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Saemi Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca SAEMI SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA REVISTA DA AVALIAÇÃO LONGITUDINAL 1º ano do Ensino Fundamental LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 2013

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SaemiSistema de Avaliação EducacionalMunicipal do Ipojuca

SAEMISISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA

REVISTA DAAVALIAÇÃO LONGITUDINAL

1º ano do Ensino FundamentalLÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA

2013

ISSN 2318-7263

PREFEITO DO IPOJUCACARLOS JOSÉ DE SANTANA

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPEDRO JOSÉ MENDES FILHO

SECRETÁRIOS

GABINETE DO PREFEITOANTÔNIO ALBERTO CARDOSO GIAQUINTO

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALADELMO ALVES DOS SANTOS

SECRETARIA ESPECIAL DA MULHERAUXILIADORA MARIA PIRES SIQUEIRA DA CUNHA

SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOBERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E CONTROLE URBANO BERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA

SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURACARLOS ANTONIO GUEDES MONTEIRO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃODANIELLE LIMA BARBOSA

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIODELMIRO DANTAS CAMPOS NETO (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODEOCLECIO JOSE DE LIRA SOBRINHO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS MUNICIPAISERYKA MARIA DE VASCONCELOS LUNA

SECRETARIA DE FINANÇASMARCELO ANDRADE BEZERRA BARROS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETARIA DE SAÚDEMARIA CRISTINA SOARES PAULINO

SECRETARIA ESPECIAL DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃOMARIA DA CONCEIÇÃO BRITTO

SECRETARIA ESPECIAL DE BEM ESTAR SOCIALMARILENE DE HOLLANDA PONTES

SECRETARIA ESPECIAL DA JUVENTUDE E ESPORTESMIQUEIAS JOSE DA SILVA

SECRETARIA DE GOVERNOPEDRO HENRIQUE SANTANA DE SOUSA LEÃO

CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIORICARDO MENDES LINS

SECRETARIA DE TURISMO E CULTURARUI XAVIER CARNEIRO PESSOA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH ZAPONI

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEMANA CRISTINA DUBEUX DOURADO

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EDUCACIONALJULIANA AGOSTINI

DIRETORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOROBERTA MARY

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASPHIERRE SALES

DIRETORIA DE INFRAESTRUTURATHIAGO PAIXÃO

DIRETORIA DE TECNOLOGIAEUCLIDES CATUNDA

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICA DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESAADRIELLE SOARES

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICO DE ENSINO EM MATEMÁTICAGIRLANDIO LIMA

COORDENADORA DOS ANOS INICIAISMARIA DA PAZ CAMILO

PEDAGOGAANA CÉLIA FEITOZA

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAGABRIELA ALVES

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAEVERALDO DANTAS

PREFEITO DO IPOJUCACARLOS JOSÉ DE SANTANA

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPEDRO JOSÉ MENDES FILHO

SECRETÁRIOS

GABINETE DO PREFEITOANTÔNIO ALBERTO CARDOSO GIAQUINTO

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALADELMO ALVES DOS SANTOS

SECRETARIA ESPECIAL DA MULHERAUXILIADORA MARIA PIRES SIQUEIRA DA CUNHA

SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOBERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E CONTROLE URBANO BERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA

SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURACARLOS ANTONIO GUEDES MONTEIRO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃODANIELLE LIMA BARBOSA

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIODELMIRO DANTAS CAMPOS NETO (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODEOCLECIO JOSE DE LIRA SOBRINHO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS MUNICIPAISERYKA MARIA DE VASCONCELOS LUNA

SECRETARIA DE FINANÇASMARCELO ANDRADE BEZERRA BARROS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETARIA DE SAÚDEMARIA CRISTINA SOARES PAULINO

SECRETARIA ESPECIAL DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃOMARIA DA CONCEIÇÃO BRITTO

SECRETARIA ESPECIAL DE BEM ESTAR SOCIALMARILENE DE HOLLANDA PONTES

SECRETARIA ESPECIAL DA JUVENTUDE E ESPORTESMIQUEIAS JOSE DA SILVA

SECRETARIA DE GOVERNOPEDRO HENRIQUE SANTANA DE SOUSA LEÃO

CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIORICARDO MENDES LINS

SECRETARIA DE TURISMO E CULTURARUI XAVIER CARNEIRO PESSOA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH ZAPONI

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEMANA CRISTINA DUBEUX DOURADO

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EDUCACIONALJULIANA AGOSTINI

DIRETORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOROBERTA MARY

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASPHIERRE SALES

DIRETORIA DE INFRAESTRUTURATHIAGO PAIXÃO

DIRETORIA DE TECNOLOGIAEUCLIDES CATUNDA

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICA DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESAADRIELLE SOARES

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICO DE ENSINO EM MATEMÁTICAGIRLANDIO LIMA

COORDENADORA DOS ANOS INICIAISMARIA DA PAZ CAMILO

PEDAGOGAANA CÉLIA FEITOZA

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAGABRIELA ALVES

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAEVERALDO DANTAS

Apresentação

E D U C A D O R , Avaliar a educação é uma tarefa fundamental. A melhoria do ensino e da aprendizagem de nossos estudantes é exigência de uma sociedade democrática e justa.

Porque nos preocupamos com a qualidade da educação dos nossos estudantes, a Secretaria de Educação de Ipojuca, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd/UFJF), criou o Saemi, o Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca. Ele permitirá a realização de diagnósticos precisos sobre o desempenho dos estudantes, indicando as intervenções e políticas mais adequadas para a melhoria do ensino ofertado em nosso município.

Nas duas avaliações realizadas em 2013, mais de dezoito mil estudantes foram avaliados em todas as etapas do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa – Leitura e Escrita –, Matemática e Ciências da Natureza, em todas as escolas do município.

Em 2014, iniciamos a Avaliação Diagnóstica (bimestral), a fim de acompanhar, sistematicamente, o avanço dos estudantes e possibilitar intervenções pedagógicas em curto prazo.

Os resultados dessas avaliações nos mostraram que nosso município ainda precisa avançar muito para atingir as metas previstas para garantir que os estudantes concluam de forma apropriada esse importante momento da vida escolar, sobretudo no que se refere aos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

CaroMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

Apresentação

Sabemos que uma criança alfabetizada na idade certa tem muito mais e melhores chances de seguir sua trajetória escolar com sucesso. Ela terá desenvolvidas as habilidades necessárias para avançar nas etapas escolares, atendendo às exigências de cada período.

Para contribuir com o desenvolvimento e a consolidação dessas habilidades, é fundamental que nos apropriemos dos resultados diagnosticados pelas avaliações do Saemi. Os resultados dessas avaliações, com todos os dados que são disponibilizados, trazem elementos importantes à melhoria da qualidade da educação ofertada. Esses aspectos não podem ser desconsiderados, tanto nas discussões dentro das escolas quanto nas discussões gerenciais e na elaboração da política municipal de educação.

O Saemi pretende apontar caminhos para contribuir com a prática de nossos professores, de nossos gestores e aperfeiçoar o desempenho dos estudantes. Mas a garantia da qualidade da educação não ocorre somente por meio de avaliações. É fundamental, também, que todos os agentes do processo educativo: professores, diretores, secretaria e família, estejam envolvidos com essa tarefa.

A criação do Saemi é um marco importante para a história da educação no município de Ipojuca. Levantamos os primeiros diagnósticos da nossa rede e identificamos algumas fragilidades: gostaria, portanto, de conclamar a todos os educadores, sobretudo os gestores escolares e professores, para, juntos, cumprirmos essa nobre tarefa de melhorar a qualidade do ensino que oferecemos e elevar o número de estudantes nos níveis desejáveis de desempenho, em todas as disciplinas e etapas de escolaridade.

Contamos com vocês.

MARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

Apresentação

E D U C A D O R , Avaliar a educação é uma tarefa fundamental. A melhoria do ensino e da aprendizagem de nossos estudantes é exigência de uma sociedade democrática e justa.

Porque nos preocupamos com a qualidade da educação dos nossos estudantes, a Secretaria de Educação de Ipojuca, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd/UFJF), criou o Saemi, o Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca. Ele permitirá a realização de diagnósticos precisos sobre o desempenho dos estudantes, indicando as intervenções e políticas mais adequadas para a melhoria do ensino ofertado em nosso município.

Nas duas avaliações realizadas em 2013, mais de dezoito mil estudantes foram avaliados em todas as etapas do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa – Leitura e Escrita –, Matemática e Ciências da Natureza, em todas as escolas do município.

Em 2014, iniciamos a Avaliação Diagnóstica (bimestral), a fim de acompanhar, sistematicamente, o avanço dos estudantes e possibilitar intervenções pedagógicas em curto prazo.

