anotacoes carta crianca hospitalizada 2009

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    ANOTAES

    Carta da Criana

    Hospitalizada

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    Ttulo:

    Anotaes Carta da Criana Hospitalizada

    Traduo e Reviso Tcnica:

    Fernando VascoMaria de Lourdes LevyTeresa Cepda

    Edio:

    Instituto de Apoio CrianaLargo da Memria, 14 1349-045 LisboaTel.: 21 361 78 80 Fax: 21 361 78 89

    Arranjo Grfico:

    Sector da Humanizao - Ana Loureno

    1 Edio: Maro 2004

    2 Edio: Janeiro 2009

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    ANOTAES

    Carta da Criana

    Hospitalizada

    O direito aos melhores cuidados umdireito fundamental, particularmente

    para as crianas

    Ilustraes de Pef

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    ndice

    O que a EACH?Informaes sobre a Associao Europeia para as

    Crianas Hospitalizadas

    Introduo Carta da Criana Hospitalizada e Ano-taes

    Os 10 artigos da Carta & Anotaes da EACH

    Glossrio

    A Carta da Criana Hospitalizada e a Convenosobre os Direitos da Criana das Naes Unidas

    Lista dos membros e delegados

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    O que a EACH?

    A EACH Associao Europeia para as Crianas Hospitalizadas

    a organizao que agrupa vrias associaes envolvidas no bem-estar de todas as crianas antes, durante ou depois de um inter-namento hospitalar. Actualmente, so membros da EACH, 18 asso-ciaes pertencentes a dezasseis pases da Europa e Japo.

    Porque razo se constituiu a EACH?

    Investigaes feitas por psiclogos e pediatras nos anos 50demonstraram que os cuidados recebidos por crianas hospitaliza-das eram prejudiciais para o seu bem-estar psicolgico e emocio-nal. A sua quase completa separao das famlias, procedimentocomum na altura, tinha como resultado perturbaes emocionais dediversos graus que podiam ter um efeito de longa durao. A partirda, iniciaram-se grandes mudanas que levaram a um maiorenvolvimento das famlias nos cuidados das crianas doentes,

    mudanas que gradualmente ganharam o apoio do pessoal doscuidados de sade.

    A formao de associaes voluntrias para o bem-estar da crian-a hospitalizada iniciou-se no Reino Unido em 1961. Estas asso-ciaes foram criadas em vrios pases europeus com a finalidadede aconselhar e apoiar pais e todos aqueles que cuidam da crian-a, e tambm para informar e cooperar com mdicos, enfermeiros

    e outros profissionais de sade.Em 1988, doze destas associaes reuniram-se em Leiden para asua 1 Conferncia Europeia. Nesta conferncia, delineou-se aCarta de Leiden que descreve, em dez pontos, os direitos da crian-a hospitalizada (designada por Carta da EACH; em Portugal, Car-ta da Criana Hospitalizada). Em 1993, a EACH tornou-se a organi-zao que agrupa as associaes no-governamentais sem finslucrativos envolvidas no bem-estar da criana hospitalizada e cujoobjectivo a implementao da Carta da EACH.

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    O que est a EACH a fazer neste momento?

    As actividades das associaes-membro esto adaptadas s

    necessidades particulares de cada pas e esto basicamente orien-tadas para: aconselhar, informar e apoiar famlias e todos aquelesque cuidam de crianas doentes independentemente da sua doen-a; promover a preocupao com seu bem-estar entre os mdicos,os enfermeiros e outros profissionais; e negociar com as autorida-des governamentais, no sentido de melhorar os cuidados prestadoss crianas nos servios de sade.

    As associaes que compem a EACH ambicionam a incorporaodos princpios da Carta da Criana Hospitalizada na legislao dasade, nos regulamentos e nas normas de cada pas europeu.

    A implementao da Carta da Criana Hospitalizada significa, igual-mente, a implementao da Conveno sobre os Direitos da Crian-a das Naes Unidas (CDC). Um sumrio dos artigos mais rele-vantes da CDC encontra-se descrito nas pginas finais.

    Como estamos organizados?

    As associaes que compem a EACH nomeiam um delegado decada pas para formar uma Comisso Coordenadora. Esta Comis-

    so funciona como corpo executivo da EACH e assume todo o pla-neamento e decises relativamente s actividades da organizao.

    A Comisso designa um coordenador dentre dos seus delegadospara a funo de secretrio-geral. As Assembleias Gerais, sob aforma de Conferncias Europeias, esto abertas a associaes nofiliadas e a pessoas individuais que partilhem o interesse comumpelas intenes e objectivos da EACH.

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    O que cada um pode fazer por ns?

    A implementao dos dez pontos da Carta da Criana Hospitaliza-

    da depende de uma nova abordagem nos cuidados criana doen-te.

    A criana, a sua famlia e todos aqueles que dela cuidam devemser vistos como um todo, aceitando-os como parceiros em todas asreas de cuidados de sade. As crianas devem ser tratadas comcompreenso e sensibilidade e as suas necessidades em termosde desenvolvimento devem ser consideradas. Devem ser tratadasnum ambiente apropriado s suas necessidades e por pessoal trei-nado em cuidados infantis.

    Instituies e pessoas individuais, dedicadas aos direitos da crian-a, podem ajudar a EACH, promovendo a aceitao dos princpiosda sua Carta pelas autoridades de sade e governos. Isto assegu-rar melhores cuidados de sade para a criana doente.

