas importante frisar que, mesmo que seja o terapeuta a criar umametfora, se ela funciona porque o cliente se engatou bem no processo interior queaquela metfora sugeriu. O cliente aceita e trabalha suas questes. Aquela velha estria,se a carapua serviu... As interpretaes metafricas que ajudam o cliente a capturaruma nova experincia e significado em sua linguagem no podem ir alm daquilo que eleapresentou, e assim existe uma enorme possibilidade de serem aceitas por este. Fiqueatento: no d mais do que o cliente possa digerir. Ele ter uma indigesto. Tenha muitocuidado tambm em no cometer um meta fora(meter fora do lugar).

    Deve-se dar ao cliente uma interpretao metafrica que capture umaexperincia de sua vida diria, e ento ele pode fazer seu processo cognitivo de engatecom a estria ou analogia apresentada.

    Agora, se voc utiliza, explora e transforma uma imagem metafrica criadapelo cliente, ele diretamente adere ao processo de ressignificao, em que o terapeutaguia a uma explorao interior (realidade interna) e convida a uma transformao. E, dessamaneira, o cliente se sente dono da situao (do processo) porque as imagens metafricasvieram de dentro dele.

    Muitas vezes, o corpo fala metaforicamente de um sentimento que, empalavras e mentalmente, no se expressa. O corpo fala em sintomas, que so verdadeiras

    metforas. A lcera que corri e queima de raiva por exemplo. O sintoma pode sercausado por um conflito no expresso. Ex/presso quer dizer, posto para fora, em que ocorpo ex/pressa, em linguagem somtica, a irritao ou o conflito da pessoa. Isso ilustracomo o corpo fala atravs de uma linguagem metafrica de sentimentos; a linguagemcorporal.

    Psicoterapia jungiana e metforas

    Seguindo o mesmo pensamento, Jung era adepto da teoria da imaginao

    ativa, dos smbolos e do trabalho com a interpretao dos sonhos, em que se dava umaenorme importncia s metforas. Como em Freud, um perodo inicial do desenvolvimentodo pensamento por imagem predominaria, mais poderoso que outra linguagem maiselaborada. O que sugere tambm o uso de metforas para termos acesso ao pensamentomais primrio do homem.

    Psicoterapia familiar e metforas

    A estrutura familiar tambm tem uma realidade metafrica.

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    De acordo com Salvador Minuchin e Fishman (1981), a famlia constri suarealidade apresentada, e tarefa do terapeuta selecionar da cultura da prpria famlia, asmetforas que simbolizam sua realidade reduzida, e us-las como um rtulo que aponta a

    realidade da famlia e sugere a direo da mudana.Exemplos podem ser dados: o pai como o caixa forte, a me como umarainha, o filho como o bobo da corte, a filha como a gata borralheira etc.

    Se pudermos apreender a simbologia familiar, descobriremos o mitometaforicamente criaremos uma ressignificao (reframing)para o processo da famlia.

    Hipnoterapia ericksoniana

    Milton H. Erickson foi habilssimo no uso de estrias e metforas emterapia para aumentar a efetividade das psicoterapias breves. Ele acreditava que,contando de um modo indireto um caso semelhante ao do paciente, com uma sadapossvel, ou uma estria que chamasse a ateno do cliente sob certos aspectossemelhante aos seus prprios problemas, faria com que o paciente pensasse em seusprprios recursos de como tambm resolver seus problemas. A metamensagem dessasestrias uma mensagem embutida sutilmente dentro do contedo das narrativas passadiretamente mente inconsciente. O emprego da hipnose tornava mais eficaz o uso demetforas, afrouxando a ateno da mente consciente e sua censura, que ficamabsorvidas atravs de tcnicas hipnticas, enquanto as mensagens so dirigidas menteinconsciente, que est muito mais prxima do pensamento por imagens do que daquele

    por palavras. Portanto, em hipnose o efeito maior e mais duradouro.Eu poderia dizer resumidamente que Milton H. Erickson dividia a mente em

    mente consciente e mente inconsciente. Mente consciente seria aquela mente que pensa,julga, faz e que toma conta da nossa conscincia. E mente inconsciente corresponderiaquilo que se passa fora da nossa conscincia, daquilo que estamos cientes, mas que temum papel em determinar fenmenos fsicos e mentais. A mente consciente vista comouma parte limitada que no capaz de muitos pensamentos e atos simultneos. A menteinconsciente sbia, ilimitada, capaz de fazer muito mais do que a gente conscientementeimagina, um verdadeiro reservatrio de potenciais.

