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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo Antonio Ozório Leme de Barros _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1 NESTA EDIÇÃO : Lei nacional nº 12.234, de 5 de maio de 2010 (DOU de 6.12.2010) Ementas do Tribunal Pleno e da Primeira e Segunda Turmas do STF Ementas da Terceira Seção e da Quinta e Sexta Turmas do STJ ALGUMAS PALAVRAS Setor de Jurisprudência O BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA é uma publicação eletrônica quinzenal da Procuradoria de Justiça Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo; o acesso a todas as suas edições poderá ser obtido, na rede mundial de computadores (Internet), por meio do endereço <http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/proc_criminal/Boletins_jurisprudencia>; a publicação é remetida, também, a todos os interessados mediante mala direta eletrônica. O inteiro teor dos acórdãos aqui publicados acha-se disponível dentro das páginas eletrônicas do Supremo Tribunal Federal <www.stf.jus.br> e do Superior Tribunal de Justiça <www.stj.jus.br>. Críticas e sugestões serão bem-vindas e poderão ser encaminhadas ao Setor de Jurisprudência da Procuradoria de Justiça Criminal, por meio do seu endereço eletrônico <[email protected]>. Bom proveito!

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1

NESTA EDIÇÃO:

Lei nacional nº 12.234, de 5 de

maio de 2010 (DOU de 6.12.2010)

Ementas do Tribunal Pleno e da

Primeira e Segunda Turmas do STF

Ementas da Terceira Seção e da

Quinta e Sexta Turmas do STJ

ALGUMAS PALAVRAS

Setor de Jurisprudência O BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA é uma publicação eletrônica quinzenal da Procuradoria de Justiça

Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo; o acesso a todas as suas edições poderá ser obtido, na rede mundial de computadores (Internet), por meio do endereço <http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/proc_criminal/Boletins_jurisprudencia>; a publicação é remetida, também, a todos os interessados mediante mala direta eletrônica. O inteiro teor dos acórdãos aqui

publicados acha-se disponível dentro das páginas eletrônicas do Supremo Tribunal Federal <www.stf.jus.br> e do Superior Tribunal de Justiça <www.stj.jus.br>. Críticas e sugestões serão bem-vindas e poderão ser encaminhadas ao Setor de Jurisprudência da Procuradoria de Justiça Criminal, por meio do seu endereço eletrônico <[email protected]>. Bom proveito!

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LEGISLAÇÃO

Lei nacional nº 12.234, de 5 de maio de 2010 (publicada na edição de 6 de maio de 2010 do D. O. U.)

Altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de

dezembro de 1940 - Código Penal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de

dezembro de 1940 - Código Penal, para excluir a prescrição retroativa.

Art. 2o Os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passam a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo

da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: .............................................................................................

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. ...................................................................................” (NR)

“Art. 110. ...................................................................... § 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em

julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo

inicial data anterior à da denúncia ou queixa. § 2o (Revogado).” (NR)

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4o Revoga-se o § 2o do art. 110 do Código Penal. Brasília, 5 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

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TRIBUNAL PLENO Composição:

Ministro Cezar Peluso - Presidente Ministro Ayres Britto - Vice-Presidente

Ministro Celso de Mello Ministro Marco Aurélio

Ministra Ellen Gracie Ministro Gilmar Mendes

Ministro Joaquim Barbosa Ministro Eros Grau

Ministro Ricardo Lewandowski Ministra Cármen Lúcia

Ministro Dias Toffoli ________________________________________________________________

Pet 4574 / AL – ALAGOAS

PETIÇÃO Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO

Julgamento: 11/03/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Publicação DJe-062 DIVULG 08-04-2010 PUBLIC 09-04-2010

EMENT VOL-02396-01 PP-00080

EMENTA: CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES - MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAL E FEDERAL. Conforme precedentes do Supremo, cabe a si

dirimir conflito de atribuições entre o Ministério Público estadual e o Federal - Petição nº 3.631-0/SP, relator Ministro Cezar Peluso, acórdão

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publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 6 de março de 2008, e Ação Cível Originária nº 889/RJ, relatora Ministra Ellen Gracie, acórdão

veiculado no Diário da Justiça Eletrônico de 27 de novembro de 2008. CRIME COMUM - AUSÊNCIA DE CONEXÃO COM O CRIME COMUM

ELEITORAL. Verificada a inexistência de conexão entre as imputações, incumbe ao Ministério Público do Estado a atuação relativamente ao crime

comum propriamente dito. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. O conflito de competência pressupõe postura de órgãos do Judiciário quer assentando

ambos a respectiva competência, quer negando-a.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente o conflito de atribuições e reconheceu a atribuição do

Ministério Público estadual. Votou o Presidente. Ausente, justificadamente,

neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Plenário,

11.03.2010.

AI 742202 AgR / PE – PERNAMBUCO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA

Julgamento: 06/04/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação

DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010 EMENT VOL-02399-11 PP-02422

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, INC. LV, DA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA COM BASE NO ARGUMENTO DE QUE OS REQUERIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS APRESENTADOS

PELO ORA AGRAVANTE NAS INSTÂNCIAS ANTERIORES, COM O INTUITO DE CORROBORAR SUA TESE DE LEGÍTIMA DEFESA NA FASE DA

PRONÚNCIA, NÃO FORAM APRECIADOS. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL NO SENTIDO DE QUE O ÓRGÃO JULGADOR NÃO É OBRIGADO

A SE MANIFESTAR SOBRE TODAS AS QUESTÕES QUE LHE SÃO

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APRESENTADAS E QUE, PARA A PRONÚNCIA, BASTAM A PROVA DA MATERIALIDADE E OS INDÍCIOS DE AUTORIA, NOS TERMOS DO ART. 408

DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PRECEDENTES. 1. No que concerne à questão objeto do recurso extraordinário interposto pelo ora Agravante,

novamente suscitada neste agravo regimental, o Tribunal a quo limitou-se a assentar que "o julgador, desde que fundamente a decisão, não está

obrigado a analisar todas as regras legais e as alegações de fato invocadas pelas partes" e que a alegação de legítima defesa não deveria

ser analisada na fase de pronúncia, uma vez "que exigiria uma detalhada apreciação das provas, o que seria inadmissível por suprimir a

competência do Tribunal do Júri". 2. Não há divergência entre o que decidido pelo Tribunal a quo e o entendimento do Supremo Tribunal

segundo o qual "o órgão judicante não é obrigado a se manifestar sobre

todas as teses apresentadas pela defesa, bastando que aponte fundamentadamente as razões de seu convencimento" (AI 690.504-AgR,

Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJE 23.5.2008) e "para a prolação da sentença de pronúncia, não se exige um acervo probatório capaz de

subsidiar um juízo de certeza a respeito da autoria do crime. Exige-se prova da materialidade do delito, mas basta, nos termos do artigo 408 do

Código de Processo Penal, que haja indícios de sua autoria" (RE 540.999, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 20.6.2008). 3. Agravo regimental ao qual

se nega provimento.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou,

justificadamente, deste julgamento o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 06.04.2010.

