anuário bahia indústria florestal
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Anuário produzido pelo Sindpacel -redigido pela Poyry Silviconsulting com dados da indústria florestal baiana.TRANSCRIPT
Anuário BAhiA indústriA florestAl 2
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Apoio:
Conteúdo e revisão:pöyry silviconsult engenharia ltda.
Criação de Projeto gráfico e Editoração:Accessing comunicaçã[email protected] www.accessing.com.br
Jornalista revisora da versão:Adriana souzadrt/Ba 3369
Anuário BAhiA indústriA florestAl3
CArtA do presidente
praticar uma gestão transpar e nte e responsável, que agrega valor ao estado em que atuam as nos-sas associadas é o compromisso do sindicato das indústrias do papel, celulose, papelão, pasta de Madeira de papel e Artefatos de papel e papelão do estado da Bahia - sindpAcel.
desde que assumi o compro-misso de gerir o sindpacel, jun-tamente com os colegas da nova diretoria, atuamos de maneira integrada no intuito de apri-morar nossos processos para transformarmos nossa ativida-de sindical em um importante eixo para o desenvolvimento do estado da Bahia.
A Bahia possui potencial para se consolidar como um dos maio-res polos da indústria de base florestal do mundo, pois possui condições de clima e solo extre-mamente favoráveis ao plantio de rápido crescimento e um setor privado organizado e com mão de obra qualificada.
Atuando em parceria com ins-tituições irmãs, como é o caso
da Abaf, compartilhamos a vi-são de que o desenvolvimento é fruto de um diálogo construtivo entre a iniciativa privada, o po-der público e a sociedade, em um movimento consciente na busca por soluções que visam o crescimento sustentável e orde-nado do setor.
hoje, o sindicato busca uma atuação global com caráter re-gional. somos líderes na ques-tão ambiental.
somando os esforços, conse-guimos mostrar ao público de interesse que somos uma gera-ção de executivos comprometi-dos não somente com o estado, mas principalmente com seu povo e seu ambiente natural.
sustentabilidade nas ações
Jorge cAJAzeirApresidente do sindpacel.
ÍndiCe
ApresentAção 05
pAnorAmA mundiAl do mercAdo florestAlÁrea de plantios florestais 06consumo de madeira 08
produção industriAlcelulose 11papel 13painéis de madeira compensada e reconstituída 14comércio internacional 16
cArActerizAção dA cAdeiA produtivA de bAse florestAl dA bAhiA 19
Área de plantios florestais 21produção industrial 24Consumo estadual de produtos de base florestal 27
importânciA socioeconômicA do segmento de bAse florestAl pArA A bAhiA
indicAdores econômicosproduto interno bruto 28comércio internacional 29
1.2 Principais mercados internacionais dos produtos de base florestal da Bahiacelulose 31celulose solúvel 32papel 33 serrados 34ferroligas 35
1.3 Arrecadação de tributos 36
1.4 investimentos setoriais 36indicAdores sociAis
2.1 geração de empregos 372.2 Áreas de preservação 382.3 Índice de desenvolvimento municipal firjan (ifdm) 38
Desafios das indústrias brasileiras e baianas de base florestal 40
Anuário BAhiA indústriA florestAl5
ApresentAção
listA de siglAs
um dos mais antigos sindicatos da Bahia, o sindicato das indús-trias do papel, celulose, pape-lão, pasta de Madeira para papel e Artefatos de papel e papelão no estado da Bahia - sindpacel, está próximo de completar seis décadas de atuação. nesse pe-ríodo, suas lideranças estiveram à frente da evolução do ramo de papel e celulose com a chegada de novas tecnologias e a incor-poração das melhores práticas corporativas e ambientais.
um sindicato que age em defesa das indústrias que representa e que se preocupa em agregar valor ao desenvolvimento social no estado em que atua. Mais do que trazer inovação para a produção industrial do estado, o setor de papel e celulose tor-nou-se referência para outros segmentos ao agrupar concei-tos fundamentais nos dias de hoje, que alinha sustentabilida-de nas ações e proporciona ga-nhos sociais e econômicos.
A entidade também tem como desafio integrar as indústrias de papel e celulose em suas re-lações com os trabalhadores, governos, órgãos públicos e entidades da sociedade civil or-ganizada. Além disso, busca ser fonte de informações, análises e estatísticas que possam servir de base para o melhor entendi-mento do setor. Atualmente, o sindpacel possui representação em 14 fóruns dos segmentos de Meio Ambiente, governo, tercei-ro setor e conselhos.