Os resultados dessas avaliações nos mostraram que nosso município ainda precisa avançar muito para atingir as metas previstas para garantir que os estudantes concluam de forma apropriada esse importante momento da vida escolar, sobretudo no que se refere aos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

CaroMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

Apresentação

Sabemos que uma criança alfabetizada na idade certa tem muito mais e melhores chances de seguir sua trajetória escolar com sucesso. Ela terá desenvolvidas as habilidades necessárias para avançar nas etapas escolares, atendendo às exigências de cada período.

Para contribuir com o desenvolvimento e a consolidação dessas habilidades, é fundamental que nos apropriemos dos resultados diagnosticados pelas avaliações do Saemi. Os resultados dessas avaliações, com todos os dados que são disponibilizados, trazem elementos importantes à melhoria da qualidade da educação ofertada. Esses aspectos não podem ser desconsiderados, tanto nas discussões dentro das escolas quanto nas discussões gerenciais e na elaboração da política municipal de educação.

O Saemi pretende apontar caminhos para contribuir com a prática de nossos professores, de nossos gestores e aperfeiçoar o desempenho dos estudantes. Mas a garantia da qualidade da educação não ocorre somente por meio de avaliações. É fundamental, também, que todos os agentes do processo educativo: professores, diretores, secretaria e família, estejam envolvidos com essa tarefa.

A criação do Saemi é um marco importante para a história da educação no município de Ipojuca. Levantamos os primeiros diagnósticos da nossa rede e identificamos algumas fragilidades: gostaria, portanto, de conclamar a todos os educadores, sobretudo os gestores escolares e professores, para, juntos, cumprirmos essa nobre tarefa de melhorar a qualidade do ensino que oferecemos e elevar o número de estudantes nos níveis desejáveis de desempenho, em todas as disciplinas e etapas de escolaridade.

Contamos com vocês.

MARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

1Avaliação Longitudinal

página 08

2Resultados obtidos

página 11

Sumário

34Interpretação

Pedagógica dos Padrões de

Desempenho página 17

A Avaliação em Larga Escala da Escrita

página 34

Avaliação LongitudinalAs avaliações educacionais podem ser classificadas de diferentes maneiras, assumindo tipologias distintas, conforme seus objetivos e os critérios estabelecidos por cada sistema. Considerando o critério temporal e o tipo de público ao qual a avaliação se destina, é comum distinguir as avaliações em larga escala entre transversal e longitudinal, divisão essa que tem como característica principal a periodicidade da aplicação, ou seja, se a avaliação acontece em um momento único, geralmente ao final de um processo, ela é considerada transversal; quando acompanha os indivíduos em mais de um momento no tempo, é chamada de longitudinal. Soma-se a essa característica temporal, a definição do público participante da avaliação. A avaliação longitudinal acompanha o mesmo público ao longo do tempo.

09Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Nas avaliações dessa natureza, portanto, as características de um grupo de indivíduos são acompanhadas ao longo tempo, com o objetivo de observar eventuais alterações no seu desempenho. No Brasil, o projeto Geres é um bom exemplo de avaliação longitudinal no campo da educação. Trata-se de um estudo iniciado em 2005, no qual a mesma amostra de escolas e de estudantes foi observada ao longo de quatro anos, sendo avaliados em cinco momentos diferentes.

Com o objetivo de monitorar o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes ao longo do tempo, a Secretaria Municipal de Educação do Ipojuca propôs, através do Saemi, uma avaliação longitudinal, em larga escala, do Ciclo de Alfabetização.

Por meio de avaliação longitudinal, o Ciclo de Alfabetização da rede municipal de educação do Ipojuca será acompanhado por três ciclos. Os estudantes que ingressaram no 1º ano do Ensino Fundamental em 2013 comporão a primeira geração a ser acompanhada (L1). Esses estudantes foram avaliados no início e no final do ano letivo de 2013 e serão avaliados no final de 2014 e de 2015, quando estiverem no 2º e 3º anos, respectivamente.

A segunda geração a ser acompanhada será constituída por aqueles estudantes que ingressarem no 1º ano em 2014 (L2) e serão avaliados no início e no final desse ano letivo. Essa geração será avaliada até o final de 2016, na saída do 2º e 3º anos.

Por fim, a terceira geração será constituída pelos estudantes que ingressarem no 1º ano do Ensino Fundamental em 2015 (L3). Eles serão avaliados no início e no final desse ano e no final de 2016 e 2017.

No quadro a seguir, apresentamos o desenho da avaliação longitudinal de todo o Ciclo de Alfabetização.

Tabela 1 - Desenho da Avaliação Longitudinal - Saemi

1º CICLO (L1) 2º CICLO (L2) 3º CICLO (L3)Edição Entrada Saída Edição Entrada Saída Edição Entrada Saída

2013 1º ano 1º ano 2014 1º ano 1º ano 2015 1º ano 1º ano

2014 2º ano 2015 2º ano 2016 2º ano

2015 3º ano 2016 3º ano 2017 3º ano

Esse desenho permite monitorar o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes durante o período avaliado, permitindo intervenções imediatas nos pontos considerados frágeis. Da forma como está organizada, a avaliação longitudinal no Saemi permite acompanhar o mesmo grupo de estudantes, ao longo de três ciclos de alfabetização – durante cinco anos –, possibilitando o estabelecimento e a redefinição de metas e políticas, por parte do município, e, para as escolas, constitui uma importante ferramenta para o planejamento de ações voltadas para essas etapas de escolaridade.

Nessa revista, apresentaremos os resultados da avaliação longitudinal do Saemi, nas duas edições já realizadas – Entrada e Saída de 2013 – no 1º ano do Ensino Fundamental.

10 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

É importante que a equipe pedagógica da escola se aproprie desses resultados, a fim de contribuir com o desempenho dos estudantes que serão avaliados ao longo do Ciclo de Alfabetização, entre os anos de 2013 e 2015.

Objetivos da Avaliação Longitudinal no Saemi

» Monitorar o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes

durante o Ciclo de Alfabetização, podendo intervir rapidamente nos

pontos considerados frágeis.

» Detectar práticas pedagógicas que contribuem para a melhoria da

proficiência do estudante.

» Monitorar o quanto o estudante está agregando de conhecimento

após um ano de escolarização.

» Detectar os principais fatores que contribuem para a progressão e

a retenção dos estudantes durante o Ciclo de Alfabetização.

» Possibilitar a todos os envolvidos no processo educativo

(professores, gestores, pais, administradores, técnicos e

especialistas) o acompanhamento efetivo dos resultados obtidos

por suas escolas.

» Fornecer às escolas informações e orientações que lhes permitam

tomar decisões e adotar estratégias pedagógicas apropriadas

ao desenvolvimento de competências em Língua Portuguesa e

Matemática.

Resultados obtidos

Em toda avaliação em larga escala, alguns tipos de resultado são, em regra, produzidos e divulgados como sendo fundamentais para que o instrumento avaliativo, efetivamente, seja capaz de produzir mudanças na qualidade do ensino ofertado. A avaliação longitudinal, no bojo do Saemi, não é diferente. A presente publicação apresenta os resultados do 1º ano do Ensino Fundamental, em duas avaliações: a de entrada e a de saída, ocorridas em 2013.

12 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Os resultados da avaliação de saída são comparados aos da avaliação de entrada, permitindo a análise do desenvolvimento dos estudantes ao longo desse ano de escolaridade, levando em consideração a participação, as médias de proficiência e a distribuição pelos padrões de desempenho.

Para os três tipos de resultado, são apresentadas informações relativas ao programa, como um todo, às escolas urbanas e às escolas rurais.

Resultados de Participação

Os sistemas de avaliação educacional em larga escala, como o Saemi, estão relacionados com a garantia de um direito fundamental de todo estudante, qual seja, o direito de aprender. A serviço da qualidade da educação, na medida em que permite o acompanhamento do ensino ofertado na rede municipal de educação do Ipojuca, o Saemi deve sempre buscar a participação maciça de seus estudantes. Por isso, é necessário o acompanhamento do número de estudantes que realizam os testes a cada ano, observando a participação em cada etapa de escolaridade avaliada. Além disso, para que os resultados alcançados retratem, de fato, o desempenho médio da sua escola, é importante que todos os estudantes sejam avaliados. Quanto maior a participação, mais consistente é o resultado alcançado.

A seguir serão apresentados os resultados de participação, as médias de proficiência alcançadas e a distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho.

Tabela 02 – Resultados de Participação – Avaliação de entrada

RESULTADOS DE PARTICIPAÇÃO – SAEMI – 2013 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

ENTRADA

Nível Número de estudantes previstos Número de estudantes efetivos Percentual de Participação

Saemi 1.448 1.077 74,4%

Escolas urbanas 1.129 834 73,9%

Escolas rurais 319 243 76,2%

Tabela 03 – Resultados de Participação – Avaliação de saída

RESULTADOS DE PARTICIPAÇÃO – SAEMI – 2013 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

SAÍDA

Nível Número de estudantes previstos Número de estudantes efetivos Percentual de Participação

Saemi 1.454 1.101 75,7%

Escolas urbanas 1.071 801 74,8%

Escolas rurais 383 300 78,3%

Nas duas avaliações realizadas em 2013, tanto nas escolas urbanas, como também nas escolas rurais, a média de participação ficou em torno de 70%. Isso significa que uma grande parte dos estudantes do 1º ano não participou da avaliação do Saemi no ano em referência. É preciso buscar, nas próximas edições da avaliação, uma maior participação de todos os estudantes.

13Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Resultados de Proficiência

A proficiência média é o resultado alcançado pela escola na avaliação, com base em uma Escala de Proficiência. Para compreender melhor essa Escala, consultar a seção 3. Com essa informação, é possível analisar o desempenho da sua escola para o 1º ano do Ensino Fundamental em 2013, comparando as avaliações de entrada e de saída. O resultado de sua escola poderá ser comparado com os resultados do Saemi, como um todo, e com aqueles relativos ao conjunto das escolas urbanas e ao das escolas rurais.

Esse exercício permite o monitoramento da evolução do desempenho da sua escola, orientando as ações que precisam ser implementadas para garantir a melhoria do desempenho ao longo dos anos.

Além disso, é possível ainda identificar, através da média alcançada por sua escola, em qual dos padrões de desempenho ela se encontra. Essa análise permite saber quais as habilidades os estudantes ainda não desenvolveram, exigindo atenção para garantir o desenvolvimento pleno da aprendizagem dos mesmos.

Tabela 04 – Médias de Proficiência Língua Portuguesa (Leitura) – Avaliação de entrada e saída

RESULTADOS DE PROFICIÊNCIA - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA - LEITURA

Nível/Edição Entrada 2013 Saída 2013

Saemi 478,9 577,0

Escolas urbanas 490,4 581,8

Escolas rurais 439,5 564,4

Tabela 05 – Médias de Proficiência Língua Portuguesa (Escrita) – Avaliação de entrada

RESULTADOS DE PROFICIÊNCIA - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA - ESCRITA

Nível/Edição Entrada 2013

Saemi 421,1

Escolas urbanas 418,2

Escolas rurais 430,7

Tabela 06 – Médias de Proficiência Matemática – Avaliação de entrada e saída

RESULTADOS DE PROFICIÊNCIA - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA

Nível/Edição Entrada 2013 Saída 2013

Saemi 428,7 459,3

Escolas urbanas 434,0 467,3

Escolas rurais 411,3 427,4

14 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Analisando, brevemente, os resultados de Língua Portuguesa alcançados pelos estudantes do 1º ano que realizaram os testes do Saemi em 2013, percebe-se um ganho de, aproximadamente, 100 pontos na proficiência, entre as duas aplicações. As escolas rurais foram aquelas que obtiveram maior ganho, mais de 100 pontos, entre uma avaliação e outra. Em Matemática também houve ganho na proficiência, mas um pouco menor, como pode ser observado na tabela 06.

Nos próximos quadros, é possível identificar os padrões em que as escolas se encontram e observar se houve alguma mobilidade dos estudantes, entre uma aplicação e outra. Na Seção 3, Interpretação Pedagógica dos Padrões de Desempenho, é possível, ainda, interpretar, pedagogicamente, quais as habilidades desenvolvidas pelos grupos de estudantes avaliados, de acordo com o padrão em que as escolas se encontram.

Padrões de Desempenho

Os Padrões de Desempenho apresentam uma caracterização das competências e habilidades cognitivas desenvolvidas pelos estudantes em importantes pontos da Escala de Proficiência.

Pedagogicamente, os Padrões de Desempenho indicam o grau de cumprimento dos objetivos educacionais considerados essenciais e expressos na Matriz de Referência para a avaliação, bem como as metas de desempenho a serem alcançadas.

Para o Saemi, foram definidos quatro padrões de desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes, a saber:

» Elementar I

» Elementar II

» Básico

» Desejado

Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão. Por outro lado, estar no padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais.

A seguir, apresentamos a distribuição dos estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental de Ipojuca, pelos padrões de desempenho, nas avaliações de entrada e saída em 2013:

15Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Tabela 07 - Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho – Língua Portuguesa (Leitura) – Entrada

DISTRIBUIÇÃO POR PADRÕES DE DESEMPENHO - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA (LEITURA) - ENTRADA

Nível/Padrão Elementar I Elementar II Básico Desejável

Saemi 25,9% 31,7% 27,7% 14,8%

Escolas urbanas 21,5% 32,1% 30,2% 16,2%

Escolas rurais 41,2% 30,0% 18,9% 9,9%

Tabela 08 - Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho – Língua Portuguesa (Leitura) – Saída

DISTRIBUIÇÃO POR PADRÕES DE DESEMPENHO - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA (LEITURA) - SAÍDA

Nível/Padrão Elementar I Elementar II Básico Desejável

Saemi 7,4% 21,1% 28,3% 43,2%

Escolas urbanas 5,5% 21,1% 29,8% 43,6%

Escolas rurais 12,3% 21,0% 24,3% 42,3%

Tabela 09 – Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho – Língua Portuguesa (Escrita) – Entrada

DISTRIBUIÇÃO POR PADRÕES DE DESEMPENHO - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

LÍNGUA PORTUGUESA (ESCRITA) - ENTRADA

Nível/Padrão Elementar I Elementar II Básico Desejável

Saemi 48,3% 24,4% 19,3% 8,0%

Escolas urbanas 47,6% 26,6% 19,8% 5,9%

Escolas rurais 50,6% 17,0% 17,4% 14,9%

Observando a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho, em Língua Portuguesa, nas duas aplicações, observa-se uma diminuição no percentual de estudantes alocados nos padrões mais baixos, Elementar I e II, e um aumento, significativo, desse percentual no padrão Desejável, em todas as escolas.

Tabela 10 - Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho – Matemática – Entrada

DISTRIBUIÇÃO POR PADRÕES DE DESEMPENHO - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA - ENTRADA

Nível/Padrão Elementar I Elementar II Básico Desejável

Saemi 21,8% 34,6% 31,9% 11,6%

Escolas urbanas 18,8% 35,8% 35,0% 10,4%

Escolas rurais 31,8% 30,7% 21,7% 15,7%

16 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Tabela 11 - Distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho – Matemática – Saída

DISTRIBUIÇÃO POR PADRÕES DE DESEMPENHO - SAEMI 20131º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA - SAÍDA

Nível/Padrão Elementar I Elementar II Básico Desejável

Saemi 17,8% 26,5% 31,7% 24,0%

Escolas urbanas 15,4% 25,0% 35,1% 24,5%

Escolas rurais 27,2% 32,4% 18,4% 22,1%

Em Matemática, houve uma mobilidade um pouco menor. Basicamente, manteve-se o mesmo percentual de estudantes nos três primeiros padrões, nas duas aplicações, com pequenas diferenças no padrão Elementar II para as escolas urbanas, que diminuíram em 10% seus estudantes nesse padrão e aumentou em 14% no padrão Desejável. Apesar dos dois grupos de escolas, urbanas e rurais, terem aumentado o percentual de estudantes no padrão Desejável, os percentuais nos padrões Elementar I e II ainda são bastante significativos, quase a metade dos estudantes encontra-se alocada nesse padrão.

A seguir, são apresentados os resultados desta escola, comparados aos resultados do Saemi 2013 e do grupo de escolas (urbana ou rural) a que a escola pertence. Analise e interprete esses resultados, conforme sugerido nesta seção. Anexos a esta revista, estão os resultados dos estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental, nas duas edições da avaliação longitudinal. Observe a proficiência alcançada por cada um dos seus estudantes e em qual Padrão de Desempenho se encontram. Com isso, você poderá analisar quais as habilidades ainda precisam ser desenvolvidas, de acordo com os padrões estabelecidos para o Saemi.

Interpretação Pedagógica dos Padrões de Desempenho

Além de observar o percentual de estudantes distribuídos nos Padrões de Desempenho, é importante identificar quais habilidades estão compreendidas em cada um dos padrões. De posse dessas informações, a equipe pedagógica da escola poderá reorganizar e planejar ações específicas, para cada grupo de estudantes, de acordo com as habilidades que precisam ser desenvolvidas.

A seguir, será apresentada a análise pedagógica de cada padrão, identificando o conjunto de habilidades desenvolvidas em cada nível de proficiência. Além disso, será apresentado, ainda, um item exemplar para cada Padrão de Desempenho.

18 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Os estudantes que se encontram no Padrão de Desempenho Elementar I começam a desenvolver as habilidades relacionadas à apropriação do sistema de escrita. Essas habilidades dizem respeito tanto a aspectos gráficos – distinção entre letras e outras formas de representação, como o desenho, por exemplo, e utilização adequada da página ao escrever – quanto a sonoros – consciência fonológica. Dado o caráter inicial desse processo de apropriação, as habilidades de leitura são ainda incipientes nesse Padrão.