    Onde pode contactar-nos?

    Se deseja saber mais sobre ns ou solicitar exemplares da Cartada Criana Hospitalizada e suas Anotaes, escreva para o Sector

    da Humanizao do Instituto de Apoio Criana. Por favor consultea lista de endereos no final desta brochura.

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    A Carta da Criana Hospitalizada & Anotaes

    - IntroduoDesde a adopo da Carta em 1988, a compreenso do que necessrio fazer-se em relao s crianas e aos cuidados de sa-de aumentou consideravelmente. Alm disso, experincias confir-maram a importncia daquilo a que hoje chamamos cuidados cen-trados na famlia.

    Os direitos da criana nos servios de sade - e no restritos ape-nas a hospitais - foram tambm abrangidos em 1989 pela Conven-o dos Direitos da Criana das Naes Unidas, ratificada portodos os governos europeus.

    Por outro lado, medidas econmicas de conteno tiveram umimpacto nas polticas de cuidados de sade em geral e tambm nasituao de crianas sujeitas a cuidados mdicos. Ainda como con-sequncia, foram ou esto a ser introduzidos em muitos pases

    europeus padres de qualidade nos hospitais.

    As associaes que compem a EACH observaram atentamentetodo este desenvolvimento. Concluram que poderia seria til eoportuno juntar Carta de 1988 explicaes mais detalhadas,designadas por Anotaes Carta da EACH. Estas mostram quorelevantes so ainda os artigos da Carta e como eles deveriam serlidos e compreendidos luz da situao actual dos cuidados de

    sade s crianas.As Anotaes Carta da EACH foram discutidas e adoptadas porestas associaes durante a Conferncia Europeia realizada emBruxelas em Dezembro de 2001.

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    A Carta da Criana Hospitalizada & Anotaes

    A Carta da Criana Hospitalizada, adoptada em 1988 em Leiden/

    Holanda uma listagem dos direitos da criana antes, durante oudepois de um internamento hospitalar. As Anotaes foram prepa-radas pelos autores da Carta da EACH de 1998 no mbito da 7Conferncia Europeia da EACH realizada em Bruxelas em Dezem-bro de 2001. Foram adoptadas pelas 18 associaes da EACH eso um suplemento til da Carta.

    A Carta da Criana Hospitalizada e as Anotaes devem sercompreendidas no seguinte contexto:

    Todos os direitos mencionados na Carta e todas as medidastomadas ou deduzidas a partir desta devem, em primeiro lugar,ser consideradas no melhor interesse da criana e para melho-rar o seu bem-estar.

    Os direitos mencionados na Carta aplicam-se a todas as crian-as doentes, independentemente da sua doena, idade ou defi-cincia, da sua origem, do seu meio social ou cultural, ou de

    qualquer outra razo de tratamento, independentemente da suamodalidade ou local, quer em doentes internados quer emambulatrio.

    A Carta est de acordo com os direitos vinculativos que lhe cor-respondem, estipulados na Conveno dos Direitos da Crianadas Naes Unidas, e diz respeito a crianas com idade entre 0e 18 anos.

    As Anotaes foram preparadas para apoiar a implementao daCarta, da qual nem todos os objectivos esto concretizados naEuropa, tais como:

    O direito da criana a ter os seus pais junto dela no hospital ,por vezes, condicionado e dependente da idade da criana,doena ou nvel social da famlia.

    As necessidades especficas dos adolescentes no hospital noesto, frequentemente, consignadas.

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    Na rotina diria do hospital d-se, ainda, pouca importncia aoque se conhece sobre as necessidades psicolgicas, emocio-nais e sociais das crianas nas diferentes idades e fases dedesenvolvimento, sua origem e seu meio social e cultural.

    O controlo da dor ainda uma rea negligenciada. Faltam orientaes para as equipas mdicas no terreno, quando

    uma criana mostra sinais de abuso ou maus-tratos. As crianas so ainda admitidas nas enfermarias de adultos.

    Ao implementar a Carta em todos os pases Europeus, deve aindaser considerado que:

    Os cuidados de sade esto dependentes das condies econ-micas e outros constrangimentos. A organizao dos cuidados de sade diferente de pas para

    pas.

    Convidamos os pais

    A participar nos cuidados e a dar o apoio que as suas crianasnecessitam.

    Convidamos os que esto nos servios pblicos

    A criar as condies que permitam aos pais serem elementos acti-vos nos cuidados ao seu filho no hospital.

    Convidamos aqueles que esto envolvidos nos cuidados criana doente

    A familiarizarem-se com os direitos da criana no hospital, agindoem conformidade.

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    Anotaes Carta da Criana Hospitalizada

    Nota:Os termos assinalados com asterisco (*) so explicados com mais detalheno glossrio.

    Artigo 1.A admisso de uma criana* no Hospital* s deve ter lugarquando os cuidados* necessrios sua doena no possamser prestados em casa, em consulta externa ou em hospital dedia.

    Antes da admisso de uma criana doente num hospital devemser exploradas todas as formas de cuidados apropriados* querem casa, quer em hospital de dia ou outra modalidade seme-lhante de tratamento*, no sentido de encontrar a soluo mais

    adequada.