    Desta maneira, o uso da hipnose na psicoterapia serviria de ferramentapara distrair e absorver a mente consciente, e levar mente inconsciente, atravs demeta/mensagens, sob a forma de sugesto (su, sub= por debaixo + gestione= gesto,administrao), novas possibilidades de acessar os recursos internos de cada pessoa eressignificar aquilo que hoje visto como problema.

    Para faz-lo, Milton H. Erickson utilizava a linguagem do prprio cliente,contava casos, estrias, usava metforas embutidas dentro de outras com o intuito deconfundir a mente consciente e assim levantar resistncia.

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    O princpio do uso das metforas era bem simples: falar de algo quechamasse a ateno do cliente, como uma ponte de ligao ao seu problema, ou que olevasse a agir como um radar, captando o que lhe interessa. Por exemplo: se voc tem um

    problema em seu carro e conta a algum o que fez para consert-lo, onde levou, o quetrocou, etc., faz imediatamente a pessoa se remeter a um estrago em seu prprio veculo,onde levou, como consertou ou como poder faz-lo, caso esteja precisando de ajuda. omesmo princpio.

    Deste modo, voc no provoca atritos com a resistncia, o que ocorreria sedissesse diretamente v e faa assim. Voc sugere (suggerere, su + gerere)ao outro umamaneira de ver, de lidar, de experienciar algo novo e diferente.

    Lembrando:Metaforizar essencial. o meio de ser indireto, de conversar a lngua do

    inconsciente. A pessoa guarda com mais facilidade casos, estrias, interpretaesmetafricas do que conversas e interpretaes lgicas. As metforas ficam como umaponte de tratamento. O cliente vai embora, mas leva algo de que, se a metfora foi feita deacordo e sob medida para aquele sujeito, no se esquecer.

    Milton H. Erickson atendia pessoas dos Estados Unidos inteiro, algunsestrangeiros e, numa terapia brevssima, precisava deixar o seu recado e suaressignificao. Ele o fazia atravs das metforas que usava ou das tarefas metafricas.

    Contar estrias metafricas ajudava a pessoa a poder mover-se de umasituao paralisada. O objetivo das metforas guiar o cliente para um caminho de auto-ajuda, em que ele prprio vai encontrar uma nova maneira de lidar com o que antes no

    conseguia. A prpria levitao das mos uma tcnica hipnoteraputica que tem comolinguagem metafrica o significado da mudana natural que vem de dentro, de uma foraque se pode acessar, como se coloca um novo programa no computador, fazendo-otrabalhar numa nova inteligncia.

    De acordo com S. Gilligan:Quando falamos em metforas estamos usando uma linguagem figurada

    em que h generalidades sobre determinados assuntos. Cada um dos exemplosmetafricos usados como generalidade constitui um modo comum e indireto de sugeriruma busca experiencial atravs da memria relacionada a uma pessoa em particular, um

    lugar, um acontecimento, um objeto ou um processo. Quando ditas com convico, dentrode um bom rapport, essas generalidades (em metforas, casos, ou estrias) imergem opaciente num processo de busca interna que culminar com ele acessando um evento.Considerando que o evento ser diferente para cada pessoa, o uso de generalidades emmetforas torna-se um excelente modo de respeitar os processos singulares de cadaindivduo.

    Como vimos at aqui, os processos inconscientes tendem a representar eenglobar idias de modo mais metafrico do que os processos conscientes. Portanto, ohipnoterapeuta ericksoniano utiliza comunicao simblica e metafrica. A este respeito

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    vimos que contar estrias ajuda o paciente, desde que sejam metafricas, no sentido deque o contedo da histria no se refira ao paciente, mas alguns aspectos principais daestria (por exemplo: os personagens, eventos, temas e objetivos) sejam relevantes

    experincia do sujeito.H muitas maneiras de, metaforicamente, voc levar um cliente a observaraquilo que est sendo difcil para ele. A forma metafrica indireta. Assim, se voc querque o cliente se volte para problemas de sua prpria infncia, basta que voc conte casosde infncia. Se voc contar uma estria de um menino que aprendeu a lutar contra umdrago feroz, ajudando toda sua vila, apenas aprendendo a tomar flego, voc podertratar de muitos problemas que se enquadrem em crescimento, aprender a respirar (asma),segurana etc.

    De um modo naturalstico, percebendo a linguagem metafrica, no-verbal,fsica, do cliente, voc o ajuda a explorar, atravs de casos e estrias, novas maneirasdever e sair de seus prprios problemas.

