cirurgia lombar

7
Recebido em 21/11/2011, aceito em 14/12/2011. 1. Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. 2. Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. Trabalho realizado no Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Brasil. Correspondência: Laboratório de Bioengenharia FMRP/USP. Avenida Bandeirantes, 3900, Monte Alegre. 14049-900. Ribeirão Preto (SP), Brasil. E-mail: [email protected] RESUMO Objetivo: Apresentar o resultado de pesquisa realizada entre 257 cirurgiões de coluna sobre os principais procedimentos cirúrgicos que não são mais utilizados para o tratamento das doenças traumáticas, degenerativas e deformidades da coluna vertebral. Método: Os participantes da pesquisa responderam a um questionário abrangendo o tratamento das diferentes doenças traumáticas, degenerativas e deformidades dos segmentos cervical, torácico e lombar, sendo que cada quesito apresentava três opções de resposta: não faço mais, nunca utilizei e ainda utilizo. Resultados: Os cirurgiões entrevistados eram oriundos de 22 estados brasileiros, 97% eram do sexo mascu- lino com idade variando de 28 a 72 anos de idade (média 43,16 anos ±11,54 anos), e com 0 a 23 anos de atuação na área da cirurgia da coluna vertebral. A formação básica dos cirurgiões entrevistados era Ortopedia em 78,2% e Neurocirurgia em 20,2%. Conclusão: A avaliação das respostas dos questionários evidencia a mudança de atitude terapêutica e abandono de técnicas classicamente utilizadas no tratamento das doenças da coluna vertebral, influência da formação básica do cirurgião na escolha do tratamento das doenças da coluna vertebral e grande espectro de opções terapêuticas entre os cirurgiões entrevistados considerando o tempo de experiência na área de atuação, idade e formação básica. Descritores: Coluna vertebral; Ortopedia; Neurocirurgia. ABSTRACT Objective: To present the results of a survey among 257 spine surgeons on the main surgical procedures that are no longer used to treat spinal trauma, degenerative spinal disease and spinal deformities. Method: The survey participants answered a questionnaire covering the treatment of different traumatic and degenerative diseases and deformities of the cervical, thoracic and lumbar segments, and each question had three response options: I don’t do it anymore, I have never did it and I still do it. Results: The interviewed surgeons came from 22 Brazilians states, 97% were male with age ranging from 28 to 72 years (mean age 43.16 years ±11.54 years), with 0-23 years of experience in spinal surgery. The basic training of the surveyed surgeons was 78.2% in Orthopedics and 20.2% in Neurosurgery. Conclu- sion: The evaluation of responses to the suvey emphasizes the change in therapeutic attitude and the abandonment of techniques clas- sically utilized in the treatment of spinal diseases, the influence of the surgeon basic training in the treatment choice for spinal diseases and the wide spectrum of therapeutic options among the interviewed surgeons considering the time of experience in the area, age and basic training. Keywords: Spine; Orthopedics; Neurosurgery. RESUMEN Objetivo: Presentar el resultado de la encuesta realizada entre 257 cirujanos de columna sobre los principales procedimientos quirúrgicos que no se utilizan más para el tratamiento de las enfermedades traumáticas, degenerativas y las deformidades de la columna vertebral. Método: Los participantes en la encuesta respondieron a un cuestionario que abarcó el tratamiento de las diversas enfermedades traumá- ticas, degenerativas y las deformidades de los segmentos cervical, torácico y lumbar, siendo que cada pregunta presentaba tres opciones de respuesta: no hago más, nunca utilicé y todavía uso. Resultados: los cirujanos entrevistados eran residentes en 22 Estados brasileños, 97% eran del sexo masculino, de edades que variaban de 28 a 72 años (promedio 43,16 años ±11,54 años), y tenían de 0 a 23 años de actuación en el área de la cirugía de la columna vertebral. Las especialidades básicas de los cirujanos entrevistados eran Ortopedia 78,2% y Neurocirugía 20,2%. Conclusión: La evaluación de las respuestas a los cuestionarios, evidencia el cambio de actitud terapéutica y el abandono de técnicas utilizadas clásicamente en el tratamiento de las enfermedades de la columna vertebral, señala la influencia de la especialidad básica del cirujano en la selección del tratamiento de las enfermedades de la columna vertebral y el gran espectro de opciones terapéuticas entre los cirujanos entrevistados, considerando el tiempo de experiencia en el área de actuación, la edad y la especialidad básica. Descriptores: Columna vertebral; Ortopedia; Neurocirugía O QUE EU NÃO FAÇO MAIS NA CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL - PESQUISA ENTRE CIRURGIÕES DE COLUNA BRASILEIROS WHAT I STOPPED DOING IN SPINAL SURGERY - SURVEY AMONG BRAZILIAN SPINAL SURGEONS LO QUE NO HAGO MÁS EN LA CIRUGÍA DE LA COLUNA VERTEBRAL - ENCUESTA ENTRE CIRUJANOS BRASILEÑOS DE LA COLUMNA ARTIGO ORIGINAL/ORIGINAL ARTICLE/ARTÍCULO ORIGINAL HELTON L .A. DEFINO 1 , CARLOS FERNANDO P. S. HERRERO 1 , ERASMO DE ABREU ZARDO 2 Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