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    Os direitos das crianas doentes devem ser respeitados querestas sejam tratadas em casa ou no hospital.

    Deve fazer-se uma reviso regular do tipo de cuidados de acor-

    do com a situao da criana para que no haja uma permann-cia desnecessria no hospital.

    Deve dar-se aos pais toda a informao, assistncia e apoionecessrios, quer a criana seja tratada em casa ou em hospitalde dia.

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    Artigo 2.Uma criana hospitalizada tem direito a ter os pais* ou seussubstitutos, junto dela, dia e noite, qualquer que seja a sua ida-

    de ou o seu estado. O direito de todas as crianas a terem os seus pais presentes

    durante todo o tempo e sem restrio, deve ser parte integrantedo tratamento da criana no hospital.

    Se os pais no tiverem possibilidades ou no quiserem ter umpapel activo nos cuidados ao seu filho, este pode receb-los deum prestador de cuidados substituto* que por ele seja aceite.

    O direito da criana a ter ospais permanentemente consi-go, inclui todas as situaesem que ela necessita ou pos-sa necessitar dos pais, comopor exemplo:

    - durante a noite, quer a crian-a possa acordar ou no;- durante os tratamentos e/ouexames com ou sem aneste-sia local, com ou sem seda-o;- durante a induo de aneste-sia e no recobro;

    - durante perodos de comaou de semiconscincia;- durante a reanimao, fasedurante a qual deve ser ofere-cido apoio total aos pais.

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    Artigo 3.Os pais devem ser encorajados a permanecer junto do seufilho, devendo ser-lhes facultadas facilidades materiais, semque isso implique um encargo financeiro ou perda de salrio.

    Os pais devem ser informados sobre as regras e as rotinasprprias do servio para que participem activamente nos cui-dados ao seu filho.

    (1) Deve ser facultado alojamento* a todos os pais e estes devemser acompanhados e encorajados a ficar junto do seu filho.

    Os membros da equipa* responsveis pela admisso de umacriana devem convidar os pais a permanecerem junto dela semestabelecer qualquer critrio particular.

    Os membros da equipa devem aconselhar, encorajar e apoiaros pais na deciso de permanecerem no hospital com a criana,baseando-se na apreciao dos pais e da sua situao familiar.

    Os hospitais devem oferecer espao suficiente e adequado,bem como infra-estruturas que permitam que os pais sejamadmitidos conjuntamente* com a criana. Este espao deve

    incluir cama, casa de banho, e locais para repouso e refeies,assim como espao para arrumar os objectos pessoais.

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    (2) Os pais no devem ter necessidade de efectuar despesas extraou perder rendimentos.

    Os pais no devem incorrer em gastos adicionais associados sua permanncia com a criana. Devem ter direito a pernoitargratuitamente e a alimentao grtis ou subsidiada.

    Os pais que ficarem impedidos de trabalhar ou de cumprir astarefas domsticas no devem sofrer redues de salrio nemincorrer em outras penalizaes devidas a:- permanncia no hospital com a criana;- tratamento a tempo inteiro da criana no hospital;- cuidados dirios em casa aos filhos saudveis por outras pes-soas.

    Deve ser dada assistncia quando as circunstncias financeirasimpeam os pais de permanecer ou visitar os filhos (ex.: despe-sas de viagem e outras).

    Os pais devem ter direito a licena paga durante a doena da

    criana de modo a cobrir a perda de salrio.

    (3) Os pais devem ser informados sobre a rotina da enfermaria* deforma a poderem participar nos cuidados ao seu filho. A sua partici-pao deve ser encorajada.

    A equipa deve facilitar a participao activa dos pais nos cuida-dos ao seu filho:

    - dando informao aos pais relativa aos cuidados criana e rotina da enfermaria;- combinando com os pais os tratamentos pelos quais eles sequeiram responsabilizar;- apoiando os pais nesta tarefa;- aceitando as suas decises;- discutindo com eles as alteraes necessrias, se os cuidadosministrados no forem suficientes para a recuperao da crian-a.

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    Artigo 4.As crianas e os pais tm direito a receber uma informaoadaptada sua idade e compreenso.As agresses fsicas ou emocionais e a dor devem ser reduzi-das ao mnimo.

    (1) Informao apropriada

    A informao para as crianas deve:

    - basear-se na idade e compreenso, tomando em considerao

    o nvel de desenvolvimento da criana;- ter em conta a situao actual da criana;- apreciar a sua capacidade de compreender a informao eexprimir os seus pontos de vista*;- encorajar e responder a todas as perguntas e confortar a crian-a quando esta expressa preocupaes ou medos;- incluir informao verbal, audiovisual e escrita apropriada,apoiada em modelos ilustrativos, jogos ou outras apresentaes;- ser dada na presena dos pais, sempre que possvel.

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    A informao para os pais deve:

    - ser clara e compreensvel;- considerar a situao actual dos pais, especialmente os seussentimentos de medo, pena, culpa, ansiedade ou stress em rela-o situao da criana;- encorajar perguntas;- satisfazer a necessidade de informao orientando os paispara outras fontes de informao e para grupos de apoio;- proporcionar livre acesso a todos os documentos escritos oude imagem relativos doena da criana;.

    A informao que chega aos pais no deve ser dada pela crian-a ou irmos.

