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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
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MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE
OCUPACIONAIS
Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre
Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA
DE AVALIAÇÃO DE RISCOS NO SETOR DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Andreia Sousa da Silva
Orientador: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Batista - FEUP
Coorientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes - FEUP
Arguente: Professora Doutora Fernanda Ribeiro - UA
Presidente do Júri: Professor Doutor Carlos Ribeiro - FEUP
___________________________________ 2017
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
I
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pelo amor e incentivo constante.
Às minhas sobrinhas pela dádiva de alegria e energia.
Ao Diogo pela compreensão da minha ausência.
Ao professor João Batista pela disponibilidade e pela colaboração na elaboração desta dissertação.
À professora Joana Guedes, pela dedicação dispensada, pela energia, pela busca incessante de
conhecimento, por ter acreditado quando eu desacreditei.
Aos amigos gerados no MESHO, muito em especial, à Flávia, ao Frederico e à Ana pela partilha
de conhecimento e pela boa disposição, sem vocês não teria sido igual.
Aos Técnicos de Segurança e Coordenadores de Segurança que colaboraram na aplicação do
método e sem os quais esta dissertação não teria sido possível.
A todos o meu muito obrigada.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
III
RESUMO
A prevenção dos riscos deve assentar numa correta e permanente avaliação de riscos.
O setor da construção, sobre o qual este trabalho foi desenvolvido, continua a registar o maior
número de acidentes mortais, destacando-se fortemente a necessidade de avaliar corretamente os
riscos e atuar na sua eliminação ou minimização. Com este trabalho pretendeu-se adaptar o modelo
base da Metodologia Integrada de Avaliação de Riscos (MIAR) ao setor em análise com vista à
redução da subjetividade do avaliador.
Esta dissertação foi elaborada em seis etapas, tendo como guia de orientação o método de Delphi:
i) adaptação da MIAR; ii) elaboração da matriz de avaliação de riscos com a identificação das
subatividades e respetivos riscos, iii) seleção do painel de especialistas em segurança, iv) aplicação
do método pelo painel, v) análise de resultados e vi) revisão da metodologia.
Na análise dos resultados recorreu-se à aplicação de testes de hipóteses e correlação. Os resultados
interavaliadores, segundo a MIAR demonstram que em 66% da amostra a correlação é muito forte
e 26% tem uma correlação forte.
Foram comparadas as avaliações de risco da MIAR com a avaliação de riscos efetuada em contexto
real de trabalho, segundo o método William T. Fine, verificando-se que 5,9% da amostra tem uma
relação muito forte e 47,1% uma correlação forte (segundo a correlação de pearson com p-value
< 0,005). Verifica-se que com a aplicação da MIAR os valores de risco recaem sobre níveis de
Médio e Alto, enquanto que com WTF recaem sobre os níveis inferiores, Baixo e Médio.
Conclui-se que a MIAR reduz a subjetividade do avaliador e quando comparada com o método
William T. Fine adota critérios de valoração mais conservadores.
Palavras-chave: avaliação de riscos, construção, segurança.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
V
ABSTRACT
Risk prevention should be based on the correct and ongoing assessment of risks.
The construction sector, on which this work was developed, continues to record the highest number
of fatal accidents, highlighting the crucial need to correctly assess the risks and act towards their
elimination or mitigation. This work aims to adapt the standard model of the Integrated
Methodology for Risk Assessment (MIAR) to the sector in question with a view to reducing the
subjectivity of the evaluator.
This dissertation was prepared in six stages, following the guidelines of the Delphi method: i)
adaptation of the MIAR; ii) production of the risk assessment matrix, identifying the sub-activities
and their risks; iii) selection of the panel of specialists on safety; iv) application of the method by
the panel; v) analysis of the results; and vi) review of the methodology.
The analysis of the results was based on the application of hypothesis and correlation tests.
Pursuant to the MIAR, the intra and inter-rater results demonstrate that in 66% of the sample the
correlation is very strong and 26% show a strong correlation.
The risk assessments of the MIAR were compared with the risk assessment made in real work
contexts, according to the William T. Fine (WTF) method. Here, it was found that 5,9% of the
sample have a very strong relationship and 47,1% have a strong correlation (based on Pearson’s
correlation coefficient with p-value < 0.005). It was observed that, by applying the MIAR, the risk
values fall within the Medium and High levels, while the WTF method obtains lower values, Low
and Medium.
It is concluded that the MIAR reduces the subjectivity of the evaluator, and when compared to the
William T. Fine method endorses more conservative valuation criteria.
Keywords: risk assessment, construction, safety.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
VII
INDICE
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
1.1 Descrição geral da atividade de escavação subterrânea ................................................... 4
1.2 Principais Riscos............................................................................................................... 5
2 ESTADO DA ARTE ................................................................................................................ 7
2.1 Panorama da avaliação de riscos ...................................................................................... 7
2.2 Enquadramento Legal e Normativo .................................................................................. 9
2.3 Conhecimento Científico ................................................................................................ 10
2.4 Metodologias de avaliação de riscos .............................................................................. 11
2.4.1 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (FMEA) ......................................................... 14
2.4.2 Online Interactive Risk Assessment (OIRA) ............................................................ 14
2.4.3 Optimal Risk Assessment (ORA) ............................................................................. 14
2.4.4 Quantitative Risk-Assessment (QRA) ...................................................................... 14
2.4.5 Matriz simples - Binário ............................................................................................ 15
2.4.6 Método William T. Fine ............................................................................................ 15
2.4.7 Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR) .................................................. 15
2.5 Objetivo da Dissertação .................................................................................................. 19
3 MÉTODO E MATERIAIS ..................................................................................................... 21
3.1 Método ............................................................................................................................ 21
3.1.1 Revisão bibliográfica ................................................................................................. 22
3.1.2 Descrição da atividade em estudo – caso prático ...................................................... 22
3.1.3 Adaptação da MIAR .................................................................................................. 26
3.1.4 Matriz de avaliação de riscos .................................................................................... 30
3.1.5 Aplicação da metodologia ......................................................................................... 31
3.1.6 Análise de resultados ................................................................................................. 31
3.1.7 Revisão da metodologia ............................................................................................ 31
3.2 Materiais ......................................................................................................................... 33
4 ANÁLISE DE RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 37
4.1 Análise dos resultados iniciais ........................................................................................ 37
4.2 Análise dos resultados iniciais sem o parâmetro “Custo” .............................................. 41
4.3 Análise de resultados após a revisão da metodologia .................................................... 42
4.4 Análise dos dados inicias vs dados da revisão da MIAR ............................................... 45
4.5 Análise comparativa entre a MIAR e o método William T. Fine .................................. 46
5 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS .................................................................... 49
5.1 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 49
6 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 51
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
IX
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos .................................... 4
Figura 2 – Análise, avaliação e gestão do risco .............................................................................. 8
Figura 3 – Fluxograma do método de desenvolvimento do estudo ............................................... 21
Figura 4 – Laser instalado no hasteal do túnel, para alinhamento do braço do Jumbo ................. 22
Figura 5 – Apoio topográfico para a marcação da pega ................................................................ 22
Figura 6 – Fase de perfuração, com alguns dos furos já executados e outros em execução ......... 23
Figura 7 – Fase de ligação dos ligadores e programação dos detonadores eletrónicos ................ 23
Figura 8 – Ventilação da frente de trabalho após a detonação ...................................................... 24
Figura 9 – Carregamento do material escavado ............................................................................ 25
Figura 10 – Saneamento da abóbada do túnel ............................................................................... 25
Figura 11 – Projeção de betão com fibras metálicas ..................................................................... 26
Figura 12 – Varões swellex, armazenados no solo ....................................................................... 26
Figura 13 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração dos riscos ............. 40
Figura 14 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco .......................................... 40
Figura 15 – Representação gráfica da dispersão da valoração do risco sem o parâmetro “custo” 41
Figura 16 – Representação gráfica dos resultados, sem o parâmetro “custo”, por níveis de risco41
Figura 17 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração do risco ................ 43
Figura 18 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco .......................................... 43
Figura 19 – Análise gráfica da correlação interavaliadores segundo a MIAR .............................. 45
Figura 20 – Representação gráfica dos resultados da avaliação, WTF, por níveis de risco ......... 46
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
XI
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Principais riscos da atividade de escavação subterrânea com recurso a explosivos ..... 5
Tabela 2 – Resumo da pesquisa, base dados vs palavra-chave ..................................................... 10
Tabela 3 - Principais vantagens e limitações dos métodos qualitativos, quantitativos e
semiquantitativos ........................................................................................................................... 13
Tabela 4 – Metodologias de avaliação de riscos ........................................................................... 13
Tabela 5 - Parâmetros de avaliação para os riscos de segurança e higiene ocupacionais ............. 16
Tabela 6 - Parâmetros de avaliação de impactes ambientais ........................................................ 17
Tabela 7 – Índice de risco, pontuação ........................................................................................... 19
Tabela 8 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais, fase de planeamento ..................... 27
Tabela 9 – Parâmetros de valoração do risco ................................................................................ 29
Tabela 10 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais na fase de execução da atividade 29
Tabela 11 – Modelo do Plano e Registo de Monitorização e Prevenção de Riscos ..................... 30
Tabela 12 – Matriz de avaliação de riscos (excerto do ficheiro original) ..................................... 30
Tabela 13 – Parâmetro de “Priorização do risco” ......................................................................... 32
Tabela 14 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor” ................................... 37
Tabela 15 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Gravidade ......... 38
Tabela 16 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Extensão ........... 38
Tabela 17 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA - Extensão - Perfuração ................ 38
Tabela 18 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Preparação de cargas
explosivas ...................................................................................................................................... 38
Tabela 19 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Remoção de escombro
....................................................................................................................................................... 39
Tabela 20 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Betão projetado ..... 39
Tabela 21 – Resumo dos testes Kruskal – Wallis para o parâmetro “Extensão” .......................... 39
Tabela 22 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Custo ................ 40
Tabela 23 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor” ................................... 42
Tabela 24 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Extensão ............. 42
Tabela 25 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Priorização do custo
....................................................................................................................................................... 43
Tabela 26 – Matriz de correlação interavaliadores segundo a MIAR ........................................... 44
Tabela 27 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados iniciais ....................... 45
Tabela 28 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados de revisão .................. 45
Tabela 29 – Matriz de correlação de cada avaliação MIAR vs WTF ........................................... 47
Tabela 30 – Nível de significância (segundo pearson) de cada avaliação MIAR vs WTF ........... 47
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
XIII
GLOSSÁRIO/SIGLAS/ABREVIATURAS
ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho
CSO – Coordenação de segurança de obra
CSP – Coordenação de segurança em projeto
CVD – Critério de valoração da deficiência
INSHT - Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo
MIAR – Método integrado de avaliação de riscos
NP – Norma Portuguesa
OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series
PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses
PRMP – Plano e registo de monitorização e prevenção
RMP – Registo de monitorização e prevenção
VR - Valoração do risco
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
PARTE 1
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
da Silva, Andreia 3
1 INTRODUÇÃO
A construção é um setor singular face ao dinamismo das suas atividades, bem como, pela
amplitude dos Inputs e Outputs que lhe estão associados. Nos últimos anos, o investimento na
construção em Portugal tem vindo a sofrer um decréscimo, resultado da recessão económica
nacional e internacional. Em 2011 o setor da construção representava 12,9% das empresas em
Portugal com um efetivo de 11,9% pessoas, e em 2015, o setor compreendia 11,0% das empresas
(44 mil empresas), representando 9,0 % do número de pessoas ao serviço e 6,0% do volume de
negócios (Portugal, 2016).
O investimento diminuiu, mas a ocorrência de acidentes de trabalho mortais aumentou. Segundo
dados da Eurostat (Eurostat, 2014), a construção continua a ser o setor líder na ocorrência de
acidentes de trabalho mortais, e alcança também os lugares cimeiros em matéria de acidentes
graves.
Segundo Cabrito (2002) o povo português continua a justificar os seus atos e maleitas do trabalho
com o infortúnio, a falta de sorte e desígnios divinos. Esta forma de estar e pensar não abona a
favor da prevenção no trabalho.
À cultura pouco preventiva aliam-se outros fatores potenciadores de falhas de segurança e saúde
como: a desarticulação do planeamento da segurança vs processo construtivo, os curtos prazos de
execução da obra, a simultaneidade de atividades no mesmo local, o faseamento construtivo com
a intervenção de diferentes especialidades e intervenientes e um orçamento reduzido para a
prevenção de riscos (Dias, et al., 1996).
Os trabalhos na construção, de acordo a legislação, são considerados de risco elevado, em que os
trabalhadores estão frequentemente expostos a riscos especiais como: queda em altura,
atropelamento, soterramento, acrescendo a estes ritmos de trabalho intensivos e exposição a
condições climatéricas adversas. A prevenção dos riscos só é possível quando os perigos são
identificados e prevenidos a montante da execução da obra, e só assim faz sentido falar em
prevenção de riscos.
A avaliação de riscos, mais do que um requisito legal, previsto no artigo 5.º da Lei nº 3/2014 de
28 de Janeiro, “…constitui a base para uma gestão bem-sucedida da segurança e da saúde, sendo
um fator-chave para reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças profissionais. Se for
corretamente aplicada, poderá melhorar a segurança e a saúde no local de trabalho, bem como
o desempenho da empresa em geral.” (ACT, 2017).
Segundo Areosa (2010) a análise dos riscos é um processo parcial e subjetivo, dado que os
conhecimentos no momento da sua realização evoluem em função do tempo. Assim, não se poderá
afirmar com precisão se uma análise de riscos é fiável o suficiente.
No setor da construção, a avaliação dos riscos tem início na fase de conceção do projeto onde se
identificam os perigos e se colocam em prática os princípios gerais de prevenção preconizados no
regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e desenvolve-se na fase de
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
4 Introdução
execução da obra com a avaliação de riscos adaptada ao processo construtivo e definição de
medidas preventivas especificas, conforme preconizado no Decreto-lei n.º 273/2003 de 29 de
Outubro.
Com este trabalho pretende-se aferir se o Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR) é uma
metodologia que reduz da subjetividade na avaliação de riscos. A análise será aplicada a um caso
prático de escavação subterrânea.
1.1 Descrição geral da atividade de escavação subterrânea
A escavação subterrânea caracteriza-se por uma sequência de operações que visam a escavação
com meios mecânicos e/ou explosivos, que respeita um faseamento construtivo cíclico, conforme
Figura 1.
Figura 1 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos
A sequência de escavação com recurso a explosivos é composta pelas seguintes operações:
[1] Marcação da pega
[2] Perfuração
[3] Carregamento dos furos
[4] Detonação dos furos
[5] Ventilação da zona escavada
[6] Remoção de escombro para vazadouro
[7] Saneamento
[8] Suporte primário
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 5
A escavação de um túnel, para fins rodoviários, hidráulicos, ou outro, pode ser realizada em seção
total ou faseada e durante a sua execução é previsível o atravessamento de diversos tipos de
zonamento geológico-geotécnico o que torna variável o avanço da pega de fogo e o revestimento
primário do túnel.
A perfuração dos furos que compõe a pega de fogo é realizada com recurso a equipamento
automotor, jumbo. No final da perfuração de todos os furos procede-se ao carregamento dos
mesmos com explosivos, em que esta atividade é executada por equipas especializadas cujos
trabalhadores possuem cédula de operador de substâncias explosivas.
Após o desmonte com explosivos procede-se à ventilação da zona dos trabalhos e posteriormente
à remoção do escombro. Assim que o escombro é removido dá-se início aos trabalhos de
revestimento primário que garantem a segurança necessária para se efetuar mais um ciclo de
operações.
1.2 Principais Riscos
Os trabalhos de escavação subterrânea com recurso a explosivos são considerados trabalhos de
risco elevado e risco especial, segundo o artigo 79.º da Lei n.º 3/2014 e artigo 7.º do Decreto-Lei
n.º 273/2003, respetivamente.
Na Tabela 1, são elencados os principais riscos da atividade de escavação com recurso a explosivos
tendo por base a informação proveniente da experiência adquirida por vários Técnicos de
Segurança, dados do histórico de algumas empresas do setor e guias técnicos. (Couto, et al., 2016)
(OSALAN, 2012) , (International Tunnelling and Underground Space Association - ITA, 2011).
Tabela 1 – Principais riscos da atividade de escavação subterrânea com recurso a explosivos
Risco / Amplitude do dano Potenciais causas de acidentes / doença profissional
Asfixia Ventilação deficiente da frente de trabalho, falta de catalisador nas máquinas
(filtro dos gases de escape)
Atropelamento
Falta de delimitação / sinalização de caminhos de circulação para peões e
equipamentos distintos, desrespeito dos caminhos de circulação, excesso de
velocidade, deficiente manutenção de equipamentos, falta de limpeza de
caminhos de circulação, inclinação dos acessos.
