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ANO III - Nº 34 - AGOSTO DE 2015 - P ASCOM - P ASTORAL DA COMUNICAÇÃO acesse www.paroquiadosantoantonio.com.br SOMOS TODOS IRMÃOS!

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Ano III - nº 34 - Agosto de 2015 - PAscom - PAstorAl dA comunIcAção

acesse www.paroquiadosantoantonio.com.br

SOMOS TODOS IRMÃOS!

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EDITORIALAgosto é o

mês de rezar pe-las divinas voca-ções. Uma ora-ção que peça, ao Senhor da messe, que en-vie operários e uma na perspec-tiva da sustenta-ção daqueles e

daquelas que já responderam seu “sim” às diversas vocações na Igreja. Fruto do chamado à vida, nossa primeira voca-ção, o discípulo missionário é alguém que descobriu, na fonte originária de todas as vocações, o batismo, o seu modo de servir aos irmãos.

Agosto, também, foi o mês do aviva-mento missionário em nossa paróquia. Respondendo às provocações que o tempo se nos impõe, celebramos uma semana intensa de missão em nossas comunidades, no período de 09 a 16. Como é bonito perceber que o senso de pertença à comunidade rompe com um dos maiores venenos da sociedade atual, o individualismo. Por isso, a im-portância de ir às periferias da existên-cia, como nos pede o Santo Padre Papa Francisco. Somos uma paróquia em es-tado permanente de missão!

Agosto, ainda, é o mês de aniversá-rio do nosso querido e amado pastor, Dom Itamar Vian, ofmcap. Um francis-cano capuchinho de alma, genuinamen-te, simples e orante. Nosso arcebispo é um pastor zeloso e muito atencioso com os que lhe solicitam presença e pa-lavras de conforto, incentivo, encoraja-mento. Um homem que transparece a alegria da vocação abraçada: religioso, sacerdote e bispo! Mas, nada disso o envaidece, pelo contrário, continua sen-do um “irmão menor”. Parabéns pelos 75 anos de vida e pelo cuidado com as Igrejas que lhes foram confiadas, par-ticularmente, pela nossa amada Igreja particular de Feira de Santana.

Por fim, nossa edição traz, ainda, a vida de Santa Mônica e Santo Agostinho e nos ajuda a perseverar nas orações pelos filhos; uma bela reflexão sobre o dogma da Assunção de Maria; fazemos memória da Semana Missionária paro-quial e apresentemoas nossa prestação de contas!

Boa leitura! Frei Mário Sérgio, ofmcap

A Igreja celebra dia 15 de agosto a festa do dogma da Assunção de Maria. A Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. O dogma da Assunção de Maria foi proclamado pelo papa Pio XII em 01.11.1950 na Constituição Apostóli-ca “Munificentíssimus Deus”.

O dogma da Assunção de Maria nos ensina que:- Maria é imagem e início da Igreja do futuro;- Uma mulher que participa da Glória do Deus vivo; a dignidade da mulher é

reconhecida pelo criador;- Nosso corpo, templo do Espírito Santo, é para a santidade, não para o peca-

do.A Assunção de Maria significa a glorificação da Mãe de Deus, acolhida no céu

como nossa Mãe e Modelo no seguimento de Cristo. Nossa Senhora sempre acreditou no seguimento de Cristo. Por isso, confiemos no Senhor e em sua promessa. Como Maria, desejamos dedicar-nos inteiramente ao Senhor e a Igreja no serviço aos irmãos e irmãs. Maria é a Mãe da nova criação, é a mulher fiel diante da promessa do Senhor, contri-buindo de modo significativo e especial na obra redentora de seu Filho Jesus Cristo.

Maria sempre nos encaminha para o amor de Deus. Desde a anunciação até a contemplação do seu Filho na Cruz, ela é a mulher destemida que não tem medo do dragão da maldade. Maria é a Mãe solidária com a humanidade, ela é a portadora do ressuscitado. O “SIM” de Maria ao Anjo tornou-se sua atitude de vida diante de Deus.