SIGLA SIGNIFICADOABAFAPP
BHKPBSKP
CERFLORCOFINS
CSLLFSCE&Rha
ICMSIFDMINSSIPTUIPVAIRPJISOISSITRm3
ONGSPEFCPIBPIS
PMVARL
RPPNR$
SIBFSINPACEL
tUKPun
US$
Associação Baiana das Empresas de Base FlorestalÁrea de Preservação Permanente
Celulose Kraft Branqueada de Fibra CurtaCelulose Kraft Branqueada de Fibra Longa
Programa Brasileiro de Certificação FlorestalContribuição para o Financiamento da Seguridade Social
Contribuição Social sobre o Lucro LíquidoForest Stewardship Council
Emprego e RendaHectares
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçoÍndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
Imposto Nacional do Seguro SocialImposto sobre a Propriedade Predial e Territorial UrbanaImposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
Imposto de Renda de Pessoa JurídicaInternational Organization for Standardization
Imposto sobre ServiçoImposto sobre Propriedade Territorial Rural
Metro CúbicoOrganizações Não Governamentais
Programme for the Endorsement of Forest Certification SchemesProduto Interno Bruto
Programa de Integração SocialProdutos de Maior Valor Agregado
Reserva LegalReserva Particular do Patrimônio Natural
RealSistema Industrial de Base Florestal
Sind. das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão do Estado da Bahia
ToneladaCelulose Kraft não Branqueada
Unidade Dólar
Anuário BAhiA indústriA florestAl 6
pAnorAmA mundiAl do merCAdo florestAl
área de plantios florestais
figurA1. áreA de plAntios florestAis no Mundo
Milhões de ha
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Em 2012, a área plantada de Pinus e Eucalyptus totalizou 6,6 milhões de hectares no Brasil. A maior concentração de plantios florestais está nas regiões Sul e Sudeste, devido à localização das principais unidades industriais.
A área de plantios florestais existentes no mundo é estima-da em 129 milhões de hectares, sendo que a china concentra 31 milhões hectares. As florestas plantadas aparecem também como um componente estraté-gico para países como estados unidos (25 milhões de hectares)
e rússia (14 milhões de hecta-res). na América latina, exis-tem 15 milhões de hectares de plantios florestais, com desta-que para os gêneros pinus e eu-calyptus (figura 1)
EUA
restante da Ásia
América Latina
rússia
África
Europa Ocidental
Oceania
China
Europa Oriental
05 10 15
14
12
6
4
3
15
20
20
25
25
31
30 35
o Brasil possui 47% da área plantada na América latina.
Brasil
Anuário BAhiA indústriA florestAl7
figurA 2. distriBuição dA áreA BrAsileirA de plAntios florestAis por culturA
fonte: pöyry silviconsult (2013)
o Brasil possui 47% das áreas de plantios florestais sul-ame-ricanas, o que representa cerca de 6% da área plantada mun-dial. em 2012, a área brasileira de plantios florestais atingiu 7,1 milhões de hectares. os plan-tios de eucalyptus represen-taram 71% da área total e os
plantios de pinus, 22%. ou-tras espécies perf izeram 7% de área nacional de plantios f lorestais (figura 2).
Eucalyptus71%
Pinus22%
7%
Acácia
Seringueira
Paricá
Teca
Outras
Outra
Anuário BAhiA indústriA florestAl 8
em 2012, foram consumidos , aproximadamente, 1,1 bilhão de m³ de madeira provinda de plantios f lorestais no mundo, sendo que, 31% desse volume foi utilizado para f ins energé-ticos e 69% para f ins indus-triais (figura 3).
consumo de Madeira
figurA 3. distriBuição do consuMo MundiAl de MAdeirA provindA
de plAntios florestAis por clAsse de uso
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Panorama mundial do mercado Florestal
Madeira consumida1,1 bilhões de m3
cobre e vapor serrados painéis de Madeira celulose
papel e embalagens fibra recicladasubprodutos(cavacos, costaneira, entre outros)
Madeira grossa(448 milhões de m3)
outros usos industriais(68 milhões de m3)
Madeira de processo(243 milhões de m3)
lenha(341 milhões de m3)
Madeira industrial(759 milhões de m3)
uso energético indústria de processamento Mecânico indústria de papel e celulose
31% 69%
59%3 2% 9%
Anuário BAhiA indústriA florestAl9
no Brasil, 75% da madeira de plantios florestais consumida anualmente é destinada para fins industriais. Com destaque para os ramos de papel e celu-lose, serrados, compensados e carvão vegetal (figura 4).
figurA 4. pArticipAção do consuMo de MAdeirA por rAMo
industriAl no BrAsil
fonte: ABrAf (2013), pöyry silviconsult (2013)
Panorama mundial do mercado Florestal
Madeira Tratada
1%
Lenha Industrial
25%
Celulose e Papel35%
Painéisreconstituídos
7%
Serrados eCompensados
19%
Carvão13%
Anuário BAhiA indústriA florestAl 10
figurA 5. consuMo de MAdeirA por gênero florestAl e rAMo
industriAl no BrAsil
em 2012, o consumo brasileiro de madeira in natura prove-niente de plantios florestais foi de 183 milhões de m³, represen-tando 17% de toda a madeira de plantios florestais consumida no mundo (figura 5).
fonte: ABrAf (2013), pöyry silviconsult (2013)
Panorama mundial do mercado Florestal
0
140
160
180
200
131
52
183
120
100
20
80
60
40
Total
Painéis reconstruídos
Carvão
Lenha industrial
Madeira tratada
Milh
ões
de (m
3 )
PinusEucalyptus
Celulose e papel
Indústria Madeireira
Anuário BAhiA indústriA florestAl11
o Brasil destaca-se como o ter-ceiro maior produtor mundial de celulose para a fabricação de papel (figura 6). em relação à produção de celulose que é
produção industriAl
figurA 6. rAnking dos principAis pAíses produtores de celulose
pArA fABricAção de pApel
fonte: pöyry silviconsult (2013)
celulosecomercializada no mercado, ou seja, não está comprometida somente com a produção de seus derivados, o país lidera o ranking mundial.
