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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo Antonio Ozório Leme de Barros _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1 NESTA EDIÇÃO: DOUTRINA: A nova redação dada ao crime de estupro pela Lei nº 12.015/09 e a questão do concurso de crimes (artigo de GIANPAOLO POGGIO SMANIO) Lei nacional nº 12.033, de 29 de setembro de 2009 Lei nacional nº 12.037, de 1º de outubro de 2009 Ementas da Segunda Turma do STF Ementas da Terceira Seção e da Quinta e Sexta Turmas do STJ ALGUMAS PALAVRAS Setor de Jurisprudência O BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA é uma publicação eletrônica quinzenal da Procuradoria de Justiça Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo; o acesso a todas as suas edições poderá ser obtido, na rede mundial de computadores (Internet), por meio do endereço <http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/proc_criminal/Boletins_jurisprudencia>; a publicação é remetida, também, a todos os interessados mediante mala direta eletrônica. O inteiro teor dos acórdãos aqui publicados acha-se disponível dentro das páginas eletrônicas do Supremo Tribunal Federal <www.stf.jus.br> e do Superior Tribunal de Justiça <www.stj.jus.br>. Críticas e sugestões serão bem-vindas e poderão ser encaminhadas ao Setor de Jurisprudência da Procuradoria de Justiça Criminal, por meio do seu endereço eletrônico <pjc- [email protected]>. Bom proveito!

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1

NESTA EDIÇÃO: ● DOUTRINA: A nova redação dada ao crime de estupro pela Lei nº 12.015/09 e a questão do concurso de crimes (artigo de GIANPAOLO POGGIO SMANIO) ● Lei nacional nº 12.033, de 29 de setembro de 2009 ● Lei nacional nº 12.037, de 1º de outubro de 2009

● Ementas da Segunda Turma do STF

● Ementas da Terceira Seção e da Quinta e Sexta Turmas do STJ

ALGUMAS PALAVRAS

Setor de Jurisprudência

O BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA é uma publicação eletrônica quinzenal da Procuradoria de Justiça Criminal do

Ministério Público do Estado de São Paulo; o acesso a todas as suas edições poderá ser obtido, na rede mundial de computadores (Internet), por meio do endereço <http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/proc_criminal/Boletins_jurisprudencia>;

a publicação é remetida, também, a todos os interessados

mediante mala direta eletrônica.

O inteiro teor dos acórdãos aqui publicados acha-se disponível dentro das páginas eletrônicas do Supremo Tribunal Federal <www.stf.jus.br> e do Superior Tribunal de Justiça <www.stj.jus.br>.

Críticas e sugestões serão bem-vindas e poderão ser encaminhadas ao Setor de Jurisprudência da Procuradoria de

Justiça Criminal, por meio do seu endereço eletrônico <[email protected]>.

Bom proveito!

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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DOUTRINA

A NOVA REDAÇÃO DADA AO CRIME DE ESTUPRO

PELA LEI Nº 12.015/09 E A QUESTÃO DO

CONCURSO DE CRIMES

Gianpaolo Poggio Smanio Procurador de Justiça, Ministério Público do Estado de São

Paulo. Bacharel em Direito pela USP. Mestre e Doutor em

Direito pela PUCSP. Professor da Escola Superior do MPESP,

da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Complexo

Jurídico Damásio E. de Jesus.

Com a revogação do artigo 214, do CP, e o novo tipo penal do artigo 213, do CP, que englobou os antigos crimes de estupro e atentado

violento ao pudor em um único tipo penal, algumas questões surgiram para interpretação da lei penal e gostaríamos de enfocar as consequências

do novo dispositivo legal em face do concurso de delitos entre os antigos

estupro e atentado violento ao pudor.

Inicialmente, verificamos que não houve abolitio criminis e as

condutas continuam a ser consideradas crimes, embora o crime de atentado violento ao pudor tenha passado a ser chamado de estupro e

tipificado no referido artigo 213, do CP.

Quando o agente realizava contra a vítima o constrangimento,

mediante violência ou grave ameaça, para praticar conjunção carnal e atos libidinosos diversos da conjunção carnal, o posicionamento

majoritário, tanto na doutrina, quanto na jurisprudência, apontava para dois caminhos possíveis, na vigência anterior dos artigos 213 e 214, do

CP:

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a) caso os atos libidinosos, diversos da conjunção carnal, fossem preparatórios ou preliminares da conjunção, praticados na mesma vítima,

ficariam absorvidos, ocorrendo apenas um crime de estupro.

A jurisprudência assim se posicionava:

“Há absorção do delito de atentado violento ao pudor pelo de estupro se os atos de libidinagem praticados na vítima, resultando em

manchas hematosas no seio, na face e no pescoço, podem ser abrangidos no conceito geral de praeludia coiti, ou seja, fazem parte da ação física do

próprio delito de estupro, não configurando crime autônomo” (TJSP – RT 691/303).

“Atentado violento ao pudor e estupro – Atos libidinosos absorvidos pelo estupro – Prática como praeludia coiti – Recurso não provido” (JTJ

245/335).

b) caso os atos libidinosos, diversos da conjunção carnal, tivessem autonomia em relação a esta, como, por exemplo, a prática de sexo anal

e conjunção carnal na mesma vítima, haveria concurso material de crimes, entre o estupro e o atentado violento ao pudor.

A jurisprudência era amplamente majoritária, neste sentido:

“A jurisprudência do STF é no sentido de que estupro e atentado

violento ao pudor praticados contra a mesma vítima caracterizam hipótese de concurso material de delitos e não crime continuado” (STF – RT

821/505).

“Habeas corpus. Pena. Estupro e atentado violento ao pudor.

Impossibilidade de absorção de um delito pelo outro. Hipótese de concurso material. É pacífico o entendimento no Supremo Tribunal Federal

no sentido de que estupro e atentado violento ao pudor, praticados contra a mesma vítima, caracterizam concurso material de delitos. Habeas

corpus indeferido” (JSTF 222/291).

Em face do novo dispositivo legal, poderá ser mantida esta interpretação, ou deveremos considerar um único crime a prática da

conjunção carnal e de outros atos libidinosos pelo agente?

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Guilherme Nucci, em recente obra, posicionou-se a favor da alteração da interpretação anterior, com a caracterização do atual artigo

213, do CP, como um tipo misto alternativo, com a consequência de ser considerado um único crime, caso o autor pratique ambas as condutas

descritas no tipo, na mesma vítima (Crimes contra a dignidade sexual, editora RT, pág. 18).

Em sentido contrário, Vicente Greco Filho, em artigo recentemente veiculado, defende a caracterização do atual tipo do artigo 213, do CP,

como tipo misto cumulativo, com a consequência do concurso material de crimes, na hipótese do autor praticar a conjunção carnal e os atos

libidinosos contra a vítima, mediante constrangimento (Uma interpretação de duvidosa dignidade, artigo veiculado pela Associação Paulista do

Ministério Público pela internet – <[email protected]>).

Entendemos que ambas as situações convivem na referida norma do artigo 213, do CP, podendo haver crime único, ou concurso material de

crimes, dependendo do contexto do fato.

A admissão entre nós de tipos mistos cumulativos não é nova.

O antigo Anteprojeto de Código Penal, de autoria de Nelson Hungria, trazia em seu artigo 5º, § único, o seguinte texto:

“Quando a norma penal prevê vários fatos, alternativamente, como modalidades de um mesmo crime, só é aplicável uma vez, ainda quando

os ditos fatos são praticados pelo mesmo agente sucessivamente.”

Heleno Fragoso, em comentários ao referido Anteprojeto, entendeu

dever o parágrafo em questão ser retirado, porque excluiria o concurso de crimes em todos os casos de tipos mistos cumulativos existentes em

nosso ordenamento jurídico.

Trazemos seu texto, pela clareza dos conceitos então expostos:

“Os tipos mistos são aqueles que contemplam mais de uma

modalidade de fato. São alternativos, quando as ações são fungíveis e permutáveis, sendo indiferente a realização de mais de uma, no que se

refere à unidade do delito. Temos exemplo no crime do art. 211 do Código penal (“destruir, subtrair ou ocultar”). A esses, Nelson Hungria, com muita

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propriedade, chama de crimes de conteúdo variável. Mas há também os tipos mistos impropriamente chamados cumulativos, em relação aos quais

desaparece a fungibilidade, dando lugar ao concurso material. Cada uma das modalidades do crime constitui uma figura autônoma de delito.

A distinção entre tipos mistos alternativos e cumulativos remonta a Binding, Normen, Vol. I, p. 205 (2ª edição, 1890). Embora haja certa

imprecisão doutrinária na formulação dos critérios para reconhecimento dos tipos cumulativos, não há dúvida quanto à sua existência. Veja-se a

seguríssima lição de Mezger, Strafrecht, ein studienbuch, 1960, p. 104. No Código vigente, por exemplo, o art. 180, apresenta, com a receptação

própria e a receptação imprópria tipos cumulativos, que dão lugar ao concurso material” <www.fragoso.com.br/cgi-bin/heleno-artigos/arquivo47.pdf>.