O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a realização final. Tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção no cumprimento das promessas de Deus. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo mais justo e solidá-rio, para participar também, um dia, do Reino definitivo.

Uma mulher já participa da glória de Deus que está reservada à humanidade. Também nasce, para todos nós, um grande desafio: lutar em favor das mulheres que, nem sempre têm deixado transparecer sua grande vocação. Em Maria, a dignidade da mulher é reconhecida pelo Criador. Crer na Assunção de Maria é proclamar que aquela mulher que deu a luz num estábulo, entre os animais, foi exaltada por Deus e, por isso, está cada vez mais próxima da humanidade.

Olhemos para Maria e aprendamos dela a sempre acolher o Salvador. Eis a festa da Assunção de Maria, que acon-tecerá para todos nós, se perseverarmos em nosso “SIM” a Deus. Ela é nosso modelo, nossa esperança.

“Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28).Ana Moreira

Santa Mônica nasceu provavelmente no ano 331, em Tagaste, antiga cida-de da região da Numídia, localizada ao norte da África, onde hoje estão a Argélia e parte da Tunísia. Foi mãe de Santo Agostinho.

Criada por uma escrava, de quem recebeu rígidos ensinamentos religiosos. Casada, ainda muito jovem, com Patrício, buscava na fé e no ideal cristão de boa esposa e mãe uma forma de amenizar o sofrimento provocado pela infide-lidade do marido.

Sofria também com a vida herética que o filho Agostinho levava e empe-nhou-se, fervorosamente, por meio da oração, para conseguir a conversão do filho ao cristianismo, objetivo finalmente alcançado no ano de 387, mesmo ano de sua morte, aos 56 anos.

Santo Agostinho creditava à mãe o papel de verdadeiro alicerce para a sua conversão à fé verdadeira, atribuindo a um sonho de Santa Mônica o passo definitivo para a sua nova vida completa-mente devotado a Cristo. E foi justamente o papel decisivo para a conversão do filho, ao ensinar-lhe virtudes essenciais da vida cristão, permeada pela moral, pudor e mansidão, que a tornou merecedora da canonização.

Santa Mônica tem sua festa comemorada a 27 de agosto e é considerada a padroeira dos pais que convertem os fi-lhos.

Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354, em Tagaste. Convertido ao cristianismo, foi batizado na Páscoa do ano de 387, em Milão, Itália, pelo agora santo bispo Ambrósio, de quem era grande admirador. Retornando à sua terra, vendeu todos os seus bens e passou a adotar um novo estilo de vida, juntamente com seus amigos, dedicado à oração e aos estudos.

Foi ordenado em 391, e em seguida organizou um mosteiro para a sua comunidade de irmãos, em Hipona, cidade da qual mais tarde foi aclamado Bispo.

Dotado de rara inteligência, aliava sua alta espiritualidade à defesa incansável da doutrina de Cristo. Foi considera-do o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo, sendo que sua obra inspirou a maioria dos pensado-res dos séculos que se seguiram. Deixou um legado de valor inestimável, representado por importantíssimos livros entre os quais “Confissões” e “Cidade de Deus”. Por tudo isso recebeu, posteriormente, o honroso título de doutor da Igreja.

A comunidade formada por Agostinho deu origem a diversas outras Ordens eremíticas. Em 1244, a Santa Sé reúne os eremitas em uma única Ordem, originando, então, aquela que mais tarde veio a ser designada como Ordem de San-to Agostinho.

Santo Agostinho é celebrado no dia da sua morte, 28 de agosto.Antônio Roberto Vieira Gonçalves

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Santa Mônica e Santo Agostinho

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NOSSO IRMÃO

SOMOS TODOS IRMÃOS

D. Itamar Vian, terceiro bispo da Diocese feirense e primeiro Arce-bispo da Arquidiocese, comemora 75 anos de vida no dia 27 de agosto. Nascido em Roco Sales, Rio Grande do Sul, tornou-se presbítero em 1º de dezembro de 1968. Ainda no Rio Grande do Sul, foi professor da Faculdade de Ijuí e da Universidade Católica de Pelotas e, além da do-cência, ocupou a função de Definidor da Província da Ordem Capuchi-nha riograndense, entre os anos de 1976 a 1984.

