anos especial | coronavÍrus · fechados, mas se preparam para o anúncio da reabertura. reino...

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Foto: banco de imagem Foto: banco de imagem • Informativo 68: Locação. Shopping Tamboré. Resposta ao ofício ANR • Informativo 69: Efeitos da antecipação de feriados no município de São Paulo e o recolhimento dos tributos • Informativo 70: Lei 13.999/2020 – Pronampe: Linha de crédito especial para micros e pequenas empresas • Informativo 71: Feriados antecipados • Informativo 72: Decretos regulamentam o funcionamento dos restaurantes nas principais cidades do país • Informativo 73: Resolução do Comitê Gestor do SIMPLES acional – CGSN prorroga o vencimento de parcelamentos do SIMPLES nacional • Informativo 74: Resolução da ANEEL determina que distribuidoras de energia forneçam meios para que os consumidores façam autoleitura do medidor • Informativo 75: Projeto de lei pretende instituir parcelamento especial para débitos federais de natureza tributária e não tributária • Informativo 76: Lockdown parcial do município do Rio de Janeiro é prorrogado • Informativo 77: Governo do estado do Rio e Janeiro autoriza a Cedae a prorrogar o vencimento das faturas do serviço de água • Vídeos dos dois webinars realizados na última semana Os informativos estão disponíveis no site da ANR e os vídeos podem ser acessados pelo canal da entidade no YouTube. Estados devem receber auxílio do governo frente à crise; bares e restaurantes seguem com operação reduzida MUNDO A “nova normalidade” para bares e restaurantes Estados Unidos: A agência de proteção à saúde pública (Food and Drug Administration, FDA) definiu algumas regras para a reabertura de bares e restaurantes no país, como o distanciamento de 2 metros entre clientes e funcionários, o uso obrigatório de máscaras e a limitação da capacidade de atendimento. Neste último ponto, cada estado definiu seus próprios parâmetros, variando de 25% a 50% do total. Al- guns foram além e decidiram pelo uso obrigatório de talheres embalados indivi- dualmente, luvas e máscaras pelos funcionários, menus descartáveis e o fim dos pratos para compartilhar e do serviço de self-service. Em Nova Iorque, grupos de até 10 pessoas poderão voltar a se reunir. Na cidade, os restaurantes continuam fechados, mas se preparam para o anúncio da reabertura. Reino Unido: Mais de 30 mil bares e restaurantes podem não reabrir mesmo com o fim do lockdown, segundo informa o jornal The Guardian. O governo britânico anunciou que, a partir de 4 de julho, os estabelecimentos estão autorizados a abrir as portas com algumas restrições, como telas de proteção entre as mesas, uso de máscaras e luvas para os funcionários e o uso constante de álcool em gel. Itália: As cantinas, cafés e restaurantes voltaram a funcionar na semana passada com no máximo 60% da capacidade de atendimento, ocupação de um cliente para cada 4m², obriga- toriedade de reservas e fim dos buffets. Os clientes são obrigados a manter um metro de distância entre eles e os atendentes. Cada região poderá adotar medi- das ainda mais restritivas, com base no monitoramento da curva de contágios. Espanha: Restaurantes e bares estão reabrindo gradual- mente, mas os clientes ainda são escassos. Com restri- ções de capacidade rigorosas, Madri e Barcelona poderão reabrir terraços de bares e restaurantes, desde que tenham uma ocupação limitada de 50% das mesas, nas quais até dez pessoas poderão se reunir. Dos Rio de Janeiro: Com bares e restaurantes fechados, a pre- feitura do Rio afirmou que pretende começar a afrouxar as medidas de isolamento nos próximos dias. Os detalhes do plano ainda não foram divulgados. Em Duque de Caxias, o comerciou voltou a funcionar hoje (25). Os estabelecimentos de alimentação fora do lar devem, en- tre outras determinações, limitar o atendimento ao público a 30% da capacidade de lotação. Minas Gerais: A capital Belo Horizonte começou nesta se- gunda-feira (25) a reabertura gradual do comércio. O processo será feito em quatro etapas. Na primeira puderam reabrir sa- lões de beleza, shopping populares e comércios varejistas. Bares e restaurantes seguem, por enquanto, sem definição sobre datas e condições de reabertura. Em Araxá, novo decreto da Prefeitura autoriza bares e restaurantes a realizar atendi- mentos presenciais, das 11h às 14h, e das 18h às 21h, sem restrição de dias. Paraná: Em Maringá, por determinação da prefeitura, bares e restaurantes foram proibidos de posicionar mesas e cadeiras nas calçadas, além de promover música ao vivo. Com restri- ções, esses estabelecimentos seguem funcionando em Curitiba e em Londrina. Casas noturnas da capital receberam, na última sexta-feira (22), autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo para, se tiverem alvará de funcionamento com bar ou restaurante, reabrirem suas portas respeitando os protocolos da Vigilância Sanitária de prevenção ao coronavírus. Rio Grande do Sul: Na capital, bares e restaurantes tiveram o funcionamento liberado, mas com algumas regras, como, por exemplo, limitação de até 50% do público, com 2 metros de distanciamento entre as mesas e disponibilização de máscaras para os fun- cionários. Os estabelecimentos de alimentação fora do lar também operam (com restrições) em Gramado. Amazonas: Em Manaus, o funcionamento de estabelecimen- tos comerciais e de serviços não essenciais, como bares e res- taurantes, segue suspenso até o dia 31 de maio (inicialmente). 19.137 bares, restaurantes e hotéis da capital espanhola, 3.500 não reabrirão mais, de acordo com a Associação Madrileña dos Empresários de Hotelaria e Restauração. Alemanha: Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, localizado no litoral, anunciou a reabertura dos restaurantes, seguida dos hotéis, a partir desta semana. A Baviera, com uma den- sidade maior de casos, anunciou que as cervejarias e restaurantes com terraço também poderiam reabrir, ainda que com número limitado de clientes, horários restritos e precauções rígidas de higiene. Portugal: A reabertura de bares e restaurantes segue com limitação de até 50% da capacidade. Nos estabelecimentos, pratos e talheres são trazidos embalados individualmente. Os cardápios ganharam versões individuais e descartáveis e os garçons desin- fetam as mãos constantemente. Muitos dos estabelecimentos já identificaram que, com regras de distanciamento social e sem o fluxo de turistas, pode ser difícil fazer com que as contas fechem. França: Bares e restaurantes continuarão fechados ao me- nos até junho. Argentina: Anunciou a ampliação da quarentena obrigatória em algumas regiões até 7 de junho. Os donos de restaurantes de Buenos Aires já começaram a preparar seus estabeleci- mentos para a reabertura. A redução da quantidade de mesas e garçons usando máscaras e luvas são apenas alguns dos itens para tentar atrair a freguesia no- vamente. Outras medidas incluem um spray eletrônico de álcool em gel por onde o cliente passa antes de entrar no restaurante. Alguns estabelecimentos estão colocando acrílico para separação entre as mesas. N a ultima semana, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma videoconferência com governadores para tratar do enfrentamento da crise. Entre os pontos de discussão esteve o plano de auxílio financeiro a estados e municípios. Segundo o texto, a União vai transferir diretamente a esses agentes R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais. Já aprovado pela Câmara, o projeto deve ser sancionado