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de ascensão vivi- da por Angola. Toda forma, é preciso não es- quecer a conti- nua necessidade de investimentos em educação e formação de ca- pital humano, bem como a cri- ação de ambien- te de negócios favorável ao con- tínuo crescimen- to local. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), através de seu Relatório Tri- mestral de acom- panhamento da conjuntura econó- mica mundial, deno- ta uma perspectiva de crescimento eco- nómico para Angola de 5,3%, superior tanto à média mun- dial quanto à média das economias afri- canas, fato forte- mente influenciado pelos investimentos realizados na ativi- dade petrolífera e nas obras de infra- estructura. É claro que esse op- timisto vive em fun- ção da continuidade do crescimento mundial, mas não se pode excluir o des- colamento da curva Perspectivas econômicas em alta Competitividade em foco Angola confirma dinamismo económico, conforme relatório anual de competitividade do Fórum Económico Mundial (WEF). Evolução do PIB per capita da nação evoluiu mais fortemente que a média da África Subsaariana, com efeito directo na evolução do PIB local, que atingiu US$ 118.7 mil milhões em 2012. WWW.CEICIN.ORG ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Economia de Economia de Angola Angola Angola - 2014.1 2014.1 2014.1 Panorama Internacional Pág. 02 Pauta Aduaneira: Potencialidades e Cuidados Pág. 04 Inflação: O que se esperar dos preços em 2014 Pág. 05 Balança Comercial positiva em US$ 40 mil milhões Pág. 04 Evolução da Bancarização Pág. 07 Censo 2014: Participe! Pág.10 Fonte: WEF, 2013

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Page 1: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

de ascensão vivi-

da por Angola.

Toda forma, é

preciso não es-

quecer a conti-

nua necessidade

de investimentos

em educação e

formação de ca-

pital humano,

bem como a cri-

ação de ambien-

te de negócios

favorável ao con-

tínuo crescimen-

to local.

De acordo com o

Fundo Monetário

I n t e r n a c i o n a l

(FMI), através de

seu Relatório Tri-

mestral de acom-

panhamento da

conjuntura econó-

mica mundial, deno-

ta uma perspectiva

de crescimento eco-

nómico para Angola

de 5,3%, superior

tanto à média mun-

dial quanto à média

das economias afri-

canas, fato forte-

mente influenciado

pelos investimentos

realizados na ativi-

dade petrolífera e

nas obras de infra-

estructura.

É claro que esse op-

timisto vive em fun-

ção da continuidade

do crescimento

mundial, mas não se

pode excluir o des-

colamento da curva

Perspectivas econômicas em alta

Competitividade em foco

Angola confirma dinamismo económico,

c o n f o r m e r e l a t ó r i o a n u a l d e

competitividade do Fórum Económico

Mundial (WEF). Evolução do PIB per

capita da nação evoluiu mais fortemente

que a média da África Subsaariana, com

efeito directo na evolução do PIB local,

que atingiu US$ 118.7 mil milhões em

2012.

WWW.CEICIN.ORG ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014

CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN

Economia de Economia de Economia de

Angola Angola Angola --- 2014.12014.12014.1

P a n o r a m a

Internacional

Pág. 02

Pauta Aduaneira:

Potencialidades e

Cuidados

Pág. 04

Inflação: O que se

esperar dos preços

em 2014

Pág. 05

Balança Comercial

positiva em US$ 40

mil milhões

Pág. 04

E v o l u ç ã o d a

Bancarização

Pág. 07

C e n s o 2 0 1 4 :

Participe!

Pág.10

Fonte: WEF, 2013

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O horizonte visto pa-

ra a economia mun-

dial é demasiado

cauteloso, apesar da

recuperação do

crescimento das

economias avança-

das e perspectivas

na redução dos estí-

mulos à economia

norte-americana.

Toda forma, a me-

lhora nas projeções

de crescimento das

avançadas nos leva a

uma indicação de

recuperação da de-

manda internacional

e, consequentemen-

te, melhora nos indi-

cadores das econo-

mias emergentes e

em desenvolvimen-

to.

O sinal da alerta que

deve ser monitorado

está na desacelera-

ção das economias

emergentes, em es-

pecial China e Brasil.