Em 8 de abril de 1984, foi ordenado Bispo da Diocese de Barra, Bahia, onde permaneceu até 1995, quando assumiu a Diocese de Feira de Santana, tornando-se Arcebispo em 16 de janeiro de 2012. Nesses 20 anos à frente da Igreja Católica em nossa cidade, D. Itamar, tendo como lema episcopal a expressão “Somos Todos Irmãos”, atuou ativamente na construção e consolidação de um complexo assistencial-educativo e reli-gioso. Dessa forma, a Igreja Católica, uma instituição com uma exube-rante contribuição na formação da civilização ocidental, fundamentada nos princípios e valores da tradição intelectual e humanística da religião

Frei Mário Sérgio, ofmcapDom Itamar Vian celebra seus 75 anos de vida e de um feliz pastoreio

à frente das Igrejas Particulares de Barra/BA e de Feira de Santana/BA. Ele é um “baianucho”, isto é, gaúcho de nascimento e baiano de coração. Na cuia do seu chimarrão, tem uma gota de dendê! Mas, foi em terras baianas que Dom Itamar Vian ofereceu o que de melhor o Espírito Santo lhe presenteou: o coração de pastor!

Sensível às causas sociais, sem jamais perder a ternura e a verdade do Evangelho, nosso amado bispo fez, de sua vida, um constante exercício de compaixão pelos “preferidos de Deus”, os pobres. Sem esse compro-misso com seu povo, o bispo empobrece sua missão. Por isso, Dom Ita-mar Vian deixará esse legado de ter ido às periferias das cidades e das existências humanas, conforme salienta o Papa Francisco.

Somos Todos irmãos! Esse é seu lema de bispo! Na verdade, não é, tão somente, um slogan, senão um amplo projeto de vida. Frade Francis-cano Capuchinho, Dom Itamar Vian tem, na fraternidade, o seu modo de ser. Frade quer dizer irmão, aquele que vive a fraternidade e em frater-nidade. Por isso, é o irmão que vive sem nada de próprio, mas, reparte o saber, os dons, os bens, o afeto e o apoio em fraternidade. Essa força do carisma franciscano é visível, facilmente, na vida de Dom Itamar Vian, que, embora não seja um simples homem, é um homem simples!

Dom Itamar Vian é um verdadeiro irmão menor! Menor significa ser ungido pelo Senhor para acolher e respeitar todas as criaturas. Realizar os serviços simples, humildes, com alegria e espírito de serviço, estando entre os que sofrem, entre os pobres e marginalizados; Como é alentador, saber que Dom Itamar Vian continuará entre nós! E o melhor disso tudo é a nova missão que ele quer abraçar até o fim da sua vida: cuidar dos doentes! São Francisco começou sua vida cuidando dos doentes de sua época e nosso amado bispo termina sua missão, como o Pai Seráfico, cuidando dos doentes de hoje!

cristã, passou a atuar de forma mais efetiva na formação, expansão e aperfeiçoamento da educação e da cultura loco-regional.

Ademais, além da pujante ação evangelizadora, testemunhamos a presença marcante da sua liderança nos movimentos sociais e na expan-são e organização da Igreja sob sua orientação eclesiástica. Em vista disso, liderou o movimento contrário a privatização da Embasa, em 1999, a fundação da Faculdade Arquidiocesana, em 2004, a reabertura do Hospital D. Pedro de Alcântara, em 2005, a fundação da Fazenda da Esperança, em 2008, e a construção do Mosteiro das Irmãs Clarissas, em 2012.

Portanto, nesse dia de festa, D. Itamar, seus irmãos da Paróquia de Santo Antônio, manifestam a alegria e o desejo que Deus continue a iluminar a sua caminhada, retribuindo com saúde, paz e bênçãos tudo quanto em seu nome foi realizado.