nos próximos dias pelo presidente. Bahia: Na última semana, a Prefeitura de Salvador anun- ciou a ampliação de medidas restritivas em mais três bairros (Bonfim, Liberdade e Lobato) como uma das ações de com- bate ao avanço da Covid-19. Na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km da capital, o comércio voltou a fechar depois de passar um mês reaberto. Pernambuco: Segue em vigor no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata, a quarentena mais rígida, decretada pelo Governo. Bares e restaurantes trabalham apenas com entrega. Distrito Federal: O governo permitiu, a partir do dia 27, a reabertura de algumas atividades comerciais, como sho- ppings, por exemplo, mas manteve fechados bares, restau- rantes e similares. Ceará: Foi prorrogado até dia 31 de maio o decreto de isolamento social no Ceará, com manutenção do lockdown na capital. O governador do estado afirmou que vai apresentar plano com fases de retorno da economia e, a partir de junho, retomar as atividades de forma gradual. Pará: O governo determinou o encerramento do lockdown no estado a partir desta segunda-feira (25), com a manutenção de regras de distanciamento social. Mesmo assim, bares e restaurantes só podem trabalhar com a modalidade de entrega. D epois de anunciar que pretendia afrouxar a quarentena no Estado a partir do dia 1º de junho, o governador João Doria voltou a falar em possível adoção do lockdown. A decisão irá depender no nível de isolamento que será registrado com o megaferiado que se estende até esta segunda-feira (25). Doria informou que o protocolo de bloqueio total já está pronto, mas diz que prefere acreditar que as pessoas vão respeitar as medidas restritivas e utilizar o feriado para ficar em casa. Na última quinta-feira (21), o governador teve, inclusive, que negar a implan- tação de medidas drásticas de isolamento no estado a partir do próximo 1º de junho. As regras, que faziam parte de emendas sugeridas pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), foram rejeitadas em uma comissão na Assembleia Legislativa de São Paulo e não têm validade, mas acabaram publicadas em uma edição suple- mentar do Diário Oficial e causaram confusão. ISOLAMENTO SOCIAL Flexibilização ou lockdown : decisão segue indefinida no estado de São Paulo Nesta segunda-feira (25), Doria se reuniu por videoconferência com prefeitos do Estado para alinhar os próximos passos da contenção da pandemia. No fim de semana ganhou força a tese de uma quarentena híbrida: regras mais restritivas na Região Metropolitana, com diminuição das atividades comerciais, e flexibilização, com retomada de parte das atividades, em algumas cidades do interior. CAPITAL DECIDE LOCKDOWN NESTA SEMANA O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que uma decisão sobre adotar ou não lockdown na cidade será anunciada por ele nesta quarta-feira (27). Em en- trevista, Covas cobrou a colaboração dos paulistanos com as medidas de combate ao avanço do coronavírus. Segundo ele, para flexibilizar a quarentena é preciso de 14 dias consecutivos de queda no número de casos, o que só será possível com o comprometimento da população. *Com informações da Folha de S. Paulo, UOL, Agora SP e Valor Econômico Foto: divulgação Foto: banco de imagem Foto: banco de imagem CONHEÇA ALGUNS SITES DE CHECAGEM DE FAKE NEWS: ESPECIAL | CORONAVÍRUS 25 DE MAIO DE 2020 EDIÇÃO 554 - Ano 12 ANOS Desenvolvido por Linhas Comunicação. www.linhascomunicacao.com.br www.anrbrasil.org.br ANOS RECURSOS P ara tentar minimizar os efeitos da crise do novo coronavírus sobre a economia, o presidente Jair Bolsonaro sancionou na última semana a lei 13.999/2020, que cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Pelo programa, micros (faturamento anual de até R$ 360 mil) e pequenas empresas (faturamento anual de até R$ 4,8 milhões), devidamente inscritas no SIMPLES, poderão ter acesso a uma linha de crédito especial e bem vantajosa. “A empresa poderá tomar empréstimo de até 30% de sua receita bruta de 2019. Por exemplo, se no ano passado faturou R$ 4 milhões, estará habilitada a um empréstimo de até R$ 1,2 mi. Quem tiver menos de um ano de funcio- namento poderá tomar emprestado valor correspondente à metade do seu capital social ou até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades. O que for maior”, explica Carlos Augusto Dias, da Dias e Pamplona Advogados, consultoria jurídica da ANR. Os empréstimos poderão ser divididos em até 36 parcelas, com taxa de juros anual máxima igual à Taxa Selic (que atualmente está em 3% ao ano), acrescida de 1,25%. “Serão exigidos da empresa que solicitar o empréstimo o compromisso de manter o mesmo número de empregados – verificado na data de promulgação da lei – até dois meses após o recebimento do crédito; e a prestação de garantia pessoal em montante igual ao empréstimo contratado (aval/fiança), com a possibilidade de utilização do Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas (Fampe) do Sebrae”, afirma o advogado. O crédito será disponibilizado pelo Banco do Brasil, CEF, banco estaduais e demais instituições financeiras que aderirem ao programa, com garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Governo sanciona linha especial de crédito para micro e pequenas empresas O projeto de lei original previa carência de oito meses para o início do pa- gamento dos empréstimos. Mas o ponto foi vetado, sob a afirmação de que o prazo de carência poderá vir a ser disciplinado por meio de regulamento. Tam- bém foi excluído o dispositivo que determinava que as instituições financeiras não poderiam utilizar como fundamento para a não concessão do empréstimo “a existência de anotações em quaisquer bancos de dados, públicos ou pri- vados, que impliquem restrição ao crédito por parte do proponente, inclusive protesto”. Outro trecho vetado foi o que permitia a prorrogação por 180 dias dos prazos para pagamentos das parcelas mensais à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. PLENÁRIA ANR discute Pronampe, MP 927, tributação do delivery e suspensão da redução das contribuições para o Sistema S N a última quarta-feira (20), a Reunião Plenária da ANR, a primeira realizada por meio de plataforma virtual, abordou uma extensa pauta de questões jurídicas e tributárias importantes em razão da crise causada pelo avanço do novo coronavírus. O encontro virtual foi conduzido por Alberto Lyra, diretor Executivo da entidade, e por Carlos Augusto Dias, advogado do escritório Dias e Pamplona, consultoria jurídica da Associação. Um dos principais pontos discutidos na reunião foi a Lei 13.999, que es- tabelece o Pronampe. Para empresas que não se encaixam no Pronampe e estiverem inscritas nos regimes de lucro real e ou presumido, uma alternativa, de acordo com Carlos Augusto, é buscar o crédito via Desenvolve-SP. “Um cré- dito de R$ 5 bilhões foi aberto para o turismo, previsto na MP 963, incluindo o setor de bares, restaurantes e similares. Para fazer a solicitação, é preciso efetuar um cadastro no Cadastur”. Alberto Lyra, diretor executivo da ANR, afirmou que a entidade tem bus- cado agilizar os processos de aprovação de crédito em todas as esferas por meio de sua atuação política, e também diretamente com a direção do De- senvolve-SP. O crédito segue como um dos principais problemas do setor na pandemia. A terceira pesquisa ANR da série Covid-19, concluída no dia 14 de maio, apontou que 85% dos bares e restaurantes que pediram empréstimos tiveram propostas recusadas. Na