Anteriormente, Fragoso já havia mencionado os tipos acumulados,

preferindo esta designação ao tipo misto cumulativo, tratando-se de disposições legais que contém independentemente, mais de uma figura

típica de delito, quando haveria sempre concurso material, em caso de realização de mais de um tipo. Exemplificava os seguintes crimes

definidos no Código Penal, como exemplos de tipos cumulados: artigos 135, 180, 208, 242, 244, 248, 326. (Conduta punível, p. 206).

Entendemos, no entanto, que os tipos penais mistos podem ser considerados tanto alternativos quanto cumulativos, devendo a questão

ser analisada face à redação legislativa e aos princípios do direito penal referentes ao conflito aparente de normas, ou seja, em relação à

consunção, especialidade, subsidiariedade ou alternatividade.

Sobre o atual artigo 213, do CP, Vicente Greco Filho, em seu já

mencionado artigo, assim também entende: “o tipo do art. 213 é daqueles em que a alternatividade ou cumulatividade são igualmente possíveis e

que precisam ser analisadas à luz dos princípios da especialidade,

subsidiariedade e da consunção, incluindo-se neste o da progressão”.

Desta forma, reputamos que poderá ocorrer crime único, na mesma

hipótese que anteriormente a doutrina e jurisprudência assim entendiam, quando os atos libidinosos forem preparatórios ou preliminares da

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conjunção carnal praticada na vítima, mediante constrangimento. Neste caso, as condutas são alternativas.

No entanto, caso as condutas sejam autônomas, como também anteriormente se referia, quando houver conjunção carnal e sexo anal,

praticados na mesma vítima, mediante constrangimento, por exemplo, haverá concurso material de crimes. Neste caso, há cumulatividade de

condutas.

Acrescentamos, ainda, que o referido artigo 213, do CP admitirá

também a continuidade delitiva, quando presentes os requisitos do artigo 71, do Código Penal, na conduta do agente criminoso.

Estas eram as observações que gostaríamos de fazer para contribuir com as análises sobre as mudanças efetivadas pela Lei nº 12.015/09.

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LEGISLAÇÃO

Lei nacional nº 12.033, de 29 de setembro de 2009 (publicada na edição de 30 de setembro de 2009 do D. O. U.)

Altera a redação do parágrafo único do art. 145 do

Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -

Código Penal, tornando pública condicionada

a ação penal em razão da injúria que especifica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Esta Lei torna pública condicionada a ação penal em razão de

injúria consistente na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de

deficiência.

Art. 2o O parágrafo único do art. 145 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de

dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 145. ...................................................................... Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça,

no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem

como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.” (NR)

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de setembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Tarso Genro

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Lei nacional nº 12.037, de 1º de outubro de 2009 (publicada na edição de 02 de outubro de 2009 do D. O. U.)

Dispõe sobre a identificação criminal do

civilmente identificado, regulamentando

o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal.

O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta Lei.

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade; II – carteira de trabalho;

III – carteira profissional; IV – passaporte;

V – carteira de identificação funcional; VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.

Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos

documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente

o indiciado; III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com

informações conflitantes entre si; IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais,

segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério

Público ou da defesa;

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V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa

identificação dos caracteres essenciais. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser

juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.

Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o

constrangimento do identificado.

Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o

fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em

flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.

Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em

atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento

definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que

apresente provas de sua identificação civil.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000.

Brasília, 1o de outubro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA

Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL _____________________________________________________

SEGUNDA TURMA Composição:

Ministro Celso de Mello - Presidente Ministra Ellen Gracie

Ministro Cezar Peluso Ministro Joaquim Barbosa

Ministro Eros Grau ___________________________________________________________

HC 93158 / AC - ACRE HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 08/09/2009 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação

DJe-191 DIVULG 08-10-2009 PUBLIC 09-10-2009 EMENT VOL-02377-02 PP-00276

Parte(s) PACTE.(S): ALEX FERNANDES DE BARROS

IMPTE.(S): MARIO SERGIO PEREIRA DOS SANTOS COATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: AÇÃO PENAL. Sentença. Acórdão. Intimação do réu. Realização

mediante publicação do dispositivo do acórdão no Diário Oficial. Ato válido. Desnecessidade de intimação pessoal do réu e do defensor

constituído. Exigência só pertinente à intimação da sentença de primeiro grau. HC denegado. Inteligência do art. 392 do CPP. Precedentes. A

exigência de intimação pessoal, a que se refere o art. 392 do Código de

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Processo Penal, só se aplica em relação à sentença de primeira instância, não a acórdão.

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste

julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009.

HC 93292 / DF - DISTRITO FEDERAL HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 08/09/2009 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação

DJe-191 DIVULG 08-10-2009 PUBLIC 09-10-2009 EMENT VOL-02377-02 PP-00282

Parte(s) PACTE.(S): MARCUS VINICIUS PESSOA DE BELFORT TEIXEIRA

IMPTE.(S): CARLOS ALBERTO GOMES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Crimes contra a honra. Material

ofensivo divulgado por mensagem eletrônica ao endereço eletrônico funcional de oficiais da Aeronáutica. Delito supostamente cometido por

militar da reserva em dano de militar na ativa. Causa da competência da Justiça Militar. Inocorrência de ofensa às instituições militares. Exame de

mérito. Impossibilidade na via eleita. HC denegado. Aplicação do art. 9º, III, b, do Código Penal Militar. É da competência da Justiça Militar julgar

ação penal por delito contra a honra cometido por militar da reserva em

dano de militar na ativa, dentro de unidade militar. Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus,

nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª

Turma, 08.09.2009.

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HC 97134 / PE - PERNAMBUCO HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA Julgamento: 30/06/2009 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação DJe-176 DIVULG 17-09-2009 PUBLIC 18-09-2009

EMENT VOL-02374-02 PP-00402 Parte(s)

PACTE.(S): ROBERVAL ROLDÃO DE ARAÚJO IMPTE.(S): JOÃO VIEIRA NETO E OUTRO(A/S)

COATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: Habeas Corpus. Direito Penal e Processual Penal. Fixação da

pena-base acima do mínimo legal e imposição de regime inicial fechado. Possibilidade. Inocorrência de nulidade. Circunstâncias judiciais

desfavoráveis. Fundamentação Suficiente. Precedentes. Diante da valoração das circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, é

perfeitamente possível a fixação da pena-base acima do mínimo legal, desde que a decisão esteja devidamente fundamentada, como

efetivamente ocorreu no caso. Precedentes. Esta Corte tem adotado orientação pacífica segundo a qual não há nulidade na decisão que majora

a pena-base e fixa o regime inicial mais gravoso considerando-se as circunstâncias judiciais desfavoráveis, não servindo o habeas corpus como

instrumento idôneo para realizar a ponderação, em concreto, das circunstâncias judiciais do art. 59, do Código Penal. Precedentes. O juiz

sentenciante fundamentou a fixação da pena-base acima do mínimo legal e estabeleceu o regime inicial de cumprimento da pena corporal à luz do

disposto nos artigos 33 e 59 do Código Penal, atendendo, portanto, ao

disposto no art. 93, inciso IX, da Constituição da República. Habeas corpus denegado.

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste

julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª

Turma, 30.06.2009.

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HC 97252 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS

Relator(a): Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 23/06/2009 Órgão Julgador: Segunda Turma

Publicação DJe-167 DIVULG 03-09-2009 PUBLIC 04-09-2009

EMENT VOL-02372-03 PP-00520 Parte(s)

PACTE.(S): MARCUS VINÍCIUS VILELA PASCHOAL OU MARCOS VINÍCIOS VILELA PASCHOAL

IMPTE.(S): ANTÔNIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA

COATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Ementa: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIMES DE HOMICÍDIO E LESÃO CORPORAL. ATROPELAMENTO. DOLO

EVENTUAL. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. PRONÚNCIA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. EXAME DE MATÉRIA FÁTICO-

PROBATÓRIA. INADMISSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. A questão de direito, objeto de controvérsia neste writ, consiste na configuração do dolo

eventual ou da culpa na conduta do paciente no atropelamento que gerou a morte de quatro vítimas e causou lesões corporais em uma quinta. 2. O

dolo eventual compreende a hipótese em que o sujeito não quer diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita como possível ou

provável (assume o risco da produção do resultado, na redação do art. 18, I, in fine, do CP). 3. Faz-se imprescindível que o dolo eventual se extraia

das circunstâncias do evento, e não da mente do autor, eis que não se

exige uma declaração expressa do agente. 4. Como se sabe, para a decisão de pronúncia basta um juízo de probabilidade em relação à

autoria delitiva. Nessa fase, não deve o Juiz revelar um convencimento absoluto quanto à autoria, pois a competência para julgamento dos crimes

contra a vida é do Tribunal do Júri. 5. Na presente hipótese, depreende-se da decisão de pronúncia, a existência de indícios suficientes de autoria em

relação aos crimes dolosos de homicídio e lesão corporal, visto que

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diversas testemunhas afirmaram que o paciente dirigia seu veículo em alta velocidade e, após o atropelamento, aparentava estar alcoolizado. 6.