João Batista e Zina Cerqueira

Por fim, como que fontes torrenciais, jorram dos nossos corações o mais terno e puro sentimento de gratidão a Deus por nos ter enviado tão egrégio missionário lá dos Pampas para o sertão! O Frade Capuchinho é chamado a ser missionário, a colocar-se a serviço da Igreja, das comuni-dades, do povo de Deus. A ser portador da Boa Nova do Reino pelo seu testemunho de vida, pelo seu serviço, pela sua presença e pela sua prega-ção. Obrigado, Frei Itamar Vian, pela vivência tão fiel do nosso carisma de Frade Capuchinho, de irmão menor!

Ad multos annos!

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Buffet a Kilo no almoçoRua São Domingos, 86 Santa Mônica - Antigo "LA CAPANNA"

Tel.: (75) 3616-1441 / 3616 - 0306HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: SEGUNDA A SÁBADO: 11h30 às 14h30

DOMINGO: 12h00 às 15h00

MATRÍCULAS ABERTAS

SEMANA MISSIONÁRIA PAROQUIAL – 09 A 16 DE AGOSTO 2015Tema: Cristãos Leigos e Leigas, na Igreja e na Sociedade –

“Sal da terra luz do mundo”.

Missão é tempo de graças. Somos chamados a fazer uma expe-riência filial com Deus, a qual é vivida numa relação de comunhão consigo mesmo, com o outro e com toda a criação na vivência comu-nitária dos dons. Ser missionário é colocar-se a serviço dos irmãos, principalmente dos doentes, pobres, marginalizados..., anunciando a boa Nova do Reino a todas as criaturas (Mt 28,19), na fidelidade do projeto de Deus, como Maria o fez até as últimas consequências.

O tema da missão era impulsionar leigos e leigas a experimentar a alegria de servir, com um novo ardor missionário, como verdadeiros discípulos(as) de Jesus Cristo. E assim, buscar cada vez mais assu-mir o seu compromisso de ser Igreja na sua própria realidade, sendo sal e luz do mundo. Reafirmando que somos Igreja viva, povo de Deus que forma comunidades e a história da Salvação. O leigo é um sujeito eclesial que realiza, em sua condição, a tríplice missão de Je-sus, “sacerdote, pastor e rei”.

Logo, a semana missionária que aconteceu entre 09 a 16 de agos-to foi, realmente, um tempo de benção e de graça para toda comuni-dade Paroquial. Foram leigos(as) engajados que se empenharam na realização dos objetivos propostos para esse tempo de missão e supe-rando nossas expectativas. Portanto, os missionários sentiram-se ani-mado(as) por “sair” ao encontro do outro e assim constituir a cultura do encontro e da solidariedade, como pede o Papa Francisco.

Foram feitas visitas às casas, hospital, encontros nas famílias, pa-

lestras em todas as comunidades (ministrada por casais), a Adoração ao Santíssimo Sacramento, e caminhada da família, com testemu-nhos. E para encerrarem as atividades tivemos a gincana e o luau da juventude. Quanto às visitas às famílias, apesar dos muitos desafios, era tudo o que muitos esperavam: o escutar, a reflexão da Palavra de Deus, a oração de benção e a partilha de vida, principalmente, na visita ao HOSPITAL CLÉRISTON ANDRADE, foi como um apelo que Deus nos fez para darmos continuidade à visita hospitalar. Res-saltando que, todos esses momentos marcaram a semana missionária, nos deixando um profundo sentimento de ser Igreja.

Portanto, ser missionário não é privilégio de um grupo escolhido, mas um serviço que nasce do batismo, enraizado na pessoa de Cristo, nosso Salvador e libertador. Missão é questão de amor. A experiência do amor faz sair de si, ir ao encontro do outro. Assim, gerando o ver-dadeiro sentido de vida e de vida plena, como disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

COMISSÃO MISSIONÁRIA PAROQUIAL – COMIPA

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AGOSTO: MÊS VOCACIONAL

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A Encíclica Laudato Sì, desenvolvida em 6 capítulos e 246 pará-grafos por Papa Francisco, ressalta o conceito da Terra como a casa comum, lamentando as agressões perpetradas pelos homens ao meio ambiente, com efeito reverso ao homem, autor e vítima dos impactos negativos.