Panorama mundial do mercado Florestal
Anuário BAhiA indústriA florestAl 12
A produção mundial de celulose solúvel (≈4,3 milhões de tonela-das) está maciçamente concen-trada nos estados unidos (21%), áfrica do sul (17%), canadá (14%) e Brasil (10%), conforme ilustra a figura 7.
figurA 7. distriBuição dA produção MundiAl de celulose
solúvel – 2012
Panorama mundial do mercado Florestal
fonte: pöyry silviconsult (2013)
África do Sul
17%
Demais Países13%
Vietnã 3%
rússia 4%
Suécia 5%
Índia6%
Áustria7%
Brasil10%
Canadá14%
EUA21%
Anuário BAhiA indústriA florestAl13
em 2012, a produção mundial de papel atingiu o montante de 393 milhões de toneladas, sen-do que mais de 50% dessa pro-dução foi destinada a confecção de embalagens de papel. no pe-ríodo, a participação brasileira
papelna produção mundial de papel representou 4% da produção de papéis para fins sanitários, 2% da produção de papéis para im-primir e escrever e 3% do papel de embalagens (figura 8).
fonte: pöyry silviconsult (2013)
figurA 8. pArticipAção dA produção BrAsileirA nA produção Mun-
diAl de pApel – 2012
Panorama mundial do mercado Florestal
0%
100%
20%
80%
60%
40%
Papel paraImprimir
Papel paraEmbalagens
resto do Mundo
Brasil
4% 2% 3%
Anuário BAhiA indústriA florestAl 14
Atualmente, os maiores fabri-cantes mundiais de painéis de madeira compensada são a china (45 milhões de m³ - 54%) e os estados unidos (9 milhões de m³ - 11%). o Brasil é o oitavo produtor mundial, com pouco
mais de 2% do volume total fa-bricado. panorama similar é en-contrado no mercado de painéis reconstituídos, em que a china e os estados unidos são os principais países produtores e a produção brasileira representa
painéis de Madeira compensada e reconstituída
3% do volume produzido mun-dialmente (figura 9).
figurA 9. principAis produtores MundiAis de pAinéis de MAdeirA
coMpensAdA e reconstituídA – 2012
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Panorama mundial do mercado Florestal
Painéis Compensados e Lâminas Painéis reconstituídos
Malásia
Indonésia
rússia
Índia
Japão
Brasil
Canadá
EUA
Demais Países
China
Alemanha
rússia
Polônia
Canadá
Turquia
Brasil
França
EUA
Demais Países
China
Anuário BAhiA indústriA florestAl15
o Brasil representa uma parcela significativa da produção mun-dial de madeira serrada. em 2012, sua participação respon-deu por 6% da produção mun-dial de serrados (figura 10).
fonte: pöyry silviconsult (2013)
figurA 10. distriBuição dA produção MundiAl de serrAdos – 2012
Panorama mundial do mercado Florestal
EUA15%
Demais Países34%
Finlândia2%
Índia4%
Suécia4%
China 11%
rússia8%
Canadá10%
Brasil6%
Alemanha6%
Anuário BAhiA indústriA florestAl 16
Panorama mundial do mercado Florestal
comércio internacionalo comércio internacional mun-dial de produtos de base florestal movimentou mais de us$ 440 bilhões. entre os maiores expor-tadores, destacaram-se canadá , Alemanha , suécia, finlândia e china (figura 11). os principais
importadores são china , Japão, Alemanha, estados unidos e itália (figura 12).
figurA 11. principAis pAíses exportAdores de produtos de
BAse florestAl
fonte: pöyry silviconsult (2013)
CanadáUS$ 34 bilhões
Estados Unidos US$ 48 bilhões
Suécia US$ 35 bilhões Finlândia
US$ 29 bilhões
China US$ 21 bilhões
Alemanha US$ 43 bilhões
EXPOrTAÇÃO
Anuário BAhiA indústriA florestAl17
Panorama mundial do mercado Florestal
figurA 12. principAis pAíses iMportAdores de produtos de
BAse florestAl
fonte: secex, adaptado por pöyry silviconsult (2013)
Estados Unidos US$ 33 bilhões
reino Unido US$ 20 bilhões Alemanha
US$ 38 bilhões
China US$ 60 bilhões
Itália US$ 20 bilhões
França US$ 20 bilhões
IMPOrTAÇÃO
Anuário BAhiA indústriA florestAl 18
Panorama mundial do mercado Florestal
o mercado externo, tem um importante papel no consumo dos produtos brasileiros de base florestal. Em 2012, as ex-portações do segmento atingi-ram us$ 7,5 bilhões e o saldo da balança comercial atingiu us$ 5,5 milhões (19,1% da balança comercial nacional).os principais destinos das
exportações brasileiras dos pro-dutos de base florestal foram estados unidos, china, holanda e Argentina (us$ 4,5 bilhões – 60%), conforme ilustra a figura 13.