Upload: williamrod

Post on 09-Nov-2015

253 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Pesquisa feita sobre cirurgia lombar com a população.

TRANSCRIPT

  • Recebido em 21/11/2011, aceito em 14/12/2011.

    1. Departamento de Biomecnica, Medicina e Reabilitao do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto USP.2. Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Pontifcia Universidade Catlica de Porto Alegre.

    Trabalho realizado no Departamento de Biomecnica, Medicina e Reabilitao do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto USP. Brasil.Correspondncia: Laboratrio de Bioengenharia FMRP/USP. Avenida Bandeirantes, 3900, Monte Alegre. 14049-900. Ribeiro Preto (SP), Brasil. E-mail: [email protected]

    RESUMOObjetivo: Apresentar o resultado de pesquisa realizada entre 257 cirurgies de coluna sobre os principais procedimentos cirrgicos que no so mais utilizados para o tratamento das doenas traumticas, degenerativas e deformidades da coluna vertebral. Mtodo: Os participantes da pesquisa responderam a um questionrio abrangendo o tratamento das diferentes doenas traumticas, degenerativas e deformidades dos segmentos cervical, torcico e lombar, sendo que cada quesito apresentava trs opes de resposta: no fao mais, nunca utilizei e ainda utilizo. Resultados: Os cirurgies entrevistados eram oriundos de 22 estados brasileiros, 97% eram do sexo mascu-lino com idade variando de 28 a 72 anos de idade (mdia 43,16 anos 11,54 anos), e com 0 a 23 anos de atuao na rea da cirurgia da coluna vertebral. A formao bsica dos cirurgies entrevistados era Ortopedia em 78,2% e Neurocirurgia em 20,2%. Concluso: A avaliao das respostas dos questionrios evidencia a mudana de atitude teraputica e abandono de tcnicas classicamente utilizadas no tratamento das doenas da coluna vertebral, influncia da formao bsica do cirurgio na escolha do tratamento das doenas da coluna vertebral e grande espectro de opes teraputicas entre os cirurgies entrevistados considerando o tempo de experincia na rea de atuao, idade e formao bsica.

    Descritores: Coluna vertebral; Ortopedia; Neurocirurgia.

    ABSTRACTObjective: To present the results of a survey among 257 spine surgeons on the main surgical procedures that are no longer used to treat spinal trauma, degenerative spinal disease and spinal deformities. Method: The survey participants answered a questionnaire covering the treatment of different traumatic and degenerative diseases and deformities of the cervical, thoracic and lumbar segments, and each question had three response options: I dont do it anymore, I have never did it and I still do it. Results: The interviewed surgeons came from 22 Brazilians states, 97% were male with age ranging from 28 to 72 years (mean age 43.16 years 11.54 years), with 0-23 years of experience in spinal surgery. The basic training of the surveyed surgeons was 78.2% in Orthopedics and 20.2% in Neurosurgery. Conclu-sion: The evaluation of responses to the suvey emphasizes the change in therapeutic attitude and the abandonment of techniques clas-sically utilized in the treatment of spinal diseases, the influence of the surgeon basic training in the treatment choice for spinal diseases and the wide spectrum of therapeutic options among the interviewed surgeons considering the time of experience in the area, age and basic training.

    Keywords: Spine; Orthopedics; Neurosurgery.