No caso em tela, de acordo com o que consta da denúncia, o paciente aceitou o risco de produzir o resultado típico no momento em que

resolveu dirigir seu automóvel em velocidade excessiva, sob o efeito de bebida alcoólica e substância entorpecente. 7. De outro giro, verificar se o

paciente agiu, ou não, com dolo eventual no caso concreto, importa, necessariamente, em aprofundado exame de matéria fático-probatória,

inadmissível na estreita via do habeas corpus. 8. Com efeito, conforme já decidiu esta Suprema Corte "sem exame aprofundado de provas,

inadmissível em habeas corpus, não se pode concluir pela caracterização, ou não do dolo eventual" (HC 67.342/RJ, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ

31.03.1989). 9. Ante o exposto, denego a ordem de habeas corpus.

Decisão: A Turma, à unanimidade, denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Falou, pelo paciente, o Dr. Antônio

Cláudio Mariz de Oliveira. 2ª Turma, 23.06.2009.

HC 94366 / RS - RIO GRANDE DO SUL

HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CELSO DE MELLO

Julgamento: 23/06/2009 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação

DJe-171 DIVULG 10-09-2009 PUBLIC 11-09-2009 EMENT VOL-02373-02 PP-00224

Parte(s) PACTE.(S): NILTON CÉSAR DA SILVA

IMPTE.(S): DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

COATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: "HABEAS CORPUS" - EXECUÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - REMIÇÃO - COMETIMENTO DE FALTA GRAVE - PERDA DOS

DIAS REMIDOS - AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL - NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA QUE CONCEDE A REMIÇÃO PENAL - ATO

DECISÓRIO INSTÁVEL OU CONDICIONAL - RECEPÇÃO DO ART. 127 DA

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL - SÚMULA VINCULANTE Nº 09/STF - PEDIDO INDEFERIDO. - O estatuto de

regência da remição penal não ofende a coisa julgada, não atinge o direito adquirido nem afeta o ato jurídico perfeito, pois a exigência de satisfatório

comportamento prisional do interno - a revelar a participação ativa do próprio condenado na obra de sua reeducação - constitui pressuposto

essencial e ineliminável da manutenção desse benefício legal. - A perda do tempo remido, em decorrência de punição por falta grave (art. 127 da Lei

de Execução Penal), não vulnera o postulado inscrito no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República. É que a punição do condenado por faltas

graves - assim entendidas as infrações disciplinares tipificadas no art. 50 da Lei de Execução Penal - traz consigo consideráveis impactos de

natureza jurídico-penal, pois afeta, nos termos em que foi delineado pelo

ordenamento positivo, o próprio instituto da remição penal, que supõe, para efeito de sua aplicabilidade e preservação, a inexistência de qualquer

ato punitivo por ilícitos disciplinares revestidos da nota qualificadora da gravidade objetiva. Doutrina. Precedentes.

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste

julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 23.06.2009.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA _______________________________________________________________

TERCEIRA SEÇÃO Composição:

Laurita Vaz

Arnaldo Esteves Lima

Felix Fischer Maria Thereza de Assis Moura

Napoleão Maia Filho Nilson Naves

Paulo Medina* Jorge Mussi

Og Fernandes Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado)

Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)

* temporariamente afastado

________________________________________________________________

Processo

CC 100794 / MG

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2008/0252341-9

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

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Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIMES DE USO E TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONEXÃO. ART. 76 DO CPP. NÃO-OCORRÊNCIA.

POSSE DE DROGAS PARA USO PRÓPRIO. DELITO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL.

1. O fato de o usuário de droga ser detido e o possível traficante acabar sendo preso não caracteriza, necessariamente, a conexão entre os

delitos de uso e tráfico de entorpecentes. 2. Não havendo nenhuma das hipóteses elencadas no art. 76 do Código

de Processo Penal, não há falar em conexão entre os crimes previstos nos arts. 28 e 33 da Lei 11.343/06.

3. O crime de uso de entorpecente para consumo próprio, previsto no

art. 28 da Lei 11.343/06, é de menor potencial ofensivo, o que determina a competência do Juizado Especial.

4. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Governador Valadares/MG, ora suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar

competente o suscitado, Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Governador Valadares - MG, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Votaram com o Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og

Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix

Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu

o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

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CC 104240 / PB

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2009/0043623-9

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE RESPONSABILIDADE.

MALVERSAÇÃO DE VERBAS DO FUNDEF. PREFEITO MUNICIPAL. NÃO-

COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDO PELA UNIÃO. PRESTAÇÃO DE CONTAS NO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO. AUSÊNCIA DE INTERESSE DA

UNIÃO. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 208/STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

1. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF atende a uma política nacional

de educação, sendo regulamentado pela Lei 9.424/96, que foi revogada com a entrada em vigor da Lei 11.494/07, que instituiu o FUNDEB –

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

2. Os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios devem fiscalizar o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição,

que trata do sistema de ensino no país, conforme dispunha o art. 11 da Lei 9.424/96 e a nova Lei 11.494/07 em seu art. 26.

3. Não ocorrendo a complementação do Fundo com recursos da União,

inexiste o seu interesse direto na gestão desses recursos, sendo inaplicável a Súmula 208/STJ.

4. Conflito conhecido para declarar a competência do Tribunal de Justiça da Paraíba, ora suscitado.

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Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior

Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar competente o suscitado, Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, nos

termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão

Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a

Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CC 99530 / PB CONFLITO DE COMPETÊNCIA

2008/0229664-2

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIMES DE AMEAÇA E PORTE

ILEGAL DE ARMA DE FOGO. NÃO-LOCALIZAÇÃO DA ARMA. MATERIALIDADE DO DELITO NÃO-COMPROVADA. COMPETÊNCIA DO

JUIZADO ESPECIAL. 1. Para a configuração do crime de porte ilegal de arma de fogo é

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necessária a existência da arma de fogo, visto que o indivíduo deve

estar portando-a ou tê-la ao alcance para o uso. 2. Quando a arma de fogo não é localizada e a materialidade do delito

não se mostra evidenciada nos autos, não há como reconhecer o concurso entre os crimes de ameaça e o de porte de arma de fogo.

3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Campina Grande/PB, o suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar

competente o suscitado, Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Campina Grande - PB, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Votaram com o Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e

os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),

Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu

o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CC 98787 / RJ

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2008/0209321-6

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

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DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE PORTE ILEGAL DE

ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA. ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISOS I E IV, DA LEI 10.826/03. OFENSA À FÉ PÚBLICA DA

UNIÃO. NÃO-OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE OFENSA A BENS, SERVIÇOS OU INTERESSES DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.

1. A Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) visa melhorar a segurança pública, através do recolhimento de armas de fogo e

munições sem os registros pertinentes, tendo como bem jurídico tutelado a segurança pública.

2. Em regra, a competência para processar e julgar os crimes elencados na Lei 10.826/03 é da competência da Justiça Estadual.

3. O fato de o registro de armas serem efetuados no órgão submetido

ao Ministério da Justiça, por si só, não enseja o deslocamento da competência para a Justiça Federal, o que revela interesse genérico e

reflexo da União, pois não há ofensa a seus bens, serviços ou interesses.

4. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal de Campo Grande/RJ, ora suscitante.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar

competente o suscitante, Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal de Campo Grande - RJ, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o

Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a

Sra. Ministra Laurita Vaz.

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Processo

CC 96109 / RJ CONFLITO DE COMPETÊNCIA

2008/0112894-9

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE ESTELIONATO.

ACUSADO QUE SE PASSA POR AGENTE DA RECEITA FEDERAL. OFERTA DE PRETENSAS MERCADORIAS APREENDIDAS PARA OBTER VANTAGEM

DE TERCEIROS. NEGOCIAÇÃO COM PAGAMENTO EM ESPÉCIE E CHEQUE ADMINISTRATIVO. CONSUMAÇÃO DO DELITO NO MOMENTO E

LOCAL ONDE RECEBIDO O VALOR EM DINHEIRO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL PAULISTA.

1. O crime de estelionato consuma-se no momento e lugar em que o

agente obtém a vantagem indevida. 2. No estelionato, ainda que a vantagem ilícita tenha sido composta por

certa quantia em dinheiro e um cheque administrativo, o crime já está consumado quando do recebimento do valor em espécie, pois trata-se

de um crime material instantâneo. 3. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito da

18ª Vara Criminal de São Paulo/SP, ora suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior

Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar

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competente o suscitado, Juízo de Direito da 18ª Vara Criminal de São

Paulo - SP, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros

Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a

Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CC 100587 / BA

CONFLITO DE COMPETÊNCIA

2008/0245516-7

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. ESTELIONATO OU FURTO MEDIANTE FRAUDE. ENGANAR A VÍTIMA PRESTANDO AJUDA NO

SISTEMA DE AUTOATENDIMENTO DE BANCO. ESTELIONATO. ART. 70 DO CPP. CONSUMAÇÃO NO MOMENTO E LUGAR DA OBTENÇÃO DA

VANTAGEM ILÍCITA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.

