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EDITORIAL S. MIGUEL DA MAIA 1 ANO XXVII Nº 293 JUNHO 2016 PREÇO AVULSO 0,50€ PDJ Durante o mês de Maio a Paróquia viveu acontecimen- tos de grande e bela densidade espiritual. Quase todos os Sábados houve uma festa de catequese, pois cada ano quis celebrar e agradecer com a Comunidade., terminando o mês com a Festa da Eucaristia (1ª Comunhão). Ninguém po- derá ter-se sentido estranho à celebração.A Igreja de Nossa Senhora da Maia, embora espaçosa, tornou-se "pequena"... milhares participaram... Mas todo o mês foi de celebração diária do Terço. No Santuário e na Igreja de Nossa Senhora da Maia, à mesma hora, rezou-se o Terço. terminando o mês com a oração na Igreja de Nossa Senhora da Maia. Junto da Imagem de Nossa Senhora da Maia cada um foi convidado a ir levando uma flor, um pedido e uma oferta. Eu senti a proximidade da Mãe. Dia 12 de Maio, houve a Procissão deVelas. Foram muitos milhares os que marcaram presença. Posso dizer, que sem- pre é dito por muita gente: Maria arrasta multidões. Pedi para que todos se deixassem olhar por Ela e A olhassem. Mais uma vez a Maia foi Cidade da Luz. Tenho a Cidade da Maia como terra de Nossa Senhora, pois as duas Igrejas a Ela foram dedicadas, uma hà 300 e muitos anos a outra a 11 de Outubro de 1992. E a grande festa a Ela é dedicada - a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho - que, desde o século XVII, foi celebrada sempre no segundo domingo de Julho. Já está próxima a solenidade, por isso preparemo-nos para a viver. Este ano tem a Maia a apresentar a todos quantos vierem, celebrar a Festa, e não se ficarem pelo exterior, como se de romagem medieval se tratasse, o Santuário como Santuário Jubilar de todo o Ano Santo da Misericórdia. Faz-se a Festa a Nossa Senhora do Bom Despacho e a partir d'Ela tudo se deve olhar e,para Ela,tudo deve convergir. Mas ainda em Maio celebrámos a Festa do Corpo de Desu. Foi a 3 de Junho de 1999 que se celebrou esta Solenidade na nossa Maia e em boa hora começou. Tanto de bom se viveu, quer a nível humano, quer, e sobre- tudo, a nivel de experiância de Fé, dentro e fora do Templo. Jesus saiu à Cidade, digo-o com esfusiante alegria e isto foi visível aos olhos de todos e noto que em muitos, com quem conversei, que o coração ficou voltado ainda mais para Jesus. Que na vida de todos os que viveram estes aconteci- mentos se espelhe as maravilhas do Senhor Jeus.

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EDITORIAL

s. miguel da maia ▪ 1

ANO XXVII ▪ Nº 293 ▪ JUNHO 2016 ▪ PREÇO AVULSO 0,50€

PDJ

Durante o mês de Maio a Paróquia viveu acontecimen-tos de grande e bela densidade espiritual. Quase todos os Sábados houve uma festa de catequese, pois cada ano quis celebrar e agradecer com a Comunidade., terminando o mês com a Festa da Eucaristia (1ª Comunhão). Ninguém po-derá ter-se sentido estranho à celebração. A Igreja de Nossa Senhora da Maia, embora espaçosa, tornou-se "pequena"... milhares participaram...

Mas todo o mês foi de celebração diária do Terço. No Santuário e na Igreja de Nossa Senhora da Maia, à mesma hora, rezou-se o Terço. terminando o mês com a oração na Igreja de Nossa Senhora da Maia. Junto da Imagem de Nossa Senhora da Maia cada um foi convidado a ir levando uma flor, um pedido e uma oferta. Eu senti a proximidade da Mãe.

Dia 12 de Maio, houve a Procissão de Velas. Foram muitos milhares os que marcaram presença. Posso dizer, que sem-pre é dito por muita gente: Maria arrasta multidões. Pedi para que todos se deixassem olhar por Ela e A olhassem. Mais uma vez a Maia foi Cidade da Luz. Tenho a Cidade da Maia como terra de Nossa Senhora, pois as duas Igrejas a Ela foram dedicadas, uma hà 300 e muitos anos a outra a 11 de Outubro de 1992. E a grande festa a Ela é dedicada - a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho - que, desde o século XVII, foi celebrada sempre no segundo domingo de Julho. Já está próxima a solenidade, por isso preparemo-nos para a viver.

Este ano tem a Maia a apresentar a todos quantos vierem, celebrar a Festa, e não se ficarem pelo exterior, como se de romagem medieval se tratasse, o Santuário como Santuário Jubilar de todo o Ano Santo da Misericórdia.

Faz-se a Festa a Nossa Senhora do Bom Despacho e a partir d'Ela tudo se deve olhar e, para Ela, tudo deve convergir.

Mas ainda em Maio celebrámos a Festa do Corpo de Desu. Foi a 3 de Junho de 1999 que se celebrou esta Solenidade na nossa Maia e em boa hora começou.

Tanto de bom se viveu, quer a nível humano, quer, e sobre-tudo, a nivel de experiância de Fé, dentro e fora do Templo.

Jesus saiu à Cidade, digo-o com esfusiante alegria e isto foi visível aos olhos de todos e noto que em muitos, com quem conversei, que o coração ficou voltado ainda mais para Jesus.

Que na vida de todos os que viveram estes aconteci-mentos se espelhe as maravilhas do Senhor Jeus.

2 ▪ s. miguel da maia

CONSULTANDO A HISTÓRIAAinda as recomendações deixadas pelo procurador do

Balio de Leça em 9 de outubro de 1751, registadas no verso da folha 7 do “Livro dos Capitullos da Igreja de S. Miguel de Barreiros”: “(…) Por se me informar estar demorado o reparo e último concerto desta Igreja por falta de se não cobrar a consignação que Sua Magestade foy servido aplicar lhe mando que esta freguesia eleja hum Procurador para tratar da dita arrecadação no termo de trinta dias // Item mando se faça hûa hopa para o juiz, e se não emprestem os paramentos e vara de prata de Nossa Senhora para fora da freguesia nem sirvão nella excepto nas festas em que se exposer o Santissimo nem se empreste as cortinas.(…)”

É interessante a constatação de que a última expressão “nem se empreste as cortinas” foi acrescentada ao registo com

uma caligrafia diferente, o que deixa supor que alguém quis legitimar essa norma inserindo-a mais tarde na ata da Visitação.Maria Artur

«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo,

tome a sua cruz e siga-me» ( Mt 16,24 )

RETIRO DE UM DIA Em numerosas ocasiões, perante o sofrimento causado por nós mesmos ou pelos outros ouvimos: «Devemos suportar a cruz que Deus nos manda...Deus quis que fosse assim...»,

Antes de carregarmos a nossa “cruz”, primeiramente devemos seguir a Cristo. Cristo se segue por Amor, e é a partir daí que se compreende o sacrifício, a negação pessoal: «quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt 16,25). No correr da nossa vida, não busquemos uma origem divina para os sacrifícios e as penúrias: «Por que Deus me mandou isto?», mas busquemos um “uso divino” para o que nos acontece: «Como posso fazer disso, um ato de fé e de amor?». É assim que seguimos a Cristo e, como seremos merecedores do olhar misericordioso do Pai

È Ele que nos ajuda a silenciar os clamores interiores, a acalmar os nervos e a controlar as energias mentais para as concentrar completamente Nele e, assim, na última solidão do nosso ser, assumir que Deus não é sacrifício; Deus é Amor, e só esta perspetiva dá sentido à dor, ao cansaço e às cruzes de nossa existência segundo o modelo de homem que o Pai nos revelou em Jesus Cristo.

Para O escutarmos e aprendermos com Ele destinou-nos o dia: 26 de Junho de 2016 E preparou-nos o local: A Casa Juvenil S. João Bosco na R. Dr. Corino de Andrade, 120 – Porto; para vivermos o RETIRO DE UM DIA - SILÊNCIO NA MENTE E PAZ NO CORAÇÃO

PROGRAMA DO RETIRO

09.00h-Acolhimento 09.15h- Abertura e boas vindas – Obj do Retiro 09.30h- Palestra I - Encontro 10.15h-Tempo Forte 11.30h- Oração comunitária 12.30h- Almoço 14.00h-Palestra II- Pelo abandono á paz. 14.45h-Tempo Forte 16.00h-Reflexão Comunitária 16.45h -Intervalo 17.00h- Eucaristia - Encerramento

A inscrição para o retiro deve ser feita o mais tardar até 12 de Junho. Pode inscrever-se, também, para almoçar. Quem pretender participar neste retiro deverá preencher a ficha de inscrição, que encontrará na sacristia da Ig. N. S da Maia ou na do Santuário do Bom Despacho e que, agradecemos que seja devolvida com o respetivo valor de acordo com a inscrição, até ao próximo dia 12. Abraço fraterno em Jesus Cristo Nosso Senhor, que nos espera amorosamente A coordenação das Oficinas de Oração e Vida do Porto

RETIRO DE UM DIA

FICHA DE INSCRIÇÃO

Local do Retiro: Casa Juvenil S. João Bosco R. Dr. Corino de Andrade, 120 – Contumil - Porto (Próximo ao Estádio do Dragão)

Coordenação das Oficinas de Oração e Vida do Porto Valor a Pagar……………€ Nome……………………………………………................................................................................. Morada ……………………………………………………………………………CP…………-………… Localidade ………………………………………...Telefone ………………. Telemóvel….………...… Pretende: (assinale com X) □ Almoçar Assinatura. ………………………………………………............................. Data...……/……/………. Observações: 1 – Inscrição no retiro: 3€ 2 – Inscrição para o almoço servido na casa: 10€ 3 – As inscrições devem ser entregues com o respetivo valor até 12 de Junho. Na impossibilidade de contacto pessoal, até ao dia 12, quem pretender fazer inscrições quer para o retiro quer para o almoço devê-lo-á comunicar, até 5 de Junho, pelos e-mails da coordenadora das Oficinas de Oração e Vida ou da secretária, assegurando o seu pagamento á chegada no momento do acolhimento: Coordenadora Maria Luísa – e-mail: [email protected] Secretária Ana Cristina – e-mail:: [email protected] 4 -O material necessário para o Retiro é o seguinte: Bíblia, caderno e esferográfica ou lápis.

«SÓ UMA IGREJA QUE É MÃE PODE FALAR DE DEUS À HUMANIDADE»!

O Papa destacou hoje, no primeiro dia do Jubileu dos Sacer-dotes, a necessidade de uma Igreja Católica capaz de olhar para a humanidade na “totalidade” e de “intuir” o que ela mais precisa.