semana passada, o Sebrae também divulgou uma pesquisa sobre o tema e apontou que 86% dos micro e pequenos empre- sários tiveram créditos recusados ou ainda aguardam respostas. MP 927 e os acordos coletivos O artigo segundo da MP 927 também foi pauta da Plenária. O texto em ques- tão determina que, durante o período de calamidade pública, o acordo indivi- dual celebrado com o colaborador tenha prevalência sobre a lei, convenção ou acordo coletivo, desde que seja para fins de preservar o emprego. “É possível, por exemplo, adotar o Regime de Tempo Parcial nesse acor- do. Isso preserva o valor da hora de trabalho do empregado e faz com que ele passe a trabalhar menos na semana ou no mês”, pontuou Carlos Augusto. Segundo o advogado, o acordo escrito individual serve, inclusive, para eliminar verbas previstas nas Convenções do SindFast e do Sinthoresp, como ajuda de custo uniforme e quebra de caixa. O consultor jurídico ainda lembrou outro artigo da mesma MP (art. 29), que previa que o empregado acometido pelo coronavírus durante a jornada de trabalho não seria considerado vítima de doença profissional ou acidente do trabalho. O artigo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Fede- ral (STF). “A grande questão é como o empregado vai provar que realmente pegou a doença durante a jornada. Uma forma da empresa se resguardar é documentar todas as práticas e protocolos de prevenção”, orientou. Ainda no âmbito das questões trabalhistas, Carlos Augusto esclareceu o artigo 486 da CLT. O texto diz que quando a empresa tem sua atividade tem- porária ou definitivamente encerrada por ato praticado pelo poder público, o empregado que tiver seu contrato de trabalho rescindido tem direito a inde- nização. Esse valor é de responsabilidade do ente público que determinou o encerramento parcial ou definitivo da empresa. “Isso fornece uma margem para proceder a rescisão do contrato de trabalho do empregado, deixando a multa de 40% do Fundo de Garantia e o Aviso Prévio Indenizado sob responsabilidade do Governo do Estado. Se o empregado entrar com uma ação contra a empresa, ela terá que chamar o Estado ao processo para que o juiz decida quem que deve pagar”, disse o advogado. Suspensão da redução das contribuições para o sistema S, tributação do delivery (ICMS) e outros temas O consultor jurídico da ANR explicou que o Supremo Tribunal Federal revogou a suspensão. Portanto, as alíquotas seguem reduzidas pela metade até o prazo determinado pela MP 932. Sobre a tributação do delivery (ICMS), Carlos Augusto informou que, no entendimento da Secretaria da Fazenda, a modalidade não pode ser tributa- da em 3,2%, que seria a alíquota reduzida. No entanto, segundo o advogado, esse entendimento diverge do próprio decreto que instituiu o Regime Especial de Tributação no Estado de São Paulo, que garante o benefício fiscal para o fornecimento de refeições, sem qualquer distinção. Reduções de aluguéis (principalmente de rua) pela via judicial, cuidados especiais com as intimações da Justiça do Trabalho, prorrogação de parce- lamentos de tributos federais e extensão (até o fim de junho) do prazo para formalização dos Termos de Enquadramento junto ao SindiFast, também foram debatidos durante o encontro virtual. Novos associados e Protocolo de Procedimentos de Boas Práticas pós-Covid-19 Durante a Plenária, Alberto Lyra também deu às boas-vindas para os novos restaurantes associados da ANR: Taika Izakaya, de Belo Horizonte; Residenza Di Pizza, de Campo Grande; VITELA’S, de Brasília; Pizzaria Belart, de São Pau- lo, e Cadarolla Pizzaria, também de São Paulo. Ele também destacou o Protocolo de Procedimentos de Boas Práticas para Restaurantes, Bares e Lanchonetes pós-Covid-19 desenvolvido pela ANR. “Apresentamos o documento em reuniões com as Secretarias da Agricultura e do Turismo do Estado de São Paulo e algumas partes essenciais foram adotas pelo governo paulista. Nosso protocolo ainda está servindo de base nos Esta- dos do Maranhão e Piauí e nas cidades de Natal e Salvador”. Fotos: divulgação | ANR Responsáveis técnicos de bares e restaurantes e os novos desafios em tempos de pandemia SÉRIE DE WEBINARS ANR | COVID-19 O estado de emergência global provocado pelo novo coronavírus vai tornar o cliente mais crítico. Já os profissionais precisarão se conscientizar ainda mais sobre a higiene e boas práticas, além de promover um ambiente de produção e comercialização de alimentos seguro. A adaptabilidade dos estabelecimentos, o que muda no papel do responsável técnico dos restaurantes e as notas técnicas nº 18 e nº 23 da Anvisa, foram o centro do debate no webinar “Atuação do Responsável Técnico em Serviços de Alimentação perante a atual pandemia”, organizado pela ANR na última terça-feira (19) Mediado por Eliana Alvarenga, consultora técnica da entidade, o encon- tro virtual teve a participação de Raquel Bachega, gerente de Operações da Bureau Veritas. “A pandemia está nos trazendo um consumidor mais exigente, sensível, informado e inseguro. Temos que enxergar esse momento como uma possibilidade de crescimento pessoal e profissional e um incentivo de ousar e fazer diferente para se reinventar”, afirmou. Raquel também comentou a Nota Técnica Nº 18 da Anvisa, que engloba as boas práticas de manipulação na cadeia produtiva. “Os estabelecimentos, precisam conhecer bem os fornecedores e quais os procedimentos foram ado- tados para a prevenção do coronavírus, além de higienizar as matérias primas recebidas”, afirmou. O uso correto de luvas e máscaras, reforçado pela Nota Técnica Nº 23 da Agência, também foi discutido no evento. “Não é recomen- dado o uso de máscaras pelos manipuladores, devido aos riscos inerentes ao seu mau uso”, disse. Foram discutidas, ainda, as recomendações para o delivery , para o qual é necessário disponibilizar aos entregadores álcool em gel e máscaras, além de manter as embalagens protegidas e o distanciamento no momen- to da entrega. Como reconhecer e combater as fake news em meio à pandemia O avanço do coronavírus no Brasil e em todo o mundo alavancou a circulação de diversas notícias falsas sobre a pandemia nas redes sociais. Informações descontextualizadas, histórias emotivas e memes trouxeram uma avalanche de desinformação, colaborando para tornar o atual momento ainda mais delicado. O tema foi o centro das discussões no webinar “Comunicação e fake news em tempos de pandemia”, realizado pela ANR na última quinta-feira (21). “No campo político, espalhar notícias falsas pode destruir reputações. Na área da saúde, pode resultar em mortes. É praticamente inevitável receber esse tipo de desinformação, mas é bem possível fazer checagem a respeito da veracidade do fato em si”, afirmou Ederaldo Kosa, sócio da Linhas Comuni- cação e Coordenador do Grupo de Trabalho de Co- municação e Marketing (GT-CoM) da ANR. Mesmo com a inegá- vel força das mídias so- ciais, pesquisa do Datafo- lha, de 2019, revelou que, em todas as faixas etá- rias, o índice de confiança na imprensa tradicional é duas vezes maior. O resul- tado comprova que, para checar uma notícia rece- bida em uma rede social, como o WhatsApp, por exemplo, muitos ainda recorrem aos meios de comunicação reconhecidos, que trabalham com foco no profissionalismo e na credibilidade. Fake News x Novo coronavírus Kosa destacou ainda um mapeamento feito pelo Instituto Reuters e pela Uni- versidade de Oxford. O estudo mostrou que quase 70% das informações divul- gadas sobre a Covid-19 tinham como fonte principal