figurA 13. principAis destinos dos produtos BrAsileiros dA indús-
triA de BAse florestAl
fonte: secex, adaptado por pöyry silviconsult (2013)
Estados Unidos (Celulose/Papel/Serrados/Painéis)
México (serrados)
Chile (Papel)
Argentina (Papel/Painéis)
África do Sul (Painéis)
China (Celulose)
Arábia Saudita (Serrados)
Inglaterra (Compenssados)
Holanda (Celulose)
Bélgica (Celulose/Compensados)
Alemanha (Compensados)
Anuário BAhiA indústriA florestAl19
A cadeia produtiva do segmen-to florestal baiano caracteri za-se pela grande diversidade de atividades, que compreende desde a produção de madeira até a obtenção de produtos nos ramos industriais de celulose, papel, processamento mecâni-co, madeira tratada, siderurgia
CArACterizAção dA CAdeiA produtivA de BAse florestAl dA BAhiA
a carvão vegetal e geração de energia (figura 14).
figurA 14. cAdeiA produtivA do segMento florestAl BAiAno
fonte: pöyry silviconsult (2013)
produção de Madeira in natura transformação primária transformação secundária comércio varejista consumo indústrial e doméstico
plantiosde pinus
serrarias
indústrias de celulose
indústrias de celulosesolúvel
usinas de carvão vegetal
plantiosde eucalyptus
formas e escoras
Madeira tratada
embalagens
Móveis
revendasde Madeira
construçãocivil
papel impressão
produção em geral
complexo portuário
indústrias e comércio
geração de energia,calor e vapor
papel ondulado
fins sanitários
papel cartão
ferroligas
Anuário BAhiA indústriA florestAl 20
vale ressaltar que essa cadeia produtiva não pode ser consi-derada completa em decorrên-cia da ausência de players do ramo de painéis de madeira.
o elo de produção de madeira in natura na Bahia é caracteri-zado pela existência de 617 mil hectares de plantios florestais dos gêneros eucalyptus e pinus.
Ja o elo de transformação pri-mária, é caracterizado por uma gama de indústrias que pro-cessam madeira in natura. são representantes desse elo as ser-rarias, indústrias de celulose e de celulose solúvel, usinas de tratamento de madeira e usinas de carbonização de madeira.
no elo de transformação secun-dária, os produtos da primeira transformação são reprocessa-dos para produzir embalagens de madeira (pallets), caixarias, móveis, formas para concreto, ferroliga, papel, energia elétri-ca, vapor e calor.
o elo de comércio varejista é res-ponsável por abastecer o consumo
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
industrial e doméstico de produtos semiacabados de base florestal. estão incluídos nesse leque reven-dedores e distribuidores em geral.
na sequência do comércio varejis-ta, encontra-se um elo da cadeia consumo industrial e doméstico. nesse elo, destaca-se principal-mente o ramo de construção civil e a indústria em geral, que também pode consumir madeira para fins de geração de energia.
Anuário BAhiA indústriA florestAl21
A Bahia possui 617 mil hectares de plantios florestais dos gêne-ros eucalyptus e pinus, repre-sentando 9% da área total de plantios do país (figura 15).
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
área de plantios florestais
fonte: ABrAf, adaptado por pöyry silviconsult (2013)
figurA 15. rAnking BrAsileiro de áreA de plAntios florestAis por estAdo
na Bahia, as áreas plantadas com pinus e eucalyptus quando so-madas às áreas florestais preser-vadas, equivalem a 1 milhão de ha.
MG
SP
Pr
SC
BA
MS
rS
Outros
0 500 1000
860
450
597
617
646
818
1186
1492
1500 2000Mil de Hectares
Anuário BAhiA indústriA florestAl 22
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
A distribuição geográfica das áreas de plantios florestais da Bahia é ilustrada na figura 16.
figurA 16. distriBuição geográficA dA áreA de plAntios florestAis nA BAhiA
fonte: Mapeamento nacional da área de plantios florestais elaborado pela
pöyry silviconsult (2013)
Euclides da Cunha
Luis Eduardo Magalhães
Barreiras
Jaborandi
Feira de Santana
Salvador
Vitória da Conquista
Porto Seguro
Eunápolis
Mucuri
Anuário BAhiA indústriA florestAl23
nos últimos anos, destaca-se o desenvolvimento da atividade florestal nas regiões de Vitória da conquista, Jequié e Barreiras.