Ambos por fatores

diferentes. No caso

do primeiro, explica

-se pelo desestímulo

que vem ocorrendo

por conta do aumen-

to no custo laboral,

haja vista pressão de

organismos interna-

cionais por melhores

condições de traba-

lho local. Já no caso

brasileiro, a descon-

fiança do empresari-

ado local conjugada

à política econômica

ineficaz, balizada na

artificial melhora nos

indicadores monetá-

rio e fiscal; causa re-

dução na atividade

económica e impac-

to na escalada de

preços, pois coloca

os formuladores de

política económica

no dilema entre o

saneamento das con-

tas públicas e con-

tenção dos preços.

Sem embargo, e,

mesmo com todas as

questões que levam

em conta a questão

da Ucrânia e das

possíveis conse-

quências, a econo-

mia mundial cresceu

3,0% em 2013 e de-

verá acelerar esse

ritmo neste ano

(3,7%). Notadamen-

te, as influências

mais positivas foram

pela evolução da

Alemanha e Reino

Unido, além da recu-

peração de Portugal

e Espanha que pare-

cem ter iniciado seu

processo de saída da

crise. Vale destacar,

que mesmo com es-

se cenário diagnosti-

cado, a plena conti-

nuidade do cresci-

mento mundial está

em função da materi-

alização da econo-

m i a n o r t e -

americana.

Panorama Internacional

― E c o n o m i a

mundial cresceu

3,0% em 2013 e

deverá acelerar

esse ritmo neste

ano (3,7%)‖

Página 2

CONJUNTURA EM FOCO

Fonte: FMI, abril/2014

Page 3: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

Os números relativos às economias asiáti-

cas, em especial, China e Índia e às afri-

canas exportadoras de petróleo são bas-

tante optmistas, mostrando fortes poten-

cialidades. Numa ênfase mais restrita à

África Subsaariana, percebe-se taxas de

crescimento animadoras — apesar de to-

das as disparidades regionais já conheci-

das — forte influência da economia do

petróleo e dos investimentos em infraes-

tructura nos últimos anos.

Esses resultados são tão visíveis que, no

mês de abril, a Nigéria, actravés de seu

Escritório Nacional de Estatística, divul-

gou uma nova série de cálculo do PIB, co-

locando-a como maior economia da Áfri-

ca, ultrapassando a África do Sul. Segun-

do as estimativas do órgão nigeriano, o

Africanos e Asiáticos em destaque

Página 3

CONJUNTURA EM FOCO

Fonte: FMI, abril/2014

Perspectivas de crescimento do PIB real, para países selecionados — 2013-2015

PIB daquele país agora é de US$ 509 mil

milhões, colocando-o como a 26ª econo-

mia do mundo. Guardam-se as ressalvas

em torno do método utilizado para a apu-

ração do PIB nigeriano.

No caso angolano, o país apresentou a

quarta maior taxa de crescimento dentre

os países, reforçando as perspectivas po-

sitivas acerca da economia local. Fatores

como a estabilidade política, recursos ori-

undos do petróleo, investimentos em in-

fraestructura e controlo inflacionária ex-

plicam tal movimento e criam expectati-

vas favoráveis. Notadamente, a melhora

no ambiente de negócios e qualificação

da mão-de-obra local serão fundamentais

para a continuidade desse processo e mi-

tigação das disparidades actuais.

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Estruturalmente, o

sistema de tributação

de importações e

e x p o r t a ç õ e s

caracteriza-se como

i n s t r u m e n t o

governamental de

política de comércio

exterior, ou seja,

embora gerem receitas

fiscais, as taxas aplicadas não têm

c o m o p r o p ó s i t o

p r i n c i p a l , a

a r r e c a d a ç ã o d e

impostos.

No cerne da questão,

oferecendo sustentação

às taxas aplicadas,

e n c o n t r a m - s e

necessidades quanto a

i n s t r u m e n t o s

governamentais, para

proteção de empregos,

valorização do produto

nacional, incentivo ao

desenvolvimento da

indústria local e

a c e s s i b i l i d a d e e

a t e n d i m e n t o à s

diversas necessidades

do mercado interno.

