aplicaÇÃo da metodologia integrada de avaliaÇÃo de …

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654 Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40 URL: http://www.fe.up.pt Correio Eletrónico: [email protected] MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL Andreia Sousa da Silva Orientador: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Batista - FEUP Coorientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes - FEUP Arguente: Professora Doutora Fernanda Ribeiro - UA Presidente do Júri: Professor Doutor Carlos Ribeiro - FEUP ___________________________________ 2017

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Page 1: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto PORTUGAL

VoIP/SIP: [email protected] ISN: 3599*654

Telefone: +351 22 508 14 00 Fax: +351 22 508 14 40

URL: http://www.fe.up.pt Correio Eletrónico: [email protected]

MESTRADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE

OCUPACIONAIS

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre

Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA

DE AVALIAÇÃO DE RISCOS NO SETOR DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Andreia Sousa da Silva

Orientador: Professor Doutor João Manuel Abreu dos Santos Batista - FEUP

Coorientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes - FEUP

Arguente: Professora Doutora Fernanda Ribeiro - UA

Presidente do Júri: Professor Doutor Carlos Ribeiro - FEUP

___________________________________ 2017

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

I

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, pelo amor e incentivo constante.

Às minhas sobrinhas pela dádiva de alegria e energia.

Ao Diogo pela compreensão da minha ausência.

Ao professor João Batista pela disponibilidade e pela colaboração na elaboração desta dissertação.

À professora Joana Guedes, pela dedicação dispensada, pela energia, pela busca incessante de

conhecimento, por ter acreditado quando eu desacreditei.

Aos amigos gerados no MESHO, muito em especial, à Flávia, ao Frederico e à Ana pela partilha

de conhecimento e pela boa disposição, sem vocês não teria sido igual.

Aos Técnicos de Segurança e Coordenadores de Segurança que colaboraram na aplicação do

método e sem os quais esta dissertação não teria sido possível.

A todos o meu muito obrigada.

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

III

RESUMO

A prevenção dos riscos deve assentar numa correta e permanente avaliação de riscos.

O setor da construção, sobre o qual este trabalho foi desenvolvido, continua a registar o maior

número de acidentes mortais, destacando-se fortemente a necessidade de avaliar corretamente os

riscos e atuar na sua eliminação ou minimização. Com este trabalho pretendeu-se adaptar o modelo

base da Metodologia Integrada de Avaliação de Riscos (MIAR) ao setor em análise com vista à

redução da subjetividade do avaliador.

Esta dissertação foi elaborada em seis etapas, tendo como guia de orientação o método de Delphi:

i) adaptação da MIAR; ii) elaboração da matriz de avaliação de riscos com a identificação das

subatividades e respetivos riscos, iii) seleção do painel de especialistas em segurança, iv) aplicação

do método pelo painel, v) análise de resultados e vi) revisão da metodologia.

Na análise dos resultados recorreu-se à aplicação de testes de hipóteses e correlação. Os resultados

interavaliadores, segundo a MIAR demonstram que em 66% da amostra a correlação é muito forte

e 26% tem uma correlação forte.

Foram comparadas as avaliações de risco da MIAR com a avaliação de riscos efetuada em contexto

real de trabalho, segundo o método William T. Fine, verificando-se que 5,9% da amostra tem uma

relação muito forte e 47,1% uma correlação forte (segundo a correlação de pearson com p-value

< 0,005). Verifica-se que com a aplicação da MIAR os valores de risco recaem sobre níveis de

Médio e Alto, enquanto que com WTF recaem sobre os níveis inferiores, Baixo e Médio.

Conclui-se que a MIAR reduz a subjetividade do avaliador e quando comparada com o método

William T. Fine adota critérios de valoração mais conservadores.

Palavras-chave: avaliação de riscos, construção, segurança.

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

V

ABSTRACT

Risk prevention should be based on the correct and ongoing assessment of risks.

The construction sector, on which this work was developed, continues to record the highest number

of fatal accidents, highlighting the crucial need to correctly assess the risks and act towards their

elimination or mitigation. This work aims to adapt the standard model of the Integrated

Methodology for Risk Assessment (MIAR) to the sector in question with a view to reducing the

subjectivity of the evaluator.

This dissertation was prepared in six stages, following the guidelines of the Delphi method: i)

adaptation of the MIAR; ii) production of the risk assessment matrix, identifying the sub-activities

and their risks; iii) selection of the panel of specialists on safety; iv) application of the method by

the panel; v) analysis of the results; and vi) review of the methodology.

The analysis of the results was based on the application of hypothesis and correlation tests.

Pursuant to the MIAR, the intra and inter-rater results demonstrate that in 66% of the sample the

correlation is very strong and 26% show a strong correlation.

The risk assessments of the MIAR were compared with the risk assessment made in real work

contexts, according to the William T. Fine (WTF) method. Here, it was found that 5,9% of the

sample have a very strong relationship and 47,1% have a strong correlation (based on Pearson’s

correlation coefficient with p-value < 0.005). It was observed that, by applying the MIAR, the risk

values fall within the Medium and High levels, while the WTF method obtains lower values, Low

and Medium.

It is concluded that the MIAR reduces the subjectivity of the evaluator, and when compared to the

William T. Fine method endorses more conservative valuation criteria.

Keywords: risk assessment, construction, safety.

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

VII

INDICE

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

1.1 Descrição geral da atividade de escavação subterrânea ................................................... 4

1.2 Principais Riscos............................................................................................................... 5

2 ESTADO DA ARTE ................................................................................................................ 7

2.1 Panorama da avaliação de riscos ...................................................................................... 7

2.2 Enquadramento Legal e Normativo .................................................................................. 9

2.3 Conhecimento Científico ................................................................................................ 10

2.4 Metodologias de avaliação de riscos .............................................................................. 11

2.4.1 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (FMEA) ......................................................... 14

2.4.2 Online Interactive Risk Assessment (OIRA) ............................................................ 14

2.4.3 Optimal Risk Assessment (ORA) ............................................................................. 14

2.4.4 Quantitative Risk-Assessment (QRA) ...................................................................... 14

2.4.5 Matriz simples - Binário ............................................................................................ 15

2.4.6 Método William T. Fine ............................................................................................ 15

2.4.7 Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR) .................................................. 15

2.5 Objetivo da Dissertação .................................................................................................. 19

3 MÉTODO E MATERIAIS ..................................................................................................... 21

3.1 Método ............................................................................................................................ 21

3.1.1 Revisão bibliográfica ................................................................................................. 22

3.1.2 Descrição da atividade em estudo – caso prático ...................................................... 22

3.1.3 Adaptação da MIAR .................................................................................................. 26

3.1.4 Matriz de avaliação de riscos .................................................................................... 30

3.1.5 Aplicação da metodologia ......................................................................................... 31

3.1.6 Análise de resultados ................................................................................................. 31

3.1.7 Revisão da metodologia ............................................................................................ 31

3.2 Materiais ......................................................................................................................... 33

4 ANÁLISE DE RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 37

4.1 Análise dos resultados iniciais ........................................................................................ 37

4.2 Análise dos resultados iniciais sem o parâmetro “Custo” .............................................. 41

Page 10: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

4.3 Análise de resultados após a revisão da metodologia .................................................... 42

4.4 Análise dos dados inicias vs dados da revisão da MIAR ............................................... 45

4.5 Análise comparativa entre a MIAR e o método William T. Fine .................................. 46

5 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS .................................................................... 49

5.1 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 49

6 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 51

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

IX

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos .................................... 4

Figura 2 – Análise, avaliação e gestão do risco .............................................................................. 8

Figura 3 – Fluxograma do método de desenvolvimento do estudo ............................................... 21

Figura 4 – Laser instalado no hasteal do túnel, para alinhamento do braço do Jumbo ................. 22

Figura 5 – Apoio topográfico para a marcação da pega ................................................................ 22

Figura 6 – Fase de perfuração, com alguns dos furos já executados e outros em execução ......... 23

Figura 7 – Fase de ligação dos ligadores e programação dos detonadores eletrónicos ................ 23

Figura 8 – Ventilação da frente de trabalho após a detonação ...................................................... 24

Figura 9 – Carregamento do material escavado ............................................................................ 25

Figura 10 – Saneamento da abóbada do túnel ............................................................................... 25

Figura 11 – Projeção de betão com fibras metálicas ..................................................................... 26

Figura 12 – Varões swellex, armazenados no solo ....................................................................... 26

Figura 13 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração dos riscos ............. 40

Figura 14 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco .......................................... 40

Figura 15 – Representação gráfica da dispersão da valoração do risco sem o parâmetro “custo” 41

Figura 16 – Representação gráfica dos resultados, sem o parâmetro “custo”, por níveis de risco41

Figura 17 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração do risco ................ 43

Figura 18 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco .......................................... 43

Figura 19 – Análise gráfica da correlação interavaliadores segundo a MIAR .............................. 45

Figura 20 – Representação gráfica dos resultados da avaliação, WTF, por níveis de risco ......... 46

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

XI

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Principais riscos da atividade de escavação subterrânea com recurso a explosivos ..... 5

Tabela 2 – Resumo da pesquisa, base dados vs palavra-chave ..................................................... 10

Tabela 3 - Principais vantagens e limitações dos métodos qualitativos, quantitativos e

semiquantitativos ........................................................................................................................... 13

Tabela 4 – Metodologias de avaliação de riscos ........................................................................... 13

Tabela 5 - Parâmetros de avaliação para os riscos de segurança e higiene ocupacionais ............. 16

Tabela 6 - Parâmetros de avaliação de impactes ambientais ........................................................ 17

Tabela 7 – Índice de risco, pontuação ........................................................................................... 19

Tabela 8 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais, fase de planeamento ..................... 27

Tabela 9 – Parâmetros de valoração do risco ................................................................................ 29

Tabela 10 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais na fase de execução da atividade 29

Tabela 11 – Modelo do Plano e Registo de Monitorização e Prevenção de Riscos ..................... 30

Tabela 12 – Matriz de avaliação de riscos (excerto do ficheiro original) ..................................... 30

Tabela 13 – Parâmetro de “Priorização do risco” ......................................................................... 32

Tabela 14 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor” ................................... 37

Tabela 15 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Gravidade ......... 38

Tabela 16 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Extensão ........... 38

Tabela 17 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA - Extensão - Perfuração ................ 38

Tabela 18 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Preparação de cargas

explosivas ...................................................................................................................................... 38

Tabela 19 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Remoção de escombro

....................................................................................................................................................... 39

Tabela 20 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Betão projetado ..... 39

Tabela 21 – Resumo dos testes Kruskal – Wallis para o parâmetro “Extensão” .......................... 39

Tabela 22 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Custo ................ 40

Tabela 23 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor” ................................... 42

Tabela 24 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Extensão ............. 42

Tabela 25 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Priorização do custo

....................................................................................................................................................... 43

Page 14: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Tabela 26 – Matriz de correlação interavaliadores segundo a MIAR ........................................... 44

Tabela 27 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados iniciais ....................... 45

Tabela 28 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados de revisão .................. 45

Tabela 29 – Matriz de correlação de cada avaliação MIAR vs WTF ........................................... 47

Tabela 30 – Nível de significância (segundo pearson) de cada avaliação MIAR vs WTF ........... 47

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

XIII

GLOSSÁRIO/SIGLAS/ABREVIATURAS

ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho

CSO – Coordenação de segurança de obra

CSP – Coordenação de segurança em projeto

CVD – Critério de valoração da deficiência

INSHT - Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo

MIAR – Método integrado de avaliação de riscos

NP – Norma Portuguesa

OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series

PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses

PRMP – Plano e registo de monitorização e prevenção

RMP – Registo de monitorização e prevenção

VR - Valoração do risco

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

PARTE 1

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

da Silva, Andreia 3

1 INTRODUÇÃO

A construção é um setor singular face ao dinamismo das suas atividades, bem como, pela

amplitude dos Inputs e Outputs que lhe estão associados. Nos últimos anos, o investimento na

construção em Portugal tem vindo a sofrer um decréscimo, resultado da recessão económica

nacional e internacional. Em 2011 o setor da construção representava 12,9% das empresas em

Portugal com um efetivo de 11,9% pessoas, e em 2015, o setor compreendia 11,0% das empresas

(44 mil empresas), representando 9,0 % do número de pessoas ao serviço e 6,0% do volume de

negócios (Portugal, 2016).

O investimento diminuiu, mas a ocorrência de acidentes de trabalho mortais aumentou. Segundo

dados da Eurostat (Eurostat, 2014), a construção continua a ser o setor líder na ocorrência de

acidentes de trabalho mortais, e alcança também os lugares cimeiros em matéria de acidentes

graves.

Segundo Cabrito (2002) o povo português continua a justificar os seus atos e maleitas do trabalho

com o infortúnio, a falta de sorte e desígnios divinos. Esta forma de estar e pensar não abona a

favor da prevenção no trabalho.

À cultura pouco preventiva aliam-se outros fatores potenciadores de falhas de segurança e saúde

como: a desarticulação do planeamento da segurança vs processo construtivo, os curtos prazos de

execução da obra, a simultaneidade de atividades no mesmo local, o faseamento construtivo com

a intervenção de diferentes especialidades e intervenientes e um orçamento reduzido para a

prevenção de riscos (Dias, et al., 1996).

Os trabalhos na construção, de acordo a legislação, são considerados de risco elevado, em que os

trabalhadores estão frequentemente expostos a riscos especiais como: queda em altura,

atropelamento, soterramento, acrescendo a estes ritmos de trabalho intensivos e exposição a

condições climatéricas adversas. A prevenção dos riscos só é possível quando os perigos são

identificados e prevenidos a montante da execução da obra, e só assim faz sentido falar em

prevenção de riscos.

A avaliação de riscos, mais do que um requisito legal, previsto no artigo 5.º da Lei nº 3/2014 de

28 de Janeiro, “…constitui a base para uma gestão bem-sucedida da segurança e da saúde, sendo

um fator-chave para reduzir a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças profissionais. Se for

corretamente aplicada, poderá melhorar a segurança e a saúde no local de trabalho, bem como

o desempenho da empresa em geral.” (ACT, 2017).

Segundo Areosa (2010) a análise dos riscos é um processo parcial e subjetivo, dado que os

conhecimentos no momento da sua realização evoluem em função do tempo. Assim, não se poderá

afirmar com precisão se uma análise de riscos é fiável o suficiente.

No setor da construção, a avaliação dos riscos tem início na fase de conceção do projeto onde se

identificam os perigos e se colocam em prática os princípios gerais de prevenção preconizados no

regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e desenvolve-se na fase de

Page 20: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

4 Introdução

execução da obra com a avaliação de riscos adaptada ao processo construtivo e definição de

medidas preventivas especificas, conforme preconizado no Decreto-lei n.º 273/2003 de 29 de

Outubro.

Com este trabalho pretende-se aferir se o Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR) é uma

metodologia que reduz da subjetividade na avaliação de riscos. A análise será aplicada a um caso

prático de escavação subterrânea.

1.1 Descrição geral da atividade de escavação subterrânea

A escavação subterrânea caracteriza-se por uma sequência de operações que visam a escavação

com meios mecânicos e/ou explosivos, que respeita um faseamento construtivo cíclico, conforme

Figura 1.

Figura 1 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos

A sequência de escavação com recurso a explosivos é composta pelas seguintes operações:

[1] Marcação da pega

[2] Perfuração

[3] Carregamento dos furos

[4] Detonação dos furos

[5] Ventilação da zona escavada

[6] Remoção de escombro para vazadouro

[7] Saneamento

[8] Suporte primário

Page 21: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 5

A escavação de um túnel, para fins rodoviários, hidráulicos, ou outro, pode ser realizada em seção

total ou faseada e durante a sua execução é previsível o atravessamento de diversos tipos de

zonamento geológico-geotécnico o que torna variável o avanço da pega de fogo e o revestimento

primário do túnel.

A perfuração dos furos que compõe a pega de fogo é realizada com recurso a equipamento

automotor, jumbo. No final da perfuração de todos os furos procede-se ao carregamento dos

mesmos com explosivos, em que esta atividade é executada por equipas especializadas cujos

trabalhadores possuem cédula de operador de substâncias explosivas.

Após o desmonte com explosivos procede-se à ventilação da zona dos trabalhos e posteriormente

à remoção do escombro. Assim que o escombro é removido dá-se início aos trabalhos de

revestimento primário que garantem a segurança necessária para se efetuar mais um ciclo de

operações.

1.2 Principais Riscos

Os trabalhos de escavação subterrânea com recurso a explosivos são considerados trabalhos de

risco elevado e risco especial, segundo o artigo 79.º da Lei n.º 3/2014 e artigo 7.º do Decreto-Lei

n.º 273/2003, respetivamente.

Na Tabela 1, são elencados os principais riscos da atividade de escavação com recurso a explosivos

tendo por base a informação proveniente da experiência adquirida por vários Técnicos de

Segurança, dados do histórico de algumas empresas do setor e guias técnicos. (Couto, et al., 2016)

(OSALAN, 2012) , (International Tunnelling and Underground Space Association - ITA, 2011).

Tabela 1 – Principais riscos da atividade de escavação subterrânea com recurso a explosivos

Risco / Amplitude do dano Potenciais causas de acidentes / doença profissional

Asfixia Ventilação deficiente da frente de trabalho, falta de catalisador nas máquinas

(filtro dos gases de escape)

Atropelamento

Falta de delimitação / sinalização de caminhos de circulação para peões e

equipamentos distintos, desrespeito dos caminhos de circulação, excesso de

velocidade, deficiente manutenção de equipamentos, falta de limpeza de

caminhos de circulação, inclinação dos acessos.

