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1 Aplicação da técnica de mobilização neural na lombalgia Tereza Cristina Ortega da Costa Araújo 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia² Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Turma 13 Faculdade FAIPE Resumo A coluna vertebral é considerada o principal eixo do corpo humano, portanto, para que haja um bom funcionamento dessa estrutura, é necessário que exista equilíbrio entre essas partes que a compõem. Assim sendo, com o mal funcionamento, este equilíbrio pode ser afetado trazendo problemas de desalinhamento desse eixo que futuramente pode acarretar dores na coluna. Entretanto, dessa estrutura a coluna lombar, é a que mais sofre com as dores, por ser a região onde a maioria dos movimentos é iniciada e ocorre transmissão de cargas do corpo, constituindo uma potencial fonte de dor. Dentre as afecções da coluna lombar, a lombalgia é a mais frequente, com uma prevalência muito alta, capaz de provocar dores e até mesmo limitações no movimento. Este artigo tem o objetivo de abordar a aplicação da técnica de mobilização neural na lombalgia, assim também, como identificar as causas e consequências. O método utilizado foi à busca nas bases de dados de artigos científicos da LILACS, MEDLINE, BIREME, Revista Brasileira de Fisioterapia, informações relacionadas ao assunto. Conclui-se que a aplicação da técnica visa restaurar o movimento e a elasticidade do sistema nervoso, provocando o retorno de suas funções normais e analgesia, com o intuito promover vários benefícios ao paciente, dentre eles os principais são a melhora significativa do quadro álgico e o aumento da mobilidade após a aplicação da técnica. Portanto, pensando nos conflitos que os indivíduos enfrentam com essa patologia em suas vidas, a fisioterapia configura-se um importante meio de recuperação para propiciar uma melhor qualidade de vida aos mesmos. Palavras-chave: Aplicação da técnica; Mobilização Neural; Lombalgia. 1. Introdução A coluna vertebral é considerada o principal eixo do corpo humano, para que haja um funcionamento adequado desse eixo é necessário que exista equilíbrio entre as estruturas. Este equilíbrio pode ser afetado constantemente, pois a coluna está submetida a mudanças posturais e ao suporte de diversas cargas a todo tempo, podendo dar origem a um desalinhamento dessas peças o que irá gerar uma elevada incidência de dores na coluna da população em geral (REIS et al, 2005). Segundo Quintanilha (2002) a coluna vertebral, em toda a sua estrutura, pode ser comparada a um edifício de ossos. É rígida na base sacra, junto aos ossos ilíacos, da bacia, e articula-se nos seus andares, ou sequência de vértebras. Esse princípio arquitetônico pode ajudar a entender melhor toda a estrutura de sustentação do corpo humano. O edifício vertebral, como um todo, trata-se de um órgão em cuja atividade se abriga toda a sustentação do corpo humano. A estabilidade intervertebral depende de ligamentos e de potente ação muscular, para se 1 Pós-graduando em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual ² Orientadora: Graduada em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrado em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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Aplicação da técnica de mobilização neural na lombalgia

Tereza Cristina Ortega da Costa Araújo1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia² Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual – Turma

13 – Faculdade FAIPE

Resumo

A coluna vertebral é considerada o principal eixo do corpo humano, portanto, para que haja

um bom funcionamento dessa estrutura, é necessário que exista equilíbrio entre essas partes

que a compõem. Assim sendo, com o mal funcionamento, este equilíbrio pode ser afetado

trazendo problemas de desalinhamento desse eixo que futuramente pode acarretar dores na

coluna. Entretanto, dessa estrutura a coluna lombar, é a que mais sofre com as dores, por ser

a região onde a maioria dos movimentos é iniciada e ocorre transmissão de cargas do corpo,

constituindo uma potencial fonte de dor. Dentre as afecções da coluna lombar, a lombalgia é

a mais frequente, com uma prevalência muito alta, capaz de provocar dores e até mesmo

limitações no movimento. Este artigo tem o objetivo de abordar a aplicação da técnica de

mobilização neural na lombalgia, assim também, como identificar as causas e consequências.

O método utilizado foi à busca nas bases de dados de artigos científicos da LILACS,

MEDLINE, BIREME, Revista Brasileira de Fisioterapia, informações relacionadas ao

assunto. Conclui-se que a aplicação da técnica visa restaurar o movimento e a elasticidade

do sistema nervoso, provocando o retorno de suas funções normais e analgesia, com o intuito

promover vários benefícios ao paciente, dentre eles os principais são a melhora significativa

do quadro álgico e o aumento da mobilidade após a aplicação da técnica. Portanto,

pensando nos conflitos que os indivíduos enfrentam com essa patologia em suas vidas, a

fisioterapia configura-se um importante meio de recuperação para propiciar uma melhor

qualidade de vida aos mesmos.

Palavras-chave: Aplicação da técnica; Mobilização Neural; Lombalgia.

1. Introdução

A coluna vertebral é considerada o principal eixo do corpo humano, para que haja um

funcionamento adequado desse eixo é necessário que exista equilíbrio entre as estruturas. Este

equilíbrio pode ser afetado constantemente, pois a coluna está submetida a mudanças

posturais e ao suporte de diversas cargas a todo tempo, podendo dar origem a um

desalinhamento dessas peças o que irá gerar uma elevada incidência de dores na coluna da

população em geral (REIS et al, 2005).

Segundo Quintanilha (2002) a coluna vertebral, em toda a sua estrutura, pode ser comparada a

um edifício de ossos. É rígida na base sacra, junto aos ossos ilíacos, da bacia, e articula-se nos

seus andares, ou sequência de vértebras. Esse princípio arquitetônico pode ajudar a entender

melhor toda a estrutura de sustentação do corpo humano. O edifício vertebral, como um todo,

trata-se de um órgão em cuja atividade se abriga toda a sustentação do corpo humano. A

estabilidade intervertebral depende de ligamentos e de potente ação muscular, para se

1Pós-graduando em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual

² Orientadora: Graduada em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrado em

Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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contrapor ao grande esforço de carga que recebe constantemente. As vértebras se sobrepõem

num conjunto harmônico, mantidas por firmes ligamentos e tirantes musculares de suspensão,

numa sequência de curvas que se mantém com perfeita estabilidade. Mecanicamente, a coluna

vertebral se comporta como uma dupla viga engastada, suportando cargas excêntricas e

móveis. Como toda a viga que funciona nesse princípio, apresenta uma área em que

predomina uma força de compressão e outra antagônica, força de tração, que mantém o

equilíbrio com a primeira. Entre as duas se estabelece um ponto neutro, onde não existe tração

ou compressão. É o ponto zero ou ponto neutro, de repouso. Este efeito dinâmico, sinérgico e

antagônico, das duas forças é que determina a formação de caprichosas curvas de adaptação

no sentido anterior-posterior. Nas transições entre os segmentos das curvas se estabelecem

pontos de equilíbrio, onde são neutralizadas as cargas que recaem sobre a coluna.

A coluna vertebral estende-se do crânio até o sacro sendo responsável por dois quintos do

peso corporal total, sendo composta por tecido conjuntivo e pelas vértebras, mas a pelve e o

cóccix, constituindo, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial (SOBOTTA,

2000).