Neste sentido, a nova

pauta aduaneira de

Angola é objeto de

opiniões divididas no

que concerne aos

objetivos e interesses,

em decorrência das

variadas nuances que

norteiam o tema. A

grande defesa está na

r e d u ç ã o d a s

importações e, com

isso, promoção da

produção nacional. A

partir desta pauta

acredita estar criado o

impulso que faltava à

reindustrialização do

país.

E m p r e s á r i o s e

economistas, por sua

vez, ponderam sobre

os possíveis impactos,

tanto favoráveis quanto

desfavoráveis. Quem

se manifesta em tom

favorável, cita como

argumento: (i) a

protecção da indústria

n a s c e n t e ;

(ii) a protecção e

incentivo à indústria

nacional; (iv) o

c o m b a t e a

concorrência desleal,

e; (v) a criação de mais

empregos e geração

de renda local .

A r g u n m e n t o s

consubstanciados na

r e c o n s t r u ç ã o d a

indústria nacional.

Quem se preocupa com

reflexos não tão favoráveis, menciona

que a pauta possui

características: (i)

protecionista, (ii) que

distorce o ambiente de

concorrência; (iii)

que geram tensões nos

preços; (iv) que

p o s s a m o c o r r e r

importações paralelas,

bem como adiamento

de compromissos

internacionais, como o

caso do adiamento da

entrada do país na SADC .

O fato é que o equilíbrio de todos

estes fatores, garantidos através

de ferramentas de controle por

agentes do mercado (auto-

regulado) e governamentais,

permitirão concretizar o êxito da

nova pauta adotada, cuja revisão

ocasionou o agravamento e o

desbravamento de produtos, com

a nobre missão de alavancar o

desenvolvimento da indústria e

do produto nacional.

Já os desagravamentos tiveram

como classe de intenção o apoio à

Produção Nacional, onde constam

produtos como máquinas,

matérias -primas, produtos

químicos, tractores, adubos,

fertilizantes e ferramentas;

Medicina e Saúde Pública; e

produtos da cesta básica (feijão,

arroz, açúcar, farinha de milho,

óleo alimentar e sabão em barra),

m e d i c a m e n t o s , p r o d u t o s

farmacêuticos, veículos para

transporte de passageiros e

serviços funerários, preservativos

e mercadorias para pessoas com

deficiência e para antigos combatentes e veteranos da

pátria.

Pauta Aduaneira: potencialidades e cuidados

Página 4

ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014

Page 5: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

Apesar da exposição

a surtos inflacionários

externos, haja vista

grau de importação

em Angola, adiciona-

do ao nível actual de

infra-estructura, que

encarece movimenta-

ções de carga, fretes

e seguros, desde

2012 – quando o país

atingiu a histórica

marca de uma infla-

ção acumulada abai-

xo de dois dígitos

(9,02%) – o país vem

apresentando taxas

de inflação comporta-

das e sem inércias e

surtos. O Êxito obtido

resulta de um minuci-

oso alinhamento entre

autoridades fiscais e

monetárias, que bus-

cam compatibilizar o

aquecimento da ativi-

dade econômica e da

distribuição de renda

a níveis razoáveis de

aumento de preços.

No primeiro trimestre de 2014, o

índice de preços ao consumidor

(IPC) apresentou variação acu-

mulada em 1,93% na província

de Luanda em análise homóloga.

Segundo os dados do INE, essa

aceleração foi impulsionada,

principalmente, pelos segmentos

de mobiliário, equipamento do-

méstico e manutenção (2,99%) e

lazer, recreação e cultura (2,98%)

e dos bens e serviços diversos

(4,09%) no trimestre actual acu-

mulado.

Inflação: o que esperar dos preços em 2014

Página 5

CONJUNTURA EM FOCO

Evolução mensal do IPC de Luanda – 2011-2014

Fonte: INE

Fonte: INE

Classes de Despesa Janeiro Fevereiro Março 2014

Índice Geral 0,75 0,48 0,44 1,67

Alimentação e bebidas 0,72 0,55 0,65 1,92

Bebidas não alcoolicas e Tabaco 1,00 0,62 0,78 2,40

Vestuário e Calçados 0,21 0,24 0,26 0,71

Habitação, Águas, Electric. e Combustível 1,04 0,75 1,20 2,99

Saúde 0,54 0,24 0,85 1,63

Transportes 0,13 0,02 0,21 0,36

Comunicação 0,00 0,00 0,00 0,00

Lazer, Recreação e Cultura 0,92 1,27 0,79 2,98

Educação 0,40 0,00 0,00 0,40

Hotéis, Cafés e Restaurantes 1,18 0,57 0,57 2,32

Bens e Serviços Diversos 2,16 1,16 0,77 4,09

Variação do IPC de Luan, por Classe de Despesa—2014

Na análise trimestral, ainda é

possível verificar, no comparati-

vo com os últimos trimestres

(2011 a 2014), que há modifica-

ção na curva de preços, medida

pelo IPC.