AP 493 AgR / PB - PARAÍBA

AG.REG. NA AÇÃO PENAL Relator(a): Min. ELLEN GRACIE

Julgamento: 25/03/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Publicação

DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010

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EMENT VOL-02399-01 PP-00210

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO PENAL. CRIME PRATICADO POR EX-PREFEITO. FATO CRIMINOSO PRATICADO NA VIGÊNCIA DA LEI

8.666/93. CONDUTA TIPIFICADA NO ART. 89 DA LEI 8.666/93. LEI ESPECIAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 89 DA LEI 9.099/95 DIANTE DA

PENA MÍNIMA COMINADA AO DELITO. RECURSO IMPROVIDO. 1. O fato criminoso imputado ao réu na inicial acusatória se ajusta,

perfeitamente, ao delito tipificado no art. 89 da Lei 8.666/93, visto que o mesmo está sendo acusado, justamente, de dispensar licitação fora das

hipóteses previstas em lei. 2. O fato de o acusado ter praticado a conduta descrita na denúncia na

condição de Prefeito, só por si, não atrai o tipo do art. 1º, XI, do Decreto-

Lei 201/67, eis que a Lei 8.666/93 trata especificamente de crimes nas licitações e contratos da Administração Pública, inclusive no âmbito

municipal. 3. Cabe ressaltar que o fato descrito na denúncia foi praticado na vigência

da Lei 8.666/93. 4. Estando correta a tipificação da conduta do acusado feita na prefacial

acusatória, mostra-se incabível a suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95, diante da pena mínima de 03 (três)

anos de detenção cominada ao delito imputado. 5. Recurso improvido.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora,

negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente) e Eros Grau e, licenciado, o

Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro

Cezar Peluso (Vice-Presidente). Plenário, 25.03.2010.

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PRIMEIRA TURMA Composição:

Ministro Ricardo Lewandowski - Presidente

Ministro Marco Aurélio Ministro Ayres Britto

Ministra Cármen Lúcia Ministro Dias Toffoli

________________________________________________________________

HC 101786 / MS - MATO GROSSO DO SUL

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CARLOS BRITTO

Julgamento: 06/04/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-03 PP-00579

EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.

CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA. EMPREGO DE ARMA DE FOGO. ARMA NÃO APREENDIDA E NÃO PERICIADA. INSTRUÇÃO CRIMINAL QUE

EVIDENCIOU O EFETIVO MANEJO DO ARTEFATO OFENSIVO. INCIDÊNCIA

DA CIRCUNSTÂNCIA MAJORANTE. ORDEM DENEGADA. 1. À falta de apreensão da arma de fogo, mas comprovado o seu emprego

por outros meios idôneos de prova, não há como refugar a aplicação do inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal.

2. A incidência da circunstância majorante do inciso I do § 2º do art. 157 do estatuto incriminador está justificada no maior potencial de intimidação

e consequente rendição da vítima, provocadas pelo uso de arma de fogo. Precedentes: HCs 96.099, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski

(Plenário); e 94.236 e 101.534, da minha relatoria.

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3. Habeas corpus indeferido.

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski.

1ª Turma, 06.04.2010.

HC 95244 / PE - PERNAMBUCO

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI

Julgamento: 23/03/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação

DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010

EMENT VOL-02399-05 PP-00926

EMENTA Habeas corpus. Constitucional e processual penal. Possibilidade de denúncia anônima, desde que acompanhada de demais elementos

colhidos a partir dela. Instauração de inquérito. Quebra de sigilo telefônico. Trancamento do inquérito. Denúncia recebida. Inexistência de

constrangimento ilegal. 1. O precedente referido pelo impetrante na inicial (HC nº 84.827/TO, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 23/11/07), de

fato, assentou o entendimento de que é vedada a persecução penal iniciada com base, exclusivamente, em denúncia anônima. Firmou-se a

orientação de que a autoridade policial, ao receber uma denúncia anônima, deve antes realizar diligências preliminares para averiguar se os

fatos narrados nessa "denúncia" são materialmente verdadeiros, para, só então, iniciar as investigações. 2. No caso concreto, ainda sem instaurar

inquérito policial, policiais federais diligenciaram no sentido de apurar as

identidades dos investigados e a veracidade das respectivas ocupações funcionais, tendo eles confirmado tratar-se de oficiais de justiça lotados

naquela comarca, cujos nomes eram os mesmos fornecidos pelos "denunciantes". Portanto, os procedimentos tomados pelos policiais

federais estão em perfeita consonância com o entendimento firmado no precedente supracitado, no que tange à realização de diligências

preliminares para apurar a veracidade das informações obtidas

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anonimamente e, então, instaurar o procedimento investigatório propriamente dito. 3. Habeas corpus denegado.

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas

corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Francisco Rodrigues da Silva, pelos pacientes. Presidência do

Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 23.03.2010.

HC 100910 / SP - SÃO PAULO

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA

Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma

Publicação DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010

EMENT VOL-02399-05 PP-01113

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PENAL. TENTATIVA DE ROUBO E ROUBO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO E

PELO CONCURSO DE PESSOAS. DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL. DESNECESSIDADE DE APREENSÃO DA ARMA E DE PERÍCIA PARA A COMPROVAÇÃO DA QUALIFICADORA. CIRCUNSTÂNCIA

QUE PODE SER EVIDENCIADA POR OUTROS MEIOS DE PROVA. ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE CRIME CONTINUADO. IMPOSSIBILIDADE DO

REVOLVIMENTO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO EM HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.