Tortora (2006) define a coluna vertebral, também chamada espinha dorsal, é composta de uma

série de ossos denominados vértebras. A coluna vertebral funciona como uma haste forte e

flexível que pode girar e mover-se para frente, para trás e para todos os lados. Ela encerra e

protege a medula espinhal, sustenta a cabeça e serve como ponto de fixação para as costelas, o

cíngulo do membro inferior e os músculos do dorso. A coluna vertebral do adulto contém

tipicamente 26 ossos e 33 vértebras, que são assim distribuídas:

- 7 Vértebras cervicais na região do pescoço

- 12 Vértebras torácicas posteriores à cavidade torácica

- 5 Vértebras lombares, suportando a parte inferior do corpo

- 1 Sacro constituído pela fusão de 5 vértebras sacrais

- 1 Cóccix constituído pela fusão de 4 vertebras sacrais

Nordin et al (2003) afirmam em seus estudos que:

A coluna humana é uma complexa estrutura cujas principais funções

são proteger a medula espinhal e transferir cargas da cabeça e do

tronco à pélvis. Cada uma das vinte e quatro vértebras articula-se com

as adjacentes para permitir o movimento em três planos. A coluna

ganha estabilidade dos discos intervertebrais, ligamentos e músculos

ao seu redor; os discos e ligamentos proveem, estabilidade intrínseca e

os músculos dão suporte extrínseco.

Conforme Floyd et al (2002) o tronco e a espinha dorsal apresentam problemas de

cinesiologia que não são encontradas no estudo de outas partes do corpo. O primeiro motivo é

a complexidade da coluna vertebral, constituída de 24 intrincadas e complexas vértebras

articulares que contêm a espinha dorsal, com seus 31 pares de nervos espinhais.

Inquestionavelmente, trata-se da parte mais complexa do corpo humano, depois do cérebro e

do sistema nervoso central.

Segundo Valença (2004), a coluna vertebral tem duas funções, a primeira seria o eixo de

sustentação que o corpo exerce para manter a coluna. O corpo humano realiza movimentos de

flexão, extensão, rotação e lateralização. Porém na região onde se localizam as apófises

articulares e as apófises transversais e posteriores, o deslocamento é mais amplo na região

posterior do que na anterior. Já a segunda função relaciona-se com a parte da condução

nervosa que se estabelece dentro da coluna vertebral. Sua estrutura medular é composta pela

primeira vértebra C1 até a primeira vértebra lombar, L1, logo adiante temos o filum terminal,

composto pelo final da medula se prolongando até a coluna equina, na qual é composta pelas

raízes nervosas lombares e sacrais. As raízes nervosas são prolongamentos dos neurônios

motores localizados na medula. O encontro da raiz sensitiva (aferente) e motora (eferente)

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constitui o gânglio nervoso ao nível do forâmen de conjugação. Na localização deste forâmen,

a raiz comunica-se com o nervo sinovertebral, este dicotomiza-se na porção anterior e

posterior. A anterior faz contato com a região posterior do disco intervertebral tendo função

sensora no mesmo, podendo realizar a percepção da pressão do núcleo discal contra o anel

fibroso do disco. Esta função tem a importância de gerar os estímulos para percebermos a

posição do eixo vertebral.

A coluna vertebral pode ainda ser subdividida em dois pilares: o pilar anterior, o qual é

constituído pelos corpos vertebrais e pelos discos intervertebrais, sendo que a porção

hidráulica sustenta o peso e absorve os choques da coluna vertebral; e o pilar posterior é

constituído pelos processos articulares e articulações facetarias que proporcionam mecanismo

de deslizamento para o movimento. Também fazem parte da unidade posterior as alavancas

ósseas, os dois processos transversos e o processo espinhoso, onde os músculos se inserem e

funcionam para produzir e controlar os movimentos e da estabilidade a coluna (KISNER et al,

2009).

De acordo com Braccialli et al (2000) a coluna do homem é constituída de vértebras,

ligamentos, músculos e discos intervertebrais. Intercalados entre os corpos vertebrais estão os

discos, os quais se encontram relacionados com as funções de amortecimentos de pressões e

sustentação de peso. Ao longo da coluna, esses discos variam de formato e espessura, e

apresentam-se em formato de cunha nas regiões cervical e lombar. As curvaturas côncavas

existentes nestas regiões permitem que a coluna exerça com precisão suas funções de

flexibilidade e rigidez.

A vértebra é formada de duas porções, segundo descrição de Borges e Ximenes (2005): a)

anterior – o corpo vertebral, que tem forma cilíndrica, com diâmetro maior que a altura; b)

posterior – o arco vertebral, que tem forma de ferradura. De cada lado, encontra-se o processo

articular, que divide em duas partes: a anterior, denominada pedículo, e a posterior, chamada

lâmina. Posterior ao arco encontra-se o processo espinhoso e, próximo ao processo articular, o

processo transverso.

Nas premissas de Hall (2005), os corpos vertebrais funcionam como componentes primários

da coluna, responsáveis pela sustentação do peso corporal. Os arcos neurais e os lados

posteriores dos corpos e os discos intervertebrais forma uma passagem protetora para a

medula espinhal e os vasos sanguíneos associados, conhecida como canal vertebral.

Os músculos da coluna vertebral são compostos por fibras do tipo I de contração lenta e

vermelha, que tem como função estabilizar a postura. Há um conjunto muscular responsável

pela posição ereta da coluna, que são os dorsos profundos, ilioscostais e espinhais, os

abdominais, os oblíquos externo e interno e o reto do abdômen têm como função a flexão e

inclinação, os escalenos realizam o movimento lateral da coluna (TORTORA, 2010).

O disco intervertebral por sua vez, é um dos principais fatores responsáveis pela flexibilidade

e elasticidade da coluna lombar. É formada por uma camada externa fibrosa concêntrica, o

anel ou ângulo fibroso, combinada delicadamente com uma parte cartilaginosa central, o

núcleo pulposo. A sustentação e estabilização do núcleo pulposo são realizadas por duas

placas cartilaginosas, remanescentes da cartilagem de crescimento do corpo vertebral. Além

de fornecer sustentação para a postura ereta e proteção para as estruturas nervosas, esta

unidade motora permite também a mobilização do tronco. O núcleo pulposo ao lado das

curvaturas da coluna vertebral tem a função de amortecedor de choques e comportamento

hidrostático (ANTONIO, 2002).

As estruturas ligamentosas ao redor da coluna vertebral contribuem para sua estabilidade

intrínseca. Todos os ligamentos da coluna, exceto o ligamento amarelo (flavim), têm conteúdo

altamente colágeno, os quais limitam sua extensibilidade durante o movimento da coluna. O

ligamento amarelo, que conecta dois arcos vertebrais adjacentes longitudinalmente, é uma

exceção, tendo uma grande porcentagem de elastina. A elasticidade desse ligamento permite a

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sua contração durante a extensão da coluna e o seu alongamento durante a flexão. Até quando

a coluna se acha numa posição neutra, o ligamento amarelo está sob constante tensão como

resultado das suas propriedades elásticas. Por causa da sua posição a uma certa distância do

centro de movimento em um disco, ele pré-estressa o disco; isto é, junto com o ligamento

longitudinal, ele cria uma pressão intradiscal e ainda ajuda a prover suporte intrínseco para a

coluna (NACHEMSON e EVANS, 1968; ROLANDER, 1966 apud NORDIN et al, 2003).

A coluna é um complexo que apresenta seis graus de liberdade, realizando os movimentos de:

flexão, extensão, inclinação lateral direita e esquerda, rotação direita e esquerda (KAPANDJI,

2000). Eles dependem da ação coordenada do sistema neuromuscular agonista, que o produz;

e do antagonista, que o controla (ALENCAR, 2001). Os tecidos moles (músculos, ligamentos,

cápsulas, tecidos, tendões, discos) são eles que dão a flexibilidade para a coluna vertebral que

é o eixo central do corpo (KAPANDJI, 2000).