“Só uma Igreja que é mãe para os homens e mulheres que vão bater à sua porta é que será capaz de lhes falar de Deus”, disse Francisco aos sacerdotes e seminaristas, nu-ma das sessões de exercícios espirituais que marcaram esta quinta-feira, na Basílica de Santa Maria Maior.

O Jubileu dos Sacerdotes, que decorre até esta sexta-feira no Vaticano, está inserido no Ano da Misericórdia que o Papa argentino convocou para a Igreja Católica e que está a decorrer em todas as dioceses do mundo até ao próximo mês de Novembro.

Na reflexão proposta aos sacerdotes, Francisco recorreu ao exemplo de Maria, cujos “olhos são o melhor recipiente da misericórdia”.

“No sentido em que é possível beber neles aquele olhar indul-gente e bom de que todos temos sede”, explicitou.

O Papa lembrou aos padres a necessidade de estarem sempre disponíveis para as pessoas, com a consciência de que “há algo que irrepetível na pessoa que olha para a Igreja à procura de Deus”.

“Compete aos sacerdotes deixarem entrar esses olhares. Um sacerdote que se torna impenetrável ao olhar dos outros está fechado em si mesmo”, apontou Francisco.

A atenção e a abertura são qualidades indispensáveis para quem faz parte do clero, pois uma Igreja que “não se dá conta das necessidades das pessoas, nada tem para lhes oferecer”.

“A riqueza que temos só flui diante da pequenez dos que mendigam e tal encontro realiza-se precisamente no nosso coração de pastores”, complementou o Papa.

Os exercícios espirituais desta quinta-feira, inseridos no Jubileu dos Sacerdotes, ter-minaram com uma sessão na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, onde Francisco destacou a especial predi-lecção que os padres deverão ter pelos mais carenciados.

“O cuidado pelos pobres é uma característica distintiva da Igreja Católica, sempre o foi”, apontou o Papa, lembrando o exemplo “criativo dos santos”.

“É esta característica que o nosso povo aprecia nos padres, nos sacerdotes que tratam dos pobres, dos doentes, dos pecadores, que ensina e corrige com paciência”, acres-centou.

No entanto, prosseguiu Francisco, o cuidado pelos pobres pressupõe também uma mente esclarecida quanto ao uso e ao propósito dos bens materiais, do dinheiro.

“O nosso povo perdoa muitos defeitos nos padres, excepto o de serem apegados ao dinheiro, isso não perdoa. Não tanto pela riqueza em si, mas porque o dinheiro faz perder a riqueza da misericórdia”, sustentou.

Para o Papa, o apego ao dinheiro “mata o ministério” sacerdotal e transforma o padre num “mercenário”.

PAPA FRANCISCO Cidade do Vaticano, 02 Jun. 2016 (Ecclesia)

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

BOM DIA!

s. miguel da maia ▪ 3

BOM DIA!

Movimento Demográfico Mês de Maio

BAPTIZADOS01 - Francisco Torres dos Santos07 - Pedro Gomes da Costa15 - Ffrancisco M.el Gil da Silva Cunha Teresinho21 - Lara Matilde Soares da Cunha22 - Maria Clara Almeida Cunha22 - Verónica dos Santos Neiva28 - Rafaela Patrícia Oliveira Padrão dos Santos - Sofia da Silva Castilho - Adriana Maria Glória Cedovim - Carolinan Teixeira de Sousa - Carolina Vicente Santos - Daniela Lagoa dos Santos - Filipa Rodrigues Peixoto - Diogo Leonardo Faria Ferreira - Inês Teixeira Peixoto - Maria Beatriz Bernardo Faria29- Francisco Castro Ferreira MATRIMÓNIOS07 - Wilson Miguel Moutinho Pombal da Costa e Eduarda Manuela Pereira Gomes28 -Luís Miguel Barbosa de Sousa Magina e Helena Isabel Pereira Soares ÓBITOS01 - João Fortunato Júnior (84 anos)03 - Eugénia Matria da Silva Neves (53 anos)14 - Eduardo de Sousa Teixeira (57 anos)

Há 50 anos que na Solenidade da Ascensão se celebra o Dia Mundial da Comunicações Sociais, fruto de um desejo do Concílio, então terminado. Para essa data, o Santo Padre dirige uma mensagem ao mundo e diga-se até, como curiosidade, que este ano foram publicados em livro esses tão interessantes como oportunos apelos.

O Concílio chamou aos Meios de Comunicação Social “Maravilhas de Deus”. Há 50 anos! E agora? A Comunicação deve, com a informação que fornece, provocar a união, a proximidade, a solidariedade.

Deve ser semeadora de paz, abatendo muros e construindo pontes. O Direito à Informação e o Dever de Informar não justificam tudo, antes, exigem mais cuidado nos agentes de informação.

Vem esta breve reflexão a propósito de uma notícia sobre o Calvário, uma obra-modelo do Pai Américo acompanhada desde o princípio por um santo sacerdote que entregou uma vida inteira, cheia de cuidados, sem descansos, sem reserva, ao serviço dos não-gente abandonados de todos. A Comunicação compôs um dossier completo em dois dias seguidos: no primeiro dia, o padre era acusado de todos os crimes contra aqueles desgraçados; no segundo, outra página com os melhores testemunhos de utentes, empregados(as), vizinhos, etc. E nós que visitámos tantas vezes esse Calvário - testemunho de amor multifacetado, o que dissemos e o que dizemos?

Isto, a meu ver, quer, pelo menos dizer, que um honesto profissional não tinha direito de publicitar esta situação, logo pela simples razão de que não conhecia nada da vida daquela Casa.

Maravilhas de Deus – estes meios e operadores da Informação que Deus deu ao nosso tempo. Mas, a par, que toneladas de responsabilidades as acompanham. Que todos estejam onde devem estar, para que cada um mereça um

A propósito duma visitaPor motivo da passagem na nossa paróquia da imagem peregrina de

Nossa Senhora de Fátima, ouvimos dizer: “Maria veio à Maia!” e todos pudemos testemunhar a mobilização de muitos cristãos para este evento.

Mas muito mau seria se Maria só tivesse passado por cá! Maria tem de estar na Maia e onde quer que estejam cristãos, muito para além de qualquer simples imagem que a represente, que só é digna de veneração na medida em que nos ajude a encontrar-nos com Nossa Senhora, de mente e de coração.

Ao longo da sua vida, Maria preocupou-se em nunca estar na ribalta. Embora presente ao longo da vida terrena de Jesus, Maria sempre se apagou para apontar para o Filho, sendo assim fiel à vontade do Pai. A própria es-cassez de referências a Nossa Senhora nos Evangelhos assim deixa perceber.

Desde o “Faça-se em mim segundo a Sua vontade” no momento da Anunciação à visita a Isabel que até fez o menino (João) saltar de alegria no seio da mãe e levou Maria a proclamar que “o Senhor fez em mim maravi-lhas”, no “ponderar todas as coisas no seu coração”, como aconteceu no reencontro no templo com Jesus aos doze anos, no “Fazei o que Ele vos disser” em Caná, na presença silenciosa e orante no caminho da Cruz e aos pés desta, no cenáculo reunida com os Apóstolos em Pentecostes, em tudo Maria foi coração aberto a Deus, instrumento da Sua Graça, testemunha de que o Todo-Poderoso opera grandes coisas através daqueles que a Ele se entregam sem reservas. Por disto ir tomando consciência, Maria louvou a Deus dizendo “o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva”.

Na sua docilidade ao Espírito, Maria foi discernindo e entendendo a maneira de viver a sua vocação de Mãe de Jesus. Pela forma exemplar como viveu essa vocação, lhe chamamos com razão Mãe das Vocações. Que a pas-sagem entre nós da sua imagem cumpra o objetivo com que foi organizada: que Maria nos mobilize e transforme para sermos fiéis ao chamamento que Deus faz a cada um de nós. Assim, cada um, segundo o que aprouver ao

Espírito, seja anunciador e testemunha do Amor do Pai, que a todos enviou o Seu Filho para a todos congregar como Sua Família. E que a nossa legítima devoção a Nossa Senhora não se desfoque do essencial: Maria é aquela que Deus escolheu para que Seu Filho seja homem como nós, nos anuncie a Boa Notícia de que somos todos filhos de Deus, nos reúna a todos na doação plena da Sua Vida e assim nos conduza ao Pai, que nos quer felizes com Ele para sempre.

“A Alegria do Amor”O actual bispo de Angra (Açores) e até há pouco bispo auxiliar do Porto, D. João Lavrador, apresentou na sua diocese

uma interessantíssima reflexão sobe a Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”, na qual lançou alguns desafios exigentes a uma renovada prática pastoral no que à Família diz respeito.

A conferência está disponível na internet e quem tiver essa possibilidade dará por bem empregue o tempo ocupado a escutá-la com atenção: https://youtu.be/_QkmxNgI0H0

Cadeia de Oração “Rogai”

No dia 17 de junho, das 18 às 19h, desta vez na igreja paroquial, vamos encontrar-nos de novo para continuar a rezar pelas vocações e, de modo especial, pelas vocações sacerdotais.

Amor de mãe

Maria Fernanda e Maria Teresa

4 ▪ s. miguel da maia

Gosto de sol, de luz! Maio foi desilusão… Esperava um lindo junho P’ra festejar o S. João.

Olhei o dia:Estava cinzento…Olhei a linda imagemPousada sobre a cómoda…No olhar de Santa AnaVi ternura e amor!Ante aquele olhar de MãeTudo esqueci:Junho, o sol, o calor.

Santa Ana sorrindo…A Virgem escutando…Quanta beleza!Quanta harmonia!Puro Amor de MãeSuavizando o sorrisoDe Sua Filha, A Virgem Maria.

No jardim da vidaHá uma bela flor,Prenda de nossa mãe.Tem o seu perfume E é o seu amor.

FELIZ RECORDAÇÃO

LIVRO A LIVRO o ESPÍRITO SANTO na tua vida

Ana Maria RamosManuel Machado

Espírito Santo, quem és? - assim começa este livro como introdução… realçando como nós O esquecemos ainda que Ele esteja no início de todas as nossas orações e celebrações quando dizemos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Rezamo-lo, invocamo-lo, amamo-lo como ao Pai e ao Filho?

Para muitos cristãos Ele é o grande desconhecido da Santíssima Trindade …De um modo original, o livro aponta-nos como viver o dia-a-dia no Espírito Santo através

dos seus sete dons – 1ª parte, e, como os seus frutos se podem expandir – 2ª parte.E outras graças espirituais são-nos dadas pelo Espírito Santo: a solidão; o silêncio; a ação

de graças – temas abordados numa terceira parte.Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus – um a um,

os Dons do Espírito, são referenciados de um modo concreto e prático, para O sentirmos nas numerosas ocupações da nossa vida.