    RESUMENObjetivo: Presentar el resultado de la encuesta realizada entre 257 cirujanos de columna sobre los principales procedimientos quirrgicos que no se utilizan ms para el tratamiento de las enfermedades traumticas, degenerativas y las deformidades de la columna vertebral. Mtodo: Los participantes en la encuesta respondieron a un cuestionario que abarc el tratamiento de las diversas enfermedades traum-ticas, degenerativas y las deformidades de los segmentos cervical, torcico y lumbar, siendo que cada pregunta presentaba tres opciones de respuesta: no hago ms, nunca utilic y todava uso. Resultados: los cirujanos entrevistados eran residentes en 22 Estados brasileos, 97% eran del sexo masculino, de edades que variaban de 28 a 72 aos (promedio 43,16 aos 11,54 aos), y tenan de 0 a 23 aos de actuacin en el rea de la ciruga de la columna vertebral. Las especialidades bsicas de los cirujanos entrevistados eran Ortopedia 78,2% y Neurociruga 20,2%. Conclusin: La evaluacin de las respuestas a los cuestionarios, evidencia el cambio de actitud teraputica y el abandono de tcnicas utilizadas clsicamente en el tratamiento de las enfermedades de la columna vertebral, seala la influencia de la especialidad bsica del cirujano en la seleccin del tratamiento de las enfermedades de la columna vertebral y el gran espectro de opciones teraputicas entre los cirujanos entrevistados, considerando el tiempo de experiencia en el rea de actuacin, la edad y la especialidad bsica.

    Descriptores: Columna vertebral; Ortopedia; Neurociruga

    O QUE EU NO FAO MAIS NA CIRURGIA DA COLUNAVERTEBRAL - PESQUISA ENTRE CIRURGIESDE COLUNA BRASILEIROSWHAT I STOPPED DOING IN SPINAL SURGERY - SURVEY AMONG BRAZILIANSPINAL SURGEONS

    LO QUE NO HAGO MS EN LA CIRUGA DE LA COLUNA VERTEBRAL - ENCUESTAENTRE CIRUJANOS BRASILEOS DE LA COLUMNA

    Artigo originAl/originAl Article/Artculo originAl

    helton l .A. DeFino1, cArlos FernAnDo p. s. herrero1, erAsmo De ABreu zArDo2

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

  • 337

    INTRODUONas ltimas dcadas a cirurgia da coluna vertebral apresentou

    grande desenvolvimento tecnolgico que foi caracterizado pela introduo de novas tecnologias para o tratamento cirrgico das diferentes doenas que afetam esse segmento do aparelho locomo-tor(1-5). Novos implantes e tcnicas cirrgicas foram desenvolvidos e incorporados ao arsenal teraputico dos cirurgies de coluna brasi-leiros, e nos diferentes meios de comunicao cientfica possvel observar a presena das tcnicas de vanguarda em nosso meio.

    A introduo de nova tecnologia para o tratamento de doenas cuja incidncia no tem sido historicamente ou pontualmente modi-ficadas, implica na substituio do mtodo teraputico utilizado. Ao contrrio da divulgao e conhecimento da implantao das novas tcnicas de tratamento, que rotineiramente so apresentadas com grande entusiasmo pelos seus protagonistas e adeptos, o mesmo fenmeno no ocorre com as tcnicas cuja aplicao tem sido substituda ou desativa no mbito da cirurgia da coluna vertebral.

    O objetivo da pesquisa foi identificar entre os cirurgies de co-luna brasileiros, as tcnicas cirrgicas que no tm sido mais utili-zadas no mbito da cirurgia da coluna vertebral, considerando as doenas de etiologia traumtica, degenerativa ou deformidades que acometem os diferentes segmentos da coluna vertebral (cervical, torcico e lombar).

    MATERIAL E MTODOSAs informaes do estudo foram obtidas por meio de um ques-

    tionrio (anexo---) que foi respondido por um grupo de 257 cirurgies de coluna que trabalham em diferentes estados do Brasil. Mdicos residentes ou em treinamentos, no foram includos na pesquisa.

    O questionrio era composto de uma pequena parte abordando dados de identificao do cirurgio: identificao de membro da SBC, idade, sexo, anos de atuao na cirurgia da coluna vertebral, cidade de trabalho, formao bsica (Ortopedia, Neurocirurgia), e a modalidade de doena (degenerativa, traumtica, deformida-de, tumor) e segmento da coluna vertebral em que mais atuava. A parte especfica do questionrio apresentava uma relao de tcnicas e procedimentos cirrgicos utilizados no tratamento das leses traumticas, degenerativas e deformidades da coluna ver-tebral, que foram subdivididas em: Trauma da coluna cervical; Do-enas degenerativas da coluna cervical; Trauma da coluna torcica e lombar; Doenas degenerativas da coluna torcica e lombar, e Deformidades da coluna torcica e lombar. Para cada tcnica ou procedimento cirrgico apresentado no questionrio eram apresen-tadas trs opes de resposta: 1- no fao mais, 2- nunca utilizei e 3- ainda utilizo.