Frente ao imperativo de mudança comportamental ecológica, Papa Francisco assinala os princípios norteadores dessa mudança, fundados na palavra e ação de Deus, em linha teológica, e nos estudos e pesqui-sas naturais, em linha científica.

“Saber não é fazer,” diz o adágio popular, e a Encíclica, assina-lando essa idéia, anota que conhecer a problemática ambiental é só o primeiro passo. O saber que não se muda em compromisso e ação, não corrige rotas.

Em sua interação com a Terra, o homem não se pode contentar na condição de usuário privilegiado dos bens naturais, precisa perceber-se causador de peso dos estragos produzidos de modo ganancioso, irre-fletido e leviano (cap.I).

A correção de proa tem, na palavra e ação de Deus (cap.II) e nas ciências humanas, o seu GPS de posicionamento ecológico e de per-cepção dos “gemidos da Terra.” “A técnica separada da ética dificil-mente será capaz de autolimitar o seu poder.” (cap.III).

O perceber atento, por parte do homem, da tragédia ambiental o faz sentir-se agressor da maravilhosa obra de Deus.

O segundo capítulo encerra-se com o olhar de simpatia, admira-ção e reverência de Jesus ao mundo. Ele “não se apresenta como um asceta separado do mundo ou inimigo das coisas aprazíveis da vida.”

Advertindo que o Universo não é uma simples moldura periférica, o ser humano experimenta em si os danos causados ambientalmente. O íntimo relacionamento dos elementos da natureza proporciona o refletir sobre uma “ecologia integral, que inclui claramente (também) as dimensões humanas e sociais.” (cap.IV).

A consciência da interação com o Universo determina a necessida-de dos humanos reverem suas atitudes, intervindo, positivamente, em nível político, empresarial, econômico, científico e religioso, produ-zindo uma interface entre essas modalidades (cap.V).

Perceber e tomar consciência dos desmandos ecológicos é só um primeiro passo, que os deve remeter à educação renovadora das atitu-des concretas e benéficas ao meio ambiente (cap.VI).

A conclusão da Encíclica faz-se em forma de dúplice oração, evi-denciando que para tais propostas não basta o empenho do homem, mas acorre a intervenção de Deus, a fim de rever suas operações hostis ao meio ambiente.

Na compreensão da Encíclica, o conceito de ecologia integral emerge da interconexão e interação entre o homem e o Cosmo. O Papa alerta para o risco do reduzir-se o problema ecológico só aos choques negativos à natureza, quando de fato, se deva objetivar a reconstrução da harmonia de todo o Universo, do qual o homem é parcela com sua história e relações. Adverte ainda a Encíclica contra a ilusão de se pretender construir a harmonia do Universo, se antes o ser humano não se humaniza consigo mesmo e com os semelhantes mediante a ética e a justiça.

O primeiro espaço a ser humanizado é, precisamente, o humano. Uma humanidade sem coesão contamina as instituições, a política, a economia, a religião e a ciência, inviabilizando a reconstrução da

harmonia universal.A Encíclica toca o sistema nervoso, sensibilíssimo, da relação eco-

logia e economia, sempre muito difícil. Os ecologistas desdobram-se na preservação e aperfeiçoamento ambientais, em contraponto com os economistas, focados, fortemente, no melhoramento do nível de vida das pessoas, indiferentes, às vezes, aos cuidados ambientais e à otimi-zação da justa distribuição das riquezas.

A Laudato Sì põe-se como documento “verde” de correção do antropocentrismo moderno, responsável “ por colocar a razão técnica acima da realidade,” agindo sobre a natureza sem avaliar as consequ-ências que lhe possam advir. O ser humano dirige-se ao seu ambiente natural com ânimos de uso e consumo imediato.