A região lombar desempenha papel fundamental na acomodação de cargas decorrentes do

peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas externamente, devendo ser forte e

rígida para manter as relações anatômicas intervertebrais e proteger os elementos neurais; em

contraposição, deve ser flexível o suficiente para permitir a mobilidade articular. A

capacidade de desempenhar as duas funções é devida a mecanismos que garantem a

manutenção do alinhamento da coluna vertebral (ALMEIDA et al, 2006).

A coluna lombar consiste de cinco vértebras lombares, que em geral, aumentam de tamanho

de LI a LV, a fim de acomodar cargas progressivamente crescentes (DUTTON, 2006). As

vértebras lombares (L1-L5) são maiores e as mais resistentes da coluna vertebral, por que a

quantidade de peso corporal suportada pelas vértebras aumenta em direção à extremidade

inferior da coluna vertebral. Os processos espinhosos são quadrilaterais, largos e espessos, e

protejam-se quase horizontalmente para trás. Os processos espinhosos são adaptados para

fixação dos grandes músculos do dorso (TORTORA, 2007).

Dessa forma as vértebras lombares se distinguem das outras vértebras da coluna vertebral por

possuírem características diferentes, dentre elas podemos destacar: o corpo da vértebra lombar

é maciço e reniforme quando vistos por cima, o forame vertebral varia entre oval (L1)

triangular (L5), e é maior do que as vertebras torácicas e menor do que nas vértebras

cervicais, os processos transversais é longo e delgado, e se localizam posteriormente com um

processo acessório e superiormente com um mamilar, os processos articulares, as facetas

superiores são dirigidas póstero-medialmente e as inferiores ântero-lateralmente, os processos

espinhosos são curtos, robustos, espessos e largos, e largos e a ausência de fóveas costais. A

quinta vértebra lombar é o maior de todas as vértebras móveis, pois, ela sustenta o peso de

toda a parte superior do corpo sendo caracterizada por seu corpo e processos transversos

maciços (MOORE, 2001).

Segundo Dutton (2010) e Moore e Dalley (2006), os ligamentos que atuam na região lombar

são:

- Ligamento Longitudinal Anterior (LLA): estende-se do sacro ao longo de toda região

anterior da coluna vertebral. Na coluna lombar encontra-se sob tensão na posição neutra da

coluna e tem como função evitar a extensão excessiva dos segmentos espinhais.

- Ligamento Longitudinal Posterior (LLP): encontrado em toda coluna vertebral, onde recobre

a região posterior das vértebras e o disco intervertebral. Além disso, também age para limitar

a flexão sobre vários segmentos.

- Ligamento Amarelo (LA): composto por elastina e colágeno, é alongado no movimento de

flexão e retorna ao seu comprimento original no movimento de extensão. Sua função consiste

em resistir à separação da lâmina na flexão.

- Ligamento Ileolombar: restringe movimentos de flexão, extensão, rotação axial e inclinação

lateral.

- Ligamento Interespinhoso: localizado entre os processos espinhosos; considerado

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importante para a estabilidade por limitar a separação dos processos espinhosos durante a

flexão. Esse ligamento geralmente rompe em processo traumáticos provocando instabilidade

da coluna vertebral.

Conforme Miranda (2007), os principais músculos da coluna lombar são divididos em três

grandes grupos: anterior, composto pelo músculo reto abdominal, oblíquo externo do abdome

e transverso do abdome, posterior onde fazem parte os músculos semi-espinhal, multifídios,

rotadores, inerespinhais e intertransversários e lateral que são constituídos pelo quadrado

lombar e ileopsoas.

Os movimentos fisiológicos nas articulações da coluna lombar ocorrem em três planos

cardinais: sagital (flexão e extensão), coronal (inclinação lateral) e transversal (rotação),

incluindo os movimentos acessórios, a coluna lombar dispõe de seis graus de liberdade

(DUTTON, 2010).

As doenças da coluna vertebral são responsáveis por grande parte das queixas dolorosas na

prática clínica, sendo uma das maiores causas do afastamento do trabalho. Dentre as afecções

da coluna vertebral, a lombalgia é a mais frequente, capaz de provocar desde limitação do

movimento até invalidez temporária (ALMEIDA et al, 2008 e SILVA et al, 2004).

Do ponto de vista de Reinehr et al (2008) a coluna lombar é uma região que faz parte de um

complexo lombo-pélvico, descrito na literatura como “centro”, uma denominação decorrente

do fato de que nesta região fica posicionado o centro de gravidade, onde a maioria dos

movimentos é iniciada e ocorre a transmissão de carga do corpo, constituindo assim, uma

fonte potencial de dor.

A dor é decorrente de forças excessivas, externas ou internas. Essas forças excessivas

englobam atividades repetidas tais, extensão e flexão, e/ou ainda por rotação excessiva de um

segmento corporal. Há ainda forças internas, que são consideradas “perturbadoras”, que

enfraquecem a função neuromusculoesquelética, podendo ser provocada pela fadiga, o ódio, a

depressão, a falta de atenção, a ansiedade, falta de treinamento e a distração, que podem ser

decorrentes de fatores psicogênicos e psicossociais, como estresse e falta de motivação

(MARRAS, 2000).

O componente fisiológico da dor é chamado de nocicepção e consiste em três processos:

tradução, transmissão e modulação de sinais neurais gerados em resposta a um estímulo

nocivo externo (KLAUMANN et al, 2008). Em condições normais, o Sistema Nervoso

Periférico capta a informação sensorial e a transmite para as unidades do Sistema Nervoso

Central, onde é decodificada e interpretada. Mecanismos modulatórios sensibilizam ou

suprimem a nocicepção em todas as estações em que ela é processada (TEIXEIRA, 2001).

A dor é considerada uma das principais causas do sofrimento humano, prejudicando a

qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, interferindo em seu estado físico, psicossocial,

afetando as relações sociais, familiares e o desempenho no trabalho (RIGOTTI et al, 2005).

A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a dor como “uma experiência

sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões reais ou potenciais ou descrita em

termos de tais lesões. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo

por meio de suas experiências” (SBED, 2013).

Segundo Almeida et al (2008) as dores lombares atingem níveis epidêmicos na população em

geral, sendo comuns na população de países industrializados, onde sua prevalência é estimada

em torno de 70%. Em alguma época da vida, 70% a 85% de todas as pessoas sofrerão de

dores na coluna, sendo que cerca de 10 milhões de brasileiros ficam inabilitados por causa

desta morbidade. Dessa forma, devem ser tratados como um problema de saúde pública, já

que atinge principalmente a população em idade economicamente ativa, podendo ser

altamente incapacitante, e por constituir uma das mais importantes causas de absenteísmo.

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Estudos da Organização Mundial da Saúde (2007) apontam a dor lombar como um problema

de saúde pública mundial, atingindo cerca de 80% das pessoas em algum período de suas

vidas, causando grandes consequências socioeconômicas.