1. No delito de estelionato, o agente conduz a vítima ao erro ou a mantém nele, para que esta entregue o bem de forma espontânea. Já

no furto mediante fraude, o agente, por meio de um plano ardiloso, consegue reduzir a vigilância da vítima, de modo que seus bens fiquem

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desprotegidos.

2. "A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for

praticado o último ato de execução" (art. 70 do CPP). 3. O crime de estelionato consuma-se no momento e lugar em que o

agente obtém a vantagem indevida. 4. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da

10ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, ora suscitado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar

competente o suscitado, Juízo Federal da 10ª Vara Criminal da Seção

Judicária do Estado de São Paulo, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis

Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),

Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu

o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

AgRg no CC 98017 / MG

AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2008/0170885-3

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

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Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE FALSIFICAÇÃO E USO DE DOCUMENTO FALSO. PASSAPORTE

ADULTERADO. LOCAL DA FALSIFICAÇÃO INCERTO. EVENTUAIS CRIMES CONEXOS. APLICAÇÃO DO ART. 78, INCISO II, ALÍNEA C, DO CPP.

PREVENÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL PAULISTA. AGRAVO IMPROVIDO.

1. Sendo incerto o local da consumação do delito de falsificação, a fixação da competência ocorre pelo local da apresentação do passaporte

adulterado. 2. Nas hipóteses de crimes conexos, o art. 78, inciso II, do CPP traz as

regras de competência quando há concurso de jurisdições de mesma

categoria, preponderando o lugar da infração cuja pena for mais grave. Subsidiariamente, na alínea b do inciso II, prevalecerá o local onde

cometido o maior número de infrações. Finalmente, na alínea c do mesmo inciso, de forma residual, temos a hipótese da prevenção.

3. Agravo regimental improvido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior

Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o

Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente,

ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a

Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

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CAt 210 / PR

CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES 2007/0218445-9

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES. MINISTÉRIO PÚBLICO E

AUTORIDADE JUDICIÁRIA. DILAÇÃO DO PRAZO PARA DILIGÊNCIAS.

INDEFERIMENTO PELO MAGISTRADO. CABIMENTO DE CORREIÇÃO PARCIAL. INTERPOSIÇÃO DE CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO.

IMPOSSIBILIDADE. CONFLITO NÃO-CONHECIDO. 1. Apesar de ser o dominus litis, o Ministério Público atua no processo

como parte e, como tal, deve combater os atos que ocasionem obstáculos a sua pretensão por meio de recurso.

2. A correição parcial tem como escopo atacar ato ou despacho do Juízo que impeça atingir o fim almejado no processo, desde que não caiba

recurso ou que seja proveniente de erro de ofício ou abuso de poder. 3. O Ministério Público, em decorrência do indeferimento do pedido de

dilação do prazo para diligências, em vez de suscitar conflito de atribuição, poderia, em tese, interpor correição parcial, de competência

do Conselho da Justiça Federal, nos termos do art. 6º da Lei 5.010/66. 4. Conflito de atribuição não-conhecido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior

Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer do conflito de

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atribuição, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o

Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente,

ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CAt 215 / PR CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES

2007/0235384-3

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 23/09/2009

Ementa

PENAL. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES. MINISTÉRIO PÚBLICO E

AUTORIDADE JUDICIÁRIA. DILAÇÃO DO PRAZO PARA DILIGÊNCIAS. INDEFERIMENTO PELO MAGISTRADO. CABIMENTO DE CORREIÇÃO

PARCIAL. INTERPOSIÇÃO DE CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CONFLITO NÃO-CONHECIDO.

1. Apesar de ser o dominus litis, o Ministério Público atua no processo

como parte e, como tal, deve combater os atos que ocasionem obstáculos a sua pretensão por meio de recurso.

2. A correição parcial tem como escopo atacar ato ou despacho do Juízo que impeça atingir o fim almejado no processo, desde que não caiba

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recurso ou que seja proveniente de erro de ofício ou abuso de poder.

3. O Ministério Público, em decorrência do indeferimento do pedido de dilação do prazo para diligências, em vez de suscitar conflito de

atribuição, poderia, em tese, interpor correição parcial, de competência do Conselho da Justiça Federal, nos termos do art. 6º da Lei 5.010/66.

4. Conflito de atribuição não-conhecido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA SEÇÃO do Superior

Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer do conflito de atribuição, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o

Relator a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a

Sra. Ministra Laurita Vaz.

Processo

CC 65715 / MT

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2006/0141391-7

Relator(a)

Ministro CARLOS FERNANDO MATHIAS (JUIZ FEDERAL CONVOCADO DO

TRF 1ª REGIÃO)

Relator(a) p/ Acórdão

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

S3 - TERCEIRA SEÇÃO

Data do Julgamento

26/08/2009

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Data da Publicação/Fonte

DJe 17/09/2009

Ementa

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PENAL. CRIME DE REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO EM DESFAVOR DE 49 (QUARENTA

E NOVE) TRABALHADORES RURAIS PRATICADO EM CONCURSO MATERIAL COM DIVERSOS DELITOS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

FEDERAL. 1. A teor do entendimento desta Corte, o crime de redução a condição

análoga à de escravo, por se enquadrar na categoria de delitos contra a organização do trabalho, é da competência da Justiça Federal, nos

termos do art. 109, inciso VI, da Constituição Federal. 2. Quantos aos demais crimes conexos imputados aos Réus, deve-se

aplicar o disposto no verbete sumular n.º 122 desta corte.

3. Conflito conhecido para declarar a competência da Justiça Federal para processar e julgar o feito.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

TERCEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, retomado o julgamento, após o

voto-vista da Sra. Ministra Laurita Vaz, divergindo do Relator, conhecendo do conflito e declarando competente o Suscitado, Tribunal

Regional Federal da 1ª Região, no que foi acompanhada pelos Srs. Ministros Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima, Maria Thereza de Assis

Moura e Napoleão Nunes Maia Filho, por unanimidade, conhecer do conflito e por maioria declarar competente o Suscitado, Tribunal

Regional Federal da 1ª Região, nos termos do voto da Sra. Ministra Laurita Vaz, que lavrará o acórdão. Vencido o Sr. Ministro Carlos

Fernando Mathias (Desembargador convocado do TRF da 1ª Região)

que declarava competente o Juízo de Direito da 5ª Vara Criminal de Sorriso - MT. Votaram com a Sra. Ministra Laurita Vaz (Relatora para

acórdão) os Srs. Ministros Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima, Maria Thereza de Assis Moura e Napoleão Nunes Maia Filho. Vencido o Sr.

Ministro Carlos Fernando Mathias (Juiz convocado do TRF da 1ª Região).

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Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Jorge Mussi, Og

Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) e aroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), por não

comporem a Seção à época da leitura do relatório. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

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___________________________________________________________

QUINTA TURMA Composição:

Napoleão Maia Filho (Presidente) Felix Fischer

Laurita Vaz Arnaldo Esteves Lima

Jorge Mussi ___________________________________________________________

Processo

HC 132913 / SP

HABEAS CORPUS 2009/0062063-9

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

20/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE LATROCÍNIO TENTADO. FIXAÇÃO DE REGIME PRISIONAL FECHADO PARA O CUMPRIMENTO DA PENA.

CRIME COMETIDO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.464/2007. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

1. Consoante a nova redação do art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/90, introduzida pela Lei n.º 11.464/2007, os condenados pela prática de

crime hediondo devem iniciar o cumprimento da pena privativa de

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liberdade no regime prisional fechado. Precedentes.

2. Na espécie, não há constrangimento ilegal a ser sanado, na medida em que o Paciente restou condenado pela prática do crime de latrocínio

tentado, cometido em 27/04/2007, sob a égide, portanto, da nova Lei de Crimes Hediondos.

3. Habeas corpus denegado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

RHC 25634 / SP RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS

2009/0043600-1

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

19/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. FALTA DE INTIMAÇÃO

DA DEFESA PARA A AUDIÊNCIA DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA POR CARTA PRECATÓRIA. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. RÉU REPRESENTADO

POR DEFENSOR DATIVO EM UMA AUDIÊNCIA E QUE ESTEVE PRESENTE EM OUTRAS DUAS. PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. ANÁLISE

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APROFUNDADA DE PROVAS. INVIABILIDADE.

1. Como o Recorrente e seu patrono foram devidamente intimados da expedição das cartas precatórias para oitiva das testemunhas de

acusação, não há nulidade a ser declarada. 2. Ademais, é consolidado o entendimento da Suprema Corte no sentido

de que a ausência de intimação da expedição de carta precatória constitui nulidade relativa, nos termos do verbete sumular n.º 155, que

depende, para ser declarada, de demonstração de efetivo prejuízo, o que não se vislumbrou na hipótese sub examine, até porque o patrono

do Recorrente esteve presente em duas audiências e, em outra, foi-lhe nomeado defensor dativo. Precedentes.

3. Para se constatar o efetivo comprometimento à Defesa do acusado – como pretendido nas razões do recurso – seria necessária a realização

de um aprofundado exame da matéria probatória, inviável em sede de

habeas corpus. Precedente. 4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar

provimento ao recurso. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a

Sra. Ministra Relatora.