    A informao dada tanto s crianas e aos pais deve:- ser contnua desde a admisso da criana no hospital at sua alta;- incluir indicaes relativa aos cuidados aps a alta;- ser fornecida num ambiente calmo, que d segurana, que res-

    peite a confidencialidade e sem presso de tempo;- ser dada por pessoal experiente e preparado para dar informa-o de forma compreensvel;- ser repetida tantas vezes quantas forem necessrias para faci-litar a compreenso;- ser controlada pela equipa para assegurar que a informaodada, foi bem compreendida, tanto pelos pais como pela crian-a.

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    As crianas tm o direito de exprimir os seus pontos de vista.Desde que tenham a capacidade de compreender as questesem causa, podem recusar o acesso dos pais informao sobre

    a sua sade. Neste caso, a equipa deve proceder com extremocuidado para avaliar correctamente a situao. Proteco, acon-selhamento e apoio devem ser prestados criana. A equipadeve tambm assegurar que sejam dados aconselhamento eapoio aos pais, que podero necessitar de ajuda psicolgica esocial.

    (2) Devem reduzir-se ao mnimo as agresses fsicas ou emocio-

    nais e a dor

    Para reduzir a dor e as agresses fsicas e emocionais da crian-a devem ser tomadas medidas preventivas:

    - adaptadas s necessidades individuais da criana;- disponibilizando informaes e programas de preparao parao internamento hospitalar s crianas e aos pais, seja ele pla-neado ou de emergncia;

    - fornecendo informao prvia aos procedimentos planeados;- encorajando o contacto contnuo com os pais, irmos e ami-gos;- disponibilizar jogos e actividades recreativas adequados aoestado e ao desenvolvimento da criana;- assegurando tratamento efectivo e atempado, atravs de pro-tocolos, para evitar ou reduzir a dor provocada pelos tratamen-tos, exames, intervenes ou perodos pr e ps operatrios;

    - garantindo perodos de descanso suficientes entre os trata-mentos;- apoiando os pais cujos filhos esto a receber cuidados paliati-vos;- prevenindo sentimentos de isolamento e de abandono;- disponibilizando salas calmas, devidamente equipadas, dando criana e aos pais a oportunidade para conviverem recatada-mente;

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    A equipa deve:- reconhecer os medos ou receios da criana, explcitos ou no,e agir sobre eles;

    - tentar evitar ou reduzir situaes apontadas pela criana comogeradoras de stress;- estar atenta ao facto de uma criana poder entrar em stresspor estar isolada ou como reaco condio de outros doentese tomar as devidas precaues;- evitar proibies.

    Para atenuar as inevitveis situaes de stress, de dor fsica e

    de sofrimento, devem disponibilizar-se aos pais e s crianas:- meios para lidar com situaes dolorosas ou sentidas comonegativas;- apoio aos pais bem como medidas que os protejam de esfor-os excessivos enquanto cuidam do seu filho;- contactos com servios sociais e psicolgicos;- contactos, sempre que solicitados, para apoio religioso, de gru-pos de auto-ajuda, de grupos de ajuda doente/pais e de gruposculturais.

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    Artigo 5.As crianas e os pais tm o direito a serem informados paraque possam participar em todas as decises relativas aos cui-dados de sade*.

    Deve evitar-se qualquer exame ou tratamento que no sejaindispensvel.

    (1) A criana e os pais tm o direito a serem informados para quepossam participar em todas as decises relativas aos cuidados desade.

    O direito de participar nos cuidados de sade criana requerda equipa:

    - uma adequada informao criana e aos pais sobre a situa-o actual da criana, os tratamentos propostos, os riscos, asvantagens e os objectivos do tratamento ou terapia e as medi-das a serem tomadas;- informao adequada sobre formas alternativas de tratamento;- aconselhamento e apoio aos pais que lhes permita avaliar osprocedimentos propostos;- aproveitar os conhecimentos da criana e dos pais, experin-

    cias, descries e observaes sobre a situao da sade gerae/ou situao actual da criana.

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    Um conhecimento prvio de todas as medidas que precisam deser tomadas uma pr-condio para o envolvimento activo decrianas e pais nas tomadas de deciso.

    (2) Toda a criana deve ser protegida de tratamentos mdicos e deinvestigao desnecessrios.

    Neste contexto, toda a forma de tratamento ou investigao desnecessria, se no trouxer nenhum benefcio individual paraa criana.

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    Artigo 6.As crianas no devem ser admitidas em servios de adultos*.Devem ficar reunidas por grupos etrios para beneficiarem dejogos, recreios e actividades educativas adaptadas idade,com toda a segurana. As pessoas que as visitam devem seraceites sem limite de idade.

    (1) As crianas devem ser tratadas em conjunto com crianas como mesmo nvel de desenvolvimento.

    O tratamento de crianas conjuntamente com outras quetenham as mesmas necessidades* inclui, mas no limitado a:

    - repouso;- entretenimento;- actividades em grupo ou similares ;- actividades para crianas de vrios grupos etrios;- quartos e actividades separadas de acordo com idade e gne-ro;- esforos para proporcionar acomodaes especificamente

    para adolescentes;- medidas de proteco para crianas com doenas especficas.

    As necessidades especficas dos adolescentes devem ser con-sideradas, procurando oferecer infra-estruturas e possibilidadesde lazer apropriadas.