No Brasil existem estimativas de que mais de 10 milhões de pessoas sofram com a

incapacidade relacionada à dor lombar (DA SILVA et al, 2007). A expectativa é de que cerca

70% a 80% da população sofrerá um episódio de dor na vida, tornando-se uma das patologias

mais encontradas na prática fisioterapêutica (SILVA et al, 2008). Em termos funcionais, é

responsável por um custo financeiro significativo, já que o grande número de faltas ao

trabalho nas empresas e instituições públicas privadas, além das incapacidades para vida

diária por ela provocada atinge elevado percentual da população (SANTOS et al, 2003).

Uma condição de saúde como a lombalgia pode acarretar diversas limitações em diversos

aspectos da vida de um indivíduo. O modelo de Classificação Internacional de

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), proposto pela OMS, fornece uma estrutura para

o entendimento e classificação da funcionalidade e da incapacidade associados aos estados de

saúde, possibilitando, dessa forma, uma descrição mais completa e significativa da saúde das

pessoas (OMS, 2003 e BATTISTELLA et al, 2001).

O homem moderno permanece, em média, um terço da sua vida na postura sentada, o que

acarreta alterações biomecânicas, como desequilíbrio muscular entre força extensora e flexora

do tronco e diminuição da estabilidade e mobilidade do complexo lombo-pelve-quadril,

responsáveis pelo desenvolvimento de dores na porção inferior da coluna (REIS et al, 2003;

TOSCANO et al, 2001 e SACCO et al, 2009).

De acordo com a CIF, a funcionalidade e a incapacidade podem ser descritas em três

domínios de saúde, denominados estrutura e função do corpo (CIEZA et al, 2004). O domínio

de estrutura e da função do corpo se caracteriza pelas funções fisiológicas e/ou psicológicas

dos sistemas corporais e por suas partes anatômicas (OMS, 2003). No caso da lombalgia, é

comum verificar algumas alterações nesse domínio, como dor, fraqueza e desequilíbrios

musculares, espasmo muscular, diminuição da flexibilidade muscular, diminuição da

mobilidade articular dentre outros (GODGES et al, 2002). O domínio relacionado à atividade

descreve a habilidade de um indivíduo em executar uma tarefa ou ação de sua rotina diária

(OMS, 2003). Pacientes com lombalgia frequentemente apresentam dificuldades em pegar

objetos no chão, subir e descer escadas, dificuldade de deambulação (GODGES et al, 2002 e

SAKAMOTO et al, 2000). Além disso, essa condição de saúde apresenta manifestações

também no domínio que envolve as interações do indivíduo em seu meio sociocultural,

denominado participação (SABINO et al, 2008 e RATZON et al, 2007). Nesses casos, é

comum observar uma diminuição no nível das atividades esportivas, dias perdidos no trabalho

e diminuição da vida social (GODGES et al, 2002; IMAMURA et al, 2001 e MICHEL et al,

1997).

A lombalgia é definida como uma dor regional anatomicamente distribuída entre o último

arco costal e a prega glútea, frequentemente acompanhada por quadros de exacerbação da dor

e limitação de movimentos. É uma disfunção de etiologia variada, complexa e altamente

discutida, podendo ser desencadeada por fatores de risco biológicos, mecânicos e cognitivos

(VILELA, 2006). Pode ser classificada como aguda, quando persiste por menos que seis

semanas; sub-aguda, entre seis semanas e três meses; e crônica, quando persiste por mais de

três meses. Essa afecção também pode ser classificada como “especifica” quando é causada

por um fator patofisiológico como, por exemplo, hérnia de disco, osteoporose ou fratura; e

“não-específica” quando não há causa específica, tendo como principais sintomas a dor e a

incapacidade. Aproximadamente 90% dos indivíduos com lombalgia são acometidos pela

“não-especifica”.

Silvia et al (2004) incorpora na definição de lombalgia a terminologia “duração mínima de 24

horas” para evitar possíveis analogias com dores lombares ocasionais decorrentes de fadiga

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e/ou resultantes de posturas viciosas que se resolvam em poucos minutos.

Os sintomas apresentados na lombalgia são: dor lombar no início, sendo discreta e com o

decorrer do tempo tendo um aumento progressivo de sua intensidade que se agrava quando há

movimentação da região lombar, comumente seguida de algum grande encurtamento da

musculatura lombar. Ficar por longo período de tempo em uma mesma posição sentada, ou

em pé, pode desencadear a dor. Quando esses sintomas são mantidos por muito tempo causam

limitações ao indivíduo do ponto de vista social, afetivo e profissional, podendo afetar o

emocional e consequentemente gerar algum distúrbio psicológico (VASCELAI, 2009).

De acordo com Novaes et al (2006), a dor lombar tem como causas intrínsecas as condições:

congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, tumorais e mecânicos-posturais. Está

também denominada lombalgia inespecífica, representa, no entanto, grande parte das algias de

coluna referida pela população. E as causas extrínsecas, geralmente ocorrendo um

desequilíbrio entre a carga funcional que seria o esforço requerido para atividades do trabalho

e da vida diária, e a capacidade funcional, que é o potencial de execução para essas atividades.

Apesar de numerosas causas e fatores de risco que estão relacionados com a lombalgia, vários

pesquisadores a caracterizam como uma doença de pessoas com vida sedentária; a inatividade

física estaria relacionada direta e indiretamente com dores na coluna: a maior parte da tenção

dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da aptidão musculoesquelética

deficiente e uma ocupação que force essa região. O excesso de gordura no abdômen dos

indivíduos com sobrepeso é apontado como um fator de risco para o desenvolvimento de

lombalgia por deslocar o centro de gravidade corporal (BARROS et al, 2011).

Toscano e Egypto (2001) afirmam que a lombalgia, dentre as patologias osteomioarticulares,

merece atenção especial por ser considerada um problema de saúde pública, devido a alguns

fatores, tais como magnitude, transcendência e vulnerabilidade. A magnitude refere-se a

abrangência da morbidade; a transcendência, baseia-se no custo social de acordo com o

agravo a população, e o fator da vulnerabilidade é o quanto a doença pode ser controlada com

a adoção de medidas apropriadas.

Por sua relevância, diferentes estudos sobre dor lombar vêm sendo desenvolvidos com o

objetivo de abolir e/ou controlar o sintoma, empregando uma gama variada de técnicas,

algumas delas ainda em processo de validação (COSTARDI et al, 2008).

Diante do contexto descrito anteriormente, tem-se por objetivo no presente estudo, uma

revisão literária referente sobre a aplicação da técnica de mobilização neural na lombalgia,

para tanto realizou-se um levantamento bibliográfico com o intuito de averiguar os benefícios

que está técnica produz ao paciente com o objetivo de melhorar o quadro álgico e o aumento

da mobilidade após a aplicação da técnica, buscando promover uma reflexão sobre a relação

entre as causas, consequências e possíveis soluções para amenizar o alto índice de

crescimento de pacientes com incapacidade funcional, onde as mesmas interferem que os

indivíduos realizem suas atividades diárias e laborais, assim como, levando à sociedade

conhecimentos que contribuem para o entendimento, possibilitando aos portadores de

lombalgias, juntamente com seus familiares e toda a sociedade, uma visão crítica relacionada

a essa problemática, no que se refere a dor lombar.

2. Metodologia

O presente artigo consiste em uma revisão literária referente a abordagem da aplicação da

técnica de mobilização neural na lombalgia, como também as causas e consequências que

configurem com o surgimento das mesmas, no qual podem provocar a incapacidade funcional

dos envolvidos, onde traz transtornos que comprometem com o afastamento da vida social,

laboral e familiar. O método utilizado para desenvolver este artigo, foi através da revisão

literária, consistindo em uma busca retrospectiva de artigos científicos sobre a aplicação da

técnica de mobilização neural na lombalgia com seus respectivos fatores que contribuem para

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que haja intervenções que podem diminuir com o sofrimento dessa população por causa das

dores e as suas limitações que são geradas pela lombalgia, durante o transcorrer do seu

cotidiano.