Capotamento Deficiente manutenção de equipamentos, falta de limpeza de caminhos de

circulação, inclinação dos acessos

Cortes, pancadas Falta ou má utilização de equipamento de proteção individual

Eletrização

Falha na ligação à terra do quadro elétrico, falta/ falha do disjuntor diferencial

de alta sensibilidade, cabos elétricos deteriorados, alimentação elétrica em

contato com água

Page 22: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

6 Introdução

Risco / Amplitude do dano Potenciais causas de acidentes / doença profissional

Esmagamento por ou entre

objetos / equipamentos

Má utilização de equipamentos e meios auxiliares, desrespeito pelo raio de

ação de equipamentos em laboração, desarticulação entre trabalhadores

Explosão intempestiva

Transporte de explosivos e acessórios de tiro no mesmo habitáculo

(detonadores, ligadores e explosivos), falta de formação dos operadores de

explosivos, utilização de telemóveis na proximidade da pega de fogo

Incêndio

Manutenção deficiente dos equipamentos, utilização de chamas vivas /

produção de faíscas na proximidade de materiais inflamáveis, meios de

combate a incêndio escassos / deficientes

Poeiras Falta de rega dos caminhos de circulação, humidificação da frente de

escavação, falta ou má utilização de equipamento de proteção individual

Projeção de fragmentos /

partículas

Violação das distâncias de segurança estabelecidas, falta ou má utilização de

equipamento de proteção individual

Queda ao mesmo nível Circulação em terrenos irregulares, condições meteorológicas adversas, falta

de limpeza, deficiente iluminação

Queda de objetos, material Utilização de acessórios de elevação inadequados e/ou em mau estado de

conservação, pontos de amarração deficientes

Queda em altura (> 2 m) Má utilização de equipamentos e meios auxiliares, falta ou má utilização de

equipamento de proteção individual anti-queda

Ruído Falta ou má utilização de equipamento de proteção individual, manutenção

deficiente de equipamentos

Sobre esforços

Movimentação manual de cargas com peso> 25Kg, zonas de movimentação

de cargas de acesso difícil (exemplo disso é a colocação dos varões de swellex

na abóbada devido à inclinação dos furos)

Soterramento Caraterísticas geológico - geotécnicas, falha no revestimento primário.

Page 23: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

da Silva, Andreia 7

2 ESTADO DA ARTE

2.1 Panorama da avaliação de riscos

A análise de riscos constitui a primeira abordagem de um problema de segurança no trabalho

(Miguel, 2014).

A avaliação de riscos é uma análise sistemática de todos os aspetos do trabalho, que identifica:

aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos, a possibilidade de os perigos serem eliminados

e, se tal não for o caso, as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir

(OSHA, 2009).

A NP 4397:2008 define os seguintes conceitos de perigo e risco:

Perigo – fonte, situação ou ato com potencial para o dano em termos de lesão ou afeção da

saúde, ou uma combinação destas.

Risco – combinação da probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou de exposição

(ões) perigosos e da gravidade de lesões ou afeções da saúde que possam ser causadas pelo

acontecimento ou pela exposição (ões).

Existem várias técnicas de análise de risco e vários métodos de avaliação do risco, uns generalistas

e outros mais específicos, a escolha de cada método deverá estar adequada à atividade em análise

e em função das características que estão inerentes (Fesete, 2010)

A avaliação do risco, independentemente do método, segue um faseamento que se pode enumerar

como:

Identificação dos perigos e trabalhadores expostos ao risco;

Avaliação e hierarquização dos riscos;

Definição das medidas de prevenção;

Implementação das medidas preventivas;

Acompanhamento e revisão, quando necessário.

Na Figura 2, é representado o modelo de faseamento da Gestão de Risco, versão adaptada (Roxo,

2003). Segundo este modelo, a avaliação de riscos pode-se dividir em duas fases: análise de risco

(processo qualitativo) e avaliação do risco (processo quantitativo).

Page 24: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

8 Objetivos e metodologia

Figura 2 – Análise, avaliação e gestão do risco

A análise do risco visa conhecer os fatores do sistema de trabalho Homem/Máquina/Ambiente

(Miguel, 2014). A identificação dos perigos pretende conhecer as situações com potencial dano

para o trabalhador, para tal é necessário um conhecimento aprofundado do projeto e processo

construtivo com envolvimento da equipa técnica que o desenvolve, analisar a simultaneidade de

atividades e condicionalismos locais, perceber o modo operando dos equipamentos e suas

limitações, bem como, o modo de emprego de materiais e respetivas fichas de dados de segurança.

A identificação dos trabalhadores reveste-se de grande importância pela visão do dano que pode

assumir, sendo quantificado através do parâmetro Gravidade e pelo tempo de Exposição ao risco.

A identificação deve ser, tanto quanto possível, ampla no sentido de abranger também os

trabalhadores que não estando diretamente expostos ao risco se encontram na zona envolvente.

A terceira etapa da análise do risco consiste na sua hierarquização, assumida por muitos autores,

como sendo o produto da Probabilidade pela Gravidade (Douglas, 1992). A probabilidade está,

normalmente, associada ao histórico de ocorrências e a gravidade aliada ao dano humano e/ou

material. A análise do risco visa definir uma escala de priorização de atuação para minimizar os

riscos que não podem ser evitados e pode ser quantificada ou qualificada antes do planeamento

das medidas de prevenção e após a sua definição.

A avaliação do risco é um processo de comparação entre o valor obtido na fase de análise de

riscos e os resultados práticos da implementação das medidas de prevenção, tendo por base as

referências estabelecidas como aceitáveis (Roxo, 2003). O risco é aceitável quando reduzido a um

nível que se considera tolerável segundo os requisitos legais ou internos da organização, NP

4397:2008.

Identificação dos Perigos

Identifcação dos trabalhadores expostos

Estimativa do Risco

Valoração do Risco

Controlo do Risco

An

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o R

isco

Av

ali

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co

Page 25: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 9

A fase de controlo do risco surge quando o risco se considera como inaceitável, sendo necessário

intervir corretivamente para a sua minimização, enquadra-se no contexto de uma melhoria

contínua e de aperfeiçoamento da gestão do risco.

2.2 Enquadramento Legal e Normativo

A avaliação de riscos é um requisito legal preconizado no Regime Jurídico da Promoção da

Segurança e Saúde no Trabalho, artigo 5.º, ponto 3, da Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro, que refere

“A prevenção dos riscos profissionais deve assentar numa correta e permanente avaliação de

riscos …”.

O Contrato Coletivo de Trabalho aplicável à construção civil, Publicado no Boletim do Trabalho

e Emprego nº 30 de 15 de agosto de 2016, refere que o empregador tem de organizar os serviços

de segurança e saúde no trabalho e através destes deve tomar as medidas necessárias para a

prevenção dos riscos, nomeadamente a “Identificação, avaliação e controlo, com o consequente

registo, dos riscos para a segurança e saúde nos locais de trabalho incluindo dos riscos

resultantes da exposição a agentes químicos, físicos e biológicos.”,

refere ainda que:

“Os trabalhos têm de decorrer em condições de segurança adequadas, devendo as situações de

risco ser avaliadas, durante as fases de projeto e planeamento, tendo em vista a integração de

medidas de prevenção, por forma a otimizar os índices de segurança nas fases de execução e

exploração.”;

Os riscos remanescentes das medidas implementadas de acordo com o número anterior, devem

ser avaliados e consequentemente adotadas as medidas adequadas para prevenir tais riscos.”.

Nas atividades desenvolvidas em estaleiros temporários ou móveis, prevê o Decreto-Lei n.º

273/2003, que “A entidade executante deve: a) Avaliar os riscos associados à execução da obra

e definir as medidas de prevenção adequadas…”. Este diploma define a estrutura do Plano de

Segurança e Saúde da empreitada, cujo desenvolvimento deve conter, entre outros elementos, a

“Avaliação e hierarquização dos riscos reportados ao processo construtivo, abordado operação

a operação de acordo com o cronograma, com a previsão dos riscos correspondentes a cada uma

por referência à sua origem, e das adequadas técnicas de prevenção que devem ser objeto de

representação gráfica sempre que se afigure necessário.”

No âmbito normativo destacam-se os seguintes referenciais:

NP ISO 31000: 2012 – Gestão do risco – princípios e linhas de orientação;

OHSAS 18001:2007 – Sistemas da segurança e saúde no trabalho – requisitos.

NP 4397:2008 - Sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho – requisitos.

Page 26: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

10 Objetivos e metodologia

Em suma, os requisitos legais e normativos definem que os riscos devem ser hierarquizados, o

que pressupõe a utilização de uma escala quantitativa com vista à priorização do risco, quanto

ao controlo dos riscos refere-se a necessidade de os identificar e registar, estando implícito a

necessidade de gerar uma evidência do plano de medidas e inspeção às condições do trabalho.

2.3 Conhecimento Científico

A revisão bibliográfica foi realizada com base na metodologia PRISMA Statement (Preferred

Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), (Moher D, 2009). Esta metodologia

define um conjunto de parâmetros a respeitar para realizar as revisões sistemáticas e meta-análises.

A pesquisa bibliográfica foi realizada com o objetivo de identificar metodologias de avaliação de

riscos aplicadas ao setor da construção, com vista à apreensão de conhecimento que potencie a

adequabilidade do método de avaliação de riscos desenvolvido por (Antunes, et al., 2010)

“Metodologia Integrada de Avaliação de Ricos – MIAR” à construção.

O processo de pesquisa realizou-se em três bases de dados online: SCOPUS, SCIENCE DIRECT

e ACADEMIC SEARCH COMPLET. A pesquisa nas bases de dados foram realizadas com três

conjuntos de palavras: i) “risk evaluation” and “safety” and “construction”; ii) “risk assessment"

and “safety” and “construction”; iii) "hazard identification" and “safety” and “construction”. Os

artigos encontrados, 1.549, foram registados numa base de dados, e sobre esta foram utilizados

critérios de exclusão, com uma sequência definida, sendo eles: a data, o tipo de artigo, a língua, os

artigos repetidos. No critério data foram aceites os artigos desde 2012 até ao momento, no tipo de

artigo selecionaram-se os artigos científicos e revisões bibliográficas, quanto à língua foram

aceites apenas os artigos escritos em Inglês. Após esta seleção verificaram-se os artigos que

estavam fora de tema, que correspondem a artigos que embora contendo as palavras-chaves, o

resumo não corresponde ao tema em análise. Aplicaram-se também critérios de inclusão e

exclusão, e no final obtiveram-se alguns artigos incluídos na síntese quantitativa.

Tabela 2 – Resumo da pesquisa, base dados vs palavra-chave

Base de dados / n.º artigos selecionados

Scopus Science Direct Academic

Search Complet

Pa

lav

ras

cha

ve

risk evaluation AND safety AND construction 127 449 76

risk assessment AND safety AND construction 270 358 97

hazard identification AND safety AND construction 28 139 5

TOTAL 425 946 178

Page 27: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 11

A pesquisa bibliográfica permitiu a identificação de diferentes metodologias de avaliação de

riscos, algumas das quais se descrevem no ponto seguinte.

2.4 Metodologias de avaliação de riscos

Não existem regras fixas sobre como a avaliação de riscos deve ser efetuada, mas a Comissão

Europeia (Europeia, 1996) propõe dois princípios a considerar numa avaliação:

Estruturar a operação, de modo a que sejam abordados todos os perigos e riscos relevantes;

Identificar o risco, de modo a equacionar se o mesmo pode ser eliminado.

Segundo esta organização, independentemente da metodologia que se visa implementar, existe um

conjunto de critérios a integrar, nomeadamente:

Observação do meio circundantes do local de trabalho;

Identificação de atividades realizadas no local de trabalho;

Consideração dos trabalhos realizados no local de trabalho;

Observação de trabalhos em progresso;

Consideração de padrões de trabalho;

Consideração de fatores externos que podem afetar o local de trabalho;

Revisão de fatores psicológicos, sociais e físicos que podem contribuir para a ocorrência

de stress no trabalho.

Existem diversas metodologias de avaliações de riscos, Khan (2015) identificou mais de 150

métodos e Tixier (2002) registou 62, cuja aplicabilidade pode variar em função da complexidade

do método e do setor em análise.

Tixier (2002) e Romero (2004) dividem as valorações de riscos em dois grupos: quantitativos e

qualitativos.

As metodologias quantitativas baseiam-se na frequência da ocorrência e gravidade de forma

quantificada, que se traduzem em resultados concretos (Cabral, et al., 2007).

Os métodos quantitativos propõe-se obter uma estimativa numérica da magnitude do risco, em que

a frequência utiliza técnicas sofisticadas de cálculo, bases de dados ou exames laboratoriais. Para

quantificar a gravidade recorre-se a modelos matemáticos de consequências para simular o campo

de ação de uma agente e sua capacidade agressiva (Roxo, 2003).

Segundo Romero (2004) estes métodos são complexos e requerem a adequação de recursos

humanos e materiais, sendo mais profícuos em situações de risco elevado como é o caso da

indústria química ou nuclear.

Page 28: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

12 Objetivos e metodologia

As metodologias qualitativas consistem em análises sistemáticas dos postos de trabalho com vista

à identificação de situações com potencial perigosidade e à forma de prevenir a sua ocorrência

(Cabral, et al., 2007).

É um método de aplicação simples, não carece de uma identificação exata das consequências ou

valores concretos, contudo isso confere-lhes alguma subjetiva, estando fortemente dependentes

dos conhecimentos e assertividade dos avaliadores.

É um método sustentado por gráficos e digramas de fluxo com representação de resultados não

numéricos (Khan, et al., 2015).

Marhavilas (2011) identificou um conjunto de técnicas que estão na base da avaliação qualitativa:

Listas de verificação;

Análises “What if”;

Auditorias de segurança;

Análise de tarefas;

Técnica “Sequentially Timed Event Plotting (STEP)”

Hazop.

É um método utilizado para avaliar situações simples em que os perigos são facilmente

observáveis, não carece de uma identificação exata das consequências.

Um terceiro grupo de valoração dos riscos, métodos semi-quantitativos, é identificado por Khan,

(2015) e Marhavilas (2011). Estes são utilizados quando a avaliação qualitativa não é suficiente e

a complexidade da avaliação qualitativa é desmesurada. Neste método a magnitude do risco resulta

do produto da frequência pela gravidade podendo-se incrementar o fator Extensão sempre a

dimensão do impacto é superior a uma pessoa. Estes parâmetros apresentam uma relação ordinal

entre os vários níveis.

As avaliações semiquantitativas são ferramentas habitualmente utilizadas para dar cumprimento

aos requisitos legais, uma vez que são métodos de aplicação mais simples, tendo a devida atenção

à lacuna existente na validação dos resultados das suas aplicações. Carvalho (2011) é da opinião

que se deve comparar resultados de diferentes métodos de avaliação de risco com o intuito de

garantir a fiabilidade das mesmas.

Na Tabela 3 apresenta-se um breve resumo das principais vantagens e limitações destes métodos.

Page 29: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 13

Tabela 3 - Principais vantagens e limitações dos métodos qualitativos, quantitativos e semiquantitativos

Fonte: Adaptado de Carvalho, (2013)

Método Vantagens Limitações

Qualitativo

Métodos simples, que não requerem

quantificação;

Não requerem identificação exata das

consequências;

Tornam exequível o envolvimento dos

diferentes elementos da organização.

São subjetivos por natureza;

Dependem muito da experiência dos

avaliadores;

Não permitem efetuar análises

Custo/Benefício.

Quantitativo

Apresentam resultados concretos

(mensuráveis);

Permitem a análise do efeito da

implementação de medidas de controlo de

risco;

Possibilitam a análise Custo/Benefício;

Assumem linguagem objetiva (facilitando a

sensibilização da administração).

Apresentam complexidade e morosidade de

cálculos;

Necessitam de metodologias estruturadas

necessitam de dispor de base de dados

experimentais ou históricos de adequada

fiabilidade e representatividade;

São bastante onerosos requerem recursos

humanos experientes e com formação

adequada;

Requerem elevada quantidade e tipo de

informação;

Revelam dificuldade na valoração quantitativa

do peso da falha humana (erro de decisão, de

comunicação, entre outros).

Semi-

quantitativo

Métodos relativamente simples;

Identificam as prioridades de intervenção

através da identificação dos principais

riscos;

Sensibilizam os diferentes elementos da

organização.

Apresentam subjetividade associada aos

descritores utilizados nas escalas de

avaliação;

São fortemente dependentes da experiência

dos avaliadores.

Após a breve explicação dos três grupos de valoração dos riscos, na Tabela 4 elencam-se alguns

dos métodos de avaliação de riscos utilizados.

Tabela 4 – Metodologias de avaliação de riscos

Métodos qualitativos Métodos quantitativos Métodos semi-quantitativos

Análise de Modo de Falhas e Efeitos Optimal Risk Assessment Matriz simples - Binário

Online Interactive Risk Assessment Hazop William T. Fine

Método integrado de avaliação de riscos

Page 30: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

14 Objetivos e metodologia

2.4.1 Análise de Modo de Falhas e Efeitos (FMEA)

Este método analisa de forma indutiva e em geral equipamentos, como é o caso de válvulas de

controlo, bombas hidráulicas, etc., é muito aplicado na indústria nuclear com o objetivo de

determinar as consequências dos diferentes modos possíveis de falhas.

É um método eficiente em indústria, que requer a um conhecimento aprofundado sobre as

componentes do equipamento, mas não tem em consideração combinações de falhas que podem

originar acidentes graves (Romero, 2004).