As crianças que apresentam esse Padrão de Desempenho fazem distinção entre a escrita e outras formas de representação, como desenhos, garatujas, formas geométricas e/ou outros símbolos. Isso significa que reconhecem que na escrita são usadas letras, embora ainda não saibam como agrupá-las de forma convencional na leitura.

A partir dos 250 pontos de proficiência, as crianças já identificam algumas letras do alfabeto (especialmente as letras iniciais), quando apresentadas isoladamente ou em um conjunto de letras (sequência de três letras).

As crianças com proficiência a partir de 300 pontos, além das habilidades descritas anteriormente, começam a identificar a sílaba inicial de uma palavra, especialmente em palavras formadas exclusivamente por sílabas no padrão CV (consoante/vogal). Esse fato indica que elas iniciam o desenvolvimento de habilidades relacionadas à consciência fonológica, ou seja, começam a perceber as relações entre fala e escrita de forma mais sistemática.

Crianças que estão no limite da passagem desse Padrão ao seguinte – entre 350 e 400 pontos –, além de terem consolidado as habilidades relacionadas à identificação de letras do alfabeto, reconhecem uma mesma letra, ou sequência de letras, grafada em diferentes padrões gráficos (maiúscula, minúscula, de imprensa, cursiva). Elas iniciam a leitura silenciosa de palavras dissílabas e trissílabas, especialmente as paroxítonas, quando formadas exclusivamente por sílabas no padrão CV, ou por sílaba formada exclusivamente por uma vogal. Esse fato indica que essas crianças começam a desenvolver habilidades iniciais de leitura de palavras, alcançando um marco importante de seu processo de alfabetização.

até 400 pontos

Elementar I

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000Língua Portuguesa - Leitura

19Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Análise pedagógica do item

Esse item avalia a habilidade de diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de representação. Essa é uma habilidade elementar e fundamental para estudantes que se encontram nessa etapa de escolarização. Assim, é importante que estes compreendam que as letras também são símbolos, mas diferentes dos desenhos, pois há uma relação direta entre os contornos das letras e as respectivas representações do som.

Os estudantes que escolheram a alternativa A provavelmente entenderam que o “X” e o “O” representados pelo desenho de uma brincadeira comum nas escolas – o “Jogo da Velha” – responderia à solicitação do comando do item por serem letras. No entanto, desconsideraram o fato de que era necessário reconhecer

(ES.25.1077) Faça um X no quadradinho onde está escrita uma palavra.

ESCOLA

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Elementar I:

20 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

uma palavra – um todo de sentido –, e não letras, que, neste caso, estão compondo a representação de um outro símbolo – um jogo.

Aqueles estudantes que optaram pela alternativa B podem ter se pautado na própria experiência de escrita, uma vez que, para esses estudantes o que é registrado por meio desses riscos pretos numa folha de papel é uma palavra. Trata-se de uma hipótese comum entre as crianças que se encontram na fase inicial da escrita, mas que não responde ao que foi solicitado no comando da tarefa.

Os estudantes que assinalaram a alternativa C ainda não diferenciam palavras de desenhos, que representa a primeira grande tarefa a ser enfrentada por crianças na fase inicial de alfabetização.

Já os que marcaram a letra D, o gabarito, reconheceram no traçado das letras a representação de uma palavra.

As crianças que apresentam o Padrão de Desempenho Elementar II desenvolveram todas as habilidades de leitura descritas no Padrão de Desempenho Elementar I. Além disso, as crianças com nível de proficiência entre 400 e 450 pontos realizam a leitura de palavras dissílabas ou trissílabas, paroxítonas, formadas por diferentes estruturas silábicas (sílaba no padrão CV, CVC, ditongo).

As crianças que estão no limite da passagem desse Padrão de Desempenho ao seguinte, entre 450 e 500 pontos, leem palavras formadas por diferentes padrões silábicos, atribuindo sentido ao que leem. Identificam também o gênero ao qual pertencem alguns textos mais familiares. Surgem, nesse nível, as primeiras ocorrências de habilidade de leitura de frases na ordem direta (sujeito, verbo, objeto) com identificação de informações nelas explícitas. Também aparecem as primeiras ocorrências de localização de informações explícitas (que se encontram na superfície textual) em textos curtos e de gênero familiar ao contexto escolar, como parlendas e textos que informam sobre curiosidades. Em textos narrativos curtos (entre três e quatro linhas), as crianças que apresentam esse nível de proficiência identificam elementos como o tempo em que ocorre um determinado fato e um personagem da narrativa.

Em seu conjunto, o desenvolvimento de habilidades de leitura relacionadas a esse Padrão de Desempenho caracteriza um leitor que inicia seu processo de interação com pequenos textos com alguma autonomia.

Elementar II

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 400 a 500 pontos

Língua Portuguesa - Leitura

21Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Análise pedagógica do item

Esse item avalia a habilidade de ler palavras formadas por uma estrutura silábica diferente do padrão consoante/vogal. Nesse caso a palavra que deve ser identificada pelo estudante é “BANCO”. Na primeira sílaba dessa palavra, a presença da letra “n”, como marca de nasalização, pode contribuir para aumentar o nível de dificuldade da tarefa.

Os estudantes que marcaram a alternativa A provavelmente identificaram a marca de nasalização, porém representada pela letra “M” e não “N”. Além disso, tiveram dificuldade na leitura da sílaba final, pois confundiram “CO” e “BO”. Essa confusão pode ser atribuída a alguma dificuldade desses estudantes com a identificação das diferenças sonoras entre as consoantes.

Aqueles que marcaram a alternativa B, o gabarito, associaram corretamente a figura à palavra que a nomeia.

Os estudantes que marcaram a alternativa C não tiveram dificuldade com a marca de nasalização, pois leram corretamente a sílaba inicial “BAN”. No entanto, esses estudantes provavelmente confundiram o som da consoante oclusiva surda “k” com o som da consoante oclusiva sonora “d”. Essa confusão pode ser decorrente de dificuldades de identificação do som das consoantes.

Os que escolheram a alternativa D provavelmente desconsideraram a marca de nasalização, focalizando sua atenção nas letras iniciais “BA” e na sílaba final “CO” da palavra “BARCO”, iguais às de “BANCO”.

(ES.25.1383) Veja a fi gura abaixo.

Faça um X no quadradinho onde está escrito o nome dessa fi gura.

BAMBO

BANCO

BANDO

BARCO

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Elementar II:

22 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

As crianças que apresentam Padrão de Desempenho Básico desenvolveram, além das habilidades de leitura e de escrita descritas anteriormente, outras habilidades que ampliam suas possibilidades de interação com os textos, como leitores e como escritores.

As crianças com proficiência entre 500 e 550 pontos ampliam habilidades relacionadas à consciência fonológica, pois contam sílabas de palavras formadas por diferentes padrões silábicos e identificam sílabas no padrão CV no final de palavras.

Com relação às habilidades relacionadas aos usos sociais de gêneros e suportes textuais, inicia-se o desenvolvimento da habilidade de identificar gêneros textuais menos familiares, como a carta, e a finalidade ou assunto de textos de gêneros familiares, como bilhete, lista de compras, folheto e tabela de preços.

As crianças com proficiência entre 550 e 600 pontos, que se encontram, portanto, no limite para a passagem ao próximo Padrão de Desempenho, consolidaram habilidades relacionadas à consciência fonológica, como a de identificar sons iniciais e/ou finais de palavras formadas sílabas no padrão CV, e também as relativas à leitura de palavras em diferentes extensões e padrões silábicos.

As habilidades relacionadas à localização de informações em texto se ampliam, uma vez que os estudantes que se encontram nesse nível localizam informações em textos de diversos gêneros, inclusive gráficos e tabelas, podendo tais informações estar no início, meio ou fim do texto. Ampliam-se, também, as habilidades de identificar elementos de uma narrativa tais como personagem e espaço e aquelas relacionadas à identificação de gênero, finalidade e assunto de textos, assim como se amplia a extensão dos textos que essas crianças conseguem ler.

Além de inferirem informações em textos exclusivamente não verbais, as crianças que apresentam esse nível de proficiência inferem o sentido de uma palavra ou expressão.

Básico

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 500 a 600 pontos

Língua Portuguesa - Leitura

23Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Análise pedagógica do item

Esse item avalia a habilidade de reconhecer a finalidade de gêneros diversos. O texto que dá suporte ao item é um cartaz que apresenta a imagem de um cão associada a palavras escritas com letra maiúscula, sendo duas delas em negrito, com o objetivo de chamar atenção do leitor sobre o desaparecimento de um cachorro chamado “DIVI”.