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    Qualquer forma de segregao de crianas deve ser evitada,especialmente a segregao cultural.

    Os cuidados de crianas e adultos na mesma enfermaria noso aceitveis, e consequentemente:- as crianas no devem ser admitidas ou tratadas nas enferma-rias de adultos;- os adultos no devem ser admitidos ou tratados nas enferma-rias de crianas;- devem existir reas separadas para cuidar de crianas e adul-tos, tais como a recepo, urgncia, cirurgia, ambulatrio e hos-pital de dia, assim como salas de observao e tratamento.

    (2) As visitas devem ser aceites sem limite de idade.

    Horas de visita para irmos e amigos no devem ser baseadasna idade do visitante mas sim na situao da criana doente ena sade da criana visitante.

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    Artigo 7.O Hospital deve oferecer s crianas um ambiente* que corres-ponda s suas necessidades fsicas, afectivas e educativas,quer no aspecto do equipamento, quer no do pessoal e dasegurana.

    As crianas tm direito a um ambiente adaptado s suas neces-sidades, idade e condio. Isto aplica-se ainda a todas as unida-des de dia ou outras reas* onde as crianas estejam a ser tra-tadas ou examinadas.

    Os momentos de brincar, de recreio e de educao devem:

    - ter disponvel material de jogo apropriado;- ser assegurados todos os dias da semana;- contemplar todos os grupos etrios internados no servio*;- estimular a criatividade em todas as crianas;- permitir a continuao dos estudos no nvel de educao jatingido;

    Deve existir pessoal qualificado e em nmero suficiente, dispon-vel para atender as necessidades ldicas, recreativas e escola-res das crianas, independentemente do estado de sade e ida-de da criana. Todo o pessoal em contacto com as crianasdeve compreender as suas necessidades ldicas e recreativas.

    A arquitectura e o design interior das instalaes devem ter emconta todas as idades e doenas. O ambiente deve ser adapt-vel s necessidades dos diferentes grupos etrios e no ser diri-gido para um grupo etrio em particular.

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    Artigo 8.A equipa de sade deve ter formao adequada para respon-der s necessidades psicolgicas e emocionais das crianas eda famlia.

    Os profissionais devem ter uma formao especfica, competn-cias e sensibilidade. S com base nestas qualificaes, serocapazes de responder s necessidades especficas das crianase dos seus pais.

    Todos os hospitais ou instituies prestadoras de cuidados desade que internem crianas devem assegurar-se que estassejam examinadas, tratadas e cuidadas por pessoal com forma-o, conhecimentos e experincia em pediatria.

    Se uma criana necessitar de ser tratada por pessoal no pedi-trico, esse tratamento s deve acontecer com a cooperao de

    pessoal especialmente treinado e qualificado para cuidar decrianas.

    A percia e sensibilidade do pessoal deve ser mantida num altonvel, atravs de formao contnua adaptada.

    Conhecer e identificar as necessidades das famlias uma con-dio prvia para apoiar os pais nos cuidados ao seu filho e,caso necessrio, organizar apoio ou cuidados alternativos paradiminuir a tenso na famlia.

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    Pessoal qualificado capaz de reconhecer e agir adequadamen-te face s diversas situaes de maus-tratos infantis.

    Membros do pessoal devem apoiar os pais em particular no sen-tido de ultrapassar situaes crticas que a criana possa sofrer.Isto aplica-se especialmente quando h perigo de vida.

    Quando uma criana est prestes a morrer, devem ser presta-dos todo o apoio, cuidado e assistncia necessrios criana e sua famlia.

    A equipa deve ter formao para lidar com situaes de luto. A

    informao sobre a morte da criana deve ser dada de formaemptica, sensvel, pessoalmente e em privado.

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    Artigo 9.A equipa de sade deve estar organizada de modo a assegurara continuidade dos cuidados que so prestados a cada crian-a.

    A continuidade de cuidados inclui continuidade na prestao de

    tratamentos e continuidade dos profissionais que prestam oscuidados criana.

    A continuidade dos cuidados deve aplicar-se, tanto nos hospi-tais, como na transio para os cuidados domicilirios ou emhospital de dia. Isto pode ser conseguido pela comunicao epelo trabalho de equipa de todos os envolvidos.

    O trabalho em equipa requer um nmero limitado e definido depessoas que trabalham em conjunto. As suas aces baseiam-se em nveis complementares de conhecimento e regem-se porcritrios de qualidade coerentes, centrados no bem-estar fsico,emocional, social e psicolgico da criana.

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    Artigo 10.A intimidade de cada criana deve ser respeitada. A crianadeve ser tratada com cuidado e compreenso em todas as cir-cunstncias.

    Tacto e compreenso ao cuidar de crianas requer:

    - respeito pelo direito a ser criana;- considerao pela sua dignidade, pontos de vista, necessida-des, individualidade e o seu estdio de desenvolvimento, levan-do em considerao qualquer deficincia ou necessidade espe-cial;- a possibilidade de desenvolver um verdadeiro dilogo na equi-

    pa ;- uma atmosfera amigvel e de confiana;- respeito pelas crenas religiosas e bases culturais da criana eda famlia;

    Independentemente da idade ou estdio de desenvolvimento, aproteco da privacidade da criana deve ser assegurada em todasas situaes e deve incluir:

    - proteco contra a exposio fsica;- proteco contra tratamentos e ambientes que diminuam o autorespeito ou que faam a criana sentir-se ridcula ou humilhada;- o direito ao recolhimento e a estar sozinho;- o direito a uma comunicao privada com a equipa;- o direito a estar com familiares prximos e amigos sem ser per-turbado.