2.4.2 Online Interactive Risk Assessment (OIRA)

Para ajudar as micro e pequenas empresas a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no

Trabalho (EU-OSHA), criou um instrumento interativo OIRA para avaliação de riscos, que é uma

aplicação gratuita da Web e de utilização simples. Este método baseia-se num questionário sobre

as condições do trabalho tendo por base requisitos legais (EU-OSHA).

Os questionários são adaptados em função do setor de análise e são atualizadas em função das

alterações legais.

O plano de ação/relatório resultante do inquérito não trata aprofundadamente as irregularidades e

medidas de prevenção ao nível do sistema de gestão da segurança. No caso do setor da construção

em Portugal, ainda não está disponível uma avaliação de acordo com a legislação nacional.

2.4.3 Optimal Risk Assessment (ORA)

A metodologia ORA envolve quatro etapas principais: 1) identificação de perigo, 2) avaliação de

risco, 3) análise de consequências e 4) estimativa de risco. Cada passo usa técnicas e ferramentas

únicas, é um método utilizado na análise de risco no setor químico (Khan, et al., 2015).

2.4.4 Quantitative Risk-Assessment (QRA)

O método QRA é um software desenvolvido para a avaliação da segurança externa das instalações

industriais com risco de explosão. A ferramenta é uma combinação de sub modelos, em que o risco

individual é definido como a probabilidade da exposição ser letal para uma pessoa não protegida

na proximidade da fonte perigosa. O risco social é avaliado pelo tamanho da instalação industrial

e das propriedades construtivas. Os cenários de explosão relevantes são determinados, em conjunto

Page 31: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 15

com a sua frequência de ocorrência. A ferramenta QRA permite definir quatro tipos de objetos: as

pessoas desprotegidas, carros, casas nacionais e de edifícios, cada um com seu próprio nível de

proteção contra os diferentes efeitos da explosão (Marhavilas, et al., 2011).

2.4.5 Matriz simples - Binário

O INSHT (Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo) propõe a adoção da

metodologia de matriz simplificada através de dois parâmetros: Severidade e Probabilidade

(INSHT), que se subdividem em três níveis cada e cujo produto pode variar entre cinco valorações:

i) risco trivial, ii) risco tolerável, iii) risco moderado, iv) risco importante e v) risco intolerável.

Este método é simples e rápido de aplicar, contudo, o parâmetro “probabilidade” não é claramente

definido podendo originar várias interpretações em função da experiência do avaliador.

Segundo Aquilles (2014) uma das limitações deste método é não contemplar a exposição do

trabalhador ao risco.

2.4.6 Método William T. Fine

O método William T. Fine, surge como um modelo de avaliação matemático constituído por três

parâmetros: Consequência, Exposição e Probabilidade. Cada parâmetro encontra-se subdividido

em cinco ou seis níveis, sendo o produto deste passível de cinco resultados: i) risco aceitável, ii)

risco possível, iii) risco notável, iv) risco alto, v) risco muito alto.

Este método tem uma utilização setorial muito abrangente e na área da construção civil, em

Portugal, é frequentemente utilizado. O parâmetro “Consequência” associado ao fator monetário

acarreta alguma dificuldade de decisão, pelo desconhecimento mensurável do possível acidente /

incidente, o que pode ser ainda mais gravoso no caso de avaliadores pouco experientes.

Relativamente à “Frequência” é bastante detalhado, enquanto que os extremos da escala da

“Probabilidade” são subjetivos, como exemplo ”Is the most likely and expected result if the

hazard-event takes place.” estando implícito o fator histórico associado à ocorrência (Sousa,

2015).

2.4.7 Método Integrado de Avaliação de Riscos (MIAR)

A MIAR tem por base a abordagem por processos NP EN ISO 9001:2000 e visa integrar os

impactes ambientais e ocupacionais. A sua aplicabilidade foi pensada, sobretudo, para as pequenas

e médias empresas por forma a permitir uma rápida identificação de impactes ambientais e riscos

ocupacionais de forma associada.

Page 32: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

16 Objetivos e metodologia

Este método assenta em cinco parâmetros:

1. gravidade do aspeto;

2. extensão do impacte;

3. exposição / frequência de ocorrência do aspeto;

4. desempenho dos sistemas de prevenção e controlo;

5. custos e complexidade técnica das medidas de prevenção / correção do aspeto.

Estes parâmetros são subdivididos, conforme se identifica na Tabela 5 e Tabela 6.

Tabela 5 - Parâmetros de avaliação para os riscos de segurança e higiene ocupacionais

Fonte: Antunes, (2010)

Parâmetros

de avaliação

Tipo de

aspecto Descrição Valor

1. Gravidade

do Aspeto - G

Todos os

aspectos

- Substâncias explosivas, oxidantes, muito Tóxicas (T+), Cancerígenas e com efeitos na

reprodução.

- Substâncias associadas às frases de risco: R1 a R9, R14, R16, R18, R19, R26 a R28,

R32, R33, R39, R45 a R49, R60 a R64, R26/27, R26/28, R26/27/28, R27/28, R39/26,

R37/27, R39/28, R39/26/27, R39/26/28, R39/27/28, R39/26/27/28. - Excede em mais de

250% o valor limite aplicável / valores de referência. - Aspectos que podem causar morte

ou lesão com incapacidade permanente absoluta.

10

- Substâncias Extremamente inflamáveis, Tóxicas (T), sensibilizantes e corrosivas.

- Substâncias com identificação de risco: R12, R15, R23, R24, R25, R29, R31, R34, R35,

R40, R41, R42, R43, R14/15, R15/29, R23/24, R23/25, R23/24/25, R24/25, R39/23,

R39/24, R39/25, R39/23/24, R39/23/25, R39/24/25, R39/23/24/25, R42/43, R48/23,

R48/24, R48/25, R48/23/24, R48/23/25, R48/24/25, R48/23/24/25. - Entre 151% e 250%

do valor limite aplicável / valores de referência.

- Aspectos que podem causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta ou

permanente parcial, mas de pequena percentagem;

5

- Substâncias facilmente inflamáveis e Nocivas (Xn). - Substâncias com identificação de

risco R11, R17, R20, R21, R22, R65, R20/21, R20/22, R20/21/22, R21/22, R48/20,

R48/21, R48/22, R48/20/21, R48/20/22, R48/21/22, R48/20/21/22, R68/20, R68/21,

R68/22, R68/20/21, R68/20/22, R68/21/22, R68/20/21/22. - Entre 101% e 150% do valor

limite aplicável / valores de referência.

- Aspectos causadores de lesões menores com incapacidade temporária parcial mas de

baixa gravidade;

3

- Substâncias inflamáveis. - Substâncias Irritantes (Xi) ou produtos sem identificação de

risco mas com limites aplicáveis (entre 51 % até 100% do valor limite aplicável). -

Substâncias com identificação de risco R10, R36, R37, R38, R66 a R68, R36/37,

R36/37/38, R37/38. - Aspectos que podem causar lesões pequenas sem qualquer tipo de

incapacidade;

2

- Substâncias que não apresentam perigosidade. - Até 50% do valor limite aplicável /

valores de referência. - Aspectos que não causam lesões. 1

2. Extensão

do Impacte -

E

Aplicável a

todos os

aspectos

Aspecto cuja extensão atinge mais do que 80% dos trabalhadores afectos a esse processo. 4

Aspecto cuja extensão atinge entre 51 a 80% dos trabalhadores afectos a esse processo. 3

Aspecto cuja extensão atinge entre 11 a 50% dos trabalhadores afectos a esse processo. 2

Aspecto cuja extensão atinge até 10 % dos trabalhadores afectos a esse processo. 1

Page 33: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 17

Parâmetros

de avaliação

Tipo de

aspecto Descrição Valor

3. Exposição/

frequência de

ocorrência do

aspeto - EF

Aplicável a

todos os

aspectos

Ocorrência contínua ou c/ periodicidade alta, correspondente às condições normais de

operação (N). 3

Ocorrência periódica – operação de arranque, paragem, ou condições de operação

anormais (P). 2

Ocorrência reduzida – correspondente a situações de emergência, acidentais ou pontuais

(A). 1

4.

Desempenho

dos sistemas

de prevenção

e controlo -

PC

Aplicável a

todos os

aspectos

Não existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado. 5

Existe um sistema de controlo implementado mas sem evidências da sua adequada

funcionalidade. 4

Não existe um sistema de prevenção mas sim um sistema de controlo implementado que

é funcional. 3

Existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado mas não existem evidências

objectivas da sua adequada funcionalidade. 2

Há um sistema de Prevenção e Controlo implementado e evidências da sua adequada

funcionalidade. 1

5. Custos e

complexidade

técnica de

prevenção e

correção dos

aspecto - C

Aplicável a

todos os

aspectos

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnica reduzidas. 3

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnica médias. 2

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade técnicas elevadas. 1

Tabela 6 - Parâmetros de avaliação de impactes ambientais

Fonte: Antunes, (2010)

Parâmetros

de avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor

1. Gravidade

do Aspeto /

Quantificação

do aspecto

- G

Uso de recursos naturais e

energéticos.

- Resíduos.

- Uso de Substâncias.

- Efluentes líquidos sem

limites legais.

- Aspectos que afectem o

conforto humano, a

morfologia e a paisagem,

instalações e propriedades

Muito elevado (com base em valores de referência para a actividade). 5

Elevado (com base em valores de referência para a actividade). 3

Médio (com base em valores de referência para a actividade). 2

Reduzido (com base em valores de referência para a actividade). 1

- Emissões atmosféricas.

- Efluentes líquidos.

Excede em mais de 250% o valor limite aplicável. 10

Entre 151% e 250% do valor limite aplicável. 5

Entre 101% e 150% do valor limite aplicável 3

Entre 51% e 100% do valor limite aplicável. 2

Até 50% do valor limite aplicável. 1

- Ruído ambiente

Excede em mais de 250% o Lden e do Ln. 10

Entre 151% e 250% do Lden e do Ln. 5

Entre 101% e 150% do Lden 3

Entre 51% a 100% do Lden e do Ln. 2

Até 50% do Lden e do Ln. 1

Page 34: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

18 Objetivos e metodologia

Parâmetros de

avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor

2.Perigosidade do

aspecto

(a considerar nos

casos em que a

avaliação da

quantificação é

realizada de forma

individual) - G

- Uso de substâncias

- Resíduos

- Substâncias explosivas e oxidantes. Substâncias muito Tóxicas

(T+), Cancerígenas e com efeitos na reprodução. - Substâncias

associadas às frases de risco: R1 a R9, R14, R16, R18, R19, R26 a

R28, R32, R33, R39, R45 a R49, R50, R59, R60 a R64, R26/27,

R26/28, R26/27/28, R27/28, R39/26, R37/27, R39/28, R39/26/27,

R39/26/28, R39/27/28, R39/26/27/28, R50/53.

- Resíduos perigosos não valorizados.

5

- Substâncias Extremamente inflamáveis. Substâncias Tóxicas (T),

sensibilizantes e corrosivas.

- Substâncias com identificação de risco: R12, R15, R23, R24, R25,

R29, R31, R34, R35, R40, R41, R42, R43, R51, R54 a R57, R14/15,

R15/29, R23/24, R23/25, R23/24/25, R24/25, R39/23, R39/24,

R39/25, R39/23/24, R39/23/25, R39/24/25, R39/23/24/25, R42/43,

R48/23, R48/24, R48/25, R48/23/24, R48/23/25, R48/24/25,

R48/23/24/25, R51/53. - Resíduos perigosos valorizados.

4

- Substâncias facilmente inflamáveis. Substâncias Nocivas (Xn); -

Substâncias com identificação de risco: R11, R17, R20, R21, R22,

R52, R65, R20/21, R20/22, R20/21/22, R21/22, R48/20, R48/21,

R48/22, R48/20/21, R48/20/22, R48/21/22, R48/20/21/22, R68/20,

R68/21, R68/22, R68/20/21, R68/20/22, R68/21/22, R68/20/21/22,

R52/53. - Resíduos não perigosos mas não valorizados.

3

- Substâncias inflamáveis. Substâncias Irritantes (Xi). - Substâncias

com identificação de risco: R10, R36,R37,R38,R53,R58,R66 a

R68,R36/37, R36/37/38,R37/38. - Resíduos não perigosos

valorizados.

2

- Substâncias que não apresentam perigosidade.

- Subprodutos vendável ou com aproveitamento interno. 1

- Uso de recursos naturais e

energéticos

Recursos escassos e não renováveis/combustíveis com taxas de

emissões de CO2 > 75 Kg/GJ (CO2). 5

Recursos escassos e não renováveis / combustíveis com taxas de

emissão 65<CO2<75 Kg/GJ (CO2) 3

Recursos não renováveis / combustíveis com taxas de emissão de

CO2 < 65 Kg/GJ (CO2) 2

Recursos Renováveis 1

3. Extensão do

Impacte - E

Aplicável a todos os aspectos

Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica extensa

e de carácter irreversível. 4

Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica local e

de carácter irreversível. 3

Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica extensa

com possibilidade de reversibilidade dos seus efeitos. 2

Aspecto que pode causar impactes com dispersão geográfica local e

com possibilidade de reversibilidade dos seus efeitos. 1

4. Exposição/

frequência de

ocorrência do

aspeto - EF

Aplicável a todos os aspectos

Ocorrência contínua ou com periodicidade elevada, correspondente

às condições normais de operação (N). 3

Ocorrência descontínua – operação de arranque, paragem ou

condições de operação anormais (P). 2

Ocorrência reduzida – correspondente a situações de emergência,

acidentais ou pontuais (A). 1

5.

Desempenho dos

sistemas de

prevenção e

controlo - PC

Aplicável a todos os aspectos

Não existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado. 5

Existe um sistema de controlo implementado mas sem evidências da

sua adequada funcionalidade. 4

Não existe um sistema de prevenção mas sim um sistema de controlo

implementado que é funcional. 3

Existe um sistema de Prevenção e Controlo implementado mas não

existem evidências objectivas da sua adequada funcionalidade. 2

Há um sistema de Prevenção e Controlo implementado e evidências

da sua adequada funcionalidade. 1

Page 35: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 19

Parâmetros de

avaliação Tipo de aspecto Descrição Valor

6. Custos e

complexidade

técnica de

prevenção e

correção dos

aspecto - C

Aplicável a todos os aspectos

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade

técnica reduzidas. 3

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade

técnica médias. 2

Metodologia de prevenção/correcção com custo e complexidade

técnicas elevadas. 1

O índice de risco é obtido pelo produto dos cinco parâmetros, IR= G x E x EF x PC x C e divide-

se em quatro níveis, Tabela 7.

Índice do risco (IR) Pontuação

Baixo ≤ 90

Médio 910-250

Elevado 251 - 500

Muito Elevado 501 - 1800

Tabela 7 – Índice de risco, pontuação

A MIAR foi implementada e analisada por diferentes autores em diferentes setores de atividade,

destacando-se:

Sousa (2015) refere que os parâmetros concretos de: frequência, exposição e extensão do

impacte, permitem reduzir a subjetividade do avaliador.

De acordo com Botelho (2015) a exclusão do parâmetro “Custo” na MIAR permite

resultados mais adequados ao setor de tratamento de resíduos, isto quando comparado com

o método de avaliação de riscos William T. Fine.

Segundo Guimarães (2016), a MIAR, dada a flexibilidade de adaptação dos parâmetros ao

contexto do setor em análise, quando comparada com outros métodos de avaliação de

riscos, diminui a subjetividade. Ressalta também, que esta metodologia carece de mais

avaliações e com amostras de maior dimensão.

2.5 Objetivo da Dissertação

A avaliação de riscos, no setor da construção, é realizada de forma permanente tendo em conta a

dinâmica das atividades preconizadas no plano de trabalhos, o que por diversas vezes obriga à

coexistência de diferentes técnicos da segurança para assegurar a Gestão do Risco (Figura 2).

Face ao exposto anteriormente, e tendo por base que a subjetividade da avaliação dos riscos recai

sobre dois eixos: o fator humano (técnico avaliador) e o método de avaliação, e sabendo que o

primeiro não conseguimos controlar, coloca-se a questão:

Page 36: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

20 Objetivos e metodologia

“É possível adaptar a Metodologia Integrada de Avaliação de Riscos ao setor da construção com

vista à redução da subjetividade, garantindo a fiabilidade e reprodutibilidade do método?”

No sentido de responder ao objetivo geral de adaptar a MIAR à construção apresentam-se uma

série de objetivos específicos:

Identificar os perigos / possíveis danos passiveis de estarem presentes nas atividades:

perfuração, preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos detonadores,

remoção de escombro e aplicação de betão projetado.

Perceber se o nível de risco obtido entre os avaliadores é idêntico;

Perceber se o nível de risco obtido com a MIAR quando comparado com o método de

William T. Fine é equivalente.

Page 37: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção civil

da Silva, Andreia 21

3 MÉTODO E MATERIAIS

3.1 Método

A metodologia integrada de avaliação de riscos (MIAR) foi desenvolvida por Antunes (2010) e

adota os princípios da “Abordagem por processos” estabelecida na NP EN ISO 9001:2000. Desde

então, a MIAR tem sido aplicada em diferentes atividades, desde a indústria química, extrativa

passando pela atividade de tratamento de resíduos industriais, entre outras.

A metodologia de desenvolvimento do estudo foi desenhada para responder de forma estruturada

a cada objetivo específico e atingir o objetivo geral.

Figura 3 – Fluxograma do método de desenvolvimento do estudo

Este estudo foi desenvolvido segundo uma organização composta por cinco etapas principais,

conforme representado na Figura 3. As duas primeiras etapas são de investigação e adaptação do

método de avaliação de riscos. As etapas três a cinco constituem um ciclo de repetição com vista

à obtenção de consenso no resultado das avaliações.