Capotamento Deficiente manutenção de equipamentos, falta de limpeza de caminhos de
circulação, inclinação dos acessos
Cortes, pancadas Falta ou má utilização de equipamento de proteção individual
Eletrização
Falha na ligação à terra do quadro elétrico, falta/ falha do disjuntor diferencial
de alta sensibilidade, cabos elétricos deteriorados, alimentação elétrica em
contato com água
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
6 Introdução
Risco / Amplitude do dano Potenciais causas de acidentes / doença profissional
Esmagamento por ou entre
objetos / equipamentos
Má utilização de equipamentos e meios auxiliares, desrespeito pelo raio de
ação de equipamentos em laboração, desarticulação entre trabalhadores
Explosão intempestiva
Transporte de explosivos e acessórios de tiro no mesmo habitáculo
(detonadores, ligadores e explosivos), falta de formação dos operadores de
explosivos, utilização de telemóveis na proximidade da pega de fogo
Incêndio
Manutenção deficiente dos equipamentos, utilização de chamas vivas /
produção de faíscas na proximidade de materiais inflamáveis, meios de
combate a incêndio escassos / deficientes
Poeiras Falta de rega dos caminhos de circulação, humidificação da frente de
escavação, falta ou má utilização de equipamento de proteção individual
Projeção de fragmentos /
partículas
Violação das distâncias de segurança estabelecidas, falta ou má utilização de
equipamento de proteção individual
Queda ao mesmo nível Circulação em terrenos irregulares, condições meteorológicas adversas, falta
de limpeza, deficiente iluminação
Queda de objetos, material Utilização de acessórios de elevação inadequados e/ou em mau estado de
conservação, pontos de amarração deficientes
Queda em altura (> 2 m) Má utilização de equipamentos e meios auxiliares, falta ou má utilização de
equipamento de proteção individual anti-queda
Ruído Falta ou má utilização de equipamento de proteção individual, manutenção
deficiente de equipamentos
Sobre esforços
Movimentação manual de cargas com peso> 25Kg, zonas de movimentação
de cargas de acesso difícil (exemplo disso é a colocação dos varões de swellex
na abóbada devido à inclinação dos furos)
Soterramento Caraterísticas geológico - geotécnicas, falha no revestimento primário.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
da Silva, Andreia 7
2 ESTADO DA ARTE
2.1 Panorama da avaliação de riscos
A análise de riscos constitui a primeira abordagem de um problema de segurança no trabalho
(Miguel, 2014).
A avaliação de riscos é uma análise sistemática de todos os aspetos do trabalho, que identifica:
aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos, a possibilidade de os perigos serem eliminados
e, se tal não for o caso, as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir
(OSHA, 2009).
A NP 4397:2008 define os seguintes conceitos de perigo e risco:
Perigo – fonte, situação ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afeção da
saúde, ou uma combinação destas.
Risco – combinação da probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou de exposição
(ões) perigosos e da gravidade de lesões ou afeções da saúde que possam ser causadas pelo
acontecimento ou pela exposição (ões).
Existem várias técnicas de análise de risco e vários métodos de avaliação do risco, uns generalistas
e outros mais específicos, a escolha de cada método deverá estar adequada à atividade em análise
e em função das características que estão inerentes (Fesete, 2010)
A avaliação do risco, independentemente do método, segue um faseamento que se pode enumerar
como:
Identificação dos perigos e trabalhadores expostos ao risco;
Avaliação e hierarquização dos riscos;
Definição das medidas de prevenção;
Implementação das medidas preventivas;
Acompanhamento e revisão, quando necessário.
Na Figura 2, é representado o modelo de faseamento da Gestão de Risco, versão adaptada (Roxo,
2003). Segundo este modelo, a avaliação de riscos pode-se dividir em duas fases: análise de risco
(processo qualitativo) e avaliação do risco (processo quantitativo).
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
8 Objetivos e metodologia
Figura 2 – Análise, avaliação e gestão do risco
A análise do risco visa conhecer os fatores do sistema de trabalho Homem/Máquina/Ambiente
(Miguel, 2014). A identificação dos perigos pretende conhecer as situações com potencial dano
para o trabalhador, para tal é necessário um conhecimento aprofundado do projeto e processo
construtivo com envolvimento da equipa técnica que o desenvolve, analisar a simultaneidade de
atividades e condicionalismos locais, perceber o modo operando dos equipamentos e suas
limitações, bem como, o modo de emprego de materiais e respetivas fichas de dados de segurança.
A identificação dos trabalhadores reveste-se de grande importância pela visão do dano que pode
assumir, sendo quantificado através do parâmetro Gravidade e pelo tempo de Exposição ao risco.
A identificação deve ser, tanto quanto possível, ampla no sentido de abranger também os
trabalhadores que não estando diretamente expostos ao risco se encontram na zona envolvente.
A terceira etapa da análise do risco consiste na sua hierarquização, assumida por muitos autores,
como sendo o produto da Probabilidade pela Gravidade (Douglas, 1992). A probabilidade está,
normalmente, associada ao histórico de ocorrências e a gravidade aliada ao dano humano e/ou
material. A análise do risco visa definir uma escala de priorização de atuação para minimizar os
riscos que não podem ser evitados e pode ser quantificada ou qualificada antes do planeamento
das medidas de prevenção e após a sua definição.
A avaliação do risco é um processo de comparação entre o valor obtido na fase de análise de
riscos e os resultados práticos da implementação das medidas de prevenção, tendo por base as
referências estabelecidas como aceitáveis (Roxo, 2003). O risco é aceitável quando reduzido a um
nível que se considera tolerável segundo os requisitos legais ou internos da organização, NP
4397:2008.
Identificação dos Perigos
Identifcação dos trabalhadores expostos
Estimativa do Risco
Valoração do Risco
Controlo do Risco
An
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Ris
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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 9
A fase de controlo do risco surge quando o risco se considera como inaceitável, sendo necessário
intervir corretivamente para a sua minimização, enquadra-se no contexto de uma melhoria
contínua e de aperfeiçoamento da gestão do risco.
2.2 Enquadramento Legal e Normativo
A avaliação de riscos é um requisito legal preconizado no Regime Jurídico da Promoção da
Segurança e Saúde no Trabalho, artigo 5.º, ponto 3, da Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro, que refere
“A prevenção dos riscos profissionais deve assentar numa correta e permanente avaliação de
riscos …”.
O Contrato Coletivo de Trabalho aplicável à construção civil, Publicado no Boletim do Trabalho
e Emprego nº 30 de 15 de agosto de 2016, refere que o empregador tem de organizar os serviços
de segurança e saúde no trabalho e através destes deve tomar as medidas necessárias para a
prevenção dos riscos, nomeadamente a “Identificação, avaliação e controlo, com o consequente
registo, dos riscos para a segurança e saúde nos locais de trabalho incluindo dos riscos
resultantes da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos.”,
refere ainda que:
“Os trabalhos têm de decorrer em condições de segurança adequadas, devendo as situações de
risco ser avaliadas, durante as fases de projeto e planeamento, tendo em vista a integração de
medidas de prevenção, por forma a otimizar os índices de segurança nas fases de execução e
exploração.”;
Os riscos remanescentes das medidas implementadas de acordo com o número anterior, devem
ser avaliados e consequentemente adotadas as medidas adequadas para prevenir tais riscos.”.
Nas atividades desenvolvidas em estaleiros temporários ou móveis, prevê o Decreto-Lei n.º
273/2003, que “A entidade executante deve: a) Avaliar os riscos associados à execução da obra
e definir as medidas de prevenção adequadas…”. Este diploma define a estrutura do Plano de
Segurança e Saúde da empreitada, cujo desenvolvimento deve conter, entre outros elementos, a
“Avaliação e hierarquização dos riscos reportados ao processo construtivo, abordado operação
a operação de acordo com o cronograma, com a previsão dos riscos correspondentes a cada uma
por referência à sua origem, e das adequadas técnicas de prevenção que devem ser objeto de
representação gráfica sempre que se afigure necessário.”
No âmbito normativo destacam-se os seguintes referenciais:
NP ISO 31000: 2012 – Gestão do risco – princípios e linhas de orientação;
OHSAS 18001:2007 – Sistemas da segurança e saúde no trabalho – requisitos.
NP 4397:2008 - Sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho – requisitos.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
10 Objetivos e metodologia
Em suma, os requisitos legais e normativos definem que os riscos devem ser hierarquizados, o
que pressupõe a utilização de uma escala quantitativa com vista à priorização do risco, quanto
ao controlo dos riscos refere-se a necessidade de os identificar e registar, estando implícito a
necessidade de gerar uma evidência do plano de medidas e inspeção às condições do trabalho.
2.3 Conhecimento Científico
A revisão bibliográfica foi realizada com base na metodologia PRISMA Statement (Preferred
Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), (Moher D, 2009). Esta metodologia
define um conjunto de parâmetros a respeitar para realizar as revisões sistemáticas e meta-análises.
A pesquisa bibliográfica foi realizada com o objetivo de identificar metodologias de avaliação de
riscos aplicadas ao setor da construção, com vista à apreensão de conhecimento que potencie a
adequabilidade do método de avaliação de riscos desenvolvido por (Antunes, et al., 2010)
“Metodologia Integrada de Avaliação de Ricos – MIAR” à construção.
O processo de pesquisa realizou-se em três bases de dados online: SCOPUS, SCIENCE DIRECT
e ACADEMIC SEARCH COMPLET. A pesquisa nas bases de dados foram realizadas com três
conjuntos de palavras: i) “risk evaluation” and “safety” and “construction”; ii) “risk assessment"
and “safety” and “construction”; iii) "hazard identification" and “safety” and “construction”. Os
artigos encontrados, 1.549, foram registados numa base de dados, e sobre esta foram utilizados
critérios de exclusão, com uma sequência definida, sendo eles: a data, o tipo de artigo, a língua, os
artigos repetidos. No critério data foram aceites os artigos desde 2012 até ao momento, no tipo de
artigo selecionaram-se os artigos científicos e revisões bibliográficas, quanto à língua foram
aceites apenas os artigos escritos em Inglês. Após esta seleção verificaram-se os artigos que
estavam fora de tema, que correspondem a artigos que embora contendo as palavras-chaves, o
resumo não corresponde ao tema em análise. Aplicaram-se também critérios de inclusão e
exclusão, e no final obtiveram-se alguns artigos incluídos na síntese quantitativa.
Tabela 2 – Resumo da pesquisa, base dados vs palavra-chave
Base de dados / n.º artigos selecionados
Scopus Science Direct Academic
Search Complet
Pa
lav
ras
cha
ve
risk evaluation AND safety AND construction 127 449 76
risk assessment AND safety AND construction 270 358 97
hazard identification AND safety AND construction 28 139 5
TOTAL 425 946 178
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 11
A pesquisa bibliográfica permitiu a identificação de diferentes metodologias de avaliação de
riscos, algumas das quais se descrevem no ponto seguinte.
2.4 Metodologias de avaliação de riscos
Não existem regras fixas sobre como a avaliação de riscos deve ser efetuada, mas a Comissão
Europeia (Europeia, 1996) propõe dois princípios a considerar numa avaliação:
Estruturar a operação, de modo a que sejam abordados todos os perigos e riscos relevantes;
Identificar o risco, de modo a equacionar se o mesmo pode ser eliminado.
Segundo esta organização, independentemente da metodologia que se visa implementar, existe um
conjunto de critérios a integrar, nomeadamente:
Observação do meio circundantes do local de trabalho;
Identificação de atividades realizadas no local de trabalho;
Consideração dos trabalhos realizados no local de trabalho;
Observação de trabalhos em progresso;
Consideração de padrões de trabalho;
Consideração de fatores externos que podem afetar o local de trabalho;
Revisão de fatores psicológicos, sociais e físicos que podem contribuir para a ocorrência
de stress no trabalho.
Existem diversas metodologias de avaliações de riscos, Khan (2015) identificou mais de 150
métodos e Tixier (2002) registou 62, cuja aplicabilidade pode variar em função da complexidade
do método e do setor em análise.
Tixier (2002) e Romero (2004) dividem as valorações de riscos em dois grupos: quantitativos e
qualitativos.
As metodologias quantitativas baseiam-se na frequência da ocorrência e gravidade de forma
quantificada, que se traduzem em resultados concretos (Cabral, et al., 2007).
Os métodos quantitativos propõe-se obter uma estimativa numérica da magnitude do risco, em que
a frequência utiliza técnicas sofisticadas de cálculo, bases de dados ou exames laboratoriais. Para
quantificar a gravidade recorre-se a modelos matemáticos de consequências para simular o campo
de ação de uma agente e sua capacidade agressiva (Roxo, 2003).
Segundo Romero (2004) estes métodos são complexos e requerem a adequação de recursos
humanos e materiais, sendo mais profícuos em situações de risco elevado como é o caso da
indústria química ou nuclear.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
12 Objetivos e metodologia
As metodologias qualitativas consistem em análises sistemáticas dos postos de trabalho com vista
à identificação de situações com potencial perigosidade e à forma de prevenir a sua ocorrência
(Cabral, et al., 2007).
É um método de aplicação simples, não carece de uma identificação exata das consequências ou
valores concretos, contudo isso confere-lhes alguma subjetiva, estando fortemente dependentes
dos conhecimentos e assertividade dos avaliadores.
É um método sustentado por gráficos e digramas de fluxo com representação de resultados não
numéricos (Khan, et al., 2015).
Marhavilas (2011) identificou um conjunto de técnicas que estão na base da avaliação qualitativa:
Listas de verificação;
Análises “What if”;
Auditorias de segurança;
Análise de tarefas;
Técnica “Sequentially Timed Event Plotting (STEP)”
Hazop.
É um método utilizado para avaliar situações simples em que os perigos são facilmente
observáveis, não carece de uma identificação exata das consequências.
Um terceiro grupo de valoração dos riscos, métodos semi-quantitativos, é identificado por Khan,
(2015) e Marhavilas (2011). Estes são utilizados quando a avaliação qualitativa não é suficiente e
a complexidade da avaliação qualitativa é desmesurada. Neste método a magnitude do risco resulta
do produto da frequência pela gravidade podendo-se incrementar o fator Extensão sempre a
dimensão do impacto é superior a uma pessoa. Estes parâmetros apresentam uma relação ordinal
entre os vários níveis.
As avaliações semiquantitativas são ferramentas habitualmente utilizadas para dar cumprimento
aos requisitos legais, uma vez que são métodos de aplicação mais simples, tendo a devida atenção
à lacuna existente na validação dos resultados das suas aplicações. Carvalho (2011) é da opinião
que se deve comparar resultados de diferentes métodos de avaliação de risco com o intuito de
garantir a fiabilidade das mesmas.
Na Tabela 3 apresenta-se um breve resumo das principais vantagens e limitações destes métodos.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 13
Tabela 3 - Principais vantagens e limitações dos métodos qualitativos, quantitativos e semiquantitativos
Fonte: Adaptado de Carvalho, (2013)
Método Vantagens Limitações
Qualitativo
Métodos simples, que não requerem
quantificação;
Não requerem identificação exata das
consequências;
Tornam exequível o envolvimento dos
diferentes elementos da organização.
São subjetivos por natureza;
Dependem muito da experiência dos
avaliadores;
Não permitem efetuar análises
Custo/Benefício.
Quantitativo
Apresentam resultados concretos
(mensuráveis);
Permitem a análise do efeito da
implementação de medidas de controlo de
risco;
Possibilitam a análise Custo/Benefício;
Assumem linguagem objetiva (facilitando a
sensibilização da administração).
Apresentam complexidade e morosidade de
cálculos;
Necessitam de metodologias estruturadas
necessitam de dispor de base de dados
experimentais ou históricos de adequada
fiabilidade e representatividade;
São bastante onerosos requerem recursos
humanos experientes e com formação
adequada;
Requerem elevada quantidade e tipo de
informação;
Revelam dificuldade na valoração quantitativa
do peso da falha humana (erro de decisão, de
comunicação, entre outros).
Semi-
quantitativo
Métodos relativamente simples;
Identificam as prioridades de intervenção
através da identificação dos principais
riscos;
Sensibilizam os diferentes elementos da
organização.
Apresentam subjetividade associada aos
descritores utilizados nas escalas de
avaliação;
São fortemente dependentes da experiência
dos avaliadores.
Após a breve explicação dos três grupos de valoração dos riscos, na Tabela 4 elencam-se alguns
dos métodos de avaliação de riscos utilizados.
Tabela 4 – Metodologias de avaliação de riscos
Métodos qualitativos Métodos quantitativos Métodos semi-quantitativos
Análise de Modo de Falhas e Efeitos Optimal Risk Assessment Matriz simples - Binário
Online Interactive Risk Assessment Hazop William T. Fine
Método integrado de avaliação de riscos
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
14 Objetivos e metodologia
2.4.1 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (FMEA)
Este método analisa de forma indutiva e em geral equipamentos, como é o caso de válvulas de
controlo, bombas hidráulicas, etc., é muito aplicado na indústria nuclear com o objetivo de
determinar as consequências dos diferentes modos possíveis de falhas.