Processo

HC 107671 / SP

HABEAS CORPUS

2008/0119328-0

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

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Data do Julgamento

19/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. REMIÇÃO. FALTA GRAVE. PERDA DOS DIAS REMIDOS. APLICAÇÃO DO ART. 127 DA LEI N.º 7.210/84.

REINÍCIO DO PRAZO PARA A OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO DA PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. OFENSA À COISA JULGADA.

NÃO-OCORRÊNCIA. 1. A perda dos dias remidos em razão do cometimento de falta grave

pelo sentenciado não ofende o direito adquirido ou a coisa julgada. O instituto da remição, como prêmio concedido ao apenado em razão do

tempo trabalhado, gera, tão-somente, expectativa de direito, sendo

incabível cogitar-se de reconhecimento de coisa julgada material. A própria Lei de Execução Penal estabelece nos arts. 50 e 127 que as

faltas disciplinares de natureza grave impõem a perda dos dias remidos. 2. O cometimento de falta grave pelo condenado implicará, outrossim, o

reinício do cômputo do interstício necessário ao preenchimento do requisito objetivo para a concessão do benefício da progressão de

regime, sem que se vislumbre ofensa ao direito adquirido ou à coisa julgada. Precedentes desta Corte.

3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

REsp 1112980 / RS

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RECURSO ESPECIAL

2009/0050798-7

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL. PRAZO MÍNIMO ENTRE CITAÇÃO E INTERROGATÓRIO. PREJUÍZO NÃO-DEMONSTRADO.

IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA NULIDADE. RECURSO

CONHECIDO E PROVIDO. 1. Não há previsão legal de prazo entre os atos de citação e

interrogatório. De acordo com o princípio pas de nullité sans grief, não deve ser declarada a nulidade quando não resultar prejuízo comprovado

para a parte que a alega. 2. Recurso especial conhecido e provido para restabelecer a sentença

condenatória.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso e lhe dar provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Napoleão

Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

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REsp 745954 / RS

RECURSO ESPECIAL 2005/0070033-3

Relator(a)

Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

18/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

PENAL. RECURSO ESPECIAL. APREENSÃO DE MÁQUINAS "CAÇA-

NÍQUEIS". MANDADO DE SEGURANÇA. CONCESSÃO. REEXAME

NECESSÁRIO. CONFIRMAÇÃO. ART. 50 DA LCP. VIGÊNCIA. COSTUME. REVOGAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE NO DIREITO PENAL. PRINCÍPIOS DA

ISONOMIA E DA LIBERDADE. NÃO-FUNDAMENTAÇÃO PARA CONDUTAS ILÍCITAS. RECURSOS PROVIDOS.

1. O ordenamento jurídico penal brasileiro não permite revogação de lei pelo costume.

2. "Evidencia-se o risco de grave lesão à ordem social e à ordem jurídica conquanto a exploração de jogo de azar mediante máquinas de

“caça-níqueis”, definida no art. 50 da Lei de Contravenções Penais já foi reconhecida como atividade ilícita por inúmeras decisões desta Corte,

dentre as quais destaca-se o REsp 474.365/SP, Quinta Turma, Rel. Min. GILSON DIPP, DJ 5/8/03; ROMS 15.593/MG, Primeira Turma, DJ 2/6/03

e ROMS 13.965/MG, Primeira Turma, DJ 9/9/02, ambos da relatoria do Min. JOSÉ DELGADO". (AgRg no AgRg na STA 69/ES, Rel. Min. EDSON

VIDIGAL, Corte Especial, DJ 6/12/04)

3. Os direitos fundamentais da isonomia e da liberdade consagrados na Constituição Federal não podem servir de esteio às condutas ilícitas,

não importando a condição social do agente infrator. 4. Recursos providos para reformar o acórdão e cassar a segurança

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anteriormente concedida.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer dos recursos e lhes dar

provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram

com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 129693 / PB

HABEAS CORPUS 2009/0033696-4

Relator(a)

Ministro FELIX FISCHER

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 14/09/2009

Ementa

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE

INTIMAÇÃO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. CERTIDÃO LAVRADA POR OFICIAL DE JUSTIÇA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. AUSÊNCIA DE

PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO.

I - Esta Corte tem se posicionado no sentido de que a certidão lavrada por oficial de justiça goza de presunção de veracidade, somente

podendo ser desconsiderada no caso de surgimento de prova robusta capaz de contraditá-la (Precedentes).

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II - Ademais, segundo orientação deste Tribunal, a ausência de ciência

do intimado não torna inválido o ato de intimação realizado pelo oficial de justiça (precedente).

Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi

votaram com o Sr. Ministro Relator.

Processo

HC 135029 / RJ HABEAS CORPUS

2009/0079972-9

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO. FALTA DE INTIMAÇÃO DA DEFESA PARA OITIVA DE TESTEMUNHA POR CARTA

PRECATÓRIA. NULIDADE RELATIVA. ENUNCIADO N.º 155 DA SÚMULA

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECLUSÃO. PRECEDENTES. 1. É consolidado o entendimento da Suprema Corte no sentido de que a

ausência de intimação da expedição de carta precatória constitui nulidade relativa, nos termos do verbete sumular n.º 155, que depende,

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para ser declarada, de demonstração de efetivo prejuízo, o que não se

vislumbrou na hipótese sub examine, até porque foi nomeado defensor dativo ao Paciente.

2. A ocorrência de eventual nulidade, decorrente da não-intimação da expedição de carta precatória para inquirição de testemunhas, deveria

ter sido arguida no prazo das alegações finais, o que não ocorreu na hipótese em apreço, restando, portanto, preclusa a matéria.

3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

HC 85754 / SP HABEAS CORPUS

2007/0148644-7

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. CRIMES DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE

DROGAS. TRANSPORTAR E MANTER EM DEPÓSITO MATÉRIA-PRIMA DESTINADA À PREPARAÇÃO DE ENTORPECENTE. PRISÃO EM

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FLAGRANTE. TESE DE QUE AUTO QUE NÃO CORRESPONDE A SITUAÇÃO

FÁTICA NARRADA. VIA IMPRÓPRIA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. OBSERVÂNCIA AO ART. 304 DO CÓDIGO DE PROCESSO

PENAL. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. 1. A sumária via do habeas corpus não é o instrumento adequado para

o exame aprofundado de prova, logo, incabível na via eleita reconhecer que não houve a situação de flagrância porque a Auto de Prisão em

Flagrante foi preparado antes mesmo de o Paciente ter sido encontrado. 2. Guardar e ter em depósito substância destinada à fabricação de

drogas é crime permanente, o que enseja o prolongamento no tempo da flagrância delitiva, enquanto durar a ação criminosa.

3. Atendidas às exigências do art. 304 do Código de Processo Penal, o fato de o condutor e as testemunhas firmarem suas assinaturas apenas

em seus próprios interrogatórios constitui mera irregularidade formal.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

REsp 922909 / RS

RECURSO ESPECIAL 2007/0019516-2

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

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41

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONCURSO FORMAL. CONTEXTO FÁTICO ÚNICO.

DIVERSIDADE DE VÍTIMAS. REINCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 61, INCISO I, DO CÓDIGO PENAL.

1. O crime perpetrado, mediante somente uma ação delituosa, que atinge vítimas diferentes, dentro de um mesmo contexto fático,

configura concurso formal previsto no art. 70 do Código Penal. Precedentes desta Corte.

2. Comprovada a reincidência, a sanção deverá ser sempre agravada. Deixar de aplicar o acréscimo referente a essa circunstância agravante,

aduzindo, entre outras coisas, que tal instituto não se coaduna com a

ordem constitucional vigente, ofende o art. 61, inciso I, do Código Penal, que endereça um comando ao aplicador da lei e não uma

faculdade. 3. Recurso provido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do

recurso e lhe dar provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho e Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.

Processo

HC 134218 / GO

HABEAS CORPUS 2009/0072606-4

Relator(a)

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Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

06/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TORTURA. PACIENTES

CONDENADOS A 3 ANOS E 5 DIAS DE RECLUSÃO, EM REGIME ABERTO, E À PERDA DO CARGO PÚBLICO. INSURGÊNCIA CONTRA A IMEDIATA

PERDA DO CARGO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE LESÃO AO DIREITO DE IR E VIR DOS PACIENTES. INEXISTE CONSTRANGIMENTO ILEGAL CAPAZ DE

JUSTIFICAR O MANEJO DE HC. IMPROPRIEDADE DO MANDAMUS.

PARECER PELO NÃO CONHECIMENTO DO WRIT. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

1. A perda do cargo público é efeito automático e obrigatório da condenação pela prática do crime de tortura (art. 1º, § 5º da Lei

9.455/97), prescindindo inclusive de fundamentação. 2. A jurisprudência deste Tribunal se mostra firme quanto ao cabimento

do Habeas Corpus somente quando haja real e concreta possibilidade de privação da liberdade.