Esta revisão bibliográfica trata dos benefícios que esta técnica pode trazer em relação ao

quadro álgico e o aumento da mobilidade, assim também, citar as causas e consequências

sobre o surgimento da lombalgia, no qual contribuem com a incapacidade funcional que esta

patologia pode acarretar na vida dos indivíduos, trazendo aspectos quantitativos e qualitativos

de informações sobre a aplicação da técnica de mobilização neural na lombalgia como forma

de

no melhora significativa do quadro álgico e o aumento da mobilidade após a aplicação da

técnica, tendo como estratégia de busca a utilização de palavras chaves como: técnicas de

aplicação, para definir os métodos utilizados, mobilização neural na lombalgia para o

desfecho.

A busca dos artigos foi feita através dos descritivos no site de Ciências da Saúde

(http://descs.bvs.br), onde foram identificados por meio de busca na base de dados

MEDLINE, SCIELO, BIREME, LILACS, Revista Brasileira de Fisioterapia e livros que

relatam sobre a anatomia e fisiopatologia da coluna vertebral, como também a coluna lombar,

onde é mais provável o comprometimento das lombalgias, que é um termo usado para referi

as álgias da coluna lombar, publicados em periódicos nacionais.

A procura foi feita por meios de palavras chaves nos títulos e nos resumos dos artigos. Cabe

ressaltar que a pesquisa foi relacionada sobre a aplicação da técnica de mobilização neural na

lombalgia com o intuito de averiguar os benefícios que esta técnica produz aos pacientes com

lombalgia, abrangendo as intervenções fisioterapêuticas relacionada a aplicação da técnica de

mobilização neural. Grande parte da metodologia desenvolvida tinha como objetivo corrigir

informações para a melhora significativa para o quadro álgico e o aumento da mobilidade

após a aplicação da técnica nas lombalgias.

Todas as informações foram consultadas na base de dados, onde foram incluídos somente

artigos publicados a partir de 2000 e textos em português. A seleção dos artigos foi feita em

conformidade com o assunto proposto, sendo destacados os estudos que, apesar de constarem

nos resultados da busca não apresentarem metodologia para avaliação das aplicações das

técnicas de mobilização neural na lombalgia. Para melhor compreensão e visualização dos

resultados da análise dos artigos, os mesmos foram sistematizados e estão distribuídos nas

tabelas, em programa do Excel 2013. Segundo autor, ano de publicação, prevalência das

lombalgias, sexo, afastamento de indivíduo com dor lombar, indivíduo em tratamento,

frequência da dor, intensidade da dor, avaliação da dor e a metodologia estudo.

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4. Resultado e discussão

Após a busca e a análise criteriosa dos artigos coletados nas bases de dados, foram

encontrados 20 artigos em português e publicados no período de 2000 e 2011, nos bancos de

dados da LILACS, MEDLINE, SCIELO, BIREME relacionados a temática em questão, dos

quais 8 preenchiam todos os critérios de inclusão, onde foram rigorosamente lidos e

organizados em tabelas feitas no programa do Excel versão 2013, para melhor análise dos

resultados. Os 12 restantes foram excluídos por não apresentarem ou descreverem as possíveis

causas e consequências em caráter redundante quanto ao ano de publicação, área científica,

foco de interesse, tópico principal e análise compreensiva. As informações coletadas foram

divididas em 2 tabelas aqui representadas: sociodemográfico (Tabela 1) e perfil clínico de

indivíduo acometidos pela lombalgia (Tabela 2).

Tabela 1: Perfil demográfico de acordo com os dados levantados nos artigos selecionados.

Autor

Ano

Total

Amostra

Sexo

Faixa

Etária

Não

Pratica

Esporte

Pratica

Esporte

Acima

do

Peso

Escolaridade

F M Ens.Fund.

Completo

Ens.Méd.

Completo

Ens.Sup.

Completo

01 Filho, S.B.S. 2001 355 119 236 41

anos ----- ----- 142 ----- ---- 355

02 Caraviello,

E.Z.

2005 30 26 04 25 a

72

anos

----- ----- 12 05 06 01

03 Matos, M.G. 2008 775 406 369 30 a

49

anos

501 254 346 ---- ---- 562

04 Ferreira,

G.D.

2011 972 554 418 35 a

49

anos

307 665 353 ----- ----- ----

Autor

Ano

Total

Amostra

Sexo

Faixa

Etária

Não

Pratica

Esportes

Pratica

Esportes

Acima

do

Peso

Escolaridade

F M Ens.Fund.

Completo

Ens.Med.

Completo

Ens.Sup.

Completo

05 Freitas,

K.P.N.

2011 38 24 14 Mais

de 41

anos

32 06 ----- ---- ---- ----

06 Mascarenhas,

C.H.

2011 30 14 06 20 e

39

anos

11 06 02 11 04

Tabela 2: Perfil clínico de indivíduo acometido pela lombalgia.

Autor

% de

Lom-

balgia

% Por Sexo

Forma

de

Traba-

lho

% da Frequência

da dor

% em

Tratamento

% Afasta-

mento

Trabalho

% de ICM

F

M

Sobrepeso

Normal Diária Meses

Filho,

S.B.S

21% 66% 33% Sentados 35% 39% 55% 23% 33% 67%

Caraviell

o, E.Z.

51,1% 86,7% 13,3% Em pé ---- --- --- 20% 40% 30%

Matos,

M.G.

52,8% 54,2% 45,8% Sentados ---- --- 6,9% 0,4% 44,7% 55,3%

Ferreira,

G.D.

40% 57% 43% ----- 34,1% 18,9% 74,5% 22,6% 36,3% 15,0%

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Freitas,

K.P.N.

31,6% 63,2% 36,8% Sentados ---- ---- ----- ----- ------ ------

Mascare

nhas,

C.H.M.

70% 82,4% 17,6% Em pé 5,9% 41,2% ---- 23,5% 35,3% 64,7%

Após o agrupamento dos dados coletados dos artigos e organizados nas tabelas, constatou-se

que a quantidade de pesquisas sobre a prevalência de lombalgia, houve um aumento

significativo de indivíduos portadores desta problemática no ano de 2008 (Gráfico 1). Sendo

que, a justificativa plausível sobre esse aumento, está relacionado ao número de artigos

encontrados e analisados onde se observou uma oscilação de pesquisas entre os anos de 2001

a 2011, mostrando esse aumento desordenado de indivíduo com queixa de dor lombar por

ano. Assim sendo, o percentual distribuído em cada bloco do gráfico por ano, foi organizado

da seguinte maneira: no ano de 2001 o percentual achado foi de 21%, o percentual do ano de

2005 foi de 51, 1%, o percentual do ano de 2008 foi de 52,8% e o ano de 2011, como mostra

a tabela, teve uma estimativa de três artigos, sendo que com percentuais diferentes, onde cada

um tinha 40%, 31,6% e 70%, mais para ficar bem visualizado no gráfico foi feito uma média

dos três anos e o resultado obtido foi em torno de 47,20%.

Gráfico 01: Considerando a varável de pesquisas relacionada as lombalgias por ano.