    Parte prtica a construo das metforas

    Imagine s, vspera de Natal, numa beirada de janela, pensando emmetforas para ensinar a algum como mostrar o caminho das estrelas quele que nov a luz. Isto tudo, a menos de 0o C, nevando floquinhos brancos l fora, montanhasbranquinhas, carros cheios de neve, msica clssica com temas de Natal...

    assim que estou aqui, emocionada em poder estar to perto das estrelas

    do norte. Dizem que Papai Noel vem do norte, espero que ele me ajude a ensinar vocs apraticar a construo de estrias que mostrem luz aos seus clientes.

    Como terapeutas, no precisamos brilhar em estrias maravilhosas, massim tocar o corao do cliente, mostrar-lhe que h luz no final do tnel, que h sada para oseu sofrimento. Para isso, no preciso estrias muito elaboradas, mas com simplicidade,palavras-chave, metforas do prprio cliente. A voc consegue dar o suporte necessrioao crescimento dele, o alvio de sua dor.

    Agora veremos como fazer metforas e atingir vrios nveis decomunicao. O mais importante que voc far algo comum (uma estria comum,

    conhecida) se tornar nica para aquela pessoa.Voc se lembra do processo de avaliao de Jeffrey K. Zeig? Ele ajudarvoc aperceber a linguagem metafrica do seu cliente. Para isto veremos uma srie dedicas. Vamos l!

    a) Dentro da avaliao voc pode ver se a pessoa interna; ento, fale desentimentos, sensaes, o que vai atingi-la. Se a pessoa externa, fale das coisas querodeiam esta pessoa, as coisas que ela valoriza quando v, ou que ela deseja ver.

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    Assim, voc vai seguindo a avaliao. Veja cada item, anote-os. Voc fara estria ser moldada de acordo com os itens anotados. Preste bastante ateno nasrelaes sociais (filho mais velho, intrapunitivo, radiante, dominante, etc.). Isto ir ajudar

    voc a construir a estria, colocando estes valores idiossincrticos da pessoa. Qualquerestria, como a do patinho feio, por exemplo, pode se tornar nica se for feita colocando osaspectos pessoais e idiossincrticos do sujeito nesta estria comum. Isso toca a pessoaem questo, e a estria passa a ser pessoal.

    Assim a avaliao uma ferramenta importante ao construir uma estriasob medida. Voc vai checar os valores, as questes que so idiossincrticas e vai coloc-las na estria comum. A estria comum, por exemplo, O patinho feio, por si mostra sobreo descobrimento dos valores pessoais, a auto-estima. Se voc descreve detalhes em quese encaixem os valores, caractersticas daquela pessoa, torna-se uma estria pessoal.

    2) O segundo ponto tocar os interesses do sujeito em questo. Eu chamoisso de antenar.

    Todo mundo tem uma espcie de antena, radar. Quando o assuntointeressa, voc ouve. como uma dona de casa que est sem empregada e algum falade uma forma fcil de fazer comida e estocar ou de lavar roupa. Ela vai prestar ateno,pois tem o mesmo problema. Ento, voc fala de algo semelhante que tem o objetivo demostrar um caminho (soluo) e a pessoa vai fazer sua escolha para a busca de talsoluo. uma aluso as possveis formas de solucionar algo.

    Tambm quando voc fala dos seus filhos, o outro tende a falar dos filhos

    dele. Quando voc fala do seu carro, o outro tende a falar do carro dele, e assim pordiante. uma excelente frmula ericksoniana de fazer o outro falar de suas coisas e,conseqentemente, de solucionar suas coisas pelo mesmo princpio. Tente.

    Quando voc quiser sugerir que h algum caminho, ou uma luz, fale dealgo semelhante ao problema da pessoa. Ela se antena quele problema porque semelhante ao dela e assim quer ouvir que soluo foi encontrada. Pronto! Voc faz apessoa pensar que existe sada para aquilo que parecia no ter. Este o princpio-antena.

    b) METFORAS Uma nota que vem da PNL

    As metforas tendem a atuar em nvel inconsciente, portanto fazendo umby-pass das resistncias da mente consciente. Erickson acreditava que as mudanassignificativas ocorriam a nvel do inconsciente e que as metforas permitiam um trabalhomais direto com a mente inconsciente.

    Parece haver uma correlao entre o que Erickson chamava deinconsciente e o que os neuropsicologistas chamam de hemisfrio no-dominante(hemisfrio direito). O H.D. tem um tipo de processamento artstico e integrativo. Parece

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    que as metforas se conectam e se utilizam do funcionamento do H.D., o que ajuda ocliente a liberar sua prpria criatividade.