3. Habeas Corpus não conhecido, em conformidade com o parecer ministerial.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não

conhecer do pedido. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer, Laurita

Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Processo

HC 126980 / GO HABEAS CORPUS

2009/0013900-7

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

06/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. ROUBO

CIRCUNSTANCIADO. PRISÃO EM FLAGRANTE EM 02.12.08. FLAGRANTE IMPRÓPRIO. CARACTERIZAÇÃO. PACIENTE LOCALIZADO LOGO APÓS

OS FATOS. DELATADO PELOS DEMAIS SUSPEITOS PERSEGUIDOS ININTERRUPTAMENTE. PRESO EM ATO CONTÍNUO. PARECER DO MPF

PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA. 1. Muito embora o paciente não tenha sido apreendido em pleno

desenvolvimento dos atos executórios do crime de roubo, nem

tampouco no local da infração, foi perseguido, logo após ao fato, sendo localizado preso poucas horas após o delito, trata-se, portanto, do

flagrante impróprio, previsto no art. 302, III do CPP. 2. Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros

daQUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

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Processo

HC 127378 / SP

HABEAS CORPUS 2009/0017295-6

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

06/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. TRAFICO DE ENTORPECENTES (ART. 12 DA LEI 6.368/76). DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO

MÍNIMO LEGAL. PACIENTE CONDENADO À PENA DE 3 ANOS E 6 MESES DE RECLUSÃO EM REGIME INICIAL FECHADO. CIRCUNSTÂNCIAS

JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. PERSONALIDADE VOLTADA PARA A PRÁTICA DELITUOSA. GRANDE QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA.

POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO REGIME MAIS GRAVOSO. PARECER

DO MPF PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA. 1. A revisão da pena imposta pelas instâncias ordinárias na Ação de

Habeas Corpus, segundo a jurisprudência pacífica desta Corte, somente é admitida em situações excepcionais, quando constatado evidente

abuso ou ilegalidade, passível de conhecimento sem maiores digressões sobre aspectos fáticos ou subjetivos.

2. Inexiste constrangimento ilegal a ser sanado pela via do Hábeas Corpus, se a majoração da pena-base acima do mínimo legal restou

devidamente motivada pelo Julgador, na forma do art. 59 do CPB, em vista do reconhecimento de circunstâncias judiciais desfavoráveis do

paciente.

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3. Reconhecida a presença de circunstância judicial desfavorável não há

qualquer ilegalidade ou abuso na fixação do regime fechado para o início do cumprimento da reprimenda, sem prejuízo de ulterior

progressão, se for o caso. 4. A grande quantidade de droga apreendida, 104 pedras de crack, 38

porções de cocaína em pó e 01 porção de maconha, justifica a elevação da pena-base.

5. Parecer do MPF pela denegação do writ. 6. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer, Laurita Vaz e

Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

Processo

HC 128853 / SP

HABEAS CORPUS 2009/0028625-6

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

06/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. HOMICÍDIOS TENTADOS E DANO QUALIFICADO. RÉU CONDENADO À PENA DE 19 ANOS, 2 MESES E 29

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

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DIAS DE RECLUSÃO. PROGRESSÃO PARA O REGIME SEMIABERTO

DEFERIDA PELO JUIZ DA VEC, MAS CASSADA PELO TRIBUNAL A QUO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A EXIGÊNCIA DE EXAME

CRIMINOLÓGICO. PACIENTE QUE PRATICOU FALTAS GRAVES (EVASÃO) DURANTE O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME SEMIABERTO.

PARECER MINISTERIAL PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.

1. Conforme entendimento cristalizado nesta Corte Superior, a realização do exame criminológico pode ser solicitada quando as

peculiaridades da causa assim o recomendarem. 2. In casu, o Tribunal a quo determinou a realização de exame

criminológico em razão do cometimento de faltas graves (evasão) durante o cumprimento da pena em regime semiaberto, sendo

indispensável a avaliação técnica para demonstrar a aptidão para o

retorno gradual ao convívio em sociedade. 3. O exame criminológico constitui um instrumento necessário para a

formação da convicção do Magistrado, de maneira que deve sempre ser realizado como meio de se obter uma avaliação mais aprofundada

acerca dos riscos do deferimento da progressão de regime, ocasião em que o apenado terá maior contato com a sociedade. De outra parte, é

procedimento que não constrange quem a ele se submete, pois se trata de avaliação não-invasiva da pessoa, já que se efetiva por meio de

entrevista com técnico ou especialista, não produzindo qualquer ofensa física ou moral.

4. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 5. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer, Laurita Vaz e

Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

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Processo

HC 128989 / SP HABEAS CORPUS

2009/0029568-4

Relator(a)

Ministro FELIX FISCHER

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

16/06/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO

PUDOR. VÍTIMAS DIVERSAS. CONCURSO MATERIAL. I - Se, além da conjunção carnal, é praticado outro ato de libidinagem

que não se ajusta aos classificados de praeludia coiti, é de se reconhecer o concurso material entre os delitos de estupro e de

atentado violento ao pudor. A continuidade delitiva exige crimes da mesma espécie e homogeneidade de execução.

II - Ademais, in casu, além dos crimes não serem da mesma espécie,

foram cometidos contra vítimas distintas e com lapso temporal superior a 30 (trinta) dias, não havendo qualquer possibilidade de se reconhecer

a continuação delitiva. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita

Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Jorge Mussi votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

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Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Jorge Mussi.

Processo

HC 131259 / SP HABEAS CORPUS

2009/0046457-4

Relator(a)

Ministro FELIX FISCHER

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

16/06/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO E EXTORSÃO. CONTINUIDADE

DELITIVA. IMPOSSIBILIDADE. CONCURSO MATERIAL. Os crimes de roubo e extorsão, apesar de serem do mesmo gênero, são

espécies delituosas diferentes, não se configurando, portanto, a continuidade delitiva, mas sim o concurso material (Precedentes do STF

e do STJ). Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita

Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Jorge Mussi votaram com o Sr. Ministro

Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Jorge Mussi.

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Processo

HC 124661 / RS

HABEAS CORPUS 2008/0283610-5

Relator(a)

Ministro FELIX FISCHER

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

27/04/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 03/08/2009

Ementa

EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. PRÁTICA DE FALTA GRAVE. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA CONCESSÃO DE NOVOS BENEFÍCIOS.

Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do interstício para concessão de eventuais

benefícios previstos na Lei n.º 7.210/1984, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar (Precedentes do STJ e do Pretório

Excelso).

Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi

votaram com o Sr. Ministro Relator.

Processo

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

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HC 121615 / SP

HABEAS CORPUS 2008/0259228-2

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

02/04/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 03/08/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FURTO QUALIFICADO E

HOMICÍDIO. RÉU CONDENADO À PENA DE 16 ANOS, 04 MESES E 10

DIAS DE RECLUSÃO. PROGRESSÃO PARA O REGIME SEMI-ABERTO. EXIGÊNCIA DE EXAME CRIMINOLÓGICO DEVIDAMENTE

FUNDAMENTADA. POSSIBILIDADE. FUGAS E COMETIMENTO DE NOVOS DELITOS DURANTE O CUMPRIMENTO DA PENA, INCLUSIVE EM

PERÍODO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL. PRECEDENTES. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.

1. Este Superior Tribunal de Justiça, quanto à necessidade de exame criminológico para o fim de concessão de livramento condicional ou

progressão de regime prisional, pacificou o entendimento de que, apesar de ter sido retirada do texto legal a exigência expressa de

realização do referido exame, a legislação de regência não impede que, diante do caso concreto, o Julgador possa se valer desse instrumento

para formar a sua convicção, como meio de justificar sua decisão sobre o pedido.

2. A exigência do exame criminológico, todavia, deve estar

devidamente motivada em circunstâncias peculiares do caso concreto, uma vez que somente será necessária quando o Magistrado reputar

imprescindível para respaldar a concessão do benefício. Precedentes do STJ e do STF.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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3. In casu, restou demonstrado, pelo Tribunal de origem, com base em

fatos concretos, tais como fugas e reiteração criminosa, a negativa de preenchimento do requisito subjetivo pelo apenado, razão pela qual

deve ser mantida a exigência de realização de exame criminológico para fins de concessão do almejado benefício.

4. Ordem denegada, em conformidade com o parecer ministerial.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, preliminarmente, acolher a Questão de Ordem para anular o julgamento realizado na sessão de

26/03/2009 e, por maioria, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro

Relator.

Votou vencida a Sra. Ministra Laurita Vaz, que concedia a ordem. Sustentou oralmente: Dr. Esdras dos Santos Carvalho – Defensor

Público da União (p/ pacte).

Processo

HC 125771 / MT

HABEAS CORPUS 2009/0002724-6

Relator(a)

Ministro FELIX FISCHER

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

19/03/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 03/08/2009

Ementa

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 214 DO CÓDIGO PENAL. CRIME

HEDIONDO. VIOLÊNCIA REAL CONTRA MENOR DE 14 ANOS. AUMENTO PREVISTO NO ART. 9º DA LEI Nº 8.072/90. APLICAÇÃO.

I - Se a violência é presumida, inadequado falar-se de lesão grave ou morte. Contudo, pode haver violência real contra vítima que esteja

entre as indicadas no art. 224 do Código Penal, como ocorreu na espécie.