Os estudantes que marcaram a alternativa A provavelmente observaram os elementos estruturais do cartaz – a imagem de um cachorro acompanhada de um texto curto – associando-os ao gênero textual anúncio, cujo objetivo comunicativo seria a venda de cães. Esses estudantes, porém, não atentaram para o sentido das informações apresentadas, as quais conferem outra função comunicativa ao texto.

Aqueles estudantes que optaram pela alternativa B provavelmente focalizaram sua atenção na imagem do cão e em informações pontuais, como o nome do cachorro, a raça, a cor, assim como o destaque

(ES.03.1800) Leia o texto abaixo.

Esse texto serve para

anunciar a venda de cães.

contar uma história de um cão.

informar sobre um cão perdido.

proibir a entrada de animais.

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Básico:

24 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

na primeira palavra, o que poderia sugerir o título de um texto narrativo. Tais estudantes, no entanto, desconsideraram a estrutura do cartaz e o sentido de suas informações, os quais caracterizam um cartaz.

Os que assinalaram a letra C, o gabarito, compreenderam que o primeiro termo que aparece em destaque no cartaz “PROCURA-SE” indica que se trata de algo que foi perdido. E ao articularem essa e as demais informações à imagem, identificaram a finalidade do cartaz, informar sobre um cão perdido.

Os estudantes que escolheram a alternativa D provavelmente observaram o cartaz e sua estrutura, geralmente utilizada pelos estabelecimentos comerciais ao proibirem a entrada de animais. Nesse caso, a exemplo dos que marcaram a letra A, não interpretaram as informações apresentadas pelo texto.

A principal característica das crianças que apresentam proficiência compatível com o Padrão de Desempenho Desejável é o fato de terem desenvolvido habilidades de leitura além daquelas esperadas para a etapa de escolarização em que se encontram. Esse Padrão abriga vários níveis de desempenho, portanto, as habilidades descritas apresentam diferentes níveis de complexidade, a depender do nível em que se encontram os estudantes.

As crianças que se encontram no nível até 650 pontos, além de localizarem sílabas iniciais e finais de palavras formadas exclusivamente pelo padrão CV, reconhecem sílabas mediais dessas palavras. Quanto às habilidades de leitura, elas se ampliam, tanto aquelas que se referem à apreensão de elementos que se encontram na superfície textual e à identificação de elementos da narrativa, quanto aquelas que dizem respeito à realização de inferências do sentido de palavras e expressões.

Ampliam-se também as habilidades relacionadas aos usos sociais da leitura e da escrita, o que indica que essas crianças demonstram ter maior familiaridade com gêneros textuais diversos.

As crianças com proficiência entre 650 e 700 pontos desenvolveram habilidades mais sofisticadas, ligadas à consciência fonológica: a habilidade de contar sílabas de palavras de diferentes extensões e formadas por diferentes padrões silábicos, assim como o reconhecimento de diferenças sonoras entre palavras que se distinguem por apenas um fonema.

Quanto à leitura, a interação com textos narrativos se desenvolve, uma vez que essas crianças iniciam a identificação do conflito gerador em narrativas, assim como reconhecem o locutor de um texto de curta extensão e começam a identificar a quem pertence a fala de um personagem.

As habilidades de realização de inferência também se ampliam, pois as crianças que se encontram nesse nível de proficiência começam a desenvolver a habilidade de inferir o assunto de um texto a partir de

Desejável

acima de 600 pontos

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000Língua Portuguesa - Leitura

25Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

seu título, de perceber o que provoca o efeito de humor num texto, e de reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de onomatopeias em poesias.

A partir dos 700 pontos, as crianças ampliam a habilidade de inferir informações em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas. Outra habilidade que começa a se desenvolver é a de identificar a relação entre pronomes anafóricos e seus referentes.

Na escrita são observados avanços significativos entre as crianças que se encontram nesse nível de proficiência. Começa a haver uma transição de uma escrita alfabética de palavras para uma escrita com observância de algumas regras ortográficas, especialmente as contextuais: uso de “l” ou “u” em final de palavra, uso de “ss”, “ç” ou “c”, dentre outras. Entre 650 e 700 pontos, as crianças escrevem palavras com dígrafos, marcas de nasalização e irregularidades ortográficas como o uso de “s”/”z”; “s”/”c”; “x”/”ch”; “g”/”j”; “ss”/”ç”.

A partir dos 750 pontos de proficiência amplia-se a habilidade de inferir o sentido de uma palavra ou expressão em texto curto. Outra habilidade que se amplia é a de identificar o efeito de sentido decorrente do uso de sinais de pontuação. Inicia-se o desenvolvimento da habilidade de identificar o interlocutor em textos como propagandas.

A partir dos 800 pontos de proficiência, observa-se a ampliação das habilidades de leitura anteriormente referida, especialmente aquelas ligadas ao estabelecimento de relações lógico-discursivas entre partes ou elementos dos textos: relações de causa e consequência e relações marcadas por conjunção temporal ou advérbio de tempo. Observa-se, portanto, que as principais conquistas a partir desse nível de proficiência dizem respeito à capacidade de interagir com os textos percebendo as relações existentes entre as diferentes partes que os constituem.

26 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Análise pedagógica do item

Esse item avalia a habilidade de inferir informações em textos, nesse caso, em uma tirinha. Nesse texto, a leitura dos dois primeiros quadrinhos, em que o menino está com medo de morrer e, em seguida, sua mãe tenta acalmá-lo dizendo que um sarampinho não mata ninguém, indica que o menino poderia estar com medo da doença. Porém, essa expectativa é quebrada, no último quadrinho, quando o menino surpreende sua mãe demonstrando estar, na verdade, com medo da seringa que o médico prepara. Para acertar o item, o estudante precisa considerar essa pista textual para realizar a inferência.

Os estudantes que marcaram a letra A, o gabarito, articularam as imagens ao texto verbal identificando a pista textual indicada pelo olhar assustado do menino em direção ao homem que estava preparando a injeção. Tais estudantes inferiram que o menino tinha de fato medo da seringa.

Aqueles que optaram pela alternativa B provavelmente consideraram que o menino estava com medo da mãe por ela ter aparecido logo após ele dizer que iria morrer.

Os que marcaram a letra C provavelmente focalizaram sua atenção no fato de o médico aparecer sério preparando a injeção, em destaque no último quadrinho. Ou ainda, podem ter sido influenciados por um conhecimento de mundo, em que é comum crianças terem medo de médico.

(ES.21.1983) Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaTirinha/PaginaAnterior.asp?da=31012010>.

No texto, o menino está com medo

da seringa.

de sua mãe.

do médico.

do sarampo.

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Desejável:

27Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Os estudantes que marcaram a alternativa D provavelmente se pautaram nas imagens do menino deitado na cama, com sarampo e na fala da mãe tentando acalmá-lo, acreditando que ele poderia estar com medo da doença.

Os estudantes que se encontram nesse Padrão de Desempenho manifestam os primeiros sentidos de números. Eles demonstram ser capazes de identificar igualdades e desigualdades numéricas por meio da contagem, indicando o desenvolvimento da habilidade relativa ao estabelecimento de relações e comparações numéricas. Nessa linha, ao compreender as noções de quantidade, os estudantes estabelecem relações cognitivas com pequenos números, suas representações e uso em diferentes situações cotidianas.

Constata-se também que os estudantes que se encontram nesse Padrão começam a evidenciar habilidades matemáticas concernentes à consciência direcional, ou seja, eles estão começando a projetar as dimensões espaciais do corpo no espaço imediato, demonstrando o apoderamento de conceitos espaciais sobre o movimento ou as localizações de objetos no ambiente.

A partir dos 200 pontos de proficiência, os estudantes associam figuras bidimensionais presentes na composição de objetos do cotidiano, quando, por exemplo, percebem que as faces laterais de uma pirâmide são triângulos.

Os estudantes com proficiência entre 250 e 300 pontos são capazes de diferenciar o maior do menor, o mais alto do mais baixo, o mais curto do mais comprido, a partir da comparação entre objetos. Eles também reconhecem cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro e associam objetos do cotidiano à forma de figuras tridimensionais, quando, por exemplo, relacionam esfera à bola e cubo à caixa, além de identificarem informações apresentadas em gráficos de coluna.

Os estudantes com proficiência entre 300 e 350 pontos, além das habilidades descritas anteriormente, começam a resolver problemas envolvendo o significado de juntar da adição e retirar da subtração com apoio de figuras e com quantidades menores que 10. Eles também reconhecem os números ordinais, mas identificam até o nono elemento de uma posição. Além de identificarem a posição de um personagem a partir de uma referência, utilizando-se das noções de mais próximo/perto, eles são capazes de comparar e ordenar comprimento, altura e espessura.