De igual modo: o Amor, a Alegria, a Paz, a Paciência, a Bondade, a Benevolência, a Fé, a Man-sidão, o Domínio de si - os nove frutos do Espírito – são também exemplificados para melhor compreendermos o resultado da Presença do Espirito Santo em nós.

Diz-nos ainda a autora deste livro : Viver com o Espírito Santo todos os dias é aprender a ter confiança, é escolher a alegria, é moldarmos os fundamentos da nossa vida!

Os dias 28/29 de Abril último trouxeram-me à memória a visita da Imagem Peregrina de Fátima à minha terra natal, quando eu tinha apenas 14 anos.

O evento foi de tal modo deslumbrante que jamais saiu do meu baú de recordações. Cada metro de caminho percorrido pela imagem de Nossa Senhora, desde que entrou até que saiu de Vila das Aves, foi efusivamente engalanado pelos seus habitantes com trabalhos manuais onde se revelaram surpreendentes obras de arte. Cada aldeia teve o seu metro quadrado à sua responsabilidade, e o andor de Nossa Senhora até tinha duas pombas brancas que, voando, iam e voltavam ao andor que elas tomaram como casa sua. Nunca tal eu tinha visto... nunca tal voltei a ver.

Agora, um pouco disto veio à nossa Paróquia. Foi com o mesmo entusiasmo como participei no embelezamento dos caminhos por onde passou Nossa Senhora na minha aldeia, que eu, agora, participei na construção do tapete florido que triunfalmente rece-beu Nossa Senhora Peregrina de Fátima à entrada da Igreja de Nossa Senhora da Maia.Um mar de gente tomou parte na procissão de velas que levou Nossa Senhora do seu vetusto Santuário sob o título de Senhora do Bom Despacho, até à contemporânea Igreja sob o título de Senhora da Maia. Nunca se viu tantos fiéis como assim na Igreja, na avenida e no largo em frente.Certamente mais de dois mil.

Muitos motivos terão levado tanta gente a incluir-se nesta manifestação de profunda devoção pessoal e de celebração colectiva, embora não sendo de excluir que pelo meio desta prática haja razões menos válidas do ponto de vista de fé lúcida e esclarecida, pois não se entende como vi aqui tanta gente que não vai à missa nem participa nas activida-des paroquiais. Sem Eucaristia jamais poderá haver Fátima como Nossa Senhora deseja.

De facto, Nossa Senhora tem o dom de, espontaneamente, arrastar pessoas que só aparecem nestas ocasiões e até de chamar a Si os corações mais empedernidos. Aquan-do da Revolução do 25 de Abril, do 11 de Março e do 28 de Setembro nos quais estive profissionalmente envolvido, perante a iminência de uma grande tragédia que, supos-tamente, poderia resultar em dezenas de mortos, vi homens austeros, aparentemente sem coração, juntos da Imagem de Nossa Senhora do Carmo padroeira da Guarda Nacional Republicana, a implorar-lhe a sua condição de Rainha de Portugal, para que Ela pusesse ordem na confusão então gerada. E Nossa Senhora atendeu-nos, porque alguns momentos depois até parecia que nada de assustador tinha acontecido.

Os dados confirmam, mais uma vez, que Nossa Senhora jamais abandona quem a Ela recorre devotadamente. Feliz de quem A tem por sua Mãe.

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

E.P.P.F

A EQUIPA PPF. aconselha como Leitura para as férias e não só: "A ALEGRIA DO AMOR". Em pleno Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco apresenta a tão esperada exortação apostólica pós-sinodal sobre o amor na família. A Alegria do Amor constata que «o desejo da família permanece vivo, especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja».Fruto da reflexão do sínodo dos bispos que aconteceu em dois momentos, outubro de 2014 e outubro de 2015, o Papa Francisco vê

esta exortação como «uma proposta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimónio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência».

s. miguel da maia ▪ 5

EqUIPA PAROqUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

TESTEMUNHO SOBRE A ExPERIêNCIA DAS OFICINAS DE ORAÇÃO E VIDA

No decorrer da jornada das Oficinas de Oração e Vida, sempre acreditei na capacidade de eu próprio ser o principal responsável pelo meu oficinar/trabalho porque percebo que Deus tinha partilhado comigo um grupo de orientadores e oficinistas que também iriam ter a sua missão, fazer crescer a minha Fé.

Durante as várias sessões, a partilha da palavra, vivências, o ensinamento do Frei Inácio, o testemunho do todos nós, a inter ajuda e força espiritual que interiormente saía de nós e tocaria alguém ali presente, fizeram em mim uma pequena transformação no meu objetivo, mas imensurável no meu es-tado, o suficiente para acreditar que afinal o meu amigo Jesus esteve sempre comigo mesmo quando o esquecia/ignorava. A capacidade de orar/meditar na total interiorização e aban-dono com a minha fé é ainda de todo impossível, sentindo sim a necessidade de tentar este exercício sem qualquer tipo de expectativa, pois sem ilusões não terei desilusões, apenas realidades, e com toda a minha fé um dia serei comtemplado nesta totalidade e plenitude deste ato dado por Deus na palavra do meu amigo Jesus.

Como continuidade para a minha caminhada que agora se inicia porque já muito me foi dado, converso algumas vezes com o meu Amigo perguntando se todos os outros irmãos oficinistas vão conseguir o silêncio, a força de se abandonarem em teu Pai, sabedoria vivendo em paz? Deixando em Seu Pai a guarda de tudo aquilo que é Dele e só Dele, isto é, só Ele o decide e resolve conforme a sua vontade? O meu Amigo sabe destas minhas questões!

Partilho esta minha pequena luz presenteada por estes breves momentos e iluminação de Deus, para que nos ajude a acreditar que nossos inimigos não nos poderão nunca vencer, pensem eles o contrário, pois quanto mais crescente a nossa Fé e interajuda na nossa quietude/silenciamento/meditação, mais insignificantes eles o serão.

Todos nós e com diferentes estados sentimentais, pro-blemas, vivencias diárias, sentimos a palavra do Evangelho de forma diferente, mas com uma certeza única, a palavra de Deus

trouxe-nos o que precisamos., isto mostra-me que com a mi-nha Fé as palavras tem sempre o mesmo objetivo e efeito, são ouvidas e meditadas, não obstante as palavras dos textos na bíblia, as mensagens do Frei Inácio por si só trouxeram muitas dúvidas, questões e desafios ao nosso próprio caminhar com Deus e Jesus, são palavras fáceis de ouvir e difíceis de meditar/silenciar.....tenho de me esvaziar de tudo.....tudo....!

O prazer de meditar, ficar vazio de tudo, estar livre, sentir e admirar o silêncio absoluto do meu inconsciente, é por si só um desafio que me mais me atrai na busca da sua prática e o conseguir por breves segundos ou pouco mais que isso, o profundo sentir da tranquilidade de Cristo meu amigo.

Considerei um retomar/reencontrar o meu caminho, não perdido, mas esquecido, nada perdi porque afinal o meu Amigo não me abandonou e me trouxe até ao caminho sobre o qual tinha esquecido a sua direção, agora vou fazer este caminho apenas caminhando com momentos fortes, fracos, privações, alegrias, mas acima de tudo nunca tentar duvidar que o meu Amigo vai estar atento e presente, ser minha orientação mas provando a qualquer momento e de acordo com a sua vontade a minha determinação na minha meta."

Isto é o meu testemunho perante o nosso Amigo, o vosso trabalho e de todos os oficinistas. Obrigado a todos, peço que agradeçam ao nosso Amigo por todos nós!

Nuno Silva

Com as Oficinas de Oração e Vida, descobri a alegria do encontro com Deus, com a oração feita em silêncio e na quietude da meditação.

Foi um percurso de grande aprendizagem. Uma vivência que me levou a sentir, que Deus está sempre presente, que me ajuda a encontrar soluções para momentos de dúvidas, angustias e incertezas, bastando para isso estar atenta.

Após as Oficinas, a pergunta “que faria Jesus no meu lugar” passou a fazer mais sentido na minha vida e na minha relação com os outros.

Com a alegria do Senhor na minha vida, agradeço aos guias que me orientaram ao longo de todo este percurso, deixando em mim a sede de querer continuar a frequentar as Oficinas, para viver com Jesus e em Jesus.

Obrigada Mi Moreira

Maria Luisa C. M. Teixeira

AGRADECER A QUEM O MERECE

Sendo eu uma correspondente assídua des-te jornal da paróquia e refletindo, com frequên-cia, nesta colaboração ao longo de mais de vinte anos, a minha apreciação sobre acontecimentos e celebrações, quantas vezes, precisamente, para dar as minhas felicitações a quem trabalha, a quem se dedica com amor á paróquia e contribui para que muitas vezes possamos ouvir com or-gulho, de pessoas de fora, o reconhecimento de que esta é uma paróquia activa e bem organiza-da, é este, também, um momento propicio, para pessoalmente registar aqui, publicamente, o meu agradecimento com um obrigada muito grande e com muito carinho às catequistas do 3º ano de Catequese. Faço-o de modo especial para com a Celeste Marques e a Fernanda Teixeira pois são as catequistas do meu netinho mais velho, que teve a felicidade de ser conduzido sábia e terna-mente por elas nos três anos de catequese, que o levaram á alegria da celebração da Festa da Euca-ristia no passado Domingo, dia 29 de Maio. Claro que este não é, nem será, o meu único agrade-cimento às catequistas pois, não termina com a Primeira Comunhão o caminho e crescimento na Fé do meu netinho. Este foi o primeiro passo marcante na vida dele. Ele demonstrou sentir que o dia foi muito especial e muito importante para ele. Até nas prendas que recebeu notou bem a diferença, pois nesta festa não houve jogos nem brinquedos mas sim prendas que são para ser recordações para toda a vida, todas alusivas ao lindo acontecimento de ter recebido Jesus nele pela primeira vez, o que o deixou consciente de que a partir de agora Jesus está sempre com ele por ser o seu maior e melhor Amigo. Foi um dia de muita felicidade para a nossa família e além disso para o nosso netinho foi de expectativa e novidade porque sabe que já pode receber Jesus Sacramentado sempre que vai á Missa.

As catequistas são pedras vivas fundamentais numa comunidade cristã. A sua missão não é fácil. Requer muito amor a Deus e ao próximo, traba-lho com sabedoria e abnegação, persistência e muita humildade. Sem elas a sementeira da Pala-vra de Deus e do conhecimento da Figura Jesus não se faria na coraçãozinho de muitas crianças. A dedicação das catequistas às crianças é cada vez mais necessária e fundamental porque num grande número de ambientes familiares Deus não

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faz parte da vida nem da aprendizagem das crian-ças, visto que, infelizmente, muitos pais não estão interessados nos assuntos da fé. È também por isso que, muito tristemente, muitas das crianças que fazem a Primeira Comunhão são levadas a abandonar a caminhada na catequese ficando im-pedidas de se desenvolver na descoberta da ver-dadeira alegria do Evangelho.