1. Desnecessária a apreensão e a perícia da arma de fogo empregada no

roubo para comprovar a qualificadora do art. 157, § 2º, inc. I, do Código Penal, quando o seu potencial lesivo pode ser demonstrado por outros

meios de prova, em especial pela palavra da vítima ou pelo depoimento de testemunha presencial. Precedentes.

2. Necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório para a análise da alegação de que teria ocorrido crime continuado, o que não

pode ser feito na via estreita do habeas corpus. Precedentes.

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3. Ordem denegada.

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste

julgamento, o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 09.03.2010.

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SEGUNDA TURMA Composição:

Ministro Cezar Peluso - Presidente

Ministro Celso de Mello Ministra Ellen Gracie

Ministro Joaquim Barbosa Ministro Eros Grau

___________________________________________________________

RHC 88512 / SP - SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010

EMENT VOL-02398-01 PP-00097

EMENTA: AÇÃO PENAL. Defensor dativo. Falta de intimação pessoal para a sessão de julgamento da apelação. Julgamento realizado antes da Lei nº

9.271/1996. Nulidade. Inocorrência. Norma processual. Aplicação da regra "tempus regit actum". Recurso a que se nega provimento. Não é nulo o

julgamento de apelação sem a intimação pessoal de defensor dativo, nos casos anteriores à entrada em vigor da Lei nº 9.271/1996.

Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o

Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.

RHC 91189 / PR - PARANÁ

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00123

EMENTAS: 1. INQUÉRITO POLICIAL. Prisão em flagrante. Inviolabilidade

domiciliar. Exceção. Nulidade. Inexistência. Precedentes. A Constituição Federal autoriza a prisão em flagrante como exceção à inviolabilidade

domiciliar, prescindindo de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza.

2. AÇÃO PENAL. Falsificação de documento público. Crime formal.

Inexistência de prejuízo. Irrelevância. Consumação no momento da falsificação ou alteração. Recurso a que se nega provimento. O delito de

falsificação de documento público é crime formal, cuja consumação se dá no momento da falsificação ou da alteração do documento.

Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes,

justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.

RHC 91552 / RJ - RIO DE JANEIRO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00150

EMENTAS:

1. PENA. Criminal. Prisão. Fixação. Dosimetria. Exacerbação da pena-base. Exigência do art. 59 do CP. Atendimento. Fundamentação suficiente.

Nulidade. Inexistência. Não carece de fundamentação idônea a sentença

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penal condenatória que fixa a pena-base acima do mínimo legal, se os elementos determinantes da majoração se encontram devidamente

indicados. 2. AÇÃO PENAL. Delitos de roubo qualificado e de latrocínio. Crime

continuado. Reconhecimento. Inadmissibilidade. Tipos de objetividades jurídicas distintas. Inexistência da correlação representada pela lesão do

mesmo bem jurídico. Crimes de espécies diferentes. HC denegado. Inaplicabilidade do art. 71 do CP. Recurso em habeas corpus a que se

nega provimento. Não pode reputar-se crime continuado a prática dos delitos de roubo e de latrocínio.

Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes,

justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o

Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.

HC 90738 / RJ - RIO DE JANEIRO

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00109

EMENTA: AÇÃO PENAL. Processo. Suspensão condicional. Revogação após

transcurso do período de prova. Admissibilidade. Fato ocorrido antes de seu termo. Precedente HC denegado. O benefício da suspensão

condicional do processo pode ser revogado ainda após o transcurso do

período de prova, desde que motivado por fatos ocorridos dentro daquele prazo.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausente,

justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

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HC 90830 / BA - BAHIA

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00116

EMENTA: AÇÃO PENAL. Interrogatório. Subscrição, sem ressalvas, do

termo de audiência pela defesa de co-réu. Pedido de realização de novo interrogatório. Indeferimento. Nulidade. Inexistência. Argüição

extemporânea. Preclusão. Ordem denegada. Se a defesa, no

interrogatório, não requereu reperguntas ao co-réu, subscrevendo sem ressalvas o termo de audiência, a manifestação posterior de

inconformismo não elide a preclusão.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim

Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

HC 91371 / PE - PERNAMBUCO

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010

EMENT VOL-02398-01 PP-00142 Parte(s)

PACTE.(S) : MARCÍLIO OMENA RAMOS PITA IMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)

COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: AÇÃO PENAL. Citação. Tentativas de citação pessoal. Ocultação

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do réu. Citação por edital. Validade. Constituição de defesa técnica desde o início do processo. Nulidade. Inexistência. Ordem denegada. Constituída

a defesa técnica e comprovada a ocultação do réu para evitar a citação pessoal, não há falar em nulidade da citação por edital.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes,

justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

HC 92194 / MT - MATO GROSSO HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00170

EMENTA: AÇÃO PENAL. Júri. Sentença de pronúncia. Recurso. Razões não

apresentadas pelo defensor constituído. Intimação pessoal do réu para ratificar o interesse recursal. Não ratificação. Nulidade. Inexistência.

Ordem denegada. Não há falar em cerceamento de defesa, se, ante a falta de apresentação das razões de recurso pela defesa técnica, os réus não

ratificam interesse recursal, depois de pessoalmente intimados para tanto.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim

Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

HC 94177 / RS - RIO GRANDE DO SUL HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação

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DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-02 PP-00230

EMENTAS:

1. EXECUÇÃO PENAL. Pena privativa de liberdade. Remição. Dias remidos. Perda. Falta grave. Licitude. Constitucionalidade do art. 127 da Lei nº

7.210/84 (Lei de Execução Penal). Aplicação da súmula vinculante nº 9. É constitucional o art. 127 da Lei nº 7.210/84.

2. EXECUÇÃO PENAL. Pena privativa de liberdade. Falta grave. Perda dos dias remidos. Imposição do regime de isolamento. Bis in idem.

