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painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Ano XII nº 287 fevereiro/2019 Vercal As fazendas dos grandes centros urbanos Educação As novas Diretrizes Curriculares da engenharia Lançamento AEAARP lança DVD com concerto da Noite de Gala 70 anos Engenharia de estruturas exige cálculo e seres humanos para proporcionar segurança, longevidade e viabilidade às obras de arte da arquitetura Matemáca da arte AEAARP

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painelAssociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

Ano XII nº 287 fevereiro/2019

VerticalAs fazendas dos grandes centros urbanos

EducaçãoAs novas Diretrizes Curriculares da engenharia

LançamentoAEAARP lança DVD com concerto da Noite de Gala 70 anos

Engenharia de estruturas exige cálculo e seres humanos para proporcionar segurança, longevidade e viabilidade às obras de arte da arquitetura

Matemática da arte

A E A A R P

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AEAARP anuncio Painel - CONVENIOS

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019 12:33:28

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O que move o mundo são as mudanças que nós somos capazes de promover. No dito popular, quem fica parado é poste. Na vida, quem não muda, é engolido pela realidade.

Atentos às mudanças, aderimos ao Movimento Agtech, iniciati-va que congrega a experiência da EsalqTech e o conhecimento da consultoria Lidera, formada por engenheiros e agrônomos, para sermos, juntos, indutores de uma nova iniciativa que gere negócios e oportunidades.

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto reúne a mais poderosa cadeia produtiva do agro do país. Precisa, portanto, produzir conhecimento e negócios que atendam a essas necessidades.

Junto com nossos parceiros, começamos a mover uma engre-nagem complexa, que inclui inovação, novas formas de pensar o mercado de trabalho, consumidor e a academia.

Esse conjunto de ações está em consonância com as novas Dire-trizes Curriculares para os cursos de engenharia, que orientam as instituições de ensino a estimular o que há de mais precioso no ser humano: a criatividade, o empreendedorismo e a inovação.

Esta edição da Painel, a penúltima sob minha presidência, mos-tra esses ambientes de inovação além de outros temas, como a engenharia estrutural e as fazendas verticais. Ao final da leitura, nós percebemos como todos os assuntos estão ligados. E, ao final deste mandato, desejo que todo esse esforço se perpetue, para que a AEAARP comprove que é capaz de mudar o mundo a partir desta célula de inovação.

Eng. civil Carlos Alencastre

A E A A R P

AEAARP anuncio Painel - CONVENIOS

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019 12:33:28

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05EspecialColocar a arte de pé

10Movimento AgTechRibeirão Preto, o agronegócio e as agtechs

12AlimentaçãoPlantar na vertical

17MúsicaAEAARP lança DVD da Noite de Gala

18EducaçãoMais prática, menos teoria

22EleiçãoVotação para sucessão na AEAARP acontecerá em março

23O que fazem os jovens profissionais?

24CREAResolução nº 1.108, de 29 de novembro de 2018

26Notas

índice

Horário de funcionamentoAEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge1º Vice-presidente

Eng. civil Fernando Junqueira 2º Vice-presidente

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Diretoria OperacionalDiretor administrativo - eng. agr. Callil João FilhoDiretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri FilhoDiretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor de promoção e ética - eng. civil e seg. do trab. Hirilandes AlvesDiretora de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos

Diretoria FuncionalDiretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza LeiteDiretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor social - eng. civil Rodrigo AraújoDiretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

Diretoria TécnicaAgronomia - eng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArquitetura - arq.urb. Marta Benedini VechiEngenharia - eng. civil Paulo Henrique Sinelli

ConselhoPresidente: Eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado

Conselheiros Titulares Eng. civil Elpidio Faria JuniorEng. civil Edgard CuryEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoEng. civil Jose Aníbal LagunaEng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiEng. civil Roberto MaestrelloEng. civil Wilson Luiz LagunaEng. elet. Hideo KumasakaArq. e urb. Adriana Bighetti CristofaniArquiteta e eng. seg. do trab. Fabiana Freire GrelletEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. agr. Gilberto Marques Soares

Conselheiros suplentesEng. civil Marcos Tavares Canini Eng. mec. Fernando Antonio Cauchick Carlucci Arq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziEng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaEng. agr. José Roberto Scarpellini

REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, Arq. e urb. Adriana Bighetti Cristofani, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Conselheiros titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: Eng. mec. Fernando Cauchick Carlucci, suplente eng. químico Sílvio Augusto Gaspar Malvestio; eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado, suplente eng. civil Marcelo Fernandes