influenciadores digitais, incluindo políticos, celebridades, figuras públicas e redes sociais. Desse total, 20% das informações eram fake news. A situação é tão séria que a ONU considera as notícias falsas sobre o coronavírus “mais mortais que qualquer outra desinformação”. Para o secre- tário-geral da Organização, António Guterres, o jornalismo é essencial para ajudar a neutralizar os danos causados pelo que classifica como “pandemia da desinformação”. “Antes de repassar qualquer notícia, cheque se foi veiculada em algum grande veículo. Utilize ferramentas de checagem (veja mais no box) e cruze o fato com dados oficiais de governos e ministérios. No meio de uma crise sem precedentes, é ainda mais importante ter esse discernimento e cuidado em prezar, sempre, pelas notícias e fatos verdadeiros. Assim, conseguiremos avan- çar como uma sociedade livre e democrática de uma maneira mais saudável”, concluiu Kosa. Lucio Mesquita, consultor de comunicação, com mais com mais de 25 anos de atuação na BBC, aproveitou para dividir com os participantes sua ex- periência com a mídia e as fake news no Reino Unido. “Resido em Londres e a Ofcom, agência responsável pelos meios de telecomunicações e telefonia, tem feito, desde o começo do lockdown pesquisas para verificar o compor - tamento da população em relação à mídia. O último levantamento realizado registrou, entre outros pontos, que os meios de comunicação tradicionais continuam sendo a fonte de informação mais importante sobre a pandemia”, contou Mesquita. A pesquisa também revelou que o índice de utilização das redes sociais como fonte de informação está caindo e que 45% dos entrevistados foram impactados por algum tipo de notícia falsa nos últimos tempos. “A questão de disseminação de fake news é, infelizmente, algo mundial. São duas pandemias, a da doença propriamente dita e a da desinformação. Ambas podem ser espa- lhadas de forma descontrolada”. Lucio também reforçou algumas formas de prevenção contra as notícias falsas. “Pense, cheque e pesquise. São ações relativamente fáceis de colocar em prática. Apenas compartilhe de- pois de efetuar essa verificação dos fatos e incentive amigos e conheci- dos a fazer o mesmo. Essa é a melhor forma de se combater a epidemia da mentira”, finalizou. ANR: Congresso precisa votar com urgência extensão dos prazos da MP dos Salários A ANR intensificou nas últimas semanas as conversas com congressistas e a equipe econômica do governo no sentido de buscar a prorrogação dos prazos da MP dos Salários. Publicada no dia 1º de abril, a MP permitiu a suspensão de contratos por 60 dias e a redução de jornada para 90 dias. A ANR, desde o início, defende 120 dias para suspensão e 150 para a redução de jornada como solução imediata para atenuar a crise, que já levou a mais de 1 milhão de demissões no setor. “Com grande parte dos estabelecimentos ainda fechada nas maiores ci- dades brasileiras, e com a limitação de público para a reabertura em alguns locais – e mesmo assim, com baixíssimo movimento por conta da falta de confiança da população – não há outra saída senão a imediata prorrogação dos prazos da MP”, afirma Cristiano Melles, presidente da ANR. OUTRAS FRENTES A ANR também atua em outras frentes para minimizar o impacto da crise no setor. As três pesquisas já realizadas pela entidade durante a pandemia DESTAQUE apontaram que cerca de 20% dos bares, restaurantes e lanchonetes não vão conseguir sobrevir à crise. Paralelamente, a pesquisa divulgada semana pas- sada pela ANR mostrou que mais de 85% das empresas tiveram recusados seus pedidos de créditos ou ainda aguardam há semanas uma resposta final pela aprovação. Na semana passada, o Governo anunciou uma nova linha de crédito: o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que tem como finalidade o desenvolvimento e o fortale- cimento dos pequenos negócios. É destinado às micros (faturamento anual de até R$ 360 mil) e pequenas empresas (até R$ 4,8 milhões), inscritas no SIMPLES. O prazo para pagamento é de 36 meses, com taxa de juros anual máxima equivalente à SELIC (atualmente em 3%), acrescida de 1,25% sobre o valor do empréstimo. A ANR também tem atuado no apoio aos associados em relação à outras questões, como aluguel, e negociações sindicais com concessionárias de ser- viços públicos. Nesse último caso, vem buscando com a Enel, distribuidora de energia com atuação em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, a volta da cobrança pela leitura direta dos medidores e a facilitação do processo de financiamento de débitos. Em ofício enviado ao governador João Doria, o presidente da Frente Parlamentar dos Hotéis, Bares e Restaurantes da Assembleia Legislativa de São Paulo, Frederico d’Avila, acatou sugestão da ANR ao reivindicar a ado- ção de medidas para alterar as formas de medição de consumo de energia elétrica, além de simplificar e agilizar o processo de parcelamento de débitos das empresas do setor. A ANR também tem ampliado as discussões com prefeituras e câmaras municipais sobre a concessão de espaços públicos de empresas do setor no momento da flexibilização, com o objetivo de abrir novas áreas para atendimento aos clientes em ambientes ao ar livre. A redução das taxas de aplicativos de delivery, que muitas vezes cobram acima de 25% dos estabe- lecimentos, é outro tema que tem merecido atenção da entidade, seja por meio de negociações diretas com as empresas ou pela atuação política no executivo e legislativo. Ederaldo Kosa, sócio da Linhas Comunicação e Coordenador do Grupo de Trabalho de Comunicação e Marketing (GT-CoM) da ANR Projeto Comprova E-Farsas Agência Lupa Aos fatos Boatos Linhas de crédito e parcelamentos: alternativas para minimizar a crise Ponto Chic faz doações de alimentos e produtos de limpeza CONTEÚDOS ANR | COVID-19 AÇÃO SOLIDÁRIA O governo tem buscado formas de tentar minimizar o impacto da pandemia na economia. Além de uma linha de crédito especial para micro e pequenas empresas, outro projeto de lei pretende instituir parcelamento especial para débitos federais de natureza tributária e não tributária. Na última semana, também foi prorrogado o vencimento dos parcelamentos do SIMPLES nacional. A equipe de especialistas da ANR acompanhou todas as movimentações e preparou alguns materiais com informações completas sobre esses e outros tópicos de interesse do setor. Confira: E m meio à pandemia, o Ponto Chic, associado ANR e um dos mais tradicionais bares de São Paulo, resolveu construir uma extensa corrente do bem para ajudar a quem mais precisa. O estabelecimento está incentivando clientes e parceiros a realizar doações de alimentos, produtos de higiene e de limpeza. Para participar da campanha #PontoChicSolidario, os consumidores po- dem enviar suas contribuições por meio da rede de entregadores da marca, que fazem a retirada das doações nas residências. Quem preferir, pode entre- gar os produtos direto nas unidades do Ponto Chic. “Nesse momento, aproveitamos a logística que já temos dos motoqueiros para retirar os produtos nas casas dos interessados e entregar a quem real- mente precisa”, afirma Rodrigo Alves, proprietário do Ponto Chic. O projeto teve um retorno positivo e já atingiu muitas famílias “Os clientes aderiram à ideia e estão nos ajudando bastante com a ação”, conclui. Se seu restaurante também tem feito ações como essa e quiser divulgar no Boletim ANR, envie um e-mail para [email protected] . Será um prazer contar a sua iniciativa nas próximas edições.