Cada uma das etapas é desenvolvida nos parágrafos seguintes.

Revisão bibliográfica

Adaptação da MIAR

Aplicação da metodologia

Análise de resultados

Re

vis

ão

da m

eto

do

log

ia

Validação Comentários

Seleção de especialistas

Matriz de avaliação

Page 38: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

22 Métodos e materiais

3.1.1 Revisão bibliográfica

A revisão bibliográfica foi realizada segundo o método PRISMA, conforme já descrito no ponto

2.2.

3.1.2 Descrição da atividade em estudo – caso prático

A descrição sucinta das diversas operações de escavação subterrânea a seguir apresentadas, assim

como as fotos, reportam ao caso prático da “Empreitada para a conceção / construção do novo

túnel norte de Águas Santas no sublanço Águas Santas / Ermesinde, da A4 – Autoestrada Porto /

Amarante”. Pretende-se desta forma transmitir uma visão geral das operações que constituem a

sequência de escavação.

Marcação da pega de fogo

A marcação da pega de fogo é realizada com apoio de uma equipa de topografia e com recurso a

um laser instalado no hasteal do túnel.

A equipa de topografia marca cerca de 12 furos, que servirão de guiamento ao Jumbo, os restantes

furos são marcados pelo laser que dará o alinhamento ao braço de perfuração do jumbo, sendo o

desenho geral da pega de fogo programado no computador do equipamento. Desta forma

consegue-se uma maior rapidez na marcação e sem a exposição de trabalhadores ao risco de queda

em altura.

Figura 4 – Laser instalado no hasteal do túnel, para

alinhamento do braço do Jumbo

(Fonte: Autor)

Figura 5 – Apoio topográfico para a marcação da pega

(Fonte: Autor)

Page 39: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 23

Perfuração

Na perfuração da pega de fogo utiliza-se um Jumbo de dois ou três braços, dependendo das

características geológico-geotécnicas, estes equipamentos funcionam com sistema duplo de

energia, ou seja, movem-se a combustível e durante a furação utilizam energia elétrica, evitando a

poluição do ar interior por dióxido de carbono.

Figura 6 – Fase de perfuração, com alguns dos furos já executados e outros em execução (Fonte: Autor)

Carregamento dos furos

No carregamento dos furos com explosivo foram utilizadas emulsões do tipo Gemulit e cordão

detonante no contorno da abóbada. Relativamente aos detonadores, optou-se por uma solução

mista, composta por detonadores não elétricos e detonadores eletrónicos, com o objetivo de dar

cumprimento ao valor limite de vibrações estabelecido na NP 2074:2015.

Para o carregamento dos furos foi selecionada uma empresa especializada, em que todos os

operadores detinham cédula de operador de substâncias explosivas.

Figura 7 – Fase de ligação dos ligadores e programação dos detonadores eletrónicos (Fonte: Autor)

Page 40: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

24 Métodos e materiais

Detonação da pega de fogo

Para dar início à detonação estabeleceu-se um conjunto de premissas a verificar previamente,

nomeadamente: carregamento de todos os furos; ligação e programação dos detonadores;

inexistência de trabalhadores no interior do túnel; corte temporário da circulação ferroviária na

linha de Ermesinde – S. Gemil; corte temporário da circulação rodoviária na A4 e ruas municipais

adjacentes, colocação de telas de proteção na boca do túnel e garantia de que todos os trabalhadores

se encontravam a uma distância de segurança de, pelo menos, 100m em relação à frente da pega

de fogo. A detonação é iniciada por um explosor.

Ventilação da frente de trabalho

Após a detonação procede-se à ventilação da frente de trabalho para garantir a remoção dos fumos

e gases, para isso é utilizado um ventilador posicionado no exterior do túnel que insufla ar através

de uma conduta fixa na abóbada.

O tempo de ventilação varia em função da secção do túnel, da temperatura atmosférica exterior e

da distância da frente de obra à boca do túnel.

Figura 8 – Ventilação da frente de trabalho após a detonação (Fonte: Autor)

Remoção de escombro para vazadouro

A remoção do escombro realiza-se com recurso a meios mecânicos, pá carregadora e giratória, em

que a giratória empilha o material para que a pá carregadora o recolha e transporte para os camiões.

Este material é encaminhado para vazadouro.

Page 41: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 25

Figura 9 – Carregamento do material escavado (Fonte: Autor)

Saneamento

A operação de saneamento consiste na remoção dos blocos instáveis e regularização da frente de

escavação, com recurso a meios mecânicos. Esta atividade é realizada sob orientação do

encarregado e com topográfico para aferir a relação entre a escavação teórica e a real.

Figura 10 – Saneamento da abóbada do túnel (Fonte: Autor)

Suporte primário

O suporte primário visa garantir a estabilidade do maciço após a escavação e até se efetuar o

suporte definitivo. O tipo de suporte primário varia em função das características geológico-

geotécnicas podendo ser constituído por: projeção de betão com fibras metálicas, aplicação de

varões swellex e colocação de cambotas.

Page 42: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

26 Métodos e materiais

Figura 11 – Projeção de betão com fibras metálicas

(Fonte: Autor) Figura 12 – Varões swellex, armazenados no solo

(Fonte: Autor)

3.1.3 Adaptação da MIAR

Com base nos requisitos legais do setor da construção, revisão bibliográfica, características do

setor e conhecimento do método construtivo, procedeu-se à alteração da metodologia base,

nomeadamente, os níveis de valoração dos parâmetros e amplitude de valoração.

A MIAR caracteriza-se por cinco parâmetros:

1. Gravidade do aspeto;

2. Extensão do impacte;

3. Exposição / frequência de ocorrência do aspeto;

4. Custos e complexidade técnica de prevenção / correção do aspeto;

5. Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo.

A metodologia foi estudada para ser aplicada em duas fases distintas:

Fase 1 - Planeamento da segurança para a atividade a desenvolver

Esta fase visa a caracterização das subatividades, com conhecimento sobre o processo

construtivo, os meios humanos, materiais e equipamentos afetos. Com base neste

conhecimento identificaram-se os perigos e avaliaram-se as situações de risco.

Esta constitui a avaliação e hierarquização dos riscos na fase de desenvolvimento do

procedimento específico de segurança, que antecede o início dos trabalhos. Pode-se dizer que,

a avaliação de riscos em fase de planeamento, constitui um momento de avaliação da

possibilidade de vários cenários ocorrerem, tratando-se de uma antevisão da articulação entre

o desenvolvimento dos trabalhos e as medidas de prevenção dos riscos. Constitui uma fase de

maior subjetividade dado que permite ao avaliador aqui refletir a sua experiência,

nomeadamente, sobre situações que convergiram em dano pessoal.

Page 43: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 27

Parâmetros avaliados: Gravidade do aspeto, extensão do impacte, exposição/ frequência de

ocorrência, custos e complexidade técnica de prevenção.

Fase 2 – Execução da atividade

Durante a execução da atividade e de acordo com a legislação em vigor o serviço de segurança

deve inspecionar as condições em que decorrem os trabalhos e registar o controlo efetuado.

Estes requisitos visam a necessidade de se gerar uma evidência do controlo efetuado e das

medidas de correção propostas, quando aplicável.

Parâmetro avaliado: Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo.

Tabela 8 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais, fase de planeamento

Parâmetro de

avaliação Descrição Valor

Gravidade do aspeto [G]

Pode causar a morte. 5

Pode causar incapacidade permanente absoluta (IPA) para o trabalho. 4

Pode causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta (ITA). 3

Pode causar lesões menores com incapacidade temporária parcial (ITP). 2

Podem causar lesões menores sem qualquer tipo de incapacidade. 1

Extensão do impacte [E]

Aspeto cuja extensão atinge ≥ 10 trabalhadores. 5

Aspeto cuja extensão atinge 7 a 9 trabalhadores. 4

Aspeto cuja extensão atinge 4 a 6 trabalhadores. 3

Aspeto cuja extensão atinge 2 a 3 trabalhadores. 2

Aspeto cuja extensão atinge 1 trabalhador. 1

Exposição/

Frequência de

ocorrência do aspeto

[EF]

Ocorrência contínua - periodicidade: diária (> 4h). 5

Ocorrência frequente - periodicidade: meio-dia. 4

Ocorrência periódica - periodicidade:> 2 x semana. 3

Ocorrência reduzida – periodicidade 1 a 2 x semana. 2

Ocorrência esporádica – periodicidade mensal. 1

Custos e complexidade

técnica [C]

A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e/ou o risco tem potencial

para originar morte. 5

A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e o risco tem potencial

para originar IPA para o trabalho. 4

A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e decorrem atividades em

simultâneo com potencial para originar ITP ou ITA. 3

A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e o risco pode causar lesões

menores ou tem potencial para originar ITP ou ITA. 2

A atividade não é caminho crítico do plano de trabalhos - Sem custo acrescido. 1

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

28 Métodos e materiais

A valoração do risco (VR) é calculada pela expressão:

VR = G * E*EF*C

Comparativamente à versão base, todos os parâmetros passaram a ser constituídos por cinco níveis

com vista a facilitar a assimilação da escala por parte do avaliador.

A escala do parâmetro “Gravidade” foi definida tendo em conta a natureza da incapacidade para o

trabalho que o acidente pode acarretar ao trabalhador, de acordo com os conceitos definidos no

Regime de reparação de acidentes de trabalho e doenças profissionais estabelecido na Lei n.º

98/2009, de 04 de Setembro.

Relativamente à “Extensão do impacte” substituiu-se a valoração em percentagem pelo número de

trabalhadores expostos ao risco, segundo uma escala ordinal que tem por base a informação

constante no cronograma de mão-de-obra1. Como menor valor da escala foi admitido um

trabalhador, porque é uma situação comum em obra, nomeadamente em trabalhos de menor

expressão / gravidade. O valor “um” é relevante porque a sua conjugação com os restantes

parâmetros marcam a fronteira do primeiro nível de valoração do risco “Baixo”, conforme

explicado mais à frente. Os restantes níveis tiveram em linha de conta a experiência adquirida

sobre a tipologia das equipas de trabalhos vs especialidades.

O parâmetro “Exposição / Frequência” reporta ao período que o trabalhador está exposto ao risco,

possui uma escala quantitativa ordinal em termos de horas, para aproximação à realidade do setor,

facilitar a análise e diminuir a sua subjetividade.

Os custos dos acidentes / incidentes são cada vez mais analisados e quantificados em fase de

planeamento da obra, dado o significado monetário exponencial que podem assumir no valor final

da mesma. Sempre que um acidente de trabalho provoca uma paragem de trabalho,

independentemente da duração, os custos multiplicam-se (Campelo, 2004). Pode-se tornar ainda

mais gravoso quando a atividade é considerada caminho crítico da obra2. Este fator reveste-se de

extrema importância no contexto económico das empresas, pelo que se torna relevante potenciar

o agravamento dos riscos em função do custo e complexidade técnica, em que o custo é traduzido

pela orgânica da atividade ser ou não caminho critico vs potencial gravidade do acidente, e a

complexidade será mensurável pela existência de atividades em simultâneo.

O agravamento do risco visa acentuar as medidas de prevenção para minimizar o risco em fase de

planeamento e intensificar a monitorização destes em fase de execução tendo em vista a

diminuição da possibilidade de ocorrência de acidentes / incidentes.

1 O cronograma de mão-de-obra constitui um documento obrigatório do plano de segurança e saúde de uma obra. 2 Entenda-se por caminho crítico a atividade ou conjunto de atividades estabelecidas no plano de trabalhos da obra

cuja data de início e fim não permitem variações, qualquer atraso na atividade produz atraso no fim do projeto.

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 29

Os níveis de valoração do risco foram adaptados tendo em conta a valoração máxima possível em

função do número de parâmetros e número de níveis, ou seja, com quatro parâmetros subdivididos

em cinco níveis o valor máximo do risco é 625 (VR máx = 54).

A amplitude do valor “Baixo” corresponde a aproximadamente 3,8% do VR máx , é menor que a

dos restantes parâmetros por forma a que neste nível se encaixem os riscos menos significativos,

o seu valor limite superior foi estudado de modo a não abranger um risco com potencial morte,

assim, o VR máx é 24, que se pode obter de uma combinação do tipo VR máx = 3*1*4*2 = 24.

Os restantes níveis de valoração têm um intervalo de ação identicamente distribuído,

aproximadamente 32%.

Tabela 9 – Parâmetros de valoração do risco

Valoração do risco (VR) Valor

Baixo ≤24

Médio 25 - 224

Elevado 225 - 425

Muito Elevado ≥ 426

O desempenho dos sistemas de prevenção e controlo é aferido na fase de execução da atividade

com a implementação das medidas de prevenção preconizadas na fase de planeamento.

Tabela 10 – Parâmetros de avaliação dos riscos ocupacionais na fase de execução da atividade

Parâmetro de

avaliação Valor

Nível da

deficiência Atuação

5. Desempenho

dos sistemas de

prevenção e

controlo

5 Não

Aceitável

Os trabalhos não iniciam. Paragem dos trabalhos.

Reavaliação dos riscos e medidas de prevenção.

4 Significativa Paragem dos trabalhos, reposição das medidas preventivas definidas e

reforço da monitorização da atividade.

3 Moderada Reposição da medida preventiva de imediato e reforço da monitorização

da atividade.

2 Tolerável Reposição da medida preventiva num prazo 1 - 3 dias.

1 Aceitável Não são necessárias medidas adicionais.

A ferramenta de controlo do sistema de prevenção foi alterada face à versão base e assume agora

o formato de um plano e registo de monitorização e prevenção (PRMP) (que algumas organizações

denominam por listas de verificação) e que constitui um dos elementos integrados no Plano de

Segurança e Saúde da obra. O registo de monitorização e prevenção (RMP) configura a evidência

das inspeções periódicas realizadas pelo técnico de segurança aos locais de trabalho, para

verificação do cumprimento das normas de segurança, conforme definido no quadro legal.

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

30 Métodos e materiais

No PRMP foi criada uma coluna “CVD” com o critério de valoração da deficiência (Tabela 10),

ou seja, para as medidas de prevenção que se possam ter resultado Não Conforme (NC) é definido

previamente o nível de deficiência que pode variar entre “5 – Não aceitável” a “2 – Tolerável”,

conforme Tabela 10, no caso de a verificação tiver um resultado Conforme (C) é assumido o valor

1.

O CVD é definido em fase de planeamento sendo validado pelo Coordenador de Segurança em

Obra e aprovado pelo Dono de Obra, materializando a sugestão da NP 4397:2008 de hierarquizar

o controlo de riscos na fase de execução dos trabalhos.

No anexo 6 encontra-se o exemplo do PRMP para a atividade em análise.

Tabela 11 – Modelo do Plano e Registo de Monitorização e Prevenção de Riscos

TAREFA RISCOS CVD

ACÇÕES DE

PREVENÇÃO /

PROTECÇÃO

FV RV PP

VERIFICAÇÕES

EE EE EE EE EE CS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

3.1.4 Matriz de avaliação de riscos

Para a matriz de avaliação de riscos foram selecionadas quatro subatividades da escavação

subterrânea com recurso a explosivos e suporte primário e para as quais se identificou os riscos

associados que se registaram numa tabela de Excel, conforme excerto da Tabela 12. A folha foi

bloqueada permitindo apenas a seleção dos campos assinalados a azul.

Tabela 12 – Matriz de avaliação de riscos (excerto do ficheiro original)

Identificação

da atividade

/

subatividade

Situação

perigosa Risco / Consequência Gravidade

Extensão

do Impacto Exposição Custo

ATIVIDADE: ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO

Perfuração

Laboração de

equipamento

automotor

Atropelamento

Exposição ao ruído

Incêndio

Pancadas e cortes: por

objetos / ferramentas

Projeção de fragmentos

ou partículas

Rotura de mangueiras /

componentes do equipamento

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 31

3.1.5 Aplicação da metodologia

A metodologia aplicada teve como guia de orientação o método de Delphi (Okoli, et al., 2004), o

qual não pode ser aplicado na íntegra face há limitação de tempo para a realização do presente

trabalho.

Seleção do painel de especialistas de segurança

Para aplicação da MIAR, através do preenchimento da tabela de avaliação de riscos, foi

selecionado um painel de 20 especialistas em segurança no trabalho, na generalidade com funções

de Coordenador de Segurança em Obra e / ou Técnico de Segurança, todos com mais de oito anos

de experiência em obras públicas de alta envergadura. Destes 20 elementos, 10 têm experiência

no exercício de funções em obras subterrâneas.

Avaliação pelo painel de especialistas

Ao painel de especialistas foi remetida uma memória descritiva da atividade de escavação

subterrânea e a matriz de avaliação de riscos com identificação das subatividades, perigos e riscos

que se pretendia que fossem avaliados (Anexo 1). A estes foi solicitado que efetuassem a avaliação

de riscos segundo os parâmetros da MIAR e comentassem o números de parâmetros e critérios de

valoração.

3.1.6 Análise de resultados

Os resultados de cada um dos parâmetros foram analisados estatisticamente segundo testes de

hipóteses, ANOVA, Kruskall – Wallis e de correlação.

A análise foi efetuada por três vezes, com informação distinta, a primeira análise foi realizada com

todos os resultados da consulta inical, composta por 20 respostas. Na segunda análise, removeram-

se as respostas ao parâmetro “custo” com o objetivo de aferir qual o potencial deste parâmetro na

valoração final do risco.

A terceira análise foi efetuada, no seguimento dos comentários do painel de especialistas, que

desencadeou uma revisão da metodologia, conforme descrito no ponto 3.1.7.