Coordenação editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. CanadáRibeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | [email protected]

Editoras: Blanche Amâncio – MTb 20907, Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Flavia Amarante – MTb 34330Comercial: Angela Soares – 16 2102.1700

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderFoto capa: Designed by FreepikImpressão e fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

A E A A R P

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Colocar a arte de péA engenharia estrutural e sua relação com a arte

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6Revista Painel

“Se hoje fossem construir o mesmo MASP, o peso do prédio seria diferente, ainda que prevíssemos os mesmos espa-ços com as mesmas dimensões”, garante o engenheiro civil José Roberto Hortêncio Romero, docente do curso de engenharia civil da UNIP. O MASP, garante, seria hoje mais leve, uma vez que as peças de concreto seriam menores e mesmo o tipo de material seria outro.

Para construir o prédio projetado pela

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No princípio, é tudo cálculo. De-pois, tornam-se obras de arte, de concreto, aço, ferro, tijolo; não

importa o material escolhido, desde que aquilo que o iniciou – o cálculo – tenha levado em consideração as variáveis neces-sárias para que a obra seja segura e longeva. Se na Bíblia o início era o verbo. Na enge-nharia, toda ação começa na matemática.

Desde que a engenharia e a arquitetura foram transformadas em técnica, a intro-dução de novos materiais e a mudança na composição de insumos da construção levaram a uma verdadeira revolução nos canteiros de obras, permitindo formas e projetos arrojados.

Ícone da engenharia e da arquitetura no Brasil, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), é exemplo de ousadia na forma e no cálculo, a combinação perfeita entre o desenho, o desempenho dos ma-teriais e a equação matemática.

Protensão

O concreto armado e protendido surgiu junto com o cimento Portland, na Inglaterra, em 1924. O conhecimento sobre as várias formas de aperfeiçoar a capacidade portante do concreto é estudada até hoje. O desafio é vencer grandes vãos utilizando formas cada vez mais esbeltas, combinando desenho e cálculo.A construção do MASP é emblemática em razão da ousadia nas formas e da genialidade da engenharia, concretizando – literalmente – dois conhecimentos.

arquiteta Lina Bo Bardi na Avenida Pau-lista, em São Paulo (SP), o engenheiro civil José Carlos de Figueiredo Ferraz adotou um sistema de protensão que, de inédito, ganhou o seu nome (sistema de protensão Ferraz), contrapondo-se ao sistema Freyssinet, utilizado até então. Os 74 metros de vão livre garantem a visão do centro da cidade, exigência do agrônomo Joaquim Eugênio de Lima, doador do terreno.

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Para o engenheiro civil Cláudio Mara-nhão, o que difere aquela obra das que são feitas hoje – com formas e vãos ousados – não é o cálculo, mas os materiais.

“Como comparação, o concreto utiliza-do nas vigas do Masp tem resistência à compressão de 250 kgf/cm² (25 Mpa) e, em 2016, o Edifício E-Tower obteve recor-de brasileiro de resistência do concreto, al-cançando uma resistência média de 1250 kgf/cm² (125 Mpa), ou seja, cinco vezes maior que o MASP”, avalia o engenheiro. O desafio da engenharia estrutural é con-ceber o projeto equilibrando a estabilidade e a segurança à economia. “É a chamada eficiência estrutural”, completa.

TecnologiaA última revolução na engenharia estru-

tural foi a introdução de softwares capazes de reduzir o tempo do cálculo, mas não a sua complexidade.

O engenheiro civil Tales Pedro de Souza é categórico: o computador não faz nada sozinho, tampouco o software é capaz de fazer os carregamentos necessários (incluir as informações para que o cálculo seja feito). “Calculista de estrutura é diferente de piloto de software”, garante.

A “rotina automática” proporcionada pe-las máquinas oferece novas possibilidades aos profissionais e aos clientes. Equações complexas, que precisariam de muitos meses para serem concluídas, por exem-plo, são solucionadas rapidamente. Hoje é possível oferecer ao cliente alternativas de estrutura, com opções de materiais e outras análises que impactam na quali-dade, arquitetura, tempo e investimento.

O resultado o cálculo, argumenta Tales, é sempre próximo ao que o engenheiro espe-

ra. Se está distante do que o profissional da área prevê, a máquina errou. “Se não cair, no mínimo vai ficar mais cara”, diz Tales.