Devido à presença ainda incipiente de habilidades matemáticas nesse Padrão de Desempenho, torna-se necessário que a escola amplie o contato com atividades que sejam significativas, de forma a possibilitar o desenvolvimento de habilidades relativas a Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação, além de ampliar os campos Numérico e Geométrico.

até 350 pontos

Elementar I

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000Matemática

28 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Análise pedagógica do item

Identificar o valor de moeda do Sistema Monetário brasileiro é a habilidade avaliada neste item. Para resolvê-lo os estudantes devem associar a imagem da moeda apresentada no suporte do item a seu valor, ou seja, a 10 centavos.

Os estudantes que marcaram a alternativa B demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada pelo item, pois identificaram o valor da moeda.

Os estudantes que marcaram qualquer uma das demais alternativas não observaram o número impresso na moeda que serve de suporte ao item e/ou não relacionaram esse número ao valor que a moeda possui no sistema monetário brasileiro. Esses estudantes, portanto, demonstraram ainda não ter desenvolvido a habilidade avaliada.

Os estudantes que apresentam o Padrão de Desempenho Elementar II desenvolveram todas as habilidades descritas no Padrão de Desempenho Elementar I. Além daquelas habilidades, os estudantes com nível de proficiência entre 350 e 450 pontos reconhecem os números ordinais, identificando até a 15ª posição de um elemento, bem como resolvem problemas envolvendo outros significados da adição (acrescentar) e subtração (separar) com e sem apoio de figuras. Resolvem problemas envolvendo a multiplicação, mas com apoio de figura.

Questão ## ESMP08.1411

Observe a moeda e responda à pergunta.

Qual é o valor dessa moeda?

5 CENTAVOS.

10 CENTAVOS.

25 CENTAVOS.

50 CENTAVOS.

Elementar II

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 350 a 450 pontos

Matemática

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Elementar I:

29Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

No Campo Geométrico, constata-se que esses estudantes identificam propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais, o que evidencia uma sistematização das habilidades que lhes permitem projetar para a dimensão plana o objeto representado tridimensionalmente, quando, por exemplo, relacionam a roda de um carro à sua forma circular, além de associar objetos do mundo físico a sólidos geométricos (cubo e pirâmide).

Os estudantes com proficiência entre 350 e 400 pontos conseguem relacionar conceitos e propriedades matemáticas dos quatro domínios quando mobilizam habilidades em situações da vida cotidiana, que não exigem maior formalização. Esses estudantes também realizam a leitura e a interpretação de dados matemáticos apresentados em gráficos de colunas, além de identificar intervalos de tempo (hora, dia, semana, mês e ano) em situações envolvendo sequências de eventos e localizam informações, em pequenos textos, envolvendo significado numérico. Demonstram, ainda, ser capazes de relacionar os valores entre cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro e identificar o registro por extenso de alguns números naturais.

Percebe-se no intervalo entre 400 a 450 pontos marcos cognitivos significativos no campo numérico, pois esses estudantes, além de resolver problemas envolvendo as ações de comparar e completar quantidades e manipulam o algoritmo da adição e subtração sem reagrupamento.

Ao considerar esse conjunto de habilidades, evidencia-se a necessidade de continuar a desenvolvê-las, sobretudo, as que dizem respeito aos campos Geométrico e Grandezas e Medidas, que necessitam de uma intervenção mais efetiva da escola em diálogo com outras Áreas do Conhecimento.

Questão ## ESMP12.295

Observe o carrinho e responda à questão.

As rodas desse carrinho têm a forma de um

CÍRCULO.

QUADRADO.

RETÂNGULO.

TRIÂNGULO.

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Elementar II:

30 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Análise pedagógica do item

A habilidade avaliada neste item é a de identificar figuras geométricas planas. O suporte que acompanha o item apresenta um carro formado por peças que lembram tais figuras. Os estudantes são solicitados a identificar a forma semelhante àquela das rodas do carro, ou seja, o círculo.

Os estudantes avaliados que acertaram, ao marcar a primeira alternativa, conseguem associar a forma plana arredondada das rodas ao círculo.

Básico

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 450 a 550 pontos

Matemática

Os estudantes que marcaram qualquer uma das demais alternativas de resposta demonstraram não relacionar, ainda, a forma das rodas do carro à nomenclatura da figura plana a qual elas se assemelham, ou seja, ao círculo. Esses estudantes ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Neste Padrão de Desempenho, é perceptível um aumento do grau de complexidade das habilidades do campo Numérico que pode ser verificado quando esses estudantes demonstram resolver problemas de multiplicação e divisão com e sem apoio de figura. Eles são capazes de identificar o 20º elemento de uma posição e manipular o algoritmo da adição e subtração sem reagrupamento e identificar o registro por extenso de números naturais até 30. Amplia-se também o pensamento geométrico, uma vez que eles demonstram identificar retângulos, círculos e triângulos com base na análise de figuras construídas pela justaposição de outras figuras.

Os estudantes que se encontram no intervalo de 450 a 500 pontos de desempenho, no que se refere a Grandezas e Medidas, conseguem estabelecer trocas entre cédulas e moedas em situações-problema. Demonstram, no que se refere a habilidades de medida de tempo, que reconhecem horas exatas e meia hora em relógios digitais e analógicos. No campo Espaço e Forma, os estudantes que se encontram neste padrão demonstram que identificam propriedades geométricas que lhes permitem diferenciar figuras planas como o triângulo, o retângulo e o círculo em representações que combinam essas formas. Além disso, identificam a localização/movimentação de objetos em mapas tomando como referência noções de perto/longe, direita/esquerda. No campo Tratamento da Informação, identificam informações apresentadas em gráficos de coluna, bem como identificam, em diferentes gêneros textuais, informações relativas ao significado numérico.

Os estudantes com proficiência entre 500 e 550 pontos, além de ter desenvolvido as habilidades dos padrões anteriores, demonstram utilizar o sentido de número com mais propriedade. Eles resolvem problemas de multiplicação envolvendo o significado de dobro e triplo com e sem apoio de figura, problemas de divisão envolvendo a ideia de metade com e sem apoio de figura. No campo Geométrico, identificam figuras bidimensionais em desenhos formados pela composição de retângulos, círculos e triângulos, bem como associam objetos do mundo físico à representação de sólidos geométricos (cubo,

31Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

pirâmide, cilindro e cone), o que representa uma maior abstração das propriedades que envolvem essas figuras.

Ao observar o conjunto de habilidades que estão localizadas neste Padrão de Desempenho, constatam-se marcos cognitivos significativos no campo Numérico, Geométrico e no campo das Medidas, demonstrando que os estudantes cuja proficiência se encontra nesse intervalo encontram sentido para seu objeto de estudo de maneira significativa. Esses estudantes percebem a relação existente entre a matemática e o mundo.

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do Padrão de Desempenho Básico:

Questão ## ESMP28.721

Observe as 12 laranjas que Célia comprou. Ela preparou uma laranjada com a metade dessas laranjas.

Quantas laranjas foram utilizadas para fazer essa laranjada?

DEZ LARANJAS.

DOZE LARANJAS.

MEIA LARANJA.

SEIS LARANJAS.

Análise pedagógica do item

Este item avalia a habilidade de resolver problema que envolva a ideia de divisão referente ao cálculo de metade de um grupo. O comando solicita que o estudante determine a metade de 12 objetos apresentados no suporte, organizados em linhas e colunas. Para resolver o item os estudantes devem, primeiramente, contar os objetos e, depois, separá-los em dois grupos iguais para obter a metade de 12.

Os estudantes que marcaram a primeira alternativa podem pode não ter construído o conceito de metade ou, ainda, podem ter encontrado dificuldade em separar o grupo de duas partes iguais.

Os que optaram pela segunda alternativa não observaram a orientação dada no comando do item, pois consideraram o conjunto total de laranjas.

32 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Desejável

acima de 550 pontos

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000Matemática

Os estudantes que escolheram a terceira alternativa consideraram o conceito de metade ligado à metade de um inteiro, demonstrando que ainda não conseguem calcular a metade de conjuntos discretos.

Aqueles que assinalaram a última alternativa escolheram a opção correta. Eles demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada, pois conseguiram determinar a metade de um pequeno grupo de objetos com apoio de imagem.

A principal característica dos estudantes que apresentam proficiência compatível com o Padrão de Desempenho Desejável é o fato de terem desenvolvido habilidades matemáticas além daquelas esperadas para a etapa de escolarização em que se encontram.

Os estudantes que se encontram no nível entre 550 a 600 pontos desenvolveram as habilidades dos níveis anteriores. Além disso, demonstram ampliar o conhecimento relativo aos sólidos geométricos, passam a reconhecer o cone e a esfera, bem como identificar em calendários os dias da semana, meses e anos.

Os estudantes cuja proficiência se localiza no intervalo de 600 a 650 pontos consolidaram a habilidade de identificar igualdades e desigualdades numéricas por meio da contagem, indicando o desenvolvimento da habilidade relativa ao estabelecimento de relações e comparações numéricas sem apoio de figuras. Eles também demonstram resolver problemas relativos à divisão sem apoio de figuras com grau de complexidade maior que nos Padrões anteriores, bem como extrair informações de gráficos de colunas.