3.1.7 Revisão da metodologia

A abordagem metodológica baseia-se num processo interativo de reavaliação dos parâmetros e

seus descritivos de cada vez que não exista consenso entre os especialistas.

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32 Métodos e materiais

Relativamente ao número de parâmetros, a globalidade do painel de avaliadores concordou com

os parâmetros propostos. Citando um dos avaliadores, “Concordo com os níveis de valoração

apresentados e acho extremamente importante o trabalho, devendo o mesmo ser aproveitado com

o conjunto dos outros trabalhos definindo um referencial estatístico que venha melhorar o

trabalho nas obras.”, apenas um avaliador destaca que “A probabilidade do acidente acontecer,

é omissa neste método, omite as condições técnicas associadas à fiabilidade (ou falta dela),

intrínsecas a cada tarefa, o que tem fundamental importância na valoração da magnitude dos

riscos. Por exemplo, o risco de capotamento será diferente se a frente de escavação tiver em

simultâneo a calote superior e o rebaixo, requerendo rampas de acesso para os equipamentos. A

probabilidade do capotamento de equipamentos é substancialmente diferente numa situação ou

noutra, mantendo-se a severidade e a exposição, o que implicaria magnitudes de risco diferentes“.

Carvalho (2013), concluiu que os métodos de avaliação de riscos habitualmente utilizados, cujo

Nível de Risco resulta das variáveis de Input, consequência associada a um dado evento e a

probabilidade da sua ocorrência, possibilitam baixos níveis de concordância. Segundo este, é

necessário proceder à correção dos métodos, ao nível das variáveis de Input, com vista à coerência

de dados. Tendo em conta esta reflexão, decidiu-se não incluir o parâmetro “Probabilidade” na

reavaliação da MIAR.

Quanto ao “custo” a generalidade considera a semântica desajustada uma vez que se pode

subentender como uma perda monetária e difícil de avaliar pelo excesso de níveis “ A escala de

custo deveria ser mais fechada”.

Tendo em conta os comentários do painel de especialistas, procedeu-se à revisão da MIAR. O

parâmetro “Custo e complexidade técnica” passou a denominar-se “Priorização do Risco” e

contem apenas três níveis de valoração.

A tabela de avaliação de riscos que cada um dos especialistas preencheu foi-lhes reenviada

nominalmente com a revisão 01, em que o parâmetro “Custo” foi eliminado e deu origem à

“Priorização do Risco” de acordo com a Tabela 13. A estes foi solicitado que: i) efetuassem a

avaliação do parâmetro “Priorização do risco”; ii) que repensassem a avaliação do parâmetro

“Extensão do impacto” tendo em conta, somente, a informação descrita na memória descritiva em

que as atividades se realizavam temporalmente isoladas.

Tabela 13 – Parâmetro de “Priorização do risco”

Parâmetro de

avaliação Descrição Valor

Priorização do risco

A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e pode originar acidentes

graves ou a morte 3

A atividade é caminho crítico do plano de trabalhos e pode originar acidentes

ligeiros de menor gravidade 2

A atividade não é caminho crítico do plano de trabalhos 1

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Silva, Andreia 33

3.2 Materiais

Na revisão bibliográfica foram utilizados motores de busca online, Biblioteca da FEUP, o

programa Mendeley, Java e Excel. A matriz de avaliação de riscos foi gerada numa folha de Excel

e o tratamento dos dados foi efetuado com o suplemento Xlstat.

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PARTE 2

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Silva, Andreia

4 ANÁLISE DE RESULTADOS E DISCUSSÃO

Cada avaliador realizou duas avaliações de riscos, com revisões distintas, que deram origem às

análises estatísticas que a seguir se apresentam.

4.1 Análise dos resultados iniciais

A análise inicial é constituída por 20 avaliações, destas, verificou-se que três estavam fora do

padrão (avaliação n.º 2, 6 e 8), pelo que foram removidas, dando origem a um conjunto de 17

avaliações, cujos resultados se encontram no Anexo 2.

Nos testes de hipóteses de “Jarque-Bera” a generalidade dos parâmetros “p-valor” é superior a ao

nível de significância α = 0,05, logo não se rejeitou a hipótese nula H0, pelo que se considera que

a variável da qual a amostra foi extraída segue uma distribuição normal.

No caso da “Exposição”, verifica-se que algumas das variáveis têm um p-valor < 0,05, presume-

se que esteja relacionado com o facto de 78% das respostas recaírem sobre o nível 4 – “Ocorrência

frequente - periodicidade: meio dia”, uma vez que a atividade se desenvolvia em turnos num

período de 4h o que pode ter levado os avaliadores a aplicarem de forma geral o valor 4 a todos os

riscos. O facto de se obter 78% de respostas iguais demonstra existir convergência de respostas.

Tabela 14 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor”

Variável Gravidade Extensão Exposição Custo

1 0,294 0,535 < 0,0001 0,585

2 0,236 0,162 < 0,0001 0,081

3 0,306 0,525 0,011 0,215

4 0,275 0,030 0,011 0,075

5 0,154 0,152 0,029 0,115

6 0,236 0,403 < 0,0001 0,081

7 0,195 0,565 0,842 0,081

8 0,242 0,162 < 0,0001 0,199

9 0,484 0,019 0,946 0,125

10 0,127 0,149 0,296 0,127

11 0,211 0,151 < 0,0001 0,100

12 0,238 0,223 < 0,0001 0,107

13 0,281 0,671 0,178 0,086

14 0,388 0,785 0,610 0,061

15 0,181 0,237 0,029 0,075

16 0,236 0,162 < 0,0001 0,081

17 0,236 0,162 < 0,0001 0,081

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

38 Análise de resultados

Nos parâmetros em que se verificou existir normalidade (Tabela 14) realizaram-se testes de

variância segundo ANOVA, com um fator único de análise.

Tabela 15 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Gravidade

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 15,86717 16 0,991698 0,570551 0,906173 1,663366

Dentro de grupos 886,4516 510 1,73814

Total 902,3188 526

Tabela 16 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Extensão

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 112,4592 16 7,0287 8,371535 4,35E-18 1,663366

Dentro de grupos 428,1935 510 0,839595

Total 540,6528 526

Para a “Gravidade” a hipótese nula de igualdade (H0) é aceite, dado que P (p-value) > 0,05.

Na Tabela 16, verifica-se que a “Extensão” tem um P (p-value) < 0,05, pelo que rejeitamos que as

médias da amostra são similares. Para melhor entender este desvio, foi efetuada a análise ANOVA

da “Extensão” para cada uma das atividades.

Tabela 17 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA - Extensão - Perfuração

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 14,89412 16 0,930882 3,596591 1,59E-05 1,710007

Dentro de grupos 39,6 153 0,258824

Total 54,49412 169

Tabela 18 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Preparação de cargas explosivas

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 10,98824 16 0,686765 1,122596 0,353082

1,794556

Dentro de grupos 41,6 68 0,611765

Total 52,58824 84

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 39

Tabela 19 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Remoção de escombro

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 97,43791 16 6,089869 5,906498 1,18E-09 1,718387

Dentro de grupos 140,2222 136 1,031046

Total 237,6601 152

Tabela 20 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA, Extensão – Betão projetado

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 39,44538 16 2,465336 3,5205 5,16E-05 1,743622

Dentro de grupos 71,42857 102 0,70028

Total 110,8739 118

Das quatro análises de variância por atividade, verifica-se que apenas a “Preparação de cargas

explosivas” pode ser aceite uma vez que p-value > 0,05, os restantes são rejeitados e submetidos

a testes não paramétricos segundo comparação de amostras Kruskal – Wallis.

A justificação para que apenas o parâmetro “Extensão” da atividade “Preparação de cargas” tenha

um resultado de p-value > 0,05 pode estar relacionada com o conhecimento que o painel de

especialistas tem sobre a especialização desta tarefa, a qual é realizada apenas por trabalhadores

portadores de cédula de operador de substâncias explosivas e enquanto esta decorre as restantes

atividades no interior do túnel são suspensas. Pode existir momentos em que as restantes atividades

se realizam em simultâneo pelo que se considera que os resultados podem ter sido influenciados

por este aspeto.

Tabela 21 – Resumo dos testes Kruskal – Wallis para o parâmetro “Extensão”

Perfuração Remoção de escombro Betão projetado

K (Valor observado) 38,569 62,542 43,013

K (Valor crítico) 26,296 26,296 26,296

GL 16 16 16

p-valor (unilateral) 0,001 < 0,0001 0,000

alfa 0,05 0,05 0,05

Os resultados obtidos, Tabela 21, evidenciam que as amostras devem ser rejeitadas, motivo que

fomentou um pedido de reavaliação deste parâmetro ao painel de especialistas.

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

40 Análise de resultados

Tabela 22 – Resumo do teste de variância segundo ANOVA para o parâmetro Custo

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 60,38338242 16 3,773961401 1,876389086 0,020211263 1,662122745

Dentro de grupos 1094,141411 544 2,011289359

Total 1154,524794 560 1154,524794 560 1154,524794 560

Para o “Custo” a hipótese nula de igualdade (H0) é rejeitada dado que P (p-value) < 0,05.

Considera-se que este parâmetro deve ser reavaliado.

Figura 13 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração dos riscos

Figura 14 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco

Através da análise da Figura 13 verifica-se existir uma grande dispersão dos dados, nomeadamente

pelo grafismo abaixo da linha dos 25%.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

8%

62%

24%

6%

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Avaliador

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 41

4.2 Análise dos resultados iniciais sem o parâmetro “Custo”

Nesta análise utilizaram-se os resultados da avaliação inicial sem a contribuição do parâmetro

“custo”. Pretende-se com esta análise aferir a relevância deste parâmetro face aos comentários

obtidos pelos avaliadores.

Figura 15 – Representação gráfica da dispersão da valoração do risco sem o parâmetro “custo”

Figura 16 – Representação gráfica dos resultados, sem o parâmetro “custo”, por níveis de risco

Suprimindo o parâmetro “custo” da análise, Figura 16, regista-se uma diminuição dos valores

extremos, o valor “Baixo” reduz 6%, e o “Muito Alto” 1%, já o valor “Alto” aumenta 7%. Verifica-

se assim uma maior concentração dos valores intermédios, pelo que se pode concluir que o

parâmetro “custo”, com cinco níveis de ponderação, é um fator de divergência. Este resultado

consubstancia a dificuldade relatada pelo painel de especialistas.

O parâmetro “custo” deve ser revisto em termos de conceito e escala e avaliado novamente até se

obter um maior consenso.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031

Avaliador

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

2%

61%

31%

5%

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

42 Análise de resultados

4.3 Análise de resultados após a revisão da metodologia

As divergências dos resultados dos avaliadores quanto aos parâmetros “Extensão” e “Custo”, deu

origem a uma revisão da metodologia (rev. 01) tendo por objetivo aferir se a reavaliação dos dados

potencia, ou não, consenso. Os resultados desta análise encontram-se arquivados no Anexo 4.

Na Tabela 23 constam os dados da análise de normalidade dos parâmetros “Exposição” e

“Priorização do custo”.

Tabela 23 – Resumo dos testes de normalidade “Jarque Bera”, “p-valor”

Variável Extensão Priorização do risco

1 0,382 0,073

2 0,162 0,075

3 0,075 0,069

4 0,100 0,069

5 0,194 0,361

6 0,403 0,061

7 0,363 0,047

8 0,162 0,069

9 0,019 0,075

10 0,479 0,069

11 0,151 0,075

12 0,223 0,075

13 0,671 0,344

14 0,676 0,069

15 0,267 0,076

16 0,162 0,075

17 0,162 0,073

Todas as variáveis apresentam p-valor > 0,05, pelo que se considera seguirem uma distribuição

normal.

A amostra foi submetida a testes de variância segundo ANOVA, com um fator único de análise,

cujos resultados constam na Tabela 24 e Tabela 25.

Tabela 24 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Extensão

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 15,73109244 16 0,983193277 1,474789916 0,123763239 1,743621936

Dentro de grupos 68 102 0,666666667

Total 83,73109244 118 83,73109244

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 43

Tabela 25 – Resumo dos testes de variância segundo ANOVA no parâmetro Priorização do custo

Fonte de variação SQ gl MQ F valor P F crítico

Entre grupos 6,648956357 16 0,415559772 1,676020408 0,047496261 1,663365783

Dentro de grupos 126,4516129 510 0,247944339

Total 133,1005693 526

Os testes de ANOVA mostram que as amostras podem ser aceites.

Figura 17 – Representação gráfica da dispersão dos resultados da valoração do risco

Figura 18 – Representação gráfica dos resultados por níveis de risco

Analisando comparativamente os gráficos Figura 13 e Figura 17, verifica-se uma diminuição dos

resultados abaixo dos 25%, bem como uma menor dispersão entre as valorações, o que demonstra

um consenso alargado dos resultados.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Avaliador

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0,4%

69,3%

25,8%

4,6%

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

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Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

44 Análise de resultados

Da análise do mapa de avaliações de riscos que consta no Anexo 4 e do gráfico Figura 17, conclui-

se que a atividade mais divergente é a remoção de escombro e associada a esta, os riscos de

atropelamento, soterramento e incêndio. A justificação para variação do resultado do risco

soterramento e atropelamento pode advir do conhecimento que os avaliadores têm sobre a

realização desta atividade em simultâneo com outras tarefas de apoio, como por exemplo: a rega

dos caminhos interiores para redução das poeiras, circulação pedonal da equipa de geologia e

topografia para inspeção do maciço escavado.

Relativamente ao risco de incêndio, a variação provém da gravidade que este pode alcançar uma

vez que o maior potencial de incêndio se encontra associado aos equipamentos, quer pelo

aquecimento do mesmo, quer pelo combustível. Sabendo que: i) a laboração dos equipamentos

tem como requisito legal a realização da manutenção periódica e a inspeção dos requisitos mínimos

de segurança segundo o Decreto – Lei 50 /2005 de 25 de fevereiro, ii) os equipamentos possuem

extintor no seu interior, iii) a obra possui meios de combate a incêndio, considera-se que a perceção

do avaliador é influenciada pela existência de meios de controlo e combate a incêndios e pelo

baixo histórico de ocorrência de situações semelhantes.

Na Tabela 26 constam os resultados da análise de correlação interavaliadores segundo a MIAR.

Tabela 26 – Matriz de correlação interavaliadores segundo a MIAR

1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

1 1

3 0,7876 1

4 0,7117 0,6614 1

5 0,7304 0,6238 0,9262 1

7 0,5689 0,7669 0,6526 0,6384 1

9 0,6558 0,8342 0,6823 0,6018 0,6855 1

10 0,6430 0,7048 0,7427 0,6498 0,6349 0,7121 1

11 0,8319 0,7279 0,6534 0,7411 0,4254 0,5299 0,5292 1

12 0,6755 0,6073 0,7800 0,7706 0,4222 0,6201 0,7596 0,627 1

13 0,6267 0,7008 0,6192 0,5831 0,6335 0,7755 0,7314 0,461 0,6349 1

14 0,7722 0,9003 0,6780 0,6589 0,8040 0,9034 0,7054 0,640 0,5795 0,7888 1

15 0,7589 0,7707 0,8345 0,7876 0,7592 0,8243 0,8103 0,615 0,7569 0,7960 0,8606 1

16 0,8329 0,7964 0,6945 0,7931 0,6831 0,6208 0,6009 0,811 0,6462 0,5684 0,8053 0,7584 1

17 0,7864 0,6751 0,7351 0,8130 0,5613 0,5190 0,6697 0,883 0,6616 0,4913 0,6554 0,7372 0,8498 1

18 0,7780 0,8318 0,8128 0,8410 0,7296 0,6987 0,8011 0,819 0,7147 0,6709 0,7780 0,7994 0,8163 0,8378 1

19 0,8680 0,9512 0,7596 0,7467 0,7157 0,8577 0,7214 0,832 0,6765 0,6899 0,9029 0,8291 0,8421 0,7794 0,8804 1

20 0,8680 0,9454 0,7472 0,7368 0,7395 0,8166 0,6793 0,824 0,6363 0,6483 0,9036 0,7949 0,8480 0,7736 0,8544 0,9854 1

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Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 45

Figura 19 – Análise gráfica da correlação interavaliadores segundo a MIAR

Da análise da Tabela 26 e Figura 19 verifica-se que em 66% da amostra a correlação é muito forte

e 26% tem uma correlação forte, o que indica existir um amplo consenso entre as avaliações.

Constata-se que 5% da amostra se situa entre 0,5 e 0,5999 significando uma correlação moderada,

apenas 3% da amostra apresenta uma correlação fraca <0,499999.

4.4 Análise dos dados inicias vs dados da revisão da MIAR

Para perceber a correspondência entre os dados da análise inicial e os dados da revisão da

metodologia efetuou-se o estudo do coeficiente de variação das respostas, que constam na Tabela

27 e Tabela 28.

Tabela 27 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados iniciais

Parâmetro Desvio padrão Média Coeficiente de variação

Gravidade 3,63 0,54 18%

Extensão 2,92 0,74 26%

Exposição 3,92 0,49 13%

Custo 3,39 0,70 23%

Tabela 28 – Análise do coeficiente de variação por parâmetro dos dados de revisão

Parâmetro Desvio padrão Média Coeficiente de variação

Gravidade 3,63 0,54 18%

Extensão 2,89 0,62 22%

Exposição 3,92 0,49 13%

Priorização do risco 2,46 0,26 11%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

3% 5%

26%

66% Coeficiente de

correlação

[0,01;0,49999]

[0,5;0,59999]

[0,6;0,69999]

[0,7;0,99999]

Page 62: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

46 Análise de resultados

O coeficiente de variação da “Extensão” após a revisão dos valores pelos avaliadores sofreu uma

ligeira melhoria, desceu de 26% para 22%, no entanto este continua a ser superior a 20% revelando

que a amostra não é homogénea. Com vista a obter consenso na avaliação deste parâmetro sugere-

se a formulação de uma segunda reavaliação.