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    Glossrio

    Os termos marcados com um asterisco na Carta ou nas anotaes so usados nosentido e compreenso aqui descritos (por ordem alfabtica com referncia par-te do texto em que so usados pela primeira vez).

    Admisso conjunta com a criana (art. 3)

    Ver: Alojamento

    Alojamento (art. 3)

    Presena dos pais durante 24 horas, incluindo alojamento (permannciadurante toda a noite e refeies). Normalmente os pais permanecem com

    a criana no mesmo quarto, podendo, por vezes, permanecer noutrosquartos dentro ou perto do hospital. A prtica orientada para as necessi-dades da criana significa que nenhuma das possibilidades anteriormentemencionadas excluda.

    Ambiente (art. 7)

    Inclui todos os quartos, pisos, salas de espera e espaos exteriores utili-zados pelas crianas durante a sua permanncia no hospital.

    reas (art. 7)

    Ver: Servios/Infra-estruturas

    Criana (art. 1)

    Por criana entende-se todo o indivduo menor de 18 anos (art. 1 da Con-veno dos Direitos da Criana das Naes Unidas e definio da OMS).

    Cuidados (art. 1)

    a) Membros da equipa: aplicao de todas as medidas mdicas, de enfer-magem, teraputicas, psicolgicas, sociais e educacionais respeitantes aotratamento mdico.b) Pais: todas as actividades do dia-a-dia da criana, podendo incluiraquelas para as quais os pais recebem instrues especficas.c) Todas as aces veiculadas para ou com a criana.

    d) Outros prestadores de cuidados: apoio psicossocial.e) Cuidado, locais de Ver: Hospital, formas e locais.

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    Cuidados apropriados/adequados/adaptados (art. 1)

    Se existirem vrias possibilidades ou medidas disponveis, deve ser esco-lhida a que melhor responde s necessidades da criana e a que ofereaa melhor qualidade de cuidados.

    Cuidados de Sade (art. 5)

    Compreendem todas as aces desenvolvidas no hospital, incluindo aindahospital de dia, ambulatrio e cuidados domicilirios, prestadas criana.(ver tambm servios/infraestruturas).

    Hospital (art. 1)

    Instituio de sade especializada e qualificada para os cuidados crian-a.

    Hospital ou todas as formas e locais para tratamento apropriado

    Instituio de sade que assegure cuidados apropriados para o tratamen-to de crianas:- cuidados de ambulatrio ou hospital de dia;- cuidados de emergncia;

    - cuidados domicilirios (com apoio de um mdico ou enfermeira comuni-trios).

    Membros da Equipa/Equipa (art. 3)

    Refere-se a todos os grupos profissionais que trabalham no hospital, taiscomo todas as profisses mdicas e de enfermagem, terapeutas, psiclo-gos, tcnicos de servio social e pedagogos. Abrange ainda todos osenvolvidos quando as crianas so submetidas a exames e tambm toda

    a equipa de cuidados domicilirios e de transporte.

    Necessidades (art. 6)

    Tudo o que necessrio para o contnuo desenvolvimento mental, emo-cional e fsico e para o bem-estar da criana.

    Pais (art. 2)

    Este termo inclui os pais biolgicos, padrasto ou madrasta, pais adoptivose pais de acolhimento, assim como famlias monoparentais e tutores.

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    Pais substitutos (art. 2)

    uma pessoa que a criana conhece e com quem tem uma relao e quepode desempenhar as tarefas parentais, por exemplo, o irmo mais velho,

    avs ou outros familiares, pessoas que tomam conta de crianas, apoio sociale amigos da famlia. A expresso no descreve um grau especfico de relao(para facilitar, a expresso pais usada ao longo de todo o texto).

    Ponto de vista da Criana (art. 4)

    Refere-se ao direito da criana auto-determinao, de acordo com a sua ida-de e maturidade (ver tambm art. 12.1 da CDC).

    Prestador de cuidados/todo aquele que cuida da criana (art.2)

    Pessoa bem qualificada, seleccionada para os cuidados criana com a suaaprovao. Aceite tambm pelos pais, esta pessoa deve ser responsvel peloscuidados psicossociais da criana enquanto os pais esto impedidos de parti-cipar e durante todo o tempo que a criana necessite.

    Rotina da Enfermaria (art. 3)

    Inclui os horrios dirios da enfermaria onde a criana admitida, mas tam-bm os horrios individuais de cuidados criana (meios auxiliares de diag-nstico, teraputicas e/ou cirurgia, etc.), assim como a rotina de trabalho den-tro da enfermaria.

    Servios/Infra-estruturas (art. 7)

    Inclui todas as unidades, quartos ou reas especializadas e qualificadas para otratamento ou cuidados s crianas quer em internamento, quer em hospitalde dia ou ambulatrio de uma instituio de sade.

    Servio de adultos (art. 6)

    Refere-se a todos os quartos, unidades ou departamentos onde os adultos sotratados.

    Tratamento/Tratamento Mdico (art. 1)

    Todas as aces aplicadas directamente criana pelos profissionais com ofim de conseguir o alvio ou a recuperao da criana.