O engenheiro Cláudio acrescenta que a

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Revista Painel

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Em meados do século passado, o conhecimento era tão complexo quanto incipiente. Nos mesmos anos em que a engenharia venceu os 74 metros do vão do MASP, 70 quilômetros serra abaixo, em Santos (SP), começaram a ser construídos os edifícios na orla que, poucos anos depois, começaram a ceder. A fundação dessas construções não foi suficiente para suportar o peso. Ocorre que os construtores da época tinham pouco conhecimento sobre a composição do solo e fixaram as fundações sobre uma área muito mole do subsolo.

Veja a reportagem sobre a recuperação desses edifícios na página 14 da Painel nº 207. A versão digital está no Portal AEAARP.

www.aeaarp.org.br

construção de modelos e a possibilidade de simular situações como ventos fortes, terremotos ou sobrecargas proporcionam graus de precisão cada vez maiores.

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Quem senta na frente?

O engenheiro Catão Francisco Ribeiro, responsável pelos cálculos de pontes estaiadas em todo o país (São Paulo, Amazonas e Santa Catarina, por exemplo), disse em 2018, quando esteve na AEAARP, que a diferença entre os engenheiros podia ser medida pelo lugar que ocupavam na sala de aula. Aqueles que sentavam na frente, garantiu, seriam os calculistas.O engenheiro Tiago Marchetti, gerente da unidade do CREA-SP em Ribeirão Preto, afirma o cálculo é atribuição da engenharia civil. Não há graduação específica. Mas, levando em consideração a reflexão de Catão, quem sentar na frente terá mais aptidão para especializar-se nesse ofício (ou arte).

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MaterialPara o engenheiro civil Enio Canavello

Barbosa, vice-presidente de relacio-namento da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), em projetos com estruturas de aço, obtêm-se geometrias complexas. No concreto armado, com a tecnologia é pos-sível aumentar a capacidade portante do material. “Atualmente podemos aumentar em 10 vezes mais resistência no concreto permitindo peças mais esbeltas”, garante.

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Arte e ofício

A engenharia de estruturas é arte e ofício. Em uma obra modular, quando as soluções arquitetônicas são convenientemente simples, a equação é menos complexa. Por exemplo, em conjuntos habitacionais.Já em obras arquitetônicas desafiadoras, de alto padrão, que se convertem em arte, é a engenharia de estruturas que tem o desafio de viabilizá-las.Em sua explicação, o engenheiro civil Tales Pedro de Souza acrescenta que “para deixar de pé o resultado da ousadia da arquitetura, a engenharia estrutural tem mais de arte do que de ofício”.

“Conseguimos com o uso de programas de computador maior quantidade de hipóteses de cálculo e dimensionamento mais rápidos. Como há materiais mais resistentes, as estruturas tornam-se mais enxutas”, completa Enio.

O cálculo, acrescenta José Roberto, é capaz de prever fatores que, no concreto ou no aço, podem minimizar patologias. Ele exemplifica: a solda realizada de for-

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ma incorreta ou a opção por um tipo de concreto poroso podem comprometer a qualidade da peça e a durabilidade da obra.

O resultado do cálculo aliado ao mate-rial, é a obra com redução de patologias, segurança e longevidade.

José Roberto afirma que as obras brasi-leiras privilegiam o concreto pelo fato de que para o aço é exigida mão de obra mais qualificada, escassa no Brasil.

Na visão do engenheiro Tales, cada projeto arquitetônico tem aptidão para uma ou outra solução, assim como o uso dos dois tipos de material. Para o mesmo problema matemático, completa Tales, a solução em aço costuma ficar 40% mais caro. O custo elevado pode ser justifica-do pela arquitetura, tempo de execução, estilo arquitetônico. “Não existe melhor ou pior”, conclui.

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Ribeirão Preto, o agronegócio e as agtechs

Movimento AgTech10Revista Painel

Leonardo Ramos Barbieri, engenheiro agrônomo, sócio da

Lidera Consultoria e Projetos

Na naturezaecossistema é o sistema que inclui os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-quími-cas e as inter-relações entre am-bos; biogeocenose, biossistema, holocenose.

No agtechecossistema é o sistema que reúne competências e interesses, inclui empresas, investidores, prestadores de serviços e consu-midores com suas características econômicas e as interações neces-sárias para gerar novos negócios.

Assim como o agronegócio brasileiro, um setor dinâmico, inovador, altamente eficiente e que enche de orgulho os bra-sileiros, temos visto nos últimos anos um enorme crescimento do Movimento Agte-ch, que reúne negócios de alta tecnologia para atender às necessidades do agro.