É um método eficiente em indústria, que requer a um conhecimento aprofundado sobre as
componentes do equipamento, mas não tem em consideração combinações de falhas que podem
originar acidentes graves (Romero, 2004).
2.4.2 Online Interactive Risk Assessment (OIRA)
Para ajudar as micro e pequenas empresas a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no
Trabalho (EU-OSHA), criou um instrumento interativo OIRA para avaliação de riscos, que é uma
aplicação gratuita da Web e de utilização simples. Este método baseia-se num questionário sobre
as condições do trabalho tendo por base requisitos legais (EU-OSHA).
Os questionários são adaptados em função do setor de análise e são atualizadas em função das
alterações legais.
O plano de ação/relatório resultante do inquérito não trata aprofundadamente as irregularidades e
medidas de prevenção ao nível do sistema de gestão da segurança. No caso do setor da construção
em Portugal, ainda não está disponível uma avaliação de acordo com a legislação nacional.
2.4.3 Optimal Risk Assessment (ORA)
A metodologia ORA envolve quatro etapas principais: 1) identificação de perigo, 2) avaliação de
risco, 3) análise de consequências e 4) estimativa de risco. Cada passo usa técnicas e ferramentas
únicas, é um método utilizado na análise de risco no setor químico (Khan, et al., 2015).
2.4.4 Quantitative Risk-Assessment (QRA)
O método QRA é um software desenvolvido para a avaliação da segurança externa das instalações
industriais com risco de explosão. A ferramenta é uma combinação de sub modelos, em que o risco
individual é definido como a probabilidade da exposição ser letal para uma pessoa não protegida
na proximidade da fonte perigosa. O risco social é avaliado pelo tamanho da instalação industrial
e das propriedades construtivas. Os cenários de explosão relevantes são determinados, em conjunto
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 15
com a sua frequência de ocorrência. A ferramenta QRA permite definir quatro tipos de objetos: as
pessoas desprotegidas, carros, casas nacionais e de edifícios, cada um com seu próprio nível de
proteção contra os diferentes efeitos da explosão (Marhavilas, et al., 2011).
2.4.5 Matriz simples - Binário
O INSHT (Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo) propõe a adoção da
metodologia de matriz simplificada através de dois parâmetros: Severidade e Probabilidade
(INSHT), que se subdividem em três níveis cada e cujo produto pode variar entre cinco valorações:
i) risco trivial, ii) risco tolerável, iii) risco moderado, iv) risco importante e v) risco intolerável.
Este método é simples e rápido de aplicar, contudo, o parâmetro “probabilidade” não é claramente
definido podendo originar várias interpretações em função da experiência do avaliador.
Segundo Aquilles (2014) uma das limitações deste método é não contemplar a exposição do
trabalhador ao risco.
2.4.6 Método William T. Fine
O método William T. Fine, surge como um modelo de avaliação matemático constituído por três
parâmetros: Consequência, Exposição e Probabilidade. Cada parâmetro encontra-se subdividido
em cinco ou seis níveis, sendo o produto deste passível de cinco resultados: i) risco aceitável, ii)
risco possível, iii) risco notável, iv) risco alto, v) risco muito alto.
Este método tem uma utilização setorial muito abrangente e na área da construção civil, em
Portugal, é frequentemente utilizado. O parâmetro “Consequência” associado ao fator monetário
acarreta alguma dificuldade de decisão, pelo desconhecimento mensurável do possível acidente /
incidente, o que pode ser ainda mais gravoso no caso de avaliadores pouco experientes.
Relativamente à “Frequência” é bastante detalhado, enquanto que os extremos da escala da
“Probabilidade” são subjetivos, como exemplo ”Is the most likely and expected result if the
hazard-event takes place.” estando implícito o fator histórico associado à ocorrência (Sousa,
2015).
2.4.7 Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR)
A MIAR tem por base a abordagem por processos NP EN ISO 9001:2000 e visa integrar os
impactes ambientais e ocupacionais. A sua aplicabilidade foi pensada, sobretudo, para as pequenas
e médias empresas por forma a permitir uma rápida identificação de impactes ambientais e riscos
ocupacionais de forma associada.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
16 Objetivos e metodologia
Este método assenta em cinco parâmetros:
1. gravidade do aspeto;
2. extensão do impacte;
3. exposição / frequência de ocorrência do aspeto;
4. desempenho dos sistemas de prevenção e controlo;
5. custos e complexidade técnica das medidas de prevenção / correção do aspeto.
Estes parâmetros são subdivididos, conforme se identifica na Tabela 5 e Tabela 6.
Tabela 5 - Parâmetros de avaliação para os riscos de segurança e higiene ocupacionais
Fonte: Antunes, (2010)
Parâmetros
de avaliação
Tipo de
aspecto Descrição Valor
1. Gravidade
do Aspeto - G
Todos os
aspectos
- Substâncias explosivas, oxidantes, muito Tóxicas (T+), Cancerígenas e com efeitos na
reprodução.
- Substâncias associadas às frases de risco: R1 a R9, R14, R16, R18, R19, R26 a R28,
R32, R33, R39, R45 a R49, R60 a R64, R26/27, R26/28, R26/27/28, R27/28, R39/26,
R37/27, R39/28, R39/26/27, R39/26/28, R39/27/28, R39/26/27/28. - Excede em mais de
250% o valor limite aplicável / valores de referência. - Aspectos que podem causar morte
ou lesão com incapacidade permanente absoluta.
10
- Substâncias Extremamente inflamáveis, Tóxicas (T), sensibilizantes e corrosivas.
- Substâncias com identificação de risco: R12, R15, R23, R24, R25, R29, R31, R34, R35,
R40, R41, R42, R43, R14/15, R15/29, R23/24, R23/25, R23/24/25, R24/25, R39/23,
R39/24, R39/25, R39/23/24, R39/23/25, R39/24/25, R39/23/24/25, R42/43, R48/23,
R48/24, R48/25, R48/23/24, R48/23/25, R48/24/25, R48/23/24/25. - Entre 151% e 250%
do valor limite aplicável / valores de referência.
- Aspectos que podem causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta ou
permanente parcial, mas de pequena percentagem;
5
- Substâncias facilmente inflamáveis e Nocivas (Xn). - Substâncias com identificação de
risco R11, R17, R20, R21, R22, R65, R20/21, R20/22, R20/21/22, R21/22, R48/20,
R48/21, R48/22, R48/20/21, R48/20/22, R48/21/22, R48/20/21/22, R68/20, R68/21,
R68/22, R68/20/21, R68/20/22, R68/21/22, R68/20/21/22. - Entre 101% e 150% do valor
limite aplicável / valores de referência.
- Aspectos causadores de lesões menores com incapacidade temporária parcial mas de
baixa gravidade;
3
- Substâncias inflamáveis. - Substâncias Irritantes (Xi) ou produtos sem identificação de
risco mas com limites aplicáveis (entre 51 % até 100% do valor limite aplicável). -
Substâncias com identificação de risco R10, R36, R37, R38, R66 a R68, R36/37,
R36/37/38, R37/38. - Aspectos que podem causar lesões pequenas sem qualquer tipo de
incapacidade;
2
- Substâncias que não apresentam perigosidade. - Até 50% do valor limite aplicável /
valores de referência. - Aspectos que não causam lesões. 1
2. Extensão
do Impacte -
E
Aplicável a
todos os
aspectos
Aspecto cuja extensão atinge mais do que 80% dos trabalhadores afectos a esse processo. 4
Aspecto cuja extensão atinge entre 51 a 80% dos trabalhadores afectos a esse processo. 3
Aspecto cuja extensão atinge entre 11 a 50% dos trabalhadores afectos a esse processo. 2
Aspecto cuja extensão atinge até 10 % dos trabalhadores afectos a esse processo. 1
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 17
Parâmetros
de avaliação
Tipo de
aspecto Descrição Valor
3. Exposição/
frequência de
ocorrência do
aspeto - EF
Aplicável a
todos os
aspectos
Ocorrência contínua ou c/ periodicidade alta, correspondente às condições normais de
operação (N). 3
Ocorrência periódica – operação de arranque, paragem, ou condições de operação
anormais (P). 2
Ocorrência reduzida – correspondente a situações de emergência, acidentais ou pontuais
(A). 1
4.
Desempenho
dos sistemas
de prevenção
e controlo -
PC
Aplicável a
todos os
aspectos
Não existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado. 5
Existe um sistema de controlo implementado mas sem evidências da sua adequada
funcionalidade. 4
Não existe um sistema de prevenção mas sim um sistema de controlo implementado que
é funcional. 3
Existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado mas não existem evidências
objectivas da sua adequada funcionalidade. 2
Há um sistema de Prevenção e Controlo implementado e evidências da sua adequada
funcionalidade. 1
5. Custos e
complexidade
técnica de
prevenção e
correção dos
aspecto - C
Aplicável a
todos os
aspectos
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnica reduzidas. 3
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnica médias. 2
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnicas elevadas. 1
Tabela 6 - Parâmetros de avaliação de impactes ambientais
Fonte: Antunes, (2010)
Parâmetros
de avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor
1. Gravidade
do Aspeto /
Quantificação
do aspecto
- G
Uso de recursos naturais e
energéticos.
- Resíduos.
- Uso de Substâncias.
- Efluentes líquidos sem
limites legais.
- Aspectos que afectem o
conforto humano, a
morfologia e a paisagem,
instalações e propriedades
Muito elevado (com base em valores de referência para a actividade). 5
Elevado (com base em valores de referência para a actividade). 3
Médio (com base em valores de referência para a actividade). 2
Reduzido (com base em valores de referência para a actividade). 1
- Emissões atmosféricas.
- Efluentes líquidos.
Excede em mais de 250% o valor limite aplicável. 10
Entre 151% e 250% do valor limite aplicável. 5
Entre 101% e 150% do valor limite aplicável 3
Entre 51% e 100% do valor limite aplicável. 2
Até 50% do valor limite aplicável. 1
- Ruído ambiente
Excede em mais de 250% o Lden e do Ln. 10
Entre 151% e 250% do Lden e do Ln. 5
Entre 101% e 150% do Lden 3
Entre 51% a 100% do Lden e do Ln. 2
Até 50% do Lden e do Ln. 1
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
18 Objetivos e metodologia
Parâmetros de
avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor
2.Perigosidade do
aspecto
(a considerar nos
casos em que a
avaliação da
quantificação é
realizada de forma
individual) - G
- Uso de substâncias
- Resíduos
- Substâncias explosivas e oxidantes. Substâncias muito Tóxicas
(T+), Cancerígenas e com efeitos na reprodução. - Substâncias
associadas às frases de risco: R1 a R9, R14, R16, R18, R19, R26 a
R28, R32, R33, R39, R45 a R49, R50, R59, R60 a R64, R26/27,
R26/28, R26/27/28, R27/28, R39/26, R37/27, R39/28, R39/26/27,
R39/26/28, R39/27/28, R39/26/27/28, R50/53.
- Resíduos perigosos não valorizados.
5
- Substâncias Extremamente inflamáveis. Substâncias Tóxicas (T),
sensibilizantes e corrosivas.
- Substâncias com identificação de risco: R12, R15, R23, R24, R25,
R29, R31, R34, R35, R40, R41, R42, R43, R51, R54 a R57, R14/15,
R15/29, R23/24, R23/25, R23/24/25, R24/25, R39/23, R39/24,
R39/25, R39/23/24, R39/23/25, R39/24/25, R39/23/24/25, R42/43,
R48/23, R48/24, R48/25, R48/23/24, R48/23/25, R48/24/25,
R48/23/24/25, R51/53. - Resíduos perigosos valorizados.
4
- Substâncias facilmente inflamáveis. Substâncias Nocivas (Xn); -
Substâncias com identificação de risco: R11, R17, R20, R21, R22,
R52, R65, R20/21, R20/22, R20/21/22, R21/22, R48/20, R48/21,
R48/22, R48/20/21, R48/20/22, R48/21/22, R48/20/21/22, R68/20,
R68/21, R68/22, R68/20/21, R68/20/22, R68/21/22, R68/20/21/22,
R52/53. - Resíduos não perigosos mas não valorizados.
3
- Substâncias inflamáveis. Substâncias Irritantes (Xi). - Substâncias
com identificação de risco: R10, R36,R37,R38,R53,R58,R66 a
R68,R36/37, R36/37/38,R37/38. - Resíduos não perigosos
valorizados.
2
- Substâncias que não apresentam perigosidade.
- Subprodutos vendável ou com aproveitamento interno. 1
- Uso de recursos naturais e
energéticos
Recursos escassos e não renováveis/combustíveis com taxas de
emissões de CO2 > 75 Kg/GJ (CO2). 5
Recursos escassos e não renováveis / combustíveis com taxas de
emissão 65<CO2<75 Kg/GJ (CO2) 3
Recursos não renováveis / combustíveis com taxas de emissão de
CO2 < 65 Kg/GJ (CO2) 2
Recursos Renováveis 1
3. Extensão do
Impacte - E
Aplicável a todos os aspectos
Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica extensa
e de carácter irreversível. 4
Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica local e
de carácter irreversível. 3
Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica extensa
com possibilidade de reversibilidade dos seus efeitos. 2
Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica local e
com possibilidade de reversibilidade dos seus efeitos. 1
4. Exposição/
frequência de
ocorrência do
aspeto - EF
Aplicável a todos os aspectos
Ocorrência contínua ou com periodicidade elevada, correspondente
às condições normais de operação (N). 3
Ocorrência descontínua – operação de arranque, paragem ou
condições de operação anormais (P). 2
Ocorrência reduzida – correspondente a situações de emergência,
acidentais ou pontuais (A). 1
5.
Desempenho dos
sistemas de
prevenção e
controlo - PC
Aplicável a todos os aspectos
Não existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado. 5
Existe um sistema de controlo implementado mas sem evidências da
sua adequada funcionalidade. 4
Não existe um sistema de prevenção mas sim um sistema de controlo
implementado que é funcional. 3
Existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado mas não
existem evidências objectivas da sua adequada funcionalidade. 2
Há um sistema de Prevenção e Controlo implementado e evidências
da sua adequada funcionalidade. 1
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 19
Parâmetros de
avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor
6. Custos e
complexidade
técnica de
prevenção e
correção dos
aspecto - C
Aplicável a todos os aspectos
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade
técnica reduzidas. 3
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade
técnica médias. 2
Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade
técnicas elevadas. 1
O índice de risco é obtido pelo produto dos cinco parâmetros, IR= G x E x EF x PC x C e divide-
se em quatro níveis, Tabela 7.
Índice do risco (IR) Pontuação
Baixo ≤ 90
Médio 910-250
Elevado 251 - 500
Muito Elevado 501 - 1800
Tabela 7 – Índice de risco, pontuação
A MIAR foi implementada e analisada por diferentes autores em diferentes setores de atividade,
destacando-se:
Sousa (2015) refere que os parâmetros concretos de: frequência, exposição e extensão do
impacte, permitem reduzir a subjetividade do avaliador.
De acordo com Botelho (2015) a exclusão do parâmetro “Custo” na MIAR permite
resultados mais adequados ao setor de tratamento de resíduos, isto quando comparado com
o método de avaliação de riscos William T. Fine.
Segundo Guimarães (2016), a MIAR, dada a flexibilidade de adaptação dos parâmetros ao
contexto do setor em análise, quando comparada com outros métodos de avaliação de
riscos, diminui a subjetividade. Ressalta também, que esta metodologia carece de mais
avaliações e com amostras de maior dimensão.
2.5 Objetivo da Dissertação
A avaliação de riscos, no setor da construção, é realizada de forma permanente tendo em conta a
dinâmica das atividades preconizadas no plano de trabalhos, o que por diversas vezes obriga à
coexistência de diferentes técnicos da segurança para assegurar a Gestão do Risco (Figura 2).
Face ao exposto anteriormente, e tendo por base que a subjetividade da avaliação dos riscos recai
sobre dois eixos: o fator humano (técnico avaliador) e o método de avaliação, e sabendo que o
primeiro não conseguimos controlar, coloca-se a questão:
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
20 Objetivos e metodologia
“É possível adaptar a Metodologia Integrada de Avaliação de Riscos ao setor da construção com
vista à redução da subjetividade, garantindo a fiabilidade e reprodutibilidade do método?”
No sentido de responder ao objetivo geral de adaptar a MIAR à construção apresentam-se uma
série de objetivos específicos:
Identificar os perigos / possíveis danos passiveis de estarem presentes nas atividades:
perfuração, preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos detonadores,
remoção de escombro e aplicação de betão projetado.
Perceber se o nível de risco obtido entre os avaliadores é idêntico;
Perceber se o nível de risco obtido com a MIAR quando comparado com o método de
William T. Fine é equivalente.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
da Silva, Andreia 21
3 MÉTODO E MATERIAIS
3.1 Método
A metodologia integrada de avaliação de riscos (MIAR) foi desenvolvida por Antunes (2010) e
adota os princípios da “Abordagem por processos” estabelecida na NP EN ISO 9001:2000. Desde
então, a MIAR tem sido aplicada em diferentes atividades, desde a indústria química, extrativa
passando pela atividade de tratamento de resíduos industriais, entre outras.