A aceleração de início de ano não

é observado em 2014, indicando

efeito da política econômica de

estabilização monetária. Na com-

paração homóloga, a aceleração

nos preços foi na ordem de

7,54%, mantendo o índice de in-

flação abaixo dos dois dígitos.

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Projeção

Com 2014 ainda longe do

fim, alguns questionamentos

tornam-se iminentes, sobre-

tudo aqueles relacionados à

manutenção da inflação em

níveis actuais, ou seja, abai-

xo de dois dígitos anuais.

Mais ainda, abaixo dos

7,69% atingidos em 2013.

Fatores como o impacto da

pauta aduaneira, recupera-

ção da economia norte-

americana e redução das

estimativas do crescimento

local podem interferir na

rota da política monetária.

Com base nessas informa-

ções e utilizando dados da

inflação de Angola que vão

de jan/2009 até mar/2014,

divulgados pelo Instituto

Nacional de Estatística de

Angola (INE), o CEICin pro-

jecta uma inflação acumulada

em 2014 na ordem de 6,53%,

considerando que todas as

condições não devem se alte-

rar ao longo do ano.

C o n f o r m e p o d e s e r

observado, o modelo captou

dois momentos de ―picos‖

inflacionários. O primeiro no

mês de maio, onde está

previsto uma inflação média

de 0,60%. Este resultado

atribui-se ao aquecimento

das vendas no varejo

atribuído ao dia das mães. O

segundo momento se

verifica em novembro e

dezembro, meses típicos de

quadra festiva e grandes

r e s p o n s á v e i s p e l a

sazonalidade verificada na

série.

Perspectivas para a inflação 2011-2014

Página 6

CONJUNTURA EM FOCO

Fonte: INE

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No quarto trimestre de 2013 a balança comercial angolana registrou um superávit de US$ 8,4

mil milhões. Nesse período as exportações somaram US$ 16,6 mil milhões e as importações

US$ 8,2 mil milhões. Com esse resultado a balança comercial do Estado acumulou, em 2013,

um superávit de US$ 40,1 mil milhões, resultado, porém, inferior em 4,4% ao ano anterior.

Balança Comercial positiva em US$ 40 mil milhões

Página 7

CONJUNTURA EM FOCO

Período Exportação Importação Saldo

USD (mil) Variação USD (mil) Variação USD (mil)

Janeiro 5.982.322 2,6% 1.907.642 26,3% 4.074.680

Fevereiro 5.216.954 -21,7% 1.523.279 -2,0% 3.693.675

Março 6.063.276 -12,1% 1.702.828 5,1% 4.360.448

I Trimestre 17.262.552 -11,0% 5.133.749 9,6% 12.128.803

Abril 5.132.237 -12,8% 2.259.498 -19,1% 2.872.739

Maio 5.652.249 -7,6% 3.309.640 82,8% 2.342.609

Junho 5.473.619 11,5% 1.880.376 10,2% 3.593.243

II Trimestre 16.258.105 -3,9% 7.449.514 18,1% 8.808.591

Julho 5.904.929 14,8% 2.322.838 28,5% 3.582.091

Agosto 5.808.885 -4,1% 2.384.815 19,2% 3.424.070

Setembro 5.885.316 5,6% 2.140.981 -30,7% 3.744.335

III Trimestre 17.599.130 4,9% 6.848.634 -0,7% 10.750.496

Outubro 5.662.288 -4,8% 2.196.511 -52,1% 3.465.777

Novembro 5.428.615 -8,8% 3.890.077 -17,1% 1.538.538

Dezembro 5.559.684 -5,4% 2.170.961 23,7% 3.388.723

IV Trimestre 16.650.587 -6,3% 8.257.549 -25,1% 8.393.038

Ano 67.770.374 -4,3% 27.689.446 -4,2% 40.080.928

Exportação, importação e saldo da balança comercial de Angola – 2013 Base: mesmo período do ano anterior

Fonte: INE

Elaboração: CEICin/Imetro

vendido ao exterior

no mesmo período do

ano passado.