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    A Carta da EACH e a Conveno sobre os Direitos da CrianaOs dez princpios da Carta da Criana Hospitalizada relacionam-se emmuitos aspectos com os direitos da Criana em geral, tais como foram esti-pulados na CDC, e com o reconhecimento das diferentes necessidades

    emocionais e de desenvolvimento da criana, dependentes da sua idade.Em particular, o art. 3 da CDC sublinha a primazia do bem-estar da crian-a. Desenvolver este princpio de bem-estar requer um cuidado efectivocentrado na criana.

    Desenvolver a Carta da Criana Hospitalizada significa igualmente desen-volver em particular os seguintes artigos da CDC:

    CDC Definio de Idade

    A CDC define criana como todo o ser humano dos 0 aos 18 anos (comcertas excepes). Em muitos pases Europeus, as crianas so aceitesem hospitais ou enfermarias peditricas apenas at aos 16 anos ou menosainda em alguns locais.

    Art. 24Direito da Criana Sade e aos Servios de Sade (Carta da EACH 1)(1) Os Estados Membro reconhecem Criana o direito de gozar domelhor nvel de sade possvel

    Art. 3Melhor Interesse da Criana (Carta daEACH 1-3, 6-8)(1) Em todas aces relativas a crian-as o melhor interesse da criana deveser uma considerao primordial.(3) Os Estados Membro devem garantirque o funcionamento de ins-tituies, ser-vios e infra-estruturas que tm crianas aseu cargo e/ou que asseguram a sua pro-teco devem estar conformes com asnormas fixadas pelas autoridades compe-tentes, nomeadamente nos domnios dasegurana e sade, relativamente aonmero e qualificao do seu pessoal,bem como quanto existncia de uma

    adequada fiscalizao.

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    Art. 5Conselhos aos Pais e o desenvolvimento das capacidades da Crian-aOs Estados Membro devem respeitar as responsabilidades, direitos edeveres dos pais e, sendo caso disso, dos membros da famlia alargadade forma compatvel com o desenvolvimento das capacidades da criana,

    a orientao e os conselhos adequados ao exerccio dos direitos que lheso reconhecidos pela presente Conveno.

    Art. 9Separao dos Pais (Carta da EACH 2-3)(1) Os Estados Membro devem garantir que a criana no seja separadados seus pais contra a sua vontade.

    Art. 12

    Respeito pelas opinies da Criana (Carta da EACH 4-5)(1) Os Estados Membro devem garantir criana com capacidade dediscernimento o direito de exprimir livremente a sua opinio sobre asquestes que lhe respeitem, sendo devidamente tomadas em considera-o as opinies da criana, de acordo com a sua idade e maturidade.

    Art. 16Direito da Criana privacidade (Carta da EACH 10)Aplica-se a todas as crianas, em todas as situaes, incluindo no interior

    da famlia, cuidados alternativos, e todas as instituies, recursos e servi-os.

    Art. 17Acesso da Criana a uma informao apropriada (Carta da EACH 5)Os Estados Membros devem assegurar o acesso da criana informaoe a documentos provenientes de fontes diversas especialmente aquelesque visem promover o bem-estar, bem como a sade fsica e mental.

    Art. 18Responsabilidades comuns dos Pais (Carta da EACH 2-4)(1) Os Estados Membro devem esforar-se para assegurar o reco-nhecimento do princpio segundo o qual os pais tm uma res-ponsabilidade comum na educao e no desenvolvimento da criana. Ospais tm a responsabilidade primria da educao e desenvolvimentoda criana(2) Para garantir e promover os direitos enunciados pela presente Con-veno, os Estados Membro devem assegurar uma assistncia adequada

    aos pais e representantes legais e devem assegurar o estabelecimentode instituies, instalaes e servios de assistncia infncia.

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    Art. 19Direito da Criana proteco contra todas as formas de violncia(Carta da EACH 8-10)A criana deve ser protegida de todas as formas de violncia, enquanto se

    encontrar sob a guarda de seus pais, ou de outros.

    Art 23.3 e 23.4Direitos da Criana deficiente(3) Atendendo s necessidades particulares da criana deficiente deve-se assegurar que a criana deficiente tenha efectivo acesso educao, formao e aos cuidados de sade(4) os Estados Membro devem favorecer a troca de informaes perti-nentes no domnio dos cuidados preventivos de sade e do tratamentomdico, psicolgico e funcional das crianas deficientesOs princpios da Carta aplicam-se a crianas com todo o tipo de doenaou deficincia.

    Art 25Direito da Criana a reviso peridica do tratamento (Carta da EACH8)A criana, quando colocada num local para fins de assistncia, protecoou tratamento fsico ou mental, tem direito reviso peridica do trata-mento e das circunstncias que motivaram o processo.

    Art 28Direito Educao (Carta da EACH 7)O direito educao no limitado ao ensino ministrado numa escola.Deve ser dada a possibilidade da criana continuar a sua educaodurante a permanncia no hospital.