A metodologia de desenvolvimento do estudo foi desenhada para responder de forma estruturada
a cada objetivo específico e atingir o objetivo geral.
Figura 3 – Fluxograma do método de desenvolvimento do estudo
Este estudo foi desenvolvido segundo uma organização composta por cinco etapas principais,
conforme representado na Figura 3. As duas primeiras etapas são de investigação e adaptação do
método de avaliação de riscos. As etapas três a cinco constituem um ciclo de repetição com vista
à obtenção de consenso no resultado das avaliações.
Cada uma das etapas é desenvolvida nos parágrafos seguintes.
Revisão bibliográfica
Adaptação da MIAR
Aplicação da metodologia
Análise de resultados
Re
vis
ão
da m
eto
do
log
ia
Validação Comentários
Seleção de especialistas
Matriz de avaliação
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
22 Métodos e materiais
3.1.1 Revisão bibliográfica
A revisão bibliográfica foi realizada segundo o método PRISMA, conforme já descrito no ponto
2.2.
3.1.2 Descrição da atividade em estudo – caso prático
A descrição sucinta das diversas operações de escavação subterrânea a seguir apresentadas, assim
como as fotos, reportam ao caso prático da “Empreitada para a conceção / construção do novo
túnel norte de Águas Santas no sublanço Águas Santas / Ermesinde, da A4 – Autoestrada Porto /
Amarante”. Pretende-se desta forma transmitir uma visão geral das operações que constituem a
sequência de escavação.
Marcação da pega de fogo
A marcação da pega de fogo é realizada com apoio de uma equipa de topografia e com recurso a
um laser instalado no hasteal do túnel.
A equipa de topografia marca cerca de 12 furos, que servirão de guiamento ao Jumbo, os restantes
furos são marcados pelo laser que dará o alinhamento ao braço de perfuração do jumbo, sendo o
desenho geral da pega de fogo programado no computador do equipamento. Desta forma
consegue-se uma maior rapidez na marcação e sem a exposição de trabalhadores ao risco de queda
em altura.
Figura 4 – Laser instalado no hasteal do túnel, para
alinhamento do braço do Jumbo
(Fonte: Autor)
Figura 5 – Apoio topográfico para a marcação da pega
(Fonte: Autor)
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 23
Perfuração
Na perfuração da pega de fogo utiliza-se um Jumbo de dois ou três braços, dependendo das
características geológico-geotécnicas, estes equipamentos funcionam com sistema duplo de
energia, ou seja, movem-se a combustível e durante a furação utilizam energia elétrica, evitando a
poluição do ar interior por dióxido de carbono.
Figura 6 – Fase de perfuração, com alguns dos furos já executados e outros em execução (Fonte: Autor)
Carregamento dos furos
No carregamento dos furos com explosivo foram utilizadas emulsões do tipo Gemulit e cordão
detonante no contorno da abóbada. Relativamente aos detonadores, optou-se por uma solução
mista, composta por detonadores não elétricos e detonadores eletrónicos, com o objetivo de dar
cumprimento ao valor limite de vibrações estabelecido na NP 2074:2015.
Para o carregamento dos furos foi selecionada uma empresa especializada, em que todos os
operadores detinham cédula de operador de substâncias explosivas.
Figura 7 – Fase de ligação dos ligadores e programação dos detonadores eletrónicos (Fonte: Autor)
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
24 Métodos e materiais
Detonação da pega de fogo
Para dar início à detonação estabeleceu-se um conjunto de premissas a verificar previamente,
nomeadamente: carregamento de todos os furos; ligação e programação dos detonadores;
inexistência de trabalhadores no interior do túnel; corte temporário da circulação ferroviária na
linha de Ermesinde – S. Gemil; corte temporário da circulação rodoviária na A4 e ruas municipais
adjacentes, colocação de telas de proteção na boca do túnel e garantia de que todos os trabalhadores
se encontravam a uma distância de segurança de, pelo menos, 100m em relação à frente da pega
de fogo. A detonação é iniciada por um explosor.
Ventilação da frente de trabalho
Após a detonação procede-se à ventilação da frente de trabalho para garantir a remoção dos fumos
e gases, para isso é utilizado um ventilador posicionado no exterior do túnel que insufla ar através
de uma conduta fixa na abóbada.
O tempo de ventilação varia em função da secção do túnel, da temperatura atmosférica exterior e
da distância da frente de obra à boca do túnel.
Figura 8 – Ventilação da frente de trabalho após a detonação (Fonte: Autor)
Remoção de escombro para vazadouro
A remoção do escombro realiza-se com recurso a meios mecânicos, pá carregadora e giratória, em
que a giratória empilha o material para que a pá carregadora o recolha e transporte para os camiões.
Este material é encaminhado para vazadouro.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 25
Figura 9 – Carregamento do material escavado (Fonte: Autor)
Saneamento
A operação de saneamento consiste na remoção dos blocos instáveis e regularização da frente de
escavação, com recurso a meios mecânicos. Esta atividade é realizada sob orientação do
encarregado e com topográfico para aferir a relação entre a escavação teórica e a real.
Figura 10 – Saneamento da abóbada do túnel (Fonte: Autor)
Suporte primário
O suporte primário visa garantir a estabilidade do maciço após a escavação e até se efetuar o
suporte definitivo. O tipo de suporte primário varia em função das características geológico-
geotécnicas podendo ser constituído por: projeção de betão com fibras metálicas, aplicação de
varões swellex e colocação de cambotas.
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26 Métodos e materiais
Figura 11 – Projeção de betão com fibras metálicas
(Fonte: Autor) Figura 12 – Varões swellex, armazenados no solo
(Fonte: Autor)
3.1.3 Adaptação da MIAR
Com base nos requisitos legais do setor da construção, revisão bibliográfica, características do
setor e conhecimento do método construtivo, procedeu-se à alteração da metodologia base,
nomeadamente, os níveis de valoração dos parâmetros e amplitude de valoração.
A MIAR caracteriza-se por cinco parâmetros:
1. Gravidade do aspeto;
2. Extensão do impacte;
3. Exposição / frequência de ocorrência do aspeto;
4. Custos e complexidade técnica de prevenção / correção do aspeto;
5. Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo.
A metodologia foi estudada para ser aplicada em duas fases distintas:
Fase 1 - Planeamento da segurança para a atividade a desenvolver
Esta fase visa a caracterização das subatividades, com conhecimento sobre o processo
construtivo, os meios humanos, materiais e equipamentos afetos. Com base neste
conhecimento identificaram-se os perigos e avaliaram-se as situações de risco.
Esta constitui a avaliação e hierarquização dos riscos na fase de desenvolvimento do
procedimento específico de segurança, que antecede o início dos trabalhos. Pode-se dizer que,
a avaliação de riscos em fase de planeamento, constitui um momento de avaliação da
possibilidade de vários cenários ocorrerem, tratando-se de uma antevisão da articulação entre
o desenvolvimento dos trabalhos e as medidas de prevenção dos riscos. Constitui uma fase de
maior subjetividade dado que permite ao avaliador aqui refletir a sua experiência,
nomeadamente, sobre situações que convergiram em dano pessoal.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 27
Parâmetros avaliados: Gravidade do aspeto, extensão do impacte, exposição/ frequência de
ocorrência, custos e complexidade técnica de prevenção.
Fase 2 – Execução da atividade
Durante a execução da atividade e de acordo com a legislação em vigor o serviço de segurança
deve inspecionar as condições em que decorrem os trabalhos e registar o controlo efetuado.
Estes requisitos visam a necessidade de se gerar uma evidência do controlo efetuado e das
medidas de correção propostas, quando aplicável.
Parâmetro avaliado: Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo.
Tabela 8 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais, fase de planeamento
Parâmetro de
avaliação Descrição Valor
Gravidade do aspeto [G]
Pode causar a morte. 5
Pode causar incapacidade permanente absoluta (IPA) para o trabalho. 4
Pode causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta (ITA). 3
Pode causar lesões menores com incapacidade temporária parcial (ITP). 2
Podem causar lesões menores sem qualquer tipo de incapacidade. 1
Extensão do impacte [E]
Aspeto cuja extensão atinge ≥ 10 trabalhadores. 5
Aspeto cuja extensão atinge 7 a 9 trabalhadores. 4
Aspeto cuja extensão atinge 4 a 6 trabalhadores. 3
Aspeto cuja extensão atinge 2 a 3 trabalhadores. 2
Aspeto cuja extensão atinge 1 trabalhador. 1
Exposição/
Frequência de
ocorrência do aspeto
[EF]
Ocorrência contínua - periodicidade: diária (> 4h). 5
Ocorrência frequente - periodicidade: meio-dia. 4
Ocorrência periódica - periodicidade:> 2 x semana. 3
Ocorrência reduzida – periodicidade 1 a 2 x semana. 2
Ocorrência esporádica – periodicidade mensal. 1
Custos e complexidade
técnica [C]
A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e/ou o risco tem potencial
para originar morte. 5
A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e o risco tem potencial
para originar IPA para o trabalho. 4
A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e decorrem atividades em
simultâneo com potencial para originar ITP ou ITA. 3
A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e o risco pode causar lesões
menores ou tem potencial para originar ITP ou ITA. 2
A atividade não é caminho crítico do plano de trabalhos - Sem custo acrescido. 1
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28 Métodos e materiais
A valoração do risco (VR) é calculada pela expressão:
VR = G * E*EF*C
Comparativamente à versão base, todos os parâmetros passaram a ser constituídos por cinco níveis
com vista a facilitar a assimilação da escala por parte do avaliador.
A escala do parâmetro “Gravidade” foi definida tendo em conta a natureza da incapacidade para o
trabalho que o acidente pode acarretar ao trabalhador, de acordo com os conceitos definidos no
Regime de reparação de acidentes de trabalho e doenças profissionais estabelecido na Lei n.º
98/2009, de 04 de Setembro.
Relativamente à “Extensão do impacte” substituiu-se a valoração em percentagem pelo número de
trabalhadores expostos ao risco, segundo uma escala ordinal que tem por base a informação
constante no cronograma de mão-de-obra1. Como menor valor da escala foi admitido um
trabalhador, porque é uma situação comum em obra, nomeadamente em trabalhos de menor
expressão / gravidade. O valor “um” é relevante porque a sua conjugação com os restantes
parâmetros marcam a fronteira do primeiro nível de valoração do risco “Baixo”, conforme
explicado mais à frente. Os restantes níveis tiveram em linha de conta a experiência adquirida
sobre a tipologia das equipas de trabalhos vs especialidades.
O parâmetro “Exposição / Frequência” reporta ao período que o trabalhador está exposto ao risco,
possui uma escala quantitativa ordinal em termos de horas, para aproximação à realidade do setor,
facilitar a análise e diminuir a sua subjetividade.
Os custos dos acidentes / incidentes são cada vez mais analisados e quantificados em fase de
planeamento da obra, dado o significado monetário exponencial que podem assumir no valor final
da mesma. Sempre que um acidente de trabalho provoca uma paragem de trabalho,
independentemente da duração, os custos multiplicam-se (Campelo, 2004). Pode-se tornar ainda
mais gravoso quando a atividade é considerada caminho crítico da obra2. Este fator reveste-se de
extrema importância no contexto económico das empresas, pelo que se torna relevante potenciar
o agravamento dos riscos em função do custo e complexidade técnica, em que o custo é traduzido
pela orgânica da atividade ser ou não caminho critico vs potencial gravidade do acidente, e a
complexidade será mensurável pela existência de atividades em simultâneo.
O agravamento do risco visa acentuar as medidas de prevenção para minimizar o risco em fase de
planeamento e intensificar a monitorização destes em fase de execução tendo em vista a
diminuição da possibilidade de ocorrência de acidentes / incidentes.
1 O cronograma de mão-de-obra constitui um documento obrigatório do plano de segurança e saúde de uma obra. 2 Entenda-se por caminho crítico a atividade ou conjunto de atividades estabelecidas no plano de trabalhos da obra
cuja data de início e fim não permitem variações, qualquer atraso na atividade produz atraso no fim do projeto.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 29
Os níveis de valoração do risco foram adaptados tendo em conta a valoração máxima possível em
função do número de parâmetros e número de níveis, ou seja, com quatro parâmetros subdivididos
em cinco níveis o valor máximo do risco é 625 (VR máx = 54).
A amplitude do valor “Baixo” corresponde a aproximadamente 3,8% do VR máx , é menor que a
dos restantes parâmetros por forma a que neste nível se encaixem os riscos menos significativos,
o seu valor limite superior foi estudado de modo a não abranger um risco com potencial morte,
assim, o VR máx é 24, que se pode obter de uma combinação do tipo VR máx = 3*1*4*2 = 24.
Os restantes níveis de valoração têm um intervalo de ação identicamente distribuído,
aproximadamente 32%.
Tabela 9 – Parâmetros de valoração do risco
Valoração do risco (VR) Valor
Baixo ≤24
Médio 25 - 224
Elevado 225 - 425
Muito Elevado ≥ 426
O desempenho dos sistemas de prevenção e controlo é aferido na fase de execução da atividade
com a implementação das medidas de prevenção preconizadas na fase de planeamento.
Tabela 10 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais na fase de execução da atividade
Parâmetro de
avaliação Valor
Nível da
deficiência Atuação
5. Desempenho
dos sistemas de
prevenção e
controlo
5 Não
Aceitável
Os trabalhos não iniciam. Paragem dos trabalhos.
Reavaliação dos riscos e medidas de prevenção.
4 Significativa Paragem dos trabalhos, reposição das medidas preventivas definidas e
reforço da monitorização da atividade.
3 Moderada Reposição da medida preventiva de imediato e reforço da monitorização
da atividade.
2 Tolerável Reposição da medida preventiva num prazo 1 - 3 dias.
1 Aceitável Não são necessárias medidas adicionais.
A ferramenta de controlo do sistema de prevenção foi alterada face à versão base e assume agora
o formato de um plano e registo de monitorização e prevenção (PRMP) (que algumas organizações
denominam por listas de verificação) e que constitui um dos elementos integrados no Plano de
Segurança e Saúde da obra. O registo de monitorização e prevenção (RMP) configura a evidência
das inspeções periódicas realizadas pelo técnico de segurança aos locais de trabalho, para
verificação do cumprimento das normas de segurança, conforme definido no quadro legal.
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30 Métodos e materiais
No PRMP foi criada uma coluna “CVD” com o critério de valoração da deficiência (Tabela 10),
ou seja, para as medidas de prevenção que se possam ter resultado Não Conforme (NC) é definido
previamente o nível de deficiência que pode variar entre “5 – Não aceitável” a “2 – Tolerável”,
conforme Tabela 10, no caso de a verificação tiver um resultado Conforme (C) é assumido o valor
1.
O CVD é definido em fase de planeamento sendo validado pelo Coordenador de Segurança em
Obra e aprovado pelo Dono de Obra, materializando a sugestão da NP 4397:2008 de hierarquizar
o controlo de riscos na fase de execução dos trabalhos.
No anexo 6 encontra-se o exemplo do PRMP para a atividade em análise.
Tabela 11 – Modelo do Plano e Registo de Monitorização e Prevenção de Riscos
TAREFA RISCOS CVD
ACÇÕES DE
PREVENÇÃO /
PROTECÇÃO
FV RV PP
VERIFICAÇÕES
EE EE EE EE EE CS
C
C
C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
NA NA NA NA NA NA
3.1.4 Matriz de avaliação de riscos
Para a matriz de avaliação de riscos foram selecionadas quatro subatividades da escavação
subterrânea com recurso a explosivos e suporte primário e para as quais se identificou os riscos
associados que se registaram numa tabela de Excel, conforme excerto da Tabela 12. A folha foi
bloqueada permitindo apenas a seleção dos campos assinalados a azul.
Tabela 12 – Matriz de avaliação de riscos (excerto do ficheiro original)
Identificação
da atividade
/
subatividade
Situação
perigosa Risco / Consequência Gravidade
Extensão
do Impacto Exposição Custo
ATIVIDADE: ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO
Perfuração
Laboração de
equipamento
automotor
Atropelamento
Exposição ao ruído
Incêndio
Pancadas e cortes: por
objetos / ferramentas
Projeção de fragmentos
ou partículas
Rotura de mangueiras /
componentes do equipamento
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 31
3.1.5 Aplicação da metodologia
A metodologia aplicada teve como guia de orientação o método de Delphi (Okoli, et al., 2004), o
qual não pode ser aplicado na íntegra face há limitação de tempo para a realização do presente
trabalho.