    Um casal procurou uma vez o Dr. Erickson para uma terapia conjunta, com

    um problema de desajuste sexual. O problema surgia do fato de o marido querer ir logoaos finalmentes e a mulher querer passar mais tempo se envolvendo nos preparativos.Depois de ouvir o problema apresentado, o Dr. Erickson mudou de assunto e falou deoutras coisas. Perto do fim da sesso, Erickson deu ao casal a tarefa de planejar ecozinhar uma refeio em conjunto, cabendo ao marido preparar a entrada e, mulher, oprato principal. Depois de preparada a refeio, o casal tinha que se sentar e sabore-lajuntos.

    A linguagem no a experincia sobre a experincia. A linguagem, emsi, uma metfora; a representao da experincia. As palavras tornam-se smbolospara partes da experincia sensorial. Quando usamos a linguagem, toda teoria,independente de quo cientfica seja, torna-se uma metfora, uma representaosimblica.

    H um continuum na construo de metforas que especificamente estrelacionado com o tamanho da distncia entre a linguagem e a experincia. Estecontinuum o da metfora superficial versus metfora profunda. A diferena entreesses dois tipos de metforas o grau de abstrao envolvido no simbolismo. Para ilustrareste ponto, muitos terapeutas escolhem fazer metforas usando outros clientes comotpico geral. Dentro deste ponto de vista, h vrias semelhanas entre o cliente e o tpicoda metfora, tais como: ambos so clientes, ambos so pessoas, ambos desejam mudar.

    Esse espao semntico (outros clientes) um excelente exemplo de uma metforasuperficial. Se fosse usado o tpico conto de fadas, o nvel de abstrao seria maior e,portanto, uma metfora profunda.

    Certos resultados so subprodutos da profundidade da metfora e ao seescolher a profundidade da metfora vrios fatores devem ser levados em conta. Umametfora superficial tem mais probabilidade de ser interpretada e de sofrer resistnciada mente consciente; uma metfora profunda opera num nvel inconsciente. Quando setrabalha mais diretamente com o inconsciente, pode-se by-passar a resistncia doconsciente. Um outro fator a ser levado em considerao se o terapeuta sente-se

    confortvel em apresentar para o cliente determinado espao semntico ou tpico (ver,na pgina seguinte, o significado de espao semntico). Alguns teriam dificuldades decontar estrias como conto de fadas, estrias de animais ou fico cientfica. Noentanto, para outros, perfeitamente aceitvel usar espaos semnticos maisprofundos.

    A metfora pode ser usada como uma ferramenta no processoteraputico por vrias razes:

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    1. A metfora uma tcnica no manipulativa. No uso das metforas oterapeuta no oferece uma interpretao, ao contrrio, permite que o cliente extraia seuprprio significado, consignando seus prprios valores histria.

    2. No processo de compreenso da metfora, o cliente tem de adotar umaorientao interna; isto , vai para dentro de si mesmo e usa suas prprias experincias devida para dar sentido estria. Muitos processos teraputicos incluem a introspecocomo uma ferramenta primria. Este processo permite ao cliente comear a confiar em simesmo e em seus prprios recursos.

    3. A metfora , usualmente, analisada tanto consciente comoinconscientemente; contudo, seu principal valor como interveno teraputica o de ajudaro cliente a conectar-se aos seus recursos inconscientes. O inconsciente um vastodepsito de experincias e aprendizados que podem ser usados para conseguir asmudanas desejadas.

    Para assegurar a eficcia de uma metfora, h um nmero de condiesde boaformulao envolvido no seu design:

    1. Isomorfismo2. Espao semntico3. Conquista de objetivos4. Acesso a recursos e5. Ponte ao futuro.

    1. Isomorfismo: na construo da metfora, importante que haja umsmbolo que seja equivalente a cada carter e acontecimento no problema apresentadopelo cliente.

    2. Espao semntico: a rea geral de contedo que ser usada nametfora. Alguns exemplos de espaos semnticos so: estrias de animais, ficocientfica, contos de fadas, um incidente da infncia, histria de um outro cliente, um amigoe crianas. As possibilidades de espaos semnticos so muitas. Ao escolh-lo deve-seespelhar o cliente, utilizando sua idade, interesses e talentos.

    3. Conquista de objetivos: em todas as tcnicas teraputicas a conquistade objetivos um assunto importante. Muitos clientes vm terapia com um objetivoespecfico ou mudana em mente. O terapeuta deve entender o objetivo e construir ametfora de tal maneira a ser eficaz em ajudar o cliente no processo de conquistar oobjetivo. A primeira parte da metfora deve espelhar e acompanhar o cliente no seumodelo de mundo e, medida que se desenvolve, deve conduziro cliente em direo conquista do objetivo.