Estas startups navegam nas mesmas águas e na mesma direção do agronegó-cio, buscando aumento de produtividade, redução de custos e sustentabilidade nos processos, obtendo sucessos progressivos.

Inúmeras iniciativas com foco em di-ferentes atividades agropecuárias vêm surgido, atendendo às principais culturas agrícolas, além da pecuária de corte e leiteira. As soluções inovadoras vão de drones à inteligência artificial, do contro-le de pragas e doenças com inteligência artificial ao gerenciamento de operações agrícolas. Existem sistemas que gerenciam fazendas inteiras.

Normalmente, as startups agtechs flo-rescem em ambientes férteis de recursos humanos e conhecimento tecnológico

em agricultura e pecuária, tecnologias da informação e comunicação, automação agrícola e biotecnologia. Historicamente, os estados da região Sudeste, em especial algumas regiões específicas do estado de São Paulo como Piracicaba, São Paulo, Campinas e São Carlos – têm possibilitado a junção destes fatores, criando comuni-dades ou ecossistemas em torno do tema.

Mas, em muitas regiões do Brasil estão se formando novos ecossistemas, que, mesmo recentemente criados, estão em destaque na sociedade e na vanguarda das inovações tecnológicas.

Ribeirão Preto tem potencial enorme para reunir os recursos humanos quali-ficados: proximidade de centros acadê-micos de excelência e enorme potencial de aplicação das tecnologias em razão do desenvolvimento econômico do agro-negócio regional. Essas características proporcionam a Ribeirão Preto todos os requisitos para liderar regionalmente o de-senvolvimento desta comunidade agtech e criar um novo ecossistema.

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Alimentação12Revista Painel

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Plantar na verticalFazendas verticais aproximam a produção do mercado consumidor

Metade da população mundial (55%) vive em centros urbanos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão é a de que em 2050 as cidades tenham 2,5 bilhões a mais de habitantes em razão do deslocamento

de pessoas das áreas rurais para as urbanas. Alimentar toda essa gente é um dos grandes desafios do futuro. Uma das alternativas é cultivar alimentos na vertical, usando mais tecnologia e menos terra.

Nesta modalidade, o plantio é realizado em local fechado, com o controle das condições microclimáticas, como luz, temperatura, concentração de CO2, oxigênio e umidade relativa do ar. Pode ser usada a técnica de hidroponia.

Hidroponia

Cultivo sem solo, controle digital e mecânico das plantas.Ambiente ideal para hortaliças e frutas de pequeno porte.

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Ítalo Guedes, agrônomo e pesquisador da área de Nutrição de Plantas e Cultivo Protegido da Embrapa Hortaliças, explica que a fazenda vertical é uma opção para grandes centros urbanos, com escassez de luz, água e terra. “Não será a principal fon-te de alimentos, mas um dos componentes da agricultura urbana no futuro”, diz.

A redução da distância entre produtores e consumidores é uma das vantagens des-sa modalidade de produção de alimentos, promovendo a economia de água, reduzin-do perdas e custos com transporte.

de toneladas de alimentos são descartadas todos os anos no mundo.

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

1,3 bilhões

28% dos alimentos se perdem no processo de produção do Brasil.

Aproximar a produção do consumidor também influencia na qualidade do ali-mento. “A logística é mais simples. Normal-mente a produção das fazendas verticais é vendida próxima ou até mesmo no local onde estão implantadas”, explica o enge-nheiro agrônomo Thiago Leandro Factor, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Singapura possuem pesquisas avançadas relacionadas à prática. “São países com alto consumo de hortaliças e frutas, mas com escassez de terras ou limitações cli-máticas”, destaca Ítalo.

Singapura

Em 2012, em Singapura, surgiu a primeira fazenda vertical do mundo, feita pela Sky Greens Farms. Com capacidade de produzir diariamente uma tonelada de vegetal, o local possui 120 torres de alumínio, de nove metros de altura, o que corresponde a um edifício de três andares. O sistema de estufas possibilita o cultivo de vegetais durante todo o ano.

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Primeira fazenda vertical do mundo está localizada em Singapura

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Estados Unidos

Já a maior fazenda vertical do mundo foi inaugurada em 2016, pela Aerofarms, em Nova Jersey (EUA). Com 21 mil metros quadrados, o local possui capacidade de produção de 900 toneladas de vegetais por ano. As plantas são cultivadas e colhidas sem a necessidade de sol e solo, utilizando grandes torres com bandejas aeropônicas e iluminadas por lâmpadas LED.