Seleção do painel de especialistas de segurança
Para aplicação da MIAR, através do preenchimento da tabela de avaliação de riscos, foi
selecionado um painel de 20 especialistas em segurança no trabalho, na generalidade com funções
de Coordenador de Segurança em Obra e / ou Técnico de Segurança, todos com mais de oito anos
de experiência em obras públicas de alta envergadura. Destes 20 elementos, 10 têm experiência
no exercício de funções em obras subterrâneas.
Avaliação pelo painel de especialistas
Ao painel de especialistas foi remetida uma memória descritiva da atividade de escavação
subterrânea e a matriz de avaliação de riscos com identificação das subatividades, perigos e riscos
que se pretendia que fossem avaliados (Anexo 1). A estes foi solicitado que efetuassem a avaliação
de riscos segundo os parâmetros da MIAR e comentassem o números de parâmetros e critérios de
valoração.
3.1.6 Análise de resultados
Os resultados de cada um dos parâmetros foram analisados estatisticamente segundo testes de
hipóteses, ANOVA, Kruskall – Wallis e de correlação.
A análise foi efetuada por três vezes, com informação distinta, a primeira análise foi realizada com
todos os resultados da consulta inical, composta por 20 respostas. Na segunda análise, removeram-
se as respostas ao parâmetro “custo” com o objetivo de aferir qual o potencial deste parâmetro na
valoração final do risco.
A terceira análise foi efetuada, no seguimento dos comentários do painel de especialistas, que
desencadeou uma revisão da metodologia, conforme descrito no ponto 3.1.7.
3.1.7 Revisão da metodologia
A abordagem metodológica baseia-se num processo interativo de reavaliação dos parâmetros e
seus descritivos de cada vez que não exista consenso entre os especialistas.
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32 Métodos e materiais
Relativamente ao número de parâmetros, a globalidade do painel de avaliadores concordou com
os parâmetros propostos. Citando um dos avaliadores, “Concordo com os níveis de valoração
apresentados e acho extremamente importante o trabalho, devendo o mesmo ser aproveitado com
o conjunto dos outros trabalhos definindo um referencial estatístico que venha melhorar o
trabalho nas obras.”, apenas um avaliador destaca que “A probabilidade do acidente acontecer,
é omissa neste método, omite as condições técnicas associadas à fiabilidade (ou falta dela),
intrínsecas a cada tarefa, o que tem fundamental importância na valoração da magnitude dos
riscos. Por exemplo, o risco de capotamento será diferente se a frente de escavação tiver em
simultâneo a calote superior e o rebaixo, requerendo rampas de acesso para os equipamentos. A
probabilidade do capotamento de equipamentos é substancialmente diferente numa situação ou
noutra, mantendo-se a severidade e a exposição, o que implicaria magnitudes de risco diferentes“.
Carvalho (2013), concluiu que os métodos de avaliação de riscos habitualmente utilizados, cujo
Nível de Risco resulta das variáveis de Input, consequência associada a um dado evento e a
probabilidade da sua ocorrência, possibilitam baixos níveis de concordância. Segundo este, é
necessário proceder à correção dos métodos, ao nível das variáveis de Input, com vista à coerência
de dados. Tendo em conta esta reflexão, decidiu-se não incluir o parâmetro “Probabilidade” na
reavaliação da MIAR.
Quanto ao “custo” a generalidade considera a semântica desajustada uma vez que se pode
subentender como uma perda monetária e difícil de avaliar pelo excesso de níveis “ A escala de
custo deveria ser mais fechada”.
Tendo em conta os comentários do painel de especialistas, procedeu-se à revisão da MIAR. O
parâmetro “Custo e complexidade técnica” passou a denominar-se “Priorização do Risco” e
contem apenas três níveis de valoração.
A tabela de avaliação de riscos que cada um dos especialistas preencheu foi-lhes reenviada
nominalmente com a revisão 01, em que o parâmetro “Custo” foi eliminado e deu origem à
“Priorização do Risco” de acordo com a Tabela 13. A estes foi solicitado que: i) efetuassem a
avaliação do parâmetro “Priorização do risco”; ii) que repensassem a avaliação do parâmetro
“Extensão do impacto” tendo em conta, somente, a informação descrita na memória descritiva em
que as atividades se realizavam temporalmente isoladas.
Tabela 13 – Parâmetro de “Priorização do risco”
Parâmetro de
avaliação Descrição Valor
Priorização do risco
A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e pode originar acidentes
graves ou a morte 3
A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e pode originar acidentes
ligeiros de menor gravidade 2
A atividade não é caminho crítico do plano de trabalhos 1
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 33
3.2 Materiais
Na revisão bibliográfica foram utilizados motores de busca online, Biblioteca da FEUP, o
programa Mendeley, Java e Excel. A matriz de avaliação de riscos foi gerada numa folha de Excel
e o tratamento dos dados foi efetuado com o suplemento Xlstat.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
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PARTE 2
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil
Silva, Andreia
4 ANÁLISE DE RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cada avaliador realizou duas avaliações de riscos, com revisões distintas, que deram origem às
análises estatísticas que a seguir se apresentam.
4.1 Análise dos resultados iniciais
A análise inicial é constituída por 20 avaliações, destas, verificou-se que três estavam fora do
padrão (avaliação n.º 2, 6 e 8), pelo que foram removidas, dando origem a um conjunto de 17
avaliações, cujos resultados se encontram no Anexo 2.
Nos testes de hipóteses de “Jarque-Bera” a generalidade dos parâmetros “p-valor” é superior a ao
nível de significância α = 0,05, logo não se rejeitou a hipótese nula H0, pelo que se considera que
a variável da qual a amostra foi extraída segue uma distribuição normal.
No caso da “Exposição”, verifica-se que algumas das variáveis têm um p-valor < 0,05, presume-
se que esteja relacionado com o facto de 78% das respostas recaírem sobre o nível 4 – “Ocorrência
frequente - periodicidade: meio dia”, uma vez que a atividade se desenvolvia em turnos num
período de 4h o que pode ter levado os avaliadores a aplicarem de forma geral o valor 4 a todos os
riscos. O facto de se obter 78% de respostas iguais demonstra existir convergência de respostas.
Tabela 14 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor”
Variável Gravidade Extensão Exposição Custo
1 0,294 0,535 < 0,0001 0,585
2 0,236 0,162 < 0,0001 0,081
3 0,306 0,525 0,011 0,215
4 0,275 0,030 0,011 0,075
5 0,154 0,152 0,029 0,115
6 0,236 0,403 < 0,0001 0,081
7 0,195 0,565 0,842 0,081
8 0,242 0,162 < 0,0001 0,199
9 0,484 0,019 0,946 0,125
10 0,127 0,149 0,296 0,127
11 0,211 0,151 < 0,0001 0,100
12 0,238 0,223 < 0,0001 0,107
13 0,281 0,671 0,178 0,086
14 0,388 0,785 0,610 0,061
15 0,181 0,237 0,029 0,075
16 0,236 0,162 < 0,0001 0,081
17 0,236 0,162 < 0,0001 0,081
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38 Análise de resultados
Nos parâmetros em que se verificou existir normalidade (Tabela 14) realizaram-se testes de
variância segundo ANOVA, com um fator único de análise.
Tabela 15 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Gravidade
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 15,86717 16 0,991698 0,570551 0,906173 1,663366
Dentro de grupos 886,4516 510 1,73814
Total 902,3188 526
Tabela 16 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Extensão
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 112,4592 16 7,0287 8,371535 4,35E-18 1,663366
Dentro de grupos 428,1935 510 0,839595
Total 540,6528 526
Para a “Gravidade” a hipótese nula de igualdade (H0) é aceite, dado que P (p-value) > 0,05.
Na Tabela 16, verifica-se que a “Extensão” tem um P (p-value) < 0,05, pelo que rejeitamos que as
médias da amostra são similares. Para melhor entender este desvio, foi efetuada a análise ANOVA
da “Extensão” para cada uma das atividades.
Tabela 17 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA - Extensão - Perfuração
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 14,89412 16 0,930882 3,596591 1,59E-05 1,710007
Dentro de grupos 39,6 153 0,258824
Total 54,49412 169
Tabela 18 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Preparação de cargas explosivas
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 10,98824 16 0,686765 1,122596 0,353082
1,794556
Dentro de grupos 41,6 68 0,611765
Total 52,58824 84
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Silva, Andreia 39
Tabela 19 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Remoção de escombro
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 97,43791 16 6,089869 5,906498 1,18E-09 1,718387
Dentro de grupos 140,2222 136 1,031046
Total 237,6601 152
Tabela 20 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Betão projetado
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 39,44538 16 2,465336 3,5205 5,16E-05 1,743622
Dentro de grupos 71,42857 102 0,70028
Total 110,8739 118
Das quatro análises de variância por atividade, verifica-se que apenas a “Preparação de cargas
explosivas” pode ser aceite uma vez que p-value > 0,05, os restantes são rejeitados e submetidos
a testes não paramétricos segundo comparação de amostras Kruskal – Wallis.
A justificação para que apenas o parâmetro “Extensão” da atividade “Preparação de cargas” tenha
um resultado de p-value > 0,05 pode estar relacionada com o conhecimento que o painel de
especialistas tem sobre a especialização desta tarefa, a qual é realizada apenas por trabalhadores
portadores de cédula de operador de substâncias explosivas e enquanto esta decorre as restantes
atividades no interior do túnel são suspensas. Pode existir momentos em que as restantes atividades
se realizam em simultâneo pelo que se considera que os resultados podem ter sido influenciados
por este aspeto.
Tabela 21 – Resumo dos testes Kruskal – Wallis para o parâmetro “Extensão”
Perfuração Remoção de escombro Betão projetado
K (Valor observado) 38,569 62,542 43,013
K (Valor crítico) 26,296 26,296 26,296
GL 16 16 16
p-valor (unilateral) 0,001 < 0,0001 0,000
alfa 0,05 0,05 0,05
Os resultados obtidos, Tabela 21, evidenciam que as amostras devem ser rejeitadas, motivo que
fomentou um pedido de reavaliação deste parâmetro ao painel de especialistas.
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40 Análise de resultados
Tabela 22 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Custo
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 60,38338242 16 3,773961401 1,876389086 0,020211263 1,662122745
Dentro de grupos 1094,141411 544 2,011289359
Total 1154,524794 560 1154,524794 560 1154,524794 560
Para o “Custo” a hipótese nula de igualdade (H0) é rejeitada dado que P (p-value) < 0,05.
Considera-se que este parâmetro deve ser reavaliado.
Figura 13 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração dos riscos
Figura 14 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco
Através da análise da Figura 13 verifica-se existir uma grande dispersão dos dados, nomeadamente
pelo grafismo abaixo da linha dos 25%.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
8%
62%
24%
6%
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Avaliador
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 41
4.2 Análise dos resultados iniciais sem o parâmetro “Custo”
Nesta análise utilizaram-se os resultados da avaliação inicial sem a contribuição do parâmetro
“custo”. Pretende-se com esta análise aferir a relevância deste parâmetro face aos comentários
obtidos pelos avaliadores.
Figura 15 – Representação gráfica da dispersão da valoração do risco sem o parâmetro “custo”
Figura 16 – Representação gráfica dos resultados, sem o parâmetro “custo”, por níveis de risco
Suprimindo o parâmetro “custo” da análise, Figura 16, regista-se uma diminuição dos valores
extremos, o valor “Baixo” reduz 6%, e o “Muito Alto” 1%, já o valor “Alto” aumenta 7%. Verifica-
se assim uma maior concentração dos valores intermédios, pelo que se pode concluir que o
parâmetro “custo”, com cinco níveis de ponderação, é um fator de divergência. Este resultado
consubstancia a dificuldade relatada pelo painel de especialistas.
O parâmetro “custo” deve ser revisto em termos de conceito e escala e avaliado novamente até se
obter um maior consenso.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031
Avaliador
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
2%
61%
31%
5%
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
42 Análise de resultados
4.3 Análise de resultados após a revisão da metodologia
As divergências dos resultados dos avaliadores quanto aos parâmetros “Extensão” e “Custo”, deu
origem a uma revisão da metodologia (rev. 01) tendo por objetivo aferir se a reavaliação dos dados
potencia, ou não, consenso. Os resultados desta análise encontram-se arquivados no Anexo 4.
Na Tabela 23 constam os dados da análise de normalidade dos parâmetros “Exposição” e
“Priorização do custo”.
Tabela 23 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor”
Variável Extensão Priorização do risco
1 0,382 0,073
2 0,162 0,075
3 0,075 0,069
4 0,100 0,069
5 0,194 0,361
6 0,403 0,061
7 0,363 0,047
8 0,162 0,069
9 0,019 0,075
10 0,479 0,069
11 0,151 0,075
12 0,223 0,075
13 0,671 0,344
14 0,676 0,069
15 0,267 0,076
16 0,162 0,075
17 0,162 0,073
Todas as variáveis apresentam p-valor > 0,05, pelo que se considera seguirem uma distribuição
normal.
A amostra foi submetida a testes de variância segundo ANOVA, com um fator único de análise,
cujos resultados constam na Tabela 24 e Tabela 25.
Tabela 24 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Extensão
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 15,73109244 16 0,983193277 1,474789916 0,123763239 1,743621936
Dentro de grupos 68 102 0,666666667
Total 83,73109244 118 83,73109244
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 43
Tabela 25 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Priorização do custo
Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico
Entre grupos 6,648956357 16 0,415559772 1,676020408 0,047496261 1,663365783
Dentro de grupos 126,4516129 510 0,247944339
Total 133,1005693 526
Os testes de ANOVA mostram que as amostras podem ser aceites.
Figura 17 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração do risco
Figura 18 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco
Analisando comparativamente os gráficos Figura 13 e Figura 17, verifica-se uma diminuição dos
resultados abaixo dos 25%, bem como uma menor dispersão entre as valorações, o que demonstra
um consenso alargado dos resultados.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Avaliador
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0,4%
69,3%
25,8%
4,6%
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
44 Análise de resultados
Da análise do mapa de avaliações de riscos que consta no Anexo 4 e do gráfico Figura 17, conclui-
se que a atividade mais divergente é a remoção de escombro e associada a esta, os riscos de
atropelamento, soterramento e incêndio. A justificação para variação do resultado do risco
soterramento e atropelamento pode advir do conhecimento que os avaliadores têm sobre a
realização desta atividade em simultâneo com outras tarefas de apoio, como por exemplo: a rega
dos caminhos interiores para redução das poeiras, circulação pedonal da equipa de geologia e
topografia para inspeção do maciço escavado.
Relativamente ao risco de incêndio, a variação provém da gravidade que este pode alcançar uma
vez que o maior potencial de incêndio se encontra associado aos equipamentos, quer pelo
aquecimento do mesmo, quer pelo combustível. Sabendo que: i) a laboração dos equipamentos
tem como requisito legal a realização da manutenção periódica e a inspeção dos requisitos mínimos
de segurança segundo o Decreto – Lei 50 /2005 de 25 de fevereiro, ii) os equipamentos possuem
extintor no seu interior, iii) a obra possui meios de combate a incêndio, considera-se que a perceção
do avaliador é influenciada pela existência de meios de controlo e combate a incêndios e pelo
baixo histórico de ocorrência de situações semelhantes.
Na Tabela 26 constam os resultados da análise de correlação interavaliadores segundo a MIAR.
Tabela 26 – Matriz de correlação interavaliadores segundo a MIAR
1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 1
3 0,7876 1
4 0,7117 0,6614 1
5 0,7304 0,6238 0,9262 1
7 0,5689 0,7669 0,6526 0,6384 1
9 0,6558 0,8342 0,6823 0,6018 0,6855 1
10 0,6430 0,7048 0,7427 0,6498 0,6349 0,7121 1
11 0,8319 0,7279 0,6534 0,7411 0,4254 0,5299 0,5292 1
12 0,6755 0,6073 0,7800 0,7706 0,4222 0,6201 0,7596 0,627 1
13 0,6267 0,7008 0,6192 0,5831 0,6335 0,7755 0,7314 0,461 0,6349 1
14 0,7722 0,9003 0,6780 0,6589 0,8040 0,9034 0,7054 0,640 0,5795 0,7888 1
15 0,7589 0,7707 0,8345 0,7876 0,7592 0,8243 0,8103 0,615 0,7569 0,7960 0,8606 1
16 0,8329 0,7964 0,6945 0,7931 0,6831 0,6208 0,6009 0,811 0,6462 0,5684 0,8053 0,7584 1
17 0,7864 0,6751 0,7351 0,8130 0,5613 0,5190 0,6697 0,883 0,6616 0,4913 0,6554 0,7372 0,8498 1
18 0,7780 0,8318 0,8128 0,8410 0,7296 0,6987 0,8011 0,819 0,7147 0,6709 0,7780 0,7994 0,8163 0,8378 1
19 0,8680 0,9512 0,7596 0,7467 0,7157 0,8577 0,7214 0,832 0,6765 0,6899 0,9029 0,8291 0,8421 0,7794 0,8804 1
20 0,8680 0,9454 0,7472 0,7368 0,7395 0,8166 0,6793 0,824 0,6363 0,6483 0,9036 0,7949 0,8480 0,7736 0,8544 0,9854 1
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 45
Figura 19 – Análise gráfica da correlação interavaliadores segundo a MIAR
Da análise da Tabela 26 e Figura 19 verifica-se que em 66% da amostra a correlação é muito forte
e 26% tem uma correlação forte, o que indica existir um amplo consenso entre as avaliações.