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    4. Acesso a recursos: em alguns casos, esses recursos podem serespecficos como relaxamento, autoconfiana ou assertividade. No entanto, eles podemtambm ser mais gerais, como tomar decises ou conseguir a habilidade para resolver

    problemas. invariavelmente til incorporar um acesso ao inconsciente na seo derecursos da metfora, tal como ter um sonho que ocorre dentro da estria. O estado desonho considerado como um arqutipo para o processo inconsciente. A metfora, muitasvezes feita para ensinar ao cliente a confiar e se apoiar nos seus prprios recursos,como intuio, conhecimento tcito, integrao das partes internas e uso dos aprendizadospassados. Alm disso, para ganhar acesso a recursos internos, uma metfora podefacilmente ajudar um cliente a utilizar recursos externos, como os de outra pessoa, livros,cursos etc.

    5. Ponte ao futuro: ela conecta os aprendizados inconscientes e recursostornados disponveis atravs da metfora aos estados normais de conscincia e, maisespecificamente, ao problema apresentado.

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    Exemplo de um caso

    Um cliente veio sesso e queixou-se de que tinha sentimentos

    contraditrios quanto a voltar a estudar. Ele disse que, realmente, gostaria de aprendermais e melhorar a si mesmo. No entanto, no estava certo de estar querendo secomprometer firmemente com o trabalho que isso exigia. Disse que se sentia dividido eque gostaria de chegar a uma deciso.

    A seguinte metfora foi construda para este cliente a fim de ajud-lo afacilitar o processo de chegar a uma deciso.

    O rei e seu reino

    Era uma vez um rei que vivia num reino mgico muito distante daqui.Um dia, o rei percebeu que havia um problema em um estado do norte de seu reino. Orei sabia que este problema precisava ser resolvido para restabelecer a paz. Noentanto, ele no estava muito seguro de como fazer isto e, perturbado pelo problema,pensou nele a tarde inteira. noite, quando foi dormir, caiu num sono profundo esonhou que estava em uma reunio com os ministros do reino. Nesta reunio estavampresentes o Ministro do Interior, o Ministro das Relaes Exteriores, o Ministro daSade, o Ministro da Educao e do Bem-estar Social e o Ministro das Minas e Energia.Durante este encontro, seus ministros foram capazes de colocar e abordar suasquestes de tal maneira, que cada um ficou satisfeito. Quando acordou de seu sono,

    ele estava alegre e feliz, porque tinha aprendido uma nova maneira de resolver oproblema. O rei, ento, aplicou a nova capacidade encontrada para dirigir seu reino.

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    CASO METFORA

    SUBSTANTIVOS

    Cliente ReiVida do cliente ReinoPensamentos do cliente Estado do Norte

    PROCESSOSSentimentos contraditrios a Lidar com problemas no reinorespeito de voltar a estudar

    RECURSOS Acesso mente inconsciente Sonho Intuio das partes internas Ministro das Minas e Energia e

    do cliente Ministro do InteriorRecursos externos Ministro das Relaes ExterioresIntegridade pessoal, bem-estar Ministro da Sade, Educao e

    e educao Bem-estar social

    OBJETIVOS

    Tomar uma deciso Restaurar a paz no reino

    PONTE AO FUTURO Aplicar a capacidade de decidir Aplicou sua nova capacidade

    ao problema de voltar a estudar encontrada para governar o reino

    Roteiro para criar metforas

    1. Evocar um caso-problema.

    2. Isolar o problema que se apresenta.

    3. Definir o objetivo.

    4. Listar os substantivos.

    5. Listar as palavras processuais (verbos, advrbios, adjetivos).

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    6. Selecionar o espao semntico.

    7. Criar um substantivo para cada substantivo do problema.

    8. Criar uma palavra processual para cada palavra do homem.

    9. Selecionar os recursos necessrios para se atingir os objetivosdesejados.

    10. Transferir esses recursos em linguagem metafrica consistentecom o espao semntico selecionado.

    11. Estabelecer uma ponte ao futuro e traduzi-la no espaometafrico.

    Exerccios sobre o uso de anedotasCopyright 1984, Jeffrey K. Zeig, Ph.D

    TEMAS DA HISTRIA

    Induo Regresso ao vuloAuto-confiana 5 anos

    * Engano 5 anosAcreditar nos outros 7 anos* Engano 7 anosDomnio 10 anosImagem corporal positiva 15 anosOrientao para exterior 18 anosAuto-afirmao positiva 21 anosLembranas de bons sentimentos idade atualLembranas de ter aprendido com os erros idade atual

    Busca de aprendizado no futuro idade atualDespertar

    QUESTES TERAPUTICAS

    1. Contar histrias adequadas para o paciente reviver suas coisas.2. Observar o paciente. Observar o paciente. Observar o paciente.3. Manter as histrias interligadas.4. Contar uma histria de trs minutos.