Inocorrência. Sanções de caráter diverso. Ordem denegada. A imposição de isolamento tem caráter disciplinar, enquanto a perda dos dias remidos

é sanção com efeitos penais, não se incorrendo em bis in idem na

aplicação simultânea.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim

Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

HC 98261 / RS - RIO GRANDE DO SUL

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-02 PP-00357

EMENTA: EXECUÇÃO PENAL. Remissão. Regime aberto. Impossibilidade. Inteligência do art. 126 da LEP. Ordem denegada. Somente pode ser

beneficiado pela remição o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Falou, pelo paciente, o

Dr. Gustavo de Almeida Ribeiro e, pelo Ministério Público Federal, o Dr.

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Wagner Gonçalves. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.

HC 101456 / MG - MINAS GERAIS HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010

EMENT VOL-02399-06 PP-01183

EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO.

VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO. 1. Ambas as Turmas desta Corte pacificaram o entendimento de que a

presunção de violência de que trata o artigo 224, alínea "a" do Código Penal é absoluta.

2. A violência presumida foi eliminada pela Lei n. 12.015/2009. A simples conjunção carnal com menor de quatorze anos consubstancia crime de

estupro. Não se há mais de perquirir se houve ou não violência. A lei consolidou de vez a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Ordem indeferida.

Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o

Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ___________________________________________________________

TERCEIRA SEÇÃO Composição:

Laurita Vaz (Presidente) Felix Fischer

Paulo Medina* Arnaldo Esteves Lima

Maria Thereza de Assis Moura Napoleão Maia Filho

Jorge Mussi Og Fernandes

Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado) Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)

* temporariamente afastado

________________________________________________________________

Processo

CC 109707 / SP CONFLITO DE COMPETÊNCIA

2009/0247761-7

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

14/04/2010

Data da Publicação/Fonte

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DJe 28/04/2010

Ementa

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. SUPOSTO CRIME

AMBIENTAL PRATICADO EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, INSTITUÍDA POR DECRETO PRESIDENCIAL, SUJEITA À RESTRIÇÃO

ADMINISTRATIVA AO USO DA PROPRIEDADE E A INCENTIVOS E INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL. INTERESSE DA UNIÃO

CARACTERIZADO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Crime ambiental, praticado em detrimento de bens, interesses ou

serviços da União, conduz ao reconhecimento da competência da Justiça Federal. In casu, a suposta ocorrência de depósito indevido de terra em

área de proteção ambiental da Bacia do Rio Paraíba do Sul, instituída por Decreto Presidencial, sujeita à restrição administrativa ao uso da

propriedade e a incentivos e investimentos do Governo Federal, indica a

competência da Justiça Federal. 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo da 1.ª Vara

Federal em Guarulhos da 19.ª Subseção Judiciária de São Paulo.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal

de Justiça: A Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou competente o Suscitante, Juízo Federal da 1ª Vara de Guarulhos -

SJ/SP, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Votaram com a Relatora os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og

Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves

e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Laurita Vaz. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima.

Processo

CC 110609 / RJ

CONFLITO DE COMPETÊNCIA

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2010/0029106-2

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

14/04/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 28/04/2010

Ementa

PROCESSO PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VIOLÊNCIA

DOMÉSTICA. PRÉVIO CONFLITO ENTRE JECRIM E JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

1. Compete ao Tribunal de Justiça, e não à Turma Recursal, dirimir

conflito de competência entre juizado especial criminal e juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher.

2. Conflito conhecido para declarar competente o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, o suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça: A Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou

competente o Suscitado, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Votaram com a

Relatora os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),

Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima.

Processo

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CC 92722 / RJ

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2007/0301849-7

Relator(a)

Ministro JORGE MUSSI

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

24/03/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 19/04/2010

Ementa

CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. CRIME CONTRA O MEIO

AMBIENTE. ART. 39 DA LEI 9.605/98. CORTE DE ÁRVORES EM ÁREA DE

PROTEÇÃO AMBIENTAL SITUADA NO ENTORNO DO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

1. A competência da Justiça Federal, expressa no art. 109, IV, da Carta Magna, restringe-se às hipóteses em que os crimes ambientais são

perpetrados em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, suas autarquias ou empresas públicas.

2. Delito em tese cometido no interior de área de proteção ambiental localizada no Entorno do Parque Nacional do Itatiaia, criado pelo

Decreto 1.713/37, floresta contígua à aludida unidade de conservação, o que faz incidir na espécie o disposto no art. 9º da Lei nº 4.771/65

(Código Florestal), verbis: as florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com outras, sujeitas a regime especial, ficam

subordinadas às disposições que vigorarem para estas. 3. Logo, tendo em vista que a área na qual houve o prejuízo ambiental

é vizinha a outra submetida a regime especial (bem da União), compete

à Justiça Federal processar e julgar o feito, nos termos do art. 109, inciso IV, da Carta Magna.

4. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal do Juizado Especial de Resende - Seção Judiciária do Estado do Rio de

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Janeiro.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do

conflito e declarar competente o Suscitante, Juízo Federal do Juizado Especial de Resende - SJ/RJ, nos termos do voto do Sr. Ministro

Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves, Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima e Maria Thereza de Assis Moura. Ausente,

ocasionalmente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CC 105569 / SP

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2009/0103163-1

Relator(a)

Ministro JORGE MUSSI

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

24/03/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 19/04/2010

Ementa

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ESTELIONATO COMETIDO, EM TESE, CONTRA EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE

TELEFONIA. INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO A BENS OU INTERESSES DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

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1. Na hipótese de concessão de serviço público, os bens pertencem à

própria empresa concessionária, que explora o serviço em nome próprio, cabendo à União apenas regular e fiscalizar a respectiva

prestação. 2. Portanto, compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de

estelionato cometido contra a Telesp S/A, empresa privada concessionária de serviço público, haja vista a inexistência de prejuízo a

bens ou interesses da União. Precedentes do STJ. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª

Vara de Amparo-SP, o suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do

conflito e declarar competente o Suscitado, Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Amparo - SP, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Votaram com o Relator os Srs. Ministros Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves, Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima e Maria Thereza de Assis Moura. Ausente,

ocasionalmente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

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QUINTA TURMA Composição:

Napoleão Maia Filho (Presidente) Felix Fischer

Laurita Vaz Arnaldo Esteves Lima

Jorge Mussi ___________________________________________________________

Processo

HC 137223 / RS

HABEAS CORPUS 2009/0100158-8

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FURTO QUALIFICADO, ROUBO MAJORADO (2 VEZES), NARCOTRAFICÂNCIA E USO DE DOCUMENTO

FALSO. PENA DE 22 ANOS, 6 MESES E 3 DIAS DE RECLUSÃO. DECRETO PRESIDENCIAL 6.706/08. CRIME HEDIONDO. INDULTO E/OU

COMUTAÇÃO DE PENAS. IMPOSSIBILIDADE. PARECER DO MP PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.