E, porque ainda não o fiz neste meio de co-municação da nossa paróquia, é já tardio mas não posso deixar de passar mais este momento por ser devido, aqui deixo o meu muito sincero agra-decimento e reconhecimento ao senhor Macha-do por tudo quanto fez por esta comunidade ao longo de tantos anos, com uma postura exemplar em todos os serviços e actividades que desem-penhou incessantemente e abnegadamente. Por motivos familiares viu-se obrigado a abandonar as suas funções que executava a partir do car-tório do Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho e, talvez por ter sido tão inesperado este abandono parece-me que a paróquia ainda não deu o devido relevo pelo trabalho feito nem demonstrou agradecimento a quem deu tanto de si e do seu tempo a todos nós nas mais diversas ocorrências, assim como á D. Glória, sua espo-sa, sempre pronta a ajudar em tantas coisas. Do fundo do coração, bem hajam senhor Machado e D. Glória pelo belo e santo exemplo que sempre nos deram, no amor, dedicação e muito trabalho na casa de Deus.

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Depois de nos dois meses anteriores termos falado sobre alfaias (pequenos panos e objetos encapados com tecido que se usam junto aos vasos sagrados), nomeadamente sobre a pala, corporal e sanguíneo, neste mês abordamos os últimos itens sobre as alfaias, o manustérgio e o véu do cálice.

O manustérgio trata-se de uma pequena toalha usada junto do lavabo, com a qual o sacerdote enxuga as mãos após a apresentação dos dons no Altar, no início da Liturgia Eucarística. O seu nome

provém do antigo porta-toalhas litúrgico, que também recebia o nome de manustérgio.Já o véu do cálice, apesar de habitualmente não utilizarmos na nossa Comunidade, serve para cobrir o cálice com o

sanguíneo, a pala e a patena. De acordo com o tempo litúrgico, a sua cor vai variando.

GAM

João Bessa

FESTA DA ESPERANÇA

FESTA DO COMPROMISSO E DO ENVIO

Com o final de Ano Pastoral aproximando-se a “passos largos” do seu epílogo, celebramos as Festas Finais da Catequese ainda por reali-zar. Na manhã em que escrevo este artigo, decorrerá a Profissão de Fé dos catequizandos do 6º Ano, ficando, depois desta Celebração, apenas a

faltar o Sacramento da Confirmação. Celebração esta que, ao contrário do que vem sendo hábito, não acontecerá neste final de Ano Pastoral, mas apenas no início do próximo, mais precisamente a 23/Outubro, para os Catequizandos que atual-mente frequentam o 11º Ano da Catequese da nossa Paróquia. Nesta sequência, e entre as Festas realizadas durante o mês de Maio, celebrou-se igualmente, no dia 21/Maio, as Festas dos 9º e 10º Anos, respetivamente designadas, por Compromisso e do Envio. Uma celebração que principiou, desde logo, com algumas interrogações de retórica, às quais procuramos dar resposta ao longo da Celebração dessa Eucaristia:

“Se queremos celebrar a Festa do Compromisso, então que Compromisso quero eu fazer? Com o que é que me quero comprometer? Tenho consciência do significado da Palavra Compromisso?

Se queremos celebrar a Festa do Envio, então até onde estarei eu disposto a ser enviado? Tenho consciência que sou enviado por Deus, em cada manhã? Que sou enviado a mostrar o rosto de Jesus aos outros?”

Assim, partindo destas interrogações, procuramos, a partir de vários momentos desta Celebração, ir apontando alguns sinais, nomeadamente a partir da Liturgia da Palavra e do Momento da Paz, mas sobretudo com os dons e símbolos oferecidos ao Altar e o Momento de Ação de Graça(s), dos quais partilho alguns trechos interligados entre si:

“Deixar cair a experiência do passado no esquecimento

RÚBRICA “OBJETOS LITÚRGICOS”: SANGUÍNEO

GAM – Grupo de Acólitos da Maia

é das maiores falhas da humanidade. Essa experiência também deve ser a nossa e diz-nos de onde vimos, para percebermos para onde vamos. “Pôr os pés ao caminho” é a missão dos apóstolos. (…) E na realização desta caminhada, desejamos ser como o fermento, que cresce e contribui para o cresci-mento daqueles que nos rodeiam. Pois apenas sendo como o

fermento, poderemos contribuir para a renovação contínua da Igreja de Jesus, na qual nos devemos mentalizar que ape-nas em conjunto e comunhão podemos realmente ser uma Igreja em missão.” Mas ser uma Igreja em missão, implica, da parte de cada um, ação. E há muitas ações de graça que po-demos, de forma muito simples, levar a cabo. Porque “Graça é reconhecimento, é agradecimento e engrandecimento, é estima, encanto, beleza. Alegra os outros e é de graça.” Por isso, Ação de Graças, além de ser de graça, não termina na celebração da Eucaristia, apenas começa. Para que o rosto de Jesus Misericordioso possa realmente infundir no coração daqueles que (ainda) não O reconhecem.

Celebrámos no dia 14/Maio a Festa da Esperança com os meninos do 5º ano de catequese, em dia de Pentecostes, em que celebramos também com a Comunidade a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Apesar de já serem poucos, a alegria nos rostos das crianças fez-se sentir na Igreja neste dia de festa.

Neste dia também relembramos a caminhada feita ao longo do ano catequético em que, com a ajuda das Bíblias que cada um recebeu no ano passado, exploramos o Antigo Testamento e a história do Povo de Deus. Aprendemos que Deus tem um projeto de felicidade e amor para cada um de nós e que nós somos pedras vivas do seu Reino. Por isso, testemunhamos em Comunidade, catequistas e crianças, a nossa esperança em continuarmos a fazer parte do seu Reino e do projeto que Deus tem para nós. Queremos ser “alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração.” (Rm 12,12)

Joana Cardoso

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Festa das Bem Aventuranças e Festa da Vida

Festa da Eucaristia

No passado dia 7, na Eucaristia das 19h, os grupos do 7º e do 8ºanos celebraram em conjunto a Eucaristia. Foi a festa de “en-cerramento” de mais um ano de catequese. Os catequizandos do 7º ano celebraram as Bem Aventuranças e os do 8ºano a Festa da Vida. Foi mais um passo que estes jovens deram na sua caminhada de fé, passo esse que terá o seu ponto máximo quando, no 11º ano, celebrarem o Sacramento daConfirmação. Ano a ano darão sempre mais um sim para confirmarem de forma pessoal a sua fé.

Caminhamos todos juntos :nós, catequistas, e eles catequizandos. É uma caminhada feita em conjunto na qual todos aprendemos e aprofundamos a nossa fé.

Ao longo do ano, foram abordados muitos temas através dos

quais nos fizeram ver e sentir que Jesus continua presente no meio de nós e fala-nos por meios muito diversos. Quanto mais conhecemos, mais queremos conhecer esse Amigo que não nos abandona em circunstância alguma.

Tratando-se de grupos de adolescência são muitas as interroga-ções que surgem, são muitos os porquês de tantos acontecimentos menos bons que cada vez mais acontecem à nossa volta…E é aqui que reside o desafio de quem os acompanha e tenta fazê-los ver e sentir que Deus está sempre presente, nos ajuda e nos estende a mão…basta que nós lhe respondamos com o nosso Sim.

Estamos certos que esta caminhada continuará no próximo ano. Esperamos por todos em setembro!!

No passado dia 29/Maio foi dia de Festa e Alegria para os meninos(as) do 3ano, pois receberam Jesus pela primeira vez. Nesse dia os nossos meninos e meninas cresceram e terminaram assim mais uma etapa na sua caminhada. Sentimo-nos orgulhosos por termos acompanhado estas 90 crianças que nos cativaram a fazer o que sabemos. Agradecemos aos pais por nos terem confiado os seus filhos durante estes 3 anos e esperamos que isto não seja um fim, mas o início de uma longa jornada! Nós vemos os momentos com eles como desafios, porque nem sempre é fácil satisfazer a curiosidade dos mais novos. Agradecemos também a todos os catequistas que nos ajudaram, neste dia, pois a sua ajuda foi preciosa. Com isto nunca iremos esquecer cada criança e os seus momentos inesquecíveis que passamos com eles.

Os catequistas do 3º Ano

As catequistas do 7º e 8ºanos

ESCUTISMO - UM ESTILO DE VIDA.

PAPA FRANCISCO

"....Apesar de agora dar algumas voltas a pé pelo Vaticano - Mens sana in corpore sano - , Francisco compensa o enjaula-mento que sente, a impossibilidade de calcurrear ruas, que é a sua paixão, usando muito o telefone. Liga amiúde aos seus amigos, mas também a desconhecidos que lhe escrevem cartas porque sentem que o

novo Papa argentino, uno di noi - , um de nós - é um amigo.Faz um calor infernal e numa quarta feira de agosto,

toca o telefone em casa de Michele Ferri. Michele escreveu uma carta desesperada ao Papa depois da morte do seu irmão, crivado de tiros por delinquentes, no mês de Junho, em Pesaro, cidade do centro de Itália. Esse delito destruiu Michele." Quanto mais tempo passa , mais aumenta a minha dor. Sempre te perdoei tudo. Desta vez, não, Deus, desta vez

Por estes dias partilha-se nas redes sociais um texto simples mas com grande significado para quem é Escuteiro e que diz o seguinte:

“Sou ESCUTEIRO e muitas vezes troquei: descanso por SERVIÇO; o estilo por SUOR; as noites de festa por ACAMPAMENTOS; roupa da moda por uma camisa, uns calções e um LENÇO;uma ida à discoteca por um RAID no meio

dos montes; ...e troco tudo, pelo AMOR e pela satisfação de DEIXAR O MUNDO MELHOR DO QUE O ENCONTREI!”

Só quem vive o Escutismo entende estas trocas e opções

Mário Pires

Por uma Juventude melhor, Palmira Santos

e que é isto que potencia a formação do carácter.É gratificante ver que muitos dos jovens Escuteiros

que vemos crescer nos nossos Agrupamentos, são depois na sociedade e na vida adulta, líderes natos, seres humanos generosos, homens e mulheres activos e interventivos. Os ensinamentos dos mais velhos, as experiências de partilha, o espirito de grupo incutido naturalmente, o contacto priviligiado com a natureza, as oportunidades de realizarem os seus sonhos com o esforço individual e do grupo, resulta em sabedoria e em preparação para a vida.