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    5. Trabalhar contra a categoria diagnstica de desequilbrio.6. Contar histrias usando:

    a) Categorias diagnsticas

    b) Operaes segurasc) Os valores do paciente7. Trabalhar para manter o transe.8. Falar alto o suficiente para que todos os elementos do grupo ouam.

    FEEDBACK

    1. Por favor, trabalhe silenciosamente para no atrapalhar os outrosgrupos.

    2. Obter feedbackgeral do paciente sem discutir o exerccio em detalhes.3. Voc poder desejar enviar o paciente para fora da sala e dar um ao

    outro feedbackespecfico.

    c) TCNICA PASSO A PASSO EM CIMA DO SINTOMA

    As pessoas criam hbitos que, mesmo sem perceberem, seguem umaseqncia. O sintoma, como j sabemos, a expresso do inconsciente de que algo novai bem. Ele tambm segue uma seqncia em sua manifestao. Ele acontece porpartes. Primeiro um espirro, depois a sensao de sufoco, depois a taquicardia, o suor frio,

    o tremor e o medo de morrer, por exemplo. Isto uma seqncia que se manifesta numpaciente.

    Nesta tcnica h dois objetivos. O primeiro, ressignificar o que para opaciente leva ao pnico; o olhar enfocado em algo ruim. O segundo, injetar um vrus naseqncia que determina o problema. Quando voc muda os passos, muda o padro eassim muda a forma como o problema gerado.

    E uma tcnica muito simples que aprendi com Jeffrey K. Zeig. Como umatcnica passo a passo, voc seguir passos. Com o tempo, aprender a faz-loautomaticamente. Utilizando cada passo como a pessoa cria o problema, ressignificando e

    criando a induo com estes mesmos passos, s que ressignificados. O paciente jconhece esse caminho, por isso ele j vai automaticamente. Ele s no percebe queinconscientemente, estamos mudando a viso daquilo que era negativo para um enfoquepositivo.

    Vamos ver os passos:

    Pergunte com que se parece o problema da pessoa. Ela vai lhe dar ametfora que voc poder utilizar mais a frente.

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    Pergunte como o problema acontece. Pea uma seqncia. O que vemprimeiro. Depois e depois. Anote no mnimo cinco passos desta seqncia Voc vai utilizarestes mesmos sintomas, problemas, ressignificando-os.

    Em seguida, crie uma induo onde colocar os passos ditos de umaforma que se transformem em passos positivos.

    UTILIZE, voc j sabe como fazer.

    Veremos, a seguir, um exemplo desta induo. No possvel criar umroteiro nico, porque cada pessoa ter o seu sintoma e a sua seqncia. O que voc terem mente o seguinte:

    1) INDUO atravs dos mesmos passos.Na induo tenho trs etapas a cumprir - Absoro, ratificao e eliciao.

    Durante a absoro vou introduzir a seqncia de passos, ressignificando o que negativoe desta maneira injetando um vrus bom que muda o problema para CALMA, BEM ESTAR,etc.

    Deve-se, ento, utilizar os passos do cliente, dentro da absoro, paracoloc-lo:

    - Bem acomodado- Respirando mais tranqilamente- Relaxando o corpo- Voltando-se para dentro em busca de solues

    - Descobrindo que pode se acalmar.Vamos ao exemplo:Rapaz deprimido devido a sndrome de pnico, que no lhe permite mais

    fazer as coisas NORMAISda vida. Fica preso dentro de casa, s enxerga as coisas comose elas fossem desabar sobre sua cabea. A presso muito forte.

    Com que se parece seu problema? Afundando num buraco.Os passos de como ele entra em pnico:- pensa em algo sistematicamente- respirao curta

    - suor nas mos- no vou dar conta, vou cair- no quero sentir, mas j estou sentindo medo.A expresso usada pelo paciente para o seu problema aprofundar num

    buraco. Que tal, j que aprofunda to bem, aprofund-lo num lugar seguro e protegido,onde poderemos retirar a presso?! Eis a nossa meta.