Quando analisamos

por grupos de produ-

tos, as exportações

sofreram a maior in-

fluência negativa pela

redução nas exporta-

ções de Combustíveis,

grupo que representa

essencialmente a

pauta de exportações

angolanas.

As exportações angola-

nas, no quarto trimes-

tre de 2013, somaram

US$ 16,6 mil milhões,

apresentando um re-

cuo de 6,3% em rela-

ção às que foram regis-

tradas no mesmo perí-

odo de 2012. No balan-

ço anual, as vendas pa-

ra o resto do mundo,

em 2013, somaram US$

67,8 mil milhões e tam-

bém registram uma

diminuição de 4,3%

em relação ao que foi

Exportação: principais destinos de Angola – 2013

Fonte: INE Elaboração: CEICin/Imetro

Page 8: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

No quarto trimestre de 2013, as importações angolanas, so-

maram US$ 8,2 mil milhões.

Em relação ao que foi com-

prado pelo Estado no exterior

no mesmo período de 2012,

houve decrescimento nominal

de 25,1%. No balanço anual,

as importações somaram 27,7

mil milhões e registraram,

nominalmente, uma redução

de 4,2% em relação ao que foi

importado por Angola no ano

de 2012.

Quando analisamos por grupos

de produtos, a pauta de impor-

tações angola obteve maior in-

fluência pelo crescimento de

Veículos e material de transpor-

tes, representando 25,2%; se-

guido por Máquinas, equipa-

mentos e aparelhos (19,9%) –

houve inversão nesse ranking

em relação a 2012. É importan-

te inferir que o grupo de Ali-

mentares, em 2013, deixa de

ocupar o ranking dos 5 mais na

pauta de importação de Ango-

la, possivelmente fruto da polí-

tica de incentivo ao setor agro-

pecuário.

Página 8

CONJUNTURA EM FOCO

Grupo de produtos 2012 2013 Partipação

Veículos e Mat. Transporte 5.259.976 6.972.829 25,2%

Máquinas, equip. e Aparelhos 6.811.863 5.504.761 19,9%

Agrícolas 3.498.342 3.077.786 11,1%

Metais Comuns 3.508.038 2.749.527 9,9%

Combustíveis 1.129.568 2.069.833 7,5%

Alimentares 2.262.937 1.948.123 7,0%

Químicos 1.710.384 1.405.375 5,1%

Plásticos e Borrachas 1.074.735 863.178 3,1%

Outros Produtos 1.100.860 861.263 3,1%

Minerais e Mineiros 775.572 644.993 2,3%

Óptica e Precisão 477.856 439.066 1,6%

Prod. Celulose e Papel 462.069 404.005 1,5%

Matérias Têxteis 318.916 290.547 1,0%

Vestuários 222.324 168.217 0,6%

Calçado 143.984 143.902 0,5%

Madeira e Cortiça 114.274 104.995 0,4%

Peles e Couros 44.630 41.047 0,1%

Total 28.916.328 27.689.447 100,0%

Importação, em US$ mil, por grupo de produtos, de Angola – 2012-2013

Fonte: INE. Elaboração: CEICin/Imetro

Em continuação à análise de 2013, as

principais origens das importações ango-

las – conforme gráfico abaixo – Portugal

continua como principal fornecedor

(16,5%), apesar da redução da participa-

ção em relação a 2012. China (11,1%) e

EUA (6,0%) seguem em sequência.

O agrupamento dos demais países au-

mentou (de 43,8% para 47,3%), fato que

denota maior pulverização da pauta de

origens, ocorrência salutar, pois reduz a

dependência de centros específicos.

Importação: principais origens de Angola – 2013

Fonte: INE. Elaboração: CEICin/Imetro

Page 9: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

Página 9

ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014

Evolução da Bancarização em Angola

dentre outros serviços

ofertados.