    RESULTADOSOs 257 cirurgies de coluna que participaram da pesquisa (79%

    Ortopedistas e 21% Neurocirurgies) possuam mdia de idade de 43,16 anos 9,82. A mdia do perodo de atuao na cirurgia da coluna vertebral era de 13,44 anos 9,828. Duzentos e cinqenta e um cirurgies (97,7%) eram do sexo masculino e 6 (2,3%) do sexo feminino. A modalidade de doena e segmento da coluna vertebral de maior atuao esto representados nas tabelas 1 e 2.

    Os resultados sero apresentados de acordo com a sequncia do questionrio: coluna cervical traumtica, coluna cervical degene-rativa, coluna torcica e lombar traumtica, coluna torcica e lombar degenerativa e deformidades.

    Coluna cervical traumtica: As figuras 1 e 2 ilustram os resul-tados das respostas relacionadas com as tcnicas utilizadas no trauma da coluna cervical.

    A figura 2 ilustra as caractersticas das trs tcnicas menos utilizadas no tratamento dos traumas da coluna cervical e sua dis-tribuio entre os cirurgies de coluna.

    Coluna cervical degenerativa: as figuras 3 e 4 ilustram os resul-tados relacionados com o tratamento das doenas degenerativas da coluna cervical.

    A figura 4 ilustra a distribuio das trs tcnicas menos utiliza-das no tratamento das doenas degenerativas da coluna cervical.

    Traumatismos da coluna torcica e lombar: as figuras 5 e 6 ilustram os resultados relacionados com o tratamento das leses traumticas da coluna torcica e lombar.

    A figura 6 ilustra a distribuio percentual das trs tcnicas menos utilizadas no tratamento das leses traumticas da coluna torcica e lombar.

    Doenas degenerativas da coluna torcica e lombar: as figuras 7 e 8 ilustram as tcnicas relacionadas com o tratamento das do-enas degenerativas da coluna torcica e lombar.

    A figura 8 ilustra a distribuio percentual das tcnicas relacio-nadas com o tratamento das doenas degenerativas da coluna torcica lombar.

    Deformidades da coluna vertebral: as figuras 9 e 10 ilustram as tcnicas relacionadas com o tratamento das deformidades da coluna vertebral.

    A figura 10 ilustra a distribuio percentual dos procedimentos cirrgicos menos utilizados para o tratamento das deformidades da coluna vertebral.

    Tabela 1. Distribuio da rea de atuao dos cirurgies de coluna de acordo com as doenas da coluna vertebral.

    Frequncia PercentualPercentual

    vlidoPercentual cumulativo

    Degenarativa 103 40,1 40,1 40,1

    Degenerativa/ Traumtica 52 20,2 20,2 60,3

    Degenerativa /Traumtica/Deformidade/tumor 24 9,3 9,3 69,6

    Degenerativa/ Deformidade 21 8,2 8,2 77,8

    Degenerativa/Traumtica/Deformidade 14 5,4 5,4 83,3

    Traumtica 13 5,1 5,1 88,3

    Degenerativa/Traumtica/tumor 11 4,3 4,3 92,6

    Degenerativa/tumor 6 2,3 2,3 94,9

    Deformidade 4 1,6 1,6 98,1

    Traumtica/deformidade 2 0,8 8 98,8

    Degenerativa/deformidade/tumor 1 0,4 0,4 99,2

    Degenerativa/Traumtica/Lombar 1 0,4 0,4 99,6

    Tabela 2. Distribuio da atuao dos cirurgies de coluna entrevistados de acordo com o segmento da coluna vertebral.

    Frequncia PercentualPercentual

    vlidoPercentualcumulativo

    Tramatica/Tumor 1 0,4 0,4 100

    Total 257 100,0 100,0

    Frequncia PercentualPercentual

    vlidoPercentualcumulativo

    Lombar 122 44,7 47,5 47,5

    Cervical/Lombar 53 20,6 20,6 68,1

    Cervical/ Torcica/ Lombar 40 15,6 15,6 83,7

    Torcica/Lombar 27 10,5 10,5 94,2

    8 3,1 3,1 97,3

    Cervical 3 1,2 1,2 98,4

    Cervical/ Torcica 1 0,4 0,4 98,8

    Cervical/ Torcica/ Lombar 1 0,4 0,4 98,8

    Torcica 1 0,4 0,4 99,2

    Torcica/ Cervical 1 0,4 0,4 99,6

    Total 257 100,0 100,0

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

    O QUE EU NO FAO MAIS NA CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL - PESQUISA ENTRE CIRURGIES DE COLUNA BRASILEIROS