1. Inexiste divergência nesta Corte quanto à impossibilidade de indulto

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e/ou comutação de pena para condenados por delitos havidos por

hediondos. 2. Os decretos concessivos de indulto ou comutação de pena, na

espécie do Decreto Presidencial 6.706/08, podem excluir do ato de clemência os condenados pelos crimes inscritos na Lei 8.072/90,

mesmo que esses delitos tenham ocorrido anteriormente à edição da lei que os qualificou como hediondos, não importando tal exclusão em

transgressão ao postulado inscrito no art. 5o., XL, da CF (a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu).

3. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves

Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 100502 / SP HABEAS CORPUS

2008/0036351-5

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

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Ementa

HABEAS CORPUS. PACIENTE PRONUNCIADO PELO CRIME DO ART. 273, § 1o. B, I E V DO CPB (DEPÓSITO E VENDA DE MEDICAMENTO SEM

REGISTRO E DE PROCEDÊNCIA IGNORADA), CONEXO AO DELITO DO ART. 124, CAPUT DO CPB (ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE).

ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE EXAME PERICIAL NO MEDICAMENTO INDICATIVO DA POTENCIALIDADE LESIVA DO PRODUTO.

DESNECESSIDADE PARA A CONFIGURAÇÃO DO CRIME PELO QUAL O PACIENTE FOI PRONUNCIADO. CRIME FORMAL. ABORTO DEVIDAMENTE

COMPROVADO POR LAUDO PERICIAL NO NATIMORTO E NA GESTANTE. CONFISSÃO DOS ACUSADOS NA FASE JUDICIAL. SENTENÇA DE

PRONÚNCIA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. PARECER MINISTERIAL PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.

1. O paciente foi pronunciado pela prática do delito de depósito e venda

de medicamento sem registro e de procedência ignorada. Assim, despiciendo qualquer exame pericial para comprovar a sua

potencialidade lesiva, uma vez que se trata de delito formal, que se satisfaz com a venda, exposição à venda, depósito, distribuição ou

entrega a consumo de produto sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente, incidindo ainda, no inciso V, caso o

produto seja de procedência ignorada. 2. O aborto foi devidamente comprovado pelo exame pericial do

natimorto e da gestante, sendo relevante anotar que todos confessaram os seus respectivos crimes na fase judicial.

3. Firmada a competência do Tribunal do Júri, não pode o Magistrado sentenciante dele subtrair o conhecimento dos crimes conexos.

4. Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

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Processo

HC 121509 / SP HABEAS CORPUS

2008/0258343-6

Relator(a)

Ministro JORGE MUSSI

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA. NARCOTRÁFICO. BENEFÍCIO DO ART.

33, § 4º, DA LEI 11.343/06. EXISTÊNCIA DE ANOTAÇÕES PELA PRÁTICA DE ATOS INFRACIONAIS EQUIPARADOS AO DELITO DE

TRÁFICO DE DROGAS. DEDICAÇÃO A ATIVIDADES CRIMINOSAS. APLICAÇÃO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

NÃO PREENCHIMENTO DE UM DOS REQUISITOS LEGAIS.

CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO DEMONSTRADO. 1. Embora atos infracionais não possam ser considerados como maus

antecedentes e nem se prestem para induzir a reincidência, inviável a aplicação da causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da

Lei n.º 11.343/06 quando demonstrado que a paciente praticou, de forma reiterada, diversos atos infracionais, inclusive relacionados ao

tráfico de entorpecentes, vez que tais elementos "servem para demonstrar a propensão da agente ao cometimento de delitos dessa

natureza" e a sua dedicação a atividades criminosas, deixando de preencher um dos requisitos legais para a incidência do benefício.

2. Ordem denegada.

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Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Napoleão

Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 131282 / PE HABEAS CORPUS

2009/0046514-3

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

09/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO E

ESTUPRO. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR PÚBLICO PARA APRESENTAR AS RAZÕES RECURSAIS, ANTE A INÉRCIA

DO ADVOGADO CONSTITUÍDO. DUPLA INTIMAÇÃO PARA A RESPECTIVA SESSÃO DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. DIREITO À AMPLA

DEFESA OBSERVADO.

1. Não se pode exigir que a intimação de Defensor Público tenha de ser feita por meio de mandado destinado ao mesmo oficiante na causa.

Mostra-se razoável proceder à inequívoca ciência da Instituição da Defensoria Pública, por intermédio de ofício ou mesmo de mandado,

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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devidamente recebido, restando a ela o dever de organizar, com a

presteza e a precisão devidas, a atuação de seus membros. A ocorrência de eventuais substituições no patrocínio do réu não implica

nulidade, incidindo sobre a espécie o princípio da indivisibilidade. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal.

2. Não se verifica a nulidade do julgamento do recurso em sentido estrito interposto pelo Paciente, tendo em vista que, segundo constam

dos autos e como bem esclareceu a Corte de origem, foram intimados da sessão de julgamento do mencionado recurso tanto a Defensoria

Pública quanto o advogado subscritor da presente impetração, que, embora não tenha arrazoado o recurso em sentido estrito, continuou a

patrocinar a defesa do Paciente. 3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho e Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 101954 / SP HABEAS CORPUS

2008/0054661-9

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

09/02/2010

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Data da Publicação/Fonte

DJe 15/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. PENA: 8 ANOS DE RECLUSÃO, EM REGIME SEMIABERTO. TRIBUNAL DO

JÚRI. NULIDADE. AUSÊNCIA DE QUESITO. LEGÍTIMA DEFESA ALEGADA PELO RÉU EM INTERROGATÓRIO. FALTA DE PROTESTO EM ATA.