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Page 1: ANOS ESPECIAL | CORONAVÍRUS · fechados, mas se preparam para o anúncio da reabertura. Reino Unido: Mais de 30 mil bares e restaurantes podem não reabrir mesmo com o fim do lockdown,

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• Informativo 68: Locação. Shopping Tamboré. Resposta ao ofício ANR

• Informativo 69: Efeitos da antecipação de feriados no município de São Paulo e o recolhimento dos tributos

• Informativo 70: Lei 13.999/2020 – Pronampe: Linha de crédito especial para micros e pequenas empresas

• Informativo 71: Feriados antecipados

• Informativo 72: Decretos regulamentam o funcionamento dos restaurantes nas principais cidades do país

• Informativo 73: Resolução do Comitê Gestor do SIMPLES acional – CGSN prorroga o vencimento de parcelamentos do SIMPLES nacional

• Informativo 74: Resolução da ANEEL determina que distribuidoras de energia forneçam meios para que os consumidores façam autoleitura do medidor

• Informativo 75: Projeto de lei pretende instituir parcelamento especial para débitos federais de natureza tributária e não tributária

• Informativo 76: Lockdown parcial do município do Rio de Janeiro é prorrogado

• Informativo 77: Governo do estado do Rio e Janeiro autoriza a Cedae a prorrogar o vencimento das faturas do serviço de água

• Vídeos dos dois webinars realizados na última semana

Os informativos estão disponíveis no site da ANR e os vídeos podem ser acessados pelo canal da entidade no YouTube.

Estados devem receber auxílio do governo frente à crise; bares e restaurantes seguem com operação reduzida

MUNDO

A “nova normalidade” para bares e restaurantes

Estados Unidos: A agência de proteção à saúde pública (Food and Drug Administration, FDA) definiu algumas regras para a reabertura de bares e restaurantes no país, como o

distanciamento de 2 metros entre clientes e funcionários, o uso obrigatório de máscaras e a limitação da capacidade de atendimento. Neste último ponto, cada estado definiu seus próprios parâmetros, variando de 25% a 50% do total. Al-guns foram além e decidiram pelo uso obrigatório de talheres embalados indivi-dualmente, luvas e máscaras pelos funcionários, menus descartáveis e o fim dos pratos para compartilhar e do serviço de self-service. Em Nova Iorque, grupos de até 10 pessoas poderão voltar a se reunir. Na cidade, os restaurantes continuam fechados, mas se preparam para o anúncio da reabertura.

Reino Unido: Mais de 30 mil bares e restaurantes podem não reabrir mesmo com o fim do lockdown, segundo informa o jornal The Guardian. O governo britânico anunciou que, a

partir de 4 de julho, os estabelecimentos estão autorizados a abrir as portas com algumas restrições, como telas de proteção entre as mesas, uso de máscaras e luvas para os funcionários e o uso constante de álcool em gel.

Itália: As cantinas, cafés e restaurantes voltaram a funcionar na semana passada com no máximo 60% da capacidade de atendimento, ocupação de um cliente para cada 4m², obriga-

toriedade de reservas e fim dos buffets. Os clientes são obrigados a manter um metro de distância entre eles e os atendentes. Cada região poderá adotar medi-das ainda mais restritivas, com base no monitoramento da curva de contágios.

Espanha: Restaurantes e bares estão reabrindo gradual-mente, mas os clientes ainda são escassos. Com restri-ções de capacidade rigorosas, Madri e Barcelona poderão

reabrir terraços de bares e restaurantes, desde que tenham uma ocupação limitada de 50% das mesas, nas quais até dez pessoas poderão se reunir. Dos

Rio de Janeiro: Com bares e restaurantes fechados, a pre-feitura do Rio afirmou que pretende começar a afrouxar as medidas de isolamento nos próximos dias. Os detalhes do

plano ainda não foram divulgados. Em Duque de Caxias, o comerciou voltou a funcionar hoje (25). Os estabelecimentos de alimentação fora do lar devem, en-tre outras determinações, limitar o atendimento ao público a 30% da capacidade de lotação.

Minas Gerais: A capital Belo Horizonte começou nesta se-gunda-feira (25) a reabertura gradual do comércio. O processo será feito em quatro etapas. Na primeira puderam reabrir sa-

lões de beleza, shopping populares e comércios varejistas. Bares e restaurantes seguem, por enquanto, sem definição sobre datas e condições de reabertura. Em Araxá, novo decreto da Prefeitura autoriza bares e restaurantes a realizar atendi-mentos presenciais, das 11h às 14h, e das 18h às 21h, sem restrição de dias.

Paraná: Em Maringá, por determinação da prefeitura, bares e restaurantes foram proibidos de posicionar mesas e cadeiras nas calçadas, além de promover música ao vivo. Com restri-

ções, esses estabelecimentos seguem funcionando em Curitiba e em Londrina. Casas noturnas da capital receberam, na última sexta-feira (22), autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo para, se tiverem alvará de funcionamento com bar ou restaurante, reabrirem suas portas respeitando os protocolos da Vigilância Sanitária de prevenção ao coronavírus.

Rio Grande do Sul: Na capital, bares e restaurantes tiveram o funcionamento liberado, mas com algumas regras, como, por exemplo, limitação de até 50% do público, com 2 metros

de distanciamento entre as mesas e disponibilização de máscaras para os fun-cionários. Os estabelecimentos de alimentação fora do lar também operam (com restrições) em Gramado.

Amazonas: Em Manaus, o funcionamento de estabelecimen-tos comerciais e de serviços não essenciais, como bares e res-taurantes, segue suspenso até o dia 31 de maio (inicialmente).

19.137 bares, restaurantes e hotéis da capital espanhola, 3.500 não reabrirão mais, de acordo com a Associação Madrileña dos Empresários de Hotelaria e Restauração.

Alemanha: Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, localizado no litoral, anunciou a reabertura dos restaurantes, seguida dos hotéis, a partir desta semana. A Baviera, com uma den-

sidade maior de casos, anunciou que as cervejarias e restaurantes com terraço também poderiam reabrir, ainda que com número limitado de clientes, horários restritos e precauções rígidas de higiene.

Portugal: A reabertura de bares e restaurantes segue com limitação de até 50% da capacidade. Nos estabelecimentos, pratos e talheres são trazidos embalados individualmente.

Os cardápios ganharam versões individuais e descartáveis e os garçons desin-fetam as mãos constantemente. Muitos dos estabelecimentos já identificaram que, com regras de distanciamento social e sem o fluxo de turistas, pode ser difícil fazer com que as contas fechem.

França: Bares e restaurantes continuarão fechados ao me-nos até junho.

Argentina: Anunciou a ampliação da quarentena obrigatória em algumas regiões até 7 de junho. Os donos de restaurantes de Buenos Aires já começaram a preparar seus estabeleci-

mentos para a reabertura. A redução da quantidade de mesas e garçons usando máscaras e luvas são apenas alguns dos itens para tentar atrair a freguesia no-vamente. Outras medidas incluem um spray eletrônico de álcool em gel por onde o cliente passa antes de entrar no restaurante. Alguns estabelecimentos estão colocando acrílico para separação entre as mesas.

Na ultima semana, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma videoconferência com governadores para tratar do enfrentamento da crise.

Entre os pontos de discussão esteve o plano de auxílio financeiro a estados e municípios. Segundo o texto, a União vai transferir diretamente a esses agentes R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais. Já aprovado pela Câmara, o projeto deve ser sancionado nos próximos dias pelo presidente.