Constata-se que estudantes com proficiência localizada acima de 650 pontos consolidaram as habilidades relativas à resolução de problemas envolvendo as ações de juntar, separar, acrescentar e retirar quantidades sem apoio de figuras. Eles consolidaram também as habilidades relativas ao reconhecimento de figuras tridimensionais, extração de informação em gráficos de colunas, identificação de intervalo de tempo e problemas envolvendo divisão sem apoio de figuras.

Os estudantes que escolheram a terceira alternativa consideraram o conceito de metade ligado à metade de um inteiro, demonstrando que ainda não conseguem calcular a metade de conjuntos discretos.

Aqueles que assinalaram a última alternativa escolheram a opção correta. Eles demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada, pois conseguiram determinar a metade de um pequeno grupo de objetos com apoio de imagem.

33Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Exemplo de item que avalia uma das habilidades do padrão de desempenho Desejável:

Questão ## M010054E4

O relógio abaixo mostra o horário que Beatriz saiu de casa, à tarde, para fazer compras. Observe.

A que horas Beatriz saiu para fazer compras?

3 horas.

3 horas e 12 minutos.

12 horas.

12 horas e 3 minutos.

Análise pedagógica do item

A habilidade avaliada pelo item é a de ler horas exatas em relógio analógico. Para solucionar, corretamente, a situação problema apresentada no item, os estudantes deveriam observar a posição dos ponteiros, reconhecendo que o menor ponteiro é aquele que indica as horas.

Os estudantes que marcaram a primeira alternativa demonstraram ter desenvolvido a habilidade avaliada pelo item, pois reconheceram que o relógio está marcando 3 horas.

Os estudantes que marcaram a alternativa B reconheceram que o ponteiro menor é aquele que indica as horas. Entretanto, consideraram que o ponteiro maior voltado para o 12 marca 12 minutos, o que indica que esses estudantes ainda não desenvolveram a habilidade de ler horas em relógio analógico.

Os estudantes que marcaram a terceira alternativa consideraram que o ponteiro maior é aquele que marca as horas exatas. Esses estudantes, portanto, inverteram a forma de fazer a leitura de horas em relógios analógicos, demonstrando que ainda não desenvolveram a habilidade avaliada.

Estudantes que marcaram a última alternativa, a exemplo daqueles que marcaram a terceira alternativa, também inverteram a forma de realizar a leitura das horas em relógios analógicos. Esses estudantes consideraram que o ponteiro maior é aquele que marca as horas e o menor, os minutos.

A Avaliação em Larga Escala da Escrita

A incorporação da avaliação da escrita nas avaliações educacionais em larga escala revela um avanço nas políticas de avaliação, uma vez que, ao se avaliar a escrita, obtém-se um diagnóstico mais completo da qualidade da educação ofertada pela rede pública de ensino.

E, ao se tratar de uma avaliação da escrita para o ciclo de alfabetização, esse diagnóstico se torna ainda mais rico, pois pode-se ter uma visão mais ampla e completa do processo de aprendizagem da língua escrita por crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental.

Assim, por se conhecer o nível de alfabetização em que os estudantes se encontram, torna-se possível o desenvolvimento de estratégias que garantam a cada um dos estudantes consolidar os princípios básicos da alfabetização.

A PRODUÇÃO ESCRITA NO SAEMI 2013 – Entrada

Para a implementação da avaliação, foi construída uma matriz de referência que orientou a elaboração dos itens do teste, ou seja, o elemento que indica “o que” será avaliado. Na Matriz de Referência de Língua Portuguesa, as habilidades de escrita aferidas pelo Saemi estão elencadas no Tópico V, Produção escrita, que agrupa duas competências: C9. Escrita de palavras, com três descritores, e C10. Produção de Textos, com um descritor. Assim, no Saemi a avaliação da produção escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental foi orientada pelos seguintes descritores:

D21 – Escrever palavras.

D22 – Escrever frases ditadas.

D23 – Escrever frases a partir de imagem.

D24 – Produzir textos.

Quanto ao “como avaliar”, na avaliação da escrita são utilizados itens politômicos. Esse tipo de item não pressupõe a existência de uma única opção ou situação correta, mas sim diferentes possibilidades de acerto ou concordância. Assim, as respostas são ordenadas considerando uma progressão dos acertos.

A seguir, são apresentados exemplos de itens para cada uma das habilidades de escrita avaliada pelo SAEMI.

D21 – Escrever palavras.

Os itens que avaliam essa habilidade são elaborados de duas formas distintas:

1. Apresenta-se aos estudantes uma imagem1 e, ao mesmo tempo, eles escutam o nome da imagem falada pelo aplicador, conforme se pode verificar no exemplo abaixo.

2. O aplicador apenas dita a palavra que deve ser escrita pelos estudantes. Vide exemplo a seguir.

1 A imagem dos itens tomados como exemplo foram retiradas do Caderno do Aplicador, pois no Caderno de testes dos estudantes não aparecem as instruções de aplicação.

35Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Item 1 – D21 – Escrever palavras a partir de uma imagem (canônicas e não canônicas).

Item 2 – D21 – Escrever palavras ouvidas (canônicas e não canônicas).

D22 – Escrever frases ditadas

Para avaliar essa habilidade, os estudantes escutam uma frase ditada pelo aplicador, a qual, de modo geral, se organiza em ordem direta (Sujeito + verbo + complemento).

Os itens originados desse descritor permitem que se avaliem diferentes aspectos/dimensões envolvidos (as) na sua realização, que são tratados como sendo itens diferentes.

Esses aspectos considerados são:

» Aspecto 1 – Uso adequado da página: verifica-se se os estudantes dessa etapa de escolaridade já conseguem fazer

uso adequado da página de caderno com margens e pautas (linhas), ou seja, avalia-se se eles já sabem respeitar os

limites estabelecidos pela página e, também, se já dominam os princípios da direção da escrita – da esquerda para

a direita e de cima para baixo.

36 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

» Aspecto 2 – Ortografia: avaliam-se aspectos ortográficos (realização dos fonemas em grafemas, hipossegmentação

e hipersegmentação), assim como o uso de maiúscula no início da frase. No entanto, o domínio da acentuação

gráfica, separação de sílabas e pontuação não é avaliado, pois essas convenções da escrita ainda estão em

processo de desenvolvimento nessa etapa de escolaridade.

A seguir, um exemplo para esse descritor.

Item 3 – D22 – Escrever frases ditadas

D23 - Escrever frases a partir de imagem.

Para avaliar essa habilidade, apresenta-se uma imagem aos estudantes para a qual solicita-se que se escreva uma frase que conte o que acontece na cena observada. Nesse tipo de item, o estudante precisa criar e não apenas copiar uma frase. Assim, a realização dessa tarefa envolve a interpretação da imagem, domínio vocabular, a capacidade de transpor os fonemas em grafemas e um domínio mínimo da organização sintática de uma frase.

Nesse tipo de item são considerados, portanto, aspectos relacionados à coerência da frase em relação à imagem, assim como os aspectos relacionados ao domínio da ortografia.

Veja, a seguir, um exemplo de item.

Item 4 – D23 - Escrever frases a partir de imagem.

37Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

D24 – Produzir textos

Os itens associados a esse descritor podem apresentar duas situações de produção distintas: (i) Produzir um bilhete e (ii) Produzir uma pequena história, a partir de uma sequência de imagens.

Para os estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental, apresentou-se um determinado contexto comunicacional específico, para o qual o estudante deve produzir um texto de um gênero específico, conforme exemplo a seguir.

Item 5 – D24 – Produzir um bilhete

Os itens que contemplam a produção de pequenos textos permitem que se avaliem diferentes dimensões/aspectos envolvidas(os) na sua realização, sendo tratados como sendo itens diferentes.

Esses aspectos considerados são:

» Aspecto 1 – análise discursiva (adequação à proposta) – nessa ótica é verificado se o estudante produziu o texto

conforme os padrões pré-estabelecidos pelo gênero textual elencado (bilhete ou narrativa);

» Aspecto 2 – análise linguística (elaboração do texto) – nessa perspectiva observam-se os aspectos ortográficos e

morfossintáticos do texto elaborado pelo estudante.

38 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo SAEMI. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes:

 Elementar I

 Elementar II

 Básico

 Desejável

Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão.

Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais.

Elementar I Elementar II Básico Desejável

Padrões de Desempenho Estudantil em Escrita

39Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Os estudantes que se encontram neste Padrão de Desempenho começam a desenvolver as habilidades relacionadas à aprendizagem do sistema de escrita.

Dado o caráter inicial desse processo, as habilidades de escrita são ainda incipientes. Isso significa que reconhecem que, na escrita, são usadas letras, embora ainda não saibam como agrupá-las de forma convencional tanto na leitura quanto na escrita.