Filho et al (2001), realizaram um estudo onde foram incluídos 358 indivíduos com história de

dor osteomuscular, onde todos eram cirurgiões-dentistas, sendo que a população do estudo era

composta por 119 mulheres e 236 homens, com idade média de 41 anos, com um percentual

de 67% dos indivíduos considerados dentro dos padrões normais em relação ao índice médio

corporal. A média de tempo de trabalho na profissão foi de 16 anos, variando de 2 a 44 anos,

e mais da metade (54%) tinham acima de 15 anos de exercício de profissão. Dentre estes

dentistas, 58% deles, apresentaram queixa de dor musculoesquelética em um ou mais regiões

do segmento superior do corpo, dos quais 41% tem queixa em apenas uma região, 14% em

duas e 3% em três locais. A maior prevalência em relação ao segmento corporal ficou o

membro superior com uma estimativa de 22%, em seguida, considerada como segunda a

coluna torácica e/ou lombar com 21% respectivamente, mais prevalecendo a lombar. Em

terceiro lugar, apareceu o pescoço com 20%, seguido do ombro com 17% de casos. Já no

tocante a dor, a maioria considerou a dor como leve ou moderada (42% e 45%

1

Quantidade de pesquisa por ano em relação a lombalgia

Ano 2001 Ano 2005 Ano 2008 Ano 2011

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respectivamente), e 12% qualificou como forte. Em relação a frequência da dor na região

lombar, ressaltaram sentir diariamente (35%) ou ao mês (39%). O resultado encontrado

demonstra um número expressivo de indivíduo com dor lombar, levando em consideração ao

tempo de trabalho e a posição muito tempo sentado com a coluna encurvada, com pouco

tempo de intervalo.de descanso, assim como também, movimentos repetitivos.

Caraviello et al (2005), observaram durante suas pesquisas, uma prevalência de 51,1% de

pacientes com diagnóstico de lombalgia, sendo que essa pesquisa tinha uma amostra de 30

pacientes, incluindo 26 mulheres e 04 homens, variando entre 25 a 72 anos de idade, com

índice de massa corpórea em torno de 40% para pacientes em sobrepeso e 23,3% para

pacientes considerado peso normal. Dentre esses pacientes, 06 foram afastados do trabalho

por motivo de dor e incapacidade para realizar suas tarefas. No transcorrer da pesquisa foi

observado que as dores lombares eram provenientes de fatores em relação a execução de seus

trabalhos, onde por ter uma maioria de mulheres em sua amostra e as mesmas por executarem

trabalhos domésticos e muito tempo em pé, com movimentos repetitivos adquiriram dor

lombar e também em relação ao sobrepeso que pode ser um dos fatores para as dores. Os

autores também relataram em seus estudos, no que se refere ao tratamento, que 18 (60%) dos

pacientes apresentaram melhora no final do tratamento, 08 (26%7) pioraram e 04 (13%) não

apresentaram mudança, isso quanto a análise da função dos mesmos. Já na análise da dor, 17

(56,7%) apresentaram melhora, 06 (20%) pioraram e 07 (23,3%) obtiveram alteração no final

tratamento.

Entretanto, de acordo com a quantidade de pesquisas, em relação ao afastamento e ao

tratamento de pacientes com diagnósticos de lombalgia, foi possível visualizar através da

tabela acima, que o tratamento foi significativo em relação ao afastamento, isso apesar de

alguns artigos não informar a quantidade de indivíduo em tratamento e também afastado. O

indivíduo com dor lombar procurou auxílio para o tratamento das dores e também da

incapacidade funcional que está patologia deixa na vida das pessoas que possuem esse

transtorno, trazendo aos mesmos o afastamento deles tanto da vida social, laboral e familiar.

Portanto, para melhor visualização, foi feito um gráfico onde mostra o percentual, com o

intuito de comparar uma categoria a outra, mostrando que apesar da problemática das

lombalgias o indivíduo procura recursos para o alívio das dores, assim como, recuperar a sua

capacidade funcional. Então, sendo assim, a distribuição ficou da seguinte maneira: o

percentual dos afastados ficou com 18%, o percentual de indivíduo em tratamento 45,46% e o

percentual dos que não estão incluídos nesta categoria de 36,40% totalizando assim 100%

(Gráfico 2).

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Gráfico 02: Considerando a varável de pesquisas relacionada ao afastamento e tratamento de

indivíduo com lombalgia.

Matos et al (2008) investigaram em seus estudos, onde foi composta por 775 pessoas, dos

quais 119 eram do sexo feminino e 236 do sexo masculino, apresentavam queixa de dor

lombar, sendo que a prevalência da lombalgia configurava em torno de 52,8% do total dos

participantes. A estimativa do estudo diz que as mulheres, após a análise dos dados,

representavam a maior prevalência de lombalgia com um percentual de 54,2% em relação aos

homens que foi de 45,8%. A justificativa plausível ao que esses dados representam no estudo

dos autores, foi devido sobre a postura inadequadas, movimentos repetitivos, tensão muscular

e estresse, que são sabiamente alguns fatores da gênese da lombalgia. Contudo, apesar da

elevada prevalência de dor lombar na população estudada, e de ter causado transtorno aos

mesmos, o percentual de afastamento foi muito baixo com um percentual de 0,4%, sendo que

os indivíduos também tiveram uma baixa na procura de auxílio no tratamento da dor lombar

com um percentual de 6.9%, assim, portanto, a lombalgia não foi incapacitante a ponto de

causar uma repercussão no que tange ao absenteísmo ou ao tratamento desta patologia.

Ferreira et al (2011), pesquisaram em uma amostra de 972 indivíduos com diagnóstico de

lombalgia, onde 554 eram do sexo feminino e 418 do sexo masculino, com idade de 35 a 49

anos e aproximadamente, 36,3% dos indivíduos apresentavam sobrepeso. No transcorrer de

suas pesquisas, constataram que a prevalência da dor lombar foi de 40%, sendo que o sexo

feminino apresentou um risco superior que do sexo masculino para lombalgia, com um

percentual de 57% em relação aos homens com 43%. Portanto, foi possível observar que

devido ao aumento dessa problemática e sobre a incapacidade causada por ela e o

impedimento para a realização de atividades domésticas, profissionais e de lazer, faz com que

esse problema seja considerado preocupante para a sociedade.

Com base nos artigos pesquisados observou-se que as mulheres eram que mais sofriam com a

dor lombar, prevalecendo um percentual de 68,25% em relação aos homens com um

percentual de 31,75%. Entretanto, é plausível, uma vez que as mulheres combinam a

realização de tarefas domésticas com o trabalho fora de casa, onde estão expostas a cargas

ergonômicas, principalmente repetitivas com posição viciosa e trabalho em grande

velocidade. Além disso, elas possuem algumas características anatomofuncionais como menor

estatura, menor massa muscular, menor massa óssea, articulações mais frágeis e menor

1

Quantidade de pesquisa sobre afastamento e tratamento de indivíduo com lombalgia

Afastados Tratamento Não informados

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adaptadas ao esforço físico extenuante, maior peso de gordura e ligadas a modulação no

sistema nervoso as quais podem colaborar com o aparecimento e de maior intensidade das

dores lombares (Gráfico 4).

Gráfico 4: Percentual de indivíduo com lombalgia entre homens e mulheres.