Constata-se que 5% da amostra se situa entre 0,5 e 0,5999 significando uma correlação moderada,
apenas 3% da amostra apresenta uma correlação fraca <0,499999.
4.4 Análise dos dados inicias vs dados da revisão da MIAR
Para perceber a correspondência entre os dados da análise inicial e os dados da revisão da
metodologia efetuou-se o estudo do coeficiente de variação das respostas, que constam na Tabela
27 e Tabela 28.
Tabela 27 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados iniciais
Parâmetro Desvio padrão Média Coeficiente de variação
Gravidade 3,63 0,54 18%
Extensão 2,92 0,74 26%
Exposição 3,92 0,49 13%
Custo 3,39 0,70 23%
Tabela 28 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados de revisão
Parâmetro Desvio padrão Média Coeficiente de variação
Gravidade 3,63 0,54 18%
Extensão 2,89 0,62 22%
Exposição 3,92 0,49 13%
Priorização do risco 2,46 0,26 11%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
3% 5%
26%
66% Coeficiente de
correlação
[0,01;0,49999]
[0,5;0,59999]
[0,6;0,69999]
[0,7;0,99999]
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
46 Análise de resultados
O coeficiente de variação da “Extensão” após a revisão dos valores pelos avaliadores sofreu uma
ligeira melhoria, desceu de 26% para 22%, no entanto este continua a ser superior a 20% revelando
que a amostra não é homogénea. Com vista a obter consenso na avaliação deste parâmetro sugere-
se a formulação de uma segunda reavaliação.
Verifica-se uma melhoria significativa do coeficiente de variação do parâmetro “Custo”, redução
em 12%, a qual se deveu à reestruturação da escala em três níveis.
O pedido efetuado aos avaliadores para revisão da avaliação inicial mostrou-se frutífero o que
reforça a necessidade de dar continuidade à revisão da metodologia com vista a obter um consenso
alargado das avaliações.
4.5 Análise comparativa entre a MIAR e o método William T. Fine
No caso prático em estudo, Obra do Túnel de Águas Santas, a avaliação de riscos foi realizada
segundo o método de William T. Fine (WTF) sendo os dados validados pelo coordenador de
segurança em obra, membro especialista em segurança. A avaliação de riscos segundo esta
metodologia encontra-se disponível no Anexo 5.
Neste ponto pretende-se analisar comparativamente os resultados obtidos através da MIAR com
os resultados da avaliação de riscos segundo WTF.
Figura 20 – Representação gráfica dos resultados da avaliação, WTF, por níveis de risco
Da análise da Figura 18 e Figura 20, verifica-se que os resultados da MIAR seguem uma
distribuição pelos quatro níveis de valoração do risco em que “Baixo” representa apenas 0,4%,
enquanto que, com o método WTF os resultados recaem entre “Baixo”, “Médio” e “Muito Alto”,
em que 39% dos acidentes foram considerados “Baixo” potenciando uma subvalorização do risco
e uma análise menos eficaz das medidas de prevenção e controlo por parte do avaliador.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
39%42%
0%
19%
Baixo
Médio
Alto
Muito Alto
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 47
Foram realizados testes de hipóteses e verificado o nível de significância segundo pearson (p <
0,05) entre cada uma das avaliações MIAR e o valor de WTF, conforme se representa na matriz
da Tabela 29 e Tabela 30, respetivamente.
Tabela 29 – Matriz de correlação de cada avaliação MIAR vs WTF
1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 1 0,7876 0,7117 0,7304 0,5689 0,6558 0,6430 0,8319 0,6755 0,6267 0,7722 0,7589 0,8329 0,7864 0,7780 0,8680 0,8680
3 0,7876 1 0,6614 0,6238 0,7669 0,8342 0,7048 0,7279 0,6073 0,7008 0,9003 0,7707 0,7964 0,6751 0,8318 0,9512 0,9454
4 0,7117 0,6614 1 0,9262 0,6526 0,6823 0,7427 0,6534 0,7800 0,6192 0,6780 0,8345 0,6945 0,7351 0,8128 0,7596 0,7472
5 0,7304 0,6238 0,9262 1 0,6384 0,6018 0,6498 0,7411 0,7706 0,5831 0,6589 0,7876 0,7931 0,8130 0,8410 0,7467 0,7368
7 0,5689 0,7669 0,6526 0,6384 1 0,6855 0,6349 0,4254 0,4222 0,6335 0,8040 0,7592 0,6831 0,5613 0,7296 0,7157 0,7395
9 0,6558 0,8342 0,6823 0,6018 0,6855 1 0,7121 0,5299 0,6201 0,7755 0,9034 0,8243 0,6208 0,5190 0,6987 0,8577 0,8166
10 0,6430 0,7048 0,7427 0,6498 0,6349 0,7121 1 0,5292 0,7596 0,7314 0,7054 0,8103 0,6009 0,6697 0,8011 0,7214 0,6793
11 0,8319 0,7279 0,6534 0,7411 0,4254 0,5299 0,5292 1 0,6274 0,4605 0,6402 0,6154 0,8112 0,8830 0,8188 0,8320 0,8241
12 0,6755 0,6073 0,7800 0,7706 0,4222 0,6201 0,7596 0,6274 1 0,6349 0,5795 0,7569 0,6462 0,6616 0,7147 0,6765 0,6363
13 0,6267 0,7008 0,6192 0,5831 0,6335 0,7755 0,7314 0,4605 0,6349 1 0,7888 0,7960 0,5684 0,4913 0,6709 0,6899 0,6483
14 0,7722 0,9003 0,6780 0,6589 0,8040 0,9034 0,7054 0,6402 0,5795 0,7888 1 0,8606 0,8053 0,6554 0,7780 0,9029 0,9036
15 0,7589 0,7707 0,8345 0,7876 0,7592 0,8243 0,8103 0,6154 0,7569 0,7960 0,8606 1 0,7584 0,7372 0,7994 0,8291 0,7949
16 0,8329 0,7964 0,6945 0,7931 0,6831 0,6208 0,6009 0,8112 0,6462 0,5684 0,8053 0,7584 1 0,8498 0,8163 0,8421 0,8480
17 0,7864 0,6751 0,7351 0,8130 0,5613 0,5190 0,6697 0,8830 0,6616 0,4913 0,6554 0,7372 0,8498 1 0,8378 0,7794 0,7736
18 0,7780 0,8318 0,8128 0,8410 0,7296 0,6987 0,8011 0,8188 0,7147 0,6709 0,7780 0,7994 0,8163 0,8378 1 0,8804 0,8544
19 0,8680 0,9512 0,7596 0,7467 0,7157 0,8577 0,7214 0,8320 0,6765 0,6899 0,9029 0,8291 0,8421 0,7794 0,8804 1 0,9854
20 0,8680 0,9454 0,7472 0,7368 0,7395 0,8166 0,6793 0,8241 0,6363 0,6483 0,9036 0,7949 0,8480 0,7736 0,8544 0,9854 1
GR 0,5834 0,5869 0,5949 0,6383 0,5911 0,5315 0,5973 0,6505 0,5662 0,4308 0,6264 0,5703 0,6777 0,7514 0,6676 0,6550 0,6811
Tabela 30 – Nível de significância (segundo pearson) de cada avaliação MIAR vs WTF
1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
3 < 0,0001 0 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
4 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
5 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
7 0,001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0 < 0,0001 0,000 0,017 0,018 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
9 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 < 0,0001 0,002 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,003 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
10 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 0,002 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
11 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,017 0,002 0,002 0 0,000 0,009 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
12 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,018 0,000 < 0,0001 0,000 0 0,000 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000
13 0,000 < 0,0001 0,000 0,001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,009 0,000 0 < 0,0001 < 0,0001 0,001 0,005 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
14 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
15 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
16 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
17 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 0,003 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,005 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
18 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001
19 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001
20 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0
GR 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 < 0,0001 0,001 0,016 0,000 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
48 Análise de resultados
Verifica-se que na generalidade dos resultados existe uma correlação moderada a forte entre as
avaliações segundo a MIAR e WTF, com a seguinte distribuição:
[0,01;0,49999] – Coeficiente de correlação = 5,9%
[0,5;0,59999] - Coeficiente de correlação = 47,1%
[0,6;0,69999] - Coeficiente de correlação = 41,2%
[0,7;0,99999] - Coeficiente de correlação = 5,9%.
Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção
Silva, Andreia 49
5 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS
Da análise dos resultados obtidos verifica-se que, na globalidade, o número e tipologia de
parâmetros adotados na MIAR reuniu consenso favorável junto do painel de especialistas.
O parâmetro “Extensão” na análise inicial apresentou um coeficiente de variação de 26%, após a
reavaliação do mesmo registou-se uma melhoria do coeficiente de variação resultando em 22%,
no entanto, a amostra ainda se mostra pouco homogénea.
A alteração do parâmetro “Custo” para “Priorização do risco”, com a redução de cinco para três
níveis, tornou o método mais ajustado à realidade do setor e também mais expedito.
Não se pode deixar de ressalvar que os resultados obtidos reportam a uma avaliação realizada em
fase de planeamento, não tendo sustentação numa janela temporal de análise fotográfica ou de
vídeo, permitindo assim, uma maior liberdade na “criação” do cenário de obra que aliado ao saber
e experiência de cada avaliador se refletiu em algumas divergências de resultados.
Quando comparadas as escalas de MIAR e William T. Fine, verifica-se que na primeira
metodologia a maioria dos valores de risco recaem sobre níveis de Médio e Alto, enquanto que
com WTF recaem sobre os níveis inferiores, Baixo e Médio, podendo dar origem a erros de leitura
por defeito e consequentemente a adoção de medidas mais brandas. Ou seja, pode-se a firmar que
a MIAR adota critérios de valoração mais conservadores.
Conclui-se que pelo facto de 66% das interavaliações terem uma correlação muito forte e 26%
uma correlação forte, o método MIAR reduz a subjetividade do avaliador.
Em resultado, pode-se concluir que os objetivos propostos para a presente dissertação foram
alcançados.
5.1 Perspetivas Futuras
Embora o parâmetro “Exposição” tenha reunido o consenso de 78% dos avaliadores, não passou
nos testes de hipótese, pelo que deveria ser alvo de um pedido de reavaliação, o que acabou por
não acontecer face à limitação de tempo para a realização do presente trabalho.
Considera-se que deve ser dada continuidade a este estudo, no estreito cumprimento do método de
Delphi, com a vista a alcançar a reprodutibilidade da MIAR.
A aplicação da MIAR em obras de diferentes naturezas poderá potenciar a consolidação dos
parâmetros e valoração dos riscos.
No setor da construção a simultaneidade de tarefas torna-se uma necessidade, quer pelo ponto de
vista técnico, quer pela pressão económica, pelo que seria relevante refletir a sua influência numa
futura revisão da MIAR.
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
50 Análise de resultados
O quinto parâmetro que compõe a MIAR, “Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo”
não pôde ser avaliado na prática uma vez que a obra em estudo à data de realização deste trabalho
já estava concluída, pelo que carece de ser testada e analisada em contexto real.
Será relevante comparar os resultados da MIAR com outros métodos por forma a averiguar a
pertinência deste método em detrimento de outro, com vista à uniformização de uma ferramenta
de avaliação de riscos no setor da construção.
Silva, Andreia
6 BIBLIOGRAFIA
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aberto. 2015.
Tixier, J., et al. 2002. Review of 62 risk analysis methodologies of industrail plants. 2002.
1
ANEXOS
2
Anexo 1
Elementos fornecidos ao painel de especialistas para a avaliação inicial
Página 1 de 8
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
1. Atividade seleccionada Foi seleccionada a actividade de escavação de um túnel com recurso a explosivos, em particular as
tarefas:
§ Perfuração;
§ Preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos detonadores;
§ Remoção do escombro;
§ Suporte primário com aplicação de betão projectado com fibras metálicas.
2. Características da obra
A escavação do túnel decorre em período de laboração de 2.ªa sábado, em regime de três turnos de 8h
cada. Por dia é detonada uma pega de fogo (ciclo completo) conforme figura 5.
A actividade de escavação do túnel, segundo o plano de trabalho, é considerada caminho critico.
Figura 1 – Secção t ipo do túnel em ZG1
2.1. Método construtivo
A execução do túnel contempla duas fases principais distintas, a escavação da calote superior na
totalidade do seu comprimento, 250 m, e posteriormente a escavação do rebaixo.
11,5 m
20,96 m
Página 2 de 8
Figura 2 – Faseamento da escavação geral
Figura 3 – Escavação do rebaixo em toda a largura do túnel (aprox. 20m)
Só após a escavação total da calote superior (250 m) é que se inicia a escavação do rebaixo.
Fase 1 – Calote superior
O faseamento construtivo da calote superior é constituído pelas seguintes atividades:
1. Escavação (1) em avanços de até 2 m
2. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, nos hasteais e abóbada reforçado com
fibras metálicas em espessura e=5cm.
3. Execução de pregagens tipo swellex 200kN (mín.) ou equivalente, com 6,0 m de comprimento
afastadas de 2,0 m em malha quadrada desfasada em quincôncio
4. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, com espessura máxima de 5cm por
camada nos hasteais e abóbada reforçado com fibras metálicas, perfazendo com a camada anterior uma
espessura final e=25cm
5. Execução de geodrenos f 50 mm, com L= 20m cada 15m de escavação, onde requerido pela água
afluente à escavação
Página 3 de 8
6. Repetição de 1 a 5 até à conclusão da escavação da Calote Superior
Figura 4 – Corte longi tudinal
O emboquilhamento será executado apenas um guarda-chuva com microestacas com Ø88,9 mm
afastadas 0,35 mm, com uma inclinação radial de 5.º e comprimento de 17 m. Serão aplicadas cambotas
metálicas treliçadas do tipo (PS 115 20 30) com pata de elefante, as primeiras três, que fazem parte do
falso túnel estarão afastadas 1 m e as restantes 0,75 m, perfazendo no total um comprimento de 17 m.
Fase 2 – Rebaixo
O faseamento do rebaixo é constituído pelas seguintes atividades:
1. Escavação do rebaixo (2) em avanços de até 2 m
2. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, nos hasteais reforçado com fibras
(metálicas ou de polipropileno) em espessura e=5cm
3. Execução de pregagens tipo swellex 200kN (mín.) ou equivalente, com 6,0 m de comprimento
afastadas de 2,0 m em malha quadrada desfasada em quincôncio
4. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, com espessura máxima de 5 cm por
camada nos hasteais e abóbada reforçado com fibras (metálicas ou de polipropileno), perfazendo com a
camada anterior uma espessura final e=25 cm
N°2+2 Geodrenos
Ø 50mm
10.00°
5.00°
Soleira C20/25 reforçado com
fibras metálicas e=30cm
Contorno BPRFM 30cm E=1000J
Frente eventual BPRFM 5cm
E=1000J
Chapéu cilindrico com microestacas executdas com
tubos TM80 (f 88.9mm e=6.5mm), afastadas de
0,35 m, L=17m, inclinação 1°
1
Cambotas metàlicas
treliças PS 115 20 30 //0.75m
Limite daescavação
100 100 100
Preanel deprotecção
75 75 75
310
1.5m ± 0.25
Página 4 de 8
5. Repetição de 1 a 4 até à conclusão da escavação do rebaixo
Após a escavação do rebaixo, será aplicado betão projetado da classe de C 20/25 reforçado com fibras
(metálicas ou de polipropileno) com espessura e=5cm.
Os elementos metálicos treliçados serão prolongados e o revestimento será finalizado com betão
projetado C20/25 com fibras com uma espessura final de e = 30 cm.
2.2. Escavação do túnel com explosivos
A execução do túnel caracteriza-se por uma sequência de operações que visam a escavação com meios
mecânicos e explosivos, cujo faseamento se representa na figura seguinte:
Figura 5 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos
A sequência de escavação com recurso a explosivos é composta pelas seguintes operações:
§ [1] Marcação da pega
§ [2] Perfuração
§ [3] Carregamento dos furos
§ [4] Detonação dos furos
§ [5] Ventilação de zona escavada
§ [6] Remoção de escombros para vazadouro
§ [7] Saneamento, mecânico e/ou manual
§ [8] Suporte primário
Página 5 de 8
2.3. Perfuração
A perfuração consiste na abertura dos furos para posterior colocação do explosivo e será realizada com
um Jumbo de três braços da marca a Atlas Copco Roket Boomer XL3C, cujas características se
identificam nas figuras seguintes.
A colocação das varas de perfuração (aprox. 25 kg /cada) é realizada com o braço do Jumbo posicionado
ao nível do solo.