Verifica-se uma melhoria significativa do coeficiente de variação do parâmetro “Custo”, redução

em 12%, a qual se deveu à reestruturação da escala em três níveis.

O pedido efetuado aos avaliadores para revisão da avaliação inicial mostrou-se frutífero o que

reforça a necessidade de dar continuidade à revisão da metodologia com vista a obter um consenso

alargado das avaliações.

4.5 Análise comparativa entre a MIAR e o método William T. Fine

No caso prático em estudo, Obra do Túnel de Águas Santas, a avaliação de riscos foi realizada

segundo o método de William T. Fine (WTF) sendo os dados validados pelo coordenador de

segurança em obra, membro especialista em segurança. A avaliação de riscos segundo esta

metodologia encontra-se disponível no Anexo 5.

Neste ponto pretende-se analisar comparativamente os resultados obtidos através da MIAR com

os resultados da avaliação de riscos segundo WTF.

Figura 20 – Representação gráfica dos resultados da avaliação, WTF, por níveis de risco

Da análise da Figura 18 e Figura 20, verifica-se que os resultados da MIAR seguem uma

distribuição pelos quatro níveis de valoração do risco em que “Baixo” representa apenas 0,4%,

enquanto que, com o método WTF os resultados recaem entre “Baixo”, “Médio” e “Muito Alto”,

em que 39% dos acidentes foram considerados “Baixo” potenciando uma subvalorização do risco

e uma análise menos eficaz das medidas de prevenção e controlo por parte do avaliador.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

39%42%

0%

19%

Baixo

Médio

Alto

Muito Alto

Page 63: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 47

Foram realizados testes de hipóteses e verificado o nível de significância segundo pearson (p <

0,05) entre cada uma das avaliações MIAR e o valor de WTF, conforme se representa na matriz

da Tabela 29 e Tabela 30, respetivamente.

Tabela 29 – Matriz de correlação de cada avaliação MIAR vs WTF

1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

1 1 0,7876 0,7117 0,7304 0,5689 0,6558 0,6430 0,8319 0,6755 0,6267 0,7722 0,7589 0,8329 0,7864 0,7780 0,8680 0,8680

3 0,7876 1 0,6614 0,6238 0,7669 0,8342 0,7048 0,7279 0,6073 0,7008 0,9003 0,7707 0,7964 0,6751 0,8318 0,9512 0,9454

4 0,7117 0,6614 1 0,9262 0,6526 0,6823 0,7427 0,6534 0,7800 0,6192 0,6780 0,8345 0,6945 0,7351 0,8128 0,7596 0,7472

5 0,7304 0,6238 0,9262 1 0,6384 0,6018 0,6498 0,7411 0,7706 0,5831 0,6589 0,7876 0,7931 0,8130 0,8410 0,7467 0,7368

7 0,5689 0,7669 0,6526 0,6384 1 0,6855 0,6349 0,4254 0,4222 0,6335 0,8040 0,7592 0,6831 0,5613 0,7296 0,7157 0,7395

9 0,6558 0,8342 0,6823 0,6018 0,6855 1 0,7121 0,5299 0,6201 0,7755 0,9034 0,8243 0,6208 0,5190 0,6987 0,8577 0,8166

10 0,6430 0,7048 0,7427 0,6498 0,6349 0,7121 1 0,5292 0,7596 0,7314 0,7054 0,8103 0,6009 0,6697 0,8011 0,7214 0,6793

11 0,8319 0,7279 0,6534 0,7411 0,4254 0,5299 0,5292 1 0,6274 0,4605 0,6402 0,6154 0,8112 0,8830 0,8188 0,8320 0,8241

12 0,6755 0,6073 0,7800 0,7706 0,4222 0,6201 0,7596 0,6274 1 0,6349 0,5795 0,7569 0,6462 0,6616 0,7147 0,6765 0,6363

13 0,6267 0,7008 0,6192 0,5831 0,6335 0,7755 0,7314 0,4605 0,6349 1 0,7888 0,7960 0,5684 0,4913 0,6709 0,6899 0,6483

14 0,7722 0,9003 0,6780 0,6589 0,8040 0,9034 0,7054 0,6402 0,5795 0,7888 1 0,8606 0,8053 0,6554 0,7780 0,9029 0,9036

15 0,7589 0,7707 0,8345 0,7876 0,7592 0,8243 0,8103 0,6154 0,7569 0,7960 0,8606 1 0,7584 0,7372 0,7994 0,8291 0,7949

16 0,8329 0,7964 0,6945 0,7931 0,6831 0,6208 0,6009 0,8112 0,6462 0,5684 0,8053 0,7584 1 0,8498 0,8163 0,8421 0,8480

17 0,7864 0,6751 0,7351 0,8130 0,5613 0,5190 0,6697 0,8830 0,6616 0,4913 0,6554 0,7372 0,8498 1 0,8378 0,7794 0,7736

18 0,7780 0,8318 0,8128 0,8410 0,7296 0,6987 0,8011 0,8188 0,7147 0,6709 0,7780 0,7994 0,8163 0,8378 1 0,8804 0,8544

19 0,8680 0,9512 0,7596 0,7467 0,7157 0,8577 0,7214 0,8320 0,6765 0,6899 0,9029 0,8291 0,8421 0,7794 0,8804 1 0,9854

20 0,8680 0,9454 0,7472 0,7368 0,7395 0,8166 0,6793 0,8241 0,6363 0,6483 0,9036 0,7949 0,8480 0,7736 0,8544 0,9854 1

GR 0,5834 0,5869 0,5949 0,6383 0,5911 0,5315 0,5973 0,6505 0,5662 0,4308 0,6264 0,5703 0,6777 0,7514 0,6676 0,6550 0,6811

Tabela 30 – Nível de significância (segundo pearson) de cada avaliação MIAR vs WTF

1 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

1 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

3 < 0,0001 0 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

4 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

5 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

7 0,001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0 < 0,0001 0,000 0,017 0,018 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

9 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 < 0,0001 0,002 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,003 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

10 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 0 0,002 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

11 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,017 0,002 0,002 0 0,000 0,009 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

12 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,018 0,000 < 0,0001 0,000 0 0,000 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000

13 0,000 < 0,0001 0,000 0,001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,009 0,000 0 < 0,0001 < 0,0001 0,001 0,005 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

14 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

15 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

16 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 0,000 < 0,0001 < 0,0001 0,001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

17 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,001 0,003 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,005 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

18 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001 < 0,0001

19 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0 < 0,0001

20 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0,000 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 0

GR 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,002 0,000 < 0,0001 0,001 0,016 0,000 0,001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001 < 0,0001

Page 64: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

48 Análise de resultados

Verifica-se que na generalidade dos resultados existe uma correlação moderada a forte entre as

avaliações segundo a MIAR e WTF, com a seguinte distribuição:

[0,01;0,49999] – Coeficiente de correlação = 5,9%

[0,5;0,59999] - Coeficiente de correlação = 47,1%

[0,6;0,69999] - Coeficiente de correlação = 41,2%

[0,7;0,99999] - Coeficiente de correlação = 5,9%.

Page 65: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Aplicação da metodologia integrada de avaliação de riscos no setor da construção

Silva, Andreia 49

5 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS

Da análise dos resultados obtidos verifica-se que, na globalidade, o número e tipologia de

parâmetros adotados na MIAR reuniu consenso favorável junto do painel de especialistas.

O parâmetro “Extensão” na análise inicial apresentou um coeficiente de variação de 26%, após a

reavaliação do mesmo registou-se uma melhoria do coeficiente de variação resultando em 22%,

no entanto, a amostra ainda se mostra pouco homogénea.

A alteração do parâmetro “Custo” para “Priorização do risco”, com a redução de cinco para três

níveis, tornou o método mais ajustado à realidade do setor e também mais expedito.

Não se pode deixar de ressalvar que os resultados obtidos reportam a uma avaliação realizada em

fase de planeamento, não tendo sustentação numa janela temporal de análise fotográfica ou de

vídeo, permitindo assim, uma maior liberdade na “criação” do cenário de obra que aliado ao saber

e experiência de cada avaliador se refletiu em algumas divergências de resultados.

Quando comparadas as escalas de MIAR e William T. Fine, verifica-se que na primeira

metodologia a maioria dos valores de risco recaem sobre níveis de Médio e Alto, enquanto que

com WTF recaem sobre os níveis inferiores, Baixo e Médio, podendo dar origem a erros de leitura

por defeito e consequentemente a adoção de medidas mais brandas. Ou seja, pode-se a firmar que

a MIAR adota critérios de valoração mais conservadores.

Conclui-se que pelo facto de 66% das interavaliações terem uma correlação muito forte e 26%

uma correlação forte, o método MIAR reduz a subjetividade do avaliador.

Em resultado, pode-se concluir que os objetivos propostos para a presente dissertação foram

alcançados.

5.1 Perspetivas Futuras

Embora o parâmetro “Exposição” tenha reunido o consenso de 78% dos avaliadores, não passou

nos testes de hipótese, pelo que deveria ser alvo de um pedido de reavaliação, o que acabou por

não acontecer face à limitação de tempo para a realização do presente trabalho.

Considera-se que deve ser dada continuidade a este estudo, no estreito cumprimento do método de

Delphi, com a vista a alcançar a reprodutibilidade da MIAR.

A aplicação da MIAR em obras de diferentes naturezas poderá potenciar a consolidação dos

parâmetros e valoração dos riscos.

No setor da construção a simultaneidade de tarefas torna-se uma necessidade, quer pelo ponto de

vista técnico, quer pela pressão económica, pelo que seria relevante refletir a sua influência numa

futura revisão da MIAR.

Page 66: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais

50 Análise de resultados

O quinto parâmetro que compõe a MIAR, “Desempenho dos sistemas de prevenção e controlo”

não pôde ser avaliado na prática uma vez que a obra em estudo à data de realização deste trabalho

já estava concluída, pelo que carece de ser testada e analisada em contexto real.

Será relevante comparar os resultados da MIAR com outros métodos por forma a averiguar a

pertinência deste método em detrimento de outro, com vista à uniformização de uma ferramenta

de avaliação de riscos no setor da construção.

Page 67: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Silva, Andreia

6 BIBLIOGRAFIA

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Tixier, J., et al. 2002. Review of 62 risk analysis methodologies of industrail plants. 2002.

Page 69: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

1

ANEXOS

Page 70: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

2

Anexo 1

Elementos fornecidos ao painel de especialistas para a avaliação inicial

Page 71: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 1 de 8

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

1. Atividade seleccionada Foi seleccionada a actividade de escavação de um túnel com recurso a explosivos, em particular as

tarefas:

§ Perfuração;

§ Preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos detonadores;

§ Remoção do escombro;

§ Suporte primário com aplicação de betão projectado com fibras metálicas.

2. Características da obra

A escavação do túnel decorre em período de laboração de 2.ªa sábado, em regime de três turnos de 8h

cada. Por dia é detonada uma pega de fogo (ciclo completo) conforme figura 5.

A actividade de escavação do túnel, segundo o plano de trabalho, é considerada caminho critico.

Figura 1 – Secção t ipo do túnel em ZG1

2.1. Método construtivo

A execução do túnel contempla duas fases principais distintas, a escavação da calote superior na

totalidade do seu comprimento, 250 m, e posteriormente a escavação do rebaixo.

11,5 m

20,96 m

Page 72: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

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Figura 2 – Faseamento da escavação geral

Figura 3 – Escavação do rebaixo em toda a largura do túnel (aprox. 20m)

Só após a escavação total da calote superior (250 m) é que se inicia a escavação do rebaixo.

Fase 1 – Calote superior

O faseamento construtivo da calote superior é constituído pelas seguintes atividades:

1. Escavação (1) em avanços de até 2 m

2. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, nos hasteais e abóbada reforçado com

fibras metálicas em espessura e=5cm.

3. Execução de pregagens tipo swellex 200kN (mín.) ou equivalente, com 6,0 m de comprimento

afastadas de 2,0 m em malha quadrada desfasada em quincôncio

4. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, com espessura máxima de 5cm por

camada nos hasteais e abóbada reforçado com fibras metálicas, perfazendo com a camada anterior uma

espessura final e=25cm

5. Execução de geodrenos f 50 mm, com L= 20m cada 15m de escavação, onde requerido pela água

afluente à escavação

Page 73: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 3 de 8

6. Repetição de 1 a 5 até à conclusão da escavação da Calote Superior

Figura 4 – Corte longi tudinal

O emboquilhamento será executado apenas um guarda-chuva com microestacas com Ø88,9 mm

afastadas 0,35 mm, com uma inclinação radial de 5.º e comprimento de 17 m. Serão aplicadas cambotas

metálicas treliçadas do tipo (PS 115 20 30) com pata de elefante, as primeiras três, que fazem parte do

falso túnel estarão afastadas 1 m e as restantes 0,75 m, perfazendo no total um comprimento de 17 m.

Fase 2 – Rebaixo

O faseamento do rebaixo é constituído pelas seguintes atividades:

1. Escavação do rebaixo (2) em avanços de até 2 m

2. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, nos hasteais reforçado com fibras

(metálicas ou de polipropileno) em espessura e=5cm

3. Execução de pregagens tipo swellex 200kN (mín.) ou equivalente, com 6,0 m de comprimento

afastadas de 2,0 m em malha quadrada desfasada em quincôncio

4. Aplicação de betão projetado de classe de resistência C20/25, com espessura máxima de 5 cm por

camada nos hasteais e abóbada reforçado com fibras (metálicas ou de polipropileno), perfazendo com a

camada anterior uma espessura final e=25 cm

N°2+2 Geodrenos

Ø 50mm

10.00°

5.00°

Soleira C20/25 reforçado com

fibras metálicas e=30cm

Contorno BPRFM 30cm E=1000J

Frente eventual BPRFM 5cm

E=1000J

Chapéu cilindrico com microestacas executdas com

tubos TM80 (f 88.9mm e=6.5mm), afastadas de

0,35 m, L=17m, inclinação 1°

1

Cambotas metàlicas

treliças PS 115 20 30 //0.75m

Limite daescavação

100 100 100

Preanel deprotecção

75 75 75

310

1.5m ± 0.25

Page 74: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 4 de 8

5. Repetição de 1 a 4 até à conclusão da escavação do rebaixo

Após a escavação do rebaixo, será aplicado betão projetado da classe de C 20/25 reforçado com fibras

(metálicas ou de polipropileno) com espessura e=5cm.

Os elementos metálicos treliçados serão prolongados e o revestimento será finalizado com betão

projetado C20/25 com fibras com uma espessura final de e = 30 cm.

2.2. Escavação do túnel com explosivos

A execução do túnel caracteriza-se por uma sequência de operações que visam a escavação com meios

mecânicos e explosivos, cujo faseamento se representa na figura seguinte:

Figura 5 – Esquema da sequência de escavação com recurso a explosivos

A sequência de escavação com recurso a explosivos é composta pelas seguintes operações:

§ [1] Marcação da pega

§ [2] Perfuração

§ [3] Carregamento dos furos

§ [4] Detonação dos furos

§ [5] Ventilação de zona escavada

§ [6] Remoção de escombros para vazadouro

§ [7] Saneamento, mecânico e/ou manual

§ [8] Suporte primário

Page 75: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 5 de 8

2.3. Perfuração

A perfuração consiste na abertura dos furos para posterior colocação do explosivo e será realizada com

um Jumbo de três braços da marca a Atlas Copco Roket Boomer XL3C, cujas características se

identificam nas figuras seguintes.

A colocação das varas de perfuração (aprox. 25 kg /cada) é realizada com o braço do Jumbo posicionado

ao nível do solo.

Figura 6 – Características do Jumbo de três braços

Page 76: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 6 de 8

Na calote superior serão executados 2 furos no caldeiro com diâmetro de 127 mm e comprimento de

2,20 m, e 150 furos com diâmetro de 51 mm e 2,20 m de comprimento. No rebaixo serão executados 67

furos com diâmetro de 51 mm e 2,20 m de comprimento.

Figura 7 – P lano de fogo ZG1 – Calo te super io r

Figura 8 – P lano de fogo ZG1 – Rebaixo

58

19

16

18

19

20

18

21

26 21

20

23

26

24

27

25

25

29

33

33

33

33

33

3333

3333

3332

3232

32 32 32 32 32 32 32

33

33

33

33

33

12

11

12

11

11

12

12

15

13

14

11

15 13 15

13

14

15

16

14

17

16

17

14

17

17115

19

16

18

19

20

18

21

2621

20

23

26

24

27

25

25

29 29 29 29 29 29 29 29 29292929292929292929

27 22 22 2223 23 27

28 28 28

1

PORMENOR "A"

Eixo vertical do túnel

+0.65

0.00

33

33

33

33

33

3333

3333

3332

3232

3232323232

33

33

33

33

33

12345678 2 3 4 5 6 7 8

23456789 3 4 5 6 7 8 9

9

1112 11

12

12

12

12

12

12

65

10011 1211

12

12

12

12

12

12

9

130

10

51

35

10

2

+0.65

0.00

1010101010101010 10 10 10 10 10 10 10 10

Page 77: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 7 de 8

Equipamentos: 1 - Jumbo de perfuração 1 – Quadro eléctrico de Varas e bits

Mão-de-obra: 1 – Jumbista 3 – Serventes 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança

Período de trabalho: 4 horas

2.4. Preparação de cargas explosivas e carregamento dos furos

Foi selecionado um explosivo do tipo emulsão encartuchada (Gemulit), cordão detonante apenas para os

tiros de contorno e detonadores eletrónicos e não eléctricos.