MATÉRIA PRECLUSA. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.

1. No caso dos autos, a alegação do réu de que agiu em legítima defesa não foi advogada pelo defensor em plenário, cuja sustentação oral

limitou-se a pleitear a desclassificação para o crime de lesão corporal, bem como o reconhecimento de circunstância atenuante, qual seja, a

confissão espontânea.

2. Assim sendo, é oportuno registrar que não houve qualquer reclamação por parte da defesa, por meio de protesto em ata, o que

torna preclusa eventual nulidade existente. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves

Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 141947 / DF

HABEAS CORPUS 2009/0137235-9

Relator(a)

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Ministro JORGE MUSSI

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

09/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 15/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA. PENA-BASE. APLICAÇÃO ACIMA DO

MÍNIMO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. DESFAVORABILIDADE. ELEVAÇÃO JUSTIFICADA. CONSTRANGIMENTO

ILEGAL NÃO DEMONSTRADO. 1. Havendo suficiente fundamentação quanto às circunstâncias que

levaram à exasperação da reprimenda-básica - as consequências do

delito para a vítima, que teve parte de seus prejuízos não ressarcidos - demonstrando a necessidade de maior punição diante das

particularidades do caso, não há o que se falar em ilegalidade no acórdão no ponto em que, embora reduzindo a pena-base imposta na

sentença, manteve-a um mês acima do acima do mínimo legalmente previsto para o tipo penal violado.

CONFISSÃO ESPONTÂNEA E REINCIDÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE. PREPONDERÂNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 67 DO CP.

CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. 1. A agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão

espontânea, não podendo gerar a compensação pretendida. Exegese do art. 67 do Código Penal. Precedentes da Quinta Turma. 2. Ordem

denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 95441 / SC HABEAS CORPUS

2007/0279709-2

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

09/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 15/03/2010

Ementa

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DOLOSO. OITIVA

DE TESTEMUNHAS. AUSÊNCIA DO RÉU PRESO. PRESENÇA DO ADVOGADO CONSTITUÍDO. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA

12 ANOS DEPOIS. NULIDADE RELATIVA. PREJUÍZO NÃO-DEMONSTRADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO-CONFIGURADO.

ORDEM DENEGADA. 1. "Em se tratando de réu preso, a falta de requisição para o

comparecimento a audiência de oitiva de testemunhas realizada em outra comarca acarreta nulidade relativa, devendo ser argüida em

momento oportuno e provado o prejuízo, o que não ocorreu nos autos" (HC 94.747/MT).

2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o

Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 94129 / RJ HABEAS CORPUS

2007/0263795-3

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

23/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 22/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. MINISTÉRIO PÚBLICO. PODERES DE INVESTIGAÇÃO.

LEGITIMIDADE. LC N.º 75/93. ART. 4.º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. TESE DE FALTA DE JUSTA CAUSA. PLEITO DE TRANCAMENTO DO

PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO. PROCEDIMENTO CONCLUÍDO. INQUÉRITO POLICIAL INSTAURADO. PERDA SUPERVENIENTE DO

INTERESSE PROCESSUAL. 1. A legitimidade do Ministério Público para determinar diligências

investigatórias decorre de expressa previsão constitucional, oportunamente regulamentada pela Lei Complementar n.º 75/93.

2. É consectário lógico da própria função do órgão ministerial - titular

exclusivo da ação penal pública - proceder à coleta de elementos de convicção, a fim de elucidar a materialidade do crime e os indícios de

autoria, mormente quando se trata de crime atribuído a autoridades policiais que estão submetidas ao controle externo do Parquet.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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3. A ordem jurídica confere explicitamente poderes de investigação ao

Ministério Público - art. 129, incisos VI, VIII, da Constituição Federal, e art. 8º, incisos II e IV, e § 2º, da Lei Complementar n.º 75/1993.

4. A competência da polícia judiciária não exclui a de outras autoridades administrativas. Inteligência do art. 4º, parágrafo único, do Código de

Processo Penal. Precedentes. "A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não impede nem exclui a

possibilidade de o Ministério Público, que é o 'dominus litis', determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e

diligências investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer atos de investigação penal, mesmo

aqueles sob regime de sigilo, sem prejuízo de outras medidas que lhe pareçam indispensáveis à formação da sua 'opinio delicti', sendo-lhe

vedado, no entanto, assumir a presidência do inquérito policial, que

traduz atribuição privativa da autoridade policial." (STF – HC 94.173/BA, 2.ª Turma, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe de

26/11/2009). 5. Concluído o procedimento investigativo a que se visava trancar por

falta de justa causa, resta evidenciada, no particular, a perda superveniente do interesse processual.

6. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer parcialmente do pedido e, nessa parte, denegar a ordem. Os Srs.

Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente,

o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 151425 / SP HABEAS CORPUS

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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2009/0207853-2

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

23/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 22/03/2010

Ementa

PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. EMPREGO DE

ARMA BRANCA. FACA. APREENSÃO E PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.

1. Não há falar em necessidade de apreensão da arma do crime, a fim

de testar sua potencialidade lesiva, uma vez que o roubo foi perpetrado com emprego de faca. Precedentes do STJ.

2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o

Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 96031 / MS

HABEAS CORPUS 2007/0288951-8

Relator(a)

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

23/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 22/03/2010

Ementa

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. LATROCÍNIO COM RESULTADO

MORTE. CITAÇÃO POR EDITAL. NÃO-ESGOTAMENTO DOS MEIOS PARA LOCALIZAÇÃO DO PACIENTE. NÃO-OCORRÊNCIA. RÉU EM LOCAL

INCERTO E NÃO-SABIDO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO-CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA.

1. A citação, em regra, deve ser feita pessoalmente, em consagração ao

princípio da ampla defesa. A citação por edital, portanto, é medida de exceção. Se for realizada antes de esgotadas as diligências possíveis de

localização do réu constituirá causa de nulidade do processo. 2. Não há falar em inobservância do procedimento citatório quando é

sabido que o réu reside em determinada cidade, mas não há informação precisa de seu paradeiro, inviabilizando, assim, a citação pessoal.