figurA 16. distriBuição geográficA dA áreA de plAntios florestAis
nAs regiões de vitóriA dA conquistA, Jequié e BArreirAs
fonte: Mapeamento nacional da área de plantios florestais elaborado pela pöyry silviconsult (2013)
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
Anuário BAhiA indústriA florestAl 24
A Bahia possui um dos maiores parques industrial de celulose do mundo. em 2012, a produção baiana de celulose alcançou 2,8 milhões de toneladas e a produ-ção de papel, 360 mil toneladas, mantendo o estado como o 4º maior produtor brasileiro. Ade-mais, o estado destaca-se como o principal produtor nacional
produção industrialde celulose solúvel (91%) e de ferroligas (29%). A figura 18, ilustra a participação da Bahia na produção nacional de pro-dutos de base f lorestal.
figurA 18. pArticipAção dA BAhiA nA produção nAcionAl dos dife-
rentes produtos dA indústriA nAcionAl de BAse florestAl - 2012
fonte: Anuário ABrAf (2013) e pöyry silviconsult (2013)
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
100% da produção de base florestal da Bahia vêm de florestas plantadas, que são recursos renováveis.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2
4
6
8
10
12
Celulose
Bahia(20%)
Bahia(91%)
Bahia(4%)
Bahia(6%)
Bahia(29%)
Bahia(4%)
Celulose Solúvel
0
0.3
0.5
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
2
4
6
8
10
12
Carvão VegetalFerroligas
0
0.5
1.0
Serrados
0
Papel
Anuário BAhiA indústriA florestAl25
segundo levantamento, o par-que industrial de base florestal do estado é formado por, apro-ximadamente, 93 empresas, sendo que, o ramo de serra-dos concentra 81% do total de empresas. Já o ramo de papel e celulose abrange 8%.
figurA 19. distriBuição relAtivA do núMero de eMpresAs do seg-
Mento de BAse florestAl dA BAhiA por rAMo industriAl
fonte: pöyry silviconsult (2013)
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
Siderurgia aCarvão Vegetal
2%
Madeira Tratada3%
Móveis6%
Papel e Celulose8%
Serrados81%
Anuário BAhiA indústriA florestAl 26
A figura 20 ilustra a distri-buição geográf ica das prin-cipais indústrias de base f lo-restal da Bahia.
figurA 20. distriBuição geográficA dAs indústriAs de BAse
florestAl dA BAhiA
fonte: pöyry silviconsult (2013)
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
Anuário BAhiA indústriA florestAl27
caracterização da cadeia Produtiva de Base Florestal da Bahia
nacionalmente, a Bahia se des-taca no consumo de celulose, papel e móveis. Além disso, destaca-se também o consu-mo de lenha para geração de energia e vapor em olarias e na
tABelA 1. consuMo AnuAl dos principAis produtos de BAse
florestAl no estAdo dA BAhiA
consumo estadual de produtos de Base florestal
indústria em geral. o consumo anual estimado dos principais produtos madeireiros de base florestal na Bahia é apresenta-do na tabela 1.
grande parte do consumo baiano de produtos de base florestal - principal-mente papel, painéis de madeira e móveis - é suprido por outros estados brasileiros, o que configura uma oportunidade de in-vestimento nesses segmentos.
celulose(t) 360.000 5.794.000 6,2%
papel1 (t) 476.000 9.570.000 5,0%
Móveis2(un) 23.000 326.000 7,1%
serrados e pMvA3 (m3) 347.000 8.320.000 4,2%
carvão vegatal (m3) 540.000 27.000.000 2,0%
painéis de Madeira1 (m3) 58.000 6.500.025 0,9%
Madeira tratada (m3) 7.000 1.500.000 0,5%
lenha (m3) 1.680.000 44.700.000 3,8%
Produto
volume consumido
Bahia BrasilParticiPação
1este item compreende o consumo de papel de imprimir e escrever, embalagem de papel e papel tissue.2este item compreende móveis com algum componente de madeira3produtos de maior valor agregado
fonte: Anuário ABrAf 2013 e poyry silviconsulting (2013)
Anuário BAhiA indústriA florestAl 28
importânCiA soCioeConômiCAdo segmento de BAse florestAl pArA A BAhiA
Produto Interno Bruto
indicadores econômicos1.1
o segmento industrial de base florestal (SIBF) é um dos mais expressivos da economia baiana. em 2012, o piB do segmento atin-giu r$ 8,0 bilhões, o que equivale a 5% do piB estadual (figura 21).
figurA 21. contriBuição do segMento BAiAno de BAse florestAl pArA
o piB estAduAlIndústria de
Transformação
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Em relação a 2011, o PIB do segmento florestal baiano acumulou crescimento de 2,6%. valor superior ao apresentado pelos demais segmentos da indústria de transformação (2,5%) e ao resultado do piB Agrícola, que acumulou uma queda de 1,3%. o crescimento do piB florestal foi influenciado positivamente pelo aumento dos preços de celulose no mercado e pela valorização do real frente ao dólar.
Serviços43%
OutrosSegmentos
14%
SegmentoFlorestal
5%7%Agronegócio7%
Construção Civil8%
Setor Público15,7%
Anuário BAhiA indústriA florestAl29
comércio internacionalno último ano, as exportações da Bahia totalizaram us$ 11,3 bi-lhões. O segmento florestal foi o segundo mais importante da pauta de exportações estadual , participando com 16% das ex-portações totais (figura 22).
figurA 22. pArticipAção do segMento BAiAno de BAse florestAl no
coMércio internAcionAl
fonte: pöyry silviconsult (2013)
A participação do segmento de base florestal é sig-nificativa para o saldo da balança comercial do Es-tado. em 2012, o segmento contribuiu com us$ 1,7 bilhão (49%) para formação do saldo da balança co-mercial do estado (us$ 3,5 bilhões).