Figura 6 – Características do Jumbo de três braços
Página 6 de 8
Na calote superior serão executados 2 furos no caldeiro com diâmetro de 127 mm e comprimento de
2,20 m, e 150 furos com diâmetro de 51 mm e 2,20 m de comprimento. No rebaixo serão executados 67
furos com diâmetro de 51 mm e 2,20 m de comprimento.
Figura 7 – P lano de fogo ZG1 – Calo te super io r
Figura 8 – P lano de fogo ZG1 – Rebaixo
58
19
16
18
19
20
18
21
26 21
20
23
26
24
27
25
25
29
33
33
33
33
33
3333
3333
3332
3232
32 32 32 32 32 32 32
33
33
33
33
33
12
11
12
11
11
12
12
15
13
14
11
15 13 15
13
14
15
16
14
17
16
17
14
17
17115
19
16
18
19
20
18
21
2621
20
23
26
24
27
25
25
29 29 29 29 29 29 29 29 29292929292929292929
27 22 22 2223 23 27
28 28 28
1
PORMENOR "A"
Eixo vertical do túnel
+0.65
0.00
33
33
33
33
33
3333
3333
3332
3232
3232323232
33
33
33
33
33
12345678 2 3 4 5 6 7 8
23456789 3 4 5 6 7 8 9
9
1112 11
12
12
12
12
12
12
65
10011 1211
12
12
12
12
12
12
9
130
10
51
35
10
2
+0.65
0.00
1010101010101010 10 10 10 10 10 10 10 10
Página 7 de 8
Equipamentos: 1 - Jumbo de perfuração 1 – Quadro eléctrico de Varas e bits
Mão-de-obra: 1 – Jumbista 3 – Serventes 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança
Período de trabalho: 4 horas
2.4. Preparação de cargas explosivas e carregamento dos furos
Foi selecionado um explosivo do tipo emulsão encartuchada (Gemulit), cordão detonante apenas para os
tiros de contorno e detonadores eletrónicos e não eléctricos.
O diagrama de fogo, encontra-se arquivado no anexo 2.
Equipamentos: 1 – Carrinha de transporte de explosivos 1 – Multifunções
Mão-de-obra: 1 – Técnico responsável de explosivos 5 – Operadores de explosivos 1 – Manobrador 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança
Período de trabalho: 4 horas
2.5. Remoção de escombros para vazadouro
O escombro será carregado com auxílio da giratória de rastos e pá carregadora para os camiões, os quais
transportam o material para o destino final autorizado.
Equipamentos: 1 – Giratória de rastos 1 – Pá carregadora Volvo L 150 F 6 - Camiões
Mão-de-obra: 2 – Manobradores 6 – Motoristas 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança
Período de trabalho: 4 horas
2.6. Suporte primário - Aplicação de betão projetado
Imediatamente após o saneamento e o reperfilamento da frente de escavação, e antes da execução das
pregagens tipo swellex, será previamente aplicada uma camada de betão projetado reforçado com fibras
metálicas de 5 cm de espessura.
Após a execução das pregagens tipo swellex, será aplicada a restante camada de betão projetado
reforçado com fibras metálicas até atingir uma espessura de 30 cm.
Página 8 de 8
Figura 9 – Alcance do robot de projecção Putzmeister PC 500
Equipamentos: 1 – Robot de projecção Putzmeister PC 500, com comando portátil 4 – Camiões autobetoneira
Mão-de-obra: 1 – Manobrador 4 – Motoristas 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança
Período de trabalho: 2 horas
Parâmetros de avaliação
Descrição Valor Observações
Pode causar a morte 5
Pode causar incapacidade permanente absoluta (IPA) para o trabalho 4
Pode causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta (ITA) 3
Pode causar lesões menores com incapacidade temporária parcial (ITP) 2
Podem causar lesões menores sem qualquer tipo de incapacidade. 1
Aspeto cuja extensão atinge ≥ 10 trabalhadores 5
Aspeto cuja extensão atinge 7 a 9 trabalhadores 4
Aspeto cuja extensão atinge 4 a 6 trabalhadores 3
Aspeto cuja extensão atinge 2 a 3 trabalhadores 2
Aspeto cuja extensão atinge 1 trabalhador 1
Ocorrência contínua - periodicidade: diária (>4h) 5
Ocorrência frequente - periodicidade: meio dia 4
Ocorrência periódica - periodicidade: > 2 x semana 3
Ocorrência reduzida – periodicidade 1 a 2 x semana 2
Ocorrência esporádica – periodicidade mensal 1
A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e/ou o risco tem potencial
para originar morte - Custo acrescido5
A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e o risco tem potencial para
originar IPA para o trabalho4
A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e decorrem atividades em
simultâneo com potencial para originar ITP ou ITA3
A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e o risco tem potencial para
originar ITP ou ITA2
A atividade não é caminho critico do plano de trabalhos - Sem custo acrescido 1
Legenda:
IPA - Incapacidade permanente absoluta;
ITA - Incapacidade temporária absoluta;
ITP - Incapacidade temporária parcial.
MIAR - MÉTODO INTEGRADO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS NA CONSTRUÇÃO (rev.00)
1. Gravidade do Aspeto
2. Extensão do Impacte
3. Exposição/
frequência de ocorrência
do aspeto
4. Custos e
complexidade técnica
Caminho Critico - Utiliza como base o programa MS
Project , método CPM (Critical Path Method).
O caminho critico compreende o conjunto de atividades
cuja data de início e fim não permitem variações,
qualquer atraso produz atraso no fim do projeto.
A. Fase de Planeamento(avaliação na fase de desenvolvimento do procedimento especifico de segurança, ainda sem as medidas de prevenção dos riscos implementadas)
1 de 2 .
FASE DE PLANEAMENTO DA OBRA
Identificação da atividade /
subatividadeSituação perigosa Risco / Consequência Gravidade Extensão do Impacto Exposição Custo
ATIVIDADE:
Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento
Exposição ao ruído
Incêndio
Pancadas e cortes : objetos ou
ferramentas
Projeção de fragmentos ou partículas
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamentoCabo de alimentação elétrica do
equipamentoEletrização
Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento
Sobre-esforços fisicos
Escavação mineira Soterramento
Laboração de equipamento automotor Atropelamento
Manuseamento de explosivos Explosão
Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos
Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m
Escavação mineira Soterramento
Laboração de equipamento automotor Atropelamento
Capotamento de equipamentos
Exposição a vibrações
Exposição ao ruído
Incêndio
Queda de materiais
Inalação de poeiras
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento
Escavação mineira Soterramento
ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO
Preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos
Remoção do escombro
PREENCHER APENAS OS CAMPOS A AZUL
3
Anexo 2
Avaliação de riscos inicial
ATIVIDADE:ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E
SUPORTE PRIMÁRIOValoração do risco em função do avaliador
Identificação da
atividade /
subatividade
Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR
Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Médio 200 Médio 300 Alto 200 Médio 200 Médio 300 Alto 300 Alto 200 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio 300 Alto 160 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio
Exposição ao ruído 108 Médio 72 Médio 192 Médio 72 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 240 Alto 90 Médio 180 Médio 90 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio
Incêndio 108 Médio 72 Médio 108 Médio 48 Médio 300 Alto 72 Médio 300 Alto 72 Médio 48 Médio 375 Alto 72 Médio 180 Médio 36 Médio 48 Médio 300 Alto 72 Médio 72 Médio
Pancadas e cortes : objetos ou
ferramentas36 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Baixo 72 Médio 72 Médio 36 Médio 24 Baixo 48 Médio 32 Médio 16 Baixo 16 Baixo 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio
Projeção de fragmentos ou partículas 72 Médio 48 Médio 192 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 60 Médio 24 Baixo 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento144 Médio 48 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 108 Médio 48 Médio 72 Médio 24 Baixo 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Cabo de alimentação elétrica do
equipamentoEletrização 240 Alto 200 Médio 300 Alto 200 Médio 48 Médio 200 Médio 300 Alto 64 Médio 300 Alto 225 Alto 200 Médio 200 Médio 100 Médio 48 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio
Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 36 Médio 48 Médio 108 Médio 24 Baixo 64 Médio 72 Médio 72 Médio 24 Baixo 192 Médio 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 40 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Sobre-esforços fisicos 36 Médio 32 Médio 48 Médio 16 Baixo 24 Baixo 32 Médio 48 Médio 24 Baixo 72 Médio 24 Baixo 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio
Escavação mineira Soterramento 300 Alto 300 Alto 300 Alto 200 Médio 200 Médio 300 Alto 375 Alto 240 Alto 300 Alto 375 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto 375 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 256 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 120 Médio 150 Médio 150 Médio 400 Alto 300 Alto 500Muito
Alto192 Médio 300 Alto 400 Alto 400 Alto
Manuseamento de explosivos Explosão 300 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 500Muito
Alto240 Alto 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto
Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 54 Médio 64 Médio 144 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 48 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio
Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 120 Médio 200 Médio 400 Alto 200 Médio 108 Médio 300 Alto 200 Médio 48 Médio 128 Médio 200 Médio 200 Médio 300 Alto 100 Médio 48 Médio 72 Médio 200 Médio 200 Médio
Escavação mineira Soterramento 400 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 320 Alto 300 Alto 500Muito
Alto400 Alto 400 Alto 400 Alto 375 Alto 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Médio 200 Médio 500Muito
Alto100 Médio 200 Médio 200 Médio 625
Muito
Alto80 Médio 250 Alto 250 Alto 200 Médio 400 Alto 300 Alto 200 Médio 400 Alto 200 Médio 200 Médio
Capotamento de equipamentos 144 Médio 200 Médio 320 Alto 100 Médio 200 Médio 400 Alto 500Muito
Alto72 Médio 250 Alto 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto 192 Médio 80 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio
Exposição a vibrações 48 Médio 16 Baixo 20 Baixo 8 Baixo 16 Baixo 32 Médio 32 Médio 32 Médio 20 Baixo 90 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 32 Médio 16 Baixo 16 Baixo
Exposição ao ruído 192 Médio 192 Médio 60 Médio 48 Médio 64 Médio 192 Médio 160 Médio 32 Médio 60 Médio 320 Alto 96 Médio 192 Médio 60 Médio 48 Médio 120 Médio 192 Médio 192 Médio
Incêndio 144 Médio 500Muito
Alto500
Muito
Alto48 Médio 400 Alto 500
Muito
Alto625
Muito
Alto60 Médio 250 Alto 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto 72 Médio 32 Médio 500
Muito
Alto500
Muito
Alto500
Muito
Alto
Queda de materiais 192 Médio 200 Médio 240 Alto 48 Médio 200 Médio 500Muito
Alto120 Médio 36 Médio 160 Médio 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto 300 Alto 48 Médio 48 Médio 200 Médio 200 Médio
Inalação de poeiras 144 Médio 120 Médio 40 Médio 16 Baixo 32 Médio 120 Médio 50 Médio 120 Médio 60 Médio 180 Médio 144 Médio 144 Médio 72 Médio 18 Baixo 40 Médio 120 Médio 120 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento24 Baixo 48 Médio 180 Médio 32 Médio 64 Médio 72 Médio 150 Médio 36 Médio 60 Médio 160 Médio 128 Médio 48 Médio 24 Baixo 36 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Escavação mineira Soterramento 500Muito
Alto500
Muito
Alto500
Muito
Alto200 Médio 200 Médio 500
Muito
Alto625
Muito
Alto500
Muito
Alto250 Alto 500
Muito
Alto400 Alto 400 Alto 300 Alto 375 Alto 500
Muito
Alto500
Muito
Alto500
Muito
Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 128 Médio 200 Médio 300 Alto 75 Médio 150 Médio 200 Médio 225 Alto 160 Médio 150 Médio 100 Médio 200 Médio 300 Alto 300 Alto 200 Médio 225 Alto 200 Médio 200 Médio
Incêndio 144 Médio 400 Alto 300 Alto 36 Médio 300 Alto 400 Alto 400 Alto 192 Médio 96 Médio 150 Médio 300 Alto 200 Médio 72 Médio 32 Médio 375 Alto 400 Alto 400 Alto
Contacto com componentes quimicos
(Betão e fibras)Asfixia 240 Alto 48 Médio 180 Médio 24 Baixo 300 Alto 48 Médio 240 Alto 24 Baixo 128 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 32 Médio 24 Baixo 48 Médio 48 Médio
Projeção de fragmentos ou partículas 32 Médio 32 Médio 48 Médio 12 Baixo 48 Médio 32 Médio 64 Médio 32 Médio 128 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 24 Baixo 36 Médio 32 Médio 32 Médio
Queimaduras por contacto c/ sub.
Químicas48 Médio 48 Médio 108 Médio 12 Baixo 12 Baixo 48 Médio 96 Médio 24 Baixo 128 Médio 72 Médio 24 Baixo 72 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento24 Baixo 48 Médio 108 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 96 Médio 48 Médio 128 Médio 128 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio
Escavação mineira Soterramento 400 Alto 400 Alto 300 Alto 60 Médio 120 Médio 400 Alto 400 Alto 320 Alto 200 Médio 400 Alto 400 Alto 300 Alto 375 Alto 375 Alto 375 Alto 400 Alto 400 Alto
Indice do risco
(IR)Valor
Baixo < 24
Médio 25 - 224
Elevado 225 - 425
Muito Elevado > 426
Preparação de
cargas explosivas,
carregamento,
ligação dos
Remoção do
escombro
Aplicação de
betão projetado
1.ª análise
Anexo 3
Avaliação de riscos inicial sem o parâmetro custo
ATIVIDADE:ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM
RECURSO A EXPLOSIVOS E Valoração do risco em função do avaliador
Identificação da
atividade /
subatividade
Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR
Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 48 Alto 30 Médio 60 Alto 40 Médio 40 Médio 45 Alto 60 Alto 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio 60 Alto 40 Médio 40 Médio 30 Médio 30 Médio
Exposição ao ruído 36 Médio 36 Médio 48 Alto 24 Médio 48 Alto 36 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 60 Alto 45 Alto 45 Alto 45 Alto 36 Médio 36 Médio 36 Médio 36 Médio
Incêndio 36 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 60 Alto 36 Médio 60 Alto 36 Médio 24 Médio 75 Alto 36 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 60 Alto 36 Médio 36 Médio
Pancadas e cortes : objetos ou
ferramentas12 Médio 24 Médio 24 Médio 12 Médio 36 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 16 Médio 8 Médio 8 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 18 Baixo
Projeção de fragmentos ou partículas 24 Médio 24 Médio 48 Alto 16 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 24 Médio 30 Médio 30 Médio 12 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento36 Médio 24 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 24 Médio 12 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo
Cabo de alimentação elétrica do
equipamentoEletrização 60 Alto 40 Médio 60 Alto 40 Médio 24 Médio 40 Médio 60 Alto 32 Médio 60 Alto 45 Alto 40 Médio 40 Médio 20 Médio 24 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio
Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 12 Médio 24 Médio 36 Médio 12 Médio 32 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 48 Alto 12 Médio 24 Médio 24 Médio 20 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo
Sobre-esforços fisicos 12 Médio 16 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 24 Médio 36 Médio 12 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Baixo
Escavação mineira Soterramento 60 Alto 60 Alto 60 Alto 40 Médio 40 Médio 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Médio
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 64 Alto 60 Alto 80 Alto 60 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 30 Médio 30 Médio 80 Alto 60 Alto 100 Muito Alto 48 Alto 45 Alto 60 Alto 80 Médio
Manuseamento de explosivos Explosão 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 100 Muito Alto 60 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Médio
Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 18 Médio 32 Médio 48 Alto 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Alto 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 36 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio
Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 30 Médio 40 Médio 80 Alto 40 Médio 36 Médio 60 Alto 40 Médio 24 Médio 32 Médio 40 Médio 40 Médio 60 Alto 20 Médio 24 Médio 36 Médio 40 Médio 40 Médio
Escavação mineira Soterramento 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 75 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Médio
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 48 Alto 40 Médio 100Muito Alto 20 Médio 40 Médio 40 Médio 125 Muito Alto 40 Médio 50 Alto 50 Alto 40 Médio 80 Alto 60 Alto 40 Médio 80 Alto 40 Médio 40 Médio
Capotamento de equipamentos 36 Médio 40 Médio 80 Alto 20 Médio 40 Médio 80 Alto 100 Muito Alto 24 Médio 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 48 Alto 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio
Exposição a vibrações 24 Médio 8 Médio 20 Médio 4 Baixo 8 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 10 Médio 30 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 16 Médio 8 Médio 8 Baixo
Exposição ao ruído 48 Alto 48 Alto 60 Alto 24 Médio 64 Alto 48 Alto 40 Médio 32 Médio 30 Médio 80 Alto 48 Alto 48 Alto 30 Médio 24 Médio 60 Alto 48 Alto 48 Médio
Incêndio 48 Alto 100 Muito Alto100Muito Alto 24 Médio 80 Alto 100 Muito Alto125 Muito Alto 15 Médio 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 36 Médio 16 Médio 100 Muito Alto100 Muito Alto100 Médio
Queda de materiais 48 Alto 40 Médio 60 Alto 24 Médio 40 Médio 100 Muito Alto 60 Alto 18 Médio 40 Médio 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 24 Médio 24 Médio 40 Médio 40 Médio
Inalação de poeiras 48 Alto 60 Alto 20 Médio 8 Médio 16 Médio 60 Alto 25 Médio 60 Alto 30 Médio 60 Alto 48 Alto 48 Alto 36 Médio 9 Médio 20 Médio 60 Alto 60 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento12 Médio 24 Médio 60 Alto 16 Médio 32 Médio 36 Médio 75 Alto 18 Médio 30 Médio 40 Médio 32 Médio 24 Médio 12 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo
Escavação mineira Soterramento 100 Muito Alto100 Muito Alto100Muito Alto 40 Médio 40 Médio 100 Muito Alto125 Muito Alto100 Muito Alto 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 75 Alto 100 Muito Alto100 Muito Alto100 Médio
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 32 Médio 30 Médio 60 Alto 15 Médio 30 Médio 40 Médio 45 Alto 40 Médio 30 Médio 20 Médio 40 Médio 60 Alto 60 Alto 40 Médio 45 Alto 40 Médio 40 Médio
Incêndio 48 Alto 80 Alto 60 Alto 18 Médio 60 Alto 80 Alto 80 Alto 48 Alto 24 Médio 30 Médio 60 Alto 40 Médio 18 Médio 16 Médio 75 Alto 80 Alto 80 Médio
Contacto com componentes quimicos
(Betão e fibras)Asfixia 80 Alto 24 Médio 36 Médio 12 Médio 60 Alto 24 Médio 48 Alto 24 Médio 32 Médio 16 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 16 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Baixo
Projeção de fragmentos ou partículas 16 Médio 16 Médio 24 Médio 6 Médio 24 Médio 16 Médio 32 Médio 16 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 24 Médio 12 Médio 18 Médio 16 Médio 16 Baixo
Queimaduras por contacto c/ sub.