Bahia: Na última semana, a Prefeitura de Salvador anun-ciou a ampliação de medidas restritivas em mais três bairros (Bonfim, Liberdade e Lobato) como uma das ações de com-

bate ao avanço da Covid-19. Na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km da capital, o comércio voltou a fechar depois de passar um mês reaberto.

Pernambuco: Segue em vigor no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata, a quarentena mais rígida, decretada pelo Governo. Bares e restaurantes trabalham apenas com entrega.

Distrito Federal: O governo permitiu, a partir do dia 27, a reabertura de algumas atividades comerciais, como sho-ppings, por exemplo, mas manteve fechados bares, restau-rantes e similares.

Ceará: Foi prorrogado até dia 31 de maio o decreto de isolamento social no Ceará, com manutenção do lockdown

na capital. O governador do estado afirmou que vai apresentar plano com fases de retorno da economia e, a partir de junho, retomar as atividades de forma gradual.

Pará: O governo determinou o encerramento do lockdown no estado a partir desta segunda-feira (25), com a manutenção

de regras de distanciamento social. Mesmo assim, bares e restaurantes só podem trabalhar com a modalidade de entrega.

Depois de anunciar que pretendia afrouxar a quarentena no Estado a partir do dia 1º de junho, o governador João Doria voltou a falar em possível

adoção do lockdown. A decisão irá depender no nível de isolamento que será registrado com o megaferiado que se estende até esta segunda-feira (25). Doria informou que o protocolo de bloqueio total já está pronto, mas diz que prefere acreditar que as pessoas vão respeitar as medidas restritivas e utilizar o feriado para ficar em casa.

Na última quinta-feira (21), o governador teve, inclusive, que negar a implan-tação de medidas drásticas de isolamento no estado a partir do próximo 1º de junho. As regras, que faziam parte de emendas sugeridas pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), foram rejeitadas em uma comissão na Assembleia Legislativa de São Paulo e não têm validade, mas acabaram publicadas em uma edição suple-mentar do Diário Oficial e causaram confusão.

ISOLAMENTO SOCIAL

Flexibilização ou lockdown: decisão segue indefinida no estado de São Paulo

Nesta segunda-feira (25), Doria se reuniu por videoconferência com prefeitos do Estado para alinhar os próximos passos da contenção da pandemia. No fim de semana ganhou força a tese de uma quarentena híbrida: regras mais restritivas na Região Metropolitana, com diminuição das atividades comerciais, e flexibilização, com retomada de parte das atividades, em algumas cidades do interior.

CAPITAL DECIDE LOCKDOWN NESTA SEMANAO prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que uma decisão sobre adotar

ou não lockdown na cidade será anunciada por ele nesta quarta-feira (27). Em en-trevista, Covas cobrou a colaboração dos paulistanos com as medidas de combate ao avanço do coronavírus. Segundo ele, para flexibilizar a quarentena é preciso de 14 dias consecutivos de queda no número de casos, o que só será possível com o comprometimento da população.

*Com informações da Folha de S. Paulo, UOL, Agora SP e Valor Econômico

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ESPECIAL | CORONAVÍRUS25 DE MAIO DE 2020

EDIÇÃO 554 - Ano 12ANOS

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ANOS

RECURSOS

P ara tentar minimizar os efeitos da crise do novo coronavírus sobre a economia, o presidente Jair Bolsonaro sancionou na última semana a

lei 13.999/2020, que cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Pelo programa, micros (faturamento anual de até R$ 360 mil) e pequenas empresas (faturamento anual de até R$ 4,8 milhões), devidamente inscritas no SIMPLES, poderão ter acesso a uma linha de crédito especial e bem vantajosa.

“A empresa poderá tomar empréstimo de até 30% de sua receita bruta de 2019. Por exemplo, se no ano passado faturou R$ 4 milhões, estará habilitada a um empréstimo de até R$ 1,2 mi. Quem tiver menos de um ano de funcio-namento poderá tomar emprestado valor correspondente à metade do seu capital social ou até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades. O que for maior”, explica Carlos Augusto Dias, da Dias e Pamplona Advogados, consultoria jurídica da ANR.

Os empréstimos poderão ser divididos em até 36 parcelas, com taxa de juros anual máxima igual à Taxa Selic (que atualmente está em 3% ao ano), acrescida de 1,25%. “Serão exigidos da empresa que solicitar o empréstimo o compromisso de manter o mesmo número de empregados – verificado na data de promulgação da lei – até dois meses após o recebimento do crédito; e a prestação de garantia pessoal em montante igual ao empréstimo contratado (aval/fiança), com a possibilidade de utilização do Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas (Fampe) do Sebrae”, afirma o advogado.

O crédito será disponibilizado pelo Banco do Brasil, CEF, banco estaduais e demais instituições financeiras que aderirem ao programa, com garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO).

Governo sanciona linha especial de crédito para microe pequenas empresas

O projeto de lei original previa carência de oito meses para o início do pa-gamento dos empréstimos. Mas o ponto foi vetado, sob a afirmação de que o prazo de carência poderá vir a ser disciplinado por meio de regulamento. Tam-bém foi excluído o dispositivo que determinava que as instituições financeiras não poderiam utilizar como fundamento para a não concessão do empréstimo “a existência de anotações em quaisquer bancos de dados, públicos ou pri-vados, que impliquem restrição ao crédito por parte do proponente, inclusive protesto”. Outro trecho vetado foi o que permitia a prorrogação por 180 dias dos prazos para pagamentos das parcelas mensais à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

PLENÁRIA

ANR discute Pronampe, MP 927, tributação do delivery e suspensão da redução das contribuições para o Sistema S

N a última quarta-feira (20), a Reunião Plenária da ANR, a primeira realizada por meio de plataforma virtual, abordou uma extensa pauta de questões

jurídicas e tributárias importantes em razão da crise causada pelo avanço do novo coronavírus. O encontro virtual foi conduzido por Alberto Lyra, diretor Executivo da entidade, e por Carlos Augusto Dias, advogado do escritório Dias e Pamplona, consultoria jurídica da Associação.

Um dos principais pontos discutidos na reunião foi a Lei 13.999, que es-tabelece o Pronampe. Para empresas que não se encaixam no Pronampe e estiverem inscritas nos regimes de lucro real e ou presumido, uma alternativa, de acordo com Carlos Augusto, é buscar o crédito via Desenvolve-SP. “Um cré-dito de R$ 5 bilhões foi aberto para o turismo, previsto na MP 963, incluindo o setor de bares, restaurantes e similares. Para fazer a solicitação, é preciso efetuar um cadastro no Cadastur”.

Alberto Lyra, diretor executivo da ANR, afirmou que a entidade tem bus-cado agilizar os processos de aprovação de crédito em todas as esferas por meio de sua atuação política, e também diretamente com a direção do De-senvolve-SP. O crédito segue como um dos principais problemas do setor na pandemia. A terceira pesquisa ANR da série Covid-19, concluída no dia 14 de maio, apontou que 85% dos bares e restaurantes que pediram empréstimos tiveram propostas recusadas. Na semana passada, o Sebrae também divulgou uma pesquisa sobre o tema e apontou que 86% dos micro e pequenos empre-sários tiveram créditos recusados ou ainda aguardam respostas.