II - Esta Corte tem entendido que o reconhecimento da majorante do art. 9º da Lei 8.072/90, nos casos de presunção de violência, consistiria

em afronta ao princípio ne bis in idem. Entretanto, tratando-se de hipótese de violência real perpetrada contra criança, tem-se como

aplicável a referida causa de aumento (Precedentes do c. Pretório Excelso e desta Corte).

Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita

Vaz, Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi votaram com o Sr. Ministro Relator.

Processo

HC 134227 / DF HABEAS CORPUS

2009/0072686-1

Relator(a)

Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

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Antonio Ozório Leme de Barros

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Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. PACIENTE CONDENADO A 6 ANOS DE RECLUSÃO, EM REGIME FECHADO, E 600 DIAS-MULTA, POR TRÁFICO DE DROGAS

(ART. 33, CAPUT DA LEI 11.343/06). FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CULPABILIDADE ELEVADA EM RAZÃO DA

DIVERSIDADE DE DROGA QUE TRAFICAVA (MACONHA, COCAÍNA, MERLA E ALCALÓIDE DE COCAÍNA). CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS

DESFAVORÁVEIS E REINCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE BIS IN IDEM. INOCORRÊNCIA. FATOS DISTINTOS. DUAS CONDENAÇÕES

ANTERIORES TRANSITADAS EM JULGADO. PARECER DO MPF PELO INDEFERIMENTO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.

1. A fixação da pena-base acima do mínimo legal veio devidamente

motivada, mormente em razão da elevada culpabilidade do paciente, evidenciada pela diversidade de droga que traficava (maconha, cocaína,

merla e alcalóide de cocaína). Importante salientar que a elevação ocorreu de forma moderada e proporcional, apenas em 6 meses acima

do mínimo previsto na norma penal de regência, que estabelece um intervalo de 5 a 15 anos.

2. Apenas a dupla valoração do mesmo fato configura o indevido bis in idem. In casu, tem-se a existências de duas condenações em desfavor

do réu, uma utilizada na primeira fase de aplicação da pena, como circunstância judicial desfavorável (personalidade voltada para o crime),

e outra na segunda fase, como reincidência. 3. Parecer do MPF pelo indeferimento do writ.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Felix Fischer, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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Processo

HC 129399 / MS

HABEAS CORPUS 2009/0031779-1

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. FALTA GRAVE. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA OBTENÇÃO DO

BENEFÍCIO PELO CONDENADO. ILEGALIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL NESSE SENTIDO. INTELIGÊNCIA DO ART. 83, INCISO I, DA LEI

DE EXECUÇÃO PENAL. DIVERSAS FUGAS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. PRECEDENTES.

1. O cometimento de falta grave, embora interrompa o prazo para a

obtenção do benefício da progressão de regime, não o faz para fins de concessão de livramento condicional, a teor do disposto no art. 83,

inciso I, da Lei de Execução Penal, que prevê cumprimento de mais de um terço do total da pena imposta.

2. O cometimento de falta grave é fundamentação idônea para afastar o preenchimento do requisito subjetivo para a concessão do livramento

condicional. 3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

HC 121818 / RS HABEAS CORPUS

2008/0260735-0

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR

E HOMICÍDIO, NA FORMA TENTADA. PROGRESSÃO DE REGIME. REQUISITO SUBJETIVO. DETERMINAÇÃO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM

DA REALIZAÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE.

1. Com a nova redação do art. 112 do Lei de Execuções Penais, dada pela Lei n.º 10.792/03, para a progressão de regime prisional basta,

como requisito subjetivo, o atestado de bom comportamento carcerário, salvo quando o magistrado, com base nas peculiaridades concretas do

caso, fundamentadamente, exigir a realização de exame criminológico,

o que ocorreu na espécie. Precedentes. 2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia

Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

HC 119494 / SP

HABEAS CORPUS 2008/0240384-7

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. CRIME DE LATROCÍNIO. PEDIDO DE PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. DETERMINAÇÃO DE

REALIZAÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO. POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO QUANDO AS PECULIARIDADES DA CAUSA ASSIM

RECOMENDAREM. LAUDO DESFAVORÁVEL. INDEFERIMENTO PELO JUÍZO DA EXECUÇÃO. DECISÃO MANTIDA PELO TRIBUNAL A QUO.

FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. 1. A execução progressiva da pena, com a transferência para regime

menos gravoso, somente será concedida ao condenado que preencher,

cumulativamente, os requisitos estabelecidos no artigo 112 da Lei de Execução Penal.

2. A Lei n.º 10.792/2003, ao dar nova redação ao art. 112 da Lei de Execução Penal, afastou a exigência de submissão do condenado a

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57

exame criminológico, para o deferimento de benefícios como a

progressão de regime, salvo decisão devidamente fundamentada no sentido de ser necessária a sua realização.

3. Todavia, o disposto no art. 112 da Lei de Execução Penal não configura direito subjetivo do apenado, cabendo ao magistrado verificar

o atendimento do requisito subjetivo à luz do caso concreto, podendo, por isso, determinar a realização de exame criminológico, quando as

peculiaridades do caso assim recomendarem, ou mesmo negar o benefício, desde que o faça fundamentadamente. Precedentes.

4. Na espécie, o benefício restou indeferido com base no comportamento do sentenciado, que, segundo laudo pericial,

apresentou transtorno de conduta, comportamento anti-social, personalidade deformada e alta periculosidade, o que aconselha uma

melhor avaliação do requisito subjetivo, mediante a realização de

exame criminológico. 5. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Processo

HC 130000 / SP HABEAS CORPUS

2009/0035860-1

Relator(a)

Ministra LAURITA VAZ

Órgão Julgador

T5 - QUINTA TURMA

Data do Julgamento

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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13/08/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 08/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. LEI MARIA DA PENHA. CRIME DE LESÃO CORPORAL

LEVE. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO. TESE DE FALTA DE CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. INEQUÍVOCA

MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DA VÍTIMA. OFERECIMENTO DE NOTITIA CRIMINIS PERANTE A AUTORIDADE POLICIAL. VALIDADE COMO

EXERCÍCIO DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO. INEXIGIBILIDADE DE RIGORES FORMAIS. PRECEDENTES. PLEITO DE CONCESSÃO DO

BENEFÍCIO DO SURSIS PROCESSUAL. IMPOSSIBILIDADE. NÃO-INCIDÊNCIA DA LEI N.º 9.099/95.

1. A representação, condição de procedibilidade exigida nos crimes de

ação penal pública condicionada, prescinde de rigores formais, bastando a inequívoca manifestação de vontade da vítima ou de seu

representante legal no sentido de que se promova a responsabilidade penal do agente, como evidenciado, in casu, com a notitia criminis

levada à autoridade policial, materializada no boletim de ocorrência. 2. Por força do disposto no art. 41 da Lei n.º 11.340/06, resta

inaplicável, em toda sua extensão, a Lei n.º 9.099/95. 3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a

ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

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Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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___________________________________________________________

SEXTA TURMA Composição:

Nilson Naves (Presidente) Paulo Medina*

Maria Thereza de Assis Moura Og Fernandes

Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado) Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)

*temporariamente afastado

___________________________________________________________

Processo

HC 105085 / RS HABEAS CORPUS

2008/0090388-5

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

08/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 28/09/2009

Ementa

PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL.

PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. PEDIDO DEFERIDO PELO MAGISTRADO. DECISÃO CASSADA PELO TRIBUNAL A QUO. NÃO

PREENCHIMENTO DO REQUISITO SUBJETIVO. PACIENTE QUE NÃO

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Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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OSTENTA BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO. ORDEM DENEGADA.

1. Mostra-se devidamente fundamentado o acórdão que cassou a progressão de regime em razão do não preenchimento do requisito

subjetivo exigido. Embora o paciente não esteja respondendo a procedimento disciplinar, o diretor do presídio atestou que ele não

ostenta bom comportamento carcerário, pois descumpre as normas internas do estabelecimento prisional. Ademais, constou do aresto

atacado que ele registra cinco fugas, inexistindo, assim, constrangimento ilegal a ser reconhecido.

2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de hábeas

corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og

Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

REsp 1090584 / RS

RECURSO ESPECIAL 2008/0197627-9

Relator(a)

Ministro OG FERNANDES

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

24/08/2009

Data da Publicação/Fonte

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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61

DJe 28/09/2009

Ementa

RECURSO ESPECIAL. PENAL. FIXAÇÃO DA PENA BASE AQUÉM DO

MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 231 DO STJ. 1. A teor da Súmula 231 desta Corte, fixada a pena-base no mínimo

legal, o reconhecimento de circunstância atenuante não tem o condão de reduzir a pena in concreto a patamar aquém daquele limite mínimo,

sob pena de se permitir, a contrario sensu, que as agravantes possam elevar a pena acima do limite máximo.