3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o

Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 109105 / SP

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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HABEAS CORPUS

2008/0135091-2

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

23/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 22/03/2010

Ementa

PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. REVISTA FEITA POR GUARDA MUNICIPAL.

NULIDADE. NÃO-OCORRÊNCIA. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA.

RÉU REINCIDENTE. PENA SUPERIOR A 4 ANOS. ART. 33, § 2º, A, DO CÓDIGO PENAL. REGIME INICIAL FECHADO. SÚMULA 269/STJ.

INAPLICABILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. Embora exista norma constitucional (art. 144, § 8º, da CF) limitando

a função da guarda municipal à proteção dos bens, serviços e instalações do município, não há nulidade na decisão impugnada,

porquanto a lei processual penal, em seu art. 301 do CPP, disciplina que "qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes

deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito". 2. O regime inicial semiaberto reserva-se ao "condenado não

reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito)", nos termos do art. 33, § 2º, b, do CP; e, ainda, "aos

reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais", nos termos da Súmula 269 deste

Tribunal.

3. Ainda que a pena seja inferior a 8 anos de reclusão, mas superior a 4 anos, sendo o réu reincidente, o regime inicial de cumprimento de pena

deve seguir a estipulação da alínea a do § 2º do art. 33 do Código Penal, sendo obrigatório o regime inicial fechado para o cumprimento

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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da condenação imposta.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o

Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 144547 / RJ

HABEAS CORPUS 2009/0156920-1

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

23/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO

E ESCALADA. IMPOSSIBILIDADE DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO SIMPLES. PACIENTE ROMPEU TUBO DE PVC PARA FURTAR FIO DE

COBRE EM SEU INTERIOR E ESCALOU COLUNA ELEVADA PARA TER

ACESSO À RES FURTIVA. PENA FIXADA EM 3 ANOS E 6 MESES. ADOÇÃO DO REGIME INICIAL FECHADO. AUSÊNCIA DE

CONSTRANGIMENTO ILEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. RÉU REINCIDENTE. PRECEDENTES DO STJ. PARECER

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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DO MPF PELO CONHECIMENTO PARCIAL DO WRIT E, NESSA PARTE,

PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1. A violação de obstáculo que se presta como barreira à subtração da

coisa qualifica o furto. Já a qualificadora da escalada é aplicada quando é necessário ao agente subir em algum ponto mais alto que o seu

caminho natural. 2. In casu, conforme salientado pelo Tribunal a quo, para ter acesso ao

fio de cobre, o paciente precisou destruir o tubo de PVC que era utilizado como proteção do fio, e precisou, também, subir por duas

colunas elevadas para ter acesso à res furtiva. Assim, agiu corretamente o Juiz de primeiro grau ao aplicar as referidas

qualificadoras ao delito de furto. 3. Fixada a pena-base acima do mínimo legal, em razão da presença de

circunstâncias judiciais desfavoráveis, bem como se tratando de réu

reincidente, não há qualquer ilegalidade ou abuso na fixação de regime fechado para o início do cumprimento da reprimenda.

4. Parecer ministerial pelo conhecimento parcial do writ e, nessa parte, pela denegação da ordem.

5. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves

Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 101024 / RS

HABEAS CORPUS 2008/0044291-2

Relator(a)

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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40

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. PACIENTE ABSOLVIDO DA IMPUTAÇÃO DE

HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO (ARTS. 121, § 2o., III E IV C/C ART. 14, II, AMBOS DO CPB). INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

RECONHECIDA PELO CONSELHO DE SENTENÇA EM RAZÃO DA SUPOSTA TRAIÇÃO DA VÍTIMA. DECISÃO MANIFESTAMENTE

CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. DETERMINAÇÃO, PELO TRIBUNAL A

QUO, DE REALIZAÇÃO DE NOVO JULGAMENTO. ACÓRDÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO

PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDICTOS. PRECEDENTES DO STJ. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.

1. Inexiste constrangimento ilegal ou violação da soberania do Júri Popular, em razão da anulação, pelo Tribunal de Justiça, da decisão

absolutória do Conselho de Sentença, alicerçada unicamente na tese defensiva de inexigibilidade de conduta diversa porque a vítima estaria

traindo seu ex-companheiro, o autor do homicídio, se tal argumento não encontra respaldo em qualquer elemento fático, evidenciando-se

manifestamente contrário ao conjunto fático-probatório apurado na instrução.

2. A traição conjugal não respalda a ação homicida por suposta exclusão da culpabilidade fundada na inexigibilidade de conduta diversa.

3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

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votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o

Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 109592 / SP

HABEAS CORPUS 2008/0139550-7

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO DE USO PERMITIDO. PENA APLICADA: 2 ANOS E 8 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME

INICIAL FECHADO. POSSIBILIDADE DE PRISÃO EM FLAGRANTE POR GUARDA MUNICIPAL E CONSEQUENTE APREENSÃO DO OBJETO DO

CRIME. PACIENTE PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES E REINCIDENTE. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL NA FIXAÇÃO

DO REGIME MAIS GRAVOSO. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.

1. Embora a Guarda Municipal não possua a atribuição de polícia

ostensiva, mas apenas aquelas previstas no art. 144, § 8o. da Constituição da República, sendo o delito de natureza permanente,

pode ela efetuar a prisão em flagrante e a apreensão de objetos do crime que se encontrem na posse do agente infrator, nos termos do art.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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301 do CPP.

2. A circunstância de ser o paciente portador de maus antecedentes, quando somada à reincidência, é suficiente para, apesar da pena total

de 2 anos e 8 meses de reclusão, fixar-se o regime inicial fechado para seu cumprimento. Afastada a aplicação da Súmula 269/STJ.

Precedentes. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves

Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o

Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 140069 / SP

HABEAS CORPUS 2009/0121803-1

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/02/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 29/03/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. PORTE DE ARMA. ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DA LEI 10.826/03. PENA DE 3 ANOS DE RECLUSÃO EM REGIME INICIAL

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

43

ABERTO, SUBSTITUÍDA POR UMA RESTRITIVA DE DIREITOS, E MULTA.