  • 338

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalGessoMinerva 125 Laminectomia 218HaloGesso 104 Placaanterior+Cage 218CerclagemArames 97 Placaanterior+enxerto 213Cloward(anterior) 65 Fixaoposterior 202TraoHaloCraniana 64 Placaposterior 186Pulsoterapiacomcorticoidenalesomedular 62 TraoHaloCraniana 153

    NuncautilizeiCampo TotalCageIsoladoefixadocomparafuso 169TraodeGardner 118FixaoOndotoide 101Laminectomiasemfixao 98Cloward(anterior) 92GessoMinerva 84

    Figura 1. Relao das seis tcnicas de maior frequncia relacionadas com o questionrio das doenas traumticas da coluna cervical.

    Figura 2. Distribuio percentual das trs tcnicas menos utilizadas nas doenas traumticas da coluna cervical.

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalGessoMinerva 125 Laminectomia 218HaloGesso 104 Placaanterior+Cage 218CerclagemArames 97 Placaanterior+enxerto 213Cloward(anterior) 65 Fixaoposterior 202TraoHaloCraniana 64 Placaposterior 186Pulsoterapiacomcorticoidenalesomedular 62 TraoHaloCraniana 153

    NuncautilizeiCampo TotalCageIsoladoefixadocomparafuso 169TraodeGardner 118FixaoOndotoide 101Laminectomiasemfixao 98Cloward(anterior) 92GessoMinerva 84

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalGessoMinerva 125 Laminectomia 218HaloGesso 104 Placaanterior+Cage 218CerclagemArames 97 Placaanterior+enxerto 213Cloward(anterior) 65 Fixaoposterior 202TraoHaloCraniana 64 Placaposterior 186Pulsoterapiacomcorticoidenalesomedular 62 TraoHaloCraniana 153

    NuncautilizeiCampo TotalCageIsoladoefixadocomparafuso 169TraodeGardner 118FixaoOndotoide 101Laminectomiasemfixao 98Cloward(anterior) 92GessoMinerva 84

    Figura 3. Relao das seis tcnicas de maior frequncia relacionadas com o tratamento das doenas degenerativas da coluna cervical.

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalDiscectomia+enxerto+imobilizaoexterna 73 Placacervicalanterior 226Discectomiaanterior+enxerto 58 Laminetectomiacomfixao 209Discectomiaanteriorsemenxerto 47 Discectomia+cage+placa 197Laminectomiasemfixao 43 ParafusomassalateralMageri 193Discectomia+substitutossseos 38 Discectomia+enxerto+placa 191Discectomia+cageisolado 38 Discectomiaposterior 172

    NuncautilizeiCampo TotalDiscectomiaanterior+cimento 207DiscectomiaPercutneaanterior 205DiscectomiaPercutneaposterior 197Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 197Discectomiaanteriorsemenxerto 181Prtesedediscocervical(1nvel) 163

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalDiscectomia+enxerto+imobilizaoexterna 73 Placacervicalanterior 226Discectomiaanterior+enxerto 58 Laminetectomiacomfixao 209Discectomiaanteriorsemenxerto 47 Discectomia+cage+placa 197Laminectomiasemfixao 43 ParafusomassalateralMageri 193Discectomia+substitutossseos 38 Discectomia+enxerto+placa 191Discectomia+cageisolado 38 Discectomiaposterior 172

    NuncautilizeiCampo TotalDiscectomiaanterior+cimento 207DiscectomiaPercutneaanterior 205DiscectomiaPercutneaposterior 197Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 197Discectomiaanteriorsemenxerto 181Prtesedediscocervical(1nvel) 163

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalDiscectomia+enxerto+imobilizaoexterna 73 Placacervicalanterior 226Discectomiaanterior+enxerto 58 Laminetectomiacomfixao 209Discectomiaanteriorsemenxerto 47 Discectomia+cage+placa 197Laminectomiasemfixao 43 ParafusomassalateralMageri 193Discectomia+substitutossseos 38 Discectomia+enxerto+placa 191Discectomia+cageisolado 38 Discectomiaposterior 172

    NuncautilizeiCampo TotalDiscectomiaanterior+cimento 207DiscectomiaPercutneaanterior 205DiscectomiaPercutneaposterior 197Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 197Discectomiaanteriorsemenxerto 181Prtesedediscocervical(1nvel) 163