Como dizemos entre nós: O Escutismo primeiro “estranha-se” e depois “entranha-se”! É sem dúvida um ESTILO DE VIDA, um caminho que se percorre apaixonadamente!

não te perdoo", escreveu ele na sua página do Facebook. No meio dessa angústia, envia uma carta a Francisco, sem saber se este algum dia a receberia, ou não, no Vaticano.

Mas nessa quarta feira de Agosto, Michele atende o telefone, e ouve uma voz que lhe diz: "Olá, Michele, sou o Papa Francisco." Embora ao princípio pense que é uma brincadeira, imediatamente se dá conta de que não, que é verdade.

Michele não dá a conhecer os detalhes da conversa, mas partilha no Facebook esse momento extraordinário. "Hoje recebi uma chamada inesperada...Ao meu "Está lá?", respondeu uma voz que dizia: "Ciao, Michele, sono Papa Francesco..." Foi uma emoção única", escreve na rede social Michele. "Disse-me que chorou ao ler a carta que eu lhe tinha escrito."

É assim o Papa missionário, o Papa do fim do mundo.

Francisco, vida e revolução

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ENCONTRO NACIONAL DOS CENáCULOS DE ORAÇÃO MISSIONáRIA (COM)O dia 30 de Abril amanheceu e o nosso

Deus brindou-nos com um sol quente e um dia diferente. Assim, pelas 9 horas da manhã chegaram aos Missionários Combonianos na Maia, membros, familiares e amigos dos Cenáculos de Oração Missionaria a nível na-cional. Participaram cerca de 250 membros, representando mais de 35 COM, de dife-rentes dioceses (Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Lisboa e Santarém). Foram acolhidos pelo COM “A Semente” de Águas Santas e a cada um foi dado 1 crachá com o símbolo do Ano da Misericórdia. A coordenadora nacional – Liliane Mendonça, de Guifões, Matosinhos, deu as boas vindas e seguiu-se a oração ini-cial preparada pelo COM de Viseu.

De seguida, demos a palavra ao Dr. Henrique Pinto que nos falou e apresen-tou as Obras de Misericórdia na sua glo-balidade e universalidade, levando a cada um dos presentes com exemplos práticos e diários a entrar numa dinâmica de uma humanidade diferente, porque todos so-mos diferentes. Falando-nos dos tempos do Paleolítico até aos dias de hoje, as obras de misericórdia têm estado presentes na vida do ser humano, dando sempre um to-que diferente àqueles que nós acolhemos. Contudo, em cada momento da nossa vida que praticamos as obras no irmão também praticamos em nós mesmos. De seguida,

Olinda Coelho. P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

fomos para a capela para o momento mais alto do encontro – a Eucaristia, a qual foi presidida pelo Pe. Leonel, que em breve parte para as missões do Chade na África, e concelebrada pelos restantes sacerdo-tes. O grupo coral que animou a Eucaristia foi constuído pelos COM’s de Folgosa e “A Semente” de Águas Santas. Os outros momentos da Eucaristia foram também orientados pelos COM’s – leituras, oração dos fiéis e ofertório. No final da mesma, foi entregue a lembrança desse dia. Chegou o almoço/convívio, em que o sol nos convi-dava a procurar uma sombra para comer o farnel e a boa sopa oferecida pela casa dos missionários combonianos da Maia. De tarde, regressámos ao salão para dar continuidade ao encontro, mas, desta vez, com parte recreativa. Foram partilhados alguns testemunhos, teatro, cantigas e pro-jectos. Assim ouvimos: Sr. Ventura de Para-da de Todeia/Paredes; Rita – Fé e Missão; COM “S. Salvador” de Folgosa; COM de Viseu; Pe. Martins; Dª Antónia de Santarém e outras pessoas. Para concluir, demos a palavra ao COM –de V. N. Famalicão que rematou com uma oração e o Pe. Tavares deu-nos a bênção final. Os apresentadores destes momentos foram o casal Teresa e Manuel de Vila do Conde. Assim, pelas 17 horas, terminámos o nosso dia, desejando

a todos uma boa viagem e a certeza de que todos partiam mais enriquecidos es-piritualmente por ter passado juntos um dia tão bonito e tão cheio de espírito mis-sionário. Um bem haja a todos e até para o ano próximo.

FESTA MISSIONáRIA NA MAIA

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

O dia 15 de Maio de 2016, domingo de Pentecostes, foi um dia especial. Nesse dia realizou-se a Festa Missionária na casa dos Missionários Combonianos na Maia. Mais uma vez, os amigos e colaboradores dos Missionários Combonianos vieram de mui-tas paróquias e localidades da diocese do Porto para participar na festa missionária e passar um dia diferente, cheio de alegria e de espírito missionário. Até o tempo decidiu colaborar com a nossa festa, pois, apesar de o mês de maio ter sido muito chuvoso, nes-se dia a chuva foi-se embora e esteve um dia bonito e agradável para toda a gente.

Da parte da manhã, o Irmão Francisco Amarante, um missionário comboniano na-tural de Aveiro e a trabalhar na Zâmbia, deu o seu testemunho missionário e apresentou o projecto de formação profissional de jo-vens em que ele trabalha, mostrando ima-gens da situação concreta em que vivem as pessoas e do trabalho que os missionários desenvolvem. O projecto está localizado na missão de Chikowa, uma zona muito pobre e isolada, junto do parque nacional de ani-mais de Luangwa, na província oriental da Zâmbia. Cerca de noventa jovens, rapazes e raparigas, dos 18 aos 28 anos, frequentam esse projecto, fazendo um curso de três

anos de formação profissional em áreas como mecânica, electricidade, construção, agricultura e contabilidade. Os jovens tam-bém recebem formação cívica e humana que os ajude a crescer como bons cidadãos com sentido de responsabilidade para po-derem ter um futuro melhor nas suas vidas e contribuir para o bem da sociedade a que pertencem. Apesar das muitas e enormes dificuldades que tem de enfrentar, o projec-to vai para frente, devido à dedicação dos missionários, à colaboração da gente local, ao trabalho dos voluntários enviados por algumas associações internacionais e à soli-dariedade e apoio dado por muitos amigos e colaboradores.

A Eucaristia foi presidida pelo P.e Ma-nuel Pinheiro, missionário comboniano na-tural de Nogueira da Regedoura, Espinho, que trabalhou como missionário na Zâmbia e no Malaui e mais recentemente no Perú, e que actualmente se encontra em Por-tugal. Ele falou da força do Espírito Santo, que é o verdadeiro protagonista da evan-gelização e agradeceu a todos os amigos e colaboradores missionários que com a sua oração e ajuda material continuam a apoiar as actividades missionárias e o trabalho de evanvelização da Igreja. Alguns grupos parti-

ciparam no ofertório missionário e o coro infanto-juvenil da paróquia de Folgosa, Maia, animou a celebração com lindos cânticos.

Da parte de tarde, depois do almoço de farnel partilhado por todos, houve o convívio missionário em que todos partici-param com muita alegria. A parte recreativa foi animada pelo Sr. Fernando Batista que criou uma onda de boa disposição entre todos os presentes com os exercícios da Terapia do Riso. Também o grupo de can-tares da freguesia de Guifões, Matosinhos, e o grupo da escola musical de Milheirós muito contribuiram para uns momentos de convívio muito agradaveis para todos. Du-rante o dia muitos amigos tiveram ocasião de tentar a sua sorte comprando bilhetes na tômbola missionária. A tarde terminou com o sorteio final de lindos prémios. Res-ta-nos agradecer a todos os colaboradores e amigos que participar na festa missionária. Agradecemos também aos jovens, ao coro e a todos aqueles que generosamente deram o seu tempo e serviço para prepararem a festa. Obrigado a todos. Ficamos já convida-dos para a próxima festa missionária aqui na Maia que será no domingo, dia 2 de outubro de 2016.

O mês de maio só por si é um mês muito emotivo, pois fa-lamos do mês dedicado a Maria. Este ano foi muito especial com muitas emoções fortes para mim e para os meninos do 3º ano da catequese. começando pelo dia do retiro super preenchido das 10h as 17h em que pela primeira vez foram fazer o Sacramento da Penitencia e da Reconciliação, um momento muito esperado, especial e emotivo para eles, notava-se algum nervosismo nos me-ninos, o que é sinal que eles davam importacia aquele momento tão unico. com atevidades para eles se descontrair mas ao mesmo tempo terem consciencia que o Senhor Jesus está sempre despo-nivel para nos perdoar nas nossas faltas desde que tenhamos no-ção que erramos e estejamos despostos a fazer cada vez melhor. Neste mesmo dia na Eucaristia das 19h houve a apresentação de 11 meninos que seriam baptizados na vespera da 1º cumunhão, foi notada a sua alegria pois toda a atenção estava virada para eles e ao mesmo tempo era um pequeno passo em direção á familia de Cristo Senhor Nosso, um momento muito simples mas perfun-

Conceição Dores de Castro

José Carlos Niovais

damente emotivo. Todos a contar os dias para o grande dia pois 86 meninos iriam fazer a 1º cumunhão, mas aquelas 11 crianças iriam dar um grande passo nas suas vidas, passarem a ser pedras vivas do templo do Senhor e cumungar praticamente ao mesmo tempo. O Espirito Santo desce sobre eles para habitar nos seus corações e passado umas horas cumungar Cristo vivo com todos os irmãos. Momentos de muita alegria nos corações de todos que amam ao Senhor Jesus, ver aqueles meninos a caminhar em dire-ção a Cristo. Cabe agora a nos adultos não deixar aquela chama tão linda e brilhante se apagar. Sempre podemos dizer que é uma decisão dos pais com os meninos mas nós cristãos mais ativos temos a obrigação de aconselhar os pais na continuação das crian-ças neste caminho que é a catequese, aonde se aprende valores de vida e iluminamos consciencias para um futuro mais harmonioso. Uma sociadade sem valores é uma sociadade morta e individualis-ta, e todos temos a obrigação de construir um melhor futuro, um futuro com Cristo Senhor Nosso, PRESENTE.

EMOÇÕES

ELE PASSOU…

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“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos”, era assim que a fachada da igreja de N.ª Sr.ª da Maia estava engalanada. Desde a entrada da igreja até à rua havia flores trabalhadas em lindos desenhos para dignificar a passagem do Corpo de Deus. Criativas mãos elaboraram tão requintados tapetes florais.

Pelo caminho podia-se ler “ Ele vai passar”, “Cristo ontem”, “Cristo hoje”, em jeito de anúncio. A previsão meteorológica “previa” “céu muito nublado e ocorrência de aguaceiros até meio da tarde”. Mas, foi mal previsto pois esteve uma tarde serena, soalheira e digna para a passagem da procissão pelas ruas da Maia. As pessoas cedo começaram a tomar lugar pelas sombras das árvores que ladeiam as ruas da cidade à espera de O ver passar e adorar. Muitos foram os Seus acompanhantes. Ao longo do percurso intercalaram-se cânticos e momentos de silêncio para melhor O acompanhar.