Freitas et al (2011) averiguaram em uma amostra de 38 indivíduos, sendo que do total desses

indivíduos 24 eram do sexo feminino e 14 do sexo masculino, com faixa etária superior a 41

anos de idade e dos valores de distribúição da amostra, apontaram a predominância do gënero

feminino com um percentual de 63, 2% e do gënero masculino de 36, 8%. Assim sendo, dos

achados do presente estudo dos autores, revelaram que 31, 6% dos indivíduos tinham

diagnósticos de lombalgia, e devido a esse resultado e durante suas pesquisas, configuraram

que o sedentarismo parece estar relacionado com o surgimento do desconforto lombar, onde

mostra que 32 indivíduos não praticam atividade física. Portanto, pesquisadores afirmam que

a lombalgia é sintoma comum entre as pessoas sedentárias, onde a inatividade física favorece

a fraqueza dos músculos paravertebrais e abdominais, reduz a flexibilidade da cadeia

muscular posterior do membro inferior, bem como a mobilidade articular, logo pode ser

considerada fator de risco para o aparecimento das lombalgias.

Mascarenhas et al (2011) apontaram após o resultado dos seus estudos, que a prevalência de

indivíduo com lombalgia configurava um percentual de 70%. Sendo que, a população

estudada era de 30 indivíduos, onde verificou-se que desse total 14 eram do sexo feminino e

06 do sexo masculino, com faixa etária entre 20 a 39 anos. No decorrer de suas pesquisas, foi

possível verificar que a maioria das pessoas com queixa de dor lombar eram as mulheres com

um percentual de 82,4% e os homens com 17,6%. Esse grande aumento de lombalgia nas

mulheres pode estar relacionado com a forma de trabalho que elas executam, formas essas,

que elas executam diariamente com suas tarefas domésticas e sobrecargas repetidas sobre a

coluna lombar gerando dor intensa e até mesmo incapacidade para fazer os serviços

domésticos. Em relação a dor lombar, eles observaram que a dor era intensa, classificada em

sua maioria como dor “enjoada” e que “queima”; no entanto, apenas uma minoria de

indivíduo apresentava incapacidade funcional em função da lombalgia. Eles também

destacaram que devido a relevância que se tem quanto ao tempo de duração da dor lombar,

independentemente da dor sendo ela continua e de quanto tempo mais longa ela for, por

68,25%

31,75%

Prevalência de lombalgia entre Mulheres e homens

Mulheres Homens

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ventura, afeta muito o aspecto da vida das pessoas que sofrem com essa patologia, podendo

levar a distúrbios do sono, depressão e irritabilidade.

A qualidade de vida, conforme estudos da Organização Mundial da Saúde, é entendida com a

“percepção do indivíduo sobre a vida, no contexto da cultura, sistemas e valores ou, ainda,

expectativas, padrões e preocupações, relativos a seus objetivos” (PEREIRA et al, 2006).

Segundo Deliberato (2002) Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que a saúde

seja o estado de completo bem-estar mental, físico e social, e não somente ausência de

enfermidade e moléstia. Portanto, mais do que recuperar e curar pessoas é preciso criar

condições necessária para que a saúde se desenvolva (ANDREA et al, 2010).

Macedo et al (2009) refere-se ao tratamento da lombalgia como complexo e minucioso

quando comparado à maioria dos tratamentos, sendo a fisioterapia um recurso essencial para a

reabilitação do paciente.

Segundo Vascelai (2009) a fisioterapia possui um papel importantíssimo no tratamento da

lombalgia, possuindo como objetivos a diminuição da sintomalogia, melhora da

funcionalidade,

independência entre outros, influenciando de forma positiva, melhorando assim a qualidade

de vida. A gravidade da lesão e o diagnóstico é que vão decidir quais serão as condutas

fisioterapêuticas adequadas, sendo necessário respeitar a individualidade de cada paciente em

sua reabilitação.

A fisioterapia pode ser uma possibilidade real de intervenção com adoção de medidas

educativas e preventivas dessas enfermidades. Antes de traçar uma linha de conduta, o

fisioterapeuta deve realizar uma minuciosa avaliação visando um tratamento efetivo

(AZEVEDO, 2009).

Hoje, o fisioterapeuta é um membro da equipe da saúde com sólida formação cientifica, que

atua desenvolvendo ações de prevenção, avaliação, tratamento e reabilitação, utilizando

nessas ações, programas da saúde, além de agentes físicos como o movimento, a água, o

calor, o frio e a eletricidade (DELIBERATO, 2002).

A parte preventiva vem sendo um requisito de primeira escolha, com a prevenção de

distúrbios e com combate a sintomatologia patológica, com o objetivo de prevenir quadros

crônicos, aliviar a dor, aumentar e manter a capacidade funcional, aumentando assim a

procura por recursos terapêuticos, principalmente os manuais, e uma dessas técnicas é a

mobilização neural (Monnerat et al, 2010).

A mobilização neural pode ser conceituada como um conjunto de técnicas que tem como

objetivo impor ao sistema nervoso maior tensão, mediante determinadas posturas para que,

em seguida, sejam aplicados movimentos lentos e rítmicos direcionados aos nervos

periféricos à medula espinhal, proporcionando melhora na condução do impulso nervoso

(BUTLER, 2003).

É importante ressaltar que a tensão neural ocorre em razão de uma patologia que envolve o

sistema que circunda a estrutura neural. Esses sistemas são chamados de interfaces mecânicas

e movimentam-se independentemente do sistema neural (GUELFI, 2004). Para que o sistema

nervoso periférico seja afetado, não há necessidade de uma lesão direta. Poderá muito bem ser

uma lesão secundária como resultado de sangue e edema de uma interface lesada ou uma

alteração na forma da interface (BUTLER, 2003). Anomalias ou anomalias de tecidos

interfacetários, possibilitam a predisposição do sistema à lesão. A lesão implica das funções

do nervo, por conseguinte a alteração da condução elétrica acarreta distúrbios sensoriais (dor

e parestesias), distúrbios motores (distonias) e fraqueza autonômica (vasomotores e

pilomotores) (SMIANIOTTO et al, 2004).

Conforme Butler (2003), o sistema nervoso está envolvido, direta ou indiretamente, em todos

os problemas do paciente. Ele pode estar lesado e ser uma fonte de sintomatologia ou, mesmo

quando não lesado, transmitir impulsos aferentes de estruturas não neurais e sinais eferentes

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de respostas. Por exemplo: um espasmo muscular que pode ter como resultado a dor lombar.

Uma lesão nervosa, portanto, gera alteração em suas propriedades mecânicas (movimento e

elasticidade) e fisiológicas (alterando sua neurodinâmica), que, por sua vez, sustentam ou

agravam à lesão. Tais lesões podem derivar para disfunções nas estruturas que recebem sua

inervação. Como consequência, estruturas musculoesqueléticas podem estar comprometidas

em uma disfunção de origem neural (MARINZECK, 2007).

A mobilização neural é uma técnica manual (TM), e pode ser uma alternativa para o

tratamento das lombalgias já que o uso da mão humana é o mais antigo remédio conhecido

pelo homem para reduzir o sofrimento humano (LIMA et al, 2012). A terapia manual tem

como objetivo, aliviar os sintomas do paciente, principalmente a dor, diminuir o espasmo

muscular, assim como, conservar ou restaurar o movimento voluntário, aumentar a

flexibilidade de tecidos conectivos macios (músculo, cápsula, ligamentos e tendões), prevenir

uma fibrilação cartilaginosa; e reposicionar corpos estranhos intra-articulares (incluindo

tecido fibrocartilaginoso e membrana sinovial) que bloqueiam movimentos acessórios

(ARAÚJO et al, 2012).