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Sistema de nebulização que pulveriza as raízes expostas com uma solução aquosa contendo os nutrientes necessários ao crescimento das plantas.

Fazenda vertical em Nova Jersey: maior do mundo

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Emirados Árabes

Até 2020, a da Crop One, operadora agrícola vertical, e a Emirates Flight Catering, operadora de catering aéreo (refeições servidas nos aviões), vão inaugurar uma fazenda vertical no Aeroporto Internacional de Dubai, nos Emirados Árabes. O investimento é de US$ 40 milhões. O local terá 130 mil metros quadrados e a expectativa é produzir diariamente três toneladas de verduras. Sua localização permitirá a entrega rápida de produtos frescos em poucas horas após a colheita, mantendo o valor nutricional dos alimentos e reduzindo as emissões de carbono associadas ao transporte.

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Aeroporto Internacional de Dubai, nos Emirados Árabes, terá fazenda vertical

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16Revista Painel

BrasilNo Brasil, o conceito de fazenda vertical

é novo. “É uma agricultura mais cara e por ser uma prática ainda recente e com poucos exemplos, é difícil obter recursos”, explica Ítalo, pesquisador da Embrapa.

Os produtos cultivados em fazendas verticais têm valores elevados, se compa-rados aos tradicionais, para que o produtor

Em 1999

o biólogo, Dickson Despommier, da Universidade de Colômbia, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, descreveu o conceito da fazenda vertical. Na publicação “A fazenda vertical: alimentando o mundo no século XXI” ele explica o impacto da agricultura urbana e como ela mudará a maneira de produzir alimentos. Sem fornecer detalhes, ele propõe uma série de possibilidades teóricas com informações suficientes para inspirar diversos grupos a criarem condições para viabilizar as fazendas verticais.

possa auferir lucro no processo, argumenta o pesquisador. No Brasil, a indicação para esta técnica é para centros consumidores de alta renda, como Brasília (DF). Uma das razões é o alto consumo de energia elétrica, já que são usadas lâmpadas LED.

Para Ítalo, uma das soluções seria utilizar a luz do sol como fonte principal e a ilumi-nação artificial apenas como complemen-

tação. “Por estarmos em um país tropical, não faz sentido pensar em iluminação artificial como a principal fonte”, sugere.

De acordo com o pesquisador, desde 2017, a Embrapa é consultada para a realização de parcerias em projetos de fazendas verticais. “O perfil do potencial produtor é geralmente urbano, com ex-periência empresarial ou em tecnologia da informação”, destaca.

O pesquisador diz que a Embrapa não descarta a possibilidade de criar um pro-tótipo para testar o cultivo em ambiente controlado e verificar os resultados, utili-zando diferentes temperaturas e tipos de iluminação e quem sabe, no futuro, auxiliar na implantação das fazendas verticais no país. “Ainda é preciso realizar muitos experimentos até chegar num ponto em que a fazenda vertical seja uma saída viável”, finaliza.

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Música

AEAARP lança DVD da Noite de Gala

A noite que marcou os 70 anos da AEAARP no Theatro Pedro II está registrada em DVD

O Coral Som Geométrico e a Orquestra Sinfônica de Ribei-rão Preto subiram ao palco do

Theatro Pedro II em 2018 para relembrar a cerimônia solene de inauguração da AEAARP, que aconteceu 70 anos antes de forma semelhante. Agora, esta noite inesquecível poderá ser assistida em alta resolução no DVD que será lançado no dia 21 de março, na Associação.

Neste evento, o Coral, regido pela enge-nheira e maestrina Regina Foresti, reapre-sentará o repertório cantado na noite que comemorou os 70 anos da AEAARP. O grupo La Musicale, composto por instrumentos de corda, acompanhará a apresentação.

“Será um pequeno concerto, desta vez com toda a pompa que a nossa sede nos proporciona”, comemora a maestrina.

Os R$ 10 que serão cobrados na entrada dão direito ao convidado levar para casa o

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Em 1948

A AERP (arquitetura e agronomia ainda não integravam o nome da entidade) celebrou a fundação com um concerto da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, no Centro Médico, com a pianista Olga Tarlá como solista. Tudo foi transmitido ao vivo pela emissora de rádio PRA-7.

Em 2018

A AEAARP celebrou aquela noite no Theatro Pedro II, com um concerto da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto acompanhada pelo Coral Som Geométrico, fundado pela Associação nos anos de 1990. O espetáculo foi transmitido ao vivo, pelo Facebook.