Outros52%
IndústriaPetroquímica
18%
SetorFlorestal
16%
Soja e Derivados
14%
Anuário BAhiA indústriA florestAl 30
o mercado internacional é o principal destino da celulose, da celulose solúvel e dos ser-rados produzidos no estado da Bahia. As produções de papel e de ferroligas, apesar de serem majoritariamente voltadas ao mercado interno, também im-plicam em exportações signi-ficativas. A produção de carvão
vegetal é totalmente consumida no mercado brasileiro (figura 23).
figurA 23. pArticipAção nAcionAl e internAcionAl do consuMo
dos produtos de BAse florestAl dA BAhiA
fonte: pöyry silviconsult (2013)
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
Anuário BAhiA indústriA florestAl31
em 2012, as exportações da celulose branqueada soma-ram aproximadamente us$ 1,2 bilhão, apresentando um decréscimo de 6,7% em re-lação ao ano de 2011. Atu-almente os principais des-tinos da celulose exportada pela Bahia são a china e os estados unidos , que juntos,
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Celulose
1.2
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
principais Mercados internacionais dos produtos de Base florestal da Bahia
importaram us$ 602,5 mi-lhões (figura 24).
figurA 24. principAis destinos dAs exportAções BAiAnAs – celulose
Anuário BAhiA indústriA florestAl 32
em 2012, as exportações de celu-lose solúvel somaram aproxima-damente, us$ 0,4 bilhão, man-tendo-se no mesmo patamar do valor exportado no ano de 2011. Atualmente, os principais desti-nos são china e estados unidos , que juntos, importaram us$ 0,3 bilhões (figura 25).
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
figurA 25. principAis destinos dAs exportAções BAiAnAs – celulose
solúvel
Celulose Solúvel
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Anuário BAhiA indústriA florestAl33
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
Papel
fonte: pöyry silviconsult (2013)
o papel é o segundo produto mais exportado pelo segmento de base florestal da Bahia, atrás apenas da celulose. contudo, vem apresentando quedas desde 2008, quando atingiu o maior valor da série histórica, com aproximadamente us$ 130 milhões. de 2010 para 2012, o valor exportado caiu de us$ 131
figurA 26. principAis destinos dAs exportAções BAiAnAs – pApel
milhões para us$ 86 milhões. os principais importadores de papel baiano são estados unidos , peru, egito, ilhas cayman e reino uni-do (figura 26).
Anuário BAhiA indústriA florestAl 34
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
Serrados
fonte: pöyry silviconsult (2013)
o ramo de madeira serrada re-presentou uma pequena parti-cipação no total exportado pelo segmento de base florestal da Bahia, atingindo apenas us$ 685 mil em 2012. os principais destinos da exportação foram estados unidos, portugal e México (figura 27).
figurA 27. principAis destinos dAs exportAções BAiAnAs – serrAdos
Anuário BAhiA indústriA florestAl35
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
Ferroligas
fonte: pöyry silviconsult (2013)
em 2012, as exportações de ferroligas somaram, aproxi-madamente, us$ 123 milhões, apresentando um aumento de 3,5% em relação ao ano de 2011. Atualmente, os principais destinos das exportações são Japão, holanda, itália, chile e Argentina (figura 28).
figurA 28. principAis destinos dAs exportAções BAiAnAs – ferroligA
Anuário BAhiA indústriA florestAl 36
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
em termos tributários, o seg-mento também dá uma de-monstração de força. A arreca-dação tributária oriunda das empresas que fazem parte do segmento de base florestal da Bahia, atingiu em 2012 cerca de r$ 1,1 bilhão em tributos fede-rais, estaduais e municipais.
1.3
1.4
Arrecadação de tributos
investimentos setoriais
Para o cálculo do montante arrecadado pelo segmento de base florestal consideraram-se os seguintes tribu-
tos: iptu, ipvA, inss, itr, pis, cofins, irpJ, csll, iss, icMs, entre outros. é importante ressaltar que foram
considerados as desonerações e benefícios fiscais concedidos a alguns ramos do segmento
1
A Bahia posiciona-se como o quarto estado brasileiro no ranking de destino dos inves-timentos anunciados em 2012 no Brasil, com um montante de us$ 10 bilhões.
no ano, os investimentos do segmento florestal totaliza-ram r$ 350 milhões (3,5% do investimento total), incluindo investimentos industriais, im-plantação de plantios florestais e melhoria de infraestrutura de apoio. Ademais, está incluído neste montante, o valor de r$ 21 milhões que foram destinados
para fins socioambientais em prol das comunidades influen-ciadas pelos empreendimentos de base florestal e R$ 7 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento.
os investimentos previstos para o período de 2014-2020 estão estimados em r$ 8 bilhões, con-templando desde a expansão de unidades industriais até a instalação de centros de distri-buição no estado.