O diagrama de fogo, encontra-se arquivado no anexo 2.

Equipamentos: 1 – Carrinha de transporte de explosivos 1 – Multifunções

Mão-de-obra: 1 – Técnico responsável de explosivos 5 – Operadores de explosivos 1 – Manobrador 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança

Período de trabalho: 4 horas

2.5. Remoção de escombros para vazadouro

O escombro será carregado com auxílio da giratória de rastos e pá carregadora para os camiões, os quais

transportam o material para o destino final autorizado.

Equipamentos: 1 – Giratória de rastos 1 – Pá carregadora Volvo L 150 F 6 - Camiões

Mão-de-obra: 2 – Manobradores 6 – Motoristas 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança

Período de trabalho: 4 horas

2.6. Suporte primário - Aplicação de betão projetado

Imediatamente após o saneamento e o reperfilamento da frente de escavação, e antes da execução das

pregagens tipo swellex, será previamente aplicada uma camada de betão projetado reforçado com fibras

metálicas de 5 cm de espessura.

Após a execução das pregagens tipo swellex, será aplicada a restante camada de betão projetado

reforçado com fibras metálicas até atingir uma espessura de 30 cm.

Page 78: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Página 8 de 8

Figura 9 – Alcance do robot de projecção Putzmeister PC 500

Equipamentos: 1 – Robot de projecção Putzmeister PC 500, com comando portátil 4 – Camiões autobetoneira

Mão-de-obra: 1 – Manobrador 4 – Motoristas 1 – Encarregado 1 – Técnico de segurança

Período de trabalho: 2 horas

Page 79: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …
Page 80: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …
Page 81: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Parâmetros de avaliação

Descrição Valor Observações

Pode causar a morte 5

Pode causar incapacidade permanente absoluta (IPA) para o trabalho 4

Pode causar lesões graves, com incapacidade temporária absoluta (ITA) 3

Pode causar lesões menores com incapacidade temporária parcial (ITP) 2

Podem causar lesões menores sem qualquer tipo de incapacidade. 1

Aspeto cuja extensão atinge ≥ 10 trabalhadores 5

Aspeto cuja extensão atinge 7 a 9 trabalhadores 4

Aspeto cuja extensão atinge 4 a 6 trabalhadores 3

Aspeto cuja extensão atinge 2 a 3 trabalhadores 2

Aspeto cuja extensão atinge 1 trabalhador 1

Ocorrência contínua - periodicidade: diária (>4h) 5

Ocorrência frequente - periodicidade: meio dia 4

Ocorrência periódica - periodicidade: > 2 x semana 3

Ocorrência reduzida – periodicidade 1 a 2 x semana 2

Ocorrência esporádica – periodicidade mensal 1

A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e/ou o risco tem potencial

para originar morte - Custo acrescido5

A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e o risco tem potencial para

originar IPA para o trabalho4

A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e decorrem atividades em

simultâneo com potencial para originar ITP ou ITA3

A atividade é caminho critico do plano de trabalhos e o risco tem potencial para

originar ITP ou ITA2

A atividade não é caminho critico do plano de trabalhos - Sem custo acrescido 1

Legenda:

IPA - Incapacidade permanente absoluta;

ITA - Incapacidade temporária absoluta;

ITP - Incapacidade temporária parcial.

MIAR - MÉTODO INTEGRADO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS NA CONSTRUÇÃO (rev.00)

1. Gravidade do Aspeto

2. Extensão do Impacte

3. Exposição/

frequência de ocorrência

do aspeto

4. Custos e

complexidade técnica

Caminho Critico - Utiliza como base o programa MS

Project , método CPM (Critical Path Method).

O caminho critico compreende o conjunto de atividades

cuja data de início e fim não permitem variações,

qualquer atraso produz atraso no fim do projeto.

A. Fase de Planeamento(avaliação na fase de desenvolvimento do procedimento especifico de segurança, ainda sem as medidas de prevenção dos riscos implementadas)

Page 82: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

1 de 2 .

FASE DE PLANEAMENTO DA OBRA

Identificação da atividade /

subatividadeSituação perigosa Risco / Consequência Gravidade Extensão do Impacto Exposição Custo

ATIVIDADE:

Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento

Exposição ao ruído

Incêndio

Pancadas e cortes : objetos ou

ferramentas

Projeção de fragmentos ou partículas

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamentoCabo de alimentação elétrica do

equipamentoEletrização

Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento

Sobre-esforços fisicos

Escavação mineira Soterramento

Laboração de equipamento automotor Atropelamento

Manuseamento de explosivos Explosão

Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos

Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m

Escavação mineira Soterramento

Laboração de equipamento automotor Atropelamento

Capotamento de equipamentos

Exposição a vibrações

Exposição ao ruído

Incêndio

Queda de materiais

Inalação de poeiras

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento

Escavação mineira Soterramento

ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO

Preparação de cargas explosivas, carregamento, ligação dos

Remoção do escombro

PREENCHER APENAS OS CAMPOS A AZUL

Page 83: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

3

Anexo 2

Avaliação de riscos inicial

Page 84: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

ATIVIDADE:ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E

SUPORTE PRIMÁRIOValoração do risco em função do avaliador

Identificação da

atividade /

subatividade

Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR

Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Médio 200 Médio 300 Alto 200 Médio 200 Médio 300 Alto 300 Alto 200 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio 300 Alto 160 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio

Exposição ao ruído 108 Médio 72 Médio 192 Médio 72 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 240 Alto 90 Médio 180 Médio 90 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio

Incêndio 108 Médio 72 Médio 108 Médio 48 Médio 300 Alto 72 Médio 300 Alto 72 Médio 48 Médio 375 Alto 72 Médio 180 Médio 36 Médio 48 Médio 300 Alto 72 Médio 72 Médio

Pancadas e cortes : objetos ou

ferramentas36 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Baixo 72 Médio 72 Médio 36 Médio 24 Baixo 48 Médio 32 Médio 16 Baixo 16 Baixo 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio

Projeção de fragmentos ou partículas 72 Médio 48 Médio 192 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 60 Médio 24 Baixo 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento144 Médio 48 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 108 Médio 48 Médio 72 Médio 24 Baixo 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Cabo de alimentação elétrica do

equipamentoEletrização 240 Alto 200 Médio 300 Alto 200 Médio 48 Médio 200 Médio 300 Alto 64 Médio 300 Alto 225 Alto 200 Médio 200 Médio 100 Médio 48 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio

Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 36 Médio 48 Médio 108 Médio 24 Baixo 64 Médio 72 Médio 72 Médio 24 Baixo 192 Médio 24 Baixo 48 Médio 48 Médio 40 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Sobre-esforços fisicos 36 Médio 32 Médio 48 Médio 16 Baixo 24 Baixo 32 Médio 48 Médio 24 Baixo 72 Médio 24 Baixo 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio

Escavação mineira Soterramento 300 Alto 300 Alto 300 Alto 200 Médio 200 Médio 300 Alto 375 Alto 240 Alto 300 Alto 375 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto 375 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 256 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 120 Médio 150 Médio 150 Médio 400 Alto 300 Alto 500Muito

Alto192 Médio 300 Alto 400 Alto 400 Alto

Manuseamento de explosivos Explosão 300 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 300 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 400 Alto 500Muito

Alto240 Alto 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto

Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 54 Médio 64 Médio 144 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 48 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio

Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 120 Médio 200 Médio 400 Alto 200 Médio 108 Médio 300 Alto 200 Médio 48 Médio 128 Médio 200 Médio 200 Médio 300 Alto 100 Médio 48 Médio 72 Médio 200 Médio 200 Médio

Escavação mineira Soterramento 400 Alto 400 Alto 400 Alto 300 Alto 300 Alto 400 Alto 400 Alto 320 Alto 300 Alto 500Muito

Alto400 Alto 400 Alto 400 Alto 375 Alto 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Médio 200 Médio 500Muito

Alto100 Médio 200 Médio 200 Médio 625

Muito

Alto80 Médio 250 Alto 250 Alto 200 Médio 400 Alto 300 Alto 200 Médio 400 Alto 200 Médio 200 Médio

Capotamento de equipamentos 144 Médio 200 Médio 320 Alto 100 Médio 200 Médio 400 Alto 500Muito

Alto72 Médio 250 Alto 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto 192 Médio 80 Médio 200 Médio 200 Médio 200 Médio

Exposição a vibrações 48 Médio 16 Baixo 20 Baixo 8 Baixo 16 Baixo 32 Médio 32 Médio 32 Médio 20 Baixo 90 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 32 Médio 32 Médio 16 Baixo 16 Baixo

Exposição ao ruído 192 Médio 192 Médio 60 Médio 48 Médio 64 Médio 192 Médio 160 Médio 32 Médio 60 Médio 320 Alto 96 Médio 192 Médio 60 Médio 48 Médio 120 Médio 192 Médio 192 Médio

Incêndio 144 Médio 500Muito

Alto500

Muito

Alto48 Médio 400 Alto 500

Muito

Alto625

Muito

Alto60 Médio 250 Alto 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto 72 Médio 32 Médio 500

Muito

Alto500

Muito

Alto500

Muito

Alto

Queda de materiais 192 Médio 200 Médio 240 Alto 48 Médio 200 Médio 500Muito

Alto120 Médio 36 Médio 160 Médio 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto 300 Alto 48 Médio 48 Médio 200 Médio 200 Médio

Inalação de poeiras 144 Médio 120 Médio 40 Médio 16 Baixo 32 Médio 120 Médio 50 Médio 120 Médio 60 Médio 180 Médio 144 Médio 144 Médio 72 Médio 18 Baixo 40 Médio 120 Médio 120 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento24 Baixo 48 Médio 180 Médio 32 Médio 64 Médio 72 Médio 150 Médio 36 Médio 60 Médio 160 Médio 128 Médio 48 Médio 24 Baixo 36 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Escavação mineira Soterramento 500Muito

Alto500

Muito

Alto500

Muito

Alto200 Médio 200 Médio 500

Muito

Alto625

Muito

Alto500

Muito

Alto250 Alto 500

Muito

Alto400 Alto 400 Alto 300 Alto 375 Alto 500

Muito

Alto500

Muito

Alto500

Muito

Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 128 Médio 200 Médio 300 Alto 75 Médio 150 Médio 200 Médio 225 Alto 160 Médio 150 Médio 100 Médio 200 Médio 300 Alto 300 Alto 200 Médio 225 Alto 200 Médio 200 Médio

Incêndio 144 Médio 400 Alto 300 Alto 36 Médio 300 Alto 400 Alto 400 Alto 192 Médio 96 Médio 150 Médio 300 Alto 200 Médio 72 Médio 32 Médio 375 Alto 400 Alto 400 Alto

Contacto com componentes quimicos

(Betão e fibras)Asfixia 240 Alto 48 Médio 180 Médio 24 Baixo 300 Alto 48 Médio 240 Alto 24 Baixo 128 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 32 Médio 24 Baixo 48 Médio 48 Médio

Projeção de fragmentos ou partículas 32 Médio 32 Médio 48 Médio 12 Baixo 48 Médio 32 Médio 64 Médio 32 Médio 128 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 24 Baixo 36 Médio 32 Médio 32 Médio

Queimaduras por contacto c/ sub.

Químicas48 Médio 48 Médio 108 Médio 12 Baixo 12 Baixo 48 Médio 96 Médio 24 Baixo 128 Médio 72 Médio 24 Baixo 72 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento24 Baixo 48 Médio 108 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 96 Médio 48 Médio 128 Médio 128 Médio 48 Médio 16 Baixo 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio

Escavação mineira Soterramento 400 Alto 400 Alto 300 Alto 60 Médio 120 Médio 400 Alto 400 Alto 320 Alto 200 Médio 400 Alto 400 Alto 300 Alto 375 Alto 375 Alto 375 Alto 400 Alto 400 Alto

Indice do risco

(IR)Valor

Baixo < 24

Médio 25 - 224

Elevado 225 - 425

Muito Elevado > 426

Preparação de

cargas explosivas,

carregamento,

ligação dos

Remoção do

escombro

Aplicação de

betão projetado

1.ª análise

Page 85: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Anexo 3

Avaliação de riscos inicial sem o parâmetro custo

Page 86: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

ATIVIDADE:ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM

RECURSO A EXPLOSIVOS E Valoração do risco em função do avaliador

Identificação da

atividade /

subatividade

Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR

Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 48 Alto 30 Médio 60 Alto 40 Médio 40 Médio 45 Alto 60 Alto 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio 60 Alto 40 Médio 40 Médio 30 Médio 30 Médio

Exposição ao ruído 36 Médio 36 Médio 48 Alto 24 Médio 48 Alto 36 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 60 Alto 45 Alto 45 Alto 45 Alto 36 Médio 36 Médio 36 Médio 36 Médio

Incêndio 36 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 60 Alto 36 Médio 60 Alto 36 Médio 24 Médio 75 Alto 36 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 60 Alto 36 Médio 36 Médio

Pancadas e cortes : objetos ou

ferramentas12 Médio 24 Médio 24 Médio 12 Médio 36 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 16 Médio 8 Médio 8 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 18 Baixo

Projeção de fragmentos ou partículas 24 Médio 24 Médio 48 Alto 16 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 24 Médio 30 Médio 30 Médio 12 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento36 Médio 24 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 36 Médio 24 Médio 24 Médio 12 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo

Cabo de alimentação elétrica do

equipamentoEletrização 60 Alto 40 Médio 60 Alto 40 Médio 24 Médio 40 Médio 60 Alto 32 Médio 60 Alto 45 Alto 40 Médio 40 Médio 20 Médio 24 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio

Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 12 Médio 24 Médio 36 Médio 12 Médio 32 Médio 36 Médio 36 Médio 24 Médio 48 Alto 12 Médio 24 Médio 24 Médio 20 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo

Sobre-esforços fisicos 12 Médio 16 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 24 Médio 24 Médio 36 Médio 12 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Baixo

Escavação mineira Soterramento 60 Alto 60 Alto 60 Alto 40 Médio 40 Médio 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 75 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Médio

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 64 Alto 60 Alto 80 Alto 60 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 30 Médio 30 Médio 80 Alto 60 Alto 100 Muito Alto 48 Alto 45 Alto 60 Alto 80 Médio

Manuseamento de explosivos Explosão 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 100 Muito Alto 60 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Médio

Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 18 Médio 32 Médio 48 Alto 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Alto 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 36 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio

Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 30 Médio 40 Médio 80 Alto 40 Médio 36 Médio 60 Alto 40 Médio 24 Médio 32 Médio 40 Médio 40 Médio 60 Alto 20 Médio 24 Médio 36 Médio 40 Médio 40 Médio

Escavação mineira Soterramento 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 60 Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 80 Alto 75 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Médio

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 48 Alto 40 Médio 100Muito Alto 20 Médio 40 Médio 40 Médio 125 Muito Alto 40 Médio 50 Alto 50 Alto 40 Médio 80 Alto 60 Alto 40 Médio 80 Alto 40 Médio 40 Médio

Capotamento de equipamentos 36 Médio 40 Médio 80 Alto 20 Médio 40 Médio 80 Alto 100 Muito Alto 24 Médio 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 48 Alto 40 Médio 40 Médio 40 Médio 40 Médio

Exposição a vibrações 24 Médio 8 Médio 20 Médio 4 Baixo 8 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 10 Médio 30 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 16 Médio 16 Médio 8 Médio 8 Baixo

Exposição ao ruído 48 Alto 48 Alto 60 Alto 24 Médio 64 Alto 48 Alto 40 Médio 32 Médio 30 Médio 80 Alto 48 Alto 48 Alto 30 Médio 24 Médio 60 Alto 48 Alto 48 Médio

Incêndio 48 Alto 100 Muito Alto100Muito Alto 24 Médio 80 Alto 100 Muito Alto125 Muito Alto 15 Médio 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 36 Médio 16 Médio 100 Muito Alto100 Muito Alto100 Médio

Queda de materiais 48 Alto 40 Médio 60 Alto 24 Médio 40 Médio 100 Muito Alto 60 Alto 18 Médio 40 Médio 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 24 Médio 24 Médio 40 Médio 40 Médio

Inalação de poeiras 48 Alto 60 Alto 20 Médio 8 Médio 16 Médio 60 Alto 25 Médio 60 Alto 30 Médio 60 Alto 48 Alto 48 Alto 36 Médio 9 Médio 20 Médio 60 Alto 60 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento12 Médio 24 Médio 60 Alto 16 Médio 32 Médio 36 Médio 75 Alto 18 Médio 30 Médio 40 Médio 32 Médio 24 Médio 12 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Baixo

Escavação mineira Soterramento 100 Muito Alto100 Muito Alto100Muito Alto 40 Médio 40 Médio 100 Muito Alto125 Muito Alto100 Muito Alto 50 Alto 100 Muito Alto 80 Alto 80 Alto 60 Alto 75 Alto 100 Muito Alto100 Muito Alto100 Médio

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 32 Médio 30 Médio 60 Alto 15 Médio 30 Médio 40 Médio 45 Alto 40 Médio 30 Médio 20 Médio 40 Médio 60 Alto 60 Alto 40 Médio 45 Alto 40 Médio 40 Médio

Incêndio 48 Alto 80 Alto 60 Alto 18 Médio 60 Alto 80 Alto 80 Alto 48 Alto 24 Médio 30 Médio 60 Alto 40 Médio 18 Médio 16 Médio 75 Alto 80 Alto 80 Médio

Contacto com componentes quimicos

(Betão e fibras)Asfixia 80 Alto 24 Médio 36 Médio 12 Médio 60 Alto 24 Médio 48 Alto 24 Médio 32 Médio 16 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 16 Médio 12 Médio 24 Médio 24 Baixo

Projeção de fragmentos ou partículas 16 Médio 16 Médio 24 Médio 6 Médio 24 Médio 16 Médio 32 Médio 16 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 24 Médio 12 Médio 18 Médio 16 Médio 16 Baixo

Queimaduras por contacto c/ sub.