DVD. “É um importante registro da nossa his-tória, assim como foi o relato, na ata de 1948, que nos permitiu fazer a homenagem do ano passado”, fala o engenheiro Arlindo Sicchieri Filho, diretor financeiro da Associação.

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Educação

Mais prática, menos teoria

Cerca de quatro anos depois do início das discussões, o Conselho Nacional de Educação (CNE) define nova normatização para o ensino das engenharias

nas instituições de ensino do Brasil; o documento passou por audiências, consultas públicas e aguarda homologação

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OConselho Nacional de Educa-ção (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC),

atualizou em janeiro as Diretrizes Curricu-lares Nacionais dos cursos de engenharia. As mudanças, cujas propostas foram de-batidas no decorrer do ano de 2018, são válidas para todos os cursos do país, em instituições públicas e privadas. O foco, de acordo com o documento do CNE, é ampliar o acesso dos egressos do ensino médio aos cursos de engenharia, reduzir a evasão e conectar a academia às neces-sidades do mercado de trabalho.

De acordo com o relatório do CNE, o Brasil enfrenta dificuldades de competir no mercado internacional em razão da escassez de engenheiros no país. Em 2014, países como Coreia, Rússia, Finlândia e

Áustria contavam mais de 20 engenheiros por 10 mil habitantes; Chile e Portugal tinham 16 engenheiros por 10 mil habi-tantes e o Brasil 4,8 engenheiros para o mesmo universo de pessoas. Os números

Fonte: Agência de Notícias Confederação Nacional das Indústrias (CNI)

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Fonte: Oganizado por Vanderli Fava de Oliveira. Base: dados inesp.gov.br, set/2017

são do relatório de 2016 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e foram citados no documento do CNE.

Em 2018, entre os 128 países avaliados no Índice Global de Inovação (IGI), o Brasil ficou em 64º lugar. O relatório do CNE usa o número apurado em 2017, quando o país ocupava cinco posições mais baixas no mesmo ranking (69º). O IGI é produzido por instituições estrangeiras com o apoio do Sebrae e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem por objetivo medir o ambiente de inovação no país. Regio-nalmente, o líder em inovação é o Chile.

Em 2016, de acordo com o CNE, foram graduados 100 mil bacharéis em Engenharia em todo o país. O número poderia ser maior: a evasão, de acordo com o órgão, é de 50% nas fases iniciais do curso. O objetivo das novas diretrizes é o de aliar o conhecimento técnico às competências em outras áreas, como gestão e empreendedorismo.

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OpiniãoO alto índice de evasão, na visão do

engenheiro Fernando Brandt, coordena-dor do curso de Engenharia da UNIP de Ribeirão Preto, deve-se à falta de aptidão do aluno. “Aquele que tem vocação para fazer engenharia não se importa com dis-ciplinas do básico. Para esse tipo de aluno, com raciocínio lógico, essas disciplinas são prazerosas. Para aquele que não tem essa habilidade lógica, a disciplina é muito pesada, e acaba desistindo”, exemplifica.

Em sua visão, as alterações propostas pelo CNE não combaterão a evasão. “Te-nho receio de que as instituições de ensino da Engenharia coloquem profissionais deficitários no mercado. Sou da opinião de que seria melhor formar técnicos e manter os cursos tradicionais da forma que se encontram”, completa. Para ele, incrementar a qualidade do ensino médio, nas questões básicas de matemática, física e química, por exemplo, proporcionaria estímulo ao estudante nas universidades.

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Escolas de Engenharia no Brasil

1792 Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro, sucedida pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).

1876 Escola de Minas, em Ouro Preto.

1889 até 1950 Desde a proclamação da República até os anos de 1950, foram criadas 13 novas escolas de Engenharia no Brasil com 70 cursos em oito estados.

A partir da edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, aumentou o número de escolas de Engenharia e de habilitações.

Fonte: Oganizado por Vanderli Fava de Oliveira. Base: dados inesp.gov.br, set/2017

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nar o ensino de engenharia mais prático, que é uma das características das novas Diretrizes, proporcionará mais autono-mia ao futuro profissional.

“Essas medidas, que acrescentam ativida-des práticas e projetos, e o uso a tecnologia da informação como aliada no processo de ensino, são importantes para que o aluno vivencie no dia a dia do curso um pouco do que ele encontrará na prática”, defende.