De acordo com Zamberlan et al (2006), a mobilização neural é uma técnica relativamente

nova que procura manter ou restaurar os movimentos e a elasticidade do sistema nervoso. A

mobilização neural juntamente com outras técnicas, uma vez que estes movimentos permitem

que seja mantida a elasticidade e extensibilidade nervosa, auxiliando na manutenção da

extensibilidade muscular, bem como, na amplitude de movimento articular e principalmente

as propriedades de alongamento adaptativo do sistema nervoso, influenciando na circulação e

respiração.

A técnica fisioterapêutica mobilização neural também conhecida por neurodinâmica é,

essencialmente, a aplicação clínica da mecânica e da fisiologia do sistema nervoso e como

elas se relacionam entre si e são integradas à função do musculoesquelético. Esse método

parte do princípio que comprometimento da fisiologia e da mecânica do sistema nervoso

(movimento, elasticidade, condução, fluxo axoplamático) podem levar à disfunção do sistema

nervoso ou em estruturas musculoesqueléticas por ele inervadas, e que o restabelecimento de

sua biomecânica e fisiologia adequada, por meio do movimento e/ou tensão, permite a

recuperação da extensibilidade e da funcionalidade normal desse sistema e das estruturas

(VERAS et al, 2011).

Segundo Veloso et al (2009) o tratamento através da mobilização neural é baseado em dois

tipos de manobras, as tensionantes e as deslizantes. As manobras tensionantes são utilizadas

de forma passiva para restaurar a mobilidade fisiológica e melhorar a propriedade

viscolastica. A tensão aplicada não ultrapassa o limite elástico da estrutura neural, por isso

não é lesiva. O deslizamento neural é obtido na técnica tensionante por meio do movimento

de uma ou duas articulações de maneira que o leito e o tecido conjuntivo do nervo sejam

alongados (tracionados). As manobras deslizantes são manobras utilizadas de forma passiva

para restaurar a mobilidade fisiológica do tecido neural, sem que com isso seja utilizada

tensão exagerada no nervo. A tensão gerada só é necessária para permitir o deslizamento do

nervo em relação as estruturas adjacentes. Tal manobra propicia diminuição do quadro álgico

devido à melhora do suporte nutricional e retorno venoso intraneural.

Apesar de ser bastante eficaz o tratamento pela mobilização neural, o terapeuta deve estar

atento a algumas contraindicações absolutas, que são:

- Problemas agudos com recente agravamento dos sinais neurológicos;

- Lesões da cauda equina;

- Lesões do sistema nervoso central;

- Lesões medulares;

- Tumores (BUTLER, 2003).

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A mobilização neural tem se mostrado capaz de diminuir a dor e melhorar a função do

paciente, possibilitando a prevenção e o tratamento de pacientes com lombalgias relacionadas

ao envolvimento neural, através de avaliações utilizando os testes de tensão neural seguidas

da aplicação da técnica (LIMA et al, 2012).

5. Conclusão

A lombalgia configura-se um problema muito sério na vida das pessoas, provocando aos

mesmos, problemas tanto presente como futuro, pois devido a esse transtorno a qualidade de

vida dos indivíduos diagnosticados com essa patologia, torna-se difícil mantê-la da melhor

forma possível. Isso ocorre devido a lombalgia trazer consequências lastimável em seu dia a

dia, como por exemplo, dores e limitação em sua capacidade funcional. Porque após a doença

já instalada, com período de intensa frequência de dor, possibilita o paciente de promover

suas atividades diárias com precisão. Essa problemática reflete a ponto de os mesmos ficarem

susceptíveis a dependência dos familiares, onde ocorre mudanças radicais, tanto em seus

cuidados como também na estrutura da sua família, assim também, ocorre com sua vida

laboral e social. Diante do exposto na pesquisa, foi possível observar que com a chegada da

doença, as pessoas tornam-se frágeis a qualquer mudança em sua vida, isso é devido ao

processo que as dores lombares provocam nos demais, que é um processo que ocorre durante

o mal funcionamento das peças que compõe a coluna lombar, e esse mal desalinhamento no

equilíbrio do eixo da coluna aparece devido as cargas excessivas e movimentos repetidos que

os indivíduos faz durante o seu cotidiano, sendo que, esse transtorno surge gradativamente na

vida de todo ser humano, que com o passar do tempo ela vai agravando o estado do indivíduo

com repercussão para toda sua vida.

Portanto, devido aos fatores intrínsecos e extrínsecos que contribuem para o aparecimento da

lombalgia, a população diagnosticada com essa doença, predispõe a limitação a sua

mobilidade com dores intensas, passando da fase aguda para a fase crônica e isso está

relacionados com as atividades executadas pelas pessoas sem orientação adequada, certo que

não há uma razão especifica que mostre com tamanha precisão que esses eventos ocorra com

certeza que um ou outro é a causa da lombalgia, até porque na literatura diz que a lombalgia é

de etiologia é variada\, complexa e altamente discutida.

No entanto, devido a prevalência das lombalgias serem altas e as consequências que elas

trazem para a vida dos portadores de lombalgia, como por exemplo, a limitação a sua

mobilidade e também a exacerbação da dor que produz a incapacidade funcional dos mesmos

em sua vida diária, nos mostra a necessidade de viabilizar pesquisas e estratégias para

diminuir ou até mesmos amenizar os efeitos que elas produzem na vida deste grupo, que são

muito sofridos devido a carga que, com o passar do tempo, traz a sua nova realidade.

Assim sendo, após o conhecimento desta população, recomenda-se que seja dada maior

importância a assistência aos pacientes com lombalgia, com o objetivo de ajudar esta classe

pelo fato dos mesmos estarem vulneráveis a sua condição no momento, isso deve ocorrer com

a formação multidisciplinar formado por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas,

psicólogos e assistentes sociais que juntos criem estratégicas de intervenções social,

preventiva, reabilitadora e educativa para melhorar a qualidade de vida minimizando os riscos

impostos pelo evento das lombalgias.

O presente estudo aborda que a aplicação da técnica de mobilização neural fornece subsídios

para que haja uma melhora significativa após a aplicação desta técnica, onde ela é produzida

por imposição das mãos, uma terapia manual de movimentos lentos e rítmicos. Portanto,

sobre as causas e consequências que elevam esse desordenado problema nesta população com

lombalgia, os meios fisioterapêuticos preventivos para amenizar ou diminuir as dores

lombares tem objetivo de averiguar os efeitos benéficos que esta técnica produz com o intuito

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de melhorar a qualidade de vida das pessoas criando estratégicas fundamentais com

planejamento de políticas de saúde e bem-estar conduzindo os pacientes com lombalgia um

melhor bem-estar físico, mental e social. Assim sendo, a fisioterapia configura um papel

importante diante desta problemática por estar atenta a essas questões, procurando formular

programas de reabilitação com o intuito de melhorar o quadro álgico e aumentar a mobilidade

que a lombalgia traz aos indivíduos acometidos pela doença, usando técnicas de terapia

manual para diminuição da dor e melhora da incapacidade funcional deixada pela doença,

possibilitando programas de prevenção com tratamento fisioterapêuticos relacionado ao

envolvimento neural. Embasado neste contexto, o Fisioterapeuta para fins colaborativos,

poderá trazer soluções a fim de contribuir para futuros tratamentos com fins de amenizar o

sofrimento dos indivíduos com história de lombalgia, buscando meios de soluções, capaz de

trazer a sociedade os pacientes afastados por causas da doença.

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