    Existem algumas palavras que podemos aproveitar para ressignificar. Elasj fazem parte do vocabulrio dele. Podemos apenas mudar o significado. So elas:Coisas normais, ficar preso, enxergar, desabar, presso.

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    Assim, durante a induo fui dizendo...... E voc pode fechar seus olhos agora... ir l para dentro... onde s voc

    ENXERGA a PRESSO... e ento, (1) pensar em algo bom, sistematicamente...

    aprendendo a FICAR PRESO no bem estar... Voc pode ir DESABANDO seuspensamentos em algum lugar a dentro de voc (2)... de modo que voc pode respirar e acurto prazo... sentir FICAR PRESO no bem estar... Inspirando e abrindo o peito... Soltando(3) o suor que fica preso s suas mos... e a cada vez que voc respira... a curto prazovem o bem estar... e assim VOC PODE IR AFUNDANDO na sensao de paz... (4) e cairna tranqilidade segura de FICAR PRESO na segurana que vem l de dentro do seupeito... e deste modo, (5) voc j estar sentindo alguma diferena em AFUNDAR nacalma que traz a luz e a liberdade... Isto apenas uma induo. Divirta-se.

    Procure seguir os passos do problema para seguir a soluo e v criandoindues nicas para aquele momento.

    d) TCNICAS DE ENTREMEAR PALAVRAS

    Esta tcnica segue o mesmo padro. Veja as palavras chave que a pessoautiliza constante e, que podem ajud-la em seu problema, se forem ressignificadas.

    Utilize delas, durante o transe, mudando a entonao de sua voz emudando o sentido enfocado pelo paciente.

    Por exemplo: perder peso. algo tido como muito difcil pelos pacientesobesos. Eles detestam pensar em ter que PERDER. Mas voc pode ressignificar perder o

    que feio, ganhar leveza. Perder tristeza, decepo.Milton H. Erickson era um mestre nesta arte. Sempre que podia ele

    entremeava alguma palavra comum ao cliente num sentido.Experimente, voc vai gostar. Faa isso tambm na sua vida pessoal.

    ... Quando voc descobre um caminho novo que te leva ao paraso... Vocs quer segui-lo... O silncio faz parte do ser humano... uma das maneiras de encontrar-se...

    Para chegar ao seu silncio voc tambm precisa de tempo e treinamento.

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    METFORASPor Sofia Bauer

    Consiste em dar coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer(Aristteles)

    ANALOGIAPonto de semelhana entre coisas diferentes. Semelhana, similitude, parecena

    (Dicionrio Aurlio)

    Metfora:- Aquilo que carrega o sentido- Faz uma conexo de significados- Ressignifica (reenquadra um novo significado)- Imagens no lugar de palavras- As imagens so parte da linguagem mais primitiva- Quando nos falta palavras para os sentimentos falamos atravs das imagens...

    Objetivo da aula:A- Buscar uma metaB- Orientar para a soluoC- Entremear palavras ressignificadasD- Fazer uma nova conexo para a soluo a ponteE- Trabalhar para eliciar os recursos da pessoaF- Dar sugesto ps hipntica atravs da estria.

    Como criar as estrias?A- Estrias prontasB- Estrias inventadas

    Para todas elas:Sintetizar o problema o que eu desejo comunicar?

    Como montar a estria?A- Buscar a meta:O que eu desejo comunicar?Depresso De- presso

    Evitar pressoDescanse

    Nada como uma formiga de costas quebrada aprendendo a descansar com a cigarra.

    B- Orientar para a soluoO que esta faltando para esta pessoa?Onde est bloqueada?O que precisa aprender para chegar l?Como se consegue isso?O que a impede? Crena limitante?

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    Todo mundo tem suas polaridades...EX: Depresso De-presso descanso no posso! Tenho que ser legal Custo alto cansao corpo pra POSSO SER FELIZ SE AGRADAR A MIM

    MESMO EM 1 LUGARASSIM AGRADAREI BEM A TODOS!

    C- Entremear palavras que ressignificam- Observar palavras idiossincrticas: pesado, arrastado, difcil, tortuoso, grande demais,etc...- Ressignificar estas palavras- Entreme-las nas estrias, dando novo significado vrus no padro anteriorEX: estria do tomateiro em dois casos diferentes incontinncia urinria (tomateiro demora a crescer...).

    - Cncer terminal (tomateiro cresce com toda serenidade...)

    D- Fazer uma nova conexo para a soluo A ponte- O personagem tem caractersticas do problema- O tema tem uma soluo embutida- A estria entremeia novos significados- A antena do paciente capta a idia indireta do caminho para a soluo Meu terapeuta contou-me uma estria que tem a minha cara. Adorei.