Alguns outros benefí-

cios, provenientes da

bancarização e adjacen-

tes aos já citados, dizem

respeito não apenas a

uma maior efetividade

dos instrumentos de po-

lítica monetária, bem co-

mo a uma maior disponi-

bilidade de recursos que

podem ser destinados à

atividade produtiva da

Economia. Dessa forma,

contribuem ao esforço

de diversificação da ma-

triz econômica.

Contudo, ainda persis-

tem empecilhos à banca-

rização, prováveis de

comprometer a manu-

tenção dos resultados

obtidos pelo Programa

de Educação Financeira

do BNA. Destes, os prin-

cipais referem-se ao

desconhecimento de

parcela significativa da

população a respeito da

utilidade e do funciona-

mento do sistema ban-

cário. Soma-se a isto, a

falta de documento de

identificação pessoal e

a limitada rede bancá-

ria no interior do país.

Por isso, o BNA não

poupa esforços na

promoção de pales-

tras, divulgações pu-

blicitárias, peças tea-

trais, distribuição de

folhetos além de pro-

por formas alternati-

vas de identificação

pessoal, a exemplo do

controle biométrico.

Passados quase três

anos do início da Cam-

panha de Educação Fi-

nanceira, promovida pe-

lo Banco Nacional de

Angola (BNA), o país co-

memora um salto de

18% para 50% de taxa

de bancarização, confor-

me dados do BNA. Se-

gundo o mesmo, a infor-

malidade na economia

não se constitui de um

empecilho à bancariza-

ção, à medida que o

processo também con-

corre para a sua redu-

ção.

A experiência internaci-

onal mostra que a ban-

carização é condição ne-

cessária para o cresci-

mento econômico e para

a melhoria na distribui-

ção de renda, promo-

vendo, dessa forma,

mais inclusão social.

Uma consequência dire-

ta deste processo é o

acesso – especialmente

da população das clas-

ses mais baixas – a pro-

dutos e serviços como

conta corrente, conta

poupança, investimen-

tos em títulos, crédito e,

em seguida, planos de

previdência e seguros

Page 10: ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 WWW CEICIN ORG … · ANO I | EDIÇÃO 1 | JAN-MAR 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Economia de Angola --- 2014.12014.1 P a n o r a m

CONJUNTURA EM FOCO | Publicação trimestral do Centro de Estudos e Investigação

Científica | Unidade de Conjuntura Económica e Macroeconomia | Equipe Técnica:

Júlio Becher, Jorge Troper, Alexandro Ferraz Cavalcanti, Sérgio Luís Bosco, Paulo Vica,

Lubamza Pedro | Secretária Executiva: Zola Karina | Campus Universitário Imetro, 1º

andar, edifício da biblioteca | Contatos: 916 84 91 26 | 915 84 53 38

CONJUNTURA EM FOCO

formulação de polí-

ticas públicas efica-

zes no enfrentamen-

to das disparidades

regionais.

Além disso, permiti-

rá conhecimento

sobre a distribuição

populacional atual e

servirá como indu-

tor a pesquisas e

inovações aplica-

das.

De fato, é uma opor-

tunidade única, pa-

ra conhecer mais a

Angola e, com isso,

se possa promover

planos mais equita-

tivos e que estimu-

lem o continuo in-

vestimento ocorrido

no país desde 2002.

A participação da

população é funda-

mental, haja vista

que são a fonte pri-

mária das informa-

ções. Importante

lembrar que os da-

dos são sigilosos e

que serão utilizados

de maneira agrega-

da, para que se te-

nha uma visão glo-

bal de Angola.

Participe!

Censo 2014: participe!

De 16 a 31 de maio

de 2014, o Governo

de Angola, através

do Instituto Nacio-

nal de Estatística

(INE) estará reali-

zando o Censo

2014, que tem por

meta prioritária sa-

ber quantas pesso-

as residem e como

vivem em Angola.

O Censo é o princi-

pal indicador popu-

lação existente,

pois não se trata de

uma estatística

amostral, mas sim

de uma coleta glo-

bal de informações,

que visita todos os

domicílios em todas

as províncias e le-

vantará informações

socioeconômicas

essenciais para a

―O Censo é o

p r i n c i p a l

i n d i c a d o r

populacional e

t r a r á

in formações

fundamentais

p a r a a

formulação de

p o l í t i c a s

públicas‖