Químicas24 Médio 24 Médio 36 Médio 6 Médio 6 Médio 24 Médio 48 Alto 24 Médio 32 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Baixo
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento12 Médio 24 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 24 Médio 24 Médio 32 Médio 32 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Baixo
Escavação mineira Soterramento 80 Alto 80 Alto 60 Alto 30 Médio 60 Alto 80 Alto 80 Alto 64 Alto 40 Médio 80 Alto 80 Alto 60 Alto 75 Alto 75 Alto 75 Alto 80 Alto 80 Médio
Indice do risco
(IR)Valor
Baixo < 5
Médio 05 - 44
Elevado 45 - 84
Muito Elevado > 84
Preparação de
cargas explosivas,
carregamento,
ligação dos
Remoção do
escombro
Aplicação de
betão projetado
2.ª análise
Anexo 4
Avaliação de riscos após a reavaliação da MIAR
ATIVIDADE: Valoração do Risco
Identificação da
atividade /
subatividade
Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR
Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 144 Alto 90 Médio 120 Médio 120 Médio 120 Médio 135 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 180 Alto 120 Médio 180 Alto 120 Médio 120 Médio 120 Médio 90 Médio 90 Médio
Exposição ao ruído 72 Médio 72 Médio 64 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 48 Médio 120 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio
Incêndio 72 Médio 108 Médio 48 Médio 48 Médio 180 Alto 108 Médio 180 Alto 72 Médio 48 Médio 225 Alto 108 Médio 108 Médio 54 Médio 48 Médio 180 Alto 72 Médio 72 Médio
Pancadas e cortes : objetos ou
ferramentas24 Médio 48 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 108 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 48 Médio 32 Médio 48 Médio 36 Médio
Projeção de fragmentos ou partículas 48 Médio 48 Médio 64 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 60 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento108 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 108 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Cabo de alimentação elétrica do
equipamentoEletrização 180 Alto 80 Médio 120 Médio 120 Médio 72 Médio 120 Médio 180 Alto 96 Médio 180 Alto 135 Alto 80 Médio 120 Médio 60 Médio 72 Médio 120 Médio 120 Médio 120 Médio
Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 24 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Médio 64 Médio 108 Médio 108 Médio 48 Médio 144 Alto 24 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio
Sobre-esforços fisicos 24 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 24 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio
Escavação mineira Soterramento 180 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 120 Médio 180 Alto 225 Alto 180 Alto 180 Alto 225 Alto 180 Alto 240 Alto 180 Alto 225 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 240 Alto 180 Alto 180 Alto 120 Médio 90 Médio 180 Alto 240 Alto 180 Alto 200 Alto 144 Alto 135 Alto 180 Alto 240 Alto
Manuseamento de explosivos Explosão 180 Alto 240 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 300 Muito Alto 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto
Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 36 Médio 64 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 96 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio
Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 120 Médio 80 Médio 180 Alto 120 Médio 108 Médio 180 Alto 120 Médio 72 Médio 96 Médio 120 Médio 80 Médio 180 Alto 40 Médio 72 Médio 108 Médio 120 Médio 120 Médio
Escavação mineira Soterramento 240 Alto 240 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 144 Alto 120 Médio 180 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 375 Muito Alto 120 Médio 300 Muito Alto 225 Alto 120 Médio 240 Alto 160 Alto 180 Alto 240 Alto 120 Médio 120 Médio
Capotamento de equipamentos 108 Médio 80 Médio 96 Médio 80 Médio 120 Médio 240 Alto 300 Muito Alto 48 Médio 150 Alto 300 Muito Alto 160 Alto 240 Alto 96 Médio 80 Médio 120 Médio 120 Médio 80 Médio
Exposição a vibrações 48 Médio 16 Médio 24 Médio 16 Médio 16 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 20 Médio 180 Alto 48 Médio 16 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio
Exposição ao ruído 120 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 128 Alto 96 Médio 64 Médio 64 Médio 120 Médio 160 Alto 96 Médio 144 Alto 80 Médio 48 Médio 120 Médio 96 Médio 96 Médio
Incêndio 120 Médio 300 Muito Alto 120 Médio 48 Médio 240 Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 30 Médio 150 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 108 Médio 32 Médio 160 Alto 200 Alto 200 Alto
Queda de materiais 120 Médio 120 Médio 108 Médio 108 Médio 120 Médio 300 Muito Alto 108 Médio 54 Médio 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 120 Médio 48 Médio 72 Médio 120 Médio 120 Médio
Inalação de poeiras 120 Médio 120 Médio 24 Médio 24 Médio 32 Médio 120 Médio 40 Médio 120 Médio 120 Médio 180 Alto 96 Médio 96 Médio 96 Médio 18 Médio 40 Médio 120 Médio 120 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento24 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 108 Médio 135 Alto 36 Médio 90 Médio 160 Alto 64 Médio 48 Médio 24 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio
Escavação mineira Soterramento 300 Muito Alto 300 Muito Alto 180 Alto 180 Alto 120 Médio 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 96 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 120 Médio 135 Alto 120 Médio 90 Médio 60 Médio 120 Médio 180 Alto 120 Médio 120 Médio 135 Alto 120 Médio 120 Médio
Incêndio 96 Médio 160 Alto 60 Médio 36 Médio 60 Médio 240 Alto 180 Alto 96 Médio 48 Médio 135 Alto 180 Alto 80 Médio 54 Médio 32 Médio 150 Alto 160 Alto 160 Alto
Contacto com componentes quimicos
(Betão e fibras)Asfixia 160 Alto 72 Médio 36 Médio 24 Médio 45 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 144 Alto 32 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio
Projeção de fragmentos ou partículas 32 Médio 32 Médio 24 Médio 12 Baixo 36 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 24 Médio 36 Médio 32 Médio 32 Médio
Queimaduras por contacto c/ sub.
Químicas48 Médio 48 Médio 36 Médio 24 Médio 12 Baixo 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 108 Médio 16 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento24 Médio 72 Médio 36 Médio 36 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 64 Médio 72 Médio 24 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio
Escavação mineira Soterramento 240 Alto 240 Alto 90 Médio 90 Médio 180 Alto 240 Alto 240 Alto 192 Alto 120 Médio 180 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 225 Alto 225 Alto 240 Alto 240 Alto
Indice do risco
(IR)Valor
Baixo ≤ 12
Médio 13 - 120
Elevado 121 - 240
Muito Elevado ≥ 240
Remoção do
escombro
Aplicação de
betão projetado
Preparação de
cargas explosivas,
carregamento,
ligação dos
ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E
SUPORTE PRIMÁRIO
3.ª Análise
6
Anexo 5
Avaliação de riscos segundo o método William T. Fine
ATIVIDADE:
Identificação da
atividade /
subatividade
Situação perigosa Risco / Consequência Gravidade Exposição ProbabilidadeGrau de
Perigosidade
Classificação
WF
Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 6 1 150 Médio
Exposição ao ruído 1 6 6 36 Baixo
Incêndio 15 6 1 90 Médio
Pancadas e cortes : objetos ou
ferramentas1 3 3 9 Baixo
Projeção de fragmentos ou partículas 1 6 6 36 Baixo
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento15 6 1 90 Médio
Cabo de alimentação elétrica do
equipamentoEletrização 25 6 1 150 Médio
Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 15 6 3 270 Muito Alto
Sobre-esforços fisicos 5 3 3 45 Baixo
Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 50 6 1 300 Muito Alto
Manuseamento de explosivos Explosão 50 10 0,5 250 Muito Alto
Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 5 10 3 150 Médio
Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 25 3 1 75 Baixo
Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 6 1 150 Médio
Capotamento de equipamentos 25 6 1 150 Médio
Exposição a vibrações 1 10 6 60 Baixo
Exposição ao ruído 1 10 6 60 Baixo
Incêndio 15 6 1 90 Médio
Queda de materiais 15 6 1 90 Médio
Inalação de poeiras 1 6 6 36 Baixo
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento15 10 1 150 Médio
Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto
Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 3 1 75 Baixo
Incêndio 15 6 1 90 Médio
Contacto com componentes quimicos
(Betão e fibras)Asfixia 5 3 1 15 Baixo
Projeção de fragmentos ou partículas 1 3 3 9 Baixo
Queimaduras por contacto c/ sub.
Químicas1 2 3 6 Baixo
Rotura de mangueiras / componentes
do equipamento15 10 1 150 Médio
Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto
Preparação de
cargas explosivas,
carregamento,
ligação dos
Remoção do
escombro
Aplicação de
betão projetado
ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO
7
Anexo 6
Plano e Registo de Monitorização e Prevenção
“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO
ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”
PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2
Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 1 de 4
Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____
TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES
EE EE EE EE EE CS
LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador
CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável
Entidade Executante CSO Dono de Obra
Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:
Geral At rope lamento
3 Os t raba lhadores deve rão manter -s e a fas tados dos equ ipamentos em labo ração
AID EN /
TS
C
C
C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
NA NA NA NA NA NA
3 Es tão s ina l i zados e de l im i tados com ET4 os cam inhos de c i rc u lação pedona l no in t er i o r do túne l
AID EN /
TS
C
C
C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
NA NA NA NA NA NA
2
Es tão co locadas ba ias de pos ição (ET3) 10 m at rás das máquinas em labo ração no in te r io r do túne l e na f rente de escavaçã o
AID EN /
TS
C
C
C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
NA NA NA NA NA NA
3 Os cam iões c i rcu lam em marcha f ronta l e fazem inversão de marcha junto da f rente de t raba lhos
DA EN /
TS
C
C
C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
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Capotamento 3
A p la ta f orma de t raba lho onde os equ ipamentos e cam iões es tab i l i zam e c i rcu lam respet ivamente, encont ra -se regu la r i zada de n íve l
AID MAN
C
C
C
C
C
C
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Incênd io 2 Os equ ipamentos automotores possuem ext i n tor de pó qu ím ico no in te r io r da cab ine
AID EN /
MAN
C
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C
C
C
C
NC NC NC NC NC NC
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Soter ramento 5
Sempre que se det e ta a lguma ins tab i l i dade do mac iço, os t raba lhos são suspensos e a f rente é inspec ionada pe la Eq. Geo log ia
DA EN
/GEO
C
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C
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“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO
ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”
PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2
Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 2 de 4
Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____
TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES
EE EE EE EE EE CS
LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador
CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável
Entidade Executante CSO Dono de Obra
Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:
Geral Queda em a l tura
4
Todos os t raba lhos em a l tu ra serão e fe tuados com os t raba lhadores pos ic ionados em ces to para e levação de pessoas equ ipados com arnês preso à ces ta .
AID EN/
TS
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Perfuração Elet r i zação 5
Garant i r que o Jumbo nos t raba l hos no in ter io r do túne l es tá l igado a um quadro e lé t r i co adequado e pro teg ido por um d i ferenc ia l de 30 mA
AID EN /
TS
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NA NA NA NA NA NA
Rotu ra de manguei ras
4 As un iões da manguei ra de águ a encont ram -se em bom es tado e dev idamente roscadas
AID EN /
TS
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C
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Preparação de
cargas
explosivas, Explos ão
3 As canas são preparadas no contento r fe r ramente i ro des t inado pa r a es ta a t i v i dade
AIT EN /
TS
C
C
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C
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NA NA NA NA NA NA
carregamento,
l igação dos 5
As canas e os detonadores são t ranspor t ados pa ra a f rente de ob ras separadamente
AIT
EN /
/TS
OF
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C
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detonadores e
detonação
5 Os exp los i vos s ão manuseados apenas por t raba lhadores hab i l i t ados com cédula de operador de exp los ivos
AIT EN /
TS
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3
Del im i tação da f rente com f i ta s ina l i zadora e ET3 - Ba ia de pos ição e s ina l i zação “Per i go de Exp losão” onde exis te mater i a l exp los i vo e acessór i os de t i ro , impedindo o aceso inadver t ido de pessoas ou equ ipamentos .
AIT EN /
TS
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C
C
C
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“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO
ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”
PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2
Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 3 de 4
Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____
TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES
EE EE EE EE EE CS
LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador
CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável
Entidade Executante CSO Dono de Obra
Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:
Explos ão 3 Des l igar os t e lemóve is , antes do
manuseamento dos detonadores AIT
EN /
OF
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Preparação de
cargas
explosivas,
4
Os t raba lhadores e equ ipamentos , que r do lado Nascente quer do Poente , encont ram -se em zona segura, jun to do es ta le i ro de apo io
DA EN /
TS
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carregamento,
l igação dos
3 As in f raes t ru tu ras e lé t r i cas e o vent i lador do túne l são des l igados antes da detonação da pega de fogo
DA EN /
TS
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detonadores e
detonação
5 As l igações da pega de f ogo es tão em conform idade com o p lano de fogo aprovado pe la F isca l i zação/CSO.
DA OF
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5
Antes do in íc io das pegas é e fe tuada a comunicação com a GNR e S ina le i ros , para implementação do p lano operac iona l de abrandamentos .
Real izar os av isos sonoros antes de in ic iar a pega: 2 toques 5 m inutos antes e 1 toque 30 segundos imedia tamente antes da de tonação.
AIT
EN /
PP
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NA NA NA NA NA NA
4
Após o rebentamento e por i nd icação do Técn ico responsáve l pe la pega de fogo, é em i t ido o ú l t imo av iso sonoro pro longado. A vent i l ação é ac ionada por per íodo m ín imo de 10 m in antes do ope rador de fogo ent rar no túne l .
DA ENF
/ OF
C
C
C
C
C
C
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NA NA NA NA NA NA
“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO
ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”
PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2
Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 4 de 4
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TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES
EE EE EE EE EE CS
LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador
CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável
Entidade Executante CSO Dono de Obra
Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:
Remoção de
escombro
Ina lação de poe i ras / in tox icação
4 Ver i f i ca r que a vent i l ação es tá a t i vada e aguarda r a renovação de ar n a f rente de t raba lho.
AIT
EN
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Soter ramento 4
Só após o d is pa ro e i n formação do técn ico responsáve l de fogo / Encarregado é que se dá auto r i zação para acesso ao in te r io r d o túne l
AIT
EN /
OF.
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Aplicação de
betão projetado
Pro jeção de par t ícu las e in tox icação, que imadura
3 Ut i l i zação de pro teção ocu la r , sem i -máscara com f i l t ro ABEK e fa to de macaco. Luvas de bo r racha – eventua l .
AIT
EN /
TS
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Soter ramento 4
No momento da pro jeção nenhum t raba lhador deverá es tar por ba i xo na zona não sus t ida, só o b raço do rob ot invade a zona a p ro jec tar .
DA
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MAN
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4
Ap l i cação de uma camada de betão pro je tado re forç ado com f ib ras metá l i cas de 5 cm de espessura antes da co locação das cambot as
DA
EN
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C
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Rotu ra de manguei ras
4 As un iões da manguei ra de água encont ram -se em bom es tado e dev idamente roscadas .
AID EN /
TS
C
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C
C
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