Voltando-se à cultura do descarte e dos desperdícios, o Papa Fran-cisco o faz não apenas com uma visão religiosa, mas com tom de trata-do científico, somando esforços de teólogos e pesquisadores, mirando para o evento do Ipcc (Intergovernmental Panel on Climate Change) a celebrar-se no próximo mês de novembro, em Paris, sobre as mudan-ças climáticas, produzidas direta e indiretamente pelas ações humanas.

Mediante a Encíclica Laudato Sì, o Papa convoca todos a uma “conversão ecológica global,” iniciando-se com a redução dos descar-tes e desperdícios.

O Leitmotif da Encíclica é o Canto das Criaturas de Francisco de Assis. O Papa escreve na trilha da alma do Santo de Assis: “Se nos aproximamos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos.”

Francisco de Assis, concluímos nós, sem conhecimentos teológicos e científicos, pousava os olhos na natureza, vendo em cada ser que a compõe e habita companheiros de viagem, a quem se deve amor.

Frei José João Monteiro Sobrinho

ENCÍCLICA VERDE DE PAPA FRANCISCO,UMA LIÇÃO DE VIDA

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Celebrar São Roque expres-sa a fé e a cultura, aderentes à alma da Bahia religiosa.

O povoado de São Roque, de Feira de Santana, manteve sua história viva, no dia 16 de agosto do corrente ano, nos louvores ao seu Padroeiro.

Mesmo com a concorrên-cia de outros eventos em honra de querido santo, em diversas localidades da Região e a ocor-rência de encerramentos das Missões em comunidades vi-zinhas, a população local e os nativos residentes fora acorre-ram numerosos à celebração da santa Missa e procissão.

A festa transcorreu sem exterioridades supérfluas, mas densa em oração, reflexão e manifestações de fé.

Evidenciando a força da tradição e a importância do povoado, várias autoridades confraternizaram-se e celebraram o que de mais importante ali existe: a fé e a solida-riedade daquela gente.

A Comunidade de São Tar-cisio, situada no Bairro Irmã Dulce, em Feira de Santana, celebrou com dedicação e fer-vor a festa de seu Padroeiro, no dia 15 de agosto do ano em curso.

Precedida por tríduo pre-paratório, cujo tema central desenvolveu-se em torno da “Família: célula viva da Igreja e da Sociedade,” a festividade contou com a participação de numerosos fiéis. A presença de Dom Itamar Vian, encerrando o tríduo preparatório, signifi-cou uma grande performance religiosa para aquela comunidade.

São Tarcisio, um santo criança, oportuno apelo de fé e respeito a vulneráveis, numa sociedade agnóstica e farta em regulações estatutárias de proteção a menores, mas pon-tilhada por práticas de pedofilia, aborto e abandono de menores.

Comunidade São Roque

Comunidade São Tarcisio

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PARÓQUIA SANTO ANTÔNIOAv. Presidente Dutra, s/n – Capuchinhos CEP 44050-500 – Feira de Santana – Ba

E-mail: [email protected] de Feira de Santana

Pastoral da ComunicaçãoPároco: Frei Mario Sergio SouzaCoordenadora:Ana MoreiraJORNAL RESSOAR: Ana Selma Magalhães, Carlos Machado, Marcio Souza e Adriana Souza, Angélica Pedreira, José Rogério Cordeiro, Ana Moreira, Isa Lee, Lourdinha Grillo, Otom Oliveira e Aline Oliveira, Everilda Sampaio, Maiza Vacarezza, Antonio Roberto Gonçalves, Luzia Cristina Gomes e Áurea Chatobriand, Gutemberg Suzart.WEBTV CAPUCHINHOS:Ari de Almeida , Daniel Nogueira, Eulley Mota, João Ferreira, Leandro Freitas, Lorenna Cerqueira, Orisa Gomes, Paloma Sena e Sandoval LimaMÍDIAS E NOVAS TECNOLOGIAS:ISA LEE

PARA ACESSAR:TRANSMISSÃO AO VIVO MISSA DE DOMINGO 8h30Site: www.paroquiadodosantoantonio.com.br/tv.phpCanal do youtube: www.youtube.com/user/webtvcapuchinhos.Facebook: www.facebook.com/

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