  • 339

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 164 Parafusopedicularlombar 234HastedeHarrinton 158 Parafusopediculartorcica 228Retngulo 156 Colete(Jewetteoutros) 221Gesso 116 Cagecolunalombar 200Ganchocolunalombar 93 Fixaoanterior 186Reduofechadaeimobilizao 81 Vertebroplastia 172

    NuncautilizeiCampo TotalCageExpansvel 114Citoplastia 111Cagecolunatorcica 104Reduofechadaeimobilizao 95Ganchocolunalombar 94Placadefixaoanteriorcolunatorcica 81

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 164 Parafusopedicularlombar 234HastedeHarrinton 158 Parafusopediculartorcica 228Retngulo 156 Colete(Jewetteoutros) 221Gesso 116 Cagecolunalombar 200Ganchocolunalombar 93 Fixaoanterior 186Reduofechadaeimobilizao 81 Vertebroplastia 172

    NuncautilizeiCampo TotalCageExpansvel 114Citoplastia 111Cagecolunatorcica 104Reduofechadaeimobilizao 95Ganchocolunalombar 94Placadefixaoanteriorcolunatorcica 81

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 164 Parafusopedicularlombar 234HastedeHarrinton 158 Parafusopediculartorcica 228Retngulo 156 Colete(Jewetteoutros) 221Gesso 116 Cagecolunalombar 200Ganchocolunalombar 93 Fixaoanterior 186Reduofechadaeimobilizao 81 Vertebroplastia 172

    NuncautilizeiCampo TotalCageExpansvel 114Citoplastia 111Cagecolunatorcica 104Reduofechadaeimobilizao 95Ganchocolunalombar 94Placadefixaoanteriorcolunatorcica 81

    Figura 4. Distribuio percentual das trs tcnicas menos utilizadas no tratamento das doenas degenerativas da coluna cervical.

    Figura 5. Relao das tcnicas de maior freqncia relacionadas com o tratamento das doenas traumticas da coluna torcica e lombar.

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

    O QUE EU NO FAO MAIS NA CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL - PESQUISA ENTRE CIRURGIES DE COLUNA BRASILEIROS

    DISCUSSOO resultado da resposta ao questionrio deve ser analisado

    considerando as limitaes da amostra, que apesar de significativa pode no representar o universo da cirurgia da coluna vertebral em nosso pas, mas permite pela metodologia utilizada e nmero da amostra, a reflexo a respeito das tcnicas classicamente empre-gadas para o tratamento das doenas da coluna vertebral.

    A tendncia para a atuao dos cirurgies de coluna no tra-tamento das doenas degenerativas e com destaque para o seg-mento lombar da coluna vertebral fica evidenciada na anlise das preferncias dos cirurgies entrevistados.

    No tratamento das leses traumticas da coluna cervical ob-serva-se uma grande reduo na utilizao dos mtodos conser-vadores de tratamento (gesso Minerva, halo-gesso) e cerclagem com fios de ao evidenciando o emprego das tcnicas modernas de fixao da coluna vertebral, que permitem a no utilizao de imobilizao externa, e a utilizao de tcnicas de fixao vertebral mais estveis6-8. Dentre as tcnicas menos utilizadas no momen-to, com exceo da cerclagem com fios de ao a utilizao das demais tcnicas semelhante entre o grupo de ortopedistas e neurocirurgies.

    No tratamento das doenas degenerativas da coluna cervical ficou evidenciado o abandono das tcnicas relacionadas com a discectomia anterior e que no utilizam a estabilizao do segmento vertebral por meio de implantes ou suporte de enxerto sseo en-tre os corpos vertebrais. Essa tendncia reflete a influncia que o desenvolvimento das placas de fixao vertebral e o conceito da manuteno da lordose cervical tm exercido sobre o tratamento cirrgico6,9-12. Com exceo da realizao da discectomia sem a utilizao de enxerto sseo, foi observada semelhana entre as respostas dos ortopedistas e neurocirurgies.

    O tratamento das doenas traumticas da coluna torcica e lombar foi altamente influenciado pela utilizao dos sistemas pe-diculares de fixao vertebral13,14 e foi observado que as tcnicas

  • 340

    Figura 6. Distribuio percentual das tcnicas menos utilizadas no tratamento das leses traumticas da coluna torcica e lombar.