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    Art 29.1 (a) e (c)Os objectivos da Educao (Carta da EACH 7, 10)(1) Os Estados-Membro acordam em que a educao da criana devedestinar-se a:(a) Promover o desenvolvimento da personalidade da criana, dos seustalentos e aptides mentais e fsicos, e de todo o seu potencial;(c) Desenvolver na criana o respeito pelos pais, pela sua iden-tidade cul-tural, lngua e valores, pelos valores nacionais do pas em que vive, doseu pas de origem e pelas civilizaes diferentes da sua;

    Art 30Crianas de minorias tnicas ou migrantes (Carta da EACH 10)Protege o direito da criana a usufruir da sua prpria cultura, a praticar asua religio e utilizar a sua lngua materna.

    Art 31Direito da Criana ao lazer, a brincar e vida cultural (Carta da EACH7)Especialmente durante a permanncia no hospital, o jogo e as actividadesrecreativas constituem um factor importante na sua recuperao.

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    Associaes Membro da EACH

    Alemanha

    AKIK Aktionskomitee Kind im Krankenhaus

    http://www.akik.deDelegado: Julia von Seiche Nordenheime-mail: [email protected]

    ustria

    KiB Children Carehttp://www.kib.or.atDelegado: Elisabeth Schausberger

    e-mail: [email protected]

    Blgica

    HU Association pour lHumanisation de lHpitalen Pdiatriehttp://www.associationhu.orgDelegado: Marie Thrse Minnee-mail: [email protected]

    EACH

    Coordenadora

    Dr.Sylvie Rosenberg ReinerFrana

    Secretria Peg BelsonReino Unido

    Tesoureira

    Hanne SieberSua

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    Finlndia

    Suomen Nobab Finlandhttp://www.nobab.fiDelegado: Annika von Schantz

    Email: [email protected]

    Frana

    APACHE Ass. pour lAmliorisation des Conditions dHospitalisa-tion des Enfantshttp://www.apache-france.orgDelegado: Dr. Sylvie Rosenberg Reinere-mail: [email protected]

    Holanda

    Kind en Ziekenhuishttp://www.kindenziekenhuis.nlDelegado: BM Wijsene-mail: [email protected]

    Irlanda

    Children in Hospital Ireland (CHI)http://www.childreninhospital.ieDelegado: Mary OConnore-mail: [email protected]

    IslndiaUmhyggjahttp://www.umhyggja.is/

    Delegado: Ragna K. Marinosdottire-mail: [email protected]

    Portugal

    IAC Instituto de Apoio CrianaSector da Humanizaowww.iacrianca.pt

    Delegado: Dr. Leonor Santosemail: [email protected]

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    Reino Unido

    Action for Sick Childrenhttp://www.actionforsickchildren.orgDelegado: Peg Belson

    e-mail: [email protected]

    Repblica Checa

    Nadacni fond Klekhttp://www.klicek.org/english/index.htmlDelegado: Jiri Kralovece-mail: [email protected]

    Sucia

    Nobab Swedenhttp://www.nobab.seDelegado: Anna Sderholme-mail: [email protected]

    Suia

    Kind & Spital

    http://www.kindundspital.chDelegado: Hanne Siebere-mail: [email protected]

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    Membros Associados

    ustria

    Operation Eddy - sterr. Gesellschaft fr

    kindgerechte Operationsvorbreitungund Nachsorgehttp://www.operationeddy.at

    Frana

    Les Blouses Roseshttp://www.lesblousesroses.asso.fr/

    Itlia

    Assoc. Amici della Pediatriahttp://www.amicidellapediatria.it

    Japo

    NPHC The Network for Playtherapy & Hospital Environmentfor Childrenc/o Dept. of Design and Architecture, Faculty of Engineering

    Chiba University, 1-33 Yayoicho, Inage-ku,ChibaJapan 263-8522

    Existem ainda membros individuais da Crocia, Repblica Checa,Alemanha, Grcia, Hungria, Itlia e Espanha.

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    O Instituto de Apoio Criana (IAC) uma Instituio Particular de Soli-dariedade Social, criada em 1983, que tem por objectivo principal contri-buir para o desenvolvimento integral da criana, na defesa e promoodos seus direitos, sendo a criana encarada na sua globalidade, comototal sujeito dos seus direitos nas diferentes reas, quer seja na sade,

    educao, segurana social ou nos seus tempos livres.

    Em 1989 o IAC criou o Sector da Humanizao dos Servios de Aten-dimento Criana que tem por objectivos:

    - Promover a divulgao e implementao da Carta da Criana Hos-pitalizada;

    - Promover a discusso do conceito de humanizao, atravs de uma

    abordagem inter-institucional, favorecendo a mudana de atitudes e com-portamentos dos profissionais de sade e do pblico em geral;

    - Identificar e reflectir sobre os factores que condicionam a humanizaodos servios de atendimento criana;

    - Divulgar o resultado dessa reflexo como forma de sensibilizar os dife-rentes intervenientes no processo de humanizao;- Propor estratgias de interveno e apoiar aces no mbito da defesa

    dos direitos da criana hospitalizada, promovendo o seu reconhecimentolegal.

    - Desenvolver trabalho em parceria, de forma a fortalecer as relaesentre as diferentes entidades interessadas na sade da criana e do

    jovem.

    DonativosOs fins do Instituto de Apoio Criana so considerados de Superior InteresseSocial, pelo que todos os donativos que lhe sejam atribudos, permitem usufruir dedescontos especiais no IRS e IRC.

    Instituto de Apoio CrianaSector de Humanizao dos Servios de Atendimento Criana