Químicas24 Médio 24 Médio 36 Médio 6 Médio 6 Médio 24 Médio 48 Alto 24 Médio 32 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 24 Médio 24 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Baixo

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento12 Médio 24 Médio 36 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Alto 24 Médio 24 Médio 32 Médio 32 Médio 24 Médio 8 Médio 24 Médio 18 Médio 24 Médio 24 Baixo

Escavação mineira Soterramento 80 Alto 80 Alto 60 Alto 30 Médio 60 Alto 80 Alto 80 Alto 64 Alto 40 Médio 80 Alto 80 Alto 60 Alto 75 Alto 75 Alto 75 Alto 80 Alto 80 Médio

Indice do risco

(IR)Valor

Baixo < 5

Médio 05 - 44

Elevado 45 - 84

Muito Elevado > 84

Preparação de

cargas explosivas,

carregamento,

ligação dos

Remoção do

escombro

Aplicação de

betão projetado

2.ª análise

Page 87: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

Anexo 4

Avaliação de riscos após a reavaliação da MIAR

Page 88: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

ATIVIDADE: Valoração do Risco

Identificação da

atividade /

subatividade

Situação perigosa Risco / Consequência 1 VR 3 VR 4 VR 5 VR 7 VR 9 VR 10 VR 11 VR 12 VR 13 VR 14 VR 15 VR 16 VR 17 VR 18 VR 19 VR 20 VR

Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 144 Alto 90 Médio 120 Médio 120 Médio 120 Médio 135 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 180 Alto 120 Médio 180 Alto 120 Médio 120 Médio 120 Médio 90 Médio 90 Médio

Exposição ao ruído 72 Médio 72 Médio 64 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 48 Médio 120 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio

Incêndio 72 Médio 108 Médio 48 Médio 48 Médio 180 Alto 108 Médio 180 Alto 72 Médio 48 Médio 225 Alto 108 Médio 108 Médio 54 Médio 48 Médio 180 Alto 72 Médio 72 Médio

Pancadas e cortes : objetos ou

ferramentas24 Médio 48 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 108 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio 16 Médio 48 Médio 32 Médio 48 Médio 36 Médio

Projeção de fragmentos ou partículas 48 Médio 48 Médio 64 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 60 Médio 24 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento108 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 108 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Cabo de alimentação elétrica do

equipamentoEletrização 180 Alto 80 Médio 120 Médio 120 Médio 72 Médio 120 Médio 180 Alto 96 Médio 180 Alto 135 Alto 80 Médio 120 Médio 60 Médio 72 Médio 120 Médio 120 Médio 120 Médio

Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 24 Médio 48 Médio 48 Médio 24 Médio 64 Médio 108 Médio 108 Médio 48 Médio 144 Alto 24 Médio 48 Médio 48 Médio 60 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio

Sobre-esforços fisicos 24 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 72 Médio 24 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio

Escavação mineira Soterramento 180 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 120 Médio 180 Alto 225 Alto 180 Alto 180 Alto 225 Alto 180 Alto 240 Alto 180 Alto 225 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 192 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 240 Alto 180 Alto 180 Alto 120 Médio 90 Médio 180 Alto 240 Alto 180 Alto 200 Alto 144 Alto 135 Alto 180 Alto 240 Alto

Manuseamento de explosivos Explosão 180 Alto 240 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 300 Muito Alto 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto

Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 36 Médio 64 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio 96 Médio 72 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 72 Médio 64 Médio 64 Médio 64 Médio

Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 120 Médio 80 Médio 180 Alto 120 Médio 108 Médio 180 Alto 120 Médio 72 Médio 96 Médio 120 Médio 80 Médio 180 Alto 40 Médio 72 Médio 108 Médio 120 Médio 120 Médio

Escavação mineira Soterramento 240 Alto 240 Alto 180 Alto 180 Alto 180 Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 144 Alto 120 Médio 180 Alto 180 Alto 120 Médio 120 Médio 375 Muito Alto 120 Médio 300 Muito Alto 225 Alto 120 Médio 240 Alto 160 Alto 180 Alto 240 Alto 120 Médio 120 Médio

Capotamento de equipamentos 108 Médio 80 Médio 96 Médio 80 Médio 120 Médio 240 Alto 300 Muito Alto 48 Médio 150 Alto 300 Muito Alto 160 Alto 240 Alto 96 Médio 80 Médio 120 Médio 120 Médio 80 Médio

Exposição a vibrações 48 Médio 16 Médio 24 Médio 16 Médio 16 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 20 Médio 180 Alto 48 Médio 16 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 16 Médio 16 Médio

Exposição ao ruído 120 Médio 96 Médio 72 Médio 72 Médio 128 Alto 96 Médio 64 Médio 64 Médio 120 Médio 160 Alto 96 Médio 144 Alto 80 Médio 48 Médio 120 Médio 96 Médio 96 Médio

Incêndio 120 Médio 300 Muito Alto 120 Médio 48 Médio 240 Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 30 Médio 150 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 108 Médio 32 Médio 160 Alto 200 Alto 200 Alto

Queda de materiais 120 Médio 120 Médio 108 Médio 108 Médio 120 Médio 300 Muito Alto 108 Médio 54 Médio 180 Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 120 Médio 48 Médio 72 Médio 120 Médio 120 Médio

Inalação de poeiras 120 Médio 120 Médio 24 Médio 24 Médio 32 Médio 120 Médio 40 Médio 120 Médio 120 Médio 180 Alto 96 Médio 96 Médio 96 Médio 18 Médio 40 Médio 120 Médio 120 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento24 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 108 Médio 135 Alto 36 Médio 90 Médio 160 Alto 64 Médio 48 Médio 24 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio

Escavação mineira Soterramento 300 Muito Alto 300 Muito Alto 180 Alto 180 Alto 120 Médio 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 240 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto 300 Muito Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 96 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 90 Médio 120 Médio 135 Alto 120 Médio 90 Médio 60 Médio 120 Médio 180 Alto 120 Médio 120 Médio 135 Alto 120 Médio 120 Médio

Incêndio 96 Médio 160 Alto 60 Médio 36 Médio 60 Médio 240 Alto 180 Alto 96 Médio 48 Médio 135 Alto 180 Alto 80 Médio 54 Médio 32 Médio 150 Alto 160 Alto 160 Alto

Contacto com componentes quimicos

(Betão e fibras)Asfixia 160 Alto 72 Médio 36 Médio 24 Médio 45 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 48 Médio 72 Médio 48 Médio 144 Alto 32 Médio 24 Médio 48 Médio 48 Médio

Projeção de fragmentos ou partículas 32 Médio 32 Médio 24 Médio 12 Baixo 36 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 32 Médio 32 Médio 48 Médio 24 Médio 36 Médio 32 Médio 32 Médio

Queimaduras por contacto c/ sub.

Químicas48 Médio 48 Médio 36 Médio 24 Médio 12 Baixo 48 Médio 72 Médio 48 Médio 64 Médio 108 Médio 16 Médio 48 Médio 48 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento24 Médio 72 Médio 36 Médio 36 Médio 72 Médio 72 Médio 72 Médio 48 Médio 48 Médio 96 Médio 64 Médio 72 Médio 24 Médio 48 Médio 36 Médio 48 Médio 48 Médio

Escavação mineira Soterramento 240 Alto 240 Alto 90 Médio 90 Médio 180 Alto 240 Alto 240 Alto 192 Alto 120 Médio 180 Alto 240 Alto 240 Alto 225 Alto 225 Alto 225 Alto 240 Alto 240 Alto

Indice do risco

(IR)Valor

Baixo ≤ 12

Médio 13 - 120

Elevado 121 - 240

Muito Elevado ≥ 240

Remoção do

escombro

Aplicação de

betão projetado

Preparação de

cargas explosivas,

carregamento,

ligação dos

ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E

SUPORTE PRIMÁRIO

3.ª Análise

Page 89: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

6

Anexo 5

Avaliação de riscos segundo o método William T. Fine

Page 90: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

ATIVIDADE:

Identificação da

atividade /

subatividade

Situação perigosa Risco / Consequência Gravidade Exposição ProbabilidadeGrau de

Perigosidade

Classificação

WF

Perfuração Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 6 1 150 Médio

Exposição ao ruído 1 6 6 36 Baixo

Incêndio 15 6 1 90 Médio

Pancadas e cortes : objetos ou

ferramentas1 3 3 9 Baixo

Projeção de fragmentos ou partículas 1 6 6 36 Baixo

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento15 6 1 90 Médio

Cabo de alimentação elétrica do

equipamentoEletrização 25 6 1 150 Médio

Acoplamento de varas Entalão ou esmagamento 15 6 3 270 Muito Alto

Sobre-esforços fisicos 5 3 3 45 Baixo

Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 50 6 1 300 Muito Alto

Manuseamento de explosivos Explosão 50 10 0,5 250 Muito Alto

Movimentação manual de cargas Sobre-esforços fisicos 5 10 3 150 Médio

Laboração de equipamento automotor Queda de pessoas em altura > 2 m 25 3 1 75 Baixo

Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 6 1 150 Médio

Capotamento de equipamentos 25 6 1 150 Médio

Exposição a vibrações 1 10 6 60 Baixo

Exposição ao ruído 1 10 6 60 Baixo

Incêndio 15 6 1 90 Médio

Queda de materiais 15 6 1 90 Médio

Inalação de poeiras 1 6 6 36 Baixo

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento15 10 1 150 Médio

Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto

Laboração de equipamento automotor Atropelamento 25 3 1 75 Baixo

Incêndio 15 6 1 90 Médio

Contacto com componentes quimicos

(Betão e fibras)Asfixia 5 3 1 15 Baixo

Projeção de fragmentos ou partículas 1 3 3 9 Baixo

Queimaduras por contacto c/ sub.

Químicas1 2 3 6 Baixo

Rotura de mangueiras / componentes

do equipamento15 10 1 150 Médio

Escavação mineira Soterramento 50 10 0,5 250 Muito Alto

Preparação de

cargas explosivas,

carregamento,

ligação dos

Remoção do

escombro

Aplicação de

betão projetado

ESCAVAÇÃO SUBTERRÂNEA COM RECURSO A EXPLOSIVOS E SUPORTE PRIMÁRIO

Page 91: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

7

Anexo 6

Plano e Registo de Monitorização e Prevenção

Page 92: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO

ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”

PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2

Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 1 de 4

Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____

TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES

EE EE EE EE EE CS

LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador

CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável

Entidade Executante CSO Dono de Obra

Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:

Geral At rope lamento

3 Os t raba lhadores deve rão manter -s e a fas tados dos equ ipamentos em labo ração

AID EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

3 Es tão s ina l i zados e de l im i tados com ET4 os cam inhos de c i rc u lação pedona l no in t er i o r do túne l

AID EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

2

Es tão co locadas ba ias de pos ição (ET3) 10 m at rás das máquinas em labo ração no in te r io r do túne l e na f rente de escavaçã o

AID EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

3 Os cam iões c i rcu lam em marcha f ronta l e fazem inversão de marcha junto da f rente de t raba lhos

DA EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Capotamento 3

A p la ta f orma de t raba lho onde os equ ipamentos e cam iões es tab i l i zam e c i rcu lam respet ivamente, encont ra -se regu la r i zada de n íve l

AID MAN

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Incênd io 2 Os equ ipamentos automotores possuem ext i n tor de pó qu ím ico no in te r io r da cab ine

AID EN /

MAN

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Soter ramento 5

Sempre que se det e ta a lguma ins tab i l i dade do mac iço, os t raba lhos são suspensos e a f rente é inspec ionada pe la Eq. Geo log ia

DA EN

/GEO

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Page 93: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO

ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”

PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2

Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 2 de 4

Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____

TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES

EE EE EE EE EE CS

LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador

CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável

Entidade Executante CSO Dono de Obra

Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:

Geral Queda em a l tura

4

Todos os t raba lhos em a l tu ra serão e fe tuados com os t raba lhadores pos ic ionados em ces to para e levação de pessoas equ ipados com arnês preso à ces ta .

AID EN/

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Perfuração Elet r i zação 5

Garant i r que o Jumbo nos t raba l hos no in ter io r do túne l es tá l igado a um quadro e lé t r i co adequado e pro teg ido por um d i ferenc ia l de 30 mA

AID EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Rotu ra de manguei ras

4 As un iões da manguei ra de águ a encont ram -se em bom es tado e dev idamente roscadas

AID EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Preparação de

cargas

explosivas, Explos ão

3 As canas são preparadas no contento r fe r ramente i ro des t inado pa r a es ta a t i v i dade

AIT EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

carregamento,

l igação dos 5

As canas e os detonadores são t ranspor t ados pa ra a f rente de ob ras separadamente

AIT

EN /

/TS

OF

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

detonadores e

detonação

5 Os exp los i vos s ão manuseados apenas por t raba lhadores hab i l i t ados com cédula de operador de exp los ivos

AIT EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

3

Del im i tação da f rente com f i ta s ina l i zadora e ET3 - Ba ia de pos ição e s ina l i zação “Per i go de Exp losão” onde exis te mater i a l exp los i vo e acessór i os de t i ro , impedindo o aceso inadver t ido de pessoas ou equ ipamentos .

AIT EN /

TS

C

C

C

C

C

C

NC NC NC NC NC NC

NA NA NA NA NA NA

Page 94: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO

ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”

PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2

Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 3 de 4

Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____

TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES

EE EE EE EE EE CS

LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador

CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável

Entidade Executante CSO Dono de Obra

Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:

Explos ão 3 Des l igar os t e lemóve is , antes do

manuseamento dos detonadores AIT

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Preparação de

cargas

explosivas,

4

Os t raba lhadores e equ ipamentos , que r do lado Nascente quer do Poente , encont ram -se em zona segura, jun to do es ta le i ro de apo io

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carregamento,

l igação dos

3 As in f raes t ru tu ras e lé t r i cas e o vent i lador do túne l são des l igados antes da detonação da pega de fogo

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detonadores e

detonação

5 As l igações da pega de f ogo es tão em conform idade com o p lano de fogo aprovado pe la F isca l i zação/CSO.

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5

Antes do in íc io das pegas é e fe tuada a comunicação com a GNR e S ina le i ros , para implementação do p lano operac iona l de abrandamentos .

Real izar os av isos sonoros antes de in ic iar a pega: 2 toques 5 m inutos antes e 1 toque 30 segundos imedia tamente antes da de tonação.

AIT

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PP

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4

Após o rebentamento e por i nd icação do Técn ico responsáve l pe la pega de fogo, é em i t ido o ú l t imo av iso sonoro pro longado. A vent i l ação é ac ionada por per íodo m ín imo de 10 m in antes do ope rador de fogo ent rar no túne l .

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Page 95: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA INTEGRADA DE AVALIAÇÃO DE …

“EMPREITADA PARA A CONCEÇÃO / CONSTRUÇÃO DO NOVO TÚNEL NORTE DE ÁGUAS SANTAS NO SUBLANÇO

ÁGUAS SANTAS / ERMESINDE, DA A4 – AUTOESTRADA PORTO / AMARANTE”

PLANO E REGISTO DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO Atividade: Escavação e suporte pr imár io – ZG1 / G2

Código nº: PRMP 28 Revisão: 03p Página: 4 de 4

Localização: Semana: _____ /____ /_____ a _____ /____ /_____

TAREFA RISCOS CVD ACÇÕES DE PREVENÇÃO / PROTECÇÃO FV RV PP VERIFICAÇÕES

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LEGENDA AID- Antes do Início da Actividade; D- Diário; DA- Durante a Actividade; FA- Final da Actividade EE- Entidade Executante; CH- Chefia; EN- Encarregado; TS- Técnico de Segurança; CS- Coordenação de Segurança OF- Operador de fogo; MAN - Manobrador

CVD – Critério de valoração da deficiência PP - Ponto Paragem (X); FV - Frequência Verificação; RV - Responsável Verificação C – Conforme; NC - Não Conforme; NA - Não Aplicável

Entidade Executante CSO Dono de Obra

Preparação: Gestor de segurança Verificação: DTE Validação Técnica: Aprovação:

Remoção de

escombro

Ina lação de poe i ras / in tox icação

4 Ver i f i ca r que a vent i l ação es tá a t i vada e aguarda r a renovação de ar n a f rente de t raba lho.

AIT

EN

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Soter ramento 4

Só após o d is pa ro e i n formação do técn ico responsáve l de fogo / Encarregado é que se dá auto r i zação para acesso ao in te r io r d o túne l

AIT

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OF.

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Aplicação de

betão projetado

Pro jeção de par t ícu las e in tox icação, que imadura

3 Ut i l i zação de pro teção ocu la r , sem i -máscara com f i l t ro ABEK e fa to de macaco. Luvas de bo r racha – eventua l .

AIT

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Soter ramento 4

No momento da pro jeção nenhum t raba lhador deverá es tar por ba i xo na zona não sus t ida, só o b raço do rob ot invade a zona a p ro jec tar .

DA

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MAN

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4

Ap l i cação de uma camada de betão pro je tado re forç ado com f ib ras metá l i cas de 5 cm de espessura antes da co locação das cambot as

DA

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Rotu ra de manguei ras

4 As un iões da manguei ra de água encont ram -se em bom es tado e dev idamente roscadas .

AID EN /

TS

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