Acesse a íntegra no Portal AEAARP

www.aeaarp.org.br

O documento aprovado pelo CNE, e que ainda não foi homologado pelo MEC, define, entre outras coisas, que as escolas deverão adotar “metodologias de ensino mais modernas e adequadas à nova realidade”, estimulando a prática em suas disciplinas curriculares.Na “sala de aula invertida”, por exemplo, o docente poderá propor ao aluno o conteúdo da disciplina, que será compreendido por ele antes da aula. “Professores deixam de ter um papel principal e central na geração e disseminação de conteúdo, para adotar um papel de mediador e tutor”, descreve o documento.O CNE também orienta que “os cursos devem ser levados a interagir com as organizações para desenvolver atividades e projetos de interesse comum. Para tanto, devem ser estimuladas atividades além das tradicionais oportunidades de estágio”. Isso inclui a ação de docentes nas empresas e de profissionais das empresas no âmbito dos cursos. Desta forma, o CNE espera que os projetos finais de cursos proponham a resolução de problemas concretos, tanto do setor produtivo quanto da sociedade em geral.

A diretriz_

Para a engenheira Emanuelle Fazen-deiro Donadon Aloise, coordenadora do curso de Engenharia do Centro Universi-tário Moura Lacerda, as novas diretrizes vêm de encontro ao que o mercado exi-ge dos egressos do curso. Ela concorda que as disciplinas dos primeiros anos, especialmente as mais teóricas – como física e cálculo –, são responsáveis pelo alto índice de evasão. Em sua visão, tor-

Segundo o CNE, no Brasil existem 250 cursos à distância de Engenharia.

Fonte: Oganizado por Vanderli Fava de Oliveira. Base: dados inesp.gov.br, nov/2018

O engenheiro Osmar Barros Júnior, diretor do Confea, classifica a mudan-ça proposta pelo CNE como “radical”. A nova diretriz, conta, tira o aluno do ambiente escolar, introduzindo-o na prática profissional já nos primeiros anos, com foco no empreendedorismo e na inovação tecnológica. Apesar de ver radicalidade na proposta, ele não se opõe às mudanças e defende a interdis-

ciplinaridade. No entanto, acre-

dita que a legislação, de forma geral , é “muito flexível” em relação ao Ensino a Distância (EAD). O Confea, enfatiza, é contra o ensino da engenharia nesta modalidade. A Dire-triz do CNE admite o uso de tecnologia da informação, de “sala de aula invertida”, dentre outras mu-danças na didática e no cotidiano da vida acadêmica.

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Eleição

Votação para sucessão na AEAARP acontecerá em março

Diretoria e 1/3 do Conselho serão renovados

No dia 25 de março, das 8h às 20h, associados da AEAARP poderão votar para escolher a nova diretoria da entidade e aqueles que renovarão

1/3 das vagas do Conselho Deliberativo.A votação acontece a cada dois anos para a diretoria

e todos os anos para o Conselho. Os integrantes da di-retoria, incluindo presidente e vice, podem ser reeleitos para a mesma posição uma única vez, exercendo dois mandatos consecutivos.

“É uma forma estatutária de proporcionar a renovação dos quadros, oxigenando a Associação e permitindo que outras pessoas possam participar”, explica o engenheiro Carlos Alencastre, presidente da AEAARP.

O voto é secreto e a votação equivale, do ponto de vista estatutário, a uma Assembleia Geral, quando todos os associados são convidados a participar.

De acordo com o novo Estatuto Social, aprovado em 2018, para votar, o profissional deve ser associado e estar adimplente. A partir deste ano, não é mais exigido registro nos conselhos de classe – CREA e CAU.

“Democraticamente, os candidatos têm a oportunidade de expor o que querem para o futuro da nossa entidade.

Tento em vista o rico passado, a responsabilidade é gigantesca”, fala Carlos, que encerra neste ano dois mandatos consecutivos à frente da diretoria.

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O que fazem Os

Formada há cinco anos pela Uniseb COC, em Ribeirão Preto, Rafaela Maia Sant’Anna, 27 anos, optou pela arquitetura de eventos. Entre as suas funções está a elaboração, criação e concepção de projetos para festas. “Encontrei uma vertente da arquitetura interessante, onde é possível explorar bastante. Vejo que o mercado cresce a cada ano e com ele a oportunidade de trabalho, principalmente na área de entretenimento”, diz.

Rafaela trabalha no departamento de projetos da Ticomia Formaturas. Ela é responsável pela planta estrutural do evento, criação de espaço te-mático, layout dos bares e palco, além de supervisionar a montagem e garantir que o planejamento e o orçamento sejam cumpridos. Outra de suas funções é a criação de plantas em 3D que permitem ao cliente ver como será o ambiente.