Anuário BAhiA indústriA florestAl37
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
Os reflexos positivos da ativida-de florestal também são perce-bidos na geração e manutenção de postos de trabalho no cam-po e na indústria, absorvendo parte da mão-de-obra dispen-sada por outras atividades eco-nômicas em regiões fora dos centros urbanos.
estima-se que o número de em-pregos mantidos pelo segmento florestal baiano seja da ordem de 320 mil, sendo 40 mil empre-gos diretos, 100 mil indiretos e 180 mil resultantes do efeito--renda, sendo que os empregos gerados pelo segmento florestal estão distribuídos principal-mente fora do meio urbano.
Geração de empregos2.1
indicadores sociais
na Bahia, o salário médio dos trabalhadores da atividade sil-vicultural (plantio e manuten-ção de florestal) é de R$ 905/mês (11% superior ao salário pago aos trabalhadores do seg-mento agropecuário do esta-do, r$ 805 por mês). Ademais, destaca-se que o salário médio dos trabalhadores da indústria florestal é R$ 1.610/mês, o que está alinhado com o salário médio da indústria baiana de transformação (figura 29).
figurA 29. sAlário MensAl Médio por AtividAde econôMicA no
estAdo dA BAhiA
fonte: cAged/Mte (2013), pöyry silviconsult (2013)
0
1400
1600
1200
1000
200
800
600
400
Agriculturae Pecuária
813905
1410
AtividadeFlorestal
Segmento deCelulose e Papel
Salá
rio M
ensa
l Méd
io (r
$)
Anuário BAhiA indústriA florestAl 38
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
o principal benefício indireto proporcionado pelo segmento florestal no Estado da Bahia é a preservação de 404 mil hecta-res de florestas naturais sob a forma de áreas de preservação permanente (Apps), de reser-vas legais (rls) e de reservas particulares do patrimônio na-tural (rppns).
O segmento florestal baiano, além de participar para a con-tribuição dos macroindicadores econômicos, também contribui significativamente para a me-lhoria da qualidade de vida da população localizada em suas regiões de atuação. Ao analisar o ifdM de municípios baianos, onde a atividade florestal possui destaque, observa-se que entre
2.2 áreas de preservação
2.3
2000 e 2010 houve, de modo ge-ral, um avanço na melhoria da qualidade de vida de suas popu-lações, principalmente no que se refere aos critérios de educação e saúde (figura 30).
As empresas baianas de base florestal preservam aproximadamente 0,7 hectares para cada hectare efetivamente plantado. outras atividades intensivas na utilização de terras, preser-vam somente 0,1 hectares a cada hectare efetivamente utilizado.
índice de desenvolvimento Municipal firjan (ifdM)
Anuário BAhiA indústriA florestAl39
imPortância socioeconômica do segmento de Base Florestal Para Bahia
figurA 30. AvAnço Médio do índice firJAn eM Municípios BAiAnos
coM destAque nA AtividAde florestAl
fonte: firJAn, 2013
2o índice firjan de desenvolvimento Municipal (ifdM), indicador semelhante ao idh, que monitora anualmente o desenvolvimento econômico, social e humano dos municípios sob a ótica de indicadores considerados essenciais, como emprego, renda, educação e saúde, retrata um maior nível de desenvolvimento municipal quando esses indicadores se aproximam do valor 1.
3Mucuri, eunápolis, Alagoinhas, pojuca e teixeira de freitas.
é importante ressaltar que a grande parte dessa melhoria da qualidade de vida ocorreu devido aos empregos gerados, programas desenvolvidos e in-vestimentos realizados pelas empresas baianas do segmento de base florestal.
2000
0.61
0.420.47
0.75
0.610.51
2010
E&r Educação Saúde
Anuário BAhiA indústriA florestAl 40
desAfios dAs indústriAs BrAsileirAs e BAiAnAs de BAse florestAl
A produtividade dos plantios de eucalyptus da Bahia é a maior no mundo, principalmente pelas condições edafoclimáticas re-gionais e pela tecnologia de pon-ta empregada na cultura (figura 31). Ademais, a Bahia possuiu outras vantagens comparativas
figurA 31. BenchMArking MundiAl dA produtividAde de eucAlyptus
fonte: pöyry silviconsult (2013)
aos demais estados do Brasil, quais sejam: desburocratização ambiental para plantio e corte dos plantios florestais e maior facilidade para escoamento da produção setorial até os portos.
Apesar da incontestável impor-tância econômica e socioam-biental do setor de florestas plantadas para o Brasil e para Bahia, o ambiente de negócio para o desenvolvimento da ativi-dade florestal no país não é dos melhores. A competitividade dos produtos florestais nacio-nais está se deteriorando frente
aos seus principais concorrentes internacionais.no início desta década, o Bra-sil ostentava o status de país com o menor custo mundial de produção de madeira de pro-cesso. no entanto, após doze anos o país perdeu quatro po-sições. Atualmente, é mais caro produzir madeira para uso na
indústria de celulose no Brasil do que na rússia, indonésia e estados unidos (figura 32). nesse contexto, vale ressaltar que a Bahia continua tendo o menor custo de produção de madeira de processo no mundo, entretanto, com uma margem significativamente inferior ao indicador de 12 anos atrás.