    E Eliciar os recursos- Todo mundo tem recursos/ habilidades- Buscar os recursos (tesouros)

    - Entremear os recursos na metfora como parte integrante daquela pessoa.EX: dona formiguinha era muito trabalhadeira, adorava ajudar a todo mundo,carregava mais peso do que deveria e agora est aprendendo saudavelmente aajudar a si mesmo em 1 lugar...

    F Sugesto ps- hipntica- A metfora em si j sugesto indireta- Dar sugestes daquilo que voc deseja eliciar de recursos da prrpia pessoa.- Entremear a sugesto dentro da estria dita.EX: ... e na medida que a formiguinha trabalhadeira mas muito cansada, aprendeuum pouco com a dona cigarra, ela viu que poderia descansar e ganhar mais

    sade... para trabalhar mais saudavelmente/ protegidamente...

    SEMPRE TRAZER UM NOVO CAMINHO- Onde h sombra trazer luz- Onde h uma polaridade colocar sua outra polaridade- Procurar estrias que coloquem a polaridade sombra vista, mas tambm osrecursos.- Sempre entremear solues saudveis- As vezes, com uma 2 estria dentro da 1 estria.

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    UTILIZAR SUGESTES DE PROCESSO... Isso vai continuar... como um processo...Tudo que voc precisa mudar leva tempo...E vai mudando... mas o processo j comeou... um pouquinho s a cada momento...

    GRAVAR FITAS- Gravao de fitas com estrias especficas para cada pessoa.- Ressignificando- Entremeando recursos- Dando sugestes ps-hipnticas

    - Reorientando para soluo

    A METFORA QUE A PESSOA FAZ SOBRE O SEU PRPRIO PROBLEMA- Perguntar: com o que se parece o seu problema?- Ver se ela traz smbolos, lembranas infantis ou sonhos.- Utiliz-los

    PONTOS CHAVES- Metfora e smbolos o paciente.- Palavras idiossincrticas mudar o significado- Crenas limitantes possibilidade de conversar com a criana interior atravs daestria e ensin-lo sobre como fazer de um jeito adulto.-Buscar e resgatar os recursos da pessoa-Conotar positivamente tudo que se passa

    - Utilizar as experincias vividas com recurso (todas as experincias soaprendizagens...)-Abrir alternativas (caminhos)-Fazer muitas modalidades sensoriais (cor/ cheiro/ sons/ descries, etc...)-Por o problema no passado... A formiguinha era muito trabalhadora...-Por a soluo no presente... agora, ela esta aprendendo a descansar para trabalharsaudavelmente...-Conectar as sugestes com uma meta-Sugestes ps- hipnticas-Palavras de proteo (Teresa Robles)

    Vamos aprender a fazer estriasProblemaDe-pressoEsgotamentoCansao

    SoluoPressoDescansoRecuperao da energia

    Estrias Formiga

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    Ostra/ prolaMulher/ pssarosOna enjauladaJardim mal cuidado

    Metfora para Pnico

    Pnico: Presso + DesproteoFalta de arExigncias demais

    Soluo: Pare! Respire!Feche a percepo exageradaDescanseAuto

    Metforas: Arvorezinha isoladaPegadas na areiaJardim do reiVasos imperfeitos

    ANSIEDADE

    ProblemaInquietaoTrabalhar demais

    Preocupaes em excessoAuto exignciasCansao

    SoluoVer por outro nguloRemodelar o tempoDescanso

    MetforasRei e o quadro da pazPedras grandes no vaso

    EXERCCIO I Aquecimento- Duplas- Contar um caso verdadeiro de sua infncia por 2 rapidamente sem detalhes (cor,cheiro, sons, descries), sem emoo.- Recont-lo nos mesmos 2 com riqueza de detalhes e associando emoo na fala- Comentrios

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    EXERCCIO II Aquecimento- 2 pessoa vai contar um caso verdadeiro inspirada no seu caso, com detalhes,emoo e colocando palavras especiais que podem TOCAR a 1 pessoa.

    EXERCCIO III Montar uma estria para...Grupo de 5 pessoas:1 paciente Pnico, fobia, problema conjugal, insnia, depresso, ansiedade, etc...4 contadores de estria 1- Ouvir relato do caso2-Anotar meta

    recursospalavras indiossincrticas

    3- Construir estria4-Entremear recursos

    palavras ressignificadas5- Contar a estria com detalhes, emoo e sugesto ps-hipntica6-Comentrios