Assim, neste padrão, os estudantes demonstram já conseguirem observar algumas regras de utilização da página, embora possam não observar os limites das margens ou a necessidade de recomeçar a escrita na margem esquerda ao passarem de uma linha para outra.

Esse item avalia a habilidade, de o estudante utilizar o princípio alfabético na escrita de palavras com apoio de imagens (D21). Nesse caso, solicitou-se ao estudante a escrita da palavra SAPATO, formada por três sílabas simples, no padrão canônico (CV) e que representa um objeto familiar ao estudante.

Ao buscar escrever a palavra designadora do objeto apresentado, o estudante demonstrou perceber, a sonoridade da vogal /a/ que compõe as duas primeiras sílabas da palavra SAPATO, mas não conseguiu compor a palavra, mas demonstrou reconhecer que existem letras que compõem uma palavra.

até 400 pontos

Elementar I

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

40 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Os estudantes cuja proficiência está alocada no Padrão de Desempenho Elementar II, além de demonstrarem já ter desenvolvido todas as habilidades de escrita descritas no padrão Elementar I, começam a escrever palavras dissílabas ou trissílabas, paroxítonas e em diferentes padrões silábicos, como CV (consoante/vogal), CVC (consoante/vogal/consoante), CVV (consoante/vogal/vogal), V (vogal) e/ou com ditongo(s).

No entanto, como ainda se encontram em processo de aprendizagem da língua escrita, ao escreverem, esses estudantes o fazem a partir da hipótese silábica e/ou da hipótese silábico-alfabética. Isso significa que podem usar apenas uma letra para representar cada sílaba da palavra ou, ainda, que podem utilizar ora uma letra para cada sílaba, ora uma letra para cada som da palavra.

Questão 01

Escreva o nome de cada uma das figuras que você viu.

Esse item avalia a habilidade descrita pelo D21, de o estudante utilizar, como escritor, o princípio alfabético na escrita de palavras com apoio de imagens. Nesse caso, solicitou-se ao estudante a escrita da palavra COPO, formada por duas sílabas simples, no padrão canônico (CV) e que representa um objeto familiar ao estudante.

A palavra proposta apresenta baixa complexidade, considerando sua extensão e composição, porém é comum observar que, na transição da oralidade para a escrita, nessa fase da alfabetização, os estudantes substituam a vogal final /o/ pela vogal /u/.

No item acima apresentado, o estudante demonstra perceber a vogal final /o/ que compõe as duas sílabas da palavra COPO, mas nesse intuito, repete a consoante /c/ nas duas sílabas.

Elementar II

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 400 a 500 pontos

41Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

As crianças que apresentam Padrão de Desempenho Básico desenvolveram, além das habilidades descritas anteriormente, outras habilidades que ampliam suas possibilidades de interação com os textos enquanto escritores.

Esses estudantes apresentam uma escrita que pode ser, em alguns casos, ainda silábico-alfabética e, em outros, alfabética, escrevendo palavras de diferentes extensões e padrões silábicos – CV, VC, CVC, CVV – em conformidade com essas hipóteses de escrita.

Uma conquista importante das crianças que apresentam este nível de proficiência é a habilidade de usar a página adequadamente, respeitando margens e a sequência adequada das palavras, inclusive quando há mudança de linha. Elas também produzem uma escrita alfabética de palavras de diferentes extensões e formadas por padrões silábicos variados: CV, VC, CVC, CVV, CVCC, CCVC.

A escrita apresentada pelo estudante nesse item encontra-se nesse padrão, uma vez que esse estudante escreveu parcialmente a palavra ouvida SONHO, composta por duas sílabas, uma canônica (padrão CV) e uma não canônica (padrão CVC).

Esse vocábulo apresenta complexidade na composição da segunda sílaba, em que ocorre o encontro de NH, provocando a nasalização, muitas vezes confundida com os sons de “õ”, “m”, “i”, considerando a correspondência dos fonemas e seus pontos de articulação.

Na escrita produzida por esse estudante, nota-se que o mesmo encontra-se no nível silábico alfabético em transição para o nível alfabético, quando constrói sílabas para SONHO, demonstrando que percebe a nasalidade na palavra ao utilizar o /i/ no lugar de /nh/, mas sua escrita ainda não é ortográfica.

Básico

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

de 500 a 600 pontos

42 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

Desejável

acima de 600 pontos

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

A principal característica das crianças que apresentam proficiência compatível com o Padrão de Desempenho Desejável é o fato de terem desenvolvido habilidades de escrita além daquelas esperadas para a etapa de escolarização em que se encontram. Este Padrão abriga vários níveis de desempenho, portanto, as habilidades descritas apresentam diferentes níveis de complexidade, conforme o intervalo de proficiência em que se encontram os estudantes.

As crianças com até 650 pontos de proficiência começam, a partir de um ditado, a escrever frases curtas, no padrão sintático sujeito/verbo/complemento, com ou sem espaçamento correto entre as palavras. No caso de frases não ditadas, produzidas a partir de uma gravura, inicia-se o desenvolvimento da habilidade de escrevê-las, ainda que no padrão de escrita silábico-alfabético, com ou sem uso de pontuação e de letras maiúsculas no início das frases.

No intervalo entre 650 e 700 pontos na escala de proficiência, os estudantes demonstram ganhos significativos quanto à escrita. Observa-se, pois, o início de uma transição de uma escrita alfabética para uma escrita com observância de algumas regras ortográficas, especialmente as contextuais: uso de “l” ou “u” em final de palavra; uso de “ss”, “ç” ou “c”, dentre outras. Os estudantes escrevem, ainda, palavras com dígrafos, marcas de nasalização e irregularidades ortográficas, como o uso de “s”/“z”; “s”/“c”; “x”/“ch”; “g”/“j”; “ss”/“ç”.

No caso da escrita de frases ditadas, observa-se, na maioria dos casos, o uso de espaçamento entre palavras, o que não acontece sempre quando se trata da escrita de frases a partir de imagens. Nesse caso, observa-se plausibilidade da frase escrita em relação à cena apresentada, embora possam aparecer equívocos ortográficos decorrentes da semelhança entre os modos de articulação de alguns sons (transcrição da fala para a escrita). Esses equívocos também ocorrem no caso da escrita de frases ditadas.

Neste padrão, tem início o desenvolvimento de habilidades necessárias à produção de uma escrita ortográfica: observância de regras que orientam o uso de letras que podem representar um mesmo som em diferentes contextos; uso adequado de marcas de nasalização; uso de letras que podem representar um mesmo som em contextos semelhantes.

Além disso, os estudantes começam a desenvolver a habilidade de produzir textos de gêneros mais familiares a partir da proposição de uma situação comunicativa: “escrever um bilhete para transmitir um recado a alguém e/ou um convite para determinado evento”.

A partir dos 750 pontos de proficiência, os estudantes também já conseguem produzir uma história a partir de uma cena ou sequência de cenas (tirinha/história em quadrinhos) que apresentam: personagens praticando ações em uma sequência temporal; uso de articuladores, como marcadores temporais (“então”, “depois”); uso de recursos coesivos, como pronomes, que contribuem para a continuidade temática do texto sem torná-lo repetitivo.

43Língua Portuguesa e Matemática - 1º ano do Ensino Fundamental | SAEMI 2013

Questão 02

Escreva o nome de cada uma das palavras que você ouviu.

A escrita apresentada pelo estudante nesse item encontra-se no Padrão Desejável, uma vez que esse estudante conseguiu escrever, ortograficamente, a palavra CABIDE, composta por três sílabas canônicas (padrão CV).

Esse vocábulo, embora apresente um nível de complexidade baixo, por ser composto de sílabas simples, traz na sílaba medial a consoante sonora bilabial “b”, que comumente é confundida pelos estudantes, nessa etapa de escolaridade, com a surda também bilabial “p”. Assim como é comum a consoante sonora dental “d” ser trocada pela surda também dental “t”, considerando a correspondência dos fonemas e seus pontos de articulação. Também acerca da complexidade da palavra CABIDE, vale ressaltar que durante a transição da oralidade para a escrita, o estudante pode incorrer na troca da vogal final “e” pela vogal “i”, escrevendo a palavra da forma como é pronunciada (CABIDI).

44 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Longitudinal

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOHENRIQUE DE ABREU OLIVEIRA BEDETTI

COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

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COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

Ficha catalográfica

IPOJUCA. Secretaria Municipal de Educação do Ipojuca.

SAEMI – 2013/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2013), Juiz de Fora, 2013 – Anual.

Conteúdo: Revista da Avaliação Longitudinal.

ISSN 2318-7263

CDU 373.3+373.5:371.26(05)3412

SaemiSistema de Avaliação EducacionalMunicipal do Ipojuca

SAEMISISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA

REVISTA DAAVALIAÇÃO LONGITUDINAL

1º ano do Ensino FundamentalLÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA

2013