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 144 Parafusopedicularlombar 228HastedeHarrington 143 Parafusopediculartorcico 218Ganchocolunalombar 92 Discectomiaabertasemmicroscpio 183Ganchocolunatorcica 70 TLIFaberto 170Placadefixaoanteriorcolunalombar 44 Racalibragemdocanal 164Artrodeseinsitusemlaminectomia 43 PLIF 163

    NuncautilizeiCampo TotalXLIF 207Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 203Prtesedediscocervical(1nvel) 191Discectomiaabertaendosccpica 187Descompressoendoscpica 180IDET 170

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 144 Parafusopedicularlombar 228HastedeHarrington 143 Parafusopediculartorcico 218Ganchocolunalombar 92 Discectomiaabertasemmicroscpio 183Ganchocolunatorcica 70 TLIFaberto 170Placadefixaoanteriorcolunalombar 44 Racalibragemdocanal 164Artrodeseinsitusemlaminectomia 43 PLIF 163

    NuncautilizeiCampo TotalXLIF 207Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 203Prtesedediscocervical(1nvel) 191Discectomiaabertaendosccpica 187Descompressoendoscpica 180IDET 170

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalHastedeLuque 144 Parafusopedicularlombar 228HastedeHarrington 143 Parafusopediculartorcico 218Ganchocolunalombar 92 Discectomiaabertasemmicroscpio 183Ganchocolunatorcica 70 TLIFaberto 170Placadefixaoanteriorcolunalombar 44 Racalibragemdocanal 164Artrodeseinsitusemlaminectomia 43 PLIF 163

    NuncautilizeiCampo TotalXLIF 207Prtesedediscocervical(2nveisoumais) 203Prtesedediscocervical(1nvel) 191Discectomiaabertaendosccpica 187Descompressoendoscpica 180IDET 170

    Figura 7. Relao das tcnicas de maior freqncia relacionadas com o tratamento das doenas degenerativas da coluna torcica e lombar.

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalRetngulo 141 Parafusopedicularlombar 214HsatedeHarrington 133 Parafusopediculartorcica 211HastedeLuque 133 ColeteTLSO 188Harrington+Cerclagem 131 Exertosseodoilaco 188GessodeRisser 99 ColetedeMilwaukee 186Gancho 73 Fixaodoilacocomparafuso 159

    NuncautilizeiCampo TotalLiberaoanteriorendoscpica 180Toracoscopia 176Correoanterior 125FixaodoilacocomhastesGalveston 121Resseovertebralposterior 113GessodeRisser 104

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalRetngulo 141 Parafusopedicularlombar 214HsatedeHarrington 133 Parafusopediculartorcica 211HastedeLuque 133 ColeteTLSO 188Harrington+Cerclagem 131 Exertosseodoilaco 188GessodeRisser 99 ColetedeMilwaukee 186Gancho 73 Fixaodoilacocomparafuso 159

    NuncautilizeiCampo TotalLiberaoanteriorendoscpica 180Toracoscopia 176Correoanterior 125FixaodoilacocomhastesGalveston 121Resseovertebralposterior 113GessodeRisser 104

    Nofaomais AindaUtilizoCampo Total Campo TotalRetngulo 141 Parafusopedicularlombar 214HsatedeHarrington 133 Parafusopediculartorcica 211HastedeLuque 133 ColeteTLSO 188Harrington+Cerclagem 131 Exertosseodoilaco 188GessodeRisser 99 ColetedeMilwaukee 186Gancho 73 Fixaodoilacocomparafuso 159

    NuncautilizeiCampo TotalLiberaoanteriorendoscpica 180Toracoscopia 176Correoanterior 125FixaodoilacocomhastesGalveston 121Resseovertebralposterior 113GessodeRisser 104

    Figura 9. Relao das tcnicas de maior freqncia relacionadas com o tratamento das deformidades da coluna vertebral.

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

  • 341

    Figura 8. Distribuio percentual das tcnicas cirrgicas menos utilizadas no tratamento das doenas degenerativas da coluna torcica e lombar.

    Figura 10. Distribuio percentual dos procedimentos menos utilizados no tratamento das deformidades da coluna vertebral.

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42

    O QUE EU NO FAO MAIS NA CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL - PESQUISA ENTRE CIRURGIES DE COLUNA BRASILEIROS

  • 342

    de fixao vertebral utilizando as hastes de Harrington, Luque ou o retngulo de Hartchild apresentaram destaque entre as tcnicas que deixaram de ser realizadas, tendo sido observado semelhana entre as tendncias das respostas dos ortopedistas e neurocirurgies.