À chegada ao santuário podia ler-se “Senhor, Tu és a Luz, o Amor e a Vida” que convidava ao Seu acolhimento no nosso coração e nos convidava a trazê-l’O connosco e a anunciá-l’O a todos os que não O quiseram acompanhar, ou não o puderam fazer. O adro e a escadaria do santuário estavam revestidos a flores de todas as cores. O percurso final estava atapetado

a linho branco, que convergia para um singelo altar. Enge-nho e arte embe-lezaram o exterior do santuário.

Vários grupos da paróquia parti-ciparam nesta pro-cissão, bem como paróquias vizinhas. Saliento os acólitos que, de branco vestidos, precediam o Corpo de Deus. Brancura essa que transparecia a sua pureza de coração, candura de alma e frescura da juventude. Sempre dedicados a servir a Deus.

Mais uma vez os maiatos exteriorizaram a sua fé. Expres-saram o amor que os une a Deus. Humildemente receberam a bênção do Supremo Bem!

Se uns quiseram e puderam acompanhá-l’O, outros, não o podendo fazer, viram-n’O passar.

Ele passou e nós fomos com Ele!

A FÉ NÃO VAI DE FÉRIASO verão está aí e com o verão chegam as férias. Com cer-

teza que anda por aí muita gente a pensar como vai fazer para ter umas boas férias. Aqui ficam três sugestões para umas férias bonitas e proveitosas.

Primeiro: o tempo de férias é muito útil para a nossa saúde física e espiritual.

Devemos aproveitá-lo para descansar o corpo e refrescar o espírito. Andamos bastante cansados e agitados com os problemas da vida do dia a dia no meio de uma sociedade materialista que tantas vezes nos deixa vazios e insatisfeitos. Nas passagens da linha do comboio antigamente havia um letreiro que dizia: “Pare, escute e olhe”. Este pode ser um bom programa para as nossas férias: sermos capazes de parar para escutar o nosso coração, contemplar a beleza de Deus que está presente nos aconte-cimentos, na natureza e nos outros. Depois, seguir em frente com optimismo e coragem, dando um novo rumo à nossa vida.

Segundo: As férias são um luxo só para poucos entre os quais estamos nós.

Afinal de contas, para a maior parte das pessoas que vivem no mundo a vida é uma luta contínua pela sobrevivência e contra a fome e a pobreza. Para elas não há férias. No mundo de hoje, milhões e milhões de pessoas vivem sem o mínimo de dignida-de humana e são vítimas da sociedade injusta em que vivemos. Não podemos fechar os olhos e o coração e ficar indiferentes perante os dramas da humanidade. Lembro-me de uma canção que eu gostava muito de cantar: “Como posso ser feliz, se ao pobre meu irmão, eu fechar o coração, meu amor eu recusar?”

Como cristãos e como seres humanos, somos todos chamados a ser solidários e a construir um mundo mais fraterno e mais justo para todos.

Terceiro: A fé não vai de férias. As férias não são tempo de preguiça espiritual. Há pessoas

que só rezam quando lhes convém ou lhes apetece. Durante as férias deixam de rezar e de ir à igreja porque não lhes apetece. Faz-me lembrar a história do fato domingueiro. Antigamente as pessoas durante a semana andavam todos sujos a trabalhar. Mas, quando chegava o domingo, aprumavam-se todos e vestiam o fato domingueiro para ir à igreja. Ao fim do dia, punham de novo o fato domingueiro no cabide dentro do armário e voltavam para a sua vida normal. Não podemos ser cristãos de domingo e pôr a nossa fé no cabide durante a semana. Outros, parece que têm uma fé, tipo pisca pisca. A fé deles acende e apaga como o pisca pisca do carro. Fica acesa quando Deus atende os seus caprichos. Mas se Deus não lhes faz a vontade, a fé deles apaga--se logo; ficam revoltados e deixam de rezar. A fé de pisca pisca não tem valor nenhum.

O papa Francisco faz-nos um convite: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação em que se encontre, a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, ou, pelo menos, a deixar-se encontrar por Ele e de O procurar dia a dia sem cessar” (EG. 3). Somos convidados a manter a luz da fé acesa, sempre e em toda a parte, também durante as férias.

Boas férias a todos.

P. Dário Balula Chaves, mccj Missionário Comboniano

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A FRANÇA, O EUROPEU DE FUTEBOL E AS AMEAÇAS à PAZ

Vai decorrer em França, de 10 de Junho a 10 de Julho, o Campeonato Europeu de Fute-bol. Durante um mês o mundo inteiro vai seguir pelo peque-no écran este popularíssimo evento desportivo. O futebol está no âmago da nossa cultura. Podemos mesmo dizer que, tal como o desporto em geral, é um elo de união entre povos e culturas.

A festa que costuma ser um evento desportivo desta na-tureza é fantástica, como bem nos lembramos do Euro 2004 que, com assinalável sucesso, acolhemos em Portugal. Desta vez, porém, em França, as coi-sas podem não ser assim. Por várias razões.

Acima de tudo, paira a ameaça terrorista, que deixou um rasto de brutalidade e de-solação nas capitais france-sa e belga, com perto de duas centenas de mortes. Tal facto obrigou o Governo a mobilizar uma bateria de forças de segu-rança, principalmente nas 10

cidades que acolhem a compe-tição. Além do enorme esforço financeiro da Organização, vai pairar sobre todos o fantasma da insegurança, pois têm ainda bem presente na memória as imagens desses actos assassi-nos. Além disso, este terroris-mo jiadista já demonstrou ser dos mais cruéis de todos os que se conhecem, com práticas da maior barbárie, sem olhar a meios e circunstâncias.

Entretanto, devido à con-testação à proposta governa-tiva de reforma das leis labo-rais, a França está desde há várias semanas a ser fustigada por uma sequência de greves, que têm paralisado sectores chave como os transportes, o abastecimento de combustíveis e a energia. O braço de ferro entre governo e sindicatos vai ao ponto de o sindicato dos pilotos de aviação ter anuncia-do uma greve para a primeira semana do Euro. O sindicalis-mo é uma prática indissociável do nosso sistema democrático. Mas como tudo na vida, as ac-ções sindicalistas têm que ser razoáveis. Não o sendo, per-dem a razão ou as razões que as motivaram. Tendo em conta o abalo causado na sociedade francesa pelos actos terroris-tas, ainda tão recentes, o sofri-mento por que passaram tan-tas famílias e os riscos - que os sindicatos também e tão bem conhecem - que a organização

Arlindo Cunhado Euro potencia em França, é impossível deixar de conside-rar este comportamento como sendo do mais abominável oportunismo! Mesmo que pos-sa ser uma estratégia negocial para conseguir do Governo o que pretendem, os sindicatos perdem a razão, atendendo à gravidade da situação.

Como se tal não bastasse, a França está a braços com as maiores enxurradas de qua há memória, especialmente no Centro-Norte, com destruição de bens, infraestruturas e cen-tenas de pessoas desalojadas. O que obrigou a mais despesas e, sobretudo um grande esfor-ço das forças de protecção ci-vil e, também, de segurança.

Estamos, assim, perante um cocktail de factores que podem potencialmente transformar uma festa fantástica numa ou em várias tragédias. Esperemos que haja discernimento e bom senso e tal não aconteça. Agora e nunca!

A IMPORTâNCIA DA DIMENSÃO SIMBÓLICA NO CRISTIANISMO CATÓLICO A Igreja Católica foi desde sempre muito cuidadosa na

forma como comunicou com o seu Povo.Compreende-se que a estabilidade dos valores intrínse-

cos à profissão da Fé esteja relacionada com a sua dimensão simbólica.

A Cruz de Cristo é o signo que ocupa a centralidade de toda a simbologia Cristã, remetendo os crentes, do signo para o significado.

Desde os primórdios da História da Igreja, este signo, a Santa Cruz, foi sinal de unidade que cumpriu entre outras funções, a de tornar presente no espírito dos Cristãos, pre-cisamente, a vida de Jesus.

Mais de 2000 anos passados, Jesus Cristo é imediatamente reconhecido pelo mais simples e singelo símbolo de todos, quer dizer, por um traço na vertical e por outro que o atra-vessa na horizontal, colocado no primeiro terço superior.

Crianças, jovens, adultos e anciãos, quer vivam na Europa ou em qualquer outro dos cinco continentes, reconhecem

na Cruz, a simbologia do Cristianismo.Claro está, que a simbologia Católica é muito rica e tem

muitos outros signos que nos enviam para significados parti-culares de grande importância, quer para a vivência litúrgica, como ao nível de certos rituais cuja preservação é essencial.

Estou certo, que foi a consciência da força interior que a simbologia Cristã Católica promovia no espírito dos crentes e de todo o Povo da Igreja, que levou os “mata-frades” de que nos dá conta a História, a sair à rua, num ímpeto iconoclasta, que procurou apagar do património histórico-cultural e até da Cultura portuguesa, os símbolos que eram referência de milhões de almas.

Há uma pedagogia que importa manter, a favor da conser-vação da simbologia Cristã e Católica. Uma simbologia que tem uma expressão espiritual muito forte, mas que também tem um significado irrefutável, ao nível da nossa identidade cultural.

Não facilitemos!... Victor Dias

12 ▪ s. miguel da maia

PRECONCEITOS SOBRE O ENVELHECIMENTONo passado dia 23 de Maio um canal de televisão apresen-

tou e abordou o tema “maus tratos a idosos”. Deixo o meu reconhecimento pela iniciativa, pois na boa verdade este é um tema ainda pouco sensível à opinião pública.

Estes programas televisivos têm-se revelado importantes numa sociedade quase indiferente a fenómenos sociais como este. São temas fraturantes da sociedade e que chegam às nossas casas pelos diversos meios de comunicação e se impõem que sejam discutidos em família.

É certo que demasiadas vezes estes temas são tratados deforma mediática. Não basta.

É imperioso refletir e explorar estes assuntos, porque acontecem mesmo!

Pela lei portuguesa as diversas manifestações de violência, seja entre os jovens nas escolas (bullying), seja em contexto institucional ou doméstico são tratadas como crime público.

Entre os mais velhos esta é também uma triste realidade e pode acontecer com qualquer idoso, independentemente da condição social e de género.