O gosto pela área teve início ainda na faculdade. Influenciada pela irmã, que já trabalhava com eventos há 17 anos, começou a desenvolver pequenos projetos. O resultado foi tão positivo que as pessoas começaram a procurá-la para desenhar em 3D. “Comecei com festas eletrônicas e carnaval. Fazia projetos de layout e criação de fachadas e ambiente interno de camarotes”, especifica.

Recém-formada trabalhou em escritórios de arquitetura de Ribeirão Preto e no estado do Pará. Ela confessa que, no início, sentiu-se atraída por áreas mais convencionais do ofício – como reformas e construções. As oportunidades, porém, lhe mostraram outras possibilidades.

“Aconselho nunca parar de estudar. É preciso buscar sempre por cursos de aperfeiçoamento, principalmente em maquete eletrônica, pós-produção e edição e efeitos de vídeo”, sugere.

jovens profissionais?

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biotecnologia integrará o grupo ou categoria Engenharia, modalidade Química.

Parágrafo único. O respectivo título pro-fissional será inserido na Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea con-forme disposto no caput deste artigo e da seguinte forma:

I - título masculino: Engenheiro de Biopro-cessos e Biotecnologia;

II - título feminino: Engenheira de Biopro-cessos e Biotecnologia; e

III - título abreviado: Eng. Bioproc. e Biotec.

Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 1º Discriminar as atividades e com-petências profissionais do engenheiro de bioprocessos e biotecnologia e inserir o respectivo título na Tabela de Títulos Profis-sionais do Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

Art. 2º Compete ao engenheiro de bio-processos e biotecnologia as atribuições previstas no art. 7° da Lei 5.194, de 1966, combinadas com as atividades 1 a 18 do art. 5º, § 1º, da Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, referentes aos processos e produtos que utilizem sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados destes em áreas da saúde, da agricultura, de alimentos e bebidas, da energia, do meio ambiente, da indústria bioquímica, do melhoramento

genético, e ao tratamento e aproveitamento de resíduos.

Art. 3º As competências do engenheiro de bioprocessos e biotecnologia são concedidas por esta resolução sem prejuízo dos direitos e prerrogativas conferidos ao engenheiro, ao engenheiro agrônomo, ao geólogo ou engenheiro geólogo, ao geógrafo e ao me-teorologista por meio de leis ou normativos específicos.

Art. 4º As atividades e competências profissionais serão concedidas em conformi-dade com a formação acadêmica do egresso, possibilitadas outras que sejam acrescidas na forma disposta em resolução específica.

Art. 5º O engenheiro de bioprocessos e

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Resolução nº 1.108, de 29 de novembro de 2018

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Notas

Os engenheiros Fernando Cauchick Carlucci e Giulio Roberto Azevedo Prado foram eleitos para o Conselho do CREA-SP. O suplente de Fernando é o engenheiro Sílvio Augusto Gaspar Malvestio e o de Giulio é Marcelo Fernandes.

Nasce a AssilConRPCom a presença de 40 pessoas, entre empresários da construção civil e lideranças locais, foi realizada a assembleia de constituição da Associação das Incorporadoras, Loteadoras e Construtores de Ribeirão Preto (AssilConRP). A entidade tem como objetivo representar o setor, individual e coletivamente, além de atuar junto à sociedade. O engenheiro José Batista Ferreira foi eleito presidente da entidade e o engenheiro João Theodoro Feres Sobrinho, vice-presidente. A reunião de fundação da AssilConRP aconteceu na sede da AEAARP. Além dos sócios fundadores, estiveram presentes lideranças de entidades locais, o presidente da AEAARP, engenheiro Carlos Alencastre, diretores e conselheiros.

Projeto simplesO prefeito Duarte Nogueira Júnior assinou decreto que institui e regulamenta procedimentos para solicitação e obtenção da aprovação de projetos simplificados de construção no município. A decisão abrange projetos residenciais unifamiliares e edificações de uso não residencial, como comércio de pequeno porte e locais para prestação de serviços profissionais, à exceção de consultórios médicos, odontológicos, laboratórios de análises clínicas e instituições de longa permanência de idosos, entre outros. Desburocratizar o processo é uma das vantagens da decisão, na opinião do engenheiro Fernando Junqueira, vice-presidente da AEAARP. “Aprovar projetos demanda pessoal especializado, que pode fazer muito mais do que isso, otimizando tempo e equipe”, enfatiza. Ele participou da solenidade em nome da Associação.

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