MP 927 e os acordos coletivosO artigo segundo da MP 927 também foi pauta da Plenária. O texto em ques-tão determina que, durante o período de calamidade pública, o acordo indivi-dual celebrado com o colaborador tenha prevalência sobre a lei, convenção ou acordo coletivo, desde que seja para fins de preservar o emprego.

“É possível, por exemplo, adotar o Regime de Tempo Parcial nesse acor-do. Isso preserva o valor da hora de trabalho do empregado e faz com que ele passe a trabalhar menos na semana ou no mês”, pontuou Carlos Augusto. Segundo o advogado, o acordo escrito individual serve, inclusive, para eliminar verbas previstas nas Convenções do SindFast e do Sinthoresp, como ajuda de custo uniforme e quebra de caixa.

O consultor jurídico ainda lembrou outro artigo da mesma MP (art. 29), que previa que o empregado acometido pelo coronavírus durante a jornada de trabalho não seria considerado vítima de doença profissional ou acidente do trabalho. O artigo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Fede-

ral (STF). “A grande questão é como o empregado vai provar que realmente pegou a doença durante a jornada. Uma forma da empresa se resguardar é documentar todas as práticas e protocolos de prevenção”, orientou.

Ainda no âmbito das questões trabalhistas, Carlos Augusto esclareceu o artigo 486 da CLT. O texto diz que quando a empresa tem sua atividade tem-porária ou definitivamente encerrada por ato praticado pelo poder público, o empregado que tiver seu contrato de trabalho rescindido tem direito a inde-nização. Esse valor é de responsabilidade do ente público que determinou o encerramento parcial ou definitivo da empresa.

“Isso fornece uma margem para proceder a rescisão do contrato de trabalho do empregado, deixando a multa de 40% do Fundo de Garantia e o Aviso Prévio Indenizado sob responsabilidade do Governo do Estado. Se o empregado entrar com uma ação contra a empresa, ela terá que chamar o Estado ao processo para que o juiz decida quem que deve pagar”, disse o advogado. Suspensão da redução das contribuições para o sistema S, tributação do delivery (ICMS) e outros temasO consultor jurídico da ANR explicou que o Supremo Tribunal Federal revogou a suspensão. Portanto, as alíquotas seguem reduzidas pela metade até o prazo determinado pela MP 932.

Sobre a tributação do delivery (ICMS), Carlos Augusto informou que, no entendimento da Secretaria da Fazenda, a modalidade não pode ser tributa-da em 3,2%, que seria a alíquota reduzida. No entanto, segundo o advogado, esse entendimento diverge do próprio decreto que instituiu o Regime Especial de Tributação no Estado de São Paulo, que garante o benefício fiscal para o fornecimento de refeições, sem qualquer distinção.

Reduções de aluguéis (principalmente de rua) pela via judicial, cuidados especiais com as intimações da Justiça do Trabalho, prorrogação de parce-lamentos de tributos federais e extensão (até o fim de junho) do prazo para formalização dos Termos de Enquadramento junto ao SindiFast, também foram debatidos durante o encontro virtual.

Novos associados e Protocolo de Procedimentos de Boas Práticas pós-Covid-19Durante a Plenária, Alberto Lyra também deu às boas-vindas para os novos restaurantes associados da ANR: Taika Izakaya, de Belo Horizonte; Residenza Di Pizza, de Campo Grande; VITELA’S, de Brasília; Pizzaria Belart, de São Pau-lo, e Cadarolla Pizzaria, também de São Paulo.

Ele também destacou o Protocolo de Procedimentos de Boas Práticas para Restaurantes, Bares e Lanchonetes pós-Covid-19 desenvolvido pela ANR. “Apresentamos o documento em reuniões com as Secretarias da Agricultura e do Turismo do Estado de São Paulo e algumas partes essenciais foram adotas pelo governo paulista. Nosso protocolo ainda está servindo de base nos Esta-dos do Maranhão e Piauí e nas cidades de Natal e Salvador”.

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Responsáveis técnicos de bares e restaurantese os novos desafios em tempos de pandemia

SÉRIE DE WEBINARS ANR | COVID-19

O estado de emergência global provocado pelo novo coronavírus vai tornar o cliente mais crítico. Já os profissionais precisarão se conscientizar

ainda mais sobre a higiene e boas práticas, além de promover um ambiente de produção e comercialização de alimentos seguro. A adaptabilidade dos estabelecimentos, o que muda no papel do responsável técnico dos restaurantes e as notas técnicas nº 18 e nº 23 da Anvisa, foram o centro do debate no webinar “Atuação do Responsável Técnico em Serviços de Alimentação perante a atual pandemia”, organizado pela ANR na última terça-feira (19)

Mediado por Eliana Alvarenga, consultora técnica da entidade, o encon-tro virtual teve a participação de Raquel Bachega, gerente de Operações da Bureau Veritas. “A pandemia está nos trazendo um consumidor mais exigente, sensível, informado e inseguro. Temos que enxergar esse momento como uma possibilidade de crescimento pessoal e profissional e um incentivo de ousar e

fazer diferente para se reinventar”, afirmou.Raquel também comentou a Nota Técnica Nº 18 da Anvisa, que engloba

as boas práticas de manipulação na cadeia produtiva. “Os estabelecimentos, precisam conhecer bem os fornecedores e quais os procedimentos foram ado-tados para a prevenção do coronavírus, além de higienizar as matérias primas recebidas”, afirmou. O uso correto de luvas e máscaras, reforçado pela Nota Técnica Nº 23 da Agência, também foi discutido no evento. “Não é recomen-dado o uso de máscaras pelos manipuladores, devido aos riscos inerentes ao seu mau uso”, disse.

Foram discutidas, ainda, as recomendações para o delivery, para o qual é necessário disponibilizar aos entregadores álcool em gel e máscaras, além de manter as embalagens protegidas e o distanciamento no momen-to da entrega.

Como reconhecer e combater as fake news em meio à pandemia

O avanço do coronavírus no Brasil e em todo o mundo alavancou a circulação de diversas notícias falsas sobre a pandemia nas redes

sociais. Informações descontextualizadas, histórias emotivas e memes trouxeram uma avalanche de desinformação, colaborando para tornar o atual momento ainda mais delicado. O tema foi o centro das discussões no webinar “Comunicação e fake news em tempos de pandemia”, realizado pela ANR na última quinta-feira (21).

“No campo político, espalhar notícias falsas pode destruir reputações. Na área da saúde, pode resultar em mortes. É praticamente inevitável receber esse tipo de desinformação, mas é bem possível fazer checagem a respeito da veracidade do fato em si”, afirmou Ederaldo Kosa, sócio da Linhas Comuni-

cação e Coordenador do Grupo de Trabalho de Co-municação e Marketing (GT-CoM) da ANR.

Mesmo com a inegá-vel força das mídias so-ciais, pesquisa do Datafo-lha, de 2019, revelou que, em todas as faixas etá-rias, o índice de confiança na imprensa tradicional é duas vezes maior. O resul-tado comprova que, para checar uma notícia rece-bida em uma rede social, como o WhatsApp, por

exemplo, muitos ainda recorrem aos meios de comunicação reconhecidos, que trabalham com foco no profissionalismo e na credibilidade.

Fake News x Novo coronavírusKosa destacou ainda um mapeamento feito pelo Instituto Reuters e pela Uni-versidade de Oxford. O estudo mostrou que quase 70% das informações divul-

gadas sobre a Covid-19 tinham como fonte principal influenciadores digitais, incluindo políticos, celebridades, figuras públicas e redes sociais. Desse total, 20% das informações eram fake news.