Os maus tratos, abusos e também a negligência acontecem na própria família. Mas quem mal trata podem ser também vizinhos, cuidadores, amigos…por se encontrarem numa po-sição de “poder/autoridade” e relação de confiança. A idade avançada pode significar vulnerabilidade face a um agressor que normalmente é mais jovem, fisicamente e mentalmente menos debilitado. A Organização Mundial de Saúde (OMG) alerta para este fenómeno entre os mais idosos, porque tanto acontecem de forma reiterada como isolada.

Insultar, desprezar, ameaçar, ridicularizar, explorar, ignorar, abandonar, marginalizar...são manifestações de violência graves e que causam malefícios físicos, psicológicos e materiais à pessoa idosa.

O idoso que conviva com maus tratos e abusos experienciam algum tipo de depressão, por vezes ficam gravemente doentes ou agravam-se doenças já existentes. O idoso que coabite com abusos reiterados apresenta um elevado risco de morte prematura.

Na realidade, as formas mais insidiosas de maus tratos a pessoas idosas prendem-se com preconceitos ainda existentes face ao envelhecimento, ideias erradas que se centram numa perspetiva negativa da idade.

Sandra Isabel Almeida, - Diretora Técnica do CSPM- Lar de Nazaré

A oração dos cinco dedos do papa Francisco«Quando rezo, Deus respira em mim»: e com esta frase e a assinatura de Francisco que abre o livro de bolso de 40 páginas que o

papa ofereceu este domingo aos presentes na oração mariana do Angelus rezada na praça de S. Pedro, no Vaticano.Francisco, que procedeu à tradicional bênção dos “bambinelli”, pequenas imagens do Menino Jesus para depor no presépio, lançou

um pedido às crianças: «Quando rezardes em casa, junto ao vosso presépio, recordai-vos de mim, como eu me recordo de vós». «A oração é a respiração da alma: é importante encontrar momentos do dia para abrir o coração a Deus, mesmo com simples e

breves orações do povo cristão. Por isso, hoje pensei de dar-vos um presente a todos vós que estais aqui na Praça: um pequeno livrinho de bolso que tem algumas orações, para os vários momentos do dia e para as diferentes situações da vida», disse o papa.

Na capa do livro publicado pela “Libreria Editrice Vaticana” está reproduzido um fresco do século III, que se encontra nas catacumbas romanas de Priscilla, representando um orante com os braços abertos e dirigidos ao céu.

O livrinho recolhe as mais importantes orações da tradição cristã, as mais conhecidas e fáceis de aprender de memória, a que se pode recorrer ao longo do dia, mas também em situações e necessidades particulares.

Nas páginas 32 e 33 está reproduzido o desenho de uma mão com as intenções sugeridas por Francisco a partir dos cinco dedos.O polegar, «o dedo que te é mais próximo», faz-nos pensar e rezar por quem está mais próximo de nós, «as pessoas de quem nos

recordamos mais facilmente», rezar por todos os nossos entes queridos «é uma doce obrigação».O indicador recorda-nos de rezar por quem tem a função de dar indicações aos outros, isto é, «aqueles que ensinam, educam e

tratam», categoria que compreende «mestres, professores, médicos e sacerdotes».O médio, o dedo mais alto, lembra «os nossos governantes», as pessoas «que gerem o destino da nossa pátria e orientam a opinião

pública… precisam da orientação de Deus».O anelar «é o nosso dedo mais fraco, como pode confirmar qualquer professor de piano»; ele «recorda-nos de rezar pelos mais fracos,

por quem tem desafios a enfrentar, pelos doentes» que têm necessidade da «tua oração de dia e de noite», bem como pelos esposos.Por fim, o mindinho, o dedo mais pequeno, «como pequenos nos devemos sentir diante de Deus e do próximo», convida a rezar por

nós próprios: «Depois de teres rezado por todos os outros, poderás compreender melhor quais são as tuas necessidades, olhando-as na justa perspetiva».

No livrinho oferecido pelo Francisco, que se abre com a oração por excelência, o “Pai-nosso”, encontram espaço, além de orações bíblicas e alguns versículos dos salmos 51, 130 e 139, os mistérios do Rosário.

Há também fórmulas simples para recitar antes e depois da refeição, a par de breves textos compostos por S. Francisco, Santa Teresa do Menino Jesus e dos beatos J. H. Newman, Charles de Foucauld e Madre Teresa de Calcutá.

Juntamente com orações a recitar antes do sacramento da Reconciliação e após a Comunhão, incluem-se igualmente súplicas para a bênção dos filhos por parte dos pais, orações para os cônjuges e noivos e invocações contra o maligno.

O presente de Francisco aos fiéis acrescenta-se aos dos meses anteriores: o terço da misericórdia e o Evangelho em formato de bolso; quanto a este, o papa afirmou repetidamente a importância de o levar consigo a cada dia e ler um trecho enquanto se está na fila, nos transportes ou num momento livre.

Com este livrinho de orações, o bispo de Roma continua a dar sugestões simples para a vida diária dos crentes a partir do patri-mónio da tradição cristã.

Andrea Tornielli, "Vatican Insider" Rádio Vaticano Trad. / edição: Rui Jorge Martins Publicado em 14.12.2014

s. miguel da maia ▪ 13

CELEBRAÇÕES DE MAIO - em imagens

A forma como pensamos o mundo, seja o mundo que nos é mais próximo ou o mundo que nos está mais distante, como acedemos à informação, como a gerimos, a interiorizamos e a devolvemos mudou radicalmente, muito à custa da televisão (algo substancialmente antigo, comparativamente a outras tec-nologias), das novas tecnologias (sempre e cada vez mais novas) e, naturalmente, das redes sociais.

Todas elas alteraram as lógicas de convívio e de socialização de forma profunda, sem, contudo, terem conseguido anular a importância e pertinência de estarmos presentes, cara a cara, de podermos olhar nos olhos, ter gestos de amizade e de carinho e de percebermos pelo tom de voz, o estado da alma do outro.

Talvez por isso, entre outras coisas, alguns fenómenos adensam-se em número e intensidade, o que justifica que se fale em falta de competências sociais e emocionais, cada vez mais cedo em termos cronológicos.

Se pensarmos bem, as redes sociais têm a particularidade de acelerar os nossos juízos de valor e catalisar as nossas rea-ções e verbalizações, pois tudo acontece a um ritmo alucinante. O ritmo não permite amadurecer ideias, olhar, e muito menos, olhar de vários ângulos, envolver, gerir emoções e conhecimen-tos. Exige uma resposta imediata e pronta. Logo, surgem novos assuntos, os quais requerem a nossa atenção e resposta.

Não sei bem se é isso que acontece quando se está em televisão e, em direto, a responder a questões pessoais sensíveis e profundamente delicadas. Como também não sei bem como as colocam numa esfera tão pública. Mas, torna-se difícil de per-ceber e realmente inaceitável que, mediante algumas questões, a resposta configure um atentado à dignidade da mulher e uma espécie de alento para quem usa de violência para castigar, di-minuir, dominar e destruir.

Fazer uso de um meio de comunicação de massas para veicular uma ideia com este teor é, no mínimo, perigoso e ir-responsável. Valha-nos que mereceu nas redes sociais respostas imediatas e prontas.

Sensatez, noção de responsabilidade pessoal e social, a par com valores culturais e morais permitirão a cada um de nós perceber melhor como sobreviver num meio, por vezes, adver-so que valoriza e enaltece aquele que fala muito, embora tenha pouca disponibilidade para ouvir e, menos ainda, para perceber o que não é digno de ser dito.

SENSATEZ ...

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AJM-ENSINAR OS IGNORANTES. CORRIGIR OS ERRANTES

Somos tão pequenos, num mundo tão grande e perdidos na globalidade, que sentimos dificuldade em encontrar a via certa para a felicidade e quantas vezes, esta está dentro de nós quando discernimos para fazer os outros felizes. Mas atenção… Ajuda a ajudar-te. Ser feliz dá trabalho e dedicação, porque só somos felizes quando retribuídos felicidade aos outros!

-O mundo não é isso de drogas, internet, prostituiçãoIpads, ifones, tabaco, álcool, sexo, vícios, ilusão.-O Mundo é ensinar, aprender, semear e colherÉ fazer e dar-se aos outros, como se quer receber.-Pára. Olha à tua volta. Corrige o trajeto. SenteNa vida real. O caminho ideal está à tua frente.-Se acaso vires outros por caminhos errantesChama-os para a vida. Avisa os ignorantes.-É tempo de aprender, mostrar e ensinar o que sabesPorque ninguém nasce com todas as faculdades…-A globalização dá saber, dinâmica, cultura e futuroAo lado dos bons exemplos do ser humano, puro.-Quanto mais se aprende. Mais enriquece a memóriaCom saber para ensinar, em Obras de Misericórdia.Junho de 2016

Fé… Que me escasseia

Não me recordo de na minha vida estar tão perto de Nos-sa Senhora, seu Filho e Pai do Céu, como no último ano. Tudo começou pouco antes de 14 de Maio de 2015, com a marcação de uma operação à Retina do meu olho esquerdo. Três sema-nas depois fui internado de urgência com uma oclusão intestinal juntamente com uma Prostatite Aguda com Peritonite (bloqueio intestinal e urinário juntos) que me levaram a um sofrimento louco, perdendo seis quilo em quatro dias… Confesso que, en-treguei a “alma a Deus e o corpo à terra” tal era o sofrimento!

TAC e RM identificaram que dai, resultou uma hérnia ingui-nal de 5cm e a evolução dum quisto renal identificado nos anos noventa, com gravidade de (grau III de Bosniak) e com perespeti-vas de tumoral. A 4 de Março fui operado à hérnia e a 1 de Abril ao rim direito…

Bom! Escusado será dizer que para lá de confiar inteiramen-te nos cirurgiões a quem estava estregue, me agarrei à Mãe, ao Filho e ao Espírito Santo assim como a outras divindades e, acre-ditem, que persenti!? -Uma espécie de diálogo e proximidade, um calor interior e uma imensa tranquilidade e confiança, no saber que Deus dispensou às pessoas a quem me confiei, médicos e enfermeiros/as. Ao acordar, senti-me como que envolvido num (clarão?) branco e com um voz suave que disse. Correu tudo bem… Está tudo bem. Palavras, talvez, duma das três pessoas que estavam ao meu lado.

Desde então, o que tenho feito é agradecer às divindades a recuperação que felizmente sinto e a proximidade com que Nossa Senhora me presenteou, até, peregrinando até à Maia, aqui pertinho da minha casa, pois, a intempérie e a minha fragilidade, apenas me levou alguns minutos à nossa Igreja Nova, para lhe soprar um beijinho intimo e emocionado de agradecimento e olhar aquele rosto terno e maternal de Mãe. Senti-me sempre confortado pelo divino e considero, foi aviso e alerta para as ações necessárias ao afastamento dos meus males.