    No mbito do tratamento das doenas degenerativas da co-luna torcica e lombar foi tambm observada a tendncia para o abandono das tcnicas de fixao relacionadas com a utilizao das hastes de Harrington, Luque e ganchos, refletindo a preferncia pelos sistemas de fixao pedicular que atualmente so univer-salmente utilizados devido s suas caractersticas mecnicas. Foi observado grande semelhana entre as respostas dos ortopedistas e neurocirurgies refletindo o consenso atual acerca dos mtodos de fixao da coluna torcica e lombar.

    Nas respostas relacionadas com o tratamento das defor-midades ficou tambm evidente a preferncia pela utilizao dos sistemas de fixao pedicular e abandono da utilizao

    das hastes de Harrington, Luque e retngulo de Hartchild, ten-do sido observado grande semelhana entre as respostas dos ortopedistas e neurocirurgies. Embora o nmero de questio-nrios analisados apresente limitaes referentes ao nmero de pessoas entrevistadas, os resultados indicaram a influncia que as novas tcnicas de fixao vertebral exerceram sobre os cirurgies de coluna, tendo sido observada a tendncia para a utilizao de fixaes que permitam maior estabilidade, reduo do nmero de segmentos instrumentados e no utilizao de imobilizao externa.

    CONCLUSESO desenvolvimento dos implantes e novas tcnicas de fixao

    vertebral induziram utilizao de novas tcnicas e abandono de tcnicas classicamente empregadas no tratamento cirrgico das doenas da coluna vertebral.

    REFERNCIAS1. Anderson DG, Samartzis D, Shen FH, Tannoury C. Percutaneous instrumentation of the

    thoracic and lumbar spine. Orthop Clin North Am 2007 Jul;38(3):401-8.2. Cook DJ, Yeager MS, Cheng BC. Interpedicular Travel in the Evaluation of Spinal Implants:

    An Application in Posterior Dynamic Stabilization. Spine (Phila Pa 1976 ) 2011 Oct 21.3. Hedequist D, Hresko T, Proctor M. Modern cervical spine instrumentation in children.

    Spine (Phila Pa 1976 ) 2008 Feb 15;33(4):379-83.4. Vaccaro AR, Madigan L. Spinal applications of bioabsorbable implants. J Neurosurg 2002

    Nov;97(4 Suppl):407-12.5. Vieweg U. [Possibilities for cost reduction of implants in spinal surgery]. Zentralbl Neu-

    rochir 2003;64(4):159-65.6. Brazenor GA. Comparison of multisegment anterior cervical fixation using bone strut graft

    versus a titanium rod and buttress prosthesis: analysis of outcome with long-term follow-up and interview by independent physician. Spine (Phila Pa 1976 ) 2007 Jan 1;32(1):63-71.

    7. Simmons ED, Jr., Burke TG, Haley T, Medige J. Biomechanical comparison of the dewar and interspinous cervical spine fixation techniques. Spine (Phila Pa 1976 ) 1996 Feb 1;21(3):295-8.

    8. Ulrich C, Worsdorfer O, Claes L, Magerl F. Comparative study of the stability of anterior and posterior cervical spine fixation procedures. Arch Orthop Trauma Surg 1987;106(4):226-31.

    9. Baranowski P, Baranowska A, Klosinski P. The application of stiff intervertebral implants in the cervical spine: a description of the method. Ortop Traumatol Rehabil 2006 Jun 30;8(3):356-63.

    10. Faldini C, Chehrassan M, Miscione MT, Acri F, dAmato M, Pungetti C, et al. Single-level anterior cervical discectomy and interbody fusion using PEEK anatomical cervical cage and allograft bone. J Orthop Traumatol 2011 Dec;12(4):201-5.

    11. Hacker RJ. Threaded cages for degenerative cervical disease. Clin Orthop Relat Res 2002 Jan;(394):39-46.

    12. Teo EC, Yang K, Fuss FK, Lee KK, Qiu TX, Ng HW. Effects of cervical cages on load distribution of cancellous core: a finite element analysis. J Spinal Disord Tech 2004 Jun;17(3):226-31.

    13. Crawford MJ, Esses SI. Indications for pedicle fixation. Results of NASS/SRS faculty questionnaire. North American Spine Society and Scoliosis Research Society. Spine (Phila Pa 1976 ) 1994 Nov 15;19(22):2584-9.

    14. Grob D, Magerl F, McGowan DP. Spinal pedicle fixation: reliability and validity of roent-Spinal pedicle fixation: reliability and validity of roent-genogram-based assessment and surgical factors on successful screw placement. Spine (Phila Pa 1976 ) 1990 Mar;15(3):251.

    Coluna/Columna. 2011; 10(4): 336-42