A situação é tão séria que a ONU considera as notícias falsas sobre o coronavírus “mais mortais que qualquer outra desinformação”. Para o secre-tário-geral da Organização, António Guterres, o jornalismo é essencial para ajudar a neutralizar os danos causados pelo que classifica como “pandemia da desinformação”.

“Antes de repassar qualquer notícia, cheque se foi veiculada em algum grande veículo. Utilize ferramentas de checagem (veja mais no box) e cruze o fato com dados oficiais de governos e ministérios. No meio de uma crise sem precedentes, é ainda mais importante ter esse discernimento e cuidado em prezar, sempre, pelas notícias e fatos verdadeiros. Assim, conseguiremos avan-çar como uma sociedade livre e democrática de uma maneira mais saudável”, concluiu Kosa.

Lucio Mesquita, consultor de comunicação, com mais com mais de 25 anos de atuação na BBC, aproveitou para dividir com os participantes sua ex-periência com a mídia e as fake news no Reino Unido. “Resido em Londres e a Ofcom, agência responsável pelos meios de telecomunicações e telefonia, tem feito, desde o começo do lockdown pesquisas para verificar o compor-tamento da população em relação à mídia. O último levantamento realizado registrou, entre outros pontos, que os meios de comunicação tradicionais continuam sendo a fonte de informação mais importante sobre a pandemia”, contou Mesquita.

A pesquisa também revelou que o índice de utilização das redes sociais como fonte de informação está caindo e que 45% dos entrevistados foram impactados por algum tipo de notícia falsa nos últimos tempos. “A questão de disseminação de fake news é, infelizmente, algo mundial. São duas pandemias, a da doença propriamente dita e a da desinformação. Ambas podem ser espa-lhadas de forma descontrolada”.

Lucio também reforçou algumas formas de prevenção contra as notícias falsas. “Pense, cheque e pesquise. São ações relativamente fáceis de colocar em prática. Apenas compartilhe de-pois de efetuar essa verificação dos fatos e incentive amigos e conheci-dos a fazer o mesmo. Essa é a melhor forma de se combater a epidemia da mentira”, finalizou.

ANR: Congresso precisa votar com urgência extensão dos prazos da MP dos Salários

A ANR intensificou nas últimas semanas as conversas com congressistas e a equipe econômica do governo no sentido de buscar a prorrogação

dos prazos da MP dos Salários. Publicada no dia 1º de abril, a MP permitiu a suspensão de contratos por 60 dias e a redução de jornada para 90 dias. A ANR, desde o início, defende 120 dias para suspensão e 150 para a redução de jornada como solução imediata para atenuar a crise, que já levou a mais de 1 milhão de demissões no setor.

“Com grande parte dos estabelecimentos ainda fechada nas maiores ci-dades brasileiras, e com a limitação de público para a reabertura em alguns locais – e mesmo assim, com baixíssimo movimento por conta da falta de confiança da população – não há outra saída senão a imediata prorrogação dos prazos da MP”, afirma Cristiano Melles, presidente da ANR.

OUTRAS FRENTESA ANR também atua em outras frentes para minimizar o impacto da crise

no setor. As três pesquisas já realizadas pela entidade durante a pandemia

DESTAQUE

apontaram que cerca de 20% dos bares, restaurantes e lanchonetes não vão conseguir sobrevir à crise. Paralelamente, a pesquisa divulgada semana pas-sada pela ANR mostrou que mais de 85% das empresas tiveram recusados seus pedidos de créditos ou ainda aguardam há semanas uma resposta final pela aprovação.

Na semana passada, o Governo anunciou uma nova linha de crédito: o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que tem como finalidade o desenvolvimento e o fortale-cimento dos pequenos negócios. É destinado às micros (faturamento anual de até R$ 360 mil) e pequenas empresas (até R$ 4,8 milhões), inscritas no SIMPLES. O prazo para pagamento é de 36 meses, com taxa de juros anual máxima equivalente à SELIC (atualmente em 3%), acrescida de 1,25% sobre o valor do empréstimo.

A ANR também tem atuado no apoio aos associados em relação à outras questões, como aluguel, e negociações sindicais com concessionárias de ser-viços públicos. Nesse último caso, vem buscando com a Enel, distribuidora de energia com atuação em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, a volta da cobrança pela leitura direta dos medidores e a facilitação do processo de financiamento de débitos.

Em ofício enviado ao governador João Doria, o presidente da Frente Parlamentar dos Hotéis, Bares e Restaurantes da Assembleia Legislativa de São Paulo, Frederico d’Avila, acatou sugestão da ANR ao reivindicar a ado-ção de medidas para alterar as formas de medição de consumo de energia elétrica, além de simplificar e agilizar o processo de parcelamento de débitos das empresas do setor.

A ANR também tem ampliado as discussões com prefeituras e câmaras municipais sobre a concessão de espaços públicos de empresas do setor no momento da flexibilização, com o objetivo de abrir novas áreas para atendimento aos clientes em ambientes ao ar livre. A redução das taxas de aplicativos de delivery, que muitas vezes cobram acima de 25% dos estabe-lecimentos, é outro tema que tem merecido atenção da entidade, seja por meio de negociações diretas com as empresas ou pela atuação política no executivo e legislativo.

Ederaldo Kosa, sócio da Linhas Comunicação e Coordenador do Grupo de Trabalho de Comunicação e Marketing (GT-CoM) da ANR

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Linhas de crédito e parcelamentos: alternativas para minimizar a crise

Ponto Chic faz doações de alimentos e produtos de limpeza

CONTEÚDOS ANR | COVID-19

AÇÃO SOLIDÁRIA

O governo tem buscado formas de tentar minimizar o impacto da pandemia na economia. Além de uma linha de crédito especial para micro e pequenas

empresas, outro projeto de lei pretende instituir parcelamento especial para débitos federais de natureza tributária e não tributária. Na última semana, também foi prorrogado o vencimento dos parcelamentos do SIMPLES nacional. A equipe de especialistas da ANR acompanhou todas as movimentações e preparou alguns materiais com informações completas sobre esses e outros tópicos de interesse do setor. Confira:

E m meio à pandemia, o Ponto Chic, associado ANR e um dos mais tradicionais bares de São Paulo, resolveu construir uma extensa corrente do bem para

ajudar a quem mais precisa. O estabelecimento está incentivando clientes e parceiros a realizar doações de alimentos, produtos de higiene e de limpeza.

Para participar da campanha #PontoChicSolidario, os consumidores po-dem enviar suas contribuições por meio da rede de entregadores da marca, que fazem a retirada das doações nas residências. Quem preferir, pode entre-gar os produtos direto nas unidades do Ponto Chic.

“Nesse momento, aproveitamos a logística que já temos dos motoqueiros para retirar os produtos nas casas dos interessados e entregar a quem real-mente precisa”, afirma Rodrigo Alves, proprietário do Ponto Chic. O projeto teve um retorno positivo e já atingiu muitas famílias “Os clientes aderiram à ideia e estão nos ajudando bastante com a ação”, conclui.

Se seu restaurante também tem feito ações como essa e quiser divulgar no Boletim ANR, envie um e-mail para [email protected]. Será um prazer contar a sua iniciativa nas próximas edições.