2. Recurso a que se dá provimento para restabelecer a sentença que condenou o paciente a pena de 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses de

reclusão pela prática do delito previsto no art. 157, § 2º, IV do Código Penal.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi

(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Maria Thereza de

Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

RHC 15365 / SP RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS

2003/0214537-6

Relator(a)

Ministro HAROLDO RODRIGUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO

TJ/CE)

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

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62

Data do Julgamento

08/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. RATIFICAÇÃO DE DEPOIMENTOS DAS

TESTEMUNHAS. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA. INEXISTÊNCIA. APELAÇÃO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO PRETENDENDO MAJORAÇÃO DA PENA. RECURSO DESPROVIDO.

1. É pacífico o entendimento desta Corte de que o fato das testemunhas terem ratificado o depoimento prestado anteriormente não nulifica o

julgamento, tampouco viola o contido no art. 203 do Código de Processo

Penal. 2. Não há que se falar em nulidade se foi devidamente observada a

ampla defesa e o contraditório, tendo sido oportunizado à defesa, após a ratificação dos depoimentos, a possibilidade de realizar reperguntas às

testemunhas visando sanar eventuais dúvidas. 3. A reformatio in pejus indireta ocorre quando há recurso exclusivo da

defesa. No presente caso, fica afastada essa hipótese, pois existia apelação do Ministério Público pretendendo a majoração da pena

imposta. 4. Recurso em habeas corpus desprovido.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar

provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os

Srs. Ministros Nilson Naves, Maria Thereza de Assis Moura e Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) votaram com o Sr.

Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

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Processo

AgRg no HC 76682 / MS AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS

2007/0026344-0

Relator(a)

Ministro HAROLDO RODRIGUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO

TJ/CE)

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL.

CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1 - Inexiste constrangimento ilegal se a pena-base é fixada acima do

mínimo legal de modo fundamentado, tendo o Juiz de primeiro grau, no que foi acompanhado pelo Tribunal de origem, reconhecido a existência

de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao paciente, notadamente o fato de o crime ter ocorrido no seio familiar, contra vítima com relação

de parentesco com aquele, bem como os seus maus antecedentes, circunstâncias, a propósito, que não integram o tipo de que se cuida -

artigo 213, c/c o artigo 224, "a", ambos do Código Penal. 2 - Agravo regimental a que se nega provimento.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos

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Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar

provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Nilson Naves, Maria Thereza de Assis Moura e

Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og

Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

REsp 804270 / RS

RECURSO ESPECIAL 2005/0207356-2

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

RECURSO ESPECIAL. FURTO TENTADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. PERSONALIDADE E CONDUTA SOCIAL. MOTIVAÇÃO ADEQUADA DO

JUÍZO SINGULAR. VALORAÇÃO PREVISTA EM LEI. AGRAVANTE DE REINCIDÊNCIA. APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA SEGUNDO PREVISÃO DO

ART. 61, I, DO CP. 1. O sentido do exame das circunstâncias judiciais é permitir que o

magistrado, por meio de dados do processo, possa analisar o agente e o

fato para se construir um critério de reprovação específico, não sendo certo, por isso, afirmar que tal não pode ser feito em razão da ausência

de habilitação técnica do julgador. 2. De igual modo, o aumento da pena-base pela reincidência é medida

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prevista na lei penal e não ofende a individualização da reprimenda,

motivo pelo qual o juiz não pode desprezar a exasperação por entender que a norma é injusta.

3. Recurso provido para reposicionar a pena conforme delimitado pelo Juízo de primeiro grau.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos

termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og

Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

REsp 798444 / RS RECURSO ESPECIAL

2005/0188306-0

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

RECURSO ESPECIAL. FURTO TENTADO. AGRAVANTE DE REINCIDÊNCIA.

APLICAÇÃO OBRIGATÓRIA SEGUNDO PREVISÃO DO ART. 61, I, DO CP. ISENÇÃO DA PENA DE MULTA. IMPOSSIBILIDADE.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

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Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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1. O aumento da pena-base pela reincidência é medida prevista na lei

penal e não ofende a individualização da reprimenda, motivo pelo qual o juiz não pode desprezar a exasperação por entender que a norma é

injusta. 2. De igual modo, a pena de multa não pode ser isenta quando aplicável

ao caso concreto. 3. Recurso provido para reconduzir a sentença do Juízo de primeiro

grau.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso

Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og

Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

HC 120121 / SC

HABEAS CORPUS 2008/0247001-0

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E

ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. 1. LIBERDADE PROVISÓRIA. SIGNIFICATIVA QUANTIDADE DE DROGA. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.

RISCO PARA ORDEM PÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. 2. PRISÃO DOMICILIAR. DIABETE E HIPERTENSÃO.

NECESSIDADE TRATAMENTO EXTERNO. AUSÊNCIA. ILEGALIDADE. NÃO RECONHECIMENTO.

1. A necessidade da custódia cautelar restou demonstrada, com base em dados concretos dos autos, conforme recomenda a jurisprudência

desta Corte, estando o decreto prisional fundamentado na significativa quantidade de droga apreendida, que seria negociada por estruturada

organização criminosa, a evidenciar, portanto, risco para ordem pública. 2. As condições pessoais favoráveis, tais como primariedade, bons

antecedentes e residência fixa não são suficientes para garantir ao

paciente a revogação da prisão preventiva se há nos autos elementos que recomendam a manutenção da custódia cautelar.

3. A inserção daquele segregado provisoriamente em prisão domiciliar depende de comprovação da imprescindibilidade do tratamento externo,

o que não deflui de quadro de diabete e hipertensão, males que podem ser, medicamentosamente, controlados no interior da unidade

penitenciária. 4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de hábeas

corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a

Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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HC 140207 / SC

HABEAS CORPUS 2009/0122686-5

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E

ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE. NÃO

APREENSÃO DE DROGA COM O PACIENTE. CAPTURA LOGO APÓS TELEFONEMAS HAVIDOS COM OS COMPARSAS. CRIME PERMANENTE.

CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. 1. O crime de quadrilha, tal qual o de associação para o tráfico de

drogas, é permanente, protraindo a sua consumação no tempo, autorizando, desta forma, a autuação em flagrante durante todo o

tempo em que subsistir o vínculo associativo entre os consortes. 2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de hábeas

corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a

Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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Processo

HC 106308 / DF

HABEAS CORPUS 2008/0103523-7

Relator(a)

Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

PROCESSO PENAL. PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO FORMULADO PELA ACUSAÇÃO, EM ALEGAÇÕES FINAIS, QUE NÃO VINCULA O JULGADOR.

ARTIGO 385 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88. ORDEM DENEGADA.

1. O fato de ter o Ministério Público pedido a absolvição do réu, na fase de alegações finais, não vincula o juiz.

2. Princípio do livre convencimento do juiz, que não caracteriza

constrangimento ilegal. 3. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem de habeas corpus, nos

termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Maria

Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o

Sr. Ministro Nilson Naves.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

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Processo

HC 123128 / SP HABEAS CORPUS

2008/0271412-1

Relator(a)

Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. ART. 121, § 2º, INCISO IV E ART. 155, "CAPUT"

COMBINADO COMO O ART. 69 DO CÓDIGO PENAL. PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. CARACTERIZAÇÃO DE FUGA. SUBTRAÇÃO DA

APLICAÇÃO DA LEI PENAL. ORDEM DENEGADA. 1. A prisão preventiva do paciente foi decretada, pela primeira vez,

diante da notícia de pretensão de fuga, o que se concretizou,

paralisando o feito por anos a fio. 2. Medida constritiva confirmada na sentença de pronúncia e na

sentença condenatória do Tribunal do Juri, porquanto o paciente se furtou da aplicação da lei penal.

3. O réu que se furta da aplicação da lei penal, desaparecendo do seu domicílio, não faz jus à liberdade provisória.

4. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem de habeas corpus, nos

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

71

termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Haroldo

Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Maria Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,

justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

HC 128620 / MG HABEAS CORPUS

2009/0027219-2

Relator(a)

Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

03/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.

MOTIVO TORPE E UTILIZAÇÃO DE RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA. DECOTE DAS QUALIFICADORAS NA DECISÃO DE

PRONÚNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS QUE NÃO SE MOSTRAM MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTES. ORDEM DENEGADA.

1. Verificado que as qualificadoras reconhecidas na decisão de pronúncia não estão manifestamente improcedentes, cabe

exclusivamente ao Corpo de Jurados decidir pela sua permanência, após

o exame do mérito da causa. Precedentes. 2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Haroldo

Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Maria Thereza de Assis Moura votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,

justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

Processo

HC 88586 / SP HABEAS CORPUS

2007/0186416-2

Relator(a)

Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA

Órgão Julgador

T6 - SEXTA TURMA

Data do Julgamento

01/09/2009

Data da Publicação/Fonte

DJe 21/09/2009

Ementa

HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO DEFINITIVA. AJUIZAMENTO DE

REVISÃO CRIMINAL. EXECUÇÃO DA PENA. POSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.

1. Não há constrangimento ilegal na execução da pena imposta em sentença penal transitada em julgado, sendo certo que a revisão

criminal não é dotada de efeito suspensivo.

2. Ordem denegada.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo

Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques

Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo

Antonio Ozório Leme de Barros

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ano 2 - número 35 - 1º a 15 de outubro de 2009 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de habeas

corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues

(Desembargador convocado do TJ/CE) e Nilson Naves votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og

Fernandes. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves.

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