0
45
40
35
30
25
20
15
10
5
m3 /h
a.an
o
Anuário BAhiA indústriA florestAl41
us$/m3 sub at mill gate
2000
EUA
Canadá
Chile
França
Finlândia
Austrália
Portugal
Áfria do Sul
Indonésia
rússia
Brasil
Espanha
0 20 40 60 80 100
us$/m3 sub at mill gate
2012
Canadá
Áfria do Sul
Finlândia
Chile
França
Portugal
Espanha
Brasil
EUA
Indonésia
rússia
Bahia
Austrália
0 20 40 60 80 100
fonte: pöyry silviconsult (2013)
Em 2012, a inflação do setor flores-tal brasileiro, medida pelo incAf--pöyry , foi de 14,7%, três vezes superior ao ipcA (5,8%) e quatro
fonte: pöyry silviconsult (2013)
figurA 33. coMportAMento
dA inflAção setoriAl de
custos, ipcA e inflAção
internAcionAl
índice nacional de custos da Atividade florestal
vezes superior à inflação interna-cional média (4,0%), conforme ilustrado pela figura 33.
2000
100
150
200
250
300
350
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
incAf ipcA Inflação Internacional
figurA 32. BenchMArking MundiAl de custo
de produção de MAdeirA de processo
Anuário BAhiA indústriA florestAl 42
o aumento generalizado dos custos de produção de ma-deira no Brasil está reduzindo significativamente, a rentabili-dade da indústria integrada de base florestal e dos produto-res independentes de plantios
figurA 34. evolução do
diferenciAl de custo de
produção de celulose
Bhkp – Melhor do BrAsil
versus MédiA MundiAlus$/toneladas
fonte: pöyry internacional (2012)
florestais. Em 2000, as me-lhores fábricas de celulose no Brasil tinham uma vantagem competitiva de custo de produ-ção de, aproximadamente, 175 us$/t em relação à média da indústria mundial. Já em 2012,
esta vantagem caiu para cerca de 80 us$/t. o Brasil vem per-dendo a liderança mundial para países como uruguai, chile e indonésia (figura 34).
desaFios das indústrias Brasileira e Baiana de Base Florestal
0
200
150
50
100
2000 2005 2012
Apesar do momento de desa-fios, investimentos em planos florestais são uma ótima al-ternativa para composição de portfólios, por ser um ativo que apresenta ganhos dissociados
fonte: ipeA e pöyry silviconsult (2012).
figurA 35. evolução do
índice de rentABilidAde
dA AtividAde florestAl
versus outros indicAdo-
res de rentABilidAde de
investiMentos
índice de rentabilidade de investimentos em Ativos florestais
do comportamento do mercado de ações e ter comportamento associado à inflação, além do “crescimento biológico”. en-tre 2000 e 2012, a rentabilida-de média de ativos f lorestais
brasileiros, medida pelo irt--pöyry , foi 7,3% a.a., indicador su-perior à inflação do período e ao retorno de outros investimentos de baixíssimo risco (figura 35).
100
150
200
250
300
350
450
400
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
irt - pöyry
ipcA
iBovespA iBovespA: em 2012 acu-mulou perda de 2,7%.
irt: em 2012 apresentouganhos de 1%.
Anuário BAhiA indústriA florestAl43
• insegurança jurídica: a restrição de compra de terras por estrangeiros e a não regulamentação do tema para a ma-nutenção da entrada de capitais com foco produtivo invia-bilizou mais de r$ 6 bilhões de investimentos previstos na indústria baiana de base f lorestal.
• tributação complexa e excessiva: as empresas brasileiras gas-tam um terço do ano para lidar com impostos. Atualmente, são 88 tributos federais, estaduais e municipais. Além disso, as regras tributárias mudam constantemente: 46 normas publi-cadas diariamente pela receita federal.
• Infraestrutura deficitária e precária: nos países emergentes, a relação investimento/piB é de, aproximadamente, 30%. no Brasil, esse indicador não supera os 20%. o custo logístico nos estados unidos para levar uma tonelada de celulose ao porto é de, aproximadamente, us$ 20. no Brasil o desembolso com esse componente pode chegar a us$ 90.
• legislação trabalhista excessivamente onerosa: os encar-gos trabalhistas no Brasil representam em média 60% do salário base, em quanto na china esse indicador é de 31%, nos estados unidos 9% e na dinamarca 6%.
A Bahia possui potencial para se consolidar como um dos maio-res polos da indústria de base florestal do mundo, todavia, para que isso aconteça é neces-sário que sejam proporciona-dos condições para a indústria regional manter-se competitiva
e diversificada. Especificamen-te em relação ao setor florestal, a Bahia precisa aproveitar de maneira eficaz seu potencial, eliminando as principais bar-reiras que atrapalham o avanço setorial, sejam elas:
desaFios das indústrias Brasileira e Baiana de Base Florestal