Não chamem a isto beatismo ou fanatismo. É apenas acredi-tar na vida, sentimento puro de uma fé … Que, às tantas, parece me escasseia!?

Paula Isabel

Henrique António Carvalho

PAPA FRANCISCO FALA COM OS SURDOS

No passado mês de maio, o Papa surpreende novamente os fieis que assistem à Audiência Geral das quartas-feiras. Antes desta iniciar, o Santo Padre saudou todos os presentes em língua gestual. Neste dia estavam presentes dezenas de peregrinos do Conselho Nacional para Surdos.

No fim, o Pontífice foi saudar os peregrinos doentes, onde também estavam os membros da União Italiana de Cegos. O Papa consagrou-os a São Gregório, para que “os encoraje a enfrentar os seus momentos de sofrimento com fé”.

A primeira vez que o Papa Francisco utiliza língua gestual foi nas Filipas quando o Cardeal Luís Antonio Tagle lhe ensinou a dizer “eu te amo”.

Estes gestos do Santo Padre demonstram que o amor para com o próximo não tem barreiras nem limites possíveis.

Maria Lúcia

Foi-me oferecido, estes dias um Órgão de dois teclados e um Acordeão.

Agradeço à Sra. Prof. D. Amélia Machado que mora em Custóias. Juntamente con os instrumentos, que me despertaram para um desejo já antigo e que os nossos jovens poderão concretizar - Um Conjunto Musical.

Juntamente com os instrumentos trouxe, fruto da mesma generosidade, umas sacas de Livros e muitos outros mais virão.

O meu muito Obrigado à Amiga Prof. D. Amélia.

Côngrua ParoquialUma palavra de gratidão a todos os que já cumpri-

ram este seu dever. Se ainda não o fez pode dirigir-se aos Cartórios Paroquiais e lá entregar a sua OFERTA (Côngrua). O ficheiro Paroquial regista o que cada fa-mília ou cada um dá. Há quem nunca tenha cumprido este dever e outros deixaram de o fazer.

Um dever cumpre-se.

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Quem desejar fazer a sua dádiva (oferta) para o LAR DE NAZARÉ, por transferência bancária, pode fazê-lo usando o Balcão da Caixa do Crédito Agrícola (Maia), NIB 0045 1441 40240799373 19 ou entregar nos Cartórios Paroquiais. A Obra é nossa .

Após a transferência indique-nos o NIC para lhe passarmos o Recibo para apresentar na Decl. do IRS.

IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA

E OBRAS PAROQUIAISEm Maio recebeu-se

2º Domingo- 483,93; 3º Domingo 447,13;4º Domingo 462,58; Corpo de Deus 430,04; 5º Domingo 627,49; Terço 31/05 - 751,22; 1º Domingo de Junho 705,67 ; Vários 220,01; Oratório 3601 (Emília Gonçalves) - 30,00; Oratório (Maria José Loureiro e Vitória ) 30,00; Oratório (Beatriz e Conceição I) 50,00; Sagrada Família (Cartório) 40,63.Cofre Igreja NªSª da Maia Santíssimo - 34,52; Nossa Senhora da Maia 49,78; S. Miguel 14,74: Obras 9,82

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL da MAIA - LAR DE NAZARÉ OFERTAS - Maiao

Transporte......................................................................424.412,463555 - Telmo - Vitória (Bodas de Prata).....................................50,003556 - Guido Ferreira da Silva............................ .........................10,003557 - Por Maria Joaquina Barros................................................15.00A Transportar ..............................................................75,00

O LAR DE NAZARÉ

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja.

ESTES ARTIGOS RELIGIOSOS ESTÃO á vENDA NOS CARTÓRIOS DAS NOSSAS IGREJAS.

ARTIGOS RELIGIOSOS DAS NOSSAS IGREJAS

OFERTAS - ESTáTUA DE SÃO JOÃO PAULO IIA Transportar ...............................................................20.395,00

De portas franqueadas está o nosso Centro Social - Lar de Nazaré. Quem o procura encontra resposta . A sua Directora, Dra Sandra Almeida, acolhe todos os que

batem à porta. É uma mais valia para a Paróquia, para a freguesia e Cidade da Maia.

Tudo o que o Centro Distrital da Segurança Social tem exigido, prontamente se dá a informação, quer escrita quer oral.

Aberto há já alguns meses, continua o ACORDO, prometido pela Segurança Social, a retardar. Eu não percebo o porquê. Como eu muitos também não. Aguardamos com paciência, mas não po-demos manter este estado durante muito tempo, mercê da falta de comparticipação do Estado.

Muito fez a Paróquia para levar a bom termo a construção material do Lar.

Há quem o procure outras soluções que não só como Centro de Convívio e Centro de Dia, mas desejam muito o SAD ( Serviço de Apoio Domiciliário) .

Passa-me também pelo pensamento que, preocupados os nos-sos deputados com a eutanásia, dita morte assistida, os Centrom Sociais serão dispensáveis... mas não creio porque deve haver e há certamente bom senso. Se todos estiverem atentos compreende-rão que os problemas fraturantes , ditos de evolução, gastam as energias do país e a sua economia. Espero uma solução em breve.

Todo o interessado que queira fazer parte desta Peregrinação deve inscrever-se quanto antes.Para a mandar esculpir são precisos muitos mais Euros

Luís Fardilha

Pela Cidade...O ano lectivo está a terminar. Os

exames nacionais estão à porta, para os alunos do 9º ano e do Secundário. Passaram-se 9 meses desde que as aulas começaram, mas parece ter decorrido uma eternidade! Prepa-rado por um governo, o ano escolar termina sob a égide de outro. Ainda que seja de sentido contrário, parece ter voltado agora às escolas o clima de agitação que se tinha vivido no começo. Mudaram os campos, o foco da contestação é outro, mas

assistimos, novamente, à utilização de temas ligados ao ensino como armas de arremesso no combate político. Ao contrário do que seria desejável, dir-se-ia que uns e outros estão interessados em impedir que a estabilidade e a tranquilidade tomem posse das escolas. São maus sinais.

Para aqueles que possam já ter esquecido, o ano lectivo de 2015-2016 foi preparado antes das eleições legislativas de 4 de Outubro último. Depois de um ano em que as colocações de professores tinham corrido particularmen-te mal, o ministério dirigido então por Nuno Crato quis assegurar-se de que não haveria problemas desse tipo e permitiu que as aulas tivessem início uma ou duas sema-nas depois da data habitual. De facto, tudo correu mais ou menos dentro da normalidade no que às colocações de docentes diz respeito, mas nem por isso deixou de haver quem protestasse. Os motivos eram agora o “início tardio” das aulas e algumas colocações mais tardias, o que não permitiria, dizia-se, cumprir os programas de algumas disciplinas e preparar adequadamente os alunos para os exames nacionais. Houve, até, quem conseguisse aumen-tar o crédito de horas, e direcções de agrupamentos que puderam organizar aulas de recuperação para os alunos atingidos por tais situações.

Curiosamente, a partir de certo momento esses temas esgotaram-se. Será porque os problemas foram eficaz e atempadamente resolvidos? Ou será porque a maioria política mudou? Quando entraram novos inquilinos no ministério da educação, já não se falou mais em atrasos na lecionação nem na necessidade de os recuperar. Os temas mediáticos passaram a ser outros e os papéis de quem intervém publicamente inverteram-se. Quem ata-cava as políticas ministeriais passou a defendê-las; quem as defendia, passou a atacá-las. Até certo ponto, isto é compreensível: se a linha política que foi mais amplamente comunicada era a de “desfazer” o que a liderança anterior tinha feito, seria lógico que os críticos do passado passas-sem a apologistas da nova orientação, enquanto os que tinham apoiado as políticas outrora em vigor eram agora os novos contestatários.

Sem entrar em juízos de valor sobre o bom ou mau fundamento da acção de uns e outros, entendemos que

esta forma de encarar as políticas educativas e a gestão do sistema de ensino estão longe de corresponder ao interesse geral. Quem tenha perdido algum tempo a ler o que aqui já temos escrito saberá que sempre considerámos que a estabilidade e a programação a longo prazo são a única forma de assegurar o sucesso educativo. As rupturas e as fracturas podem ter as suas vantagens em muitos campos da vida política, mas quando surgem no domínio da educação só trazem maus resultados. A formação que o nosso sistema de ensino prevê é longa: doze anos de escolaridade obrigatória, se possível completados por uma formação superior que pode exigir mais outros seis e até mais, em alguns casos. Não se vê quais podem ser as van-tagens de as crianças e os jovens estudantes andarem aos ziguezagues ao longo da sua formação académica, sempre na expectativa de mudanças nos programas, nas formas de avaliação, na organização da rede escolar, na gestão do pessoal docente e não docente, etc.

Infelizmente, as nossas forças políticas e sociais mais relevantes parecem não ter ainda compreendido, mais de 40 anos depois da instauração do regime democrático, a importância decisiva da educação para determinar o que será o nosso futuro colectivo. Se o tivessem entendido, não se lançariam em guerras a propósito das políticas educa-tivas; fariam todos os esforços possíveis para estabelecer legislação duradoura, que sobrevivesse aos partidos que em cada momento têm a responsabilidade por esta pasta ministerial, de modo a poupar aos alunos e aos agentes educativos os solavancos sucessivos que todos os anos lectivos ocorrem. As regras seriam estabelecidas para um período de vigência alargado e tanto os pais como os alunos saberiam quais os objectivos do ensino, os currículos em vigor, os programas das diferentes disciplinas, os méto-dos pedagógicos em vigor, as exigências e os calendários das avaliações, etc. Se há área em que a paz social e os consensos são necessários é a do ensino: temo-lo escrito repetidamente e não nos cansaremos de o fazer, sempre que assistamos, como acontece nos tempos que correm, a combates políticos em que as questões educativas são usadas como armas de arremesso.

É preciso que todos se empenhem na construção e manutenção de um sistema de ensino de qualidade. Em tempos de dificuldade como aqueles que temos vivido nos anos mais recentes, ainda é a qualidade da formação aca-démica que pode abrir perspectivas de um futuro melhor. Que o digam os milhares de jovens que puderam encontrar no estrangeiro melhores empregos do que aqueles que o nosso país lhes oferecia. Infelizmente, esta emigração, embora tenha contribuído para desbloquear o futuro indi-vidual de muitos, representa um desperdício de meios para o nosso país. Ainda assim, não deixa de mostrar o valor que uma boa educação representa na hora de encarar o futuro, seja o de cada português individualmente, seja o do nosso país, no seu todo.

COMBATE POLÍTICO NAS ESCOLAS? NÃO, POR FAVOR!

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junho 2016

ano xxviinº 293

correspondentes

Vários (eventuais)

composição

José Tomé