NÃO-CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES IMPOSTAS. CONVERSÃO DA PENA ALTERNATIVA EM PRIVATIVA DE LIBERDADE. AGRAVO EM

EXECUÇÃO DO MP PARA INCLUIR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE COMO CONDIÇÃO ESPECIAL PARA O CUMPRIMENTO DA

PENA EM REGIME ABERTO. CONCESSÃO PELO TRIBUNAL. EXIGÊNCIA POSSÍVEL. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PRECEDENTES

DO STJ. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.

1. A 5a. Turma desta Corte já decidiu pela inexistência de ilegalidade no estabelecimento da prestação de serviços à comunidade como condição

especial de cumprimento da pena em regime aberto, observados os termos dos arts. 115 e 119 da LEP.

2. Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o

Sr. Ministro Felix Fischer.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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___________________________________________________________

SEXTA TURMA Composição:

Maria Thereza de Assis Moura (Presidente) Paulo Medina*

Og Fernandes Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado)

Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)

*temporariamente afastado

___________________________________________________________

Processo

HC 63087 / PR HABEAS CORPUS

2006/0157793-3

Relator(a)

Ministro OG FERNANDES

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

06/04/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 26/04/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIOS QUALIFICADOS (DOIS, SENDO UM

TENTADO) E ABORTO. REALIZAÇÃO DE EXAME DE SANIDADE MENTAL. PROLAÇÃO DE SENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. RECURSO EX

OFFICIO. CASSAÇÃO DA DECISÃO E DETERMINAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE NOVO LAUDO. CONCLUSÃO DESFAVORÁVEL À DEFESA. PRETENSÃO

DE TERCEIRO EXAME. IMPROCEDÊNCIA. LAUDO INICIAL ANULADO NÃO

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Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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POR SER DESFAVORÁVEL AO ACUSADO, MAS POR CONTER VÍCIOS.

PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. 1. Não é a simples existência de dois laudos distintos que enseja

necessariamente a elaboração de um terceiro. 2. No caso presente, o primeiro exame foi cassado por conter vícios.

Ele, além de não contar com os quesitos elaborados pelo órgão ministerial e pelo patrono do acusado, deixou de examinar

conclusivamente se, à época dos fatos, o paciente possuía potencial consciência de ilicitude e se poderia agir de maneira diversa.

3. Já o segundo laudo, precedido das formalidades legais, fez referência à condição mental do acusado ao momento em que realizado e também

à época do ocorrido. 4. Deve ser relembrado que os laudos são dirigidos ao Magistrado, que,

em seu livre convencimento motivado, pode adotá-los ou não. Não se

considerando na posse dos elementos necessários, pode o julgador solicitar nova perícia. Tal providência, se não foi determinada na

hipótese, é porque a Juíza do processo entendeu desnecessária. 5. "Diante de dois laudos técnicos divergentes, o Juiz pode basear-se

em qualquer um deles para motivar sua decisão, atribuindo-os o peso que sua consciência indicar, uma vez que é soberano na análise das

provas carreadas aos autos" (HC nº 83.923/SP, Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJ de 28.4.08).

6. De mais a mais, os jurados, soberanamente, concluíram pela responsabilização do paciente e pela sua perfeita imputabilidade. Ao

final, foi proferida condenação à reprimenda total de 25 (vinte e cinco) anos de reclusão.

7. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem de habeas corpus, nos

termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Maria Thereza de Assis Moura

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.

Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Processo

HC 81911 / SP

HABEAS CORPUS 2007/0093139-4

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

23/03/2010

Data da Publicação/Fonte

DJe 12/04/2010

Ementa

HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. RÉU PRESO. CIÊNCIA DO ACÓRDÃO DA APELAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL. EXIGÊNCIA APENAS

PARA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU. CRIME CONSUMADO. POSSE MANSA E PACÍFICA DO BEM. DESNECESSIDADE. MERA DETENÇÃO DA

RES. EXAME APROFUNDADO DAS PROVAS. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ORDEM DENEGADA.

1. A intimação pessoal do réu preso, prevista no art. 392 do Código de Processo Penal, somente é exigida para a ciência da sentença

condenatória de primeiro grau, não se estendendo para as decisões de segunda instância.

2. É pacífica a compreensão desta Corte Superior de Justiça no sentido

de que o crime de roubo consuma-se com a simples detenção da res, ainda que por restrito espaço de tempo, não se exigindo que haja posse

mansa e pacífica, devendo ser analisado cada caso concreto. Precedentes.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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3. Hipótese em que as instâncias ordinárias bem examinaram as provas

dos autos e concluíram que o paciente teve a posse tranquila da res, pois não houve perseguição imediata, não havendo como reconhecer

tratar-se de tentativa. 4. Diante das afirmações do Juiz de primeiro grau e do Tribunal de

origem, no sentido de que não houve perseguição imediata e ininterrupta, sendo o paciente localizado acidentalmente, não se

admite, na via estreita do habeas corpus, que sejam feitas incursões profundas na seara fático-probatória para se chegar a conclusão

diversa. 5. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de hábeas corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros

Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) e Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) votaram com

a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis

Moura.

Processo

RHC 24607 / PR RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS

2008/0219346-3

Relator(a)

Ministro OG FERNANDES

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

23/03/2010

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Data da Publicação/Fonte

DJe 12/04/2010

Ementa

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. POLICIAL MILITAR. DESERÇÃO. POSTERIOR EXCLUSÃO DAS FILEIRAS MILITARES.

TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Segundo o art. 187 do Código Penal Militar, comete o crime de

deserção o militar que se ausentar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias.

2. Na hipótese, quando da consumação do delito e do oferecimento da denúncia, o recorrente ostentava a condição de militar, podendo, assim,

ser sujeito ativo do crime de deserção. 3. A superveniente exclusão das fileiras militares, por fatos diversos,

não dá azo ao trancamento da ação penal, sob a alegação de ausência

de condição de procedibilidade. 4. "A exclusão do paciente das fileiras do Exército ocorreu quando já

estava consumado o crime de deserção. (....) Não há irregularidade na Lavratura do Termo de Deserção, nem na exclusão do militar das

fileiras do Exército, após a consumação do delito. (....) Não há a alegada falta de justa causa" (Precedente do Superior Tribunal Militar).

5. Recurso a que se nega provimento.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Maria Thereza